28 de abril de 2011

So Imperfect! by Elisabeth Beans

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So Imperfect!










Por: Elizabeth Beans | Beta: Ane Halfen



Capítulo Único




Baile de Gala – Chicago, 21:00hs, 14 de fevereiro – Tomando o Controle



Na minha família sempre me acharam meio... Doida. Eu nunca me importei com o titulo ou dei muito credito a isso, nesses 18 anos... Até hoje.

Era Valentine’s Day e eu estava no meio de uma pista de dança em um salão elegante, vestida com meu melhor traje de festa, muito bem maquiada e dançando com meu namorado perfeito.

“Uma garota pode ter sorte” – Era o que eu deveria estar pensando. Mas na verdade, eu só pensava em um jeito de acabar logo com isso. “Não seja idiota” - metade de mim gritava - “Você não vai estragar a melhor fase da sua vida, a mais equilibrada e adulta “.

Mesmo assim, eu sabia que eu FARIA.

Há dias eu vinha adiando o inadiável. À hora de abrir meu coração pra ter medo outra vez, pra estar, novamente louca de paixão. Interrompi a dança e me afastei.

Chistopher me olhou interrogativamente e seus olhos eram bondosos demais para o meu grande tormento.

- Precisamos conversar. – Eu disse, por fim. Quase não saiu.

A banda tocava “Today Was a Fairytale”/“Hoje foi um Conto de Fadas”.

Uma pequena ruga de preocupação nasceu na testa do meu namorado, meu doce e totalmente inocente namorado, a quem eu magoaria profundamente agora.

Não me entenda mal, quando falo que Chris é perfeito eu quero dizer que ele é realmente perfeito. Um perfeito cavalheiro, perfeito amigo, o cara digno de Contos de Fadas. Nós combinávamos tanto. Confortável e saudável. Ele era o príncipe que toda garota sonha encontrar. O príncipe com o qual EU sonhei muitas vezes. Era bonito também, com seus grandes olhos azuis e seu cabelo loiro cheio de fios dourados brilhantes; um bom porte.

Foi nos braços dele que eu chorei minhas mágoas quando Jake me deixou, tantas lagrimas que encheriam uma banheira.

Mas, por mais que eu quisesse muito continuar com ele, por mais que todo o meu cérebro me jogasse para ele: Não era Chris que tinha a posse do meu maldito, burro, destroçado e DOIDO coração.

E essa é a historia de como eu fui chutada em pleno Valentine’s Day e pedida em casamento apenas uma hora depois.



Rebobinando até 2 semanas atrás – A noticia



- Querida, pode descer aqui, por favor? – Minha mãe parecia realmente agitada quando me chamou naquela tarde.

- Diga. – me joguei no sofá, displicentemente.

- Eu tentei convencer o seu pai que isso não seria uma boa coisa... – Ela já começou enrolando.

- Diz logo mãe! – pressionei.

- Jacob está voltando da Alemanha. – ela praticamente vomitou. – Ele ficará hospedado aqui durante um mês. O vôo chega às sete horas e seu pai vai buscá-lo no aeroporto.

Não conseguia mais sentir onde começava meu corpo e onde terminava o sofá; um frio cortante tomou conta dos meus ossos e ofeguei desesperada. Não, não podia ser! Minha mãe tinha de estar brincando!

Tentei olhar tudo objetivamente, minha boca estava seca. Ela me disse “Eu sinto muito”, bem baixinho, e tudo se confirmou.

ELE voltara.

Jacob Black estava de volta à minha vida depois de dois anos sem nenhum telefonema sequer.

Jacob Black, o meu primeiro beijo, a minha primeira vez e a melhor/pior experiência de toda a minha vida. E se eu bem me lembro de tudo que minha mãe disse, ele estaria se hospedando aqui na MINHA CASA.

Eu tinha uma boa vida agora, já namorava outra pessoa há quase um ano e realmente adorava estar com Chris.

