28 de fevereiro de 2011

Nagual by Gabiromboli

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Nagual







Prólogo:




A vida em Forks tinha se tornado pacifica finalmente, depois de tantos confrontos os Cullens e os Quileutes poderiam respirar aliviados.


Passaram-se três anos após o confronto com os Volturi e os lobos deram continuidade com suas vidas ao lado dos imprinttings; Sam e Emily, Jared e Kim, Paul e Rachel, Quill e Claire, Seth e Nessie cada um vivendo seu estágio de amor seja ele entre homem e mulher, amigos ou irmãos.


Devido o imprintting de Seth e Nessie, que agora aparentava uma menina de 11 anos, e a doença cardíaca de Charlie os Cullens decidiram manter sua residência em Forks mesmo que evitando a aparição perante os humanos daquela cidade. Porém a transição entre as terras dos lobos havia se tornado livre permitindo que estreitassem ainda mais os laços de união entre as duas raças.



Jacob tinha se tornado um homem forte conseguindo finalmente esquecer seu amor não correspondido e assumindo o comando de todo o bando o unificando novamente. Ele entendera a importância das lendas para toda a tribo, porém ainda se mantinha fechado para um novo amor.


Pensar em Bella Cullen não lhe doía mais, se aventurara em novos relacionamentos, mas seu coração continuava vazio e indomado até o exato momento nem sequer podia imaginar que isso poderia mudar antes do que imaginasse...





Capítulo 1:




Em um dia raro de sol em Forks, La Plush recebia de bom grado os raios iluminando graciosamente as águas de First Beach entre outras praias. Mais um verão se iniciava trazendo consigo os ares de paz e frescor que há muito pertenciam a aquela região.


Embry andava calmamente sobre a areia branca da First Beach deixando seus dedos afundarem levemente sobre ela enquanto recebia as leves ondas nos pés. Mesmo sendo meio dia de quinta feira ele conseguira escapar de seu trabalho para aproveitar a tarde com Leah e era até ela que andava lentamente.


Leah havia mudado muito durante esses anos, já não era a mesma mulher amarga e marcada de antes, o amor a tinha salvo de si mesma transformando seu rosto carrancudo em sorridente ainda possuída de personalidade forte, porém amadurecida e equilibrada.


Estavam juntos há exato um ano e meio e para Embry havia chegado a hora de dar um passo a mais para aprofundar a relação, quem o vira há três anos atrás diria que ele não seria uma pessoa para casar e ter um relacionamento sério, porém Leah o fez mudar tal pensamento e justamente por esse motivo andava tão lentamente até sua amada, sentia em seu bolso o peso de uma tonelada a caixinha preta aveludada que continha o anel que custara tantos dias de trabalho extra para poder comprar.


Ela estranhou sua relutância em se aproximar dela, se dependesse dela correria até sua direção e acabaria de uma vez com o espaço entre eles em um beijo apaixonado, pensava se seria possível um dia conseguir acalmar suas reações toda vez que visse seu namorado naquele estado. Ele vestia uma camisa creme com as mangas dobradas até os cotovelos totalmente aberta e para fora da calça jeans de lavagem clara levemente larga na cintura deixando a mostra o inicio da boxer branca da Calvin Klein e de barra dobrada um pouco acima dos tornozelos. Definitivamente o amava e aquela era a visão do paraíso.



- Está andando como uma tartaruga hoje Em. – Provocou enquanto um sorriso brotava em seus lábios fartos.


- Pra que a pressa se temos todo o tempo do mundo? – Respondeu alcançando finalmente a mulher mais enigmática que conhecera e que amaria por toda a eternidade.


- Hmm, alguém está a fim de filosofar hoje? – Rebateu com outra pergunta não agüentando mais a distancia entre eles o abraçando pela cintura beijando seu queixo em seguida.


- Na verdade estou a fim de conversar hoje. – Disse depois de um tempo abraçados sentindo seus músculos tensos pelo que estaria por vir.


No mesmo instante sentindo a tensão do namorado travou. Será que ele teve um imprintting? Ele vai me deixar também! Não vou agüentar tudo acontecer novamente! Não vou! Seus olhos arderam com esse pensamento e não conseguiu evitar que as lágrimas molhassem o peito de Embry. Sentindo a reação dela soltou-se do abraço puxando delicadamente seu queixo para encontrar seu olhar angustiado e sofrido.


- O que foi Lee? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou desesperado com o estado dela, aquela não era uma cena que se via todo dia, Leah era forte quase nunca deixava se abalar. – Fala alguma coisa! Leah!


- A-a... a-aconteceu não foi? – Ela finalmente conseguiu sussurrar algo coerente mesmo entre o choro tentando inutilmente cortar o contato visual com o namorado.



- Aconteceu o que? Não estou entendendo. – A mente de Embry trabalhava enlouquecidamente atrás de uma resposta para toda aquela situação, definitivamente não fora aquilo que planejara para aquela tarde.


- O imprinting... Você... – Leah usou todas suas forças para se recompor, mas ao dizer as palavras tão temidas por ela apenas conseguiu chorar mais. – Não... Não me deixa!


Finalmente a mente de Embry teve a luz que precisava, entendendo o que se passava com sua amada não segurou o sorriso ao vê-la finalmente mostrando a ele o quanto o amava. Durante todo esse tempo de namoro por mais que ela tivesse mudado nunca havia dito que o amava mesmo vendo naqueles olhos negros o sentimento ela nunca verbalizara ou ao menos demonstrara ciúmes fazendo com que ele duvidasse e mesmo querendo casar com ela a insegurança de ser rejeitado latejava em seu peito.


Não contendo a felicidade a beijou com voracidade, faminto e sendo recebido da mesma maneira. Leah puxava seus cabelos sem pena enquanto ele a apertava sua cintura com uma das mãos e a outra prendia seus cabelos agora um pouco mais compridos. Embry a apertava de maneira que tentava fundi-la em seu próprio corpo contrariando as leis da física.


- Nunca! Está entendendo? Nunca vou abandonar você! NUNCA! – Ele disse finalmente depois de terminar o beijo, mas sem solta-la ambos com os olhos fechados.


- Eu... – Leah tentou colocar para fora o que sentia em seu coração, mas a combustão de seu corpo não deixava dizer coisas coerentes.


- Não precisa explicar nada... – Finalmente tomou coragem e abriu os olhos vendo o amor transbordar das duas jabuticabas que o observavam. – Mas realmente precisamos conversar... Lee eu sei que namoramos apenas a um ano e meio e que não sou a melhor pessoa do mundo, não tenho muito dinheiro, ganho 30 mil por ano, moro em uma casa alugada e tenho um carro velho, mas eu amo você. Deus sabe como amo! E vou entender se não aceitar o que estou prestes a fazer, só não agüento mais essa situação, sei que estou pronto para isso e prometo que se aceitar vou trabalhar até o fim dos meus dias para dar o melhor para você! Não me importa se não me amar do mesmo jeito, o que oferece me basta! Apenas estar ao seu lado me basta!


A confusão passou novamente pelos olhos dela enquanto Embry a soltava e teatralmente se ajoelhava a sua frente.


- Lee... Leah depois de tudo o que falei será que você pode me aceitar... Me aceitar como seu marido eternamente? – terminou seu discurso enquanto tirava do bolso traseiro da calça a caixinha tão pequena e tão preciosa.



Leah continuou na mesma posição atônica, sentiu um frio diferente percorrer sua espinha e seu estomago embrulhar, seu coração deveria estar no mínimo com 160 batimentos por minuto. Não sabia dizer se aquilo estava acontecendo realmente, por quanto tempo sonhara com aquele momento, Embry sempre se declarava a ela, porém temia que não fosse realmente forte a esse ponto, o medo de se machucar ainda era muito forte em seu ser.


E agora o homem que amava mais que a si mesma estava pedindo-a em casamento. Oh Deus! É bom demais para ser verdade! Sentiu as lágrimas novamente tomar-lhes os olhos e os lábios tremerem levemente enquanto a expressão de Embry ficava angustiada pela demora da namorada.


- E-eu aceito... – respondeu por fim sentindo as pernas cederem e cair sentada sobre elas. Seu corpo ganhou vida própria e quando percebeu já estava agarrada a ele beijando-o apaixonadamente. – Eu te amo... Te amo... Te amo... – a cada declaração beijava o rosto dele demonstrando finalmente todo o amor escondido em seu coração todo esse tempo.


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Fazia uma semana que Leah aceitara o pedido de Embry, a alegria transbordava de seus poros, se antes diziam que finalmente deixara a amargura de lado agora diziam que era outra mulher, todos estavam felizes com o noivado do casal, principalmente o conselho da tribo, Sue, Billy e o Velho Quill que andavam muito preocupados com a possibilidade de um imprinting caso Leah não aceitasse realmente Embry como seu companheiro, já que um pouco antes de começarem a namorar o conselho descobriu que por Leah ser loba ela que escolheria o parceiro anulando assim o imprinting, mesmo não conseguindo comprovar realmente a teoria eles estavam mais seguros que agora não ocorreria um problema parecido ao caso de Leah-Sam-Emily.


Hoje era o dia do noivado, todo o bando estava organizando a festa que ocorreria no quintal da casa de Embry. O lugar estava enfeitado com correntes de luzes por toda a parte formando um telhado de lâmpadas pequenas e amareladas que iluminariam a festa no período da noite, algumas cadeiras e mesas espelhadas graciosamente pelo lugar juntamente com arranjos simples de flores do campo coloridas davam um ar de simplicidade ao quintal, porém não menos bonito.


Dentro da casa as mulheres lobo, Kim, Emily e Rachel terminavam de preparar a ceia que alimentaria a todos em poucas horas. Quill e Seth terminavam de ajudar Embry com a arrumação do quintal enquanto Leah finalizava a organização da pequena sala da casa.



Subitamente um cheiro diferente chegou as suas narinas fazendo-a franzir o cenho. Quem seria uma hora dessas? E definitivamente não é humano! Rapidamente Embry chegou à sala olhando preocupado com Leah sentindo também o cheiro estranho, segundos depois o barulho da campainha quebrou o silêncio que havia se instalado entre eles.


Embry andou lentamente até a porta enquanto Seth, Quill e Leah se preparavam para o quer que estivesse atrás daquela porta, pelo menos sabiam que não era um sanguessuga o que trazia certo alivio.


A campainha tocava incessantemente deixando ainda mais tenso o ar da sala, tomando coragem Embry girou a maçaneta e abriu a porta de uma vez. Que venha! Ele pensou se enchendo de coragem e olhando para quem estava do outro lado.


- Sim? – Perguntou ao ver uma silueta familiar fazendo-a virar em sua direção.


- Primo! – A mulher lhe sorriu tirando os óculos estilo aviador.








Capítulo 2:




Embry continuou sem reação enquanto observava o que deveria ser sua prima, os olhos cor de e o cabelo eram os mesmos, porém somente isso, lembrava-se de uma prima magricela e desajeitada com uma boca extremamente grande dotada de lábios excessivamente fartos e agora se deparava com uma mulher saída de uma revista de modelos, alta próximo a 1,75m, ainda magra, mas com curvas bem definidas, seios fartos e que rosto era aquele!


E se não pudesse ouvir seu coração batendo afirmaria que sua prima havia se transformado em uma sanguessuga por tal beleza que levava consigo. A boca antes desproporcional e feia agora era convidativa possuída ainda com lábios fartos, se fosse há um tempo não teria hesitado em beijar aqueles lábios tentadores! E seus olhos agora possuíam um ar selvagem digno de um felino o que a deixava ainda mais interessante.


Acordou do transe tentando evitar que sua respiração se alterasse afinal sua futura noiva estava logo atrás e perceberia qualquer diferença.





- O que você quer? – Perguntou-a deixando que a expressão se tornasse mais dura do que o necessário.





- Olha como fala comigo piralho! – Ela revidou levantando uma das sobrancelhas e apontando levemente o dedo indicador. – Sou dois anos mais velha que você. Pelo que sei a Sra. Call lhe deu uma educação muito boa! – Continuou abrindo um leve sorriso mostrando os dentes brancos e perfeitos.



- Haha! Agora vai querer bancar a mais velha, magrela? Lembro-me muito bem quando éramos pequenos você não reivindicava isso. – Retrucou Embry lembrando-se das molecagens de quando eram crianças.



- Ah cala a boca, e me da um abraço logo! – Ela riu puxando o primo para um abraço apertado. – Antes você não era tão tímido assim, não mudou de lado ou mudou? – Provocou soltando-o do abraço segurando o riso enquanto questionava a masculinidade dele.



Leah, Quill e Seth continuavam estáticos na sala sem entender o que acontecia logo ali na frente, Embry nunca comentara sobre primos e muito menos sobre uma prima tão linda quanto principalmente na opinião de Quill e Seth. Mesmo que tivessem sofrido o imprinting seria praticamente impossível não olhar para aquela mulher.



Leah constatando a reação de todos se sentiu inquieta e resolveu ficar mais a vista do casal de velhos amigos. Era só o que me faltava, a priminha mal amada voltando para tentar novamente! Involuntariamente um rosnado se formou em sua garganta chamando a atenção de todos da sala.



- Não sabia que a casa estava cheia. – soltou olhando diretamente para Leah que estava alguns passos atrás com os braços cruzados com uma expressão de poucos amigos.



Olhando para trás imediatamente Embry se desculpou com o olhar dizendo mudamente que conversariam mais tarde.



- Essa é minha noiva Leah. – Apresentou o rapaz abrindo o caminho para a prima entrar na sala.



- Oh.Meu.Deus! Finalmente encontrou alguém que conseguisse te aturar? É um enorme prazer conhecer você! Afinal alguém conseguiu tirar a galinhagem daquela pessoa! – Ela dizia rindo e fazendo os outros rirem junto lembrando-se do tempo galanteador de Embry. – Me chamo e pode perguntar o que quiser sei todos os podres daquele pirralho ali!



Leah não conseguiu manter a expressão séria perante aquela atitude, realmente a prima dele não lhe ofereceria problemas talvez até se tornasse uma aliada.



- Prazer e pode deixar que mais tarde conversamos sobre isso. – respondeu deixando escapar o sorriso cúmplice.



se apresentou também a Quil e Seth largando em seguida sua bolsa no sofá se jogando em seguida em cima do mesmo, Embry continuava parado no mesmo lugar ainda segurando a porta tendo finalmente os pensamentos iluminados. Aconteceu alguma coisa para ela estar aqui! Deve estar bem enrascada!



- Então quem morreu pra você aparecer aqui? – Perguntou incisivo cruzando os braços sobre o peito.



- Eu? Não posso simplesmente visitar meu primo preferido? – se fez de desentendida enquanto passava as mãos sobre o cabelo preso em um rabo de cavalo.



- Primeiro eu sou seu único primo, segundo você nunca me visitou e se conheço você bem o suficiente sei que está encrencada. – Afirmou mantendo a postura firme aquilo não estava lhe cheirando nada bem.



- Sei que é meu único primo, mas não deixa de ser o preferido, se não o fosse eu não estaria aqui, estaria? – Retrucou estreitando levemente os olhos não gostava de ser contrariada mesmo que estivesse mentindo.



- Ok. Vou fingir que acredito. Então que a trouxe aqui? – Desistiu de contrariar tentando chegar logo ao ponto que ela queria.



Discretamente os outros da sala voltaram aos seus afazeres enquanto Leah ia ao quarto do namorado para se arrumar deixando-os sozinhos na sala. O cheiro da comida invadiu a sala fazendo o estomago de revirar levemente a lembrando do vazio nele a mais tempo do que necessário.



- Você vai dar uma festa hoje? O cheiro da comida parece muito bom. – Comentou desviando da pergunta anterior fechando rapidamente os olhos para apreciar melhor o cheiro.



- É o meu noivado. E então o que aconteceu ? – Embry perguntou novamente se sentando ao seu lado no sofá.



- Noivado? Cheguei bem na hora da festa isso é bom! – Disfarçou novamente, porém ao ver a expressão de seu primo entendeu que seria idiotice adiar o inevitável. – Estou de férias e resolvi passar um tempo aqui com você.



- Férias é uma palavra engraçada saindo da sua boca, você nunca tirou férias por que isso agora e o mais importante por que aqui na minha casa?



Embry se remexeu no sofá, Leah não gostaria daquela história. Mais que merda! Sei que é encrenca e tem algo estranho nessa história! A gente não se vê sempre, mas da pra sentir de longe o cheiro de problemas aí, além que ela nunca, NUNCA, tira férias! O trabalho é a vida dela! Largou tudo por causa dele! Vendo que ela relutava em responder sua pergunta tentou começar o interrogatório com perguntas mais fáceis.



- Como me achou?



- Eu passei na sua mãe e ela me disse que você estava morando aqui, a tia tinha que ter me contado sobre o noivado, pelo menos teria vindo preparada. – Explicou calmamente implorando mentalmente para que ele não a enchesse com mais perguntas que não poderia responder.



- Então por que não fica lá com ela? E afinal de contas, que merda de história é essa de férias? Você NUNCA tira férias! Quem matou para ter que se esconder aqui nesse fim de mundo? – Pressionou novamente tentando obter respostas e se livrar de um possível problema.



- Que droga! Não posso fazer o que quero que alguém já vem me interrogar ou reclamar! Merda! – se exaltou levantando subitamente do sofá assustando Embry. – Quer saber de uma coisa vou arranjar outro lugar para ficar! Tenha uma boa festinha de noivado! Se quiser falar comigo tente me achar aqui nesse fim de mundo idiota!



Saiu batendo a porta da sala com força fazendo os vidros tremerem levemente. Quem aquele pirralho pensa que ele é? Se ele soubesse o que sei fazer teria um pouco mais de respeito! Os pensamentos fervilhavam em sua mente enquanto pisava duro até o carro alugado que estacionara ali perto.



Leah ouvindo a discussão entrou novamente na sala disposta a ajudar a sua quase prima. Embry continuava sentado observando a porta. Merda! Ela está mais brava que antes, saiu daqui que nem um furacão!



- Vai continuar aí e deixar-la ir embora? – Ela perguntou encostando-se a parede do corredor.



- Você quer que eu vá? – Rebateu com outra pergunta sem tirar os olhos da porta.



- Como assim se eu quero? Ela é sua prima vá logo! – Retrucou enquanto ouvia a porta do carro bater na rua indicando que estava prestes a partir.



Embry levantou rapidamente correndo até o carro próximo a sua casa, ela já havia dado partida e se preparava para realizar a manobra para seguir em direção da saída da reserva.



-! espera! – Gritou conseguindo parar na porta do passageiro.



- Sai fora pirralho! Me enxotou da sua casa e agora está arrependido? Quem não quer agora sou eu! – Gritou de volta apertando o volante com força tentando controlar sua raiva.



- Desliga o carro e vamos conversar melhor e eu não te enxotei da minha casa! – Embry tentou contra argumentar na esperança que ela não arrancasse o carro ou o atropelasse, sabia muito bem que sua prima o faria sem pensar duas vezes.



ficou calada por alguns segundos observando a expressão de suplica do primo se fosse em outra ocasião iria embora sem olhar para trás, mas agora a situação pedia que tivesse outra atitude, precisava do primo. Disso não havia duvidas, morar um tempo com sua tia levantaria suspeitas sobre o real motivo de estar ali e realmente não estava preparada para revelar nada antes de encontrar as resposta que precisava.



Suspirou se sentindo derrotada desligando o carro em seguida, saiu sendo observada por ele, Embry estava até surpreso por ter sido fácil convencê-la a ficar e conversar, pelo que lembrava, tinha uma personalidade forte talvez até mais forte que a própria Leah.



- Você tem 30 segundos para falar tampinha! – Disse lembrando-se do apelido imposto a ele quando eram crianças.



- Desculpe se passei uma impressão errada lá dentro, mas é que fiquei surpreso com o seu retorno depois de tantos anos. Vou ficar muito feliz se quiser ficar aqui comigo ou com a minha mãe, vai ser bom relembrar os momentos que passamos juntos!



Tentou arrumar a melhor desculpa improvisada, seria muito melhor se ela ficasse com a mãe dele principalmente pelo fato das rondas e outros pormenores, que vinham no pacote de um transformo, caso quisesse ficar em sua casa teria que ter muito cuidado para manter o segredo.



- Você realmente ficou feliz em me ver? – Perguntou realmente insegura, por mais que precisasse ficar ali não gostaria de colocar o primo em risco ou ir contra sua vontade.



- É claro! Afinal você é minha prima preferida! – Brincou abrindo o sorriso mostrando todos os dentes brancos e bem alinhados.



- Embry, sou sua única prima! – Respondeu em tom de brincadeira se sentindo mais leve com a expressão do primo.



Ambos começaram a rir enquanto o sol batia levemente em seus rostos iluminando os cabelos de deixando algumas mexas loiras aparecerem timidamente. Ele observava atentamente a prima de riso fácil enquanto andavam calmamente até a casa. Realmente está deslumbrante e misteriosa! Uma perdição!



- Seus cabelos estão mais claros. Está uma mulher muito bonita. – Afirmou sem malicia pegando-a desprevenida.



abaixou levemente o olhar sentindo o calor subir até as faces, o velho habito de corar ainda persistia nela. Quando se recompôs para responder ouviram o telefone tocar dentro da casa e ambos se olharam automaticamente se desafiando e começaram a correr enquanto riam da mesma maneira que faziam quando tinham 8 e 10 anos, Embry poderia muito bem ultrapassá-la, mas manter o disfarce teria que ser seu foco daquele momento em diante.



Chegaram juntos até a porta empurrando um ao outro para chegar primeiro ao telefone, Leah apenas observava a brincadeira dos dois feliz por terem se acertado. agarrava o batente da porta pressionando seu corpo contra o dele tentando impedi-lo de ultrapassar enquanto ele, sem usar sua real força, a empurrava para frente. Quando finalmente consegui ultrapassar ambos caíram no chão chamando a atenção dos outros que estavam na casa indo para a sala ver o que estava acontecendo.



Os primos continuavam no chão rindo com as roupas totalmente desalinhadas pela competição. Leah desistindo de esperar, andou até o telefone o atendendo calmamente, ele tentava levantar do chão recebendo um puxão na barra da calça fazendo-o cair novamente.



- Isso não vale! – Reclamou enquanto ria tentando levantar-se novamente.



continuava no chão chorando de tanto rir observando o primo levantar rindo enquanto as outras pessoas não entendiam o que estava acontecendo.



- Embry é para você. É uma senhora chamada Arya. – Falou Leah despreocupada recebendo alguns olhares curiosos de Emily e Rachel.



- É minha tia. – Ele disse feliz enquanto congelava no lugar ficando séria de repente.



- Não atenda! – Ela praticamente gritou levantando rapidamente visivelmente alterada.



- Por que não? – Perguntou ele sem entender a reação dela, as outras pessoas na sala apenas olhavam de um lado para o outro entendendo menos ainda.



- Por que... Por que não! – Falou sentindo suas mãos suarem. Por que ela tinha que ligar justamente agora? Vai estragar tudo!



- Eu vou atender e descobrir o que realmente está acontecendo. – Disse resignado a finalmente desvendar o mistério que rodeava a volta da prima.



- Não! – Gritou em desespero. – Quer dizer... Atenda, mas não fale que estou aqui Em, por favor! Ela não sabe que vim para La Plush, por favor, primo não fale! – Implorou não vendo outra saída.



