Heartless by Amanda e Luiza

Capitulo 1





- Estou tão nervosa - falei me sentando no sofá.

- levante-se! Assim irá amassar todo seu vestido - falou me puxando.

- Estou com as pernas tremulas - fiz força para permanecer sentada.

- Se você casar com esse vestido amassado o que vão pensar de mim? - ela falou colocando na cabeça.

- Edward não irá me amar mais pelo meu vestido - falei me levantando - pode olhar eu estou linda, não estou?

- Claro que está linda - ela me abraçou - você vai se casar... Não vai esquecer de mim como esqueceu quando saiu com ele e me deixou sozinha na balada?

- Pare com drama - soltei o abraço para poder olhá-la.

- Não dá para acreditar! - Alice falou entrando no quarto – que vestido lindo – seus olhos quase saltavam do seu rosto.

- Como ele está? – falei ansiosa para vê-lo.

- Ele... – ela demorou a responder.

- Fala logo – gritei.

- Ele está nervoso.

- Oh Deus. Você quase me matou com aquele silêncio – falei me jogando no sofá.

- ! – gritou.

- Me desculpe – me levantei rapidamente e desamassei o vestido.

- Pronta? – Carlisle apareceu na porta.

- Acho que sim – sorri tentando disfarçar o nervosismo – eu amo tanto vocês – falei dando um abraço nas duas.

- Tudo bem agora vai – Alice falou me entregando o buquê.

Peguei o buquê e Carlisle me estendeu o braço e encaixei meu braço no dele.

- Vai dar tudo certo – ele sussurrou.

- Sim.


Saí da limusine e meu coração disparou, estava tão feliz que não conseguia conter o riso. As portas da igreja se abriram e eu pude vê-lo, ele me encarou e sentir o sangue subir. Em alguns instantes eu seria a Senhora Cullen.

Caminhei lentamente ao lado de Carlisle não conseguia parar de olhá-lo, desde o momento que entrei ele não sorriu, acho que estava tão nervoso quanto eu. Cheguei ao altar e alguns minutos depois eu esperava seu sim.

- Edward Cullen você aceita Murray como sua esposa? – o padre perguntou pela segunda vez.

- Edward fale – disse em um sussurro.

- Me desculpe, não posso – falou me olhando.

- Como não? – tentei segurar o choro.

- Não posso – ele correu porta a fora me deixando só no altar.

Ajoelhei-me em pratos.

- Vamos – falou me ajudando a levantar.





Flashback off



- ? – Joseph perguntou me tirando dos meus pensamentos.

- Me desculpe acabei viajando – sorri.

- Então... Estou esperando sua resposta – ele me fitou.

- Eu... – balancei a cabeça tentando tirar Edward de meus pensamentos.

- Você não aceita? – Joseph perguntou tristonho.

- Não... É claro que eu aceito – eu precisava dar uma chance para mim, Edward havia deixado um buraco enorme em meu peito e Joseph estava ajudando a cicatrizar.

Joseph se ajoelhou em minha frente e tirou uma caixinha de seu bolso.

- Murray você aceita casar comigo? – ele me olhou e pude sentir o olhar de todas as pessoas que estava no restaurante cair sobre mim.

- Joseph pare com isso. Já disse que eu aceito – sussurrei.

- Não entendi – ele disse.

- Eu aceito – falei em um tom que todos pudessem escutar.

Ele colocou o anel em meu dedo e pude sentir as lágrimas caírem. Todos aplaudiram me deixando envergonhada.

- Você é o amor da minha vida – ele sussurrou me dando vários selinhos.

- Eu também te amo – disse após um beijo demorado – tenho que ir agora.

- Já? – Joseph perguntou.

- Tenho que contar a minha sócia que estou noiva.

- Aposto que ela irá surtar – ele sorriu.

- Esse é a – o beijei novamente – tenho que ir e você têm muita comida para fazer – falei vendo o restaurante totalmente cheio – te vejo depois.

Minha loja de roupas não era longe do restaurante do Joseph e resolvi ir caminhando. Entrei na loja e encontrei totalmente chateada.

- O que houve? – joguei minha bolsa no balcão.

- É chato ficar aqui sozinha – ela disse.

- Demorei por um bom motivo – falei mostrando o anel de noivado.

- Eu não acredito – falou boquiaberta – como foi?

- Foi lindo. Ele pediu na frente de todos que estava no restaurante.

- Joseph é um cara legal – ela disse.

- Todos falavam que Edward é um cara legal e ele foi a maior decepção da minha vida.

- Já se passaram cinco anos e nem todos homens são iguais.

- Espero – disse me levantando para atender uma cliente.

Mesmo sendo donas da loja nos mesmas atendíamos todos os clientes. Depois de várias horas de atendimento me sentei no balcão ao lado da .

- Nossa hoje estava movimentado – ela falo contente.

