22 de fevereiro de 2013

Unspelled by Ruama Gomes

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Unspelled






"Listen to me very carefully.
Get in your car.
Right now.
Come to me."
- Damon Salvatore


Capítulo Um.

Damon Salvatore.


Elena havia me ligado, eu precisava ouvir sua voz depois do dia tão estressante que Klaus me proporcionou. Atendi o celular mantendo a voz firme, claro, eu continuava sendo Damon, isso não mudaria. Ela suspirou assim que falei.
- Espero que seu dia tenha sido melhor que o meu.
- Damon, Stefan descobriu sobre nós. – aquilo foi bem rápido, não esperava que isso acontecesse tão cedo, afinal, atingir o ego de Stefan agora não era uma boa coisa, então perguntei.
- Como ele reagiu?
- Como você acha? – ela estava certa, ele deveria estar desejando minha cabeça pendurada em seu quarto nesse exato momento. Agora tudo deveria estar um caos, a não ser é claro pelo que Elena falou “descobriu sobre nós”, então, de fato, nós tínhamos algo, e mesmo depois de ter mandado ela não me procurar, ela continuava tentando. Eu estava confuso, não sabia se Elena estava comigo por um jogo, ou se estava presa a aquela maldita coisa de criador.
- Tenho que dizer, pela primeira vez, estou feliz de estar em um campo no meio do nada.
- Como Jeremy está?
- Isso depende do quanto você confia em mim – olhei para o corpo da entregadora de pizza, que ainda estava ali jogado no chão, suspirei odiando o fato de mentir para ela de novo.
- Você sabe que eu confio em você. – infelizmente eu sentia que Elena me odiaria mais um pouco depois que soubesse de tudo que estava acontecendo.
- Então eu acho que ele vai passar bem por isso. – menti, era uma das minhas habilidades.
- Obrigada por cuidar deles. – se ela ao menos imaginasse o que estava acontecendo. Se ela soubesse que Klaus simplesmente apareceu aqui dando uma de “professor prático”, ela ia pirar.
- Bom, eu tenho que ir, prometi dar sorvete aos meninos se eles fossem bonzinhos, então eu tenho que ir. - eu não queria desligar, afinal, o único modo de ter Elena perto de mim no momento era aquele maldito telefone, ela se apressou em dizer.
- Damon, espera! Uma coisa aconteceu hoje... Eu descobri algo sobre mim, sobre nós. Você pode achar que tudo tem a ver com essa coisa de ligação, e quer saber? Pode até ser... Mas eu estou te falando a coisa mais real que eu já senti em toda minha vida... Eu te amo, Damon. – eu não acreditei quando ela disse, nem mesmo quando meu cérebro repetiu a frase em minha mente. Minhas mãos estavam congeladas no aparelho e nem mesmo um sorriso consegui esboçar. Eu estava em choque, aquilo era real? Tudo aquilo? Eu perdi a noção do tempo e espaço, tentei puxar ar e falar algo, mas nada saiu. Ela repetiu. - Eu te amo – Agora sim, eu tinha certeza que não estava surdo. Mas Elena amaria um monstro? Eu era um monstro, eu sou um!
- Olha, eu vou conseguir essa cura pra você – sim, eu precisava, eu precisava que Elena vivesse, que ela tivesse uma vida de verdade, eu precisava mais que tudo, saber se esse sentimento era real. Então ainda no automático continuei. – E eu farei coisas que você não vai gostar.
- Damon... – mas a cortei.
- Mas ouça o que eu vou te dizer. Entre no seu carro, agora. Venha pra mim.
- Já estou indo – e ela desligou. Fiquei ainda com o aparelho telefônico encostado na minha orelha. Piscava constantemente tentando entender o que acontecera, não era um sonho, percebi isso assim que tentei sentar numa pedra e acabei descendo com uma força muito grande.
Mas nem mesmo aquela dor me fazia voltar a real, meu nariz formigava, um sorriso enfim apareceu, mas eu não sabia se sorria, se pulava, se me continha ou se simplesmente ficava ali parado olhando para o nada e relembrando a frase.
- Ela me ama- falei pra mim mesmo tentando colocar isso na minha cabeça. – Ela... Me ama.


Mystic Falls.

- Mas eu deixo bem claro Stefan, que se você fizer algo contra mim, eu mesma arranco seu coração e mando embalado para Elena.- Stefan ainda amava Elena, claro que amava, ele admitiu isso hoje, na frente dela, e tudo que ela fez foi se desculpar e dizer que estava apaixonada pelo seu irmão. Definitivamente Stefan desativou seus sentimentos, era mais fácil assim, e mesmo nesse modo, ele ainda se sentia atormentado com qualquer menção de seu nome.
- Seria mais prático guardar para você- ele murmurou virando para a lareira, Rebekah riu com seu típico sotaque britânico.
- Isso é tão deplorável, te ver assim, chega a ser engraçado. – ela olhou no fundo dos olhos de Stefan, lembrando de quando ele a deixou nesse estado, ela sofreu durante décadas e ainda sofria, mas ele agora estava sentindo a dor do abandono, da troca.
- Acho que já devo ir, não tem mais nada que me prenda aqui – ela ainda olhou de rabo de olho pra ele que continuava estático sem pronunciar uma palavra contra. – Até mais, parceiro – falando isso deixou a casa dos Salvatore, ah como era um desperdício de vampiro.
Stefan lembrou infelizmente de quando conhecera Elena, de quando a puxou do carro naufragado, de quando bateu com ela no banheiro masculino, quando a encarou na sala de aula. Quando ele se apaixonou por ela e não por Katherine, mas isso era ridículo, porque ele tinha que amar alguém que a trocou sem nem ao menos pensar. Mas ele não podia culpa-la por completo, não, ainda havia chances, ele encontraria a cura antes de Rebekah.
Não conseguia ficar ali parado em casa, decidiu sair sem rumo, entrou na floresta e pensou em caçar um animal, mas fazia tanto tempo que não bebia sangue de coelhos, que poderia vomitar se o fizesse, então decidiu continuar assim, estava muito bom.
Mas tudo que é bom dura pouco, assim pensou, pois de dentro da floresta ele sentiu alguém, e pelo cheiro, não era humano.
Ele procurou em volta, mas não achou nada, tentou seguir o cheiro e foi até mais adentro. Ele viu um vulto e então se preparou para o ataque. Quem quer que fosse não era da cidade, poderia ser Kol tentando se divertir, mas o cheiro era diferente.
- Quem é você?- uma mulher, foi o que ele ouviu de suas costas. Ao se virar pode deparar com uma deusa talvez. Ela com certeza era uma vampira, seus lábios carnudos estavam contornados por sangue e suas veias sumindo, destacando seus olhos azuis como o céu. Ela tinha um corpo escultural e seus cabelos negros voavam na noite.
- Quem é você! – Retrucou Stefan.
- Não sabia que tinham vampiros nas terras. – ela deu uma risada divertida e limpou os lábios com a língua, uma atitude sexy ao extremo.
- Vampiros o suficiente- ele murmurou.
- Está me expulsando loirinho? Eu nem cheguei – ela fez careta talvez um pouco chateada.
- Não sei se você sabe, mas os Originais estão em Mystic Falls.- ele esperou a atitude dela, ela ergueu a sobrancelha e riu.
- Claro que estão. Por isso estou aqui.
- Quem é você?- ele repetiu
- , prazer, sou... Bom, eu estou atrás dos originais.
- E por que faria isso? – Stefan estava achando tudo aquilo muito estranho, a vampira olhou para as unhas e sorriu novamente.
- Porque eles têm coisas pendentes comigo.
- Não seria perda de tempo cobrar? Você deve saber como eles são- ele falou com nojo, mesmo que já tivesse sido companheiro de Klaus e trabalhado para ele, ele o odiava, o odiava demais.
- Ah, vampiro sem nome- ela riu – eu não quero cobrar, eu quero pegar. Eles me roubaram.
- O que?- perguntou curioso.
- O engraçado é que você nem mesmo falou seu nome.
- Stefan...
- Stefan, eles me roubaram algo muito precioso. Eu arrancaria os cabelos loiros tingidos daquela Rebekah com minhas próprias mãos- ela parecia raivosa, Stefan não tinha muito o que falar, agora era parceiro de Rebekah, talvez devesse avisa-la que essa vampira estava na cidade, ou talvez devesse assistir a tosa da Original.- Você sabe algum lugar para ficar nessa cidade? – ela continuava ali parava vendo o vampiro viajar.
- Você me parece bem mais sociável que meu companheiro de casa.
- Nunca vi um casal homossexual de vampiros- ela comentou com a mão no queixo.
- Ele é meu irmão – falou quase gritando.
- Tudo bem loirinho, acho que alguém está bem raivoso.- ela riu de novo.
- Você me lembra uma velha amiga...- ele olhou para ela lembrando de Lexi com seu jeito engraçadamente amargo. E lembrou também que agora ela estava morta.
- Espero que ela seja legal- deu ombros.
- Ela morreu.
- Oh... Desculpe- não sabia o que dizer, afinal, mal conhecera Stefan e ele já a comparava com uma amiga morta, isso era bom?
- Mas de qualquer modo- ele mudou de assunto- Meu irmão não voltará tão cedo, assim espero, então pode ficar lá, vem, é melhor que ficar em um hotel.- ela estranhou a atitude dele, mas não podia negar que estava cansada demais e tudo que precisava era uma cama. Stefan tinha cara de vampiro sofrido, então ela não achou perigoso segui-lo até sua casa, que teve de admitir assim que chegou, era enorme.
- Obrigada por isso – ela examinou todo ambiente que era meio rústico enquanto Stefan pegava um copo e enchia de tequila.
- Você só deve tomar cuidado com o que come- ele estava sendo frio, riu.
- Loirinho, por que acha que eu estava na floresta?- ele a encarou um pouco espantado.
- Se alimenta de animais?
- Não, normalmente eu assalto bolsas de sangue dos hospitais, mas eu não sou do tipo que prefere matar alguém com meus próprios dentes. – ela deu ombros.
Stefan pensou em Lexi mais uma vez, tirando é claro o fato que era um pouco sexy demais.
- Stefan, onde eu vou ficar? – ela parecia um pouco constrangida em ter que perguntar isso.
- No quarto de visitas- ele respondeu simplesmente. – quarta porta a direita – apontou para as escadas. Ela sorriu e ele virou para encher o copo de tequila novamente.
Subindo as escadas, ela virou à direita, como dito. Passou por duas portas de madeiras, até passar por uma que estava meio aberta. Sua curiosidade era enorme, então ela entrou num quarto espaçoso. Havia uma cama de casal, ela era toda de madeira, lembrava que quando sua mãe era viva, tinha uma cama parecida com essa. Esse quarto, assim como o resto da casa, lembrava muito sua casa de New World. Fazia muito tempo desde que saíra da Europa, na verdade, faziam mais de 1000 anos e agora aquele quarto trazia todas suas lembranças. Ela olhou as pinturas na parede, a decoração das colchas na cama, o banheiro grande com uma banheira luxuosa, mas nada de fotos, não muito normal para um quarto de alguém, mas aquela era uma casa de vampiros.
- Você não devia estar aqui – ela se assustou com a presença de Stefan, ele estava apoiado no batente da porta.
- Desculpe, é que me fez lembrar de algumas coisas.- ela se apressou em sair do quarto passando por ele.
- De onde você é?- ele perguntava engolindo mais uma vez sua bebida. Entraram no quarto onde ela ficaria e ela respirou fundo se sentando na cama.
- New World.
- Espera. Não é de onde os originais vieram?
- Bom, quase isso, eu sei que Rebekah, Kol e Fin nasceram lá.
- Foi transformada por um deles?- estranhou a ousadia do garoto, ele não parecia ser esse tipo de estúpido.
- Não. - ela encarou o teto e respondeu – Eu sou uma deles. – Stefan arregalou os olhos, mas que diabos ela estava falando?
- Como...
- Ayana não era a única bruxa da vila, não, ela tinha uma irmã. Viny, ela era minha guardiã. Assim que Ayana usou magia negra para transformar os Mikaelson’s, Viny achou que essa seria a única maneira de me deixar viva. Ela temia lobisomens e a vila estava contra ataque de um. Viny, assim como Ayana, praticou a magia negra. Ela me transformou em uma vampira.
Não sabíamos as consequências, pois ao contrário de sua irmã, Viny aprendera magia através de livros.
Mas então eu comecei a sentir um desejo, insaciável, por sangue. Não sabíamos o que esperar. Mas Viny percebeu que eu tinha que beber sangue para sobreviver. Eu tinha sido amaldiçoada. Assim como os Mikaelson’s foram.
- Então você é uma original... – ele murmurou.
- Passei por coisas bem pesadas sozinha, tive que me proteger de caçadores, e acima de tudo conseguir seguir Klaus.
- O que exatamente eles roubaram de você? – Stefan estava tenso demais, tentou se ajeitar na cama.
- Uma pedra – o silêncio reinou no quarto. Stefan não sabia que pedra era essa e nem mesmo por que Klaus precisaria dela.
- O que a pedra faz? – se alarmou, Stefan fazia muitas perguntas, ela olhou para o anel escarlate em seu dedo e depois encarou o loiro.
- Eles devem devolver pra mim- murmurou. – Não é da sua conta o que ela faz.
- Tudo bem- ele riu. – Boa noite. – Stefan saiu do quarto com uma pulga atrás da orelha, é claro, ele tinha que descobrir que pedra era essa.
decidiu tomar um banho antes de dormir, avistou um roupão e se enrolou nele, tudo estava dando certo. Ela conseguiria pegar de volta a pedra, nem mesmo Klaus conseguiria fugir dessa vez. A pedra era dela, e ela esperou 1000 anos para tê-la de volta.

