13 de março de 2011

Sempre para sempre by Kris Black

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Sempre para sempre





Prólogo



Sabe aquele momento de transição que todos nós passamos? Aquele que você acha que todos estão contra você, que nada está certo, que tudo é triste e solitário e que você se vê como um ponto minúsculo no meio de uma multidão frenética, pois é eu me via assim antes de me conhecer por completo e conhecer a pessoa que mudou minha vida, que me ensinou como me achar, me mostrou que ninguém estava contra mim e me ensinou a amar e a viver sem temor, esse alguém é Jacob Black, com ele vivi os melhores e os piores momentos de minha vida, sempre irei me lembrar dele com carinho e amá-lo com todo meu ser, sempre pra sempre.

N/A: Esta fanfic não tem fins lucrátivos, e os personagens aqui presentes pertencem a Stephenie Meyer, mas todos são humanos.E possuem características diferentes.

Edward


Jacob


Seth

Angela

Mike


Ben


CAPÍTULO PRIMEIRO:



[Pov ]



Aqui estou sentada em uma das muitas poltronas no meu duplex em Nova York, minha filha dorme tranquila no quarto, minha carreira não poderia estar melhor, sou uma conceituada advogada criminal aos 30 anos de idade, amo o que faço e lutei muito pra estar aqui, perdi muito também, abri mão de coisas que me fizeram felizes, pessoas que me ensinaram a viver e a amar. Mas você não está entendendo nada, não é? Pois bem, faz tempo que preciso desabafar com alguém, então vou lhes contar como cheguei aqui e o que tive que perder pra estar onde estou. Então vamos ao momento onde tudo aconteceu, quando eu era apenas uma garota com problemas familiares e carregava o mundo nas minhas costas, não que isso tenha mudado.


Quatorze anos antes...


Fui acordada pelo barulho estressante do despertador do meu celular, desliguei e fui acordar o meu irmão Seth, esse sim era o estresse em pessoa pela manhã eita menino pra acordar com raiva, sorri ao ver ele se remexer entre os lençóis e aconchegar mais na cama, o cutuquei mais um pouco e fui tomar banho. Por mais incrível que parecesse hoje eu estou bem, acordei disposta e louca pra ir pra aula, coisa muito rara ultimamente, acabei de completar dezesseis anos e talvez isso tenha ajudado na minha mudança de humor, sou uma garota quase normal, pois apesar de ter apenas dezesseis pareço uma velha, sou responsável demais, cuido de todos, me preocupo com todos, mas pouco olho pra mim, minhas amigas me chamam de mãezona, sempre estou pronta pra dar uma bronca nelas e aconselhá-las. Essas características foram adquiridas ao longo da minha vida, digamos que meus pais passam mais tempo se digladiando do que cuidando dos filhos, então tive que aprender a me cuidar e a cuidar do meu irmão dorminhoco.


- Droga Seth, acorda! – Gritei abrindo a porta do quarto dele.


- Vai à merda ! – Gritou em resposta. Esse menino é um doce.


Mas que falta de educação a minha, sou Clearwater e moro na cidade mais chata do mundo, leia-se Forks, minha vida é chata e sem graça, talvez a única luz que tenha nela sejam meus livros, meus amigos e meu irmão, de resto sou apenas mais uma na multidão.


Desci pra tomar meu desjejum, minha mãe já estava na cozinha emburrada como sempre, já era tão comum ela estar assim que eu nem me dava ao trabalho de perguntar.


- Bom dia, mãe! – Disse ao me sentar.


- Bom dia! Eu vou trabalhar até tarde hoje, então pegue o teu irmão na escola! – Ela disse. Como se eu não fizesse isso sempre.


- Ok! Cadê o pai? – Perguntei.


- Ele saiu cedo! Pra uma reunião. – Ela falou descrente do destino dele.


- você fez o meu café? – Perguntou Seth descendo as escadas.


- Eu hein, você tem mão moleque! –Esse menino está a cada dia mais mimado.


- Chata! – Reclamou.


Comemos rápido e a mãe nos deu uma carona até a escola, eu entrava uma hora antes do Seth e já estava super atrasada. Assim que cheguei à sala a professora de matemática me olhou com uma carranca horrível, me desculpei e sentei ao lado da Ângela minha a melhor amiga. Ela era demais, nos conhecíamos desde sempre, ela sorriu assim que sentei.


- Por que você demorou? – Sussurrou Ang.


- O Seth como sempre! – Respondi, mas rápido me arrependi ao ver a professora me fuzilando com os olhos.


Eu como qualquer ser normal, odeio matemática, pois então podem imaginar o tormento que é pra mim essa aula, parece que o ponteiro do relógio anda como uma lesma. Fazia minhas anotações quando me surpreendi com um bilhete vindo de trás, esperei a professora virar para o quadro e abri o papel, como havia imaginado era do Mike.




Ei chata, não mereço nem um olhar seu?
Senti sua falta!
M.



Sorri lendo, Mike era um fofo, sempre querendo tirar proveito das coisas, mas como tudo em mim era do avesso no quesito amor não era diferente, nesses meus anos de vida me envolvi poucas vezes e nunca vivi aquilo que sempre li nos livros e vi em filmes, eu nunca amei, porém isso não quer dizer que nunca tenha despertado amores e Mike era um desses, sempre soube que ele tinha uma queda por mim, porem nunca dei muita bola, ele é um ótimo amigo e um maravilhoso companheiro de sinuca, mas nunca despertou em mim algo a mais. Quando ia responder a sineta tocou e fomos avisados do intervalo, levantei de pressa louca pra sair daquela sala de tortura e a carrasca realmente não ia com a minha cara.


- Ei ! – Me alcançou Mike próximo a porta. – Por que não retornou minhas ligações?


- Ah desculpa, mas é que esse fim de semana foi um inferno e nem olhei pro meu celular! – Disse quase toda a verdade, meu fim de semana foi um inferno e eu vi as ligações apenas não estava com saco.


- Ok, vem vamos procurar os outros! – Disse pegando minha mão era desconfortável andar assim com ele, mas era tão comum que às vezes eu nem ligava. – Lá estão eles! – Disse apontando para uma mesa distante da bagunça do refeitório.


- Oi gente! – Disse assim que sentei. Vi pelo canto do olho a Jessica torcer o nariz pra mim, ela só sentava com agente por causa do Mike, mas o garoto babava tanto em cima de mim que nem se dava ao trabalho de cumprimentá-la.