- Como se todos os dias não fossem assim – sorri.

- Como são molengas – pude ver Alice entrando na loja.

- Oh Good! Não acredito que é você – saiu correndo e abraçou forte Alice.

Depois do meu “quase casamento” Alice e sua família haviam se mudado, a melhor coisa que podiam ter feito naquele momento. Ver Alice trouxe muitas lembranças dele.

- Não vai me abraçar? – Alice disse vindo ao meu encontro.

- Desculpe – abracei ela forte.

- Senti tanta saudade de vocês – Alice disse.
- Também senti – sorri – está de visita? – eu precisava saber se ele estava em Forks.

- Não. Carlisle foi transferido para o hospital daqui.

- Oh – foi a única coisa que consegui dizer.

- Edward! – falou.

Ouvi esse nome e meu coração disparou, não tive coragem de olhá-lo. Ele se aproximou e cumprimentou .

- Oi – ele disse.

- Oi – ela respondeu.

- Oi – ele disse se aproximando mais de mim.

Juntei todas as minhas forças para responder e olhá-lo. Ele estava exatamente como no dia em que me deixou.

- viemos comprar algumas roupas. Você nos ajuda? – Alice me pediu mas antes de responder Joseph apareceu na porta.

- Amor vim te buscar, pra comemorarmos nosso noivado – Joseph falou passando as mãos pela minha cintura e me dando um selinho.

- Você está noiva? – Alice perguntou surpresa.

- É Joseph pediu ela em noivado essa tarde – respondeu e pude ver Edward ficar tenso.

- Joseph você se lembra da Alice ? – falei apontando para ela – e do Edward o irmão dela.

- Claro os Cullens - ele respondu com certa rispidez.

Joseph os cumprimentou educadamente, Edward nem olhou para cara dele, mas mesmo assim o cumprimentou.

- Bom acho melhor nós irmos – falei olhando para .

- Pode ir eu fecho a loja – respondeu.

- Então vamos, tenho muitas surpresas pra você – Joseph disse me dando um selinho novamente.

- Alice foi um prazer ver vocês, mas eu preciso ir – me despedi dela sem nem olhar para Edward.

Eu estava sem reação, eu pensava que nunca mais iria ver Edward. Porque ele voltou?Logo agora que eu estava reconstruindo minha vida, ele resolve aparecer e estragar tudo. Eu nunca deixei de amá-lo mesmo depois de tudo. E vê-lo ali foi como se tudo voltasse como um filme na minha cabeça, cada momento que eu estive com ele e como eu era feliz ao seu lado, pelo menos só eu me sentia assim. Eu não vou permitir que ele estrague a minha vida de novo, eu vou seguir minha vida e me casar com Joseph que é um homem muito bom pra mim e o mais importante ele me ama, mesmo eu sentindo apenas carinho por ele, mas espero que com o passar do tempo eu consiga corresponder a esse amor.

- você me escutou? – Joseph segurou em meu ombro.

- Me desculpa estava pensando nas coisas que vou ter que arrumar para o casamento – menti.

- Relaxa temos muito tempo para ver isso – ele respondeu antes sair do carro e abrir a porta para mim.

Ele abriu a porta do carro como sempre cavalheiro, sorriu maroto antes de pegar na minha mão. Olhei no fundo dos seus olhos por um breve segundo e como sempre tentava sentir aquele frio na barriga que senti ao ver Edward hoje à tarde. Olhei para o chão e tentei afastar as lembranças dele.

- Joseph – respirei fundo antes de começar – pode me levar para casa não estou bem – não queria ferir seus sentimentos e muito menos estragar a sua noite.

- Quer que eu leve você ao hospital? – ele perguntou preocupado.

- Não precisa vou dormir e ficar bem. Hoje foi um dia longo – falei sincera.

Entrei no carro novamente e relaxei. Estava prevendo o quanto iria ser difícil com a volta do Edward isso estava acabando comigo, tudo que tanto custei esquecer tinha voltado em apenas um olhar. Fechei os olhos quando senti o Joseph acelerar.

Quando ele estacionou não esperei ele fazer seu cavalheirismo abrindo a porta para mim. Não queria que isso parecesse grosseria, apenas queria colocar minha cabeça no travesseiro e ingerir tudo que estava em minha garganta.

- Joseph depois eu te ligo tudo bem? – falei colocando a cabeça para dentro do carro onde Joseph estava.

- Tem certeza que esta bem? – perguntou preocupado.

- Sim – respondi antes de lhe dar um selinho.

Abri a porta e me joguei no sofá tempo suficiente para meu celular começar a tocar.

- Alô? – perguntei confusa, pois não sabia o número.

- Você continua a mesma – ouvi sua voz e meu coração acelerou.

- Quem te deu meu número? – perguntei irritada.