Capitulo Dois


Acordei com um frecho de luz vindo da janela, levantei então num pulo ao lembrar onde estava. Stefan podia ser bonzinho, mas algo nele estava muito errado, eu sentia que ele tinha mais contato com os Mikaelson’s do que pensei. Tomei um banho tentando relaxar, vesti a roupa de antes e decidi descer.
Stefan estava lendo algo, na sua frente estava uma estante grande com livros, ele folheava as páginas, elétrico.
- Bom dia- murmurei intrigada fazendo-o levar um susto. Ora, que vampiro sem atenção esse!
- ! – ele fechou o livro e colocou na estante.- Dormiu bem?
- Sim obrigada, bom... Realmente estou te devendo uma, espero te ver por aí.
- Espera. – ele agarrou minha mão com uma certa urgência, a puxei forte. O que ele tinha afinal?
- Eu tenho que ir, obrigada por tudo.- abri a porta e em menos de um segundo senti minha pele queimar, numa velocidade estupenda fechei a porta e perdi o contato com o sol. Olhei para meu dedo anelar e meu anel não estava mais nele. Virei o calcanhar furiosa para Stefan, ele segurava meu anel com um sorriso no rosto.
- Me devolva. - esbravejei.
- Você é muito possessiva- ele riu – eu te dou, se você me disser o que é a pedra. – Eu senti muita, muita raiva daquele ser, eu queria soca-lo até que ele morresse.
- Não é da sua conta. – cuspi as palavras enquanto ele erguia a sobrancelha. – Me dê, agora.
- Todos os originais são tão... Chatos – agora sim eu estava irritada, voei num segundo no pescoço de Stefan, o ergui na parede e ele tentava inultimente tirar minha mão.
- Eu não sei o que você é pra eles, mas eu não gosto dos joguinhos deles, os meus são mais divertidos.- peguei meu anel com a outra mão e o deixei em pé a tempo de encaixar o anel em meu dedo.
- Eu vou descobrir o que ela é. Por que esconder? – o vampiro passou as mãos na garganta e eu virei.
- Só não me atrapalha. – revirei os olhos saindo da casa. Esse cara tem algum problema, ou ele foi chifrado, ou mal amado. Que maluco.
Corri até a parte movimentada da cidade saindo por um beco. Dei de cara com uma garota morena, ela me lembrava muito alguém. Uma bruxa, eu havia a conhecido por volta de 1960. Ela me olhou assustada e pediu desculpas saindo apressada. Duas coisas eu já sabia, uma era que ela era uma bruxa, duas... Ela sabia que eu era uma vampira.
A vi desaparecer na multidão e bufei com isso, cidade pequena, comentários foguetes. Continuei andando até achar um bar, ótimo, tudo que eu queria. Entrei no local que, como toda a cidade, me lembrava de algum lugar. Fui até a bancada e pedi um whisky. Recebi muitos olhares no ambiente, talvez não seja normal pessoas novas na cidade.
- Ora, ora, ora- engoli todo o liquido do copo e me virei para a criatura loira atrás de mim.
- Bekah – falei com a voz mais cínica que podia.
- – revidou.- Vejo que está saudável – ela me olhou de cima a baixo. – O que você quer?- e se sentou ao meu lado.
- No momento? Outro whisky por favor- assim que falei, o barman assentiu reenchendo meu copo.
- Você não para de seguir Klaus não é?- ri com aquilo.
- Por favor, Rebekah, você sabe o que eu quero seu irmão a pegou antes de sair da vila. – ela franziu a sobrancelha.
- Do que está falando?
- Eu quero a pedra de volta, e não ache que eu saio daqui sem ela. – vi seus olhos se esbugalharem.
- Ele tem a pedra – murmurou.
- Não se faça de vítima, você é tão escrava quanto os híbridos, você faz tudo que ele manda.
- Meça suas palavras sua órfã!- eu queria levantar e acabar com ela, mas tudo que fiz foi rir.
- Se vocês não me devolverem a pedra, pode apostar que cada um de vocês estará sem cabeça e com uma estaca no peito em menos de dois dias.
- Você fala como se fosse muito demais. – nunca gostei do sotaque de Rebekah, ela forçava demais, mesmo tendo o mesmo sotaque a diferença era grande.
- Eu não sou infantil e imprestável como você Rebekah, não aposte tanto assim na sua família. – ela, como sempre, “bravinha” bufou, mas antes de ir falou.
- Tente algo e você morre.
- Como se eu realmente morresse – ri – a minha estaca está esperando por você.
Assim que Rebekah saiu do bar, me senti feliz por estar ali, digo, era bom desafiá-la, desde pequenas, humanas ainda, Rebekah tentava tomar tudo que era meu. Até mesmo quando completei 15 anos e Elijah se declarou para mim, assim como Klaus. Acredite, ela o beijou na minha frente, nojento hun? Elijah quase arranjou a orelha dela. Éramos novas, tudo engraçado, mas agora? Agora a coisa era séria, eles tinham o que era meu, e eu queria de volta.
- Er... Oi- uma garota loira apareceu na minha frente, ela era bonita, tinha olhos azuis e uma e cachos soltos.
- Oi – eu sabia que era uma vampira, ela parecia querer perguntar algo então sentou desabando a falar.
- Eu sei que pode parecer estranho te perguntar isso assim, mas... Você é uma vampira?- ela fez uma careta.
- Não é assim que se deve perguntar – ri- e se a pessoa não for, o que você diz. – bebi mais um pouco. Ela olhou para baixo e perguntou.
- De onde conhece Rebekah?
- Muitos lugares, infelizmente- murmurei.
- Então você não gosta mesmo dela – seu sorriso apareceu dando a ela um olhar fofo. – Ela é uma vadia mesmo. – gargalhei.
- Sim, das bem paranoicas.
- Caroline- estendeu a mão e cumprimentei.
- .
- O que veio fazer na cidade?
- Coisas pendentes – ela assentiu me encarando.
- Você deve ser amiga de Stefan, certo?- ela esbugalhou os olhos.
- Sim, mais ou menos. Ele está um pouco diferente agora.
- Ah sim, pude perceber, ele trancou os sentimentos.
- É... Ele começou há pouco tempo- ela olhou pro nada e eu pigarreei.
- Não que eu tenha algo a ver com isso, mas foi por uma garota, creio eu.
- É mais complicado que isso, na verdade é uma história MUITO complicada.
- Certo- sorri. – Eu tenho que ir, você sabe onde acho Klaus? – ela me olhou com uma duvida na testa.
- Ele... Eu não sei na verdade. – hm, senti uma tensão no ar.
- Tudo bem, eu o procuro, gostei de você Caroline, se o achar poderia me mandar mensagem?- ela concordou e passei meu número pedindo “por favor” um retorno.

Damon Salvatore.

