Crescendo Interativo Bônus

No 3º capítulo original de Crescendo, a natureza do relacionamento de Patch e Nora foi mais simples (ou sincero) e as intenções de Patch, mais transparentes.
Além disso, a conversa entre Patch e Nora, revelou muito, cedo demais sobre Scott Parnell. Na versão final, há muito mais incertezas cercando o caráter de Scott, bem como os motivos dele e de Patch. Se vc quer saber o que eles se tornarão e o que acontecerá com Nora corra pegar uma versão de Crescendo e descobrirá.



Capítulo 03

Fui para a cozinha, acendi as luzes e os meus olhos foram automaticamente para o pedaço de papel sobre o balcão.
Me encontre no estacionamento.
O bilhete estava escrito com a letra preguiçosa de Patch.
Guardei o bilhete e fui até a janela da sacada da sala. O Jeep Commander preto de Patch parou lentamente na calçada em frente ao prédio, uma garoa fina caía através dos faróis.
Liguei para o celular de Patch.
“Pensei que não passaríamos mais tempo juntos”. – eu disse, soando um pouquinho esnobe.
Obviamente eu ainda me sentia insultada e confusa.
“Nós temos um problema.”
“Que tipo de problema?”
“Coloque roupas secas e desça.”
“E se eu não fizer?”
“Você ainda está com raiva de mim.” – havia um sorriso em sua voz.
“Eu não estou com raiva de você! Então o que você chama de terminar entre nós?”
Mais sorriso. “Terminar? Você pensou que estávamos juntos? Oficialmente?
Franzi meu rosto. “Não!” - Claro que eu pensei que estávamos oficialmente juntos. Patch me disse que não estava vendo outras garotas e eu não estava vendo outros garotos, o que significa juntos.
“Se troque e desça,” Patch disse, “ou vou subir e te trocar eu mesmo.”
“Muito engraçado”
Pelo outro lado da janela, Patch saltou para for a do Jeep.
“Tá bom, tá bom!” eu disse. “Desço em cinco minutos.”
No banheiro, tirei minhas roupas e as pendurei sobre o cano do chuveiro para secar.
Me enrolei na toalha e fui pelo corredor até o meu quarto, mas a porta não abriu.
A maçaneta se recusou a ceder, eu podia dizer que foi trancada por dentro.
Liguei para Patch.
“Enquanto você estava aqui plantando seu bilhete, você me trancou para fora do meu quarto,” eu disse. “E o que é que você estava fazendo no meu quarto mesmo?”
“Eu nem cheguei perto do seu quarto. É uma fechadura padrão?”
“Sim.”
“Você tem um grampo de cabelo?”
“Não, e também não tenho um clipe de papel.”
“Vou subir e dar uma olhada depois de acabarmos. Já estamos atrasados.”
Pensei por um momento, me perguntando para o que estávamos atrasados, mas eu tinha algo mais premente para me preocupar. “Estou sem roupas. Nem mesmo roupas de baixo. Estou enrolada na toalha – é isso.”
“Isso é um convite para eu subir?” (Nota da Dani*= UI!!! CLARO Q É NÉ DELÍCIA!)
O telefone escorregou uma polegada pelos meus dedos. “Só tem uma coisa. Eu preciso entrar no meu closet.“
“Quer minha ajuda?”
Eu só queria roupas limpas e secas. E se eu tivesse que deixar Patch entrar no meu apartamento enquanto eu usava apenas uma toalha, então que seja. Nada vai acontecer. Isso foi apenas um caso desagradável de não haver ninguém mais a não ser um cara incrivelmente quente e totalmente disponível para confiar numa situação tão terrível.
“Estou subindo,” Patch disse.
Espremi novamente minhas roupas molhadas ao mesmo tempo em que ouvi uma batida na porta da frente.
“É você?” chamei Patch através da porta.
“Não, é o Jack estripador.”
Não foi engraçado, porque embora eu nunca tenha visto uma fotografia de Jack o Estripador, não era difícil imaginá-lo igual ao Patch. Moreno, cabelo bagunçado (rebelde), penetrantes olhos negros.
Uma boca que passava pelo indecente quando ele sorria.( N. Dani* não tenho muita certeza dessa parte = A mouth that strayed past decent when it smiled.)
Abri a porta e Patch entrou. Ele usava um jeans desbotado e uma camisa cinza com as mangas dobradas até os cotovelos. (aiai)
Seu bone sujo completava o visual.
Ele me olhou. “Aonde foi a toalha?”
Eu disse, “faça a coisa que tem que fazer, eu me visto, e poderemos sair daqui em cinco minutos.”
“Minha coisa leva um pouco mais do que cinco minutos,” Patch disse. “Dê-me vinte, e eu prometo fazer valer a pena.”
“Só destranque a porta.”
“Só para constar,” Patch disse,
“For the record,” Patch disse, indo pelo corredor em direção ao meu quarto, “Eu não rompi com você. Eu disse que devíamos esfriar as coisas até passar o Cheshvan.”
“Você disse que não deveríamos nos ver mais.”
“Eu disse que nós não deveríamos ser vistos juntos.”
“Então...Estamos juntos?
Patch parou e olhou por sobre seu ombro, nossos olhos se encontraram. “Não estou beijando outras garotas, se é isso que você está perguntando.”
Minha pulsação acelerou.
“Isso não é apenas sobre o Cheshvan,” eu disse. “Ambos sabemos que você não está me dizendo toda a estória. Se você pensa que eu não percebi que você tem estado cada vez menos por perto, pense outra vez.”
Isso não era uma acusação infundada. Nos últimos dois dias eu mal vi Patch. Senti falta de tê-lo cruzando minha vida em momentos espontâneos durante o dia e senti falta de dizer boa noite depois de escurecer.
“Você não precisa da estória toda.”
“Você é irritante.”
Ele deu um sorriso fraco. “É questão de segurança.”
“Desde quando você tem medo do perigo?”
“Desde que isso envolve você.” (n. Dani* que lindo)
Um arrepio gelado percorreu até meus ossos. “Ano passado eu fui perseguida por um assassino vingativo e pela sua ex psicótica – Eu posso lidar com o perigo.”
Patch me prendeu contra a parede. Suas mãos em meus ombros, seu corpo há um milímetro de tocar o meu. Uma gota de chuva caiu do seu cabelo e foi como gelo na minha clavícula.
“Há muitos tipos de perigo,” ele disse, seus lábios roçando os meus. “Você mal enfiou seus pés nele.”
Então ele me soltou, prendeu a maçaneta da porta, encostou firme seu ombro na porta e abriu com um estalo de madeira quebrando. Pressionou o interruptor de luz, mas o quarto continuou escuro.
“As luzes queimara,” Pach disse. “Se você tem outra, vou trocar agora.”
Me espremi ao passar por ele e entrei no closet, procurando meu caminho pelas prateleiras.
“Conserto depois. Para o que estamos atrasados?” fechando a porta do closet entre nós, puxei um jeans, uma camiseta e uma jaqueta com capuz. Como estava chovendo, optei por um par de tênis e um rabo de cavalo, e descartei a idéia de uma nova camada de rímel.
“Olhei se a gangue de Scott Parnell estava envolvida com Portland,” Patch disse. “Estou em um beco sem saída. Ninguém quer falar. Ninguém me dá nenhuma informação.”
“Talvez você não tenha pedido gentilmente (com jeitinho),” eu disse pela porta.
“Eu nunca peço gentilmente, Anjo.”
“Você me pede gentilmente (com jeitinho ui).”
Ele riu baixinho, intimamente. E despertou em mim um sorriso ... e então eu revirei os olhos. Cair sob o feitiço Patch era a última coisa que eu precisava fazer agora, especialmente presa em um quarto escuro com ele. Um quarto cuja principal peça de mobília era uma cama.
Fechei meu jeans e abri a porta. "Pronto".
A luz da rua se infiltrava pela janela do outro lado do quarto. Patch estava estendido em minha cama, as mãos cruzadas atrás da cabeça. Meu travesseiro estava debaixo dele, prometendo que seu perfume permaneceria quando eu tentasse dormir.
E naquele momento eu sabia exatamente com o que eu sonharia.
O sacudi, especulando por mais detalhes. Obviamente eu ainda tinha sentimentos por Patch, mas eu não queria ser o cachorro que corre atrás do próprio rabo, correndo em círculos e enlouquecendo por algo que está fora de alcance.
“Então, qual é o lance com Scott e a gangue em Portland?” perguntei.
Patch balançava os pés fora da cama. “Isso é o que vamos descobrir.”
“Terei mais detalhes?”
“Explico no caminho”
Descemos as escadas, saímos do prédio e corremos pelo estacionamento sob a chuva.

