Hot as lava, Hard as Stone - by Priscila Oliveira

“Quando as coisas começam a sair do trilho, significa que chegou a hora de voltar pra casa.”

Prólogo

As coisas em Detroit só pioravam a cada instante.

Primeiro Izzy, minha colega de quarto riponga e que tinha a irritante mania de espalhar seus “benditos” incensos de alfazema pela casa, havia sumido do mapa. Tudo bem que ela nunca bateu bem da cabeça e sempre passava meses e meses viajando em protestos junto com seus amigos “vamos-abraçar-todas-as-árvores-do-planeta-e-nos-alimentar-de-luz-solar”, mas ela sempre deixou no mínimo um post it com dizeres chamativos, devidamente colado na porta da geladeira.

Logo depois minha “querida” irmã mais nova resolve ficar grávida aos dezesseis anos. E fugir com o namoradinho irresponsável para uma daquelas ilhas estranhas que ficam na América Central.

Graças a esse acontecimento, fui obrigada comunicar meu pai, o mesmo que me ligava todos os dias e ficava horas a fio com ladainhas para que eu voltasse para minha “terra natal”.

E quando eu achava que não podia piorar, meu pseudo-namorado francês e bem-sucedido me trai. Com outro homem.

Na semana seguinte fui demitida por contenção de despesas.

E pra fechar com chave de ouro, fui expulsa do meu próprio apartamento. Motivo? Conta de luz, água e aluguel atrasados. Há TRÊS MESES.

O síndico me informou que enviara três notificações para minha colega riponga avisando sobre a ordem de despejo.

Dias depois descobri que minha “colega” desviava o dinheiro que seria para pagar as benditas contas e o aluguel em noites regadas a drogas alucinógenas e conversas com duendes. E eu SEQUER tinha provas para acusá-las.

Gastei o pouco que havia guardado na poupança para sanar as dívida e limpar meu nome.

Sem namorado, sem emprego e sem moradia, não tinha mais como fugir. Eu tive que ceder.