- você sumiu do meu lado! – Reclamou Ang chegando depois da gente.


- Ain eu não aguentava mais ficar ali e sabia que você estava esperando o Ben! – Sorri pros dois.


Ângela e Ben haviam começado a namorar faz alguns meses e já não era sem tempo, esses dois eram loucos um pelo outro e confesso que dei um empurrãozinho nisso, eles eram parados demais. Ficamos conversando bobagens durante o intervalo todo, planejando o que faríamos nas férias que já estavam chegando, nem acreditava como aquele ano passou voando, em menos de quatro messes eu já estaria no meu segundo ano do ensino médio e em breve já teria que escolher uma universidade e um curso, ah calma Leah! Às vezes eu tenho esses surtos, eu piro pensando no futuro e nem percebi que meus amigos começaram a se levantar, quando dei por mim a Ang gritava me chamando, balancei a cabeça e fui atrás dela. O resto do dia correu na mesmice de sempre, aulas e mais aulas, quando enfim fui liberada, eu e Mike fomos como de costume esperar por Seth no outro prédio do campus, como ele entrava mais tarde que eu, precisava esperar por ele durante uma hora inteira, às vezes Mike ficava comigo ou Ang, mas como agora ela tinha o Ben, ficava mais difícil de me acompanhar.


Assustei-me ao ver Seth no pátio, ele parecia cabisbaixo e quieto demais, corri até ele e vi que ele não estava só havia um homem conversando com ele, olhei melhor, era o Seth que parecia puxar assunto com o homem.


- Seth! – Chamei quando cheguei próximo a ele.


- Ei ! – Ele levantou e veio até mim. – Juro que eu não tive culpa!


- Do que você está falando? – Perguntei confusa, ele estava com aquela expressão que havia aprontado alguma, Seth já ia fazer treze anos e parecia uma criança de dez quando aprontava uma das suas. – Seth?


- Ah droga! – Reclamou. – Não te ligaram? – Eu coloquei as mãos na cintura. – Sabe o que foi, eu estava conversando com a Kim e quando eu vi o Taylor estava fazendo gestos obscenos atrás dele, ai eu fiquei irritado, quando eu vi ele ia agarrá-la e quando dei por mim, minha mão já estava quebrando o nariz dele! – Sorriu.


- Seth?! Você ficou maluco moleque? – Briguei com ele. - Andávamos pra casa. Onde já se viu agir feito um ogro, eu te ensinei essas coisas? – Comecei a gritar mesmo sem querer com ele o empurrando em direção ao carro do Mike.


- Agora deu pra ver o porquê dele ser violento! – Falou o homem que outrora conversava com Seth.


- E o que você tem haver com isso? – Perguntei marrenta sem me virar pra olhá-lo.
- Nada, só fazendo uma constatação! Mocinha. – Disse ele com deboche.
Se existe uma coisa que eu não gosto é ser chamada de modo diminutivo, o cara alem de se meter onde não devia ainda tira uma com a minha cara e sem contar que estava prevendo a bronca que iria levar, ainda tinha que aguentar esse otário, achei melhor respirar fundo e sair sem olhar pro palhaço que ria as minhas costas.


Encontramos Mike esperando no carro dele, eu ainda estava bufando quando Seth hesitou ao entrar, dei mais um empurrão o forçando, ele não suportava o Mike e sempre que pegávamos carona com ele era essa coisa. Chegamos a casa e o Seth saiu correndo do carro, sem nem se despedir no Mike, bufei.


- Desculpa Mike! – Pedi com vergonha. – E obrigada pela carona! – Dei um beijo no rosto dele, que rapidamente virou pra eu errar alvo, mas eu como uma garota esperta fui mais rápida e beijei o local desejado a bochecha rosada dele. – Você não desiste! – Disse saindo do carro.


- Nunca! – Sorriu. – Te ligo mais tarde, quem sabe agente não vá ao cine!


- Vou ver, depois do que esse fedelho aprontou, sei que vou ficar de castigo! – Sorri triste.


- Ok! Até amanhã, mas te ligo mesmo assim! – Disse beijando minha mão e voltando a estrada.


Entrei em casa e fui direto pra cozinha preparar algo pra comer, vocês devem está pensando, sua mãe não cozinha? Bom até que ela tenta, mas devo confessar que prefiro minha comida a veneno, sem exageros, ela é péssima na cozinha. O telefone tocou e como eu esperava era minha mãe passou aquele sermão por eu não ter cuidado do Seth e blá, blá... Nossa como ela me dá rugas, como se eu tivesse que está grudada nele vinte e quatro horas por dia, e nem adiantou eu dizer que estava na aula na hora do incidente, ela só ouvia o que ela queria, ou seja, não interessa onde eu estava, interessa que deveria estar com o garoto, depois de séculos de gritaria no meu ouvido ela desligou. Não me entendam mal, eu amo minha mãe, mas toda essa responsabilidade que ela joga nos meus ombros me cansa, sempre tomei conta do meu irmão como se fosse a mãe dele, ele próprio antes de fazer qualquer coisa pergunta pra mim antes de falar com ela, não gosto de ser a responsável pela casa, pelo irmão e pela família em decadência, queria poder ser uma adolescente normal, mas parece que meu destino é outro, cuidar de tudo e de todos.


- ! – Seth apareceu na cozinha com aquela carinha de cachorro pidão. – Me desculpa!


- Tudo bem, mas não apronta outra dessas ou sua irmã linda aqui vai virar comida de Sue! – Ri pra ele, amava esse guri com todas minhas forças e como negar algo pra ele? Sei é frustrante isso.