Tudo tinha terminado entre nós antes que ele viajasse, mas, por alguma razão obscura da minha mente perturbada, eu só conseguia pensar que: Eu não o esperei!


Dois anos, três dias e algumas horas antes – O rompimento


- Por favor Jake, não vá! Eu faço qualquer coisa pra que você fique, por favor... – minha dignidade já tinha se esvaído há muito tempo. Eu não ligava de estar só de calcinha, chorando desesperadamente enquanto ele fechava suas malas.

- Pequena, agente já falou sobre isso! – Ele também estava nervoso, eu podia ver suas mãos sempre firmes tremendo de encontro ao zíper. – Não é só por mim que eu preciso ir, . É por nós dois, por nosso futuro, JUNTOS.

Mas tudo o que entrava na minha cabeça era: Dois anos na Alemanha, Dois anos na Alemanha longe de você, se esquecendo de você a cada dia, na companhia de um milhão de mulheres maduras, bonitas e mais interessantes.

- Eu só quero que você tenha o melhor! – ele parecia explicar algo muito simples.

- Eu só quero ter VOCÊ! – eu gritei histérica, perdendo a linha.

- Eu não estou te deixando , então não haja como se eu estivesse! – Seu maxilar estava travado e eu podia vê-lo lutando contra o impulso tão natural de discutir comigo.

- Você prometeu ontem, você jurou quando nós fizemos amor. Disse que nunca me deixaria... – eu soluçava.

- Eu disse que não acabou. Que nunca eu vou amar ninguém como amo você, pequena... – ele avançou um passo em minha direção, então estancou. A voz saindo mais rouca que o normal. - Eu não te prometi que NÃO IRIA!

- Você jurou que seria pra sempre Jacob, você jurou... ISSO não é pra sempre! – eu acusei. Dedo em riste, uma raiva cega e dolorida se espalhando por mim e sugando minha sanidade.

Ele me alcançou de súbito, me abraçando esmagadoramente. Tomou meus lábios com fúria e eu correspondi, querendo feri-lo com aquele beijo, querendo descontar nele a dor e a frustração que eu sentia e que só me fazia amá-lo mais.

- Você não pode vir comigo porque ainda é menor e Edward nunca permitiria... Mas eu juro que volto pra você e quando eu voltar não vou ser só um calouro pé rapado, eu vou ter alguma coisa pra te oferecer e agente vai se casar. Tenta ser mais madura com a situação. Você só precisa me esperar! – ele dizia no meu ouvido, sussurrando rápido e arrebatado, mas ainda assim não fazia sentido.

Nada aplacava a realidade pesada como uma bigorna. Jake estava me abandonando. Meu cérebro apitava: “Desculpas, são só desculpas!”, “Ele se cansou de você, pirralha”.
- Você mentiu pra mim. – ouvi minha própria boca dizer aquilo, quando metade de mim já não respondia.

Jacob se afastou de mim, chocado. Minha voz estava morta. Vesti a primeira coisa que encontrei no chão. Hesitei na porta pelo segundo que me pareceu um século inteiro. Jamais conseguiria dizer aquilo olhando para ele, então abaixei minha cabeça e encarei a porta entreaberta.

- Acabou, Jake. – e então corri, corri o mais rápido que minhas pernas dormentes conseguiam.



31 de Janeiro, 20:00hs , Jantar na casa dos Cullen – Deslumbrada


- Acho que vou te receitar um calmante, minha filha! – Até mesmo meu avô, Carlisle, a pessoa mais clama e paciente do mundo, não podia mais agüentar a tensão que emanava de mim.

Na minha cabeça a contagem regressiva rolava solta.

Ele estaria ali a qualquer momento.

Toda a minha família se reuniu para esperá-lo, já que se consideravam como uma extensão da família dele desde que Jake se mudou de Washington para Chicago para fazer faculdade.

Porque é exatamente isso que acontece quando você se envolve com alguém que você conheceu a vida toda, e, mesmo que você bata o pé para não estar presente no Jantar de Boas Vindas - porque seria muito desconfortável para ambos - você NÃO está dispensada.