- Embry a senhora está esperando. – Leah se pronunciou apontando o telefone em suas mãos na sua direção.



Ele encurtou o espaço apanhando o telefone das mãos da noiva sem saber o que realmente fazer. O que ela esconde para ficar tão nervosa?



Capítulo 3:


- Por favor! – Implorou novamente sussurrando sentindo seu estomago revirar novamente, porém agora era de nervoso.


Sem realmente responder o que faria Embry atendeu ao telefonema demonstrando a alegria em ouvir a voz da tia tantos anos depois. Apenas os transformos ouviriam realmente toda a conversa, já que a audição lhes era privilegiada.


- Embry! Que saudades meu sobrinho querido! – Confessou a mulher do outro lado da linha.


- Oi tia que surpresa! Faz muito tempo que não nos falamos, não é? – Começou uma conversa amigável enquanto pensava no que faria com a prima parada a sua frente.


- Desculpe pelo meu sumiço, mas as ligações para fora do país são muito caras e não tenho muito dinheiro sobrando querido! – Desculpou-se tentando explicar os motivos pelo desleixo.


- E as coisas aí no Brasil como estão tia? – Perguntou-a Embry sentindo o peito apertar pela saudade que sentia da sua única família que conhecia.


- Está do mesmo jeito, o país é lindo, você adoraria conhecê-lo! A Amazônia me lembra muito as florestas da reserva... Me ajuda a matar a saudade apesar da diferença do clima. – Segredou a senhora sentindo a nostalgia lhe atingir em cheio. – Às vezes sinto saudades do frio de La Plush.


- Um dia irei visitar a senhora. – Prometeu Embry mesmo sabendo que nunca conseguiria cumprir realmente a promessa.


- Seria ótimo querido! – Alegrou-se, porém ficando muda de repente.


Kira se sentia ansiosa, podia ouvir claramente a conversa, mesmo que não soubessem disso e sabia que a qualquer momento sua mãe poderia estragar seus planos.


- Embry eu preciso perguntar uma coisa para você. – Confessou a senhora ficando estranhamente séria.


Nesse momento ele olhou fixamente para a prima, ainda não sabia o que fazer, o nervosismo dela chegava a ser palpável e como pressentira anteriormente sua prima sempre fora um imã para problemas e agora não seria diferente.


- Pode falar tia, estou ouvindo. – Incentivou-a ainda olhando para a prima a sua frente.


- Ok. Você por acaso tem tido noticias de Kira? Ela ligou para você ou chegou a aparecer aí na reserva? Sua mãe disse que não a viu ou tem noticias dela, mas preciso muito encontrá-la, ela me deu seu telefone dizendo que talvez você soubesse de algo. – Finalmente disse o que queria desde o inicio da conversa parecendo um tanto ansiosa do outro lado da linha.


E agora minha mãe também está mentindo?! Que merda está acontecendo aqui? O que ela está escondendo afinal? A cabeça de Embry fervilhava enquanto os segundos passavam e a tensão pairava na sala.


Emily, Rachel e Kim não entendiam absolutamente nada e discretamente Leah indicou para que voltasse para a cozinha, ela estava começando a juntar alguns pontos e as humanas ficariam melhor na cozinha do que naquela sala. Uma a uma saíram dali restando apenas os lobos e Kira todos ouvindo atentamente a conversa.


Aquele cheiro que sentimos, observando melhor é o cheiro de Kira, mas não é um cheiro que conheça e não é um cheiro normal de humano. O coração bate normalmente e a temperatura também é. Então o que pode ser? Leah se indagava tentando desvendar o que acontecia realmente.


Kira tentava encontrar uma maneira para acabar com aquela conversa antes que o primo desse com a língua nos dentes. Embry tomava fôlego para responder a tia disposto a falar a verdade mesmo que depois tivesse que aguentar a explosão da prima.


Pressentindo a delatação do primo decide tomar uma atitude desesperada. Vendo o fio do telefone em um movimento rápido o arranca da parede destruindo por completo o fio.


- O QUE VOCÊ FEZ? – Gritou Embry ao perceber o telefone mudo.


- VOCÊ IA CONTAR! – Kira gritou de volta sentindo as mãos tremerem levemente.


- Mas que p* está acontecendo aqui? – Leah interveio cansada com a situação.


- Você não pode aparecer aqui e achar que pode fazer o que quiser. Essa é a minha casa! – Disse Embry nervoso e tremendo, Quill e Seth se entreolharam percebendo a alteração do irmão lobo e prontos para segura-lo se fosse preciso.


- ÓTIMO! Então fique com ela, não vou estar onde desconfiam de mim! – Kira virou-se novamente para ir embora, mesmo que precisasse ficar na reserva teria que arrumar outro jeito. Não aguentaria as desconfianças.


- CHEGA! – Gritou Seth tentando acabar com aquela confusão toda.


Todos olharam para ele espantados acabando com a discussão imediatamente.


- Desculpe. – Pediu encabulado. – Por que você não nos diz o que está acontecendo realmente Kira? Nós podemos ajudar se precisar. – Disse tentando apaziguar os ânimos.


O que estou fazendo? Eles não tem culpa dos meus problemas! Devo estar parecendo uma louca aos olhos deles! Kira pensou caindo em si olhando para os presentes na sala e suspirou deixando-se cair sentada no sofá.


- Há mais ou menos três meses sofri um acidente em um sitio arqueológico do Parque Nacional Serra da Capivara no sudeste do Piauí no Brasil, eles me transferiram até Manaus para receber uma assistência médica melhor... Fiquei em coma por quase um mês. – Contou apoiando os braços nos joelhos tentando contar a parte da história que era verídica. – Você deve imaginar como minha mãe ficou... – Continuou olhando de relance para Embry. - Ela simplesmente surtou! Colocou toda a culpa no meu pai, dizendo que se ele não tivesse me levado quando pequena eu não teria pegado gosto pela profissão e pela adrenalina diária.


- E o que aconteceu depois disso? – Perguntou-a Leah imaginando que tipo de trabalho a faria ficar em coma por um mês.


- Um dia acordei me sentindo ótima. O médico até quis me deixar hospitalizada por mais tempo, mas não adiantou muito. Ele pediu que pelo menos tirasse umas férias por algum tempo até que me refizesse totalmente. – Explicou omitindo outros fatos.


- Então por que a tia está tão preocupada atrás de você? – Perguntou Embry não engolindo totalmente a história contada.


- Ela quis que ficasse em Manaus morando com ela... Você sabe como detesto aquele lugar! Fora o fato de que ela nunca cala a boca! – Confessou frustrada encostando a cabeça no encosto do sofá. – Só de pensar em ficar alguns dias com ela meu estomago embrulha. Preciso descansar e minha mãe não me daria descanso algum, então fugi dela. Nós nos falamos por telefone semana passada, mas não contei onde estava e nem para onde ia e prefiro que continue assim... Caso ela descubra que estou aqui não duvido nada que pegue um avião e venha até esse fim de mundo me atormentar.


Todos digeriam a história contada enquanto ela os observava torcendo para que fosse o suficiente para poder ficar ali sem ser perturbada. Apesar dos outros parecerem convencidos Embry sabia que existia algo mais escondido, porém para o momento estava satisfeito tentaria descobrir o resto depois, afinal em menos de três horas sua casa estaria cheia de gente para seu noivado.


- Então está de férias mesmo? – Perguntou-a desconfiado.


- A contra gosto, mas estou sim. – Kira respondeu sorrindo por ter conseguido encerrar o assunto.


- Ótimo! Nós podemos combinar de fazer alguns passeios turísticos semana que vem! – Leah entrou na conversa acreditando que aproximando a quase prima poderia saber mais sobre ela.


- É isso vai ser muito legal! Tem o penhasco, as piscinas naturais e... – Disse Seth empolgado com a possibilidade do passeio pensando também em chamar Nessie, já que a mesma ainda não conhecia alguns lugares em La Push.


- Tudo bem, mas agora vocês precisam se arrumar! É o meu noivado e não quero ninguém de roupa suja e rasgada! – Brincou Embry com o estado que seus irmãos se encontravam.


- Venha Kira eu mostro onde vai ficar. – Leah se ofereceu enquanto os três se dirigiam para a cozinha a fim de beliscar alguma comida.


- Obrigada Leah, estou necessitada de um banho bem relaxante. – Respondeu a ela enquanto caminhavam pelo corredor que dava para os quartos.


- O banheiro é a porta no fim do corredor e a festa começa às 8h então se sinta a vontade. – Falou depois de abrir a porta do quarto e acomodar a convidada.


Kira entrou devagar no cômodo enquanto colocava a bolsa na pequena escrivaninha que ficava próxima a porta, era um quarto simples assim como toda a parte da casa que vira até aquele momento. Havia uma janela que ficava de frente para a porta de entrada, uma cama de solteiro encostada na parede da janela, um guarda-roupa de duas portas em uma parede e de frente para ele uma pequena escrivaninha com uma prateleira um pouco acima na parede. Seria difícil colocar todas suas coisas naquele pequeno cômodo, mas teria que dar um jeito pelo menos por enquanto.


Vendo que Leah saia discretamente do quarto Kira virou-se rapidamente para não perder a oportunidade.


- Leah! – Chamou-a fazendo a loba virar-se. – Gostaria de agradecer por sua hospitalidade e a de Embry... Sabe fico muito feliz que meu primo tenha encontrado alguém finalmente. – Confidenciou observando o espanto da mulher a sua frente. – Nós nos separamos quando éramos crianças, mas sempre que pude tentei manter contato com ele afinal sempre fomos muito sozinhos. Acredito que até toda a galinhagem dele deva a esse fato. Ele e eu tivemos uma história bem difícil e fico muito feliz por ele ter encontrado alguém para formar sua própria família. Obrigada por não deixá-lo sozinho. – Declarou tudo com o coração aberto vendo os olhos de Leah brilharem devido às lágrimas contidas.


- Eu que agradeço. O Embry me salvou de mim mesma. – Falou imaginando o que teria se tornado se não fosse aquele homem em sua vida.


Ambas se despediram com um sorriso relembrando suas próprias lembranças.


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A casa estava cada vez mais movimentada os lobos estavam praticamente todos ali, além de Billy, Sue com seu esposo Charlie, Nessie, Kim, Emily, Rachel e seus respectivos imprinting’s alguns amigos do trabalho de ambos e colegas da reserva.


A felicidade estava transbordando dos olhos de Leah e Embry, mesmo que não tivessem uma data prevista para o casamento aquele era um acontecimento equiparado, já que praticamente moravam juntos.


Kira ainda não tinha terminado de se arrumar, estava apenas de toalha olhando para as peças espalhadas pela cama, tinha que manter as aparências, porém não conseguiria vestir uma peça de frio como a noite pedia. A pesar de ser verão aquela noite em especial estava fria para as pessoas convencionais.


Olhou novamente para os dois modelitos optando finalmente pela calça jeans de corte reto, uma blusa de seda creme sem mangas e uma sandália também na cor creme. Sabia que chamaria a atenção de qualquer forma então teria que estar mais discreta que o normal para conseguir o que queria.


A alguns metros de distância Jacob estacionava sua moto, excepcionalmente hoje vira com ela pelo fato de saber que todas as vagas da rua estariam cheias pela festa. Estava muito feliz por finalmente sua beta assumir seus sentimentos e deixar o passado para trás ainda mais com um amigo tão querido quanto Embry. Apesar do bando ainda estar separado eles viviam em plena harmonia e faltava pouco para Sam finalmente deixar o posto de alfa para cuidar somente da família que em breve aumentaria, então seriam apenas um bando novamente e todos sobre as ordens de Jacob.


No começo ele não gostou muito da idéia, afinal cuidar de lobos não era nada fácil, mas a herança genética agia mais forte em seu ser e aos poucos se acostumou com os fatos.


Jacob se tornara um excelente líder, amadurecera, terminara os estudos e conseguira se formar na faculdade antecipadamente além de agora ter seu próprio negócio de mecânica, era pequeno e estava iniciando, mas era dele e conseguia sustentar o pai tranquilamente.


Três anos de muito estudo e trabalho árduo lhe valeram a pena e finalmente estava colhendo os frutos.


Chegou a porta da casa ouvindo nitidamente a música que tocava nos fundos da casa, sem cerimônias abriu a porta da casa procurando pelos noivos tão amigos.


- Jake meu velho! – Quill o cumprimentou com um abraço.


- Fala Quill, a Claire veio hoje? – Perguntou vendo o amigo com as mãos vazias.


- Veio está lá fora brincando com a Nessie e Seth. – Disse um pouco a contra gosto.


- Não fique com ciúmes sabe que ela te adora. – Jacob falou brincando enquanto andavam até a área de fora.


- Não tenho ciúmes cara. – Tentou convencer o amigo sem sucesso. – Você não sabe o que aconteceu hoje. – Emendou tentando fugir das piadas do amigo.


- O que velha fofoqueira? – Soltou Jacob imaginando a fofoca fresca que Quill contaria.


- Uma prima do Embry chegou e causou o maior alvoroço. – Cochichou lembrando-se dos acontecimentos daquela tarde.


- Não sabia que o Em tinha primos. – Comentou desinteressadamente pegando um sanduiche da mesa de comidas.


- Não falei primos, eu disse prima, Jake! E que Claire me perdoe, ela é um furacão. – Confidenciou Quill ainda mais baixo.


- Como assim você achou isso da prima dele? E o imprinting? – Perguntou-o assustado, lembrava-se muito bem pela mente dos outros lobos que por causa do imprinting os lobos não enxergavam mais outras mulheres.


- Eu sei, e isso não é o mais estranho... O cheiro dela não é de um humano normal. – Vomitou tudo o que percebera horas antes deixando o alfa subitamente tenso com a situação, afinal o que seria aquela mulher?


- Embry a questionou?


- Sim, ela disse que está aqui de férias forçada por causa de um acidente que sofreu há uns meses.


Quill continuava contando os por menores dos acontecimentos quando finalmente Kira saiu do quarto, decidida a dar inicio do seu verdadeiro objetivo naquele lugar.


Capitulo 4:

Leah não cabia em si por tamanha a felicidade em seu coração, finalmente podia amar sem medo da entrega! Olhava seu noivo do lado oposto do quintal onde conversava animadamente com Sue e Emily, grávida de seis meses.


- Aliás filha, vocês poderiam reformar a nossa antiga casa para morarem depois do casamento o que acha? – Sue perguntou lembrando o quanto a casa se tornara abandonada pelo fato de ter ido morar com Charlie juntamente com Seth após o casamento e também por sua filha praticamente morar com o agora noivo.


- Quem sabe mãe, mas vamos ter muito tempo para pensar nisso. – Disse imaginando como ficaria a casa depois da reforma fazendo um sorriso escapar entre os lábios.


O ar que pairava era de alegria, algumas crianças corriam pelo quintal arrumado, os mais velhos conversavam animadamente e alguns ariscavam dois ou três passos na pista de dança improvisada. observava tudo da janela da cozinha esperando o momento certo para iniciar sua pesquisa. Por favor, que tudo de certo! Assim posso sair daqui o mais rápido possível! Um suspiro involuntário escapou de sua boca chamando a atenção de Jacob que entrava com Quill a fim de ver os outros jogando vídeo game na sala. Jacob viu rapidamente a mulher de costas parecendo mais uma estátua pela posição tão endurecida. Só pode ser ela. Pensou percebendo que era a única convidada a estar deslocada.


Observou melhor podendo confirmar aquilo que Quill dissera momentos antes. Realmente parecia ser uma mulher impactante, pois mesmo estando de costas para ele Jacob sentia que havia um campo gravitacional irradiando dela, puxando todos os olhares masculinos.


- Cuidado que a baba está escorrendo Jake! – Provocou Quill ao ver o amigo hipnotizado pela desconhecida.


- Cala a boca Quill! – Bronqueou ele envergonhado por ter sido pego desprevenido.

da cozinha podia ouvir claramente a conversa no outro cômodo mesmo que alguém normal não pudesse fazê-lo e para ela aquilo muitas vezes se tornava incomodo, não tinha vontade nenhuma em saber o que os homens cochichavam enquanto a observavam com cobiça, achava aquilo muitas vezes constrangedor e ridículo, afinal ficavam apenas olhando e ninguém era seguro o suficiente para encará-la realmente. Apenas um foi. Deixou-se pensar com tristeza, mas rapidamente se recompondo indo em direção ao quintal decidida a iniciar seu plano.


Embry conversava animadamente com Charlie e Billy sobre a possibilidade de trabalhar em Seattle caso a promoção que almejava acontecesse, porém mesmo estando no quintal, um lugar aberto, sentiu o mesmo cheiro inumano atingir-lhe as narinas novamente. Olhou para trás e viu sua prima se aproximar andando graciosamente chamando a atenção das pessoas enquanto ia até ele. Sorriu mesmo sem entender a conexão entre sua prima e o cheiro estranho.


- Finalmente você apareceu . – Comentou enquanto lhe beijava a bochecha recebendo um abraço em retorno.


- Estava indecisa no que vestir, afinal, não é todo dia que o maior dos galinhas fica noivo! – Brincou fazendo Charlie e Billy gargalharem de Embry.


- Por que você sempre tem que lembrar todo mundo disso? – Embry perguntou um pouco contrariado com o comentário da prima, aquilo era passado.


- Simples por que a.do.ro te embaraçar! – Comentou rindo levemente. – Não vai me apresentar para os senhores, Em? – continuou olhando finalmente para Charlie e Billy.


- Eles são Billy Black, membro do nosso conselho, e Charlie Swan, chefe de policia em Forks e ela é minha prima . – Embry apresentou enquanto eles se cumprimentavam.


- É uma moça muito bonita . – Billy comentou observando os olhos astutos da mulher a sua frente.


- Muito obrigada Billy, é um prazer poder passar um tempo aqui, mesmo que não seja a trabalho. – Comentou enquanto pegava um copo com cerveja.


- E no que você trabalha? – Charlie perguntou se interessando no assunto.


- Trabalho com arqueologia desde meus 15 anos. – disse com orgulho deixando um brilho maior aparecesse em seus olhos pelo entusiasmo. – Meu pai era arqueólogo e aprendi a trabalhar com ele desde pequena.


- Nossa deve ser impressionante, mas você é formada nisso? – Billy perguntou curioso pela vida da forasteira. – Parece ser tão nova para ter terminado já a faculdade.


- Obrigada Billy, mas já sou formada sim e posso afirmar a você que com 25 anos já vivi muito mais que um homem de 90 anos, por tantas aventuras!


Embry via a satisfação da prima ao relatar alguns detalhes da profissão para os mais velhos e percebeu ali que ela mudara e muito, não somente na aparência como notara antes, mas sim na personalidade. Agora era uma mulher madura e decidida com provavelmente muito mais experiência de vida do que ele mesmo. Lembrou-se quantos cartões ela lhe mandara na adolescência e das burradas que aprontara escritas nos mesmos cartões, não esperava que ao perder o contato por cinco anos com a prima tivesse perdido tanto quanto aparentava agora ao observar a conversa com Billy e Charlie.


Leah se aproximou do noivo dizendo que havia mais pessoas para recepcionarem dando a deixa para que Charlie fosse ficar ao lado de sua esposa Sue deixando assim apenas e Billy conversando. Aproveitando a oportunidade de ficar sozinha com um dos conselheiros da tribo iniciou sua sondagem calmamente.


- Sabe Billy... Gostaria muito de aprender mais sobre as lendas dos Quiloutes. – soltou depois de encontrar uma brecha na conversa.


- Não há nada demais em nosso povo , você com certeza viu povos muito mais interessantes que o nosso. – Billy tentou desviar do assunto mordendo um pedaço do lanche em seu prato.


- Todos os povos são importantes, Billy, não menospreze o seu. Além do mais, nós sabemos que nem sempre lendas são apenas lendas. – Declarou fazendo que o ancião a olhasse com certo espanto. Será que ela sabe de algo? Não poderia, se Embry até hoje não contou para a mãe duvido muito que tenho contado a ela! Pensou analisando as possibilidades.


Vendo a reação de Billy ela percebeu o quão perto da verdade estava e seria através daquele homem que descobriria ou pelo menos tentaria descobrir algo que a ajudasse.


- Veja bem Billy, por exemplo, os maias. – começou a encenação para ludibriar o membro do conselho. – Suas lendas contam sobre homens-jaguar, não deuses antes que você imagine isso, eram sim homens guerreiros. Aquele povo acreditava no antropozoomorfismo e antropomorfismo então a lenda diz que cada homem tinha o seu nagual podendo alguns transformassem em jaguares, águias e assim por diante. – falava observando o olhar perspicaz de Billy prender-se a sua história, justamente como queria. – Só que na realidade esses homens ou mulheres no caso usavam na guerra uma capa tirada do corpo do animal fazendo assim com que parecessem com tal animal, usando a artimanha para matar o inimigo. Talvez a lenda dos homens lobo da sua tribo seja um caso parecido até porque o lobo é um animal social o que combina com o totenismo não é Billy? – Terminou de despejar as informações sorrindo docemente dando a ultima cartada para conquistar o que queria.


Por dentro Billy sentia-se aliviado pela analise de ser totalmente cética acreditando que o interesse nas lendas de seu povo era apenas por motivos profissionais. Da cozinha Jacob via a conversa animada entre seu pai e a prima de seu amigo, podia ouvir nitidamente o que falavam o deixando ainda mais intrigado perante a convidada, não sabia dizer ao certo o que, mas algo naquela mulher o chamava, o atraia.


Observou devagar seu perfil ao longe, os cabelos quase dourados balançavam com o movimento do vento caindo em leves ondas até o meio das costas praticamente nuas pelo decote profundo da blusa que usava o tecido da mesma fluía naturalmente por seu dorso movimentando levemente conforme respirava desceu um pouco mais o olhar para a calça que abraçava seu quadril e pernas, tinha que admitir que mesmo usando uma roupa até discreta aquela mulher exalava sensualidade e feminilidade, sinceramente não conseguia imaginá-la realizando as proezas que dizia. Estava mais para uma mulher executiva que aventureira.


Aproveitando a deixa da aproximação entre seu pai e a forasteira Jacob decide entrar na conversa a fim de se apresentar e finalmente ver de frente o rosto que fascinara seu pai em uma simples conversa.


Aos passos apressados Kim se aproxima de Embry e Leah que estavam discretamente se retirando do quintal para namorarem um pouco.


- Embry e Leah! Não pensem em fugir! – Disse a índia com os braços na cintura. – Daqui a pouco vai ser a hora do pedido oficial, então tratem de ir participar da festa de vocês! – A amiga terminou arrastando Leah para conversar com alguns amigos do trabalho.


- Mas Kim nós não tivemos tempo para ficarmos sozinhos hoje! – Embry soltou contrariado vendo a noiva ser arrastada para longe.


- Vocês terão a eternidade literalmente para fazer isso! Literalmente Embry! – Falou por fim Kim sem se intimidar dando as costas para o lobo.


- Ficou abandonado, Em? – Perguntou Jacob encostando-se a parede da casa.

- Onde já se viu Jake, hoje é meu noivado e não posso ficar sozinho com minha noiva! – Esbravejou encostando-se também na parede da casa.


- E isso vai ser só o começo cara! – Brincou o amigo recebendo em resposta a um gemido de Embry.


Jacob ainda observava a forasteira gravando cada movimento, cada gesto chamado atenção de Embry.