Comemos algo e fui pro meu quarto fazer a lição, apesar do ano está acabando os professores faziam questão de encher agente com um turbilhão de deveres, nunca fui muito fã de sentar e fazer exercícios, mas tive que aderir a esse hábito, quando se tem toda uma vida planejada na cabeça e um futuro bem promissor formulado, agente descobre que precisa estudar pra alcançar certas coisas, afinal não quero vender meu belo “corpicho” por grana, ta parei de pensar merda, mas eu tenho que olhar em todos os prismas, vai que precise usar o plano X (planos em ordem alfabética). Nem percebi em que momento adormeci em cima dos livros quando dei por mim, estava uma gritaria só no andar de baixo, me levantei rápido demais e quase cai de cara no chão pela tontura que me abateu, depois de uns segundos, corri pro quarto do Seth e mandei ele colocar o fone do ipod no ouvido no volume máximo. Ele revirou os olhos mais me obedeceu, era de costume eu fazer isso, desde que eu me entendia por gente meus pais brigam quase que diariamente e também desde esse tempo eu poupo o Seth de ouvir essas brigas, já bastava uma criança traumatizada e eu já tinha uma parcela imensa de traumas. Você pode pensar que eu protejo muito ele, mas e você o que faria? Ver seu pai machucar sua mãe e ela somente chorar e no outro dia ou horas depois estar rastejando pedindo desculpas pra ele, nunca deixei Seth presenciar nada disso e não seria depois de anos que deixaria. Harry Clearwater como pai era ótimo, o melhor, mas como marido era o mais vil e cruel, agredia minha mãe verbalmente e algumas vezes fisicamente, nunca entendi o porquê eles estavam juntos, mas parecia que a obsessão no casamento deles era maior que o bom senso. Talvez seja por isso que não queira me envolver emocionalmente com nenhum homem, por que lá no fundo tenho medo que ele seja como meu pai. Pode ser até loucura, mas tenho medo de me entregar a uma pessoa e no fim ele ser um canalha.


Resolvi ignorar a briga no andar debaixo e vesti minha roupa de ginástica, causei meu tênis e como de costume, pulei a janela do meu quarto, tudo bem que eu dormia no segundo andar, mas bendito foi o ser que pensou em construir uma escadinha pra segurar as trepadeiras que saiam da estufa da mamãe, se essa escadinha falasse estaria em apuros, assim que cheguei ao solo coloquei o ipod no ouvido e corri pela orla da floresta, adorava a sensação do vento no meu rosto, de me sentir livre, quando alcancei a estrada fiquei mais próximo a orla da floresta possível, está ai uma coisa que eu amava em Forks, a floresta e seu maravilhoso cheiro sempre me acalmavam, sabe aquele cheiro de relva e terra molhada, eu amava isso. Depois de um tempo e quando estava numa distancia segura de casa, sentei na terra e deixei minha mente vagar, gostava de fazer aquilo, me ajudava na minha atuação diária, pois se você pensa que eu deixava algum amigo ou meus pais perceberem o quanto aquelas brigas me abalavam, você está muito enganado, se tem uma coisa que eu aprendi nesses anos de vida foi canalizar meus sentimentos e erguer uma muralha de proteção ao meu redor, isso me custava algumas lagrimas, mas sempre conseguia levantar e voltar correndo pra casa. Um farol quase me deixou cega, a moto parou na minha frente e não reconheci quem dirigia, enxuguei meu rosto e esperei ele tirar o capacete.


- Você está bem? – Perguntou uma voz rouca.


- Estou sim, só parei pra descansar! – Disse me levantando pra enxergá-lo, meu coração oscilou por uns instantes. Ele era lindo, ok vou descrever ele pra você, começarei pelas coxas e que coxas são aquelas? Por Deus. Ele vestia uma jaqueta preta e uma blusa azul clarinha por baixo, a blusa era fina e deixava quase que visíveis todos os músculos daquela barriga que tive que segurar o impulso de ver se ela era tão dura quanto parecia, e o rosto era perfeito, olhos negros e expressivos, lábios carnudos, formavam-se duas covinhas quando ele sorria e que dentes eram aqueles? Lindos. Ele me olhava com um misto de divertimento e desdém, então deu um estalo na minha cabeça e percebi o quão patética deveria está parecendo esquadrilhando o homem dessa maneira, sim ele era um homem, devia ter de vinte pra cima, sorri sem graça.


– Pode seguir seu caminho estou bem! – Consegui dizer.


- Já conheço você? – Perguntou ele. Ain eu não acredito que ele estava perguntando aquilo, que cantada velha.


- Creio que não! Adeus. – Cortei logo o mal pela raiz, se ele era idiota o bastante pra usar aquela cantada, não perderia o meu tempo. Virei de costa e andei.


- Claro que eu conheço! Reconheceria essa bun... Esses cabelos em qualquer lugar! – Ele gritou me chamando. Era impressão minha ou ele ia falar bunda?! – Você que foi buscar o pirralho marrento hoje cedo!


Parei de andar e reconheci a voz, eu sou uma pessoa muito azarada, acabo de conhecer o cara mais gostoso que já vi e o pior ele é um babaca, imbecil e nojento, ele falou da minha bunda! Ain que ódio, respira .


- Ah não me recordo de você, mas se me der licença, preciso continuar minha corrida! – eu sei ser bem educada quando quero. Eu que vou provocar um cara daquele tamanho e ainda por cima numa moto, vai que ele seja um psicopata.


Sai correndo de voltando pra casa, escutei ele resmungar algo como “maluca” e depois ligar a moto, quando ele passou por mim deu uma buzinada e acelerou estrada a cima. Tudo bem que ele era lindo e tinha um sorriso que deixava qualquer uma delirando, mas eu sou mais forte que isso, e não vou me deixar levar por aquele corpo... foco ...





N/A: Olá amores,

Primeiro quero agradecer aos comentarios que a fic recebeu no Prólogo adorei todos eles e estou mega feliz pela receptivadade de vocês a história!

Segundo essa fic será baseada em fatos reais até certo ponto, então não se espantem se alguns sentimentos ou atitudes lembrarem vocês nessa idade!! Tento sempre ser a mais realista possivel e essa fic é mega especial pra mim!!


E terceira espero de coração que vocês continuem acompanhando e gostando da fic, o Jake está lindo e um pouco diferente nela, vocês perceberam!!

PS: Obrigada Drica por me amostrar o blog, estou adorando essa proposta de interatividade!!

Bjos a todos!!


N/A.2: Esta fanfic não tem fins lucrátivos, e os personagens aqui presentes pertencem a Stephenie Meyer, mas todos são humanos.E possuem características diferentes dos personagens nos livros.



Capitulo dois – Dia sinistro




Mais um dia maçante de aulas, porem é o melhor dia da semana, pelo simples fato de ser dia de aula de geografia e o que isso tinha de extraordinário? Muita coisa, primeiro pelo professor mais gato de Forks, Edward Cullen, ele era tudo e mais um pouco, nem sei como conseguia prestar atenção na aula tinha impressão que ficava vendo cada movimento sensual dele, e não estou exagerando, aquele cara tinha um charme involuntário, até no jeito de passar a mão pelo cabelo, parecia que ele estava dizendo: “vamos dar uma volta?” e eu com certeza aceitaria. Sorri com meus próprios pensamentos e uma voz aveludada atrás de mim me despertou.