Acordei bem cedo hoje, senti os cabelos dela, roçarem suavemente meu peito.
- Bom dia- ela falou com um sorriso. Eu não acreditava que estava ali com ela depois de tudo que aconteceu ontem. Depois que ela me beijou e disse que eu não podia manda-la ficar longe, que ela me amava, que tudo o que ela queria era estar ao meu lado.
O resto da noite vocês sabem como foi. Eu sorri dando um beijo em seus lábios.
- Acordada há muito tempo?
- Não, mas trouxe o café. - estranhei tal atitude, afinal, que café? Mas Elena como sempre, me surpreendendo, apareceu com dois copos com um liquido escuro e me entregou um dos copos. Ela ficava sexy naquela roupa, e ainda mais lambendo os lábios com sangue.
- Você me marcou bem dessa vez- comentei da mordida que ela deu em meu pescoço. Bebi o sangue não tão fresco assim, mas mesmo assim o saboreei bastante.
- Como se você não gostasse- ela mordiscou o local e posso confirmar que meu parceiro de todas as horas, lá embaixo, se animou pra valer.
- Eu ainda tenho forças pra mais uns dias- a prendi em meus braços e ela riu linda.
- Temos que ir Damon, você tem que treinar Jeremy lembra?
- Ah claro, ele é bem grandinho. - reclamei.
- Vamos logo
- Claro- revirei os olhos, mas antes a prendendo na parede e dando um beijo um pouco, quente.
Matt e Jeremy corriam no lago, Elena estava com ódio profundo de Klaus pelo que ele fez ontem, mas odiar aquele cara fazia parte.
- Bom dia- ele apareceu atrás da gente. Elena se abraçou tentando afastar o frio então a enrosquei em meu peito.
- Muito engraçado ver isso- Klaus riu.- Digo, depois de tudo que Stefan fez para ficar com Elena, no final, ela escolhe Damon.
Elena estremeceu em meus braços e eu não me senti bem.
- Que tal procurar uma vampira loira que não da a minima pra você, e parar de cuidar da vida dos outros? – ele me olhou sério, como se ninguém soubesse da “grande paixão” de Klaus por Caroline, fala sério.
- Nosso trabalho não vai demorar aqui. – ele mudou de assunto.
- Pretende matar mais pessoas? Eu deixei o Jeremy vir, para fazer isso do jeito certo.
- Elena, querida. O jeito certo é o meu jeito. Você não manda no seu irmão- ele sorriu. De qualquer forma aquele britânico ambulante estava certo, mesmo que Elena trancasse Jeremy, ele arranjaria um jeito de sair e treinar sozinho.
- Klaus, usamos seu método ontem, agora vamos caçar de verdade. Ele conseguiu se virar com aquela quantidade de vampiros. Acho que está na hora de irmos atrás dos malvados.
- Você não se considera malvado?- eu ri.
- Sim Klaus, mas um malvado VIP, não ache que você tem o mesmo privilégio.
- Não preciso que me achem malvado, preciso que ele mate vampiros!- hipócrita inútil. Elena se afastou para ir falar com Jeremy e Klaus continuou do meu lado.
- Você sabe que talvez tudo mude de conseguirmos a cura.
- Sei- foi tudo que disse. Decidi sair de perto daquele cara idiota e treinar aqueles molengas.
- Que tal uma pizza?- mal falei e os meninos se olharam, com certeza lembrando da garota que Klaus transformou, eles tinham uma queda por ela, tudo que eu sentia era pena. Uma menina tão jovem e agora enterrada.
- Acho que passo- Matt bateu em minhas costas.
- Podemos comer comida chinesa.- Jeremy deu um soquinho em Matt, já entrando em casa.
- Obrigado por se esforçar – recebi um abraço.
- Assim eu penso em virar o bonzinho mais vezes- rimos juntos e fomos para dentro da casa. Klaus tinha sumido como sempre, e com certeza voltaria com péssimas notícias.

Mystic Falls

- Eu vi uma vampira nova na cidade... – Bonnie estava sentada de frente para o professor Shane, ele pareceu interessado no assunto.
- Você falou com ela?
- Não, isso que é estranho, eu simplesmente esbarrei nela e soube que ela era uma vampira. Esse negócio de expressionismo, é tão diferente.
- Bonnie, é algo grande, você tem que se acostumar com isso. Quando você tocou a vampira o que sentiu?
- Eu não sei, era algo como escuridão. Frio.
- Faz sentido, vampiros estão mortos.
- Mas eu nunca senti isso quando toquei em Elena ou Caroline.
- Isso pode ser interessante. Eu tenho um feitiço aqui que podemos usar para procurar o passado de alguém.
- Isso não seria, perigoso?- ela temia que algo ruim acontecesse, que mais alguém além de sua avó fosse punida, que os espíritos se vingassem.
- Já te falei que expressionismo não é magia negra. Vem, vamos tentar.- Eles se sentaram num circulo no chão e começaram.
- Você recita essas palavras em sua mente, e se foque nela, você viu seu rosto não é?
- Sim sim. – ela pegou o livro e começou a falar o que estava escrito, mas mentalmente, pensou na vampira que viu na rua e no sentimento que teve ao tocar-la.
- Eu... Consegui- ela sussurrou, até apagar. Shane a deitou em uma almofaçada no chão e escreveu algo nos seus documentos. Bonnie parecia mais poderosa do que ele imaginava, tudo daria certo.