- Cara, se fosse você não faria isso. – Comentou Embry olhando para a prima que ainda conversava animadamente com Billy.


- Por quê? Está com ciúmes da priminha, Em? – Indagou em tom de brincadeira enquanto bebericava novamente sua cerveja.


- Não estou com ciúmes, estou aconselhando um amigo para não cair em cilada. – Soltou o lobo bebendo também sua cerveja.


- Está dizendo que sua prima que ninguém sabia que existia é uma roubada? – Perguntou Jacob rindo sem acreditar.


- Vai por mim. Nós podemos estar afastados há anos, mas ainda a conheço e sei que é capaz de fazer qualquer um sofrer em suas mãos. Sempre foi assim desde pequenos!- Embry disse convicto do que sabia, lembrava-se muito bem o que causava ao sexo oposto até a ele mesmo.


Na época não entendia como uma menina magrela e nada atraente causasse tanto alvoroço entre seus amigos de infância, muitas vezes ele chegou a ver seus colegas da tribo que morava antes de ir para La Plush brigarem ou chorarem por causa da prima desajeitada, porém ao vê-la hoje admitia que talvez fosse sua beleza já escondida na época que os atraíssem. Se antes já sub julgava e maltratava os homens hoje não seria diferente, talvez fosse pior.


- Acho que essa eu vou pagar pra ver. – Jacob verbalizou seu pensamento ignorando totalmente o aviso do irmão lobo.


Não sabia dizer ao certo o que era, mas aquela mulher havia despertado algo diferente dentro dele, isso por que não havia a visto completamente, mas algo nela acordava o lobo dentro de si fazendo com que ele estivesse disposto a qualquer coisa para conquistá-la.


Ignorando o chamado de Embry ele caminhou calmamente até o pai e a forasteira, reparando o cheiro diferente que emanava de sua pele. Estranho... Não é um cheiro humano, mas todo o resto parece ser. Quill estava certo, talvez ela esteja escondendo algo. Jacob analisava a situação enquanto se aproximava.


estava intrigada com o ancião a sua frente, era um homem muito sábio e astuto não poderia pressioná-lo demais se quisesse obter as respostas que queria teria que ser muito mais persuasiva do que havia pensado.


- Pelo que sei você está de férias . – Embry se aproximou ao mesmo tempo que Jacob, tentando inutilmente evitar que seu amigo entrasse em um jogo já perdido.


- Está por acaso me vendo com uma pá na mão ou um pincel? – Brincou levantando as mãos em forma de rendição enquanto sorria. – Posso estar obrigada a ficar de férias, mas isso não significa que não possa conversar sobre isso. Sabe Billy, nós poderíamos marcar qualquer dia para conversarmos melhor, talvez tomar um café da tarde, assim não seriamos atrapalhados ou perturbados por certas pessoas. – Continuou ela voltando-se novamente para o ancião rindo da careta do primo.


- Seria um prazer, . – disse Billy entusiasmado fazendo com que as rugas marcassem ainda mais o rosto pelo sorriso. – Adoraria ouvir mais suas histórias principalmente sobre o parque arqueológico de Angkor, parece ser um lugar fantástico. Deixe-me lhe apresentar meu filho . – Billy comentou vendo seu filho ao lado de Embry.


Nesse momento virou-se para ver de quem se tratava a pessoa alguns passos atrás encontrando imediatamente o par de olhos negros mais intensos que vira em toda sua vida. Jacob que até então não conseguira ver o rosto da forasteira sentiu como se levasse um soco ao encontrar o olhar da mulher misteriosa. A partir daquele momento não conseguiu ouvir ou prestar atenção em mais nada, tudo se resumia a aqueles pares de esmeraldas que o encaravam quase que selvagemente, agora ele entendia o motivo por tamanha atração pela aquela mulher.


Sua vida antes de encontrá-la parecia ser apenas um borrão, cada momento vivido, cada sentimento, cada alegria, nada podia ser comparado a aquilo que se apossava de seu coração, de seu corpo e mente. Nada havia sido mais importante em sua vida do que ela! Aos poucos sentiu a gravidade puxando-o, o prendendo a ela! Aquela mulher agora seria sua razão de viver ou para deixar de existir!


Finalmente! É ela! Pensou Jacob ainda preso ao olhar misterioso de seu imprinting, sem conseguir conter sorriu calorosamente enquanto ouvia muito ao longe algo que Billy dizia.


Billy apresentava os dois sem perceber qualquer alteração no filho, Embry por sua vez sentiu-se incomodado pela reação de Jacob e que pareciam estáticos olhando um para o outro sem nem ao menos piscar. Limpou a garganta tentando chamar a atenção da prima falhando completamente olhando então para Jacob a fim de acabar com aquela cena de uma vez por todas.


Finalmente o lobo percebeu o olhar venerativo que Jacob lançava para ela surpreendendo-se ao ver o imprinting acontecer na sua frente. P* isso tinha que acontecer justo agora? Coitado do Jake, mal ele sabe o que o aguarda!


sentia-se presa a aquele olhar, por alguma razão desconhecia por ela não conseguia quebrar a conexão com aquele homem a sua frente. O mal já conhecido atingiu-lhe em cheio fazendo com que levasse um leve choque, porém o suficiente para conseguir quebrar o olhar.


Olhou a sua volta temendo que alguém tivesse percebido o que acontecera a pouco com ela encontrando o olhar de preocupação de Embry e Billy.


- Você está bem ? – Billy perguntou se aproximando levemente com a cadeira.


- E-eu estou sim Billy, só uma dor de cabeça chata que aparece de vez em quando. – Tentou desviar do assunto evitando ao máximo olhar para o filho do ancião.


- Precisa de ajuda? Posso pegar um comprimido se precisar. – Jacob ofereceu-se solicito sentindo o desconforto de seu imprinting.


- Não. Não preciso de nada, vai passar. – Ela disse esquivando-se do toque do lobo alfa.


- Prima...


- Sem prima Embry! – falou incisiva olhando-o seriamente. – É apenas uma dor de cabeça, não estou morrendo! Foi exatamente por isso que fugi de Arya, não preciso que cuidem de mim! – Sussurrou tentado controlar o temperamento perante os convidados, porém deixando transparecer sua insatisfação. – Billy, obrigada pela conversa, vai ser muito interessante saber mais sobre minha quase tribo. - Disse tentando disfarçar sua vontade de gritar e sair daquele lugar o mais rápido possível.


- Vai ser ótimo receber você. – Billy se despediu com um aperto de mãos.


Jacob a observava ainda sem entender sua reação, afinal um imprinting não era recíproco? Indagava enquanto tentava a todo custo encontrar uma brecha para olhar em seus olhar novamente.


saiu do quintal o mais rápido que conseguiu não se preocupando o que o filho de Billy entenderia de sua reação, estava pouco se importando com a impressão que causaria com sua falta de educação. O importante era se afastar daquele olhar!


Passou quase que correndo pela sala até entrar em seu quarto trancando a porta rapidamente, se sentia sufocada enquanto a dor teimava em continuar.


Do lado de fora Billy finalmente percebia a diferença em seu filho e a carranca instaurada na face de Embry, estar ao lado de parecia tirar um pouco a concentração em outras pessoas o que intrigou o ancião ainda mais.


- Não acredito que você fez isso. – Embry finalmente falou tentando controlar o ciúme que lhe corroia por dentro.


- Sabe que não foi proposital Embry! Não temos controle sobre isso, apenas aconteceu. – Jacob desculpou-se não entendendo a reação do irmão lobo.


- Aconteceu? O que aconteceu? – Billy entra na conversa sem entender ao certo o que ambos discutiam.


- Ele sofreu um imprinting com . – Embry suspira sentindo que aquela seria uma batalha perdida.


Enquanto isso no quarto se mantinha apoiada a porta tentando inutilmente parar com a dor de cabeça, já sabia o que aconteceria se não a controlasse o mais rápido possível. O suor escorreu por sua testa enquanto travava uma luta interna.


PARE COM ISSO! PARE COM ISSO! AGORA! Gritava mentalmente fazendo uma força descomunal para conter o que havia em seu interior.


- Sabes que se fazia necessário para afastar-lhes do perigo, minha cara. – a voz conhecida ecoou em sua mente.


- Necessário o c*! Sabe como isso dói, teria sido muito mais fácil ter me avisado. – Sua voz ecoou no cômodo vazio, fazendo com que parecesse ainda mais louca do que pensava.


- Não aches que enlouqueceu, sabes que não é a verdade. Teus olhos já viram e tuas mãos já fizeram muitas coisas para achares que agora estás louca por me ouvir. Infelizmente, estimaria que fosse verdade a ter que viver neste infeliz destino ao meu lado. – A voz continuava a ecoar em sua cabeça tentando amenizar seu sofrimento diário. – Porém é necessário que me ouça.


deixou-se escorregar até cair sentada no chão soltando um suspiro derrotado por fim, sabia que não estava louca e justamente este motivo que a trouxera até La Plush.


- Estou ouvindo... Sempre estou ouvindo. – Suspirou novamente mordendo o lábio inferior sentindo-se frustrada novamente.


- Não sejas tola. Nestas terras existem mais poderes que imaginas, poderes mais fortes que a morte e por tal motivo se faz necessário afastar-se do índio alfa. Ali estás vossa queda. - A voz terminou se esvaindo juntamente com a dor de cabeça de .


- Ótimo! Agora mais essa! – Esbravejou apoiando uma das mãos na testa.





Capítulo 5


Alguns raios de sol lutavam contra as nuvens espessas mostrando que um novo dia se iniciava, em seu quarto não tivera uma boa noite de sono devido o encontro com aquele homem que a intrigara. Mesmo com sua pseudo consciência avisando-a do perigo eminente parecia que aqueles olhos negros e misteriosos haviam sido gravados em sua mente.


Sempre que fechava os olhos para tentar dormir a lembrança daquele índio recheava sua mente causando-lhe uma tremenda dor de cabeça.


- Por que este sentimento incomodas? Estás interessada no cortejo daquele homem? – A voz ecoou por sua mente fazendo justamente as perguntas que não tinha resposta.


Se soubesse o que está acontecendo você também saberia, imbecil! Pensou irritada pela inconveniente e forçada convivência com a voz masculina e antiquada.
- Desculpe-me pelo atrevimento de minha parte, porém não posso dizer que sou antiquado apenas vivemos em momentos diferentes. E não me aprecia também a idéia de convivermos desta maneira. – A voz tentou evitar uma nova discussão da qual era comum entre eles.


Ok! Esquece! Não estou com humor pra você hoje! bufou nervosa trocando de roupa rapidamente e pegando os acessórios necessários para sua sessão de exercícios pensando que talvez um treino pesado pudesse aliviar a tensão instaurada em seu corpo.


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Jacob revirava novamente em sua cama relembrando as feições de seu imprinting, seus olhos incrivelmente verdes, sobrancelhas arqueadas, nariz fino, rosto quadrado e por fim lábios extremamente convidativos. Sentia-se ansioso para vê-la novamente e ao mesmo tempo incomodado por ter sido tão rápido o contato entre eles, depois dela dizer que estava com dor de cabeça, trancafiou-se no quarto não saindo nem para a oficialização do noivado.


Olhou para o relógio em cima do criado mudo já eram 7hs e sabia que por mais que tentasse não conseguiria pegar no sono, então decidido a não ficar parado pulou da cama pegando a primeira roupa que vira pela frente e indo para o banheiro no corredor fazer sua higiene matinal e saindo da casa sem nem ao menos se preocupar com o café da manhã. Precisava se movimentar para colocar os pensamentos em ordem e traçar um plano para conquistá-la.


Embry lhe contara que ela era dura na queda e o quanto já destruíra muitos corações enquanto mantinham contato, realmente ao observá-la sua postura era de caçadora e não de caça o que para Jacob aquilo era engraçado, sempre preferia as mulheres que faziam a linha de caça, indefesas e frágeis algo que seu imprinting definitivamente não possuía. Nos olhos de ele observou o quanto ela tinha um espírito livre e selvagem, transmitia a postura de mulher forte e decidida e talvez aquilo para ele fosse realmente o melhor, afinal, Jacob era o lobo alfa e precisava de uma companheira a sua altura.


Andava despreocupadamente preso aos seus pensamentos com as mãos enfiadas nos bolsos da calça de moleton surrada e quando percebeu estava próximo a First Beach, sabia que ainda era muito cedo para ter alguém na praia então decidiu ir até lá e escutar um pouco o mar.


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Sua respiração estava ofegante, mas não pararia enquanto o suor não levasse todas suas dúvidas embora. Corria de um lado para o outro levantando seus joelhos até a linha do quadril carregando em cada tornozelo um peso com dois quilos, mais uma volta agora com outro exercício fazendo seus músculos arderem. Estava concentrada na música alta que tocava em seus fones de ouvido, não precisava ouvir naquele volume, porém queria ficar alienada ao mundo que lhe rodeava. Tantas perguntas em sua cabeça e nenhuma resposta servindo apenas para irritá-la ainda mais.


Por sorte ele não voltara a falar novamente, o sentia ali presente em seu consciente, mas pelo menos tentava lhe dar algum espaço. Tinha que admitir era um homem gentil se é que poderia chamá-lo assim.


Terminada sua sessão de trabalho para as pernas começou a fazer sua sessão de flexões, se um militar visse seu treino acreditava que sentiria orgulho, ela conhecia muitos que invejavam sua disposição.


Jacob andava calmamente até visualizar a última pessoa que esperava ver naquele momento. Alguns metros mais a frente lá estava ela tão linda quanto no dia anterior fazendo algo que ele imaginava ser flexões, observou quase que em câmera lenta seu corpo ficar em pé com as mãos paralelas ao mesmo para logo em seguida agachar e fazer uma flexão para novamente agachar e ficar em pé repetindo novamente os movimentos.


Pela visão mais aguçada pode ver o suor escorrer pela barriga chapada exposta pela falta de tecido do top que usava, reparou também no short curto expondo as pernas torneadas era uma visão esplendorosa, porém para um humano comum estava muito frio e como se quisesse comprovar isso uma rajada de vento passou por eles confirmando seus pensamentos. Aquela mulher não pode ser normal! Pensou ele vendo que mesmo com poucas roupas não se abalara com a rajava fria do vento.


Os pés de Jacob tomaram vida própria caminhando sem que ele desse conta na direção de sua amada, aos poucos o espaço entre eles foi se encurtando. Quando finalmente despertou estava apenas a cinco metros de distância observando enquanto ela continuava a fazer o que acreditava ser uma série de flexões.


Mesmo com a música absurdamente alta conseguiu distinguir entre os outros barulhos passos até sua direção junto com a característica dor de cabeça, porém preferiu ignorar pensando quem sabe o estranho fosse embora. Seu coração pulsava forte misturado ao suor que escorria por seu rosto fazendo sua cabeça latejar, não queria abrir os olhos, mas se viu forçada a fazê-lo ao sentir o cheiro tão intrigante e fascinante.


Parou as flexões e olhou na direção de Jacob esperando que ele fizesse ou dissesse algo. Ele sentiu-se preso naquelas esmeraldas permanecendo estático não conseguia pensar, falar, respirar ou se mover era como se estivesse congelado, preso aquele olhar.


- Vai ficar aí parado até quando? – perguntou deixando transparecer na voz toda a irritação e frustração que sentia em seu intimo.


- Se queres ser cortejadas por este cavalheiro não deveria ser tão rude minha cara. – Sua voz ecoou em seus pensamentos a irritando ainda mais.


- Você me causa dores de cabeça e agora quer ser meu conselheiro amoroso? Ah vá se ferrar! – Praticamente gritou em seus pensamentos tentando mantê-lo calado.


- Desculpe eu... – Jacob conseguiu falar de certa forma feliz por ter sido libertado do olhar penetrante.


- Você? – Pressionou percebendo que pelos batimentos acelerados dele o quanto o afetava.


Pare de bancar o imbecil Jacob! Até parece que voltou no tempo e tem dezesseis anos novamente! Pensou ele tentando retomar sua postura de conquistador.


- Não queria incomodar, mas é realmente interessante ver você treinar até parece uma atleta olímpica! – Elogiou sabendo muito bem o quanto as mulheres gostavam de serem apreciadas.


- É eu sei. – Respondeu seca tentando não demonstrar o quanto a presença dele a inquietava.


Mesmo com a resposta Jacob pode ouvir os batimentos alterados de seu imprinting, ficando satisfeito com o efeito causado. Não conseguiu evitar o sorriso que se instaurou em seu rosto alterando ainda mais os batimentos dela.


- , é preciso avisar-lhe novamente sobre este cavalheiro! A magia que o envolve nos trará problemas! Descarte-o antes que estes sentimentos confusos tomem conta de teu ser! – A voz tentou novamente convencê-la irritando ainda mais.


Não ouse me dizer o que fazer! Este corpo ainda é meu! Com ou sem magia não vou afugentá-lo! Gritou empurrando mentalmente a voz para dentro da sua barreira mental.


- Posso perguntar uma coisa? – Jacob perguntou não percebendo o conflito interno que acontecia na mulher a sua frente.


- Acho que isso já foi uma pergunta, não? – Respondeu sorrindo indo até a mochila e pegando uma toalha para secar seu rosto.


- Verdade, mas porque você está fazendo um treino tão pesado? Pelo que Embry me disse você está de férias não é? – As palavras fluíram antes que Jacob pudesse contê-las, não queria parecer um interesseiro, mas já era tarde.


não conseguiu segurar a risada antes de beber um pouco de água oferecendo a garrafa em seguida para Jacob que recusou educadamente.


- Me desculpe, mas qual é seu nome mesmo? – Perguntou buscando inutilmente a resposta em sua memória.


- Jacob, Jacob Black, mas pode me chamar de Jake. – Respondeu um pouco decepcionado por ela não se lembrar dele.


- Realmente me desculpe Jake ontem estava com enxaqueca e por isso não consegui prestar atenção quando nos apresentaram. – Mentiu descaradamente tentando evitar mais possíveis perguntas. – E Embry está certo ao te falar que estou de férias, mas são apenas férias do trabalho e não do resto, tenho que estar preparada.


- Preparada? – Ele perguntou sem entender realmente seus motivos, afinal se ela era arqueologa seu trabalho não era tão puxado pelo menos ao que imaginava.


- Sim, sabe Jake meu trabalho envolve constantemente riscos a minha vida, nunca se sabe quando alguém vai querer te matar. – Respondeu a verdade mesmo sabendo que ele não sabia o que realmente fazia.


- Mas você não é arqueóloga? – Perguntou surpreso com sua declaração, seu corpo tremia só de imaginar sua amada correndo risco de vida.


- Sou e você não imagina o quanto esse trabalho pode ser perigoso. – Riu observando o leve tremor nos braços de Jacob assim como seu coração totalmente descompassado, deduziu que talvez ele estivesse com medo. Como pode tão bonito e tão medroso? Tirou os fones de ouvido guardando o mp5 na bolsa.


- Estava ouvindo o que? – Perguntou Jacob interessado em saber mais sobre seu imprinting.


- Foo Fighters, Let it Die. Tem um pouco haver comigo eu acho. – respondeu deixando a tristeza bater a porta ao lembrar-se dele. – Mas vamos parar de falar, já que está aqui o que acha de treinar comigo? – Tentou mudar de assunto antes que a dor a engolisse novamente.


Jacob se surpreendeu com o convite ela não parecia mais a mulher irritada de minutos atrás, seu sorriso lhe encantara fazendo o dele crescer ainda mais.


- Claro se você agüentar. – provocou um pouco tentando ver até onde ele iria.


- Pode ter certeza que eu agüento. – Retrucou dando um ar mais malicioso para a frase arrancando uma gargalhada dela.


- Vamos ver, vamos ver.


foi até sua mochila pegando seu par de luvas de foco e jogando para Jacob, as pegando facilmente.


- Para que são essas luvas? – Perguntou as colocando apenas para confirmar seus pensamentos.


- Vamos ver se você agüenta mesmo. – Lhe respondeu ainda rindo para logo depois deferir um chute com o pé direito.


Jacob se defendeu rapidamente com medo de tê-la machucado, lembrava-se muito bem o que aconteceu quando Bella tentara lhe dar um soco.


- Se machucou? Eu sinto muito , deveria ter desviado! – Ele falava rápido temendo por ter quebrado a perna dela, sentiu novamente outro golpe agora o fazendo cair no chão o deixando totalmente atônico.


- Não sou de vidro Jake. – Disse ela o olhando de cima para logo em seguida se agachar ao seu lado. – Acredite posso fazer um grande estrago em você, então trate de levantar essa guarda e treine que nem homem!


lhe ofereceu a mão vendo o espanto no rosto de seu companheiro de treino, ela tomara cuidado para não colocar muita força, mas estava desconfiada que ele tivesse percebido algo de diferente. Tenho que ir com calma, ele deve ter quase dois metros de altura mesmo uma mulher bem treinada não o abateria assim tão fácil.
Mas o que acontece com essa mulher? Ela é humana, mas isso só posso provar por causa de seu coração batendo o resto não condiz com a normalidade! Por Deus ela deveria estar no chão chorando de dor pela perna quebrada e não ter me derrubado! Vou ter que conversar com Embry o mais rápido possível! Os pensamentos fervilhavam na cabeça de Jacob enquanto ele se preparava para continuar o treino.


- Vamos mariquinha, prometo que agora eu pego leve. – Brincou vendo a preocupação estampada nos olhos de Jacob.


- Vou te mostrar quem é o mariquinha! – Retrucou entrando na brincadeira enquanto voltavam a treinar.


Pelo menos agora ele poderia se soltar um pouco sabendo que ela não se machucaria. Vamos ver até onde ela agüenta!


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Depois de uma hora lutando ambos caíram na areia ligeiramente cansados, Jacob se surpreendera ao perceber que era talvez a primeira vez que se cansara como humano após sua transformação não se lembrava de ter suado tanto antes de hoje. por sua vez estava espantada com a força do rapaz, mesmo ela tendo se contido de certo modo pode perceber o quão forte ele era para um humano comum.


Talvez as lendas não sejam tão lendas assim! Pensou convicta que aquele homem tinha algo de diferente além do cheiro que antes pensara ser característico dos homens da tribo. Agora via que estava enganada Jacob não tinha nada de comum ou normal e aquilo a intrigava ainda mais.


- Se estivesses escutado meu conselho poderia ter evitado tal exposição, minha cara. – A voz voltou sorrateiramente lhe incomodando.


- Não me venha falar novamente sobre a magia quileute! Já percebi que ele não é normal, não precisa ficar repetindo! – Respondeu ela de mal grado.
- Então agora concordará em afastar-se deste cavalheiro? Escute-me, a magia que envolve este cavalheiro não pode ser considerada a mesma que envolve todo este povo, existe algo mais forte e poderoso, porá em risco tua própria vida! Sempre foste aventureira e leviana com tua vida amorosa, mas este cavalheiro és diferente ! Não vos enganes com os ardilhos do vosso coração, não podes se aventurar com este cavalheiro! – A voz era firme, porém carinhosa como um amigo aconselhando o outro.


Já disse que não manda em mim! Retrucou sem ter palavras para contradizer aquele ser irritante, porém não queria dar o braço a torcer. Olhou para Jacob sentado ao seu lado observando o mar, sentia que ele emanava uma atração quase que gravitacional, puxando-a para ele e por mais que não quisesse admitir sentia em seu peito crescer algo que há muito tempo não sentia fazendo seu coração e mente travarem uma batalha contra as lembranças dolorosas do passado.