- Um doce pela razão desse sorriso! – disse o professor Cullen.


- Ah não é nada demais, só me lembrando das loucuras do meu irmão! – Inventei uma mentira rápida, ele pareceu acreditar e sorrio torto pra mim, ain acho que babei.


- Quer uma carona pra casa? – Perguntou.


Para o mundo que eu quero descer, ele perguntou o que eu ouvi? E eu estava igual uma bocó olhando pra ele.


- Muito obrigada Prof. Cullen, mas ainda preciso esperar meu irmão! – Nem sei como conseguia manter a voz firme, até minha alma parecia está tremendo.


- Tudo bem! Fica pra próxima. – Ele disse parecendo desapontado. – Até mais ! – Beijou meu rosto e seguiu seu caminho para o estacionamento.


Fiquei uns minutos, parada no mesmo lugar o vendo caminhar graciosamente para o carro. O que tinha acontecido? Ele me ofereceu uma carona, beijou meu rosto e ainda ficava jogando charme, gritei internamente e agradeci aos cosmos por Mike não estar comigo. Sai do meu transe e fui ao outro prédio, havia umas mesas de cimento no pátio em frente, me sentei em uma delas e fiquei revendo as imagens do Professor Gostoso Cullen na minha mente, coloquei meus fones e deitei minha cabeça em cima da mochila, fiquei assim uns minutos até sentir alguém sentar a minha frente, levantei a cabeça e preferi não ter feito.


- Oi de novo! – Falou o motoqueiro gostoso. Nossa eu acordei necessitada hoje, todos são gostosos.


- Oi, você é um pedófilo ou algo do tipo? Por que fica andando pelo pátio de uma escola? – Perguntei sem conter minha língua.


Ele sorriu e levantou o bolso do jaleco branco que trajava. Dr. Black eu li.


- Trabalho aqui e fui eu que consertei o estrago que seu irmão marrento fez no outro moleque! – Disse sorrindo pra mim.


- E eu deveria agradecer? – Se tem uma coisa que eu não gosto é de gente sarcástica, já bastava eu ser assim.


- Claro que não, afinal é meu trabalho! – Ele olhou ao redor. – Por que você fica o esperando?


- Ele é meu irmão, oras! – Respondi o obvio.


- Mas já esta bem grandinho! - Falou puxando um cigarro do bolso.


- Por Deus, Doutor! Isso mata sabia? – Reclamei antes que ele acendesse. – E me mata também! Se quiser morrer que faça sozinho e bem longe de mim! – Disse apontando pra longe.


- Nossa você é bem chata! – Reclamou.


Olhei pra ele com raiva, que cara inconveniente, ele sentava na minha mesa, atrapalhava meus devaneios e ainda me ofende. – Os incomodados que se mudem!


- Tudo bem, vamos recomeçar! – Ele sorriu pra mim, mostrando aqueles dentes perfeitos. – Sou Jacob Black! – Falou estendendo a mão.


Olhei pra mão dele estendida por uns instantes, mas a apertei. – Clearwater.


- Tá vendo, agora parecemos gente! – Ele guardou a carteira de cigarros no bolso. – Pois bem eu sou medico e você?


- Mas já está formado? – Perguntei curiosa.


- Falta um ano! – Falou dando de ombros.


- Sou estudante do primeiro ano! – Disse simplesmente. – Mas se ainda não é formado pode trabalhar na área?


- Posso desde que tenha um medico me auxiliando, mas modéstia parte sou bom no que faço! – Ele apoiou o rosto na mão e ficou me examinando com aqueles olhos negros. – Você parece ser mais velha!


- É o primeiro que diz isso, pode ter certeza! – E era verdade, todos pensavam que eu ainda tinha uns quatorze anos. – Tenho dezesseis!


- Mas a maturidade de trinta! – Afirmou. – Percebi isso, seu olhar parece de uma mulher madura e decidida!


Fiquei atônita com o que ele disse, era verdade, mas nunca ninguém havia percebido isso e o modo como ele me olhava, me causava arrepios.


- Tenho vinte e um!


- E a mente de doze! – Debochei.


- Já vi que ainda tem senso de humor! – Riu Jacob. – Preciso falar a língua dos meus pacientes!


- Então vai ser pediatra?! – Mas como eu estou abelhuda hoje.


- É a área que mais me chama atenção! – Ele me encarou mais uma vez. – Agora que estamos nos dando bem, posso te perguntar uma coisa?


- Presunção sua essa de se dar bem, mas pode perguntar! - Ri da cara ofendida dele.


- Por que você estava chorando ontem na estrada?! – Ele tinha uma expressão séria.


Senti uma coisa diferente, como se ele emanasse confiança e aqueles olhos me fitando não ajudavam muito em manter minha boca fechada, parecia que o conhecia á séculos e soube naquele momento que poderia contar tudo pra ele, me ouviria e depois tentaria contornar a situação. Mas eu dificilmente confio nos meus instintos.


- Não estava chorando! – Negar era a melhor saída.


Jacob sorriu tímido e balançou a cabeça em sinal de negação. – Tudo bem! Acho que perguntei demais! Desculpe.


- Sem problemas, você nem é tão chato quanto parece! –Sorri pra ele.


- Você deveria fazer isso mais vezes, sabia?


- Isso o que? – Perguntei.


- Sorrir! Seu sorriso é lindo, me lembra girassóis. – Dizendo isso se levantou. – Até mais!


- Até mais! – Acenei.


Vamos às analises, ele até que não era tão babaca assim e tinha uma conversa agradável. Mas me fazia sentir coisas esquisitas, essa confiança repentina me deixou encafifada, nunca fui de contar nada sobre meus problemas pra ninguém. Não que não confiasse na Ang ou nos outros, mas é que falar em voz alta parecia mais difícil de lidar, porém com o Jacob pareceu que poderia contar e que me sentiria mais leve depois disso. Talvez fosse pelo fato dele ser medico e saber manipular as emoções dos outros. No mínimo essa manhã foi esquisita.