- Eu tenho esse número gravado a tanto tempo – lembrei que nunca havia trocado o número do celular.

- Porque está me ligando?

- Não nos falamos direito, achei que seria bom falar com você.

- Achou totalmente errado – falei passando a mão pelo cabelo totalmente irritada.

- Podemos ter uma conversa civilizada?

- HÁ – ri sarcástica – poupe-me.

- Podemos nos ver e conversar?

- Não – desliguei o telefone.

O telefone começou a tocar novamente nem precisei olhar para saber quem era.

- Não quero falar com você! – gritei.

- O que eu fiz? – ouvi falar.

- Me desculpe, pensei que fosse outra pessoa – falei mais relaxada.

- Pensou que fosse quem? você está bem? Joseph me ligou e disse que você não estava legal. O que está acontecendo? – falou tudo de uma vez.

- Eu to bem.

- Bem? Como assim bem? – podia imaginar ela andando para lá e para cá pelo seu quarto.

- Eu to bem – repiti.

- Pare de falar que está bem que eu sei que não está. Se você não quiser contar tudo bem. Sou sua amiga desde pequena não entendo o que deu em você agora – ela falava sem respirar me deixando nos nervos.

- Eu to legal – teria que entender o que acontecia comigo primeiro antes de contar a ela.

- Ok. Até amanhã, beijo – ela falou e logo desligou.

Levantei-me e andei até o quarto abria a gaveta e tirei uma caixa sentei-me na cama e olhei fixamente para a caixa tentando ganhar coragem de abri-la. Depois que alguns segundos guardei a caixa novamente e tomei um banho mais demorado do que o comum, sabia que seria difícil dormir.

Deitei na cama e olhei para o teto. Como isso pode estar acontecendo de novo? Porque quando estou arrumando os cacos ele vem e quebra tudo de novo? Estava com tanta raiva dele que não podia suportar olhá-lo novamente. Fechei os olhos demorei a dormir.

Acordei com o despertador informando seis e meia da manhã. Levantei preguiçosamente até o banheiro e tomei um banho rápido. Escolhi uma roupa bem agasalhada, pois estava fazendo muito frio. Peguei uma maça e fui caminhando até a minha loja.

- Olá meu amor – falei surpresa ao ver Joseph na porta da loja.

- Oi amor – ele falou depois que nos beijamos – vim ver como está, fiquei preocupado depois de ontem.

- Eu estou bem. Apenas estava cansada precisava descansar um pouco. Esse casamento mexeu bastante comigo – falei sorrindo.

- Bem estou indo para o restaurante qualquer coisa pode me ligar – ele falou entrando no carro.

Entrei na loja e já estava esparramada no sofá do deposito.


- ? – perguntei a chacoalhando – Acorda já são oito da manhã – ela não se mexia – ! – gritei e ela levantou totalmente atordoada com o grito.


- Caramba! – ela falou se espreguiçando.

- Não estou acreditando que dormiu aqui – cruzei os braços.

- Estava muito cansada para ir para casa – ela fez bico.

- Cansada?

- É fui para um restaurante com o Matt, ele me trouxe até aqui – ela andou até o banheiro.

- Matt? Não acredito que voltou a sair com o Matt – falei furiosa.

- Qual o problema apenas estamos saindo.

- Qual o problema? Toda a vez que você sai com ele acaba magoada.

- Quem não sai magoada quando ama? Ninguém – ela fechou a porta com força.

- Isso foi uma indireta para mim? – gritei para que ela pudesse ouvir.

- Não foi indireta. Mais você sabe muito mais que eu – ela abriu a porta do banheiro e caminhou até mim - amiga ele disse que agora é para valer, está disposto a ficar comigo.

- Sempre ele fala isso, quando vai aprender que ele não presta?

- Eu o amo – seus olhos marejavam – se conseguisse eu o odiaria, mas – ele deu uma breve pausa para respirar e eu a abracei.

- Tudo bem, me desculpe – falei na tentativa de acalmá-la.

- Eu sou tão idiota – ela se soltou do abraço e me olhou – pelo menos não fui na sua casa chorar – ela sorriu tristonha.

- Ele disse que vai mudar? – falei me sentando no sofá.

- Sim – ela sorriu com mais vontade.

Matt é o homem mais cafajeste que conheço, traiu sem dó e foi embora sem dar explicações. Há algum tempo ele voltou à cidade com um suposto arrependimento que ainda custo acreditar, mas Amanda é minha amiga e quero vê-la feliz.

- Então vamos abrir a loja – me levantei do sofá e fui em direção a porta da saída da sala.

- .

- Oi – falei já na porta.

- Obrigado.

Apenas sorri. Abri a porta enorme de vidro que se deparava a rua um pouco movimentada, a deixei fechada, pois estava frio e o aquecedor estava ligado. Olhei um pouco a rua viajando nos pensamentos. Alice apareceu sorrindo e pulei pelo susto que ela havia me dado.