Na verdade, eles sugerem que você leve o seu atual namorado para que possa se sentir melhor.
Como se eu precisasse de mais esse problema, quando já foi difícil o suficiente fingir para o Chris que estava tudo bem comigo mesmo que eu mal conseguisse formar frases, quando ele ligou pra mim mais cedo.

- Melhora essa cara, . Parece que acabou de engolir os sapatos! – Tio Emmett riu da desgraça alheia, como sempre, e Chris me abraçou para dar apoio, porque SIM, ele veio!

Minha mãe o convidou num lapso de preocupação.O que era engraçado, já que ela não se preocupou o suficiente para me deixar fora dessa.

Ouvi o carro do meu pai. Minhas mãos suavam, meu coração disparava. Eu entrei numa espécie de casulo psicológico. Meu pai passou pela porta primeiro e eu tentei olhar fixo para qualquer lugar distante de onde “ELE” apareceria.

Foi inútil. No instante que Jake atravessou aquela porta, minhas atenções eram só dele. O coração domina a mente.

Jacob estava tão diferente e ao mesmo tempo tão... JACOB. Os cabelos longos tinham sumido para adotar um corte moderno, vestia uma calça jeans escura e uma camiseta cinza-chumbo com alguns botões abertos no peito avermelhado e musculoso. Por cima dos ombros largos ele usava a sua velha jaqueta preta de couro. Me faltava o ar.

- Você está ainda maior, se isso é possível, garoto! – minha mãe foi logo abraçá-lo.

- Assim você me deixa sem graça, Bella. – sua voz rouca e poderosa tinha a mesma convicção de que eu me lembrava.

- Adorei o cabelo, Jake. – minha Tia Alice se precipitou a frente do tio Jasper.

- Obrigado Alice! – ele a abraçou também.

- E aí cara! – meu tio Emmett foi o próximo.

- Onde está ? – eu não podia acreditar que ele estava mesmo perguntando aquilo em alto e bom som. Quase me escondi atrás de Chris como uma criancinha, quando meu pai disse todo amistoso.

- Logo ali junto da lareira. – e todos eles entraram definitivamente na sala de estar.

- Oi Pequena! – eu fui obrigada a olhá-lo nos olhos quando ele se aproximou e tudo o que consegui mandar pra fora foi um: “Olá” que quase ninguém ouviu.

- Esse é Chris, Jacob, o NAMORADO da ,. – Tia Rosalie, apresentou assim que pode. Ela não gosta do Jake.

- É um prazer conhecê-lo. – Chris estendeu sua mão, educadamente. Jacob a apertou firme e rápido e então Chris a recolheu flexionando os dedos. Eu só queria cavar um buraco no chão e desaparecer. Simples assim.

- E então... – Jake se dirigiu a mim diretamente, me olhando nos olhos e me fazendo fraquejar mais, se era possível. - Eu não ganho o SEU abraço? – Perguntou com um sorriso matreiro.

- Cl-aro. – eu gaguejei, mas continuei parada no mesmo lugar.

Senti quando Chris foi obrigado a recuar e em uma grande passada Jake me pegou de jeito, me apertando inteira contra seu corpo, as mãos quentes em minha cintura, o cheiro conhecido e delicioso me deixando envergonhada e excitada.

- Eu senti saudades, Pequena. – ele cochichou no meu ouvido me arrepiando do fio de cabelo até o dedo do pé. – Eu MORRI de saudades! - E enquanto ele me largava e eu era prontamente acolhida pelos braços do meu namorado, eu soube que precisava ficar BEM LONGE DELE.




03 de Fevereiro - Quarto de Karenina Pultz – Fugindo da verdade



- Em algum momento você vai ter que voltar pra casa, . – Nina me confrontou enquanto eu arrumava pela quarta vez essa semana, um colchonete ao lado de sua cama.