Bonnie Bennett

Eu atravessei uma barreira entre o presente e o passado. Era como entra na mente de alguém, muitas imagens passavam correndo, eu escolhi mentalmente uma delas e tudo se ampliou, eu estava no local.
- , não mexa ai querida.- uma mulher estava sentada com um livro nas mãos enquanto uma criança de longos cabelos negros e olhos azuis, corria dentro de casa. Era uma casa como cabana, um lugar que nem mesmo eu poderia dizer a época. Comecei a olhar tudo em volta, examinar as roupas das duas e os móveis. A mulher que estava sentada era muito familiar, a pele morena, vestido surrado e com uma grande saia, ela olhava atentamente o livro até erguer o olhar assustada.
- , que tal chamar Finn e Rebekah para brincar?- a menininha que mais parecia um anjo, se virou animada e respondeu.
- Rebekah é feia, mas Finn é legal, eu vou. - ela saiu animada pela porta e a mulher se levantou apressada da cadeira. Decidi segui-la, ela pegou um colar preto com uma pedra azul brilhante, olhou em volta procurando algo e começou a falar.
- Spechtro navalut ra, spiritins la conv’ksaverosa – eu não conhecia aquele feitiço, mas eu sabia que era um, ela era uma bruxa. E então ela olhou em minha direção, sim, diretamente em meus olhos.
- Quem é você e o que quer?- seu olhar era frio e preocupado, ela me via, o feitiço me fez aparecer para ela. Eu não sabia o que falar, olhei em volta pra ver se era comigo mesmo e ela insistiu – Fale!
- Sou Bonnie, eu não sei exatamente... Eu fiz um feitiço para ver o futuro de uma vampira, não sei por que parei aqui- ela esbugalhou os olhos aterrorizada.
- Você disse “vampira”?
- Sim, você é uma bruxa, deve saber disso melhor que ninguém.
- Vampiros não existem, de onde tirou isso criança? De onde você veio? – eu não entendi nada, que bruxa era essa? Afinal, onde eu estava?
- Eu vim de um futuro bem, bem – olhei em volta – bem distante.
- Você não devia estar aqui, sabia que isso é considerado magia negra? Não pode praticá-la- a mulher começou a se desesperar.
- Calma, não é magia negra. Mas eu vim porque, como eu disse, preciso saber o passado de uma vampira.
- Já te disse que eles não existem! – ela bravejou.
- VINYY! – a menininha entrou chorando na casa.
- O que houve ?- ela soluçava alto e apontava para o vestido rasgado. Eu conhecia aqueles olhos, e aquele rosto. Era ela, a vampira.
- Rebekah me jogou dentro do poço. Eu quase cai – ela soluçou mais alto ainda – Elijah me tirou de lá, mas todo mundo viu. – Meu Deus! Elijah, Finn, Rebekah! Eu estava no tempo dos originais!
Sai correndo daquela casa, precisava vê-los, talvez descobrir algo.
- Onde você vai?- a bruxa gritou, mas eu já estava longe. Avistei uma criança loira com um vestido rosado, ela estava cercada por 3 garotos. Reconheci a todos, me arrepiei, ela ria de algo e o mais velho rodava uma adaga na mão.
- Não vejo graça nisso, se mamãe souber você se dará mal, e Viny é irmã de Ayana.
- Ela não contará besta.
- Não xingue Rebekah!- um dos outros respondeu.
- Vocês são hipnotizados por essa criaturazinha – ela saiu bufando.
- Como se tivesse culpa de ser tão bonita- o mais velho falou.
- Cale-se Elijah!- e o outro saiu.
Mas que coisa estranha... Se aquela menina é a vampira... Ela foi transformada por um dos originais? Decidi sair dali, pensei em um passado mais próximo que aquele, e cai justamente na mesma casa, a noite estava gelada. estava já com a forma que eu vi na rua, ela era realmente bonita. A bruxa falava algo com ela até se virar para mim.
- Bonnie! Mas que coisa!- ela podia me ver como antes. – Querida, você não pode estar aqui. Pode alterar o futuro!
- Eu não farei nada. – olhei para que parecia não me ver e olhar para a mulher assustada.
- Está tudo bem , ela é um espírito.
- Mas Viny, temos que fazer isso logo.- a mulher assentiu e virou para mim.
- Você está certa, eles existem. – com isso ela levantou, do circulo onde estava com , havia um sangue no local, dois potes com sangues diferentes. O que ela iria fazer? Ela recitou palavras muito baixas, eu identifiquei, aquilo era magia negra! O céu vibrou e uma chuva forte começou a cair. O sangue saiu do pote e formava um caminho dentro do circulo. estava apreensiva e preocupada. Quando tudo terminou a mulher pegou uma adaga.
- Isso é preciso – ela suspirou exausta.
- Está tudo bem. Pode fazer- se levantou indo até a mulher e ela me olhou, antes de enfiar a adaga na menina. Eu tapei a boca assustada e desfaleceu em seus braços. Ela a levou para uma cama de palha.
- Foi feito – sussurrou.
- Você a transformou- indaguei, ela me olhou incomodada.
- É hora de você ir criança.- logo após, recitou outra frase muito rápido e fui puxada como se tivesse um aspirador gigante em cima de mim.
Acordei em um pulo e demorei para me acostumar com o ambiente. Shane me olhava atencioso.
- O que viu?
- Eu vi... Eu vi muita coisa.- sacudi a cabeça. – Eu acho que é uma original.
- O que? – ele pareceu tão surpreso quanto eu. – Isso é possível?
- Sim, eu vi, eu presenciei a transformação. Era uma outra bruxa... Viny...
- Bonnie...- ele pegou um livro grosso e vasculhou todas as páginas até achar o que queria, olhou para mim assustado e falou. – Viny é irmã de Ayana.
- Sim, eu vi isso também.
- Ayana e Viny Bennett!- aquilo foi como um tiro pra mim, eu sabia que ela era familiar, mas não a ponto de ser uma ancestral minha!
- Como... Isso é tão esquisito.
- Parece que seus poderes são mais fortes do que pensávamos, seus ancestrais carregaram muito seu nome!
- Eu preciso falar com essa .
- Falar o que?
- Se eu realmente fui no passado dela, ela lembrará de um espírito na noite de sua transformação.
- Você não mudou nada, não é?
- Claro que não! Não sabia o que poderia causar- ele suspirou aliviado.- Eu tenho que falar com ela Shane.
- Acho que você está certa.
- Vou fazer isso agora. - peguei meu casaco na cadeira e me despedi rápido saindo pela porta de seu gabinete, algo muito errado estava acontecendo, mas eu sentia que essa garota era diferente dos outros originais.
Corri para fora do prédio, mas não fazia ideia de onde ela estava, liguei para Elena e ela não atendeu, ótimo. Liguei para Caroline e a mesma atendeu eufórica.
- Ainda bem que deu sinal de vida. Você não sabe quem eu conheci!
- Se não for uma vampira morena de olhos azuis, não estou interessada.
- Como você sabia? – ela exclamou, então Caroline a conheceu?
- Você falou com ela?
- Sim, ela me deu até o telefone dela.
- Onde você está?
- No bar – respondeu como se fosse obvio, e era mesmo. Fui para lá e me sentei na mesa de Caroline.
- Por que o interesse em ?
- Aconteceu algo... – contei tudo sobre ir ao passado de , não contei quem me levara lá e que era expressionismo, somente a parte que a interessava.
- Você tá dizendo que ela é uma original? – Caroline parecia tão chocada quanto eu.
- Sim, eu preciso falar com ela! – implorei, ela pegou o celular rápido e mandou uma mensagem.
- Agora é só esp... Ops, ela é rápida. – ela leu a mensagem e sorriu.
- Ela está vindo para cá.
- Ótimo – mal podia esperar para ver agora pessoalmente, ela tinha um mistério, senão o que estaria fazendo em Mystic Falls?
Pedi um chá para me acalmar e assim que dei a primeira golada, uma menina senta ao lado de Caroline, ela era realmente linda, não sei como, mas parece que a transformação só melhorou mais. Seus olhos azuis examinaram os meus e ela chamou o garçom pedindo uma tequila.
- Então você é amiga de uma bruxa, Caroline, muito clichê – murmurou.
- Bonnie – estiquei a mão para ela e ela deu um sorriso a apertando.
- Então Bonnie, o que queria falar comigo? Quero dizer, nessa manhã você fugiu de mim – riu.
- Ah... Eu tenho algo para comentar, na verdade... Você se lembra de algum espírito na noite em que foi transformada?- ela arregalou os olhos.
- O que você... – parou, pensou e respondeu. – Claro, você!
- Sim, na verdade eu fiz isso hoje – ela franziu o cenho, confusa. – Eu te vi na rua, quando eu toquei em você eu senti algo que nunca tinha sentido tocando em um vampiro, então decidi pesquisar sobre você.
- Você quis dizer ir no meu passado – corrigiu bebendo seu drink.
- É... Eu sei que você é uma original, sei que você nunca se deu bem com Rebekah... Mas eu tinha que te perguntar algo.
- O que? – ela continuava ali esperando a resposta.
- O que você veio fazer em Mystic Falls? Já não basta 3 Originais aqui?
- Três? – ela perguntou curiosa.
- Sim, Klaus, Rebekah e Kol.
- E os outros?
- Você não sabia? Um morreu e o outro sumiu. – ela esbugalhou os olhos.
- E... Quem morreu?
- Infelizmente não foi Elijah. – despejei com raiva. suspirou aliviada.
- Por quê?
- Não, nada. Você queria saber o que vim fazer aqui, certo? Bom, vocês talvez possam me ajudar. – Caroline e eu nos entreolhamos.
- O que você precisa? – Caroline perguntou um pouco receosa.
- Calma meninas, eu não vou força-las a fazer algo que não queiram. Eu preciso de ajuda, Klaus... Bem, ele me roubou. – eu sabia que havia algo muito diferente nessa original, era como se ela nem mesmo fosse uma.
- O que ele roubou? – me ousei a perguntar.
- É uma pedra. – ela olhou para o nada e suspirou. Lembrei-me da pedra que Viny usou no dia em que apareci em sua casa.
- Por acaso seria uma pedra azul? – ela me olhou alarmada e assentiu.
- Você sabe onde está?
- Não, mas eu lembro dela, eu a vi no seu passado.
- Então você sabe para o que ela serve? – palpitou, eu lembro que Viny a pegou para praticar um feitiço, então era isso? Era uma pedra de bruxa?
- Eu não entendo, por que Klaus iria querer a pedra?
- Eu to boiando – Caroline reclamou.
- É uma pedra mágica, é que, bom, assim que Viny foi morta por John, sua alma ficou presa em sua pedra.
- Uma alma de bruxa numa pedra mágica! – me espantei, assentiu. Caroline perguntou.
- Então é como se fosse uma arma?
- É mais que isso, todos os poderes de Viny ficaram na pedra, ela os deixou para mim. E ele a roubou.
- Se Klaus tem a pedra, é capaz de completar o ritual.
- Que ritual? – vez de perguntar.
- Ele pretende achar a cura para os vampiros.
- Não! – exclamou, depois olhou em volta e sussurrou. – Ele não pode! Viny mexeu com magia negra, o que está preso dentro da pedra está amaldiçoado!
- Ai, isso não é bom! – Caroline choramingou.
- Precisamos falar com Elena! – a vampira morena ficou encarando tudo um pouco confusa. Deixei uma nota na mesa as puxei para fora do bar.
- O que você quis dizer quando falou que nós poderíamos ajudar?
- Você é uma bruxa! – deu ombros – Deve saber como achar um objeto. – assenti, ela estava certa.
Chegamos a casa de Elena e batemos freneticamente na porta. Olhei para a garagem e seu carro também não estava lá.
- Ótimo!- bufei.
- O que?
- Olha – apontei para a garagem e Caroline me olhou com uma careta.
- O que está havendo?
- Ela foi atrás de Damon.
- Damon... – sussurrou o nome – Já ouvi em algum lugar.
- Azar o seu- murmurei. – Vamos, eu sei onde eles estão.
- Como você sabe? Jeremy te contou danadinha?- Caroline ficou me zoando até chegarmos a seu carro que estava não muito longe do bar.
- Podíamos ter ido de carro até lá – reclamei – Eu me canso.
- Eu esqueço às vezes – a loira riu. continuava conosco apenas assistindo tudo e dando sorrisos meigos.
- Ali. Pega aquela estrada, esse gps não funciona não? – ela me olhou com cara de bunda então peguei o aparelho e recitei um dos feitiços que Shane me ensinou.
O aparelho começou a funcionar e Caroline me agradeceu, agora colocando o endereço lá.
- Bonnie. – falou depois de tanto tempo calada.
- Sim? – me virei para ela que mordia os lábios.
- Quem te ensinou expressionismo? – como ela sabia? Eu parecia tão assustada quanto devia. Caroline perguntou o que era expressionismo e eu engoli a seco.
- Eu... Um amigo, por que?
- Você... Você sabe o que é? – como assim se eu sabia o que era?
- Uma maneira de colocar meus poderes na magia, sem ser magia negra ou não.
- Na verdade... – ia falar algo, mas Caroline parou o carro ferozmente.
- O QUE HOUVE? – perguntei depois do choque, se não tivesse colocado o sinto, com certeza teria morrido.
- Eu vi Klaus parado ali, mas ele sumiu. – ela bufou e continuou dirigindo.
- Então ele está onde nós estamos indo?
- Pelo visto sim – se encostou ao banco com um sorriso no rosto. O que ela queria falar sobre expressionismo?

Lá estava eu, indo atrás de Klaus com Bonnie e Caroline. Elas eram garotas animadas, pelo visto bem amigas. O que me intrigava no momento era ver Bonnie praticando expressionismo, ela não sabia o que era. Na verdade expressionismo é uma maneira que encontraram de praticar magia negra e se esquivarem dos espíritos das bruxas. Era tão perigosa e tão forte quanto a magia negra. Bonnie não sabia no que estava metida, só não achei o momento certo de falar a ela isso.