- Gosta do que vê? – Jacob perguntou olhando atentamente para as esferas verdes que o encaravam já há alguns segundos.


- O que? – Disse acordando de seus pensamentos e piscando várias vezes.


- Perguntei se gostou do que viu. – Falou novamente sorrindo ao ver suas bochechas tomarem um tom mais rosado. – Você fica ainda mais bonita quando está encabulada sabia?


- Não sei do que está falando. – respondeu virando o rosto rapidamente para frente envergonhada por ter sido pega.


- Verdade? – Perguntou novamente adorando ver esse outro lado de seu imprinting.


Jacob tocou levemente sua bochecha alisando a parte rosada deixando em um rastro quente por onde seus dedos passavam fechando os olhos involuntariamente. Aproveitando este momento de guarda baixa Jacob segura delicadamente seu queixo para aproximar mais seus rostos.


sabia exatamente o que estava acontecendo, mas seu corpo não respondia aos seus comandos sua mente brilhava em neon a frase “Afaste-se!”, porém seu corpo continuava inerte. O hálito quente mentolado de Jacob acabaram com suas resistências.


Devagar Jacob se aproximava cada vez mais fazendo com que seus narizes se tocassem agora ambos de olhos fechados, não queria assustá-la ou espantá-la, mas não conseguia mais resistir aquela mulher. Suas bocas quase se tocavam mesmo sem se beijar, porém ele queria se deleitar mais com sua entrega antes do beijo acariciando com a ponta do nariz toda a extensão do rosto de beijando-lhe delicadamente seus olhos, suas bochechas, seu nariz, seu queixo para por fim chegar a sua boca.


O rosto de queimava com seus toques, nunca alguém havia mexido com ela daquela maneira e muito menos com um toque tão simples como aquele sentiu seus lábios se entre abrirem em um convite silencioso para que ele finalmente a beijasse.


- Não posso mais resistir a você. – Jacob sussurrou tocando levemente os lábios dela com os seus enquanto falava.


- Então não resista. – sussurrou de volta ansiosa para finalmente sentir o beijo daquele homem tão envolvente.


Obedecendo a ordem dela Jacob tomou sua boca com voracidade, cheio de uma fome que desconhecia, era como se estivesse matando as saudades do que nunca sentira! Suas bocas moldavam-se perfeitamente enquanto um finalmente sentia o gosto do outro.


sentiu uma fera despertar dentro dela fazendo-a soltar um ronronar por entre o beijo, nem com ele sentira essas sensações transmitidas por Jacob em um simples beijo, era como se estivesse provando o néctar dos deuses! Sentiu nescessidade de mais, um beijo não acalmaria sua fome!


O ar faltava nos pulmões de Jacob, mas ele não queria parar seu corpo reclamava pelo dela e tinha medo de cortar o beijo e perceber o erro que cometera por apressar as coisas. Aos poucos foi percebendo que estavam deitados na areia com os corpos colados, prensava o corpo dela contra a areia sentindo cada pedaço dele grudado ao seu se não conseguisse parar faria amor com ela ali mesmo, precisava parar, porém seu corpo não obedecia a sua mente e continuava a explorar o dela.


estava tão envolvida, tudo a sua volta era quente e tinha o cheiro dele, não raciocinava aquilo era puro instinto e a fera continuava a ronronar dentro dela até que a dor veio pulsante e forte ao mesmo tempo em que sua pseudo consciência gritava em seu socorro.


- DESPERTAI ! Despertai minha cara amiga antes que seja tarde demais!


O grito masculino somado a dor em sua cabeça fizeram que retomasse controle de seu corpo jogando Jacob para o lado e levantando ofegante.


- O que... – Jacob recobrou a lucidez olhando para a mulher ofegante e levemente descabelada em pé a sua frente.



Deixar Isso Morrer – Foo Fighters

Coração de ouro, mas perdeu seu orgulho


Bonitas veias e olhos injetados de sangue


Eu vi sua cara em uma outra luz


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?



Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Profundamente e fora do tempo


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?



Um simples homem e sua noiva envergonhada,


intravenosa, entrelaçada


O coração se tornou frio, suas mãos foram amarradas


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Tão profundo e fora do tempo


Por que você tem que ir e o deixar morrer?



Alguma vez você pensou em mim?


Você é tão atencioso


Alguma vez você pensou em mim?


Oh, você é tão atencioso



Tão profundo e fora do tempo


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Bonitas veias e olhos injetados de sangue


Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


O coração se tornou frio, suas mãos foram amarradas



Por que você teve que ir e deixar isso morrer?


Alguma vez você pensou em mim?


Você é tão atencioso


Alguma vez você pensou em mim?


Oh, você é tão atencioso



Capítulo 6



Esquecendo-se completamente da presença de Jacob rosnou irritada com a interrupção e dor gerada em sua mente, porém via que o conselho que recebera a pouco era muito pertinente algo naquele homem a sua frente despertava sensações em seu corpo que no momento não poderia se permitir sentir, não enquanto estivesse com esse problema.


Andou apressadamente para onde estavam seus equipamentos os juntando desesperadamente sem olhar para Jacob que encarava a situação sem entender o motivo para aquela reação exasperada. Afinal ela demonstrara que desejara aquele beijo tanto quanto ele!


- ... ... Pare um instante! – Chamou o lobo vendo seu imprintting empurrar os objetos para dentro da mochila.


Vendo que não estava tendo efeito seu pedido, direcionou-se até a mochila a fim de segurá-la, impedindo-a assim de ir embora sem conversarem.


empurrava nervosamente as luvas dentro da mochila que pareciam milagrosamente não caberem mais no compartimento, precisava colocar seus pensamentos em ordem e se afastar o mais rápido possível daquele estranho homem. Surpreendeu-se quando Jacob tomou de suas mãos a mochila forçando-a a encará-lo. Soltou um suspiro, o melhor seria por um fim naquilo antes mesmo que começasse.


- Agora parece que a razão clareou sua mente novamente, minha cara. – A voz ecoou em sua mente a irritando ainda mais.


- Não preciso de suas piadinhas agora idiota! – Vociferou nervosa.


- Jacob se puder devolver minha mochila eu agradeceria. – Disse seca tentando demonstrar frieza.


- Não sem me explicar o porquê da sua reação. Pensei que você também quisesse. Me enganei? – Sondou avaliando a postura defensiva de .


- Eu... – Ela estava pronta para negar, porém ao olhar seus olhos os argumentos dissolveram-se. – Jacob é mais complicado do que imagina... Acho melhor pararmos por aqui e esquecermos o que aconteceu você parece ser um cara legal e normalmente eu faço mingau de caras legais como você... Então vamos nos poupar de todo esse processo. Vá viver sua vida e me esqueça por que é isso que farei também.


Jacob ficou atônico com suas palavras, não conseguiu decifrar o que se passava com ela por trás do fora que estava lhe dando, porém a deixou ir levando consigo o equipamento de treino. Afinal o que acontece com essa mulher?


Olhou de longe ela partir com passos rápidos, a cena era quase cômica, se olhasse de fora diria que estava agindo como o diabo fugindo da cruz. Viu um sorriso aparecer involuntariamente em seus lábios, se ela queria tornar tudo aquilo mais difícil dizendo aquelas palavras estava muito enganada sobre ele. Jacob adorava um desafio e viu naquele o mais recompensador de todos.


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Burra! Burra! Burra! Xingava-se enquanto andava apressadamente em direção da casa de Embry. Sentia que a qualquer momento seu corpo entraria em ebulição. Tinha consciência que estava completamente perdida, nunca em sua vida havia ficado naquele estado com apenas um beijo, nem mesmo ele havia feito aquilo!


- Infelizmente estava certo sobre minhas conjecturas senhorita . Talvez o mais cabível neste momento seja resolver rapidamente nosso problema em questão, talvez assim a magia envolta no índio cesse também. – A voz soou em sua mente analisando os fatos a sua frente.


Pare de fazer isso! Agora não é a melhor hora! Urgh! Preciso colocar primeiro minha cabeça no lugar! Pensou vendo a casa aparecer mais próxima a sua vista. Precisava primeiro tomar um banho frio para clarear seus pensamentos, tinha que agir de maneira racional e definitivamente depois daquele beijo não estava agindo dessa maneira.


Embry estava sentado no sofá vendo a reprise de um jogo de futebol enquanto esperava Leah o chamar para tomar café da manhã juntos, era domingo e podiam dar-se ao luxo de acordarem tarde. Estava tão entretido com o jogo que não escutou o batucar quase que taquicardíaco do coração da prima, muito menos suas pisadas fortes denunciando seu estado de espírito, assustando-se realmente ao ver sua prima abrir bruscamente a porta batendo-a em seguida com tanta força fazendo os quadros da parede tremerem levemente.


Não teve nem ao menos tempo de perguntar o que acontecera vendo desaparecer rapidamente de suas vistas batendo com igual força a porta de seu quarto. Virou seu rosto para a entrada da cozinha encontrado Leah com a mesma expressão de espanto. Afinal que bicho a mordeu? Pensou coçando a cabeça recebendo um olhar inquisitivo da noiva a sua frente.


Leah por sua vez apontou com a cabeça para o quarto da outra mulher silabando silenciosamente que ele precisava tomar uma atitude, e conversar com a prima para saber o que tinha acontecido. Ele por sua vez tentou responder, mas foi interrompido com novamente o barulho das portas batendo, aparentemente ela entrara no banheiro parecendo furiosa.


- Você vai ficar parado aí? – Leah perguntou agora audivelmente.


- O que quer que eu faça Leah? Não posso ir falar com ela agora... É bem capaz dela arrancar meu rim ou meu fígado! – Confessou sabendo bem como era o temperamento da prima.


- Que ótimo sou noiva de um lobo covarde! – Bufou Leah irritada com a relutância de Embry. – Se você não vai então eu vou!


Embry observou a contra gosto a loba aproximar-se da porta do banheiro receoso pela possível grosseria da prima e conseqüentemente a briga que elas teriam.


simplesmente não enxergava nada a sua frente, nunca desejara tanto que o perigo estivesse a sua frente para colocar toda a raiva e adrenalina acumulada dentro de si para fora. Desde que o problema começara não tivera muito problemas com seu temperamento já que todas as vezes que ele se tornava difícil havia no que descontar o que de certa forma a deixava ainda mais eficiente.


Queria socar a parede, porém tinha uma leve consciência de que vira Embry sentado na sala então provavelmente ele ouviria o barulho e desconfiaria dela ao ver o estrago que possivelmente faria na parede.


Precisava de um banho frio para reprimir seus impulsos e sufocar os gritos que estavam parados em sua garganta. Depois pensaria em uma desculpa plausível para dar ao primo e sua noiva e em como iniciar sua pesquisa.


Como imaginara a água lhe serviu de calmante fazendo suas idéias clarearem podendo deixar a raiva se dissipar e raciocinar mais friamente sobre os últimos acontecimentos e seus próximos passos.


- Quero desculpar-me por trazer-lhe tanto problemas. Se fosse de meu conhecimento uma maneira de libertar-te o faria imediatamente e lhe deixaria seguir seu caminho. Sinto muitíssimo! – Ele tentava consolar sua agora amiga.


Não precisa se desculpar! Afinal você não tem culpa... Se não tivéssemos que estar desta maneira e fazer o que temos que fazer poderia até dizer que gosto de você... Você seria um bom amigo. Pensou enquanto lavava os cabelos se sentindo mais calma. Porém não fique se achando o máximo! Quem está no controle sou eu e pretendo ficar assim por um bom tempo...


- ? está me ouvindo? – Leah interrompeu a conversa interna batendo levemente na porta do banheiro.


Sem conseguir conter soltou um suspiro sendo ouvido pela loba do outro lado da porta, Leah não sabia explicar ao certo, mas sentia que aquela cena a pouco e agora seu suspiro se resumiam ao recém imprinting que Jacob tivera com ela. Será que eles se encontraram? Será que ela já está sentindo os efeitos? As perguntas rondavam sua cabeça e por mais que tivesse desmerecido seu noivo a pouco sabia que naquele momento precisava de uma presença feminina para conversar.


- Estou no banho Leah, espere só um instante não vou demorar. – Respondeu pensando em algo que fosse plausível para toda a raiva a pouco, simplesmente não diria que aquilo era tudo fruto do beijo de certo índio.


Leah entendendo o recado direcionou-se para o quarto da amiga, sentindo-se estranha por constatar aquilo. Para ela isso era algo novo, admitia que mudara muito depois de seu namoro e agora noivado com Embry, porém não deixara seu coração aberto para mais ninguém, fora os irmãos lobos não havia ninguém com que trocava confidencias.


Sentou-se na cama sentindo-se feliz por aquela constatação, talvez depois que o imprintting tivesse concretizado e ela soubesse de toda a história e estivesse com Jacob, Leah poderia ter finalmente uma amiga com que pudesse trocar confidências sem medo.


Desligando o chuveiro minutos depois ela se pôs a olhar sua imagem refletida no espelho. Era o mesmo cabelo, o mesmo corpo, o mesmo rosto, porém apesar de ainda serem da mesma cor não podia dizer que tinha os mesmos olhos. Sentiu a tristeza lhe invadir terrivelmente, nunca mais seus olhos seriam iguais.


Como daria tudo para voltar no passado e evitar tudo aquilo! Constatou sentindo uma lágrima escapar de seus olhos enquanto no espelho refletia o rosto dele. Sinto tanto sua falta! Pensou levantando a mão para tocar a imagem que era fruto da sua imaginação no espelho do banheiro.


Da mesma maneira que a imagem veio, ela se foi fazendo com que limpasse rapidamente a lágrima que teimava em cair vagarosamente por seu olho. Suspirou novamente se arrumando para enfrentar o que estivesse do outro lado da porta.


entrou no quarto observando Leah com uma expressão distante como se discutisse algo internamente. >Será que fico assim quando estamos discutindo? Perguntou para sua pseudo consciência torcendo para que não fosse o mesmo com ela.


- Queria falar comigo Leah? – Perguntou trazendo a loba de volta a órbita.


- Hmm... – Soltou enquanto observava a drástica mudança na mulher a sua frente, não parecia nem de longe irritada com algo. – Você chegou tão nervosa, pensei que talvez quisesse conversar. – Sondou observando a leve mudança nos olhos verdes da amiga entendendo que na sua frente estava uma máscara e não a verdadeira expressão de .


- Desculpe por aquilo... Tenho um gênio muito difícil e às vezes fica difícil controlar meus rompantes. – Confessou não querendo mentir para a índia a sua frente, precisava conversar, porém naquele momento só poderia dizer meias verdades.


Sentou-se ao lado de Leah tentando passar firmeza na voz, falhando descaradamente enquanto algumas lágrimas rolavam sem permissão de seus olhos.


- A vida não é justa conosco... Tiram de nós o nosso melhor... Levam embora os nossos sonhos... Por mais que passe o tempo eu ainda o vejo quando fecho os olhos... – Em meio às lágrimas confessava pela primeira vez o que acontecera, não sabia o porquê, mas sabia que naquela mulher ao seu lado poderia confiar.


- Eu sei... A dor chega a ser sufocante... Simplesmente vemos a vida passar em nossa frente, o casamento, os filhos tudo acontecer diante de nós e depois retroceder e ser arrancado de nós sem piedade. – Leah sussurrava lembrando a dor que vivera por causa de Sam.


- Está certa, mas espero que um dia passe... Que se torne apenas um sonho ruim muito distante... – sussurrou perdida em suas lembranças apertando em sua mão a pedra que carregava junto ao peito.


Surpreendeu-se quando sentiu o braço de Leah a sua volta a consolando como há muito tempo não sentia, deixando uma parte da dor vir a tona e chorar como há tempos não fazia. A voz por sua vez a consolava internamente ressonando em sua cabeça uma música que ouvira sua mãe cantar quando era pequeno.


- Talvez a dor nunca passe, mas você vai aprender a conviver com ela. Todos nós aprendemos um dia. – Sussurrou se compadecendo da mulher ao seu lado.


Isso não pode ter haver somente com o imprintting dela e o Jake, tem algo bem mais obscuro acontecendo! Pensou a loba enquanto consolava a outra.


As lembranças gritavam na mente de Kira, fazendo com que o peso em suas costas fosse ainda mais pesado a ponto de sentir-se sufocada, porém ela sabia que não podia deixar-se abater. Tinha coisas mais importantes para resolver naquele momento ao invés de se deixar dominar pelo peso da responsabilidade e da dor instaurada em seu coração.


Em um rompante levantou-se secando as lágrimas que ainda insistiam em cair tomando uma postura mais altiva. Leah se surpreendeu com a mudança repentina de , parecia que enfim descobriria o que acontecia com sua quase prima, mas a máscara estava ali novamente maquiando qualquer sentimento ou possibilidade de diálogo.


- Obrigada Leah por vir falar comigo, mas já estou bem. – disse empurrando para dentro novamente toda a dor.


- Tem certeza? Se quiser podemos conversar mais... Sei que posso estar parecendo intrometida, mas a impressão que tenho é que está sempre escondendo algo. – Retrucou tentando não perder o fio da conversa, afinal tinha certeza que a prima de seu noivo escondia algo muito sério mesmo a conhecendo tão pouco tempo.


- Tenho certeza Leah. – Disse olhando duramente para ela, porém seu olhar amoleceu ao ver preocupação genuína em seus olhos. – Você já foi de grande ajuda. Quando estiver pronta você será a primeira que irei procurar.


falou sinceramente surpreendendo a loba com um abraço cheio de significados.


- Prometo-lhe que porei fim ao teu sofrimento minha cara! Nem que isto custe o que ainda existe de mim! – Prometeu solenemente a voz em sua mente.


Pare com isso! Você agora é tudo o que tenho e por mais que não queira admitir sentiria muito sua falta. Pensou enquanto se desvencilhava dos braços de Leah tentando mostrar seu melhor sorriso.


- Pode ir Leah, estarei bem, confie em mim. – Disse por fim tentando educadamente dispensar a mulher na sua frente.


- Ok... Estou terminando de preparar o café da manhã. Você vai comer conosco? – Perguntou a loba tentando ser amável.


- Claro, daqui a pouco apareço por lá. – Disse vendo Leah sumir pelo corredor.


Fechou a porta do quarto sentindo-se sufocada novamente, sentia-se dividida. Jurara que nunca o abandonaria, mas agora seus sentimentos pareciam embaralhados e confusos, como se aos poucos a lava petrificada dentro de si tornasse-se viva novamente, porém se movendo lentamente, tomando seu corpo quente lentamente.


- Seus sentimentos movem-se em direção do índio minha cara amiga e isto parece ser algo inevitável... Talvez tenha explicação na magia que o envolve.


Se isso for verdade... Temos que quebrar o mais rápido possível! Não vou viver esta traição! Pensou convicta enquanto seu coração doía com essa possibilidade.


- Eu prometi a ele isso... Eu devo a ele isso! – Sussurrou sentindo novamente as lágrimas tomarem seus olhos.
Ah como sinto sua falta, meu amor! Como sinto! Deixou-se pensar naquele que roubara seu coração eternamente.


Capitulo 7

Já era quase hora do almoço e o sol brigava por entre as nuvens para dar o ar de sua graça, enquanto dentro da garagem dos Black’s Jacob analisava o motor de seu carro mais uma vez. Não que houvesse algum problema com o motor, mas aquilo o ajudava a pensar, a relaxar e naquele momento era o que mais necessitava.

aparecera em sua vida como um furacão deixando uma enorme bagunça em sua mente e ainda não entendia quais os motivos para sua reação após o beijo horas antes na praia.

Tudo bem que não tinha sido apenas um beijo... um pouco mais eu a teria possuído ali mesmo! Acho que vou ter que aprender a me controlar, por que somente com o cheiro dela já fico louco. Jacob pensava enquanto remexia na mecânica de seu pajero, sua nova aquisição.

Mesmo concentrado pode sentir o cheiro enjoativo trazido pelo vento suspirou sabendo muito bem quem era, levantou-se limpando as mãos sujas de graxa com um pedaço de trapo colocando a camisa em seguida a fim de esperar a visita da amiga.

Não demorou muito para que Bella aparecesse em sua frente, tinha que admitir que a imortalidade a tornara uma mulher muito bonita, mas ainda preferiria a sua amiga desastrada de anos atrás.

- E aí Bells? Se perdeu no caminho pra casa? – perguntou com sarcasmo, porém com um sorriso no rosto, o sorriso que a vampira adorava.

- Ora Jake é assim que trata sua amiga? Vim te ver já que meu amigo prefere me deixar mofar a ir me ver! – respondeu cruzando os braços e fazendo um bico com os lábios característico de quando era humana.

- Você sabe que aquela casa fede demais para mim! – revidou rindo enquanto andava ao encontro da amiga lhe dando um abraço de urso fazendo questão de soprar seu hálito contra o cabelo dela.

- Jake! Sabe o quanto você fede, agora vou ficar com cheiro de cachorro molhado! – implicou ela rindo também.

Quem olhasse a cena poderia muito bom voltar alguns anos atrás quando ambos eram simples humanos sem responsabilidades, por mais que o tempo tivesse passado e junto a ele muitos problemas e desentendimentos tivessem aparecido a amizade entre eles tornara-se madura e verdadeira.

- Vim trazer Renesmee para almoçar com Charlie e quis ver como estava... – disse a vampira percebendo que o olhar do amigo possuía um brilho diferente.

- A monstrinha esta aí? – Jacob perguntou falando o apelido para irritar sua amiga.

- Pare de chamá-la assim Jake! Você colocou esse apelido nela e agora ninguém usa seu nome... é Nessie pra cá, Nessie pra lá... – resmungou inconformada.

- Deixa disso Bells, ela adora o apelido...

- O que aconteceu Jake? – ela perguntou diretamente vendo a mudança no amigo.

- Como assim? – retrucou com outra pergunta tentando desviar do assunto.

- Você está diferente... diferente de um jeito bom, mas diferente. – Bella respondeu ainda analisando o amigo.

Jacob encarou seus olhos dourados, não havia como mentir para ela, Bella o conhecia como poucos conheciam. Suspirou sentando-se no encosto da moto que estava próximo a ele.

- Aconteceu Bella ontem durante o noivado do Embry... aconteceu... – sussurrou enquanto passava as mãos pelos cabelos curtos.

- O que acon... Oh! – silabou entendendo o que o lobo dizia por trás das palavras. – Jake isso é... é maravilhoso! Nossa!

A vampira sorria verdadeiramente, mesmo sentindo uma leve pontada no peito ao pensar que teria que dividi-lo com alguém, porém era um sentimento mínimo o importante era que seu amigo finalmente teria alguém com que o amasse realmente, com que o completasse.

- É eu sei... – respondeu sem graça ainda sem olhar para a amiga.

- Por que não estou te achando tão empolgado Black? – perguntou encostando-se ao seu lado na moto.

- Ainda estou digerindo isso... ela é muito misteriosa sabe... – contou à amiga o que se passava dentro de si.

- E vocês já... sei lá tiveram um contato? – questionou curiosa pelo relato do amigo.

- Nós nos beijamos hoje pela manhã... – falou encarando Bella sentindo seu coração disparar ao lembrar os momentos que passaram juntos horas mais cedo.