Como minha melhor amiga, ela DEVERIA estar do meu lado.

- Eu não respondo por mim quando “ELE” está perto. – rebati sabendo muito bem onde residia minha maior fraqueza.

- Mas você não tinha decidido que ia finalmente, você sabe... FAZER com o Chris? – ela suspirou e sentou-se sobre as pernas. – Acho que isso realmente ajudaria, sabe. Você finalmente iria concentrar essa sua mente pervertida no seu NAMORADO e não no seu EX-NAMORADO, sendo constantemente tentada à traição. – ela assinalou.

- Eu não sou pervertida e você sabe que é complicado! – abracei o travesseiro.

- Não é complicado coisa nenhuma, você nem é mais virgem! – ela quase gritou. Eu a fuzilei com os olhos.

- Acho que o Chris pensa que eu sou. – me defendi.

- Pobre coitado! – ela riu, então ficou séria. - Porque você não volta correndo pro cara de uma vez e acaba com isso?

- Você ta louca? – eu perguntei soando realmente ofendida. – E-eu duvido que o Jake esteja pensando nisso! – admiti meu maior medo, por mais que fosse errado. Corri a dizer algo que me redimisse. – É claro que... eu tenho um relacionamento saudável agora, compatível comigo! Não vou jogar isso fora por uma aventura louca. – falei confiante.

- Você está mentindo pra si mesma! – Nina provocou, presunçosa e se levantou para ligar o som. Voltou cantando a musica que estava virando um verdadeiro hino para me provocar.




A escova de cabelo lhe servia de microfone e ela me apontava o dedo enquanto berrava o refrão na minha cara.

- Cala a boca! – Rosnei mal-humorada com ela e com a tal musica. Quem liga pra verdade? A verdade é uma DROGA.



7 de Fevereiro, 19:45hs, Casa do Sr. e Sra. Whitlock – Caindo em tentação

- A lasanha está na geladeira, Toby dormiu e Lia só pode ficar acordada até as dez. Os telefones de emergência estão...

- Tia, eu já sei de tudo! Pode ir tranqüila. Já fiz isso antes! – Tive que interromper Alice antes que ela explicasse pela centésima vez a programação da noite.

Ela sorriu e me deu um beijo na bochecha, pegou sua bolsa de contas pretas e foi até o carro onde Tio Jazz já esperava.

Claro, não antes de uma moto estacionar no jardim e fazer meus olhos se arregalarem.

- Eu achei que você poderia precisar de uma ajudinha, sabe como é: Meus filhos são umas pestes! Tomei a liberdade de chamar o Jake. – ela piscou pra mim como a diabinha que ela era, me deixando grudada na soleira.

E essa foi a primeira grande falha no meu perfeito plano de EVITAR e IGNORAR, já que isso seria impossível dentro das dependências da casa. Um oferecimento da minha Tia Alice, intrometida e sem medo da morte.

- Alice me disse pra vir... – ele estava parado na porta, segurando o capacete e parecendo quase tão surpreso quanto eu.

- Cuidar das crianças! Eu também cai nessa! – disse de supetão, arrependendo-me do jeito como soou.

- Se você quiser que eu vá, você sabe... Pode chamar seu namorado. – ele disse sério e a ultima palavra levava muito descaso. Ergui minha cabeça. O tom arrogante de Jacob me dava raiva e conseqüentemente, confiança.

- Eu não me importo realmente. – dei de ombros e entrei. Ele me seguiu.

- Jaaaaaaake! – Lia veio correndo e pulou no colo dele. – Você voltou! – ela sorria e gritava.

- Veja como você está grande. – ele a abraçou. – E ainda lembra de mim, isso é muito bom!

- É claro que lembro. Você não devia ter ido embora. Você demorou muito! – ela reclamou fazendo um bico.

- Desculpe, criança, foi preciso. – ele falou com uma voz carregada de pesar.

Fui para a cozinha esquentar a Lasanha antes que eu começasse a enfrentar os meus demônios interiores.