Capítulo Três

Após o acontecimento da estrada, Caroline jurou que Klaus não tinha me reconhecido. Eu, por outro lado, senti que ele nesse momento estaria fugindo dali. Mas elas disseram algumas coisas que me fizeram ficar, e uma delas era essa tal de Elena, cópia de Katerina e o motivo de Klaus estar aqui.
Assim como seu irmão que era um caçador... Nunca imaginei que encontraria tantas histórias em uma só cidade, mas cá estou com uma vampira e uma bruxa indo atrás de um Original.
Chegamos em frente a uma cabana bem luxuosa, ela dava de frente para um lago e podia ouvir vozes da parte de dentro.
- As meninas estão aqui. – uma voz masculina sussurrou. Era sexy e misteriosa.
- Bonnie veio?- outra voz preencheu o lugar. Caroline deu uma risadinha discreta e Bonnie pareceu perdida.
- Vamos- a loira nos tirou do carro. Eu não sabia exatamente o que fazer, já que sabia que Klaus não estaria ali. Mas assim que vi um casal sair da casa, entendi um pouco o que diziam sobre Elena se parecer com Katerina. Ela estava em alerta e enroscada nos braços de um vampiro moreno, alto com olhos azuis e penetrantes. Devo admitir que senti meu corpo mole ao vê-lo de primeira, ele pareceu curioso ao bater os olhos em mim.
Bonnie correu para os braços de um garoto que apareceu por trás do casal. Então aquele era o caçador/caso de Bonnie? Um outro garoto loiro e forte saiu da casa, deu um sorriso para Caroline que se limitou a um sorriso sem mostrar os dentes.
- E você é?- o moreno se aproximou. Ele me lembrou muito o olhar curioso de Stefan, então deduzi que aquele fosse, de fato, Damon.
- . – falei sem piscar.- Devo admitir que você se parece muito com Katherine.
- Só por fora- soltou como se tivesse levado aquilo como um insulto.
- Claro- sorri.
Elena encarou Caroline pedindo explicações e Damon continuava me olhando com aqueles olhos tão penetrantes.
- é uma Original. – a loira soltou de vez, pude ver todos –principalmente o caçador mirim- me encararem com espanto.
- Podemos conversar em um lugar menos... Aberto?- Damon olhou para Bonnie que sorriu e assentiu.
Todos seguiram até a porta da cabana e eu continuei do lado de fora, não que eu não quisesse entrar, mas...
- Ah, me desculpe. Pode entrar- o loiro coçou a cabeça constrangido. Eu sorri e passei pela porta.
- Bom, já pode falar- Damon pegou um copo de whisky e começou a saboreá-lo, sabia que ele fazia para tentar amenizar a cede.
- Como Caroline falou, sou uma Original, mas não da família dos Mikaelson. Fui gerada por outra bruxa, ela era minha tutora na época, irmã de Ayana, que criara os Mikaelson.
- Como se não tivéssemos o suficiente- o irmão de Elena sussurrou. Ignorei aquilo, já que sabia que o exemplo que eles tinham de “Originais” não era um dos melhores.
- Então- prossegui. – Assim que fui transformada, ganhei uma pedra de Viny, minha tutora. Pedra essa que sua alma habita. E essa pedra foi roubada.
- E essa pedra seria uma preda de bruxa?- não respondi o óbvio, mas sorri em resposta para Damon.
- Klaus a roubou- Bonnie se pronunciou. – E sabíamos que ele estava aqui. quer a pedra de volta.
- E por que não superar a perda? O que um vampiro poderia fazer com uma pedra daquelas? Somos amaldiçoados.
- Ele pode simplesmente quebrar a o portão entre as criaturas místicas mortas e o mundo.
- O que você quer dizer com isso?- Jeremy se alterou.
- Ele pode trazer os mortos de volta. – o garoto esbugalhou os olhos, Damon se engasgou com sua bebida e Elena parecia desesperada.
- Nós vimos Klaus na estrada, eu vi... - Caroline continuou – Pensei que ele ainda estivesse aqui.
- Ele saiu faz pouco tempo, agora me digam, como pretendem tirar a pedra dele? Ele já fez um grande estrago aqui.
- Klaus é problema meu, eu pedi ajuda para encontra-lo.
- Desculpe , mas me sinto obrigada a ajudar. Devo isso a Viny. – Damon franziu as sobrancelhas.
- Sinto que há muita história não contada.
- Eu acabei indo ao passado de ...
- Isso explica tudo. - falou irônico.- Mas nunca imaginei ver a bruxinha ajudar um Original por vontade própria.- ela fez uma careta e Elena cutucou Damon.
- Ela é diferente deles.
- Obrigada- ri. – Não seria legal ser comparada a Rebekah agora. – senti que o garoto loiro se abalou com aquilo, mas ignorei.
Depois de esclarecer tudo, Elena e Damon subiram as escadas, Bonnie e Jeremy conversavam entre eles e Matt –o garoto loiro- ficou sentado no sofá olhando para o nada enquanto Caroline falava com Stefan no telefone.
- Você é bem corajoso- me sentei ao lado de Matt e o mesmo desviou o olhar para mim, atento. - Digo, o único humano...
- Eu vim ajudar Jeremy, também estou treinando essa coisa toda. - assenti.
- Você gosta da Rebekah, ou algo assim?- ele riu e negou.
- Não, não, ela é... Não daria certo, ela sempre está querendo matar alguém.
- Típico deles. - murmurei.
- E você não é assim?- ele me desafiou.
- Na verdade eu não sou do tipo que tem quase 900 anos e ainda se preocupa com bailes de formatura. - ele riu engraçado e concordou. Matt era agradável, mas tinha algo nele que me incomodava. E foi quando ele perguntou.
- Esse negócio de “mortos de volta à vida”, é pra valer?
- Sim. Mas não é algo que você iria desejar. Há muitas coisas apagadas, que devem se manter assim, mesmo que alguns valham a pena- suspirei- Todos foram destinados a isso. Veja, eu não me transformei nisso por pura vontade própria. Viny achava que era o melhor para mim, me proteger dos Mikaelson’s e levar a diante nosso nome.
- Você realmente é diferente deles. Não que eu já tenha passado muito tempo com algum deles. - se explicou.
- Argh! - a loira bateu os saltos no chão, irritada. – Stefan já está me cansando com essa coisa de “Rebekah está diferente”, mas que droga, ele realmente caiu na dela. – bufei ao ouvir os dois nomes. Pelo menos de Rebekah eu sabia que nada de bom vinha de graça.
Matt fez uma careta e decidiu levantar falando que ia descansar. Caroline se sentou de frente para mim, ainda resmungando alguns palavrões.
- Elena, ela é o motivo de Stefan ter desligado sua humanidade, não é?- ela me olhou e desviou o olhar.
- Eles eram um casal- suspirou e decidiu me contar toda a história do casal e seu irmão mais velho Damon.
- Isso sim é uma novela- ri quando ela terminou, não sei se ela riu de ironia ou porque também achava aquilo tudo muito dramático, mas não deu pra saber já que ela recebeu uma mensagem e se levantou rapidamente dizendo ter que sair para resolver algo. Eu, claro, desconfiei, mas não ia segui-la.
Fiquei um tempo assistindo o fogo da lareira e imaginando se tudo seria diferente se eu tivesse escolhido o outro. Elena escolheu Damon e isso causou uma catástrofe nos irmãos, mas e se ela ainda estivesse com Stefan, será que ele sentiria toda essa perda que o mais novo sentiu? E se, na verdade, ele a ame, mas não tanto quanto imagina? E se eu tivesse escolhido Elijah, eu estaria aqui agora?
- Pensando na vida?- escutei aquela voz grave e me virei para ele. Seus olhos azuis refletiam uma luz vermelha do fogo. Ele era lindo, tão lindo que me fazia perder o fôlego.
- Pois é- sussurrei. – Onde está Elena?
- Ah, ela dormiu.
- Certo, e você, sorrateiro, decidiu sair de seu lado... – ele deu um sorriso de lado e me ofereceu um copo de bebida.
- Não é como se eu conseguisse descansar com uma Original na casa.
- Não vou te morder, pode deixar- brinquei.
- Você e Klaus tem algum caso?- ele mudou totalmente de assunto, eu gargalhei.
- Claro que não, de onde você tirou isso?
- É só estranho, passar a vida toda atrás de alguém assim...
- Eu não passei minha vida atrás dele- bufei- Eu vivi, fiz coisas...
- E porque decidiu voltar à busca?- Damon era tão curioso quanto Stefan, e sua ironia temperava sua voz. Me virei para a lareira novamente e decidi então contar.
- Porque se ele fizer isso, se ele trouxer os mortos... Ele trará o pior pesadelo de toda humanidade e principalmente dos vampiros.- senti seu corpo ficar tenso, ele cerrou os olhos e perguntou.
- Quem?
- Silas. – o nome saiu como um sussurro de meus lábios.

Capítulo Quatro.

n/a: É aqui meninas, que eu me despeço COMPLETAMENTE da série. Não importa mais o que aconteceu por lá ou ainda está para acontecer, a fanfic andará para um caminho totalmente oposto e é aí que a minha criatividade vai aflorar! Get ready girls, agora a parada vai virar um mistério.