- Que bom! Isso é bom não é? – perguntou sem saber exatamente como funcionava o processo no estágio do amigo.

Bella entendia sobre o imprinting já que Seth havia sofrido um com sua filha, porém o imprinting demonstrava aquilo que precisava ser e no momento sua filha precisava de um amigo/irmão mais velho. Provavelmente essa não seria a etapa em que Jacob e o fruto de seu imprinting se encontravam.

- Acho que deveria ter sido bom, mas ela me chutou... – declarou entre um riso sem graça.

- O que ela disse? – ela o encorajou a dizer buscando em sua mente algo que pudesse ajudar o amigo.

- Bom ela disse que eu era um cara legal e que destroçava caras como eu no café da manhã e que deveria esquecer o que havia acontecido. – falou rindo lembrando o enorme nervosismo da sua futura companheira.

- Nossa isso foi...

- É eu sei, mas estou gostando... vai ser um grande desafio. – disse sinceramente, não seria aquele fora que o faria desistir. – Então você não quer entrar?

- Ah claro, você não se importa de passar a tarde aqui? Charlie disse que mais tarde viria para cá então disse que o encontraria aqui. – explicou enquanto eles andavam calmamente até a entrada da casa.

- Sem problemas, mas e o vampirão? – Jacob perguntou estranhando o fato de eles estarem separados por uma tarde, desde que casaram esses momentos afastados eram raros.

- Edward foi caçar com Jasper e Emmett, uma tarde só de meninos... e como não queria fazer compras com Rosalie e Alice resolvi vir te ver. – falou sentando-se no sofá da sala.

- Bella? – Billy chamou entrando na sala com sua cadeira de rodas.

- Billy! Há quanto tempo! – sorriu a vampira enquanto o abraçava.

- Realmente, pensei que tivesse esquecido de nós. – brincou o velho índio.


- Bella vai passar à tarde conosco pai, então vai ter bastante tempo para conversar. – disse Jacob enquanto ia em direção da cozinha comer algo.

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Depois do café da manhã trancou-se novamente no quarto a fim de retomar sua pesquisa. Abriu o compartimento falso da mala retirando uma grossa pasta repleta de documentos juntados por ela durante esses últimos tempos.

Junto aos documentos havia munição, armas, facas e outros equipamentos para suas caçadas, porém achou melhor deixá-los ali evitando que alguém pudesse encontrá-los. Espalhou cuidadosamente os papeis sobre a escrivaninha relendo calmamente refazendo a analise da pesquisa.

As horas passaram sem que ela percebesse, estava tão concentrada que quando olhou pela janela já estava escurecendo. Suspirou frustrada olhando novamente para os papeis a sua frente, nada daquilo mais fazia sentido havia peças que faltavam como um quebra cabeças incompleto.

- Talvez o ancião possa ter conhecimento de algumas delas, não acha senhorita? – a voz questionou fazendo com que tivesse uma idéia.

Tem razão, vou lá agora. Billy havia me convidado para ir quando quisesse! No meio da conversa posso tentar arrancar algo dele. Pensou enquanto guardava os papeis e trocava de roupa.

Na sala Leah e Embry aproveitavam o fim de tarde para namorarem um pouco, já que após o café da manhã tiveram que fazer ronda pelas terras quiloutes. Haviam chegado a menos de uma hora ficando ali mesmo pela sala.

Separaram-se de repente ouvindo a movimentação no quarto de , ligando a TV e ajeitando suas roupas e voltando suas atenções para o programa que passava na tela.

- Para onde fica a casa dos Black’s? – perguntou entrando na sala.

- O que você vai fazer lá ? – Embry perguntou estranhando a disposição da prima para ir até lá.

- Billy me convidou para conversarmos mais sobre totenismos e zoomorfismo. – respondeu segura que aquele assunto não atrairia seu primo para ir junto.

- Está indo lá somente para ver o Billy ou tem outro Black que quer ver ? – Leah perguntou querendo confirmar suas suspeitas sobre o nervosismo dela horas mais cedo.

- O único Black que conheço é o Billy e caso estivesse interessada em ver qualquer outra pessoa eu diria Leah. – rebateu dura sentindo seu estomago revirar e seu coração acelerar ao lembrar-se do beijo que dera no outro índio pela manhã.

Percebendo a mudança e a alteração cardíaca da mulher a sua frente, Leah apenas sorriu satisfeita enquanto Embry ficou sem entender o que estava acontecendo.

- Ok! A casa do Billy fica a uns cinco minutos daqui, pode descer a rua e depois esquerda, direita e direita novamente não tem como errar. – explicou o caminho ainda alternando o olhar entre a noiva e a prima.

- Obrigada. – respondeu saindo rapidamente pela porta e arrancando o carro segundos depois.

Será que Leah desconfiou de algo? Perguntou enquanto fazia o caminho que seu primo ensinara.

- Não sei ao certo senhorita, porém seu semblante era inquisitor. Talvez tenha uma leve desconfiança dos acontecimentos desta manhã, no entanto acredito que não seja mais do que isto. – a voz lhe confidenciou.

- É talvez...

já avistava uma casa entre a mata um pouco mais afastada das outras, provavelmente aquela deveria ser a casa de Billy, porém o cheiro conhecido por ela juntamente com o latejar da sua cabeça a fizeram frear bruscamente o carro.

- Não! Agora não! – rosnou segurando a cabeça com uma das mãos.

Olhou atentamente ao seu redor nada parecia estar fora da ordem, tentou sentir em que direção o cheiro enjoativo vinha, mas seu olfato não era tão apurado apenas tinha a certeza de que um deles estivera ou estava nas redondezas.

Engatou o carro novamente dirigindo mais cuidadosamente atenta ao que acontecia ao seu redor. Parou na entrada da casa dos Black’s e desejou do fundo do seu coração que nenhum mal tivesse acontecido aquela família.

Saiu do carro vagarosamente, andando cautelosamente em direção da casa. A cada passo sentia sua cabeça latejar e o cheiro repulsivo a dominar, agora tinha certeza que o cheiro vinha de dentro da casa.

Droga! Deixei todos meus equipamentos dentro da mala! Pensou enquanto tentava reprimir o rosnado que se formava em seu peito.

- Cautela minha cara, não pode saber quantos estão ali dentro. Lembre-se do que treinamos! – a voz instruía enquanto ela analisava a casa.

Aguçou mais sua audição e ouviu cinco corações batendo dentro da casa, três batiam rapidamente, lembrou-se imediatamente de seu primo e seus amigos, todos tinham o mesmo tipo de batimento. Talvez a criatura apenas os observasse, não deve ter atacado ainda.

Decidida a entrar bateu na porta chamando por Billy em seguida, caso tivesse acontecendo algo os corações se alterariam o que de fato não aconteceu, deixando aliviada.

- Billy? – chamou novamente percebendo agora a alteração de um coração que batia rapidamente como se o dono estivesse ansioso.

Não demorou muito para que a porta abrisse e o senhor de cadeira de rodas aparecesse.

- que surpresa! – recebeu a forasteira com um grande sorriso recebendo um abraço em troca.

- Atrapalho? – perguntou ainda parada do lado de fora. – Vim para conversarmos mais, ontem você ficou tão empolgado com minhas histórias que pensei em lhe convidar para tomar um café.

- Isso seria ótimo , mas estou com visitas. – respondeu Billy a puxando para dentro da casa. – Que acha de tomarmos um café aqui mesmo?

sorria perante a animação de ancião a sua frente, ele trazia uma leve lembrança do seu pai. De repente sentiu-se observada e olhou ao seu redor, na sala estavam sentados Seth, Charlie, Nessie conhecera todos no dia anterior durante o noivado do primo, porém não eram seus olhares que a incomodavam e sim do índio que estava atrás do sofá em pé.

Quando os olhares deles se encontraram sentiu uma corrente elétrica atravessar seu corpo, porém a imagem dele apareceu em sua mente fazendo com que cortasse o contato visual com Jacob.

- Ah me desculpe à falta de educação. Boa tarde a todos. – falou olhando para as pessoas sentadas no sofá recebendo o comprimento em retorno. – Se quiser Billy posso voltar em outra hora. – falou novamente virando-se para o ancião da tribo.

- Mas é claro que não fique para jantar conosco. – Billy respondeu olhando discretamente para o filho que sorria imaginando tê-la por perto mais algumas horas.

- Eu... – tentou responder, mas foi interrompida pelo mesmo cheiro enjoativo agora muito mais forte.

Neste mesmo momento Bella entrou na casa pela porta da cozinha com algumas sacolas de comida mandadas por Sue a Billy. observou a outra mulher e teve a certeza de que o cheiro emanava dela.

Observou a figura de mármore a sua frente tentando reprimir inutilmente o rosnado que formava em seu peito, não havia como negar aquela mulher a sua frente era um deles, a pele, o cheiro, a falta de pulsação tudo evidenciava sua afirmação, porém seus olhos eram dourados quando deveriam ser escarlates! Pensando que só poderia ser efeito de lentes de contato como já vira em outras vezes.

Seu corpo tremeu levemente enquanto analisava como poderia arrancar sua cabeça o mais rapidamente antes que aquele ser imundo machucasse os que estavam ali. A voz sussurrava rapidamente marcando com ela a trajetória dos acontecimentos e das formar que poderiam acabar com o monstro sem causar mais danos.

- Bella, minha filha me deixe te ajudar com as sacolas. – ouviu a voz de Charlie um pouco mais atrás enquanto ele caminhava até a mulher a sua frente.

Bella saiu do transe que estava sorrindo para o pai o ajudando a colocar as sacolas na mesa. piscou rapidamente tentando controlar os tremores angustiada ao ver o humano tão perto do perigo.

- , quero que conheça minha filha Isabela. – Charlie apresentou a filha à forasteira enquanto as duas continuavam se encarando.

Deus! Como ele pode ser pai de um monstro? Perguntou tentando controlar sua reação, aparentemente ninguém ali sabia o que aquela mulher realmente era. Preciso sair daqui, preciso sair daqui!

- Billy, acabei de lembrar que tinha uma coisa importante pra fazer. Depois nós combinamos outra conversa ok! Adeus. – disse rapidamente saindo dali sem esperar por resposta.

- O que está por trás deste povo? Como podem conviver com tal criatura? – a voz questionava visivelmente enojada com o encontro.

arrancou o carro sem responder sua pseudo consciência olhando pelo retrovisor Jacob parado na frente da casa com uma expressão confusa.

Dentro da casa Bella podia ter certeza que se tivesse coração teria infartado por tamanho medo ao encarar a forasteira. Só sentira-se daquela maneira quando teve a noticia que os Volturi viriam acabar com sua família anos atrás.

Sentia como se aquela mulher estivesse prestes a acabar com sua existência, olhou para os outros na sala e ficou mais aliviada por apenas os lobos estarem tensos, tinha certeza que tudo acontecera rápido demais para sua filha ou Billy e Charlie perceberem.

Jacob continuou parado na porta olhando o carro partir virando o rosto para dentro da casa rapidamente olhando para Bella e Seth. Sentia seu peito comprimido, aquela era mais uma evidência que seu imprinting escondia algo.

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O jantar já acabara e Charlie e Billy conversavam animadamente com Renesmee sobre seus estudos, ficavam fascinados com o avanço mental da criança de aparência juvenil. Aproveitando a distração Seth, Jacob e Bella se direcionaram até a mata. Parando alguns minutos depois Jacob andou angustiado de um lado ao outro tentando entender o que estava acontecendo.

- Bella o que foi aquilo? – perguntou depois de um tempo.

- Eu não sei Jacob! Não sei! – declarou sentindo-se nervosa. – Apenas com o acontecido com os Volturis senti tanto medo como hoje! Eu vi em seus olhos! Ela iria me matar ali na sala... eu vi seus olhos analisarem os meios para isso! Jacob não sei como explicar, mas pela primeira vez me senti como uma presa pronta para ser abatida!

As palavras de Bella atravessaram o coração de Jacob como uma faca, não queria acreditar que seu imprinting seria perigoso a ponto de deixar um vampiro morrendo de medo como sua amiga estava. Afinal o que está acontecendo aqui?

Capitulo 8
acelerava o carro fazendo o velho motor protestar enquanto o borrão verde passava por suas janelas, dirigia sem rumo ainda sob o efeito do encontro inesperado com Bella.
- Preciso destruí-la antes que aquela coisa mate a todos! – soltou com raiva de si mesma por não ter tomado essa atitude logo de inicio.
- Paciência é uma virtude cara amiga, se realizasse realmente tal desejo causaria um enorme infortúnio. Como explicaria tal existência tão animalesca? Não temos conhecimento do que se passa neste local, neste momento se faz necessária uma nova avaliação para que assim possamos entender qual o vinculo com aquela criatura decrépita. – sua pseudo consciência ponderou a situação tentando encontrar uma explicação para a aproximação dos quileutes com Bella.
- Se já não bastassem os problemas que tenho agora vou ter que cuidar dessa reserva também. Urgh!!! – resmungou olhando para o velocímetro que marcava 135 km/h.
- Caso queira desvendar tal mistério sugiro que diminua a velocidade...
A voz novamente interveio fazendo com que rolasse os olhos, a constante preocupação do quase amigo às vezes a irritava profundamente. Mesmo sob protestos desacelerou o carro voltando a andar em uma velocidade segura e quando caiu em si viu que estava quase chegando a Forks decidiu ir até uma cafeteria para refrescar seus pensamentos.
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- Ah Leah... não faz assim amor! – Embry sussurrou entregue aos carinhos da loba.
- Até parece que você não gosta. – rebateu ela sensualmente arranhando levemente o abdômen de seu noivo.
- Pare de me provocar loba... depois que te pegar de jeito vai reclamar... – suspirou Embry tentando não se levar pelas carícias dela, afinal sua prima poderia chegar a qualquer momento e não gostaria de ser pego em uma situação constrangedora.
- Mas me pegar de jeito é tudo o que mais quero Embry! – ronronou mordendo o lóbulo de sua orelha.
Foi o suficiente para um rosnado sair pela garganta de Embry virando bruscamente seus corpos prensando o corpo dela contra o sofá dominando a situação beijando ferozmente Leah. Ela se sentia radiante por ludibriar seu noivo deixando um sorriso escapar por entre os beijos urgentes e apaixonados. Entre as caricias o barulho do telefone se fez presente fazendo com que Leah rosnasse em protesto.
- Não atende, por favor. – sussurrou beijando o pescoço do noivo.
- Pode ser importante Lee... – rebateu soltando-se da loba e indo até o aparelho sob os protestos e suspiros dela.
- Alô? – atendeu sorrindo ao ver sua noiva jogada no sofá com o rosto vermelho e frustrada.
- Embry aqui é o Jacob. – a voz rouca e tensa do amigo fez com que Embry fechasse o sorriso, sabia que algo acontecera.
- O que aconteceu? – perguntou mandando um olhar a sua noiva mostrando a tensão do momento.
- apareceu aí? – respondeu com outra pergunta deixando o lobo mais preocupado. Será que aconteceu algo com ela? Pensou vendo a mesma pergunta impressa nos olhos de Leah.
- Ainda não, ela foi até sua casa falar com o Billy... – ele explicou ao alpha sem entender onde Jacob queria chegar.
- Foi exatamente isso que ela fez. Precisamos nos reunir para conversarmos sobre o que aconteceu, por favor, fale com a Leah e chame todos os lobos. Seth e eu estaremos na clareira esperando vocês. – Jacob passou as ordens fazendo Leah levantar imediatamente, já que ouviu muito bem toda a conversa entre o amigo e o noivo.
- Chegaremos o mais rápido possível. Adeus. – desligou o telefone preocupado com o motivo para uma reunião e algo lhe dizia que o assunto seria sua prima.
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observava o movimento na rua pela janela da cafeteria, sua mente funcionava em alta velocidade tentando entender o motivo para que os amigos de seu primo conviverem com aquele monstro além que era visível a diferença entre a fêmea que encontrara a pouco e os que caçavam antes de vir para a reserva indígena.
O cheiro era mais fraco e os olhos tinham cor diferente e duvidava que aquela cor fosse pelo fato de usar lentes para esconder o verdadeiro tom, no caso o escarlate. Já encontrara outros que usavam a mesma tática para se misturar com os humanos a fim de escapar e definitivamente a mistura dos tons sempre resultava em algo parecido e não no âmbar quase liquido que vira nos olhos da fêmea. Passou as mãos pelos cabelos e massageou as têmporas cansada de tanto pensar.
Terminou seu café e decidiu volta para a reserva precisava descansar e ter uma boa noite de sono para somente aí decidir o que faria com o monstro que encontrara a pouco, teria que traçar muito bem sua emboscada para não levantar suspeitas e alarmar o povo quileute.
- É provável que este povo desconheça os infortúnios causados pela fria que vivencia suas vidas, o mais sensato é investigar e ir ao encontro dela quando estiver sozinha e desprotegida. – o conselho ecoou em sua mente lhe dando a certeza que o melhor a fazer no momento era ir para casa e descansar, precisava estar preparada para um possível confronto que viria ao encontrar a vampira sem a presença de humanos por perto.
Andou devagar até seu carro, porém a dor característica se apossou de seus pensamentos deixando em alerta, olhou a sua volta, porém não viu uma alma viva na rua. A noite já havia chegado juntando-se a fina garoa que insistia em continuar deixando a atmosfera mais melancólica.
Mesmo em alerta tentou manter a calma seguindo novamente em direção do carro, a sensação de ser observada ardeu em sua nuca sabia muito bem o que estava acontecendo ali e não se surpreenderia que fosse a fêmea que vira há pouco tempo. Quem sabe ela não veio tirar satisfações? Seria muito melhor assim me pouparia o trabalho de ir até ela e traçar todo um plano para isso. Pensou sentindo-se ansiosa pelo possível conflito.
Novamente olhou para o lado e viu rapidamente uma movimentação um humano normal não veria, mas ela não era normal. andou rapidamente em direção de onde vira a movimentação ignorando os avisos de sua pseudo consciência. Sentia a adrenalina passar por suas veias e tinha certeza que estava com saudade desse processo e agitação.
tentou apurar seu olfato andando em direção de outro beco, sabia que possível era uma emboscada, porém ela estava ansiosa por isso não, via a hora de finalmente entrar em ação.
Ao entrar no beco viu o que seria um homem de costas usando um sobretudo marrom, calças escuras, coturno e chapéu marrom o homem possuía cabelos levemente maiores que o convencional provavelmente chegando na altura do queixo, era difícil para ela dizer por causa do chapéu que usava.
Em seu coração sentiu uma angustia desapropriada para o momento, tinha plena consciência que aquele homem a sua frente era vampiro, porém a angustia lhe arremeteu a outra pessoa, uma pessoa que naquele momento não lhe faria bem lembrar, ele.
- Por quanto tempo vai querer continuar brincando de gato e rato? – se atreveu a perguntar já que ele não virara para olhá-la.
esperou, mas a resposta não veio assim como a angustia não a abandonou.
- Tenha cuidado minha cara amiga, este ser não parece estar em seu perfeito estado, algo não se encaixa na atmosfera do momento.¬ – a voz aconselhou observando a cena mais a frente.
- Vai ficar parado aí ou será que o gato comeu sua língua? – satirizou vendo que ele continuava na mesma posição.
Vendo que não se movia deu mais um passo a frente cansada de seu breve monólogo e sem que esperasse o homem se aproximou em uma velocidade sobre humana ficando apenas um metro de distância de . Ela sentiu seu coração bombear mais rápido entre suas costelas, porém devido à escuridão não pode visualizar completamente o rosto do monstro a sua frente.
- Sempre com a língua afiada... tem coisas que nunca irão mudar. – ele disse calmamente olhando intensamente em seus olhos verdes enxergando muito mais que um humano.
Observou as feições de mais atentamente vendo que a imortalidade lhe dera o prazer de visualizar melhor algo que um dia achou que já era perfeito.
por sua vez sentiu-se hipnotizada pela íris escarlate a sua frente era como se o conhecesse, mas os poucos traços do rosto daquele ser lhe eram desconhecidos. A confusão tomou conta de sua mente tentando decifrar o que a voz melodiosa queria dizer.
O vampiro esperou pacientemente que o entendimento tomasse conta de que não demorou muito fazendo com que arregalasse os olhos e desse dois passos para trás completamente descrente do que via a sua frente. Ele apenas sorriu de maneira já conhecida por ela desaparecendo em um piscar de olhos deixando-a sozinha no beco escuro. continuava estática no lugar sentindo seus ouvidos zunirem e os olhos arderem, suas pernas fraquejaram levando-a ao chão sujo.
- Não... – sussurrou ainda em choque.
Sua pseudo consciência ecoava em sua cabeça, mas não se deu o trabalho para entender o que dizia. Sua mente transbordava de lembranças enquanto as lágrimas desciam por seu rosto, lembranças de quando era feliz, de quando achava que sua vida era perfeita. Um soluço escapou por sua garganta fazendo com que fechasse os olhos com força e apertando a pedra em seu colar tentando não se despedaçar ainda mais do que estava.
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Por algum tempo se manteve encolhida buscando em si o controle que escapara por entre os dedos, quando se sentiu um pouco melhor levantou-se cambaleante e tentou andar até o carro. Sentia sua mente nublada e quando percebeu já estava com o carro estacionado na entrada da casa de Embry.
- Sabes que sinto o quanto sofres com isto senhorita, mas precisas ser forte para enfrentar as desavenças desta vida ingrata que fomos fadados a levar. – a voz masculina tentou inutilmente ajudar . – Não suporto ver a ti desconsolada desta maneira, se pudesse ter meus braços novamente velaria por ti até que a dor se extinguisse! – continuou aflito.
Ela encostou a cabeça no volante sentindo a mesma pesar uma tonelada, a dor em seu peito era enorme e a pedra que carregara sempre próxima ao coração naquele momento pesava mais do que deveria.
Mesmo em pedaços aguçou seus sentidos para ver se havia alguém dentro da casa naquele momento tudo o que não queria era encontrar seu primo e ter que explicar seu estado a ele. Por sorte a casa se encontrava vazia, constatando isso saiu do carro tropeçando nos próprios pés sem muita força para andar.
Já dentro da casa se permitiu a entrar no banheiro ligando o chuveiro sentindo a água morna acolher seu corpo sem se importar em tirar as roupas, sentou-se no chão do Box sucumbindo ao choro preso em sua garganta enquanto a voz buscava amenizar sua dor como se fosse a sua.
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Todos os lobos já estavam reunidos na clareira vendo em suas mentes as lembranças de Jacob sobre o que acontecera em sua casa naquele entardecer. Estavam visualmente confusos afinal nunca viram outro ser além deles causar pavor nos vampiros.
Embry agora tinha certeza que algo muito sério acontecera a sua prima para que ela aparecesse tão de repente.
- Mas o que seria? Seu cheiro é diferente, mas quase imperceptível e também o treino com Jacob ela parece ser mais forte que um humano comum. – formou uma linha de pensamento enquanto os outros lobos viam onde queria chegar.
- Você acha que ela não é mais uma humana? – perguntou Brad.
- Não é possível nós ouvimos seu coração, ele bate normalmente e sua temperatura também parece normal. – contrapôs Jacob temendo por seu imprinting.
- Nós não podemos descartar nenhuma hipótese Jake, apesar de acreditar que ela seja humana. – Seth disse sentando-se nas patas traseiras.
- Eu acho que aconteceu algo muito grave, só não sei se está relacionado ao episódio de hoje. – Leah retrucou já ficando impaciente.
- O que você sabe Leah? – Jacob perguntou olhando para a beta ao seu lado.
Leah mostrou as lembranças da breve conversa que teve com e de sua certeza em ser sobre alguma perda sentimental. Jacob sentiu seu peito se comprimir pelo fato de que novamente seu amor ser direcionado a uma mulher com o coração já ocupado por outro.
- Ela não quis entrar em detalhes, mas para mim ficou claro o quanto ela sofre pelo cara. – finalizou Leah triste pelo amigo e alfha.
- Mas isso não explica o que aconteceu hoje à tarde na casa do Billy, Bella ficou apavorada com a presença de . – Seth pensou tentando encontrar algo que ligasse uma história na outra.
- Infelizmente agora não temos informações suficientes para descobrir o que está acontecendo então acho melhor ficarmos alertas com qualquer ameaça que ela possa oferecer. – Jacob concluiu tentando não se mostrar abalado com os acontecimentos. – Quill e Collin tentem descobrir algo sobre o passado dela. As rondas agora serão reforçadas e se caso for necessário falarei com os Cullens para se juntarem a nós. Embry, você ficará responsável em vigiá-la enquanto estiver dentro de casa, Seth e eu vigiaremos pela reserva como humanos. O restante fiquem atentos nas suas rondas ok! Agora vou até os Cullens avisar as nossas medidas.
Recebidas as ordens os lobos se dispersaram permitindo que Jacob pudesse pensar com mais calma no que acontecera, a angustia em seu peito somente aumentava. Será que nem meu imprinting me trará paz? Pensou lembrando de que em tão pouco tempo sua vida mudara drasticamente.
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Embry e Leah caminhavam em direção de sua casa ambos calados pensando no que faltava para encaixar na história de . Ele olhou para o céu escuro e sem lua pensou calculando o tempo que ficara fora de casa que deveriam ser em torno de dez horas da noite e se teria que rodar pela região atrás do paradeiro de sua prima.
Chegando à frente da casa as dúvidas de Embry esvaíram-se ao ver o carro de parado logo mais a frente, ainda em silencio e presos cada um em seus pensamentos entraram na casa percebendo todas as luzes apagadas.
- ? – Embry chamou cauteloso sem saber ao certo como agiria na frente da prima.
O silêncio permaneceu na casa deixando a ambos preocupados. Leah aguçou sua audição ouvindo batimentos leves e lentos de dentro do quarto.
- Está no quarto provavelmente dormindo. – respondeu sabendo mesmo assim que Embry também ouvira os batimentos.
Ambos foram calmamente em direção do quarto de , porém a porta do banheiro aberta chamou a atenção de Leah fazendo com que passasse reto pela porta do quarto indo em direção ao banheiro. Ao acender a luz viu roupas encharcadas jogadas pelo chão e o chuveiro ainda ligado fazendo um leve vapor no cômodo. Desligou o chuveiro e pegou as roupas colocando no cesto de roupa suja voltando em direção do noivo.
Embry estava ao lado da cama da prima observando-a dormir, Leah viu que apesar do semblante tranqüilo seu rosto estava marcado por lágrimas secas. O cabelo dela ainda estava molhado denunciando que não fazia muito tempo que chegara a loba observou seu noivo e viu seu semblante preocupado tinha consciência que mesmo depois de tanto tempo afastados ele nutria um grande apreço pela mulher que dormia no cômodo.
Ele acariciou levemente o cabelo de para em seguida secar algumas lágrimas que ainda não haviam secado em sua bochecha pensando em como poderia cessar a dor que dominava o coração dela. Mesmo reparando na cena Leah observou uma foto caída no chão próxima a cama abaixando-se para pegar.
- Arden... – suspirou aconchegando-se mais entre os cobertores e apertando a pedra em suas mãos.
- Quem é Arden? – sussurrou Embry sem entender o que acontecia.
- Acho que tenho a resposta. – Leah respondeu entregando a ele a foto que estava no chão.
Embry pegou sem entender o que sua noiva queria dizer até que observou quem estava na foto. Era um homem de aproximadamente uns trinta e cinco anos cabelos castanhos na altura do queixo, olhos castanhos, cavanhaque, óculos, chapéu e tatuagens não se lembrava dele e nem de ter comentado sobre aquele homem. Virou para olhar o verso da foto e encontrou em letras bem desenhadas talvez a peça que se encaixasse em uma parte do quebra cabeça.