- Precisa de ajuda? – ele perguntou enquanto eu tentava pegar uma forma na parte mais alta do armário.

- Não. – eu disse abruptamente e confesso que fui um tanto rude. Ouvi sua passada larga quando se afastou.
Me estiquei apenas um pouco mais e quando enfim consegui trazer a forma até mim, haviam varias outras formas dentro dela e estava pesado demais. Desequilibrei-me e já estava me preparando para cair como uma fruta podre no chão quando os conhecidos braços avermelhados me pegaram.

Ele precisava realmente ter tirado o casaco?

- Pequena teimosa! – ele ralhou. – Não podia ter deixado que eu pegasse pra você não é? Tinha que fazer do seu jeito!

- Eu estou muito bem obrigada fazendo as coisas “do meu jeito”, Jacob. – me desvencilhei e continuei a trabalhar.

Ouvi quando ele bufou. Conhecia a exata expressão que ele deveria estar fazendo.

- Agora que você voltou, Jake, você e a vão se casar? – Lia continuava seu interrogatório à Jacob. Dessa vez eu engasguei tão completamente que precisei cuspir o resto da comida no prato. Fingi que era um acesso de tosse.

- A tem um novo namorado, criança. – Jake explicou imediatamente. Sua voz não denunciava nada e eu me frustrei em minha loucura, porque parecia de repente que só eu fui afetada por nosso reencontro.

- Eu não gosto do Chris... Ele não é tão bonito quanto você e nunca corre comigo ou me fez cócegas! – Lia disse muito convicta fazendo Jake gargalhar e dizer que ela também era bonita. Eu resolvi recolher os pratos.

- Eu lavo. – ele passou por mim, não deixado que eu recusasse. – Lia está caindo de sono, mas não me quer me deixar colocá-la na cama. Ela disse que você sempre conta uma historia...

- Sim, eu vou lá. Já ta na hora dela dormir mesmo. – Sai imediatamente.

Já tinha contado A Bela Adormecida e estava quase apelando para uma reprise de Cinderela quando Lia virou-se para mim, muito séria para alguém com sete anos.

- Porque você não namora de novo com Jake agora que ele voltou? – ela me perguntou com a simplicidade da inocência.

- Porque agora eu estou com o Chris. – tentei fazê-la deitar, mas ela não se convenceu.

- Mas, você não ama mais o Jake? – os olhinhos curiosos me sondaram. – A mamãe disse para o papai que acha que você nunca parou de amar o Jake.

Tomei um susto e respirei fundo. Eu não consegui mentir para a pequenina, então desabafei com uma garota de 7 anos.

- Sua mãe esta certa Lia, mas isso não muda nada. – acabei por dizer. – Sinto muito!

- , eu acho que você precisa falar que você ama ele! Se vocês se casarem, eu posso usar o vestido de princesa que a mamãe me comprou. – Ela disse toda animada. Fez parecer tão fácil que o meu coração se apertou e eu engoli o choro.

- Tudo bem Lia, eu vou falar... mas agora você precisa dormir, OK? – perguntei tentando não entregar meu desespero.

- OK! – ela abraçou o ursinho. Estava mesmo cansada por mais que relutasse em dormir. Pegou logo no sono.

- A criança tem razão! – a voz rouca me fez saltar da cama e por pouco eu não caio no chão.

- A quan-to... quanto tem-po está aí? – perguntei sentindo-me tonta.

- O suficiente. – ele disse sério, olhando nos meus olhos. – Nós precisamos conversar, .

- Não precisamos não. – eu passei abalada pela porta de encontro ao banheiro do corredor.

- Não foge de mim. Não de novo! – ele pegou meu braço num aperto de ferro me virando pra ele.

- Jacob, nós não temos nada a falar, porque já não existe nada entre nós a muito tempo. Você fez suas escolhas e eu fiz as minhas e estamos vivendo muito bem assim. – Disse com toda a coragem que eu tinha e que ameaçava me abandonar a qualquer momento. Ele me imprensou na parede do corredor.