Estava prestes a abrir a porta do passageiro do Jeep, quando Patch segurou meu cotovelo, me parando.
Ele pressionou algo em seu chaveiro e disse, “Agora está seguro.”
“O que foi tudo isso?”
“Eu elevei a minha segurança. Queria tornar difícil para alguém mexer com o Jeep.
“É meu dever protegê-la.” Ele olhou para os lados. “E eu levo meu dever (trabalho) à sério.”
Eu não poderia dizer se o arrepio que senti foram por suas palavras, ou se pela chuva escorrendo pela minha pele.
“Me diz o que você sabe sobre Scott,” eu disse.
“Eu acho que estamos procurando por algo um pouco mais organizado que uma gangue.”
Eu sabia! “A máfia?”
Patch sacudiu sua cabeça, sorrindo fraco. “Por agora, vamos chamar de sociedade. Altamente organizada, uma sociedade altamente funcional.”
“Você quer dizer uma sociedade secreta?”
“Eu quero dizer uma sociedade de sangue. Ninguém quer me falar nada, o que quer dizer que a sociedade incute uma quantidade razoável de medo, e eles têm algo a esconder.”
“Então o que vamos fazer?”
“Vamos encorajar Scott a abrir. Agora, ele sabe mais que nós. Temos que mudar isso.”
Isso sou mais “padrinho” do que eu preferia.
“O que exatamente, nós vamos fazer?” perguntei, imaginando Patch arrastando Scott dentro de um beco escuro e o atirando de joelhos enquanto ele cuspia cada segredo que tivesse guardado.
“Dirija a Springvale e pare para um jogo na periferia.”
Springvale era aproximadamente do mesmo tamanho de Coldwater, e cerca de vinte minutos de distancia do interior.
“Pensei que não podíamos ser vistos juntos em público?
“Não estamos indo juntos. Você irá sozinha, atuará prazeirosamente surpresa quando ver Scott, e “ficará” com ele a noite toda.”
“Como você sabe que Soctt estará lá?”
Patch girou a chave na ignição e ligou o motor. “Scott tem um problema no jogo.”
“E você não?”
Os cantos da boca de Patch se ergueram. “A diferença é, que eu ganho.”
“OK, eu irei e parecerei surpresa. O que você vai fazer?”
Ele colocou um par de óculos de sol de aviador e fez a volta com o Jeep. “Se eu te dissesse, estragaria a surpresa.”
“Por que eu sempre me surpreendo?”
Ele sorriu. “Você fica bonitinha quando fica surpresa.”