Capitulo 9

O relógio marcava 8h02min quando terminou de amarrar seu tênis, pronta para sua corrida matinal. Passara-se uma semana desde o ocorrido na residência dos Black, local onde não retornou novamente, como também do encontro desastroso com aquilo que um dia poderia ter sido chamado de homem. As imagens ainda perturbavam sua mente e seus sonhos, os quais, haviam se transformado em pesadelos desde então.
Durante o tempo que se passou ela buscou por novas informações tentando se focar no real motivo que a trouxera até ali, mas para sua total falta de sorte não estava funcionando. A voz em sua mente por outro lado buscava em suas lembranças algo que montasse o quebra cabeça que aparecia na frente deles.
Os passos dela faziam a madeira do corredor ranger ecoando o barulho pela casa vazia, visto que Embry e Leah já haviam saído para trabalhar deixando-a sozinha até o período da tarde.
- Sem querer parecer inconveniente, não seria melhor, minha cara, buscarmos alguma informação com o ancião quileute, já que, nossas tentativas até o exato momento para encontrar o que procurarmos foram ineficazes? – a pseudo consciência perguntou demonstrando a frustração pela falta de respostas.
- Sei como se sente, mas não posso aparecer e correr o risco de encontrar com a filha do xerife novamente, sabe muito bem que não me controlaria. – soltou enquanto abria a geladeira. – Seria até engraçado ver o chefe Swan tentar me prender por matar alguém que já está morto! – terminou rindo pegando o suco de laranja e fechando a porta em seguida com o pé esquerdo.
- Tenho que concordar com a senhorita, porém não nos resta muitas alternativas caso queiramos solucionar realmente nosso impasse. – ele questionou novamente.
- Vou pensar nisso enquanto corremos. – encerrou o assunto colocando o copo vazio na pia.
Sabia que precisava muito mais que um copo de suco de laranja, porém desde aquele encontro não conseguia alimentar-se normalmente, a comida embrulhava seu estômago ao lembrar-se dos olhos vermelhos antes tão conhecidos. Com um suspiro tentou tirar a lembrança dos pensamentos fechando a porta da casa atrás de si.
Seth vigiava de longe todos os movimentos vindos de dentro da casa, não estava satisfeito com a situação, mas nunca desobedeceria ao comando de seu alfa. Desde o quase ataque à Bella todos estavam atentos aos movimentos de , no mesmo dia Jacob avisara o bando de Sam e aos Cullens que começaram uma investigação atrás de desvendar o passado da prima de Embry enquanto ambos os bandos cuidavam da observação discreta afim de ver algum movimento suspeito.
O lobo cor de areia ouvia claramente a voz de conversando com alguém, entretanto apenas um batimento se manifestava dentro da casa. Isso era o que mais intrigava os lobos, todos que a vigiaram ouviram-na conversando com outra pessoa, porém os indícios sempre indicavam que estava sozinha. Paul chegou a sugerir que após o acidente que fizera entrar em coma havia deixado-a louca, mas Jacob sentia que havia muito mais ali do que simples alucinações.
Ele observou sair da casa e começar sua corrida matinal, todos já conheciam seu cronograma diário, Seth achava impressionante a disciplina que ela possuía ainda mais por aparentemente ser uma humana comum. Todos os dias eles a viam se exercitar quase como um soldado preparando-se para a guerra, fazendo circuitos que somente de olhar os deixavam fadigados.
Cansado de apenas observar Seth achou melhor aparecer com quem não quer nada e acompanhá-la como humano.
- Tente não estragar tudo com sua boca grande ouviu! - Quill avisou enquanto terminava de fazer sua ronda nos arredores da reserva.
- Eu sei! Eu sei! Não vou estragar nada, além disso, o título de fofoqueiro da reserva é seu! – ele respondeu rindo transformando-se antes de ouvir a resposta de Quill.
Por sorte desta vez junto com sua bermuda havia colocado também uma camiseta, assim não a deixaria desconfiar de nada. Correu até um pouco mais a frente de onde ela estava tentando fazer a entender que estava vindo de sua casa, afinal através da semana que passou viram o quanto a prima de Embry poderia ser um animal arisco e desconfiado.
- ! – Seth chamou vendo a morena de olhos verdes se aquecer para a corrida.
- Seth! Oi! – respondeu soltando sua perna esquerda vendo o índio se aproximar ainda mais.
- Se preparando para correr? – perguntou como se não soubesse sobre o cotidiano da mulher a sua frente.
- Estou, mas hoje acho que vou pegar mais leve no treino. Quer vir comigo? – ela convidou, pois apesar de tudo gostava da presença do índio, o considerava quase como um irmão mais novo.
- Não vou te atrapalhar? Sabe eu não sou muito de fazer esse negócio... – tentou disfarçar.
- Vem vamos aquecer e depois você me acompanha na corrida. – respondeu ignorando os resmungos masculinos em sua mente.
Após se aquecerem Seth a acompanhou tentando não demonstrar suas habilidades, enquanto ela buscava fazer o mesmo. Apesar de gostar do menino-homem à sua frente seus instintos não deixavam confiar completamente nele, algo em seu coração lhe dizia que as coisas estavam erradas.
- Então está aproveitando bastante as férias? – ele perguntou enquanto corriam pela trilha de terra.
- Até que estou só sinto falta da adrenalina. – respondeu pela primeira vez verdadeiramente.
- Aqui é parado mesmo, mas depois de um tempo você se acostuma. – mentiu forçando um sorriso. Aqui tem tudo menos monotonia! Pensou lembrando-se de todas suas lutas como lobo.
- Este índio estás a mentir, minha cara amiga, posso sentir isso transbordando de seus poros. – a pseudo consciência a alertou.
Também concordo, mas temos que manter as aparências, pelo menos por enquanto. pensou enquanto observava o rapaz ao seu lado.
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O barulho irritante penetrava seus tímpanos tirando-o do estado de inconsciência fazendo seu corpo revirar por entre os lençóis. Jacob resmungou colocando o travesseiro sobre a cabeça tentando voltar para o mundo dos sonhos, porém as batidas em sua porta o fizeram desistir.
- O que é? – resmungou com a voz mais rouca pelo sono.
- Carlisle está no telefone querendo falar com você. – Billy respondeu voltando para a sala sem esperar por resposta.
- Se ele não dorme o problema é dele, tem gente que precisa dormir aqui! – Jacob continuou a lamuriar enquanto levantava da cama e ia em direção da sala.
Chegando ao telefone passou a mão pelo rosto novamente e suspirou antes de atender ao líder do clã vizinho.
- Pronto.
- Bom dia Jacob. Primeiramente peço perdão por ligar neste horário, sei que acabou de voltar da ronda, mas tenho algumas descobertas que precisa saber. – o doutor iniciou a conversa percebendo em apenas uma palavra o mau humor do lobo.
- Pode dizer Doutor. O que encontrou? – perguntou deixando de rodeios e indo direto ao ponto.
- Você poderia vir até minha residência? Acredito que seja melhor conversarmos aqui do que por telefone. – ele sugeriu.
- Claro, claro. Estarei aí em 30 minutos. – respondeu desligando o telefone em seguida.
Suspirando sentou-se no sofá acomodando a cabeça no encosto do sofá fixou o teto lembrando-se dos últimos acontecimentos. O que será de tão importante que descobriram que o Doutor sanguessuga não quer me contar por telefone? Pensou vendo a imagem dos olhos cor de esmeralda, cravados em sua mente.
Durante a semana que passara tivera poucas oportunidades de se encontrar com e mesmo assim percebera que algo nela estava errado, por mais que ela mantivesse o mesmo espírito livre sentia que alguma coisa a afligia, podia ver a dor nos olhos de seu imprinting, porém não conseguia decifrar a origem.
Era visível também sua perca de peso, Embry comentara a diminuição de seu apetite dado o fato que quando chegara era visível seu apetite digno de um lobo. Sentia-se um completo inútil sem poder realmente estar ao lado dela, mas não podia por em risco sua tribo e a matilha, antes de dizer qualquer coisa precisava desvendar o mistério que a envolvia para aí sim se declarar completamente.
Sacudiu a cabeça espantando os pensamentos achando melhor se arrumar para ir aos Cullens ouvir o que tinham descoberto sobre .
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O suor escorria pelo corpo dela molhando também seu cabelo, apesar de estar acostumada aos exercícios sentia-se fraca devido a falta de apetite e possível desnutrição.
- Senhorita seria mais prudente ir mais devagar, não podes adoecer neste momento, ambos precisamos de seu corpo forte e saudável. Diminua senhorita ! – a voz alertou em sua mente, porém não deu ouvido.
Seth observou mais atentamente sua companheira de corrida e percebeu os lábios de brancos e rachados como também a falta de cor em suas bochechas, mas seus batimentos continuavam sem alteração, achou melhor tomar uma atitude antes que o imprinting de seu alfa passasse realmente mal.
- não acha melhor pararmos um pouco, estou ficando cansado... – tentou persuadir a morena fingindo fadiga, porém ela nada respondeu continuando olhar o vazio.
Na cabeça de um filme sobre sua vida passava demorando-se nos trechos onde ele estava.
“O calor estava absurdo, tudo era areia, tudo era poeira, mas não me importava estava fazendo o que mais gostava e por mais que meu pai tivesse partido há menos de um mês a única coisa que amenizava minha dor era o trabalho. Sempre foi minha válvula de escape! Então ao entrar na tenda improvisada o vi com alguns mapas nas mãos. – quero apresentar o mais novo membro da equipe, Arden Souza... – o doutor Josefh continuou a falar, mas não consegui prestar atenção em mais nada além daqueles olhos castanhos misteriosos e penetrantes...”
“Tínhamos acabado de chegar a um vilarejo próximo a Irlanda, estava frio, porém o calor de seu corpo sempre me reconfortava. Observei melhor seu rosto concentrado na estrada enquanto balançávamos dentro daquele jipe velho, como soubesse que o olhava sem nem ao menos tirar os olhos da estrada pegou minha mão beijando-a com ternura sorrindo para mim em seguida, apenas aquilo já preenchia meu coração de amor...”
Por tantos anos estiveram juntos, vivendo, descobrindo, aventurando-se em tantas situações que era praticamente impossível desvencilhar a si mesma daquele homem.
“Corria por entre as matas indianas, sentia o suor grudar em minha regata fazendo o calor e a umidade quase insuportáveis, o barulho da água ficou mais forte, sabia que estava chegando perto, não iria perder dessa vez! Ouvi sua voz grave me chamar, ele estava chegando perto só que eu era mais rápida! Vi a minha frente o inicio da cachoeira tendo que frear bruscamente afundando minhas botas na terra molhada, olhei para baixo calculando o salto e novamente para trás. Ele estava a menos de cinco metro de distância, era a hora! Não senti a queda apenas fechei os olhos e esperei a água me abraçar. Gelada! Abri os olhos dentro dela até que senti os braços bronzeados me puxarem para a superfície. – Louca! Nunca mais faça isso comigo! Pensei que tinha te perdido! – ele disse me apertando contra seu peito enquanto nadávamos. – Nunca vai me perder!- sussurrei de volta envolvendo meus braços em seu pescoço recebendo um sorriso magnífico de volta, não resisti o puxando para mim, os lábios mais doces que já experimentara!”
Não conseguia entender por que a vida fora tão cruel com ela, ou melhor, tão cruel com ambos transformando o que seria um final feliz em algo tão tenebroso e macabro. Sentiu seus olhos embaçarem e as vozes de Seth e de sua pseudo consciência a chamarem, mas nada além da dor de tê-lo perdido importava naquele momento, precisava arrancar aquilo de dentro de seu peito nem que para isso levasse sua vida também, afinal para ela naquele momento nada mais fazia sentido. Tudo o que buscava tudo o que idealizara escapara por seus dedos e aquele encontro no beco comprovara isso!
Seth ficou mais preocupado ao ouvir a quase taquicardia vinda do coração de juntamente com sua alteração respiratória, porém o estranho era chamá-la e a mulher ao seu lado não responder. Parecia estar ali somente o corpo e nada mais! Desesperou-se quando em meio a corrida caiu completamente inerte no chão.
- ! acorde! – ele gritava tentando acordar a prima de Embry. – Pelos ancestrais o que eu faço? acorde!
Ela continuava inconsciente desesperando ainda mais o lobo cor de areia, Seth ouviu os batimentos acelerados sem entender o que exatamente acontecia. Achou melhor levá-la para outro lugar e refrescá-la quem sabe assim conseguiria trazê-la de volta a consciência.
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Jacob estacionou sua moto na frente da casa de vidro e sem esperar ser convidado para entrar abriu a porta do covil de vampiros. Carlisle, Esme, Edward e Jasper esperavam sentados na sala casualmente quase como humanos.
- Então o que encontraram? – perguntou sentindo a ansiedade revirar seu estômago.
- Bom dia Jacob. – Esme cumprimentou sorridente fechando a revista que lia.
- Olá Esme. – respondeu educadamente sorrindo também.
- Quer alguma coisa para comer? Posso preparar uns biscoitos... – começou a dizer a matriarca da família.
- Não há necessidade desta vez Esme, só quero resolver esse assunto o mais rápido possível. – interrompeu não conseguindo conter mais a ansiedade em descobrir a verdade sobre seu imprinting.
- Claro, entendo perfeitamente. – declarou ainda simpática voltando novamente ao lado de seu companheiro.
- Bom Jacob sente-se para que possamos conversar um pouco. – Carlisle começou a dizer apontando para uma poltrona vazia mais ao canto da sala.
- O que exatamente descobriu Carlisle? – perguntou novamente apoiando os braços nas pernas pendendo seu corpo para frente na poltrona.
- Na verdade foi o que não descobrimos Jacob. – Edward respondeu no lugar do patriarca. – Aparentemente a prima de Embry leva uma vida normal, apesar da profissão diferente e atritos com ladrões de antiguidades está limpa.
A revelação deixou Jacob ainda mais confuso. Como então explicar o que aconteceu com Bella ou até mesmo os outros indícios? O cheiro, as conversas, a força... nada disso é normal! Ele pensou tentando entender o que estava acontecendo.
- Nós também não entendemos. Bella me mostrou sua lembrança e realmente parece ser uma ameaça a nós, mas não encontramos nada que comprovasse isso apenas um fato pareceu estranho para nós, porém Jasper não conseguiu muitas informações sobre ele. – explicou Edward.
- É como se tivesse sido deletado dos arquivos talvez se fosse até o México poderia encontrar mais informações. – Jasper começou a dizer, porém para Jacob aquilo não fazia o menor sentido.
- Deixe-me explicar melhor. Há mais ou menos um ano estava em uma expedição no México, lá existem muitos sítios arqueológicos e aparentemente essa expedição foi examinar um desses sítios localizado em um vilarejo próximo da Cidade do México. As informações que consegui dizem que ficaram nesse sítio por cerca de cinco meses até que houve um acidente e todos os que estavam envolvidos morreram, apenas sobreviveu.
- Isso é estranho... não encontraram o motivo da morte ou como ela sobreviveu? – Jacob perguntou intrigado.
- As informações que conseguimos dizem que ela foi encontrada debaixo dos escombros de uma tumba. – Carlisle continuou a explicar o que Jasper descobrira. – Aparentemente eles escavavam uma tumba da civilização inca, mas o mais intrigante foi que os moradores do vilarejo ficaram aterrorizados e queimaram tudo o que havia ali inclusive os corpos que foram encontrados dizendo que lugar era amaldiçoado. Só descobrimos isso, pois a polícia indiciou os moradores do vilarejo por vandalismo, tentativa de homicídio entre outras infrações. De acordo com os arquivos da polícia do México quando os moradores descobriram que havia sobrevivido tentaram queimar seu corpo enquanto recebia os primeiros atendimentos no local, além de tentarem invadir o hospital que estava internada.
- Procuramos os arquivos médicos sobre sua internação, mas estranhamente não encontramos nada no hospital que o inquérito policial informou que foi levada. – Completou Edward enquanto via a confusão na mente de Jacob.
Para o lobo alfa nada daquilo fazia sentido, era evidente que acontecera algo de muito grave naquele lugar, mas haviam muitas informações faltando.
- Concordamos com você, existem muitas informações faltando e por isso Jasper irá com Alice amanhã para o México averiguar toda essa história. – Edward respondeu novamente aos pensamentos de Jacob.
- Isso tudo é muito absurdo! – ele resmungou encostando as costas na poltrona.
- Não se preocupe cachorro, vamos resolver essa história! – Alice falou enquanto descia as escadas sorridente carregando um enorme vaso de flores.
- Obrigada tampinha. – devolveu no mesmo tom de brincadeira.
Aparentemente todos estavam satisfeitos com o rumo das decisões até que algo inusitado ocorreu. Alice petrificou no lugar derrubando o vaso no chão espalhando para todos os lados as flores, vidro e água, Jacob observou com olhos arregalados a tensão que se instalou no cômodo. Edward correu em direção de Alice com o desespero evidente no rosto. Jasper tentava de alguma forma acalentar a companheira enquanto a mantinha em pé.
Todos levantaram e rodearam a vidente, para as reações dos três terem sido tão tensas era evidente que aquela não tinha sido uma boa visão.
- Alice isso não pode acontecer! Não pode! – Edward suplicava completamente transtornado puxando seus cabelos acobreados.
- O que vai acontecer Edward? – o lobo perguntou aflito.
- Eu vou perdê-la! – um sussurro quase inaudível escapou por entre os lábios brancos do vampiro que agora soluçava sem poder realmente chorar.