Eu tive de explicar a Damon quem Silas era, e o que ele causaria no Mundo. Contei-lhe a história de como ele foi amaldiçoado pela mulher que enganou e como ficou congelado pela eternidade por conta do seu amor por Amara.
Tive de explicar também que esse, desde o começo, era a razão de existirem as cópias. Stefan e Elena (que por o acaso descobri minutos antes) eram somente as cópias de Silas e Amara que foram impedidos de se amar.
- Mas se eles só querem “se amar”, qual o problema em deixá-lo voltar?
- Você não entendeu Damon. Silas traiu a confiança de Quesiyah para conseguir a imortalidade com Amara. Mas Quesiyah descobriu, quando foi abandonada no altar e matou Amara.
Ela deu a Silas a cura e disse para ele tomá-la e se matar para que pudesse se encontrar com Amara do outro lado. Mas ele não iria para lá, ele iria para outro lugar e então eles nunca ficariam juntos.
Silas negou e ficou preso onde está até hoje. Dois mil anos depois! Você realmente acha que o bruxo imortal mais poderoso do Mundo, seria capaz de acordar depois de 2000 anos e ainda levar uma vida normal?
- Ele viria atrás de Elena?- neguei.
- Ele não está morto completamente. Silas consegue manipular alguém se a pessoa estiver muito vulnerável à natureza.
- Que bom que não conhecemos ninguém assim.
- É aí que você se engana Salvatore.- me afastei da lareira e olhei para onde Bonnie e Jeremy estavam ao lado de fora da cabana. Ela sorria para ele enquanto ele passava o polegar na maça de seu rosto.
- Bonnie está praticando expressionismo, o que nos leva a ter um bomba prestes a explodir.
Damon não respondeu. Ele também parecia concentrado demais no casal. O copo em minha mão já estava vazio e eu tentava pensar em mil maneiras de livrar Bonnie de toda aquela confusão.
O silêncio já era desconfortável demais, eu ouvia a respiração do vampiro ao meu lado e sentia seu cheiro forte e másculo. Vampiros se atraem principalmente pelo cheiro, mas aquele vampiro já tinha dona... Ou... É, ele tinha.
- Eu acho que sei o que fazer, mas pra isso preciso da pedra.
- Se eu conseguir essa pedra, você evita tudo isso?- ele me encarou com os olhos azuis e senti minha mão tremer. Ele definitivamente tinha efeito sobre mim, e isso não era bom.
- Eu encontraria Silas e o faria beber a cura. É a única maneira de matá-lo.
- Mas então ele só precisa de um pouco da cura?
- Não. Ele precisa de tudo. Não há duas chances. A cura foi feita para transformá-lo em humano de novo. É o único jeito de matá-lo.
Ele deu um passo para trás e aquilo significava que talvez eu tenha falado demais.
Ele pensava em Elena, eu sabia. Aquela era uma das vantagens de ser um Original. Eu podia “sentir” alguns de seus pensamentos. Era um pouco vago, mas com séculos de prática, você aprendia a entender.
- Você precisa entender que isso é maior. Se você curar Elena, vocês terão Silas.
Ele sacudiu a cabeça a assentiu.
- Mataremos ele então.
Eu não me sentia totalmente segura, mas sabia que no momento eu poderia confiar em Damon e esperava que ele fosse o irmão certo dessa vez. Não estava afim de cometer o mesmo erro duas vezes.
O plano era o seguinte, Damon levaria Klaus para onde ele guardava seus novos híbridos e lá tentaria furtar a pedra. Era um plano idiota, mas eu acreditava em seu potencial de persuasão. Só precisávamos que Klaus também.
Ele saiu da cabana sem falar com ninguém e mais tarde Elena desceu vestindo um casaco e perguntando por ele. De primeira ela pareceu assustada em ver que eu ainda estava ali. Bonnie e Jeremy já me faziam companhia do lado de dentro, mesmo que eu sentisse a vontade que o menino tinha de me estrangular, e explicaram que Damon saiu sem dizer nada.
- Mas por que ele sairia assim?
- Talvez alguém tenha falado algo que ele não tenha gostado- Jeremy falava comigo e Bonnie o cutucou indignada.
- Como assim?- Elena me olhou esperando alguma explicação.
- Ah sim, ele falou algo sobre ter que resolver algumas coisas com Stefan.- eu não sabia o que falar e acho que aquilo não foi a melhor coisa a se fazer.
- Ele foi falar com Stefan? Ai meu Deus, eles vão se matar!
- Nós devíamos ir atrás dele!- Bonnie estava se levantando com eu berrei um “Não” que assustou aos três.
Eles se encararam e eu logo vi que estava sendo muito bobona com aquilo tudo.
- Ele disse que só ia falar algumas coisas, nada demais.
- Ele é o Damon, o cara mais esquentado e repugnante do Mundo!
- Ele não é!- Elena estufou o peito para Bonnie- Você sabe muito bem que ele mudou!- Bonnie revirou os olhos enquanto Jeremy tinha os olhos presos em mim.
- Pergunta aleatória. Quantos anos vocês têm mesmo?
- Tecnicamente dezoito.- então todo aquele drama estava explicado. Mas também me lembrei de ter ouvido Bonnie e Caroline comentarem no carro algo sobre Elena estar ligada a Damon pelo elo de criação.
Eles felizmente preferiram esperar uma ligação de Damon e eu acabei cochilando na poltrona em frente à lareira (já que não dormia muito bem desde a casa dos Salvatore).
Eram 3h quando Damon apareceu surrado e sangrando na porta da cabana. Ele estava com as roupas rasgadas e parecia ter levado socos de uns vinte híbridos.
- Meu Deus Damon, o que aconteceu?- Todos correram para socorrê-lo. Até mesmo Matt que havia acordado um pouco depois que Elena.
Eu continuei atrás de todos, só observando enquanto o enchiam de perguntas e ele respondia um bando de mentiras deslavadas.
Ele indicou a cabeça discretamente para sua calça e vi o volume em seu bolso direito. Eu não acreditava que ele tinha realmente conseguido. Eu levei séculos para conseguir e Damon havia pego aquela pedra em uma noite. Eu precisava que todos saíssem da minha frente para que eu pegasse meu colar novamente.
- Talvez Damon só precise que alimento!- adverti.- Ele é um vampiro.
Elena confirmou enquanto os outros fizeram caretas. Matt se afastou com as mãos pro alto.
- Eu passo essa- ele disse.
- Podemos caçar.- sugeri.
- Eu posso ir com ele.- Elena parecia uma felina agora. Seus olhos me examinavam como se estivessem deixando claro que aquele era seu território.
- Está tudo bem, meu anjo. Você pode ir descansar. – Elena pareceu desconfortável e se abraçou com uma cara um pouco emburrada, mas por fim aceitou a situação. Jeremy e Bonnie só observavam tudo.
- Vamos logo antes que amanheça e haja pessoas correndo pela floresta- puxei Damon para fora da casa e ele reclamou de dor.
Quando estávamos longe o suficiente da audição de Elena, agarrei Damon pelos braços e o sacudi.
- Você realmente conseguiu?!
- Sim, sim, eu disse que conseguiria. Duvidada disso?
- Mas como você acabou assim?
- Alguns imprevistos... - se ele não queria falar, eu não o obrigaria. Eu só precisava da pedra.
- Me dê logo!
Damon se afastou de mim e ergueu a sobrancelha, brincalhão.
- O que é isso? Você está desesperada?
- Damon, me dê a pedra! Isso é sério, eu preciso ir sozinha. – ele colocou a mão no bolso e puxou de lá minha pedra azul tão delicada e brilhante.
Ela brilhava envolta a um colar de ouro. A peguei com pressa e me senti mais aquecida por ela. Viny estava ali comigo de novo.
- Isso está sendo muito estranho, sabia?
Olhei para Damon sorrindo e guardei minha pedra no bolso.
- Klaus sabe que foi você?
- Não.
- Ótimo. Porque vocês não podem se meter nisso, mesmo que Bonnie ache que deva fazer algo para me ajudar. Escute Damon, vocês NÃO podem deixar Bonnie se envolver.
- Okay, okay! Nada de bruxinha na festa.
- Eu vou precisar ir de manhã.
Vi o momento que a cabeça de Damon se perguntou se ele estava fazendo o certo. Ele queria que Elena voltasse a ser humana. Talvez tenha algo a ver com o elo, ou ele somente queria que ela tivesse uma vida normal. Mas isso era impossível para uma cópia.
Ele respirou fundo e assentiu com a cabeça.
Naquela noite nós dois nos alimentamos e eu me sentia um pouco mais forte para o dia seguinte.
Caroline voltou para a cabana de manhã e contou a todos que Klaus estava uma pilha de nervos e talvez fizesse muitas besteiras. Eu me senti bem com aquilo.
Avisei que deveria sair para me acertar com Klaus, mas após sair da casa, corri para dentro da floresta até achar algum lugar seguro e fechado. Agora... Como eu chegaria até Silas?
Pensei que a pedra me guiaria, mas era mais que aquilo. Eu precisava de um feitiço. Passei o dia recitando e inventando os feitiços mais poderosos e aleatórios. Foi no meio da noite que a pedra enfim brilhou e eu soube que ela me ajudaria.
Eu não sei exatamente como aconteceu ou o que me levou até lá, mas quando voltei a consciência, estava em uma caverna com corredores de pedras e vozes zunindo em minha cabeça.
Meu Deus, o que eu estava fazendo? Eu sabia que precisava matar Silas, mas e se ele me matasse primeiro?
Engoli a seco e continuei a procurar uma saída pelos corredores, e foi quando me deparei com uma parede gigante de terra. Segurei firme a pedra em minhas mãos e tomei coragem para continuar.
- Aperiesque ostium- falei em latim.
A terra começou a cair como uma cachoeira e me afastei o suficiente para não ser soterrada. Quando o chão já estava alto e já havia um buraco de entrada, me encolhi e pulei para o outro lado enquanto a terra continuava caindo.
Lá estava ele. Deitado em uma tábua de pedra, com o corpo em puro osso e o frasco da cura em seus dedos.
Era agora ou nunca. Aproximei-me do corpo e senti uma onda horrível de poder atingir minha cabeça. Oh droga. Caí em total desespero quando ouvi aquela voz me chamar e tudo ficar preto.

“Niklaus puxava o balde de madeira do poço, já entupido de água. Ele se transformara em um homem forte e sedutor. Eu amava observá-lo de minha casa enquanto Viny ia comprar nossa comida para o banquete da noite.
Ele levava um balde para casa e vinha com outro em mãos para repetir o processo.
- ! – Ouvi a voz de Elijah me gritar. Quase caí de onde estava apoiada na parede de casa e sorri para ele. Elijah era lindo, assim como Niklaus. Mas eu estava prometida para ele. Éramos melhores amigos desde sempre e quando nossas famílias falaram que ficaríamos juntos, não nos incomodamos muito. Mas se existia uma pessoa que eu amaria ter de dividir a cama, esse era Niklaus.
Eu amava seus olhos, seus lábios e principalmente seu sorriso. Ele era tão simpático e tão verdadeiro que eu me perdia em uma conversa com ele e mais parecia uma recém-nascida.
- Olá meu futuro marido- me curvei diante de Elijah e ele riu.
- Não precisa fazer isso, não tem ninguém olhando. O que está fazendo aqui?
- Vim esperar Viny com a comida- menti.
- Faminta como sempre.
- Ela está demorando anos naquele comércio. O que a faz demorar tanto?
- Ouvi que acharam mais um homem morto na floresta. Ele foi exposto na praça.
- Isso é horrível!- dei uma olhada para Klaus e ele me viu, lançando um sorriso encantador.
- Por isso você deveria ir para dentro de seus aposentos.
- Enquanto vocês homens ficam aqui fora? Nunca. Eu quero fazer o mesmo que vocês.
- Você sabe que não pode , pelo menos não até nos casarmos.
- E então serei escrava dos afazeres domiciliares. – bufei com raiva. Não era culpa de Elijah se vivíamos num lugar onde as mulheres não tinham direitos e eram obrigadas a viverem por seus homens, mas eu odiava aquilo.
Odiava ter que me casar com alguém que eu não amava. Claro que gostava muito de Elijah, mas ele era meu amigo. E eu não podia escolher ficar com outro.
- , esquece isso. Vá pra dentro- ele não parecia estar mais brincando. Eu não poderia desobedecê-lo, porque Elijah era dois anos mais velho de eu, tendo vinte.
Entrei em casa com os pensamentos irritados e o olhar de Niklaus na cabeça.”