Não demorou muito e o Seth apareceu, fomos andando pra casa, já que o Mike havia sumido. Estava louca pra que minha habilitação chegasse, pelo menos não precisaria mais andar pra chegar em casa. Seth foi me contando o que havia feito e eu tentava não rir quando ele falava da Kim, meu irmãozinho está apaixonado, que fofo! Assim que chegamos preparei algo pra ele comer e fui pro quarto, estava sem fome, peguei meu livro preferido e deitei na cama, você deve estar se perguntando, qual livro? Primeiro prometa que não vai rir... Bom sou uma pessoa completamente nerd, portanto sou louca, fascinada e completamente viciado por Harry Potter, qual é? Você prometeu! Fazer o que? Procuro realidade diferente da minha pra ler e um livro de fantasia sempre será bom pra isso. Pois é voltando comecei a reler o livro três e meu celular tocou, procurei-o na minha mochila e sorri ao ver que era a Ang.


- Oi amiga! – Falei rindo.


- Ei , o que você está fazendo? – Fiquei calada. - Não vai me dizer que está lendo HP de novo? – Perguntou rindo.


- Amiga você tem o dom da adivinhação! – Sorri. – Ia começar a ler agora, por quê?


- Estava a fim de ir ao cinema, vamos?


- Por mim tudo bem, os velhos viajaram hoje pela manhã e só voltam na quarta! – Falei com um alivio imenso, adorava essa empresa de exportação dos meus pais, pois eles sempre precisavam viajar, ou seja, a paz reinava na casa. – Você vem me buscar?


- Ah o Mike pega você! – Disse ela com a voz baixa.


- Sabia que tinha segundas intenções nesse convite! Poxa Ang, já disse que não quero nada com ele! – Reclamei.


- Deixa de ser assim, é só um cinema! Anda , por mim! – Implorou.


- Isso é golpe baixo, mas tudo bem! Manda-o passar aqui em meia hora! – Disse e me despedi da minha amiga.


Levantei da cama e fui avisar ao Seth que ia sair, era comum deixar ele sozinho em casa e ainda mais quando estávamos sem os velhos. Era o único momento que a mamãe não pegava no meu pé. Me arrumei rápido, passei um pouco de maquiagem e desci pra esperar o Mike, era terça-feira e eu ia ao cinema, que ótima estudante eu sou. Não demorou muito e a campainha tocou.


- Oi Mike! – Saudei.


- Oi linda! – Disse me abraçando. – Só a Ang pra fazer você aceitar o convite!


- Na verdade é pelo fato de meus pais terem viajado! – Sorri.


- Tudo bem! Vamos ainda temos que pegar o Ben e a Ang! – Ele pegou a minha mão e me conduziu ao carro.


É só um cinema, então não pira. Tentava convencer a mim mesma que o Mike não estaria confundindo as coisas, pegamos os outros e seguimos pra Port Angeles, conversávamos animadamente os meninos eram super engraçados juntos e não ficávamos muito tempo sem dar risadas, minha barriga já estava dolorida quando enfim chegamos ao cinema, foi ai que as coisas ficaram tensas, tinha duas opções que realmente prestavam, A casa do lago e Seven, ou seja, um romance e um de suspense, eu claro nada boba escolhi o suspense e os outros foram na minha cola. Mas se você pensa que eu fiz uma boa escolha, está enganada, vou explicar o porquê, se você vai assistir a um filme e não quer nada com seu acompanhante, assista um desenho animado ou uma comedia. Romance, terror e suspense requerem momentos mais íntimos, a cada morte no filme eu me contorcia na cadeira e não demorou pro Mike colocar os braços ao meu redor e me puxar pra seu peito, ou seja, fudeu! Nunca tinha assistido a um filme tão nojento, quando ele enfim terminou jurei a mim mesma, nunca mais assistir filmes com tanto sangue.


De lá fomos comer uma pizza e eu virei o tema da conversa, pelo papelão que fiz, escolhi o filme e quase não tinha estomago pra aguentá-lo. Já estava ficando agoniada, pois o Mike sempre que podia tocava no meu rosto ou na minha mão, se eu pudesse matar minha melhor amiga tinha feito sem qualquer duvida, ela só me metia nessas coisas, eu tento tanto não dá esperanças ao loirinho ao meu lado e ela me faz isso. Tudo bem que ele era lindinho, mas não queria ele dessa maneira, acho que terei que falar com todas as letras. Enquanto esperávamos a pizza o Mike foi ao banheiro e eu vi que ao fundo do bar tinha uma mesa de sinuca e disse que ia até lá, afinal ninguém merece ficar segurando vela.


Não tinha ninguém jogando então peguei um taco e ajeitei as bolas, mirei na bola branca, curvei meu corpo pra ver melhor o ângulo e num toque preciso encaçapei quatro bolas num só toque. Sorri maliciosa ao ver que um homem se aproximou da mesa, eles sempre ficavam alvoroçados quando viam uma mulher na mesa de sinuca, primeiro pelas posições que precisávamos ficar e segundo pelo fato de eu ser mil vezes melhor que eles. Com outros dois toques encaçapei as bolas restantes e enfim olhei ao meu espectador. Meu coração bateu loucamente no peito, estranhei aquele fato, mas o ignorei. Jacob olhava da mesa de sinuca pra mim com cara de bobo e eu não pude deixar de sorrir com a cena.


- Está me seguindo Dr. Black? – Perguntei.


- Claro que não, vim tomar um chopp com os amigos e vi você! – Ele pareceu recobrar a postura. – Bem, eu vinha oferecer minhas aulas de sinuca, mas parece que você joga muito bem!


- Uma das melhores meu caro! – Debochei dele.


- Estou vendo! – Ele me analisou da cabeça aos pés.


Senti meu rosto esquentar pela intensidade do olhar dele, eu estava vestida com o básico, uma calça jeans uma blusa de mangas e um casaco. Vi que o olhar dele parou por mais uns segundos na altura do meu quadril e me lembrei da posição que estava anteriormente, ops acho que ele teve uma visão panorâmica da minha bunda e ainda mais essa.


- Perdeu algo aqui? – Perguntei.


- Oi? – Ele pareceu sair de um transe.


- Estão te incomodando ? – Perguntou Mike chegando e me segurando pela cintura.


- Ah não! É só um conhecido! – Disse tentando sair do braço dele discretamente, mas o Mike apertou mais minha cintura, achei melhor ficar quieta. – Vamos a pizza já deve ter chego! – O puxei pela mão. Mike era grande, mas não era nada comparado ao tamanho do Jacob, então achei melhor tirar ele de lá. – Até Jacob!


- Até! E adorei a paisagem! – Falou sarcástico.