- Esta louca? – falei quando ela entrou.

- Nem posso fazer visitas? – ela ironizou.

- Pode. Não me assuste da próxima vez meu coração está muito fraco ultimamente.

- Pare de drama, não tive intenção de assustá-la. Da próxima vez tomo cuidado – ela riu alto – que cara de ressaca.

- Nem me fala estou morrendo de dor de cabeça – falou colocando a mão na cabeça.

- Pode ir para casa eu cuido de tudo aqui – falei.

- Posso? – sorriu fraco.

- Não abuse – falei indo atender uma cliente.

Já era final de tarde e tinha acabado de atender o último cliente.

- Droga – falei quando percebi que tinha esquecido a bolsa no depósito.

Andei sem pressa até chegar ao deposito e ouvir um barulho.

- ? – perguntei com medo.

- Não – ouvi sua voz e paralisei.

- Vá embora!

Vi ele se aproximando e meu coração acelerou.

- Não posso ir. Eu preciso falar com você.

- Falar comigo? Não quis saber se eu queria falar com você quando me deixou – meus olhos marejavam e eu tremia.

- Eu peço desculpas por tudo que causei – ele para a alguns passos de mim.

- Não quero saber o que quer.

- Pode simplesmente me deixar explicar? – ele me olhou e como eu odiava quando ele me olhava porque ele conseguia me deixar fraca ele sempre conseguia me fazer precisar dele.

- Eu fiquei naquele altar parada e você quer me dar explicações? Eu te esperei na porta da igreja até amanhecer. Eu pensei que fosse voltar e dizer que tudo ia dar certo como você sempre fazia. Eu fui tola em acreditar em você. Eu tinha tanta coisa para te falar, mas agora não sai nada.

- Eu estava confuso, meus amigos me disseram que era uma tolice casar e constituir uma família – ele respirou fundo – era novo e não sabia como era a vida além dessa cidadezinha. Eu queria descobrir. Não vou dizer que fiz a coisa certa, porque a cada noite eu pensava em você; tem idéia do que é ficar cinco anos pensando na mesma coisa?

- Em que pensava? – eu chorava.

- Em como seria minha vida se tivesse feito as escolhas certas. Como seria se estivemos casados agora? Provavelmente com um filho ou dois, eu chegando em casa depois do trabalho e vocês me esperando para jantar – seus olhos brilhavam – sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Você falando um “Eu também te amo”. É nisso que eu venho pensando.

- Isso não muda nada.

- Eu sei que não muda. Não posso fazer com que me ame de novo. – ele olhou um breve segundo para o teto e uma lágrima escorreu - Droga como fui idiota.

- Porque apareceu agora?

- Porque não imaginei que poderia ser feliz sem mim, já que não consigo ser feliz sem você.

- É tarde.

- Eu sei é isso que está me matando – deu alguns passos em minha direção, seu rosto ficou alguns centímetros do meu – sinceramente queria que tudo tivesse sido diferente.

- Queria poder dizer o mesmo – dei alguns passos e peguei minha bolsa – tenho que fechar a loja.

- Vejo que conseguiu tudo que quis – ele falou apreciando a loja.

- Consegui – menti.

Queria dizer que não consegui nada, que minha vida é um grande vazio, o quão ruim é estar sozinha nesse mundo mesmo tendo pessoas maravilhosas a minha volta. Eu não podia falar tinha medo de me machucar novamente.

- Desculpe por isso – ele falou enquanto eu fechava a porta dos fundos.

- Tudo bem – andei sem olhá-lo.

Ele segurou forte meu braço me virando me deixando de frente para ele.

- Se você ainda sente alguma coisa por mim diga – falou me olhando.

- Quer saber o que eu sinto – falei irônica – sinto ódio de você – falei soltando meu braço.

De alguns passos e virei-me para olhá-lo.

- Porque você sempre tem que estragar tudo? – não consegui conter minhas lágrimas – me diz eu estou tentando entender isso há cinco anos, não queria mais pensar em você – respirei fundo – eu não consigo. Pensei em você todos esses anos, tentei te odiar tantas vezes, não dá.

- Como é bom ouvir isso – ele falou ficando próximo de mim.

- Não isso não é bom – ele me olhou confuso – eu vou me casar e não vou desmanchar nada, me desculpe.

- Você quer viver infeliz o resto da sua vida?

- De qualquer jeito vou viver infeliz, você me deixou assim. Se tudo que falou for verdade viva sua vida e me deixe viver a minha.

- Não vou desistir de você – ele falou a ponto de me beijar.

- Tarde demais – me afastei dele.

- Você não o ama.

- Eu te amei e o que isso me levou? O importante é que ele me ama.

- Eu te amo isso importa?

- Não mais – falei indo embora.