Que merda foi essa? Por que me lembrar disso agora?
Senti uma tontura ao abrir os olhos e percebi que continuava caída ao lado do corpo semimorto de Silas. Ele estava brincando comigo, mas aquilo não ia durar muito.
- .- me assustei com aquela voz. Ela estava distante e fez minha pele gelar.
- Viny?- ela estava ali, do meu lado com os olhos presos em mim. Estava alucinando de novo?
- Ele não pode ser morto. Ele é muito importante.
- O que você está falando?- me levantei meio tonta.
- Silas é um futuro melhor. Ele pode me trazer de volta !
Aquilo era verdade sim, mas se isso acontecesse, a desgraça seria maior. Caminhei devagar até o corpo e fiz a pior cara de dor possível.
- Você tem razão! Meu Deus Viny, você pode voltar.
Toquei na cura e o ar ficou mais denso. Eu precisava fazer aquilo.
- Ele precisa de sangue para acordar.
- Eu sei que precisa.
Assisti quando seu corpo se sacudiu na tábua e Viny se aproximou de mim.
- Agora o sangue.
- Sim- sussurrei. Viny sorriu para mim com os dentes amostra. Senti minha mão tremer e a posicionei perto dos lábios do corpo. Olhei para Viny de novo e sorri.
- Agora o sangue... Dele.
Abri o frasco da cura e despejei todo o líquido na boca nojenta do corpo. A imagem de Viny falhou e ela gritou um “NÃO” bem alto. A voz antes fina de minha tutora, agora era grossa e bem masculina.
Mas não havia acabado. Encravei minha mão no peito de Silas e puxei de lá o coração frágil dele.
- TRAIDORA!!!!!!- a voz gritou para mim e um eco horrível se encheu no local. Tudo tremeu, as pedras ameaçaram cair e eu precisei sair dali o mais rápido possível. Quase não cheguei do lado de fora da caverna por ter me perdido, mas ali estava eu com o coração morto de Silas na mão.

Capítulo Cinco

Minhas pernas tremiam de pavor, então fiquei parada olhando para entrada da caverna agora coberta por pedregulhos e areia até que tudo parecesse normal novamente.
Ainda segurando a pedra com força em minhas mãos, pensei em voltar para a cabana, mas logo lembrei que não era tão bem vinda assim. Eu precisava ir para um lugar meu, mas ao mesmo tempo não queria sair da cidade. Não ainda.
O que eu faria agora que Silas não mais existia? Qual seria meu propósito se não tirar a pedra de Niklaus? Devo admitir que me senti um pouco mal por não ter mais objetivo na vida.
Quando me senti um pouco melhor, andei até a estrada e caminhei até a cidade, o que durou uns cinco minutos. (Vampiros e suas vantagens).
Mystic Falls em si, era uma cidade pacata. Tinha praças e casas pintadas em cores opacas, becos de drogados e dois cemitérios onde muitos adolescentes costumavam festejar a noite. Era exatamente uma típica cidade americana.
Localizava-se na Virgínia então era fácil se locomover da Virgínia Beach para lá. Uma viagem de quase três horas de carro. E isso fazia com que muitas famílias passassem os feriados nas praias tão amadas do Estado.
Eu, particularmente, não gostava de praias, então preferia ir para lugares frios como Seattle, Alasca, Londres, e Mystic Falls.
Minha primeira vinda a essa cidade tinha sido há 30 anos. Na época eu estava simplesmente andando por aí.
Hoje, olhando para o centro da cidade, eu pensei em como aquilo poderia ser bom. Gostava do ar antigo que a cidade proporcionava. Das histórias místicas e as lendas que na verdade eram verdadeiras. Aquilo me lembrava de New Orleans, e New Orleans me lembrava dos Mikaelson.
Eu sabia que ficando em Mystic Falls, voltaria a me encontrar com Klaus, mas talvez isso seja bom afinal. Ou talvez eu estivesse correndo em direção a minha morte.
Encontrei uma pensão bem longe do centro. Ela ficava no caminho de uma estrada que levava ao cemitério e perto da casa dos Salvatore. Mas eu lembrava de tê-la visto, então fiz o melhor sorriso que podia e bati na porta.
Uns cinco minutos se passaram até que ouvi passos em direção a porta e ajeitei minha postura.
Uma senhora atendeu a porta. Ela aparentava ter uns setenta ou oitenta anos, era difícil saber. Usava um chapéu grande de florista e tinha os olhos presos em mim.
- Olá...
- Sim?
Por algum motivo me senti um tanto esquisita em frente a ela. Um vento forte bateu em meu rosto e senti seu cheiro doce.
- Eu vi sua pensão na manhã passada e como estou sem lugar para ficar, pensei se não haveria um quarto para alugar?
Ela continuou me encarando como se não tivesse me escutado e então deu as costas para mim. Eu fiquei paralisada ali em frente a porta.
A senhora parou de andar segundos depois e ainda de costas sussurrou.
- Não vai entrar querida?
- Se a Sra. me permitir... – limpei a garganta tentando não parecer desesperada.
- Sim, sim, há sempre um quarto disponível. – então soltei o ar dos pulmões e dei um passo adiante para dentro da pensão.
O lugar era grande por dentro e também muito antigo. Tinha uma cozinha próxima à entrada e uma sala com somente uma televisão e um sofá. Havia quadros antigos na parede e podia apostar que aquela menina sorridente que aparecia em todas as fotos era a idosa agora residente na casa.
Ela andou até a cozinha sem tirar o chapéu que quase lhe cobria todo o rosto e encheu uma xícara de chá. Pensei que me ofereceria, mas ela simplesmente depositou a xícara na boca em um ato lento e deu uma golada da bebida.
- Você pode ficar no quarto do terceiro andar. Ele é mais... privado.
- Muito obrigado Sra...?
- Flowers – completou - ou Theophilia.
- Flowers está perfeito – sorri para ela. Ela virou para a pia e começou a mexer em algum jarro de flores que parecia estar sendo lavado antes de minha chegada. Demorei uns segundos para perceber que ela estava me dispensando para o quarto, então comecei a subir as escadas.
O quarto era o único cômodo do terceiro andar. As escadas davam direto para a porta de madeira. Entrei sem precedentes e fiquei muito satisfeita ao ver um lugar tão aconchegante.
Uma cama de casal ficava próximo à janela, havia um guarda-roupa de madeira e uma estante com um computador bem surrado de ‘96. Tinha um banheiro próprio e um espaço grande para se locomover. Eu tinha amado.
Deitei em minha nova cama com mil pensamentos em mente.
Eu precisava encontrar Elijah e me desculpar por tudo que tinha feito para ele.

Elena Gilbert

A Original não voltou para a cabana depois daquela manhã.
Damon parecia particularmente preocupado e isso me irritou. O que ele tinha com ela afinal?
Jeremy e Matt estavam treinando com Damon enquanto Caroline e Bonnie se preparavam para voltar à cidade.
- Você tem certeza que quer ficar? Eles vão ficar treinando a maior parte do tempo.
Neguei relutante com a cabeça.
- Klaus voltará e eu quero ficar de olho em Jeremy.
- Eu não entendo o que essa cura tem a ver com seu irmão.
- O mapa Caroline!- Bonnie quase seu um tapa na cabeça da loira.
- Okay, okay! Mas e se alguém já achou a cura? E se ela nem exista mais?
- Teremos que achar outro jeito de seguir em frente - murmurei. – Eles estão fazendo isso por minha culpa.
Bonnie me olhou com pena, eu vi, mas logo sacudiu a cabeça e puxou Caroline para o carro, onde as duas partiram gritando tchau para os meninos.
Fiquei um tempo sozinha pensando se Caroline estava certa. O que faríamos se a cura não existisse?
Eu, com certeza, teria de me contentar em ser um ser das trevas e... Meu Deus, eu acabei de chamar Damon de ser das trevas?
- Está tudo bem?- Damon surgiu atrás de mim me dando um susto.
- Tudo... Estou pensando na cura. – Senti que ele ficou tenso com isso. – O que houve?
- Não é nada...
- É sim.
- Okay. Eu preciso que você ouça o que vou te dizer, mas preciso que ouça até o fim. – e foi quando ele contou sobre e Silas e que agora existia 99% de chance da cura não existir.
Eu fiquei uma fera. Primeiro por ele confiar naquela original atirada e esconder algo de mim e segundo por simplesmente não pensar em mim ao dar a pedra para ela.
Ela era mais importante que eu? Ele ao menos achou que conseguiria me salvar? Meu Deus, eu estava muito estressada.
- Elena?
- Damon! Você fez a pior coisa do Mundo! Meu Deus, você deu a ela a pedra e ela pode ter pego a cura.
- Não. EU a ajudei salvando todos nós. Você ao menos pensou no que aconteceria se Silas fosse solto? Ele viria por você e viria por Stefan.
- Mas...
- Mas aí você pensou em como não queria ser uma vampira não é?
- Eu... – me senti mal por ter falado daquele jeito com ele. – Você está totalmente certo, me perdoe. Eu te amo Damon, não importa como ficaremos juntos.
Ele desviou o olhar, mas o abracei mesmo assim, porque eu o amava mais que tudo e não aguentaria perdê-lo.
Jeremy e Matt já não aceitaram a verdade tão facilmente. Jeremy pirou e quase tentou acertar Damon com uma estaca de madeira. Ele não conseguia acreditar que Damon havia enganado a todos nós e chorou por ver que eu continuaria assim, um predador.
Mas eu o acalmei e disse que ficaria tudo bem. Eu ainda era sua irmã.
Lembramos que Klaus apareceria em breve e não poderíamos colocar a culpa em Damon, ele o mataria. Então quando Klaus apareceu em nossa porta com a cara de raiva estampada, nós dissemos o seguinte:
- Klaus, você não vai gostar da notícia.
- O que?
- A cura... Ela não existe mais. - ele nos olhou ameaçadoramente e ia pular no pescoço de Damon quando eu gritei.
- UMA ORIGINAL PEGOU SUA PEDRA E FOI BUSCAR A CURA!
Ele congelou. Ali, paradinho. Seus lábios se comprimiram e os olhos ficaram esbugalhados por frações de segundos.
- Uma original? Rebekah?
Neguei.
- . – Jeremy se manifestou. – Não é culpa nossa. Descobrimos hoje.
- Quem disse isso a vocês?
Matt tossiu tentando disfarçar e deu um passo adiante.
- Ela veio ontem procurando por você.
- E como Caroline voltou dizendo que você tinha sido roubado...
- Ela apareceu na minha cidade e roubou a minha pedra e a minha cura!- seus lábios tremiam de raiva. Ele olhou para os olhos de cada um de nós e tentou sorrir maligno, mas aquilo parecia mais uma careta confusa.
Ele saiu sem falar nada. Nós suspiramos fundo, mas Damon ainda parecia tenso.
- E a agora que jogamos a fera em cima da Orginal, o que vamos fazer?
- Nada? Ela veio para isso e conseguiu. – Jeremy murmurou – Agora a deixe morrer pela merda que ela fez.
Eu vi Damon apertar seu punho. Ele olhou para Jeremy e falou.
- Vamos voltar para a cidade. O treinamento acabou.
E havia mesmo acabado, afinal, para onde mais o mapa nos levaria se não para um lugar vazio?