Tarado! Pensei com raiva, isso que dar querer se exibir a um desconhecido, como ia saber que era ele? Não tenho olho nas costas e logo o Jacob que parecia ter percebido meus atributos bem antes de falar com ele. Mike bufava ao meu lado, se não fosse pelo fato de não querer nada com ele até que acharia fofa a ceninha, mas não poderia me dar ao luxo de despertar ciúmes. Assim que sentamos Ang e sua boca grande foi logo falando.


- Quem era o gostosão? – Ben a beliscou. – Aiii doeu!


- Então fica quieta! – Disse ele apontando pra cara amarrada de Mike.


- Era o novo estagiário da enfermaria da escola do Seth, eu o conheci hoje! – Disse pra acabar logo com aquele assunto. Olhei ao longe a mesa que ele estava sentado e nossos olhares se encontraram por uns segundos e eu como uma tremenda idiota não desviei, tenho esse defeito se alguém me encara eu devolvo o olhar com a mesma intensidade.


- Ah, sim! – Angela falou, me fazendo olhar pra ela. – Vamos comer que eu estou faminta! –Eu sabia que aquele olhar dizia, “me conte os detalhes mais tarde!”


Terminamos de comer e o Mike pareceu diminuir a carranca, conversamos, mas tudo virou do avesso quando o Jacob veio até nossa mesa se despedir, pareceu que ele havia percebido o desagrado do Mike e como um bom pouquista veio tirar uma com a cara dele.


- Até mais ! – Ele se abaixou e beijou o topo da minha cabeça.


Mike rosnou, mas eu segurei a mão dele por debaixo da mesa, era visível que o Jacob estava alcoolizado e se tem uma coisa que aprendi é não provocar uma pessoa com muitas doses de álcool no sangue. Ele saiu seguido pelos outros trogloditas que andavam com ele, aimeudeus eu só arranjo desses! Pensei, desde quando ele tinha essa intimidade comigo? Era melhor agente ir embora também, aquilo já tinha ido longe demais e definitivamente hoje tive um dia muito sinistro. Num dia eu estou tentando me livrar do Mike, um garoto da escola e no outro eu desperto o interesse do meu professor gato, sem pretensão ele nunca nem fala com as alunas e ainda provoco um motoqueiro-medico-gostosão... Ain o que está acontecendo? Será que ficar um ano mais velha despertou outras coisas em mim e eu nem percebi? Estou amando isso, mas não quero magoar o Mike e nem ficar de agarramento com caras casados (Prof. Cullen) ou loucos. A viagem foi silenciosa e tensa, pedi pra ele me deixar primeiro em casa precisava extravasar minha frustração, ou seja, pegar o meu violão e tocar, depois de umas três músicas me joguei na cama e adormeci.




N/A: Esta fanfic não tem fins lucrativos, e os personagens aqui presentes pertencem a Stephenie Meyer, mas todos são humanos.E possuem características diferentes.


Capitulo três – Ajudinha inesperada.


Acordei sem a mínima vontade de ir pra aula, estava com uma dor de cabeça alienígena nem conseguia tirá-la de cima do travesseiro, levantei com todo cuidado possível e fui tomar um banho bem gelado, na esperança de congelar a dor junto com o meu corpo, sai do banho e vi que uma chuva fina caia do lado de fora, ainda estava cedo e nem sabia o porquê de estar acordada, talvez tenha sido a maldita. Vesti um moletom bem quente e fui preparar uma xícara de chá, peguei essa mania da minha avó, uma boa xícara de chá sempre curava tudo, sentei no sofá esperando que esfriasse um pouco e um espirro quase fez eu me queimar toda.


- Merda, vou ficar doente! – Reclamei alto, odiava ficar gripada, pois sempre demorava séculos para eu me recuperar e manter sobre controle minha asma degustei do liquido quente, e foi com prazer que senti meu corpo se aquecer por ele, respirei fundo e fui chamar Seth pra aula, eu iria ficar em casa, era melhor perder um dia de aula que semanas inteiras.


Chamei o dorminhoco e fui vestir uma calça jeans velha, não ia descer do carro mesmo, coloquei os óculos escuro por que você nem imagina como eu fico quando estou berrando uma crise de asma, parece que meus olhos entram pro meu crânio e ficam com umas bordas roxas horríveis, suspirei ao constatar isso, ao me olhar no espelho, desci e o Seth já estava tomando café, sentei, esperando ele acabar.


- Nossa , você está horrível! – Disse o moleque.


- É mesmo? Nem tinha percebido! – Debochei.


- Quanto azedume, você quer que eu fique aqui? – Perguntou levantando meus óculos. – Acho que sua “amiga” vem te visitar! – Falou preocupado.


- Está tudo bem, vou tomar meu remédio quando voltar, e ela vai embora, é só uma maldita gripe! – Reclamei. – Ontem estava frio e eu não me agasalhei direito! – Tentei tranqüilizar-lo que me olhava desconfiado. – Juro que se me sentir mal eu te ligo!


- Tudo bem, eu prometi que ia estudar com a Kim hoje! – Ele sorriu envergonhado.


- Então vai me deixar pra ficar de namorico? – Perguntei fingindo aborrecimento.


- Que namorada? Não pira ! – Seth ficou vermelho e subiu pra escovar os dentes.


Já estava começando a sentir os calafrios pelo meu corpo e isso não era um bom sinal, respirei fundo pra testar se ainda tinha fôlego o suficiente e parecia tudo normal, fiquei mais tranqüila e fui esperar o Seth no carro, não demorou muito e ele chegou, dirigi devagar pela estrada molhada, dei uma rápida olhada no céu e parecia que aquele seria um dia de tempestade, em menos de vinte minutos chegamos ao colégio e ele desceu apreçado, vi ao longe o Jacob sentado na frente do prédio, olhei mais um pouco e fui pra casa antes que a chuva piorasse.


Assim que cheguei em casa fui direto pro quarto, minha cabeça estava a mil, mas antes passei no quarto da mamãe e tomei três antitérmicos de uma só vez, a gripe ia sair a base de porrada, me deitei na cama e adormeci, assim que meu corpo relaxou em cima do colchão. Nem sem quanto tempo eu fiquei dormindo, só me lembro de acordar com o aperto no peito e me sentindo amarrada, como se estivessem imprensando meu corpo numa parede, tentei puxar o fôlego e nada, fechei os olhos já tinha passado por aquilo um monte de vezes o importante era não entrar em pânico, sentei devagar pra melhorar a circulação do ar pelo meu corpo, tentei respirar fundo mais uma vez, e só consegui uma porção mínima de ar, mas já era algo, abri a gaveta da cabeceira da minha cabe e peguei minha bombinha, bombeei três vezes na boca e esperei fazer efeito, devagar senti meu pulmão relaxar e ar voltar a circular, sorri aliviada, olhei pra fora e a chuva estava torrencial do lado de fora, me levantei e o mundo girou e minha cabeça latejou, aiii que merda!