- Certo, você está certa! – disse com uma voz desgostosa e deu uma risada amarga, me trazendo ainda mais perto de si. – Não temos mais nada. Nada! Um nada tão grande que fez você me evitar como o inferno desde que eu pisei nessa cidade, que não deixa você ficar a um metro de mim sem se tremer inteira e um NADA que me fez dormir sozinho nas ultimas 739 noites que eu passei sem você porque parece que cada vez que eu tentei te esquecer eu me lembrei um pouco mais de como eu AMAVA VOCÊ e de como essa maldita droga de sentimento era PRA SEM...

Mas eu não deixei ele dizer “Pra Sempre”. Eu não deixei que prometesse o que não cumpriu da primeira vez.
Calei Jake com um beijo enfurecido, tão enfurecido quanto o beijo que trocamos antes de eu terminar tudo.

Ninguém poderia me lembrar naquele momento que eu era uma mulher comprometida e que eu estava me enfiando ainda mais fundo num poço do qual nunca consegui, de fato, sair.

Só o que eu conseguia sentir era Jacob Black em cada ínfima fibra do meu ser. Beijando-me de volta tão arrebatadoramente que minhas pernas cederam e nós levaram ao chão, os dois sem forças e sem reservas. Famintos, Irracionais. Duas metades de uma coisa só. Algo tão imperfeito, mas que funcionava como nada mais no mundo. Havia paz em pleno caus.

Suas mãos e seus lábios em mim, em todos os lugares que me enlouqueciam. Só ele os conhecia.

- Não sei se posso falar sobre isso! – Minha voz foi recuperada momentaneamente, quando tudo já havia sido feito.

Eu estava completamente nua no corredor do segundo andar, enroscada em Jake que também não vestia nada, depois de termos sido possuídos por alguma força sobrenatural, no mínimo. Não conseguia sentir culpa e me culpava por isso.

- Eu te amo, Pequena! – ele falou de encontro ao meu cabelo, aspirando fundo e me segurando possessivamente. – Não precisa dizer nada. Eu vou esperar até que você acredite em mim outra vez e entenda os meus motivos. Eu te amo tanto!

- Não posso magoar o Chris. – choraminguei, me desvencilhando dele e me dando conta do que aquilo realmente era.

- Você não ama esse sujeito! – Jacob ficou de pé e me olhou sério, com um traço de raiva nos lábios grossos.

- Mas ele foi bom pra mim. Ele me fez bem quando você me quebrou! – ele fez uma careta. – Eu o traí!

- Não quero nem ouvir falar nesse cara, . Mesmo que seja louco por você, não vou ser o “outro”. Não vou tolerar esse imbecil agarrando a MINHA mulher. – Disse com os punhos fechados.

Por mais incrível que pareça eu consegui sorrir, simplesmente sorrir daquele ataque de ciúmes tão completamente... JACOB!

- Não vejo graça. – ele continuava carrancudo. Eu me levantei e abracei-me a ele desistindo de ficar longe.
- Ele nunca tocou em mim, seu bobo! – falei envergonhada e me sentindo a pior VADIA do século por estar agora mesmo enganando um cara tão decente quanto o Chris, que esperou o meu tempo quando na verdade eu nunca pretendi realmente fazer nada com ele.

- Você ta falando serio? – Jake tentou disfarçar, mas seus olhos brilhavam como se tivesse ganhado um presente.

- Muito sério. – eu afirmei. – Vamos nos vestir antes que tenhamos de explicar pras crianças de onde vêm os bebês. – completei pegando minhas roupas, e então, fiquei paralisada, o medo subindo a espinha.

- Você não usou camisinha! – e tudo o que passava na minha mente era: Você, suposta virgem, não toma remédios.

Jacob limitou-se a sorrir e me agarrar por traz em um abraço carinhoso.

- Seria o máximo se você tiver engravidado! – quase cantarolou.