Capitulo 10

Despertai... despertai... por favor... podia ouvir ao longe a voz lhe chamando aflita, preocupada e quase desesperada. Tentou abrir os olhos, porém os sentiu pesados tinha consciência que seu corpo estava em movimento colado a algo quente, tentou novamente abrir os olhos soltando um gemido no processo.
Seth que andava rumo a sua casa carregando a forasteira percebendo que ela começava a acordar parou a chamando novamente na esperança que o mal estar tivesse passado.
abriu os olhos tentando se focar no rosto do índio que a carregava forçando seu corpo a ganhar força própria.
- O-o que aconteceu? – sussurrou sentindo a garganta ligeiramente seca.
- que bom que acordou! Estava tão preocupado! – o lobo exclamou examinando mais detalhadamente o rosto dela.
Ainda mantinha uma aparência pálida, entretanto os lábios possuíam uma leve coloração rosada e os batimentos se mantinham regulares para o alívio dele.
- Você desmaiou no meio da corrida... – explicou enquanto a colocava no chão sustentando-a pela cintura.
- Droga! Deve ter sido uma queda de pressão... – sussurrou sentindo a vertigem querer dominá-la levemente.
- Deveras, acaso não avisei-lhe que precisavas de mais alimento do que um mero suco! – a pseudo consciência criticou demonstrando ainda a preocupação com a má alimentação de .
- Vem eu vou te levar na minha casa, minha mãe está lá hoje. Ela vai saber cuidar de você. – falou enquanto a levava sem abrir espaço para objeções.
- Estou bem Seth... só preciso comer alguma coisa... não comi nada hoje... – disse sentindo a voz e o corpo um pouco mais firmes enquanto tentava soltar-se dos braços quentes do lobo.
Ao tentar se equilibrar sozinha a tontura invadiu sua visão fazendo seu corpo vacilar e ir em direção ao chão. Seth agilmente prevendo a queda segurou-a novamente optando por carregá-la no colo até sua antiga casa. Por sorte sua mãe resolvera naquela manhã ir a antiga casa cuidar um pouco da mesma.
- Vamos, eu vou cuidar de você. – ele falou virando-se para a trilha próxima a fim de cortar caminho.
- Desculpe por isso... isso não acontece normalmente... – tentou sussurrar novamente sentindo sua cabeça rodar.
- Esqueça as desculpas agora ok! O importante é você melhorar. – Seth rebateu sorrindo para a forasteira que apesar de parecer debilitada ainda possuía uma beleza inigualável.
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A tensão tornara-se palpável na sala, ninguém acreditava realmente no que Alice vira e tornou-se ainda mais angustiante com a chegada de Bella.
- O que está acontecendo aqui? – ela perguntou correndo rapidamente em direção de seu marido vendo-o soluçar descontrolado.
Edward abraçou-a tentando fundir seus corpos buscando dessa maneira protegê-la do terrível futuro que a aguardava.
- Edward você está me assustando! O que aconteceu? – perguntou novamente sentindo seu coração duro e frio como pedra preencher-se por uma enorme angústia.
Jasper interveio transmitindo paz a todos para que assim pudessem conversar e tentar impedir que o futuro se concretizasse. Aos poucos o vampiro leitor de mentes controlou-se soltando sua companheira, porém sem realmente quebrar o contato.
- Bella sente-se, assim contaremos com calma o que aconteceu. – Carlisle aconselhou fazendo a vampira sentar-se no sofá branco de dois lugares.
Jacob estava em estado de choque, não conseguia ainda entender o que aquela visão de Alice queria dizer e muito menos quando iria acontecer. Observava tudo mais afastado encostado na parede de vidro.
- Amiga eu tive uma visão. – Alice começou a relatar ainda tensa apesar da paz emanada por Jasper. – Nela nós estávamos lutando com outros vampiros aqui em Forks, eram muitos, mais de 30 com certeza. Os lobos e nós lutávamos incansavelmente até que uma mulher te atacou atirando em seu coração fazendo sangrar. No chão a nossa volta havia muito sangue, seu sangue!
- Alice eu não entendo! Nós não sangramos ninguém mata um vampiro com um simples revolver! – Bella cortou o relato, confusa com a visão da vampira.
- Eu sei!
- Todos nós sabemos disso Bella, porém não podemos descartar essa visão. Se Alice viu o que viu é porque existe essa possibilidade. – Jasper tentou esclarecer as dúvidas da cunhada.
- Então você quer dizer que vou morrer? – Bella sussurrou sentindo um calafrio percorrer sua espinha dorsal.
Ninguém presente na sala respondeu sua pergunta abaixando as cabeças presos aos próprios pensamentos.
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A cozinha não era muito grande, porém muito bem iluminada e organizada, trazendo a memória de alguns momentos de sua infância quando ainda vivia com sua mãe. Sentada a pequena mesa quadrada de madeira a nostalgia lhe atacou, afinal fora em uma casa muito parecida com aquela que vivera momentos felizes. Sue preparava algo para a forasteira comer enquanto ouvia os relatos através de Seth.
- Não deveria ficar sem tomar o café da manhã , ainda mais praticando exercícios como pratica. – a índia repreendeu de forma amorosa enquanto lhe entregava um prato farto com ovos e baicon além das panquecas postas à mesa.
- Eu sei disso Sue, apenas não senti fome hoje de manhã. – justificou tentando esconder os reais motivos para sua falta de apetite.
- Então pode começar a comer... – Seth incentivou sentando-se para comer novamente.
Por um momento todos os problemas foram esquecidos e pode apenas viver um momento de quase uma família feliz.
- Prometo-lhe minha cara senhorita que terás mais momentos como vivencias agora. Dou-lhe minha palavra de honra. – sua pseudo consciência sussurrou em sua mente.
“Não prometa o que não sabe se pode cumprir. Se conseguirmos acabar com isso já ficarei muito feliz!” Ela rebateu automaticamente em seus pensamentos.
Para ela a manhã não poderia ter passado de maneira melhor, Sue contou-lhe histórias da infância dos meninos-lobos arrancando risadas dela e Seth. Já era quase horário do almoço quando Seth resolveu assistir um pouco de televisão enquanto sua mãe e terminavam com o preparo da comida.
Para evitar a desconfiança da morena o lobo disse que estaria de folga naquele dia, podendo assim vigiá-la enquanto Jacob estivesse fora.
preparava a salada conversando mentalmente com a voz sobre trivialidades até que o barulho do programa jornalístico que passava na TV lhe chamou a atenção. Alta e queda de bolsa de valores, atentados no oriente médio, passeatas na Inglaterra, porém uma notícia a fez congelar no lugar.
O repórter falava sobre desaparecimentos e mortes misteriosas nas cidades de Tacoma e Seattle, dando a possibilidade de uma nova guerra de gangues ou um serial killer atacando nas mediações das cidades, entretanto seu sexto sentido pressentiu que aquilo não era algo tão simples assim, os sinais estavam claros aos seus olhos.
Ouviu um barulho de algo quebrar no chão despertando do transe em que estava. Seth e Sue voltaram-se para ela vendo a travessa de vidro estilhaçada no chão misturada às verduras.
- Me des-desculpe Sue... – sussurrou abaixando-se para pegar os pedaços de vidro enquanto tentava manter o controle de si mesma.
- Isso acontece . – a índia acalmou a forasteira indo buscar uma vassoura para limpar a sujeira.
Seth olhava atentamente para , era possível ouvir seus batimentos alterados, porém parecia ser uma reação muito exagerada por um simples descuido. “Afinal o que ela viu para ficar tão transtornada?” Ele pensou enquanto via a morena tentar pegar os cacos da travessa com as mãos tremulas.
- Aí! Droga! – reclamou ela ao espetar o dedo em uma das pontas dos cacos.
O sangue logo brotou na pele perfurada de seu dedo causando desespero em , em hipótese nenhuma poderia sangrar na frente de outras pessoas. Colocou rapidamente o dedo na boca sentindo o gosto adocicado de seu sangue.
Seth sentiu um aroma maravilhoso preencher a cozinha, nunca sentira um cheiro parecido com aquele, era uma mistura de baunilha, almíscar, âmbar e orquídea. O lobo dentro de si remexeu-se inquieto e por um momento teve que se controlar para não rosnar de tanto prazer ao sentir o cheiro vindo do sangue da prima de Embry.
observou a mudança nos batimentos de Seth temendo que tivesse percebido o cheiro de seu sangue. Levantou-se andando até a pia evitando olhar para o índio abrindo a torneira para colocar o dedo cortado em baixo da água corrente. “Vamos! Estanca logo essa porcaria!” pensava aflita enquanto ouvia os passos de Seth se aproximarem.
Seth tentava controlar-se, porém seu corpo não obedecia sua mente. Queria apenas sentir mais daquele cheiro, seus dedos formigavam em vontade de tocá-la, sabia que era errado e por um momento a imagem de Renesmee veio em sua mente, porém seu corpo não respondia aos seus comandos. Estava hipnotizado e inebriado pelo cheiro vindo de .
- Deverias ser mais cuidadosa em vossos atos senhorita! Controlai-vos intentos para que o odor chamativo desapareça! – a voz em sua cabeça a alertou rapidamente.
“Estou tentando! Estou tentando!” gritou mentalmente forçando sua mente a fechar o corte e parar de sangrar.
A mão de Seth tocou seu ombro a forçando virar-se e olhar em seus olhos. Já vira muitas vezes aquele olhar impresso no lobo a sua frente, ele era apenas instinto, apenas emoção, não havia racionalidade nenhuma ali! Não queria machucar realmente o índio, mas não via outra alternativa para evitar o que estava prestes a acontecer.
A boca de Seth salivou na vontade de beijar aqueles lábios carnudos não importando com mais nada. abriu ainda mais os olhos verdes tentando criar coragem para impedir o provável beijo que aconteceria nos próximos seguidos.
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Bella ainda não se conformava com a visão que Alice tivera, aquilo simplesmente não era possível.
- Você consegue ver mais alguma coisa Alice? – ela perguntou pela quinta vez tentando encontrar alguma brecha naquela visão.
- Eu já disse Bella, não consigo focar nela! Apenas consigo ver que é uma mulher, mas é como se a imagem fosse sobreposta e muito tremida! Ah! – a vidente gritou apertando as mãos no rosto. – Não consigo mais olhar para ela!
Edward olhou com pesar para a irmã e para sua mulher, ele podia ver as visões de Alice e entendia perfeitamente o que ela queria dizer. A imagem da mulher que mataria Bella era angustiante e parcialmente distorcida.
- Bella as visões são relativas, você mesma já viu como podem se alterar. – Carlisle disse em um tom sereno. – Nós podemos alterar esta também.
Jacob que observava tudo um pouco mais afastado na sala tentava encontrar uma solução para os problemas que estavam por vir. Um novo confronto com vampiros e a morte de sua melhor amiga.
- Alice você consegue prever quando isso irá acontecer? – Jacob perguntou pensando nas possibilidades de preparação para o confronto.
- E-eu não sei... – a vidente sussurrou esfregando os dedos finos nas têmporas como se estivesse cansada.
- Nós vamos encontrar uma solução, meu amor. Eu prometo. – Edward sussurrou abraçando a lateral do corpo da mulher beijando sua testa em seguida.
- Nós não podemos contar isso para Renesmee... – Bella falou tentando controlar suas emoções.
- Estamos de acordo. – Esme disse apertando a mão do companheiro. – Apesar de já parecer quase uma adolescente isso é uma noticia muito forte para ela.
Por sorte Emmet, Roselie e Renesmee estavam caçando próximo ao Canadá e retornariam somente no dia seguinte o que daria tempo suficiente para o clã de vampiros pensarem em alguma estratégia para deter a visão de Alice.
A pequena vampira se concentrou novamente buscando novas informações que pudessem ajudar, porém as visões eram muito vagas, até que algo lhe chamou a atenção.
Edward viu através da mente de Alice a imagem de um homem, um vampiro que parecia comandar os outros ao seu redor, ele possuía um sorriso peculiar e uma postura levemente petulante, porém não entendia qual o motivo que sua irmã o vira tão nitidamente.
- Precisamos saber quem é ele... – Edward falou para Alice que ainda estava com os olhos desfocados.
- Quem? – perguntou Jasper não entendendo o que estava acontecendo.
Alice voltou a focar seus olhos na sala a sua volta piscando rapidamente.
- Eu vi um vampiro, ele era diferente dos outros... – ela começou a explicar o que vira. – Ele parecia comandar os recém criados a sua volta, mas não entendo qual a conexão com a visão da morte de Bella.
- Se ele for realmente o criador dos vampiros que enfrentaremos, ele pode ter uma ligação com quem vai atacar Bella. Então precisamos investigar. – Jasper concluiu pegando um papel e um lápis. – Alice você pode desenhar o rosto do vampiro?
- Claro. – a vidente respondeu pegando o papel e o lápis começando a traçar rapidamente as linhas formando assim o rosto que vira.
Poucos minutos depois o desenho estava terminado mostrando a todos a imagem de um homem com cavanhaque, cabelos ondulados na altura do queixo, olhos pequenos, lábios finos e rosto levemente quadrado.
- Esse foi o vampiro que vi. – Alice mostrou a imagem a todos na sala.
Jacob desencostou-se da parede para olhar mais atentamente a imagem. Algo em sua mente mostrou que conhecia aquele rosto de algum lugar. “De onde conheço esse rosto? De onde?”
Então como um flash de luz a lembrança veio à tona em sua mente causando-lhe surpresa.
Flashback
Jacob e Embry patrulhavam pela floresta enquanto conversavam sobre o que havia acontecido desde o aparecimento de até aquele momento. O lobo alfa contou ao amigo o beijo que haviam trocado e Embry ficou surpreso com a reação de sua prima.
Aos poucos na mente de Embry a situação se resolvia, sabia que aos poucos o imprinting estava funcionando e que não demoraria muito para que ela sucumbisse totalmente. O que não entendia era o fato de tê-la encontrado daquele estado na noite anterior.
Jacob viu um pedaço dos pensamentos de Embry e ficou confuso.
- O que aconteceu com ela exatamente Embry? E por que ninguém me falou nada? – o lobo avermelhado perguntou sentindo a raiva dominar seu corpo.
- Calma cara! Eu não queria que ficasse ainda mais preocupado, e hoje ela acordou bem nem parecia que tinha chorado. – Embry tentou explicar.
- Pode vomitar tudo! Eu quero saber exatamente o que aconteceu com ela! ¬– Jacob rugiu cravando as patas no chão fazendo uma parada brusca. Não queria nem cogitar que algo de ruim tivesse acontecido com seu imprinting.
Embry mostrou suas lembranças de tudo o que acontecera na noite anterior como também a foto que encontrara no chão com os dizeres “Para sempre seu! Arden S. R.”
- Leah acha que esse cara e ela tiveram alguma coisa. – ele concluiu temendo por Jacob.
- Será que nem meu imprinting vai ser só meu? – Jacob perguntou cheio de sarcasmo. – Pelo jeito vou ter que concertar antes de poder ter somente para mim.
- Eu não sei cara... na verdade não tive coragem de perguntar nada para ela, mas esse cara deve ter sido importante por que ela nunca guardou foto de nenhum dos seus namorados. – Embry segredou voltando a correr.
- Não importa agora, esse cara é passado e eu vou ser seu futuro. – Jacob concluiu voltando também a correr, porém a imagem do homem na foto ainda permanecia em sua mente.
Fim Flashback
Jacob não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Era o mesmo rosto, um pouco modificado talvez pela transformação, mas eram os mesmos traços.
Edward olhou para o lobo lendo sua mente conturbada, não conseguia entender a ligação do vampiro na visão de Alice e o imprinting do amigo de sua mulher.
- O nome desse vampiro é Arden. – Jacob finalmente falou tendo total certeza que era o homem da foto que possuía.
- O possível ex de seu imprinting. – Edward completou o que Jacob recusava-se a dizer em voz alta.