Levei um susto quando um raio caiu bem próximo de casa, estremecia a cada relâmpago, odiava aquelas tempestades, escutei longe a campainha tocar. Pensei que fosse minha imaginação e ia me enrolar de novo entre os lençóis quando a campainha soou mais uma vez seguidas de tantas outras, xinguei alto o maldito que vinha me atormentar, desci devagar as escadas, queria gritar, mas minha voz não saia, quando finalmente abri a porta o vento frio quase me jogou no chão e só não cai por que braços fortes me seguraram, fechando a porta em seguir, senti meu corpo sair do chão e não pude conter o impulso de me aconchegar o corpo quente dele, nem tinha percebido quanto estava com frio, ele me deitou no sofá e tirou o cabelo do meu rosto.


- Ei, você está ardendo em febre! – Ele disse com a voz doce. Aquela voz não me era estranha... Era Jacob.


- Não estou me sentindo muito bem! – Falei num sussurro, fitando aqueles olhos pretos cheios de preocupação. – Como você chegou aqui?


- Prometi ao seu irmão que vinha ver você e ainda bem que vim! – Ele tirava o termômetro que nem tinha percebido ser colocado no meu braço. – Nossa você está com 40º graus! – Ele me pegou mais uma vez no colo. – Onde é o banheiro?


- Pra que? – Perguntei tonta pelo movimento brusco. – É lá em cima! Jacob?


- Você precisa de um banho, pode ter uma convulsão! – Falou enquanto subia a escada.


- Você não vai me dar banho, me põe no chão! – Ordenei exasperada, tentei balançar as pernas, mas aquilo me deixou sem ar.


- Deixa de ser boba, você tem asma? – Balancei a cabeça confirmando. – Ótimo, por que você não foi ao hospital? Já imaginou se você tem uma crise aqui sozinha?! – Ele falava rápido me deixando mais tonta.


Quando dei por mim ele me deitou na minha cama e foi encher a banheira do meu banheiro, pouco tempo depois ele voltou e levou pra lá, me sentou devagar na água fria, meu corpo enrijeceu pelo contato gelado, ele murmurou alguma coisa mais o barulho dos meus dentes batendo não me deixaram ouvir, ele mergulhou minha cabeça, mas eu não tive medo como sempre tenho me sentia segura com ele perto de mim. Jacob me tirou da água e me deu uma toalha.


- Vista algo quente e volte pra cama, vou preparar um chá! – Falou me deixando sozinha.


Fiz o que ele mandou, ainda estava meio anestesiada pela água fria e toda essa coisa, não estava conseguindo assimilar bem as coisas e ter um estranho em casa cuidando de mim, eu não estava acostumada com isso, sempre passei pelas minhas crises sozinha, mas não podia negar que estava gostando de não ter que ficar só dessa vez. Vesti um moletom quente e calcei umas meias, penteei meus cabelos e sentei na poltrona que tinha no meu quarto tinha medo de ficar deitada depois de uma crise de asma, respirei fundo pra testar e ainda estava com a respiração curta, abracei meus joelhos e fechei os olhos, cantarolava uma música tentando acalmar meus ânimos, não podia entrar em pânico. Odiava essas crises, apareciam de uma hora pra outra, uma simples gripe desencadeava desse maremoto de fragilidade, odiava me sentir vulnerável.



- ! – Jacob me chamou baixinho. – Tome esse chá, é eucalipto e vai te ajudar a respirar melhor!


Peguei a xícara da mão dele e bebi o liquido quente devagar, era gostoso, ele havia acrescentado mel e algo que eu não conseguia identificar, mas era bom. Um trovão do alto de fora me fez pular de susto e fechar os olhos rápido, odiava esse medo absurdo de tempestade, quando abri os olhos Jacob tinha um sorriso brincando nos lábios.


- Do que está rindo? – Perguntei aborrecida.


- Você fica linda com medo! – Disse me analisando, tocou minha testa pra verificar a temperatura. – A febre está abaixando, se sente melhor? Consegue puxar o fôlego?


Testei outra vez a respiração e ela ainda estava curta, mas sentir o ar percorrer um pouco mais pelos meus pulmões, senti que arregalei os olhos com a falta de ar.


- Shiiii... Fica calma! O chá vai ajudar, beba mais! – Jacob sentou no tapete na minha frente.


- Tenho que buscar o Seth! – Disse quando terminei o chá.


- Deixa que eu vou, você estava ardendo em febre a pouco tempo! – Jacob se levantou me repreendendo. – Deite na cama, ainda falta meia hora pra ele sair!


- Você é sempre mandão assim? – Perguntei obedecendo ele.


- Só com pessoas teimosas! – Ele me cobriu sentando no chão próximo de mim, tocou mais uma vez minha testa, mas sua mão acariciou meu rosto logo em seguida.


- Obrigada! – Disse simplesmente, odiava agradecer ou pedir algo pra qualquer um, mas não podia negar que poderia ter acontecido algo grave comigo hoje e o que me assustava mais era que Seth ficaria preocupado se algo me acontecesse.


- Não foi nada, agora durma! – Pediu.


- Estou conseguindo respirar! – Sorri ao sentir o ar pelo meu peito.


- Shiii... durma! – Falou Jacob acariciando meu rosto outra vez.


Perguntei-me se ele tratava os pacientes dele assim, com tanto carinho, ele nem parecia aquele ser chato e sarcástico que havia conhecido no dia anterior, os olhos dele ardiam de preocupação, ele seria um médico maravilhoso, adormeci com Jacob tocando meus cabelos e feliz por conseguir respirar sem dificuldade, estava me sentindo ridiculamente segura.




24 comentários:

  1. Ah, eu adorei o prólogo.

    Super ansiosa para ler mais!

    Hmm... Louca para conhecer o Jake.

    Beeeeijos!

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  2. adorei o prólogo
    poste logo o primeiro cap

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  3. uhhhhhhhhhhhhhh
    louca pra ler essa historia.
    se tem jake, é coisa boa. bj

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  4. KRIIIIISSSS! Eu não creio que minha irmãzinha perva está dando as caras pelo blog!!!!
    Ain, que legaaalll!
    Tenho certeza que sua fic será um sucesso aqui no blog!
    Eu irei acompanhar fielmente! PROMETO!
    Palavra de PERVA!