- Não diga isso nem de brincadeira. Você é louco? Eu tenho namorado! – e então me tranquei no banheiro sem me importar com o que Jake tentava me dizer do lado de fora.

Fiquei lá até Tia Alice chegar. PIRANDO um pouco.



Baile de Gala – Chicago, 22:00hs - 14 de fevereiro – Felizes para Sempre



Chutei uma latinha de cerveja que alguém deixou no meio fio.

Tinha plena consciência da figura patética que eu fazia aqui sozinha do lado de fora do Baile, vestida de seda vermelha e em cima de saltos muito altos. Cheia de jóias e com um grande “VADIA” estampado na cara.

Quem tinha ouvidos, com certeza pode acompanhar meu ex-namorado me agraciando com esse lisonjeiro adjetivo.

Chris estava tão transtornado. Acho que ser traído, e em seguida trocado em pleno Valentine’s Day, faz isso com você. Eu não o culpava.

Ele reservou um quarto caro para nossa “Primeira Noite Juntos”, alugou uma limusine, me deu bombons, flores e até mesmo um pingente da Tiffany & C.O., enquanto eu só fui lá e disse: Sabe a nossa primeira noite juntos? Não vai acontecer... Eu transei com o Jake na semana passada no meio da casa dos meus Tios, e a propósito, eu nem era virgem. Me desculpe?

Estava bem deprimida agora e tinha um monte de medo do que estava prestes a acontecer entre eu e Jacob. Acho que nem culpo a chegada dele, no fim das contas.

Vamos ser sinceros: Eu amo tanto aquele cretino que iria amá-lo pra sempre mesmo que ele se casasse com a rainha da cerveja em Munique e nunca mais aparecesse por aqui.

O ronco da Harley me despertou, olhei para cima de onde eu estava encolhida, sentada na sarjeta.

- O que a mulher mais bonita do mundo está fazendo sozinha numa noite como essa? – a voz rouca e sexy pareceu encher cada lacuna da minha mente. Eu era malditamente DOIDA por esse homem.

- Eu fui chutada, porque meu namorado descobriu que andei por ai traindo ele com um desclassificado qualquer! – disse casualmente, fazendo-o gargalhar. Vislumbrei melhor o homem da minha vida, o dono de cada lembrança feliz e cada espinho em mim.

- Será que agora que a senhorita é solteira outra vez, daria uma nova chance pra esse desclassificado? – ele desmontou e veio até mim.

- Você está me convidando para a sua cama enquanto estiver na cidade, Sr. Black? – Era mais fácil fazer piada do que admitir que eu estava realmente querendo saber qual era a intenção dele. Jake me olhou sério, um brilho nos olhos.

- Eu estou te convidando para a minha cama enquanto eu viver, Sra. Black! – e ajoelhou na minha frente puxando uma caixinha do bolso de sua jaqueta. – Casa comigo ?

O que você acha que eu disse?




__________________________THE.END_________

6 comentários:

  1. nossa eu siplesmente amei.poxa sei que é uma one shot mas ficou tão legal que na minha humilde opinião *olhinhos brilhando* merecia uma continuação.

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  2. ficou MUITOO PERFEITOO!!

    Eu amei tudo \O/
    Pena que é uma one Shot =/
    Eu queria mais D:

    BjaO

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  3. Ainnnn ficou tão lindo!!!! Fiquei com uma dozinha do Chris, mas quem em sã consciencia deixaria de amar e resistiria ao Jakeliciuous?

    Ô florzinha, essa sua oneshot perfect merece uma continuação.... please! *fazendo a cara do gatinho do Shrek*

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  4. É a melhor One-shot do mundo!!!
    Fazendo coro ai com as meninas:
    -Tem que ter continuação!!!

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  5. Amei merece uma continuaçao...
    Vai por favor rsrs

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  6. Amei!!
    o que eu respondi: ah essa é fácil:
    - Sim!!!
    One-short perfeita!!!!

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