Capitulo 11
A boca de Seth salivou na vontade de beijar aqueles lábios carnudos não se importando com mais nada. abriu ainda mais os olhos verdes tentando criar coragem para impedir o provável beijo que aconteceria nos próximos seguidos.
- Seth! Seth você não quer fazer isso! – a forasteira sussurrou empurrando-o levemente tentando fazê-lo despertar do transe.
Entretanto o índio não se afastou, pelo contrário aproximou-se ainda mais com os olhos fixos nos lábios de .
- Seth, não! – ela usou seu tom mais ameaçador, porém as mãos do índio apertaram seus braços fazendo os corpos dos dois colarem-se juntamente com um rosnado vindo de sua garganta.
- O que estais a esperar para inutilizar tal ação? – a voz em sua mente soou levemente nervosa. – Digo a ti senhorita com toda a sinceridade que existe em meu ser que não possuo intenções de presenciar tal disparate!
- Não! – rosnou de volta colocando mais força em suas mãos conseguindo afastar o índio levemente.
Para sua sorte neste momento Sue entrou na cozinha chamando Seth para ajudá-la a limpar a sujeira que ainda estava ali. A voz da mãe fez com que o lobo cor de areia retomasse algum controle de seu corpo, dissipando a névoa que pairava em sua mente. Quando finalmente percebeu o que estava prestes a fazer soltou rapidamente os braços de quase que como se tivesse levado um choque elétrico, deu dois passos para trás indo rapidamente ao encontro da mãe que estava um passo a entrar no cômodo.
Evitou olhar para a prima de Embry completamente embaraçado por ter tentado beijá-la, podia ouvir os batimentos acelerados dela ficando ainda mais desconcertado.
- O que aconteceu ? – Sue perguntou percebendo o olhar assustado da morena.
- Não aconteceu nada Sue... apenas cortei o dedo, mas já parou de sangrar... – tentou responder com a voz mais firme buscando retomar o controle de si mesma.
Sua pseudo consciência e ela suspiraram ao constatar que o dedo parara de sangrar deixando que o cheiro se dissipasse no ambiente.
- Seth termine de limpar isso enquanto eu vejo o dedo dela. – Sue disse com a preocupação de uma mãe.
- Não é necessário Sue já parou de sangrar, estou bem. – ela tentou relutar para que a índia não a examinasse.
Mesmo assim Sue achou por bem cuidar do ferimento da prima de Embry, porém quando pegou a mão da moça não encontrou nada além de uma fina linha onde deveria estar o corte. Ela se impressionou com a cicatrização rápida digna de um lobo.
- Eu disse que já estava bem. – ela disse com um sorriso amarelo tirando a mão da vista da índia anciã.
- Realmente... – Sue tentou dizer, mas foi cortada por .
- Bem Sue eu agradeço pela hospitalidade, mas terei que ir agora. – começou a dizer olhando de relance para Seth que continuava a limpar a cozinha com a cabeça baixa.
- Pensei que fosse almoçar conosco menina. – Sue protestou franzindo o cenho, algo ali não cheirava bem.
- Eu lembrei que Leah e Embry iam voltar para almoçar e não avisei que estava aqui e também não fiz nada... – ela tentou arrumar uma desculpa rapidamente.
- Isso não é problema eu ligo para Lee e digo para virem almoçar aqui. – Sue contestou novamente, seu faro de mãe lhe dizia que algo estava muito errado. Ela também não deixou de reparar no comportamento estranho do filho que até o momento não se intrometera na conversa das duas.
- Poderia ser, mas eu realmente vou ter que ir... estou com a mesma roupa desde manhã e ainda tenho que ir a Port Angeles resolver alguns assuntos... – respondeu tentando por um ponto final na conversa.
- Se você diz que precisa ir então vá, mas vou ligar mesmo assim para Leah e Embry virem almoçar conosco e depois ela leva um pouco para você jantar. – a índia disse dando-se por vencida indo até o telefone ligar para a filha.
- Obrigada pela hospitalidade Sue, nos vemos outro dia. – ela respondeu ao ver a índia sair da cozinha.
olhou para Seth que estava terminando de limpar a sujeira que ela havia feito sentindo o embaraço e a tensão pairar no ar. Sabia que aquilo não fora culpa dele, entretanto não poderia dizer isso a ele sentindo-se ainda mais culpada por ter que deixá-lo acreditar que ele a havia assediado por conta própria. Suspirou derrotada.
- Tchau Seth. – falou mais baixo do que queria.
O índio paralisou no lugar ainda sem jeito para encará-la, mas ao perceber os passos fazendo o caminho da porta agiu rapidamente. Em seu íntimo não entendia o que acontecera, porém sentia a necessidade de concertar a situação entre eles além do medo mortal que estava sentindo com o que aconteceria ao Jacob ver em sua mente a cena de momentos atrás. Conhecia bem seu líder e sabia que estaria muito encrencado acaso não descobrisse o que causou toda sua atitude impensada.
- espere... – ele pediu segurando o braço da forasteira. – Eu... eu...
- Não precisa se desculpar Seth, no fim nada aconteceu. – tentou amenizar a situação apesar de não poder dizer a verdade.
- Mas eu preciso. Não sei o que aconteceu comigo! Eu não sou assim! – ele tentou se desculpar novamente.
- Eu sei que aquele não era você, pode ficar tranqüilo que está tudo bem entre nós. Sei que você apenas me vê como amiga assim como te vejo. – falou tentando tranqüilizar o índio que parecia incrivelmente aflito. – Não vou falar para ninguém sobre o que quase aconteceu e também não quero que você sinta-se culpado por aquilo.
Seth ficou confuso com as palavras da forasteira de olhos verdes, afinal ele quase a tinha beijado a força. Por um momento acreditou que ela tinha conhecimento do que possuía, entretanto a possibilidade se esvaiu quando viu o mesmo constrangimento em seus olhos. Pensou que talvez ela estava lhe dizendo aquelas coisas apenas para suavizar a situação.
sentiu uma pontada em sua mente, já havia se acostumado com aquele pequeno incomodo. Todas as vezes que se encontrava com Jacob a mesma se repetia e por um momento sentiu-se nervosa por encontrar o índio. Talvez pela situação constrangedora com Seth não podia dizer, mas seu instinto lhe dizia para ir embora antes que encontrasse com índio de olhos profundos.
- Tenho que ir Seth, conversamos depois ok! – falou abrindo a porta sem esperar uma resposta.
Ao abrir a porta praticamente se chocou com o corpo de Jacob que preparava-se para entrar na casa, levantou os olhos lentamente até encará-lo sentiu-se conectada de uma maneira estranha aquele homem, a cada vez que se encontravam era mais difícil deixar de experimentar sensações adversas em seu corpo. Tinha ciência que seu controle estava por um fio e por isso fugia de Jacob incansavelmente.
- Já está indo embora? – Jacob perguntou ouvindo a pulsação dela acelerar assustadoramente. Sabia que o imprinting estava surtindo efeito tanto nela como nele o que fazia sorrir internamente.
- Vou. – ela respondeu com raiva de si mesma por descontrolar-se tão facilmente.
- espere... – Seth chamou ainda angustiado com o quase beijo.
- Conversamos depois...
Ela passou pela porta da casa andando como um foguete a única coisa que queria naquele momento era entrar em seu quarto e esquecer o índio que a perturbava tanto.
- És necessário focarmos nossos pensamentos nas notícias que ouvirdes momentos atrás minha cara, vossa intervenção se faz extremamente necessária.
Eu sei disso! A noite iremos caçar! Sabe estou até feliz com isso essa monotonia estava quase me matando! Ela pensou enquanto andava pela rua de terra em direção da casa de Embry, estava entretida em seus pensamentos que não percebeu a presença de Jacob logo atrás tomando um susto ao sentir seu braço ser levemente puxado.
- Por que a pressa? – ele perguntou com um sorriso no rosto. – Se quiser eu te levo pra casa.
Uma parte de Jacob queria passar mais tempo com , sentindo a força do imprinting puxar seu corpo em sua direção e outra parte queria desvendar o mistério que a envolvia para quem sabe assim salvar sua amiga.
- O que você quer Jacob? – ela perguntou sentindo a raiva borbulhar dentro de si queria distancia do índio que lhe causava sentimentos que jurou nunca mais ter.
- Você sabe o que eu quero. – ele sussurrou olhando dentro de seus olhos verdes ela sentiu que o alfa poderia ver o mais profundo de sua alma fazendo-a engolir a saliva acumulada em sua boca. – Mas não quero falar sobre isso agora... Billy quer sabe quando você vai tomar o café da tarde que tinham combinado.
analisou a feição dele vendo que falava a verdade, desde o desastroso dia nunca mais falou com Billy.
- Diga ao seu pai que vou ainda hoje. – falou ainda presa em seus olhos.
- Ótimo.
- Ótimo. – repetiu ainda sem conseguir se mexer lambendo os lábios instintivamente.
- Ótimo. – Jacob sussurrou novamente aproximando-se um pouco mais com os olhos fixos nos lábios convidativos da morena.
Sem conseguir mais se conter Jacob prendeu a mão no cabelo preso por um rabo de cavalo agora frouxo puxando o rosto dela em direção ao seu. Não houve resistência da parte de , nem mesmo a voz masculina em sua mente conseguiu afastar os sentimentos que a dominavam naquele momento.
O beijo era voraz, cheio de fome. prendeu as mãos nos cabelos curtos de Jacob enquanto ele a puxava pela cintura tentando fundir seus corpos. O índio não entendia como uma boca poderia ser tão doce como aquela, nunca provara lábios mais macios que aqueles feitos na medida certa para ele.
sentia-se entorpecida nada em si funcionava a não ser a vontade de ter aquele índio para si, sua mente estava nevoada quase como se estivesse drogada, mas no momento nada importava realmente além do homem que estava apertando-a em seus braços. Seus pulmões começaram a queimar pela falta de ar sendo forçada a deixar a boca carnuda de Jacob atacando sem piedade seu pescoço e orelha fazendo o lobo soltar um rosnado em seu peito.
Jacob não resistiu empurrando-a contra a árvore mais próxima levantando-a pelas pernas prendendo as mesmas em sua cintura. voltou levemente a consciência quando sentiu suas costas baterem na árvore tentou abrir os olhos, mas não conseguia pensar em nada coerente com ele maltratando seu pescoço.
O que estou fazendo! Eu prometi! Ela pensou finalmente conseguindo abrir os olhos e retomando sua coerência.
- Pare! – ela gritou empurrando com toda sua força a Jacob fazendo-o cair no chão atordoado.
Jacob caiu no chão de terra desnorteado tentando entender por qual motivo ela o tinha rejeitado desta vez.
- Nunca mais, está me ouvindo, nunca mais chegue perto de mim! – ela rosnou em sua direção ofegante e completamente irada tanto consigo mesma como com ele.
- eu...
- NUNCA MAIS JACOB! – ela gritou com o corpo tremendo levemente virando-se para andar até sua casa novamente deixando-o sem entender nada e caído na rua.
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andava de um lado para o outro como um animal enjaulado, sentia a raiva borbulhar dentro de suas veias. A cada vez que fechava os olhos as lembranças do beijo que tivera com Jacob preenchiam sua mente. Indignava-se a acreditar que beijara novamente aquele índio, quebrando novamente a promessa que havia feito.
- Sabeis que vosso conflito és louvável, todavia persiste a necessidade de tratar-nos de outros assuntos de extrema importância. – a pseudo consciência a alertou tentando manter o foco no que realmente precisavam fazer.
Eu sei disso! Apenas queria que uma vez algo na minha vida fosse fácil! Ela pensou suspirando e sentando-se derrotada na cama do pequeno quarto.
- Pretendes manter nosso planejamento para o dia de hoje? – a voz perguntou ainda sem entender a mente confusa de .
- E eu tenho outra alternativa? – ela devolveu com outra pergunta indo até o armário separar uma roupa para ir até a casa dos Black’s.
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A casa vermelha nunca pareceu tão pequena aos olhos do lobo alfa, Billy via o filho andar de um lado para o outro após ter contado o que acontecera no caminho para casa. Para o velho ancião eram muitas informações a serem processadas e preocupava-se com o que toda aquela situação inusitada teria efeito em seu filho que em brevemente assumiria e unificaria os bandos novamente.
- Meu filho você tem que ter paciência se vê de longe que não é uma pessoa comum, é normal que ela tente lutar contra o imprinting. – Billy tentou remediar a situação do filho. – E ainda tem o fator que talvez pelo o que contou ela ainda esteja envolvida sentimentalmente com esse tal de Arden.
Aquele nome fazia o estômago de Jacob revirar não conseguia cogitar nem a hipótese de viver novamente a mesma situação de alguns anos atrás.
- O que mais está me preocupando nesse momento são as outras coisas que me contou... – o ancião falou com a voz grave passando a mão pelo cabelo longo. – Algo me diz que a visão de Alice tem haver com a chegada da prima de Embry, sinto os espíritos querendo me dizer algo.
Jacob olhou para o pai mais atentamente vendo uma expressão mais carregada fixar em seu rosto.
- Eu também acho pai, mas não consigo nem ao menos trocar três palavras com ela sem brigar ou sem nos beijar e brigar depois, ela é tão intensa e simplesmente não consigo me controlar... – ele confessou sentindo-se frustrado.
Billy rodou as rodas de sua cadeira chegando mais perto de seu filho buscando uma maneira de confortá-lo.
- Imagino que não esteja sendo fácil lidar com toda essa situação filho, mas tenha paciência tudo irá acontecer no momento que tiver que acontecer e eu tenho uma idéia para ajudar. – ele terminou de falar com um sorriso.
- O que vai fazer pai? – Jacob perguntou ao ver o sorriso travesso de seu pai.
- Deixe tudo aqui com seu velho. – respondeu virando sua cadeira em direção da cozinha. – Agora suma daqui antes que ela apareça.
Jacob apenas balançou a cabeça rindo de seu pai enquanto andava até a porta.
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sentiu seu estômago encher de borboletas devido a ansiedade que preenchia seu corpo ao ver a casa vermelha aparecer no fim da rua. Sua mente e seu corpo duelavam na vontade de ver ou não ver Jacob novamente naquela tarde. Pare com isso! Até parece uma adolescente ! Repreendeu-se em pensamento enquanto estacionava o carro em frente da casa.
Olhou novamente para o vestido que usava vendo se tudo estava no devido lugar balançando a cabeça em reprovação logo em seguida. Suspirou fundo tomando coragem finalmente para bater a porta.
Não demorou muito para que Billy abrisse mostrando a ela que o sorriso era genuinamente algo de família.
- Olá ! Que bom que veio! – Billy a cumprimentou puxando-a pela mão para dentro da casa logo em seguida.
- Oi Billy! Também estou feliz em vê-lo. – disse vendo a alegria contagiante do índio mais velho. – Sabe precisava mesmo ter alguém para conversar antes que ficasse louca com tanta calmaria.
- E o Embry e a Leah? – Billy perguntou enquanto preparava o café, colocando seu plano em prática.
- É diferente, nós conversamos coisas banais. Você foi o único que realmente se interessou pela minha profissão, para eles são assuntos técnicos demais. – ela disse encostada na parede. – Com você pelo menos não me sinto tão longe do trabalho. – confessou enquanto observava a cozinha simples e bem iluminada.
- Fico agradecido que se sinta assim comigo. Agora me conte um pouco mais sobre suas aventuras. – pediu enquanto esperavam o café ficar pronto.
Xxxxxx
Seth engoliu seco ao ver Jacob parado novamente na entrada de sua casa, estava embaraçado por ter quase beijado o imprinting do amigo.
- E aí cara não vai me deixar entrar? – Jacob perguntou vendo o olhar de medo no lobo mais novo.
- É... claro, entra aí. – ele respondeu deixando a passagem livre para o alfa andando em direção à sala.
- A Sue ainda está aqui? – Jacob perguntou sentando-se no sofá da sala ainda analisando a postura estranha do amigo.
- Ela acabou de ir à mercearia aqui perto, mas volta logo... – Seth respondeu sem conseguir encarar seu líder.
- Sei... Aconteceu alguma coisa Seth? – o lobo alfa finalmente perguntou pensando no que teria acontecido para que ele agisse de maneira diferente.
Seth sabia que não poderia fugir ou esconder o que acontecera durante a manhã daquele dia, porém não tinha muitas alternativas de como dizer isso ao índio a sua frente. Sem ter escolha suspirou encarando finalmente Jacob.
- Eu quase beijei a . – soltou por cima da respiração tirando finalmente o peso de seus ombros.
- Você O QUÊ? – Jacob gritou levantando-se do sofá tremendo dos pés a cabeça.
- Eu não sei o que aconteceu cara! – Seth tratou de rapidamente explicar o que acontecera temendo que Jacob se transformasse no meio de sua sala. – Em um minuto nós estávamos preparando o almoço e no outro era como se meu corpo não respondesse... só acordei quando minha mãe me chamou! – terminou de contar fechando os olhos com força esperando o golpe que fosse dado por Jacob.
- E TODA ESSA HISTÓRIA DE IMPRINTING? COMO VOCÊ PODE QUERER BEIJAR OUTRA MULHER E AINDA POR CIMA A MINHA MULHER! – Jacob gritava tremendo terrivelmente enquanto respirava com dificuldade por causa da raiva que o consumia, sabia que faltava muito pouco para perder o controle.
- E-eu não sei o que aconteceu... mas se serve de consolo pra você ela tentou me parar... – Seth tentou concertar a situação. – Alguma coisa com aquela garota não está certo irmão... depois do que aconteceu fui me desculpar com ela, mas a me disse que sabia que não era minha culpa... que tipo de garota fala isso? – ele questionou lembrando-se novamente dos fatos.
Jacob matinha os olhos fechados enquanto tentava normalizar sua respiração e controlar os tremores que ainda persistiam em ocorrer. Sabia que era uma mulher atraente, entretanto nada poderia interferir em um imprinting como percebeu estar acontecendo com os lobos, todos sem exceção pareciam sentir algum fascínio por , mesmo tendo seus imprinting’s. Seth estava certo algo não estava correto ali. Mais controlado o lobo alfa abriu os olhos sentando-se novamente no sofá precisava saber dos detalhes da história para tentar encontrar o real motivo para toda aquela confusão.
- Ok Seth pode começar a contar tudo nos mínimos detalhes. Quero saber exatamente tudo o que aconteceu desde o momento que começou a vigiá-la hoje. – Jacob pediu percebendo ainda a culpa tomar conta do olhar do amigo.

59 comentários:

  1. Flor quero mais!!
    Essa fic promete muito!!
    Kiss e posta mais!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. OHHH...Primo?? *O*

    Ai gente fiquei tão feliz pela Leah *.*
    Eu sou muito a favor dela com o Embry...acho que daria um casal perfeito
    E ela tbm merece ser feliz!!!

    O Jake fechado para o Amor?? Isso só até ele me conhecer né?!! ;))

    BjaO quero mais logo!!

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  4. Adorei a Leah ter finalmente encontrado o amor...Mas me diz uma coisa essa prima não vai estragar o romance dos pombinho não, não é? Bjus!
    P.s- adorei o lance da cueca

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  5. Amei ver a Leah com o Embry, eles são perfeitos juntos, espero que com a chegada da prima não atrapalhe o casal, Lee ja sofreu demais, merece ser feliz. Tadinho do Jacob, ele se trancou para o amor, mais tammbém não é para menos. Bella foi muito má com ele, achei otimo voce mudar o imprintig entre a Nessie e ele. Renesmee é uma fofa, mais eu fico melhor com o Jacob.Rsrsrsrsrsrsrs.
    Está peifeito, beijos

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  6. ADOREI,TODO MUNDO TAH FELIZ A LEAH MUDOU,SE ESSA PRIMA ESTRAGAR AS COISAS EU JURO Q MATO ELA.E AONDE EH Q EU ME ENCAXO NESSA HISTORIA?

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  7. QUANDO EH Q EU VOU DAR O AR DA GRAÇA,KKKKKKKKKKK.,TOMARA Q EU SEJE UMA ROCKEIRA,AI VAI FICAR IGUAL A MIM MESMO.
    ROCK'N ROLL.

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  8. Ebaaaaaa!!! Mais uma fic nova!!! E pelo que li lá da sinopse, me fez lembrar um filme que eu amo de paixão. 10.000 A.C.!
    Mas esse me parece se passar no presente...O que me intriga ainda mais!

    Foi tão fofa essa cena do Embry com a Leah! Me faz lembrar da minha fic e do pedido de casamento que o meu Embry ainda vai fazer a Leah...ameeeeiii!

    Posta maaaaiiisss!!

    Kisses da Baby

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  9. adorei essa fic
    ela é bem engraçada

    que segredo será que escondo
    rsrsrs

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  10. uhhhhhhhhhhhh

    essa fic promete.
    posta mais flor. bj

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  11. OMG, flor! Essa fic está perfeita demais! Quanto mistério! E que liiindaaa que eu sou!
    Perfeita demais!
    Quero mais. Pelo amor de Deus, não demora muito a postar.
    Ri muito das birras. brigas e brincadeiras com Embry! Ainda bem que a Leah não se deixou intimidar pela minha extrema beleza! aiaiaiaia. Essa fic promete tanto!
    Posta logo, flor!
    Kisses da Baby

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  12. Ai gente quanto mistério!!!
    Será que esse povo todo tem sempre que está escondendo alguma coisa?!!! Assim mata agente do coração!!!

    O que será que eu tÔ escondendo? Que eu não sou normal já deu p/ perceber...mas o que será que eu sou?!!Hum...mistérios

    Os meninos ficaram todo assanhados hein?!! não podem ver mulher bonita não u_u

    E quando que eu vou conhecer o Jake?!!! *.*

    BjaO

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  13. genteee o q eu estou tentando esconder???! a o Embry e a Leah juntos q meigo *-* aguardando as att bjs

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  14. GENTE!! Essas autoras devem ter combinado p/ me matar de curiosidade nessa ATT!!!

    Eu não vou aguentar todo esse mistério D:
    Afinal que real objetivo é esse que eu vou dar inicio?!!
    O que será que eu sou??
    AHHHH QUE AGONIA!!!!

    Nunca fui curiosa, mas vcs autoras estão obtendo muito sucesso em atiçar esse meu lado u_u

    BjaO

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  15. O que será que me trouxe a La Push? Que objetivo será esse? Como será meu encontro com o Jake? Meu Deus, quantas perguntas sem resposta... Estou morrendo de curiosidade e terei que esperar pelo próximo capítulo. Snif...snif

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  16. quanto mistério!! estou cheia de duvidas o que irá acontecer??o que EU realmente sou?? e varias outras duvidas na kbç. ansiosíssima aguardando pelo proximo cap bjs

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  17. Nuuussss! tô amando todo esse mistério minin! E agora o Jake vai entrar na área! aiaiaia, que sonho!
    Perfeito demais!
    E que será que segredos escondo?
    Será que o Jake vai ter imprint por mim?
    ain, posta mais, amore! Amando demais a fic!

    Kisses da Baby

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  18. Aaaaaaaaaahhhh! O Jake teve imprint por mim!!!
    Aaaaahhh, que voz é aquela na minha cabeça??
    Aaaaaaaahhh!! Que tanto de mistério é ESSE!!!!
    Aaaaahhh!! Ok, vou parar de gritar. Já tá chato! kkkk

    Kisses da Baby

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  19. nada igual!
    já disse tudo! suspense total, mas tá d+++++
    continue assim nos surpriendendo...
    esta ótimo...
    bjs
    GINA

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  20. Cara..quem é essa maldita consciência??
    E eu acho que eu perdi um grande amor né?!!

    Putz! Eu não tO aguentando esse mistério!!

    BjaO

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  21. Caraca que consciencia mais filha da mãe!!! na hora que o negocio tava bom....

    Gente que medo é esse dessa voz masculina que vive na minha cabeça? Até parece que meu Jakelicious vai me fazer algum mal, ele só quer ser feliz comigo!

    Amando a fic, posta mais flor!

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  22. uma guerra em breve ntrar em vou evai estourar, eu vou entrar em conflito interno ...e não vou resistir. bjs GINA

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  23. Gente do céu quem é esse que roubou meu coração? Que fic maravilhosa é essa? Eu quero mais, mais, mais, mais!

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  24. Ain...quem é esse ser tão maravilhoso que roubou meu coração?? Pq tem que ser muito maravilhoso msm p/ me fazer resistir ao Jake desse jeito!
    E o que será que esse cara na minha mente tem a ver com isso?

    Tah muito misterioso esse negócio...eu quero mais!!!

    BjaO

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  25. OMG! Tipo assim: perdi 3 capítulos e os li hj de uma folegada só! Nuss! Que mistérios eu escondo! Tô TÃO curiosa!
    A fic está otima por demais! Quero maaaaaiiisss
    Kisses da Baby

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  26. Gente! O que é que tah acontecendo??
    Que voz é essa que vive falando cmg? E quem é esse meu "grande e único amor"??

    Mano, eu ia matar a Bella na moral??

    Meu Deus!!Mistérios...

    BjaO

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  27. Woooow.
    Que isso meu pai.
    Eu sou perigosaa.
    Ameii isso hehe.
    Posta logo divaa
    XOXO

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  28. Que bafão! Tipo eu fiquei tensa aqui... sério... tensa a ponto de suar a palma das mãos... me senti a personagem literalmente....

    Cara eu ia matar a Bella.... td bem não vou muito com a cara dela, mas tipo foi tão sincero a alegria dela pelo imprinting de Jake... ela não merece morrer... Salve Charlie que ajudou no ultimo minuto, sem saber que estava ajudando....

    Mas qual será esse meu segredo? E de quem eu me lembro quando vejo Jake?

    Mistérios, mistérios...

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  29. Esta história é maravihosaaaa!!!!
    Quero mais, mais e mais!!!!
    Quanto mistério, estou amando, bjsssss!!!!!

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  30. Esta fic está cada vez melhor. Estou cada dia mais encantada com os mistérios que rondam a PP; não vejo a hora de descobri-los.
    Será que Arden foi um grande amor do passado? Será que o vampiro que apareceu pra ela no beco era ele?
    E o Jake está pirando, sem saber o que esperar de mim. Tadinho, agora está sofrendo por minha causa.
    Adorandooooo, bjsssss!!!!!

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  31. ADOREI, por favor, não demore a postar estou muito curiosa pra saber mais.

    Bjos

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  32. Amiiigaaaaaaaaaaaaa.....parece que vc ão posta faz tempooo.......não faz isso nãoooo....eu achei sua fic hojeeeee,,,pelamor eu to morrendo aquiiiiiiiiiiiiiiiiii

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  33. AEEEEEEEEEEEWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW

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  34. Eu quero maisssssssssssssssssss

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  35. nossa.... o que será que vai acontecer???
    posta logo..rs

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  36. Ain, finalmente um capítulo de Nagual, adooooro a fic estava morrendo de saudades!!!
    Quanto mistério ronda a PP, e esse final me deixou com gostinho de quero mais.
    Adorandoooooo, bjsssss!!!!

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  37. Nossa, que capítulo!!
    Meu sangue é capaz de atrair seres sobrenaturais?! Uau, e Seth foi a vítima da vez, quem poderia imaginar uma coisa dessas?!
    Bella como sempre atraindo má sorte, nem depois de transformada ela perdeu a maré de azar.
    E pra completar o meu ex foi transformado em uma nova espécie de vampiro e está vindo com tudo.
    Quem será a garota que vai atirar na Bella? Será a PP? Ela pelo visto não gosta nem um pouco de sanguessugas.
    Amandooooooo, bjssss!!!

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  38. Please, please não demore tanto para atualizar, sou louca pela sua fic, não vejo a hora de ver os segredos revelados.
    BJudds.

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  39. Essa fic está cada vez mais interessante!!! Quais os segredos que o imprinting do Jake guarda? Quando será que a PP vai conseguir se livrar da "voz" e poder se entregar ao imprinting com o Jake? OMG terei que aguardar os próximos capítulos...

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  40. CARACA que capítulo foi esse, muito bom mesmo estou ansiosa para o próximo capítulo.
    Bjos

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  41. ameeii o cap. a fic ta otima....
    não demora pra postar viu flor ?
    bjooo

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  42. eita zica braba hein!!!! primeiro o Jake se apaixona pela suaa melhor amiga que é apaixonada por um vampiro, agora ele sofre um imprintg por uma garota misteriosa que tbm é apaixonada por um vampiro.....ele só pode ter jogado muuuuuito chiclete na cruz mesmo viu!!!! pq vai ficar sem sorte assim na conchinchina!!!!!rsrsrsrs...pasta mais

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  43. Nossaaaaaaaaaaaaa!!! Como eu amo esse Jake, mandão, forte, atraente, alfa, ai meu deus, como ele é irresistivel!!!! quero um desse pra mim!! o que o Sr. Billy está aprontando hein!????? tadinho do Seth, fiquei com a maior peninha dele! Acho que é melhor eles se transformarem e o seth mostrar ao vivo e a cares como foi tudo, assim o Jake entende melhor...kkkkkk nossa que beijo hein!!! to suando até agora! bjs

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  44. quando ele vão descobrir a verdade??? to quase ficando louca aqui...
    e agora esse cara que apareceu... quem será ele???
    continua... ta muito bom

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  45. Uau, que beijo foi aquele?! Estou sem fôlego até agora.
    Não vejo a hora da PP parar de renegar meu lobinho e deixar as coisa acontecerem, esses dois certamente pegarão fogo!! rsrsrsrsrs
    Tadinho do Seth, quase ficou em pedacinhos.
    Amandoooooo, bjssss!!!!

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  46. Quais são os segredos por trás da PP? O que realmente aconteceu com ela? Pq se cura rápido como os lobos? São tantas perguntas, sem resposta...
    Adorei o beijo caliente da PP e do Jacob; quando esses dois se acertarem a aldeia vai pegar fogo!!
    Coitadinho do Seth, quase teve seus ossinhos quebrados por causa do ciúmes do Jake.
    Estou ansiosa em ver minhas questões serem respondidas, posta logo ok! Bjs

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  47. Caraca que capítulo foi esse, muito bom mesmo esses mistérios que envolvem a PP deixa a fic sempre com um gostinho de quero mais. Fora que foi engraçado o medo do Seth tadinho ia apanhar de graça kkkk. Ansiosa para o próximo. Bjos

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  48. Muito boa sua fic!! Adorei o beijo HOT da PP e do Jacob! Essa fic promete..Ansiosa para o próximo cap. Bjos

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  49. Dude, sou apaixonada por sua fic, não vejo a hora de todos saberem os segredos de todos. \o/
    Até o próximo.
    BJudds.

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  50. ameeiii....essa fic promete muitoooo....naum demora pra postar naum viu...
    BJOOOOO

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  51. ameeiii....essa fic promete muitoooo....naum demora pra postar naum viu...
    BJOOOOO

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  52. ameeiii....essa fic promete muitoooo....naum demora pra postar naum viu...
    BJOOOOO

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  53. ameeiii....essa fic promete muitoooo....naum demora pra postar naum viu...
    BJOOOOO

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  54. Muito bom continua!!! @suhennes

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  55. AAAAAAAHHHHHH QUE AGONIA!!!! PELO AMOR DE DEUS POSTA LOOOGOO!!!!

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  56. Heeey !! Voc nao posta mais nao é ? Poxa, essa foi a fic mais legal q eu já encontrei, e qd eu começo a ler, voc nao posta mais? Poxa, volta a postar pfv . . . Vou morrer se vc nao postar!! Amei de maaais essa fic, posta vaai . . Bjssss..
    #postaPLEASE..

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  57. amei!!!! não demora para postar, estou morrendo de curiosidade..... akakakak .,,,, lobão ta ferrado...
    Parabéns...

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  58. Continue postando + capit. PLEASE. A fic é fantástica. Essa PP é poderosa mesmo, hein? fisgou o lobinho-Jacob- gostoso pena que ela vive fugindo dele e apesar do imprinting chama a atenção dos outros lobos,fazendo nosso Jake ficar + confuso, tadinho... ele sempre fica levando um fora atrás do outro.
    Anem, viu? essa enrolação e mistério da PP tem que acabar! to ansiosa quero ler ++++++ bjos

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  59. fico triste quando eu estou no final de uma fic e encontro. "CONTINUA"

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