    Clã das PERVAS entrou na ÁREA!!!!
    aushauhsuashuahsu

    Kisses da Baby

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  5. Como Jake vivi todos os momentos da minha vida? 8 plof * cai Uhauhauhahuahu louca pelo resto. bjus!

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  6. Se o prólogo em poucas linhas já é intrigante... imagine o resto da fic. Estou ansiosa por mais...

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  7. Nossa assim voce me mata, estou morrendo para ler o primeiro capitulo e conhecer o Jacob e saber qual foi esses momentos felizes e tristes que eu vivi ao seu lado. E sabaer porque eu me senti tão para baixo assim. Beijos

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  8. Kriss!
    Ain amiga, boa sorte com a fic.

    Você é uma super escritora!
    E bom, eu AMO suas fics!*-*

    Mas...
    Você já sabe disso!

    Beeujoos!!

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  9. Nossa que legal esse capítulo!!
    É uma droga vc ter que carregar tudo sozinha, quando vc quer apenas se divertir msm =/

    O Mike sempre tem que ser o grudento né?!! Ele não desiste nunca!

    E o Jake...ah tô vendo que nós dois ainda vamos ter muitas brigas ^^

    BjaO

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  10. Meu Jake está meio canastrão, mais mesmo assim tô adorando. Como será a pegada desse Jacob assanhadinho? O Mike sempre grudento e não se toca quando não é querido, não adianta. Espero que as coisas melhorem rápido, pois mereço me divertir; tá muita responsabilidade em cima dos meus ombros.

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  11. Irmaziiinhaaaa!!!
    Amei de paixão esse capítulo! Tu sabe que escreve super bem e que é super massa, não sabe?
    Sério. Sempre que eu leio seus textos parece que estou na pele da personagem de verdade! Agora com a interatividade ainda torna tudo mais real!
    Louca pelos próximos caps!
    Acho que vou exigir uma reunião com vc e a Ninah para ponderar trazer HOT para aqui! Não acha que seria legal??

    Kisses da Baby

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  12. Kriss!*_*

    O que posso dizer?
    Capítulo incrível!!

    Muuito bom.

    Não precisa agradecer!
    Eu sabia que teria leitores, claro!

    E fico feliz em saber que gostou desta proposta.

    E bom, conhecer a interatividade eu devo a Ane e Lany! Super escritores.

    E, claro, a Baby que também tem fics incríveis.

    Beeeijos mil!

    P.S: Eu que agradeço por ter aceito o convite!

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  13. ACHO QUE EU ESTOU COM MEL PARA ATRIR TANTOS GATOS.
    A FIC ESTA D++++,MAIS POSTA LOGO PLESES....
    AS COISAS PRECISAM ESQUENTAR MAIS...
    E VÃO...
    BJS
    GINA

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  14. AAaaaaaaaaaaaaahhhh! Que boooommmm que teve mais um cap dessa linda fic! Sério! Estou mto feliz mesmo! Eu já tava me roendo de curiosidade que até tava querendo ir no nyah ler. Mas confesso que é mais gostoso ler por aqui por EU ser a PP!
    e que foi aquilo como O prof Cullen gostosão? Derreti, menin!
    E esse "doutor" Black tb não se fica atrás. Ele adooora provocar.

    -Ei, doutor, não quer vir aqui me auscultar não?

    kkkkk

    Ansiosa por mais
    Kisses da Baby

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  15. Ahhhh Até que enfim!!!

    Eu estava me roendo de curiosidade p/ saber o resto!!!

    Nossa comoassim o Profº gostoso Cullen me deu mole? Ele é casado!! aiai...

    E o Dr. Black? Nossa já não basta ser o Jacob Black super gostoso...ele ainda tinha que ser doutor?!! Assim eu desfaleço - quem sabe ele não me salva tbm - (666..
    Eu Adoroo as provocações dele! e como ele provoca menin...ufa'

    Esse Mike tah se achando né?! Eu não tenho nada com ele e ele ainda vem de ciuminho besta? u_u

    Gente...comoassim eu tenho asma? =O
    eu quase morri...ainda bem que o Jake apareceu!!
    Eu sou muito parecida com a PP!! Fica melhor até p/ eu me imaginar na cena HAUHUAHAHA

    BjaO

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  16. oooowwwwnnn! Que foooofooo! Jake cuidando de mim! Sei bem como são essas crises de gripe e asma. Comigo é igual. Só não tenho um Jake pra me cuidar! MIMIMIMI!
    kkkk
    Kisses da Baby

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  17. Aiiiiin *-* Jake cuida mais d'eu? KKKK

    Se ele cuida de todos os pacientes assim? DUVIDO HEIN! KKKKKKKKKKKK

    Adorei a fic amora, posta mais logo plis

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  18. AIAI, o Jake cuidando de mim com tanto zelo é um sonho, onde não quero acordar, estou amandoooo!!!!
    A fic está maravilhosa, bjssss!!!!!

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  19. ADOREI o começo da fic Os tres caps estão maravilhosos :D AMEI, AMEI, AMEI RIRI please ñ demore para postar o próximo cap A fic ta perfeita Ja to superrrrrrrr anciosa pelopróximo cap BJS

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  20. amei sua fic
    adoooooooooooooooooooooooooooorei o JAKE de medico
    Oh eu acho q to com crise de asma!!!!
    KKKKKKKKKKKKKKKKKK
    bjus

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  21. Ai!Que meigo... esse jacob black é muito fofo...imagino até a carinha de preocupado dele... lindo de +++ Amei! posta + capit. pra gente ok? Essa fic é tudo de bom. bjos

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  22. Ha! preciso falar logo...ARGH! Esse Mike é muito folgado, ó garoto impertinente, véi. Se acha o mandão ou valentão qual é ? será que ele não enxerga que é só amizade e + nada? se toca meu filho! AI AI, MIKE X JACOB, QUEM VENCE O ROUND HEIN? NEM PRECISO RESPONDER DÃNNN!!! KKKKK... por isso preciso de + capit. da fic please

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  23. Esse site tem muitas fanfic boas de Crepúsculo. Pena que a maioria foram abandonadas e/ou esquecidas.
    Meu coração de leitora fica doente de ver uma coisa dessa.

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