Bonnie Bennet

Elena nos ligou para contar a “nova” sobre a cura. Eu havia ficado uma fera, com Damon e , mas sabia que se fez aquilo, queria dizer que era extremamente necessário.
- Ela parecia ser nossa amiga!- exclamou Caroline.
- Ela ainda é nossa amiga. Eu vou perguntar para... Quero dizer, fazer uma pesquisa sobre Silas.
- Um cara que pode trazer os mortos a vida...
- Seria um sonho e um pesadelo- concluí.
Quando Caroline me deixou em casa, liguei rapidamente para o Professor Shane.
- Você poderia me ajudar?
- Claro.
- Quem era Silas? No mundo das bruxas? – Shane demorou muito tempo para responder. Ele parecia pensar demais no que seria propício. Por fim, não respondeu minha pergunta.
- O que a leva a ele?
- Nada de mais... Eu li em algum lugar algo sobre ele e a cura.
- Ah sim, ele foi mantido preso por sua ex-mulher com a cura ao seu lado.
- E ele poderia trazer os mortos à vida?
- Ele pode Bonnie...
- Se um dia ele realmente pôde, hoje não pode mais.
- O que você disse?
- Pensando alto.
- Você tem algo a me contar Bonnie?
- Não é como se eu acreditasse cem por cento nisso, mas pelo visto alguém conseguiu achá-lo e matá-lo.
- O QUE?- Shane deu um berro no telefone e tive que afastar o fone do ouvido.
- Você está bem?
- Isso não é possível. Não é...
Então a ligação caiu. Não entendi nada do que tinha acabado de acontecer.
Então havia falado a verdade e Shane sabia disso desde o início?
E por falar nisso, o que sabia sobre expressionismo?
Eu precisava encontrá-la novamente, então puxei um mapa de Mystic Falls e fiz um feitiço de localização.

Capítulo Seis


A noite na pensão Flowers, era silenciosa e escura. Eu não precisei dar boa noite à idosa, porque ela já dormia profundamente em sua cama. Sua respiração era tudo que eu conseguia ouvir.
Revirei-me na cama e consegui uma vista perfeita da lua cheia. Nessa noite muitos lobisomens estariam se contorcendo em seus espaços trancados.
Lembrei-me de New World e um dia em especial.

”Viny não havia voltado para casa naquela noite. Ela costumava sumir quando um ataque acontecia na aldeia.
Eu não me preocupava nem um pouco, porque bruxas sabem muito bem como se proteger.
Mas Elijah parecia extremamente apavorado.
Ele havia, junto com Niklaus, me levado para sua residência e trancado todas as portas do celeiro onde viviam.
O vento zunia do lado de fora e o som parecia feroz como de um lobo. Parecia mesmo um lobo;
- Eu estou com medo Niklaus. – Rebekah não havia se incomodado com minha presença ali naquela noite e muito menos seus outros irmãos.
Os pais dos Mikaelson também não estavam em casa e aquilo sim começou a me apavorar.
- Onde estão seus pais?- perguntei num sussurro alto para Elijah. Ele me olhou com seus olhos brilhantes e sorriu.
- Devem estar por aí, você sabe, caçando lobos.
O Sr. Mikaelson era o maior caçador de animais ferozes da aldeia, e isso fazia com que todos se sentissem mais seguros por morarem perto deles.
- Lobos? – Kol perguntou um pouco assustado.
Um baque estrondoso assustou a todos no celeiro e Finn gritava do lado de fora.
- Abra a porta para ele!
Não sabia se eu tinha falado aquilo ou outra pessoa. Meu coração batia tão forte no meu peito, que eu não conseguia respirar direito.
Eu jurava que todos os Mikaelson estavam dentro do celeiro, até porque Finn e Henrik não costumavam conversar muito quando estavam comigo.
- Onde está Henrik?- Rebekah perguntou apavorada para seu irmão.
- Eu... Eu não sei. Ele estava comigo e então achei que estávamos sendo perseguidos.
- E VOCÊ O LARGOU LÁ?- eu nunca tinha visto Elijah daquele jeito, mas sabia melhor que qualquer pessoa que ele protegia seus irmãos como se fossem seus filhos. Eles haviam perdido um irmão há muito tempo atrás, antes de virem para New World.
- Não briguem- Niklaus os repreendeu. – Nossos pais estão lá fora. Eles vão matar essa besta.
Senti um arrepio em minha espinha quando ouvi Niklaus falar daquele jeito sobre o lobisomem. Eles não eram de todo mal, mas um deles estava mexendo com nossa tribo. Eu não entendia muito, porque como uma menina prometida, deveria ficar dentro de casa. Mas Viny dizia que os lobos não mexiam com as pessoas por nada. Então algo havia acontecido com alguém de lá de dentro.
E eu sentia que conhecia a culpada.
Um uivo foi escutado e ar ficou mais gelado. Então o silêncio reinou.
Eles haviam o matado.
Mas um grito feminino e estridente preencheu a aldeia e todos nós saímos correndo de dentro do celeiro.
A Sra. Mikaelson estava ajoelhada soluçando em frente a um corpo caído. Primeiramente não identifiquei quem era ali deitado como um espantalho, mas depois de alguns segundos eu conseguira raciocinar e tudo fazia sentido.
Henrik havia sido atacado. E estava morto.”


De todas minhas lembranças, essa era a menos esperada no momento. Não falávamos de Henrik atualmente. Não falávamos de nada porque não ficávamos juntos. Mas os Originais decidiram apagar da face da terra sua história antes da transformação. Ou tentaram.
Revirei-me na cama, agora mais agoniada que antes. Nessa hora, Klaus já deveria estar me caçando como um sedentário.
Talvez eu não devesse ficar realmente na cidade...
Mas eu simplesmente não conseguia fugir do perigo.
Agora que eu tinha um tempo para pensar, consegui entender algumas situações em Mystic Falls.
Como o caso dos irmãos Salvatore e esse fascínio tão grande por Elena. Tudo havia começado com Katherine (que por sinal continuava tão vadia quanto antes), e Stefan que trancou os sentimentos por não aguentar ver sua garota com seu irmão.
Caroline era muito descolada e amiga de infância de Bonnie e Elena, o que significa que ela foi transformada junto ou quase na mesma época que Elena.
Damon era um cara misterioso e pelo que percebi na cabana, nem todo mundo é muito fã dele. O que me deixa confusa, porque pelo que conheci dos irmãos, ele é o cara bonzinho. Ou quase bonzinho.
De certo modo, eu havia me sentido totalmente atraída por aquele vampiro e isso me leva à última situação: Eu tentando parecer uma adolescente normal no meio de um bando de vampiros na puberdade.
Não era certo.

Eu era uma Original, querendo ou não, e não podia ter o mesmo vínculo com eles como os outros teriam. Originais não são confiáveis, graças aos meus queridos Mikaelson (não vamos incluir Elijah, não é?)
Mais uma rolada na cama e percebi que não conseguiria dormir hoje.
Senti cheiro de sangue fresco. Ou melhor dizendo, Bonnie.
Mas o que Bonnie estaria fazendo ali perto?
Levantei-me de supetão da cama e encarei a janela. Ela apareceu no jardim da Sra Flowers com Caroline como um guarda-costas em seu lado.
Elas vieram tirar satisfações, foi o que pensei de primeira.
Caroline me viu e senti uma certa insegurança sobre mim. Me senti mal com aquilo.
- Você pode vir aqui embaixo?- Bonnie falou calmamente, sabendo que eu ouviria lá do andar de cima. Eu pensei em virar e me deitar na cama, mas a curiosidade foi mais forte que eu e me fez pular a janela como um felino e pousar como uma pluma na grama molhada.
Caroline estava com os braços cruzados e me encarando como se eu fosse algo errado. Bonnie simplesmente olhou para mim e disse:
- Nós sabemos que você usou a cura.
- Klaus também sabe.
A esse ponto, eu não estava nem um pouco impressionada, então assenti com um movimento na cabeça e perguntei:
- O que vocês querem aqui, já que eu sou a nova traidora da cidade?
Caroline bufou.
- Nós viemos fazer algumas perguntas. Sobre expressionismo.
- Não há nada a saber Bonnie. Você não deveria mexer com isso.
- Quem era Silas afinal?
- Então é sobre isso? Claro... – troquei o peso de meu corpo para a outra perna e suspirei. Tive de contar toda a história de Silas para Bonnie, e ela pareceu bem surpresa no final.
Caroline parecia um pouco menos desconfiada ao final da história e deixou seus ombros relaxarem.
- Bonnie ficou obcecada por isso.
- Eu conheci um cara – ela repreendeu a amiga com o olhar e prosseguiu a fala- E ele me ensinou tudo que eu sei. Ele pareceu conturbado demais ao saber da morte de Silas e isso me incomodou.
- Silas tinha seguidores. Principalmente aqueles que já perderam alguém. Ele podia ser bem convincente.
Um silêncio se estabeleceu entre nós e Caroline começou a se mexer para se distrair. Encarei a lua.
- Então você realmente não fez por mal. Digo... Mesmo acabando com nossos planos e... Bem, você sabe.
- Elena não gosta mesmo da nova vida que tem? Ela se acha um monstro e todos querem ajuda-la?
Caroline passou a prestar mais atenção na conversa, como se o assunto “Elena”, chamasse sua atenção.
- Não é só isso. Klaus precisa do sangue de uma cópia pra construir o sei lá o que dele, e Elena é a sua chance. Se ela não for de utilidade...
- Ele a descartaria. – terminei a frase por ela e aquilo pareceu surpreendê-las. Talvez por não quiserem ouvir aquilo em voz alta e pensar no pior. Mas eu não tinha porque temer aquilo.
- Não temos certeza disso – Caroline respondeu rapidamente. Ah sim, havia me esquecido desse relacionamento entre eles.
- Certo- murmurei. – Então o maior problema é Niklaus? – pensei em algo totalmente insano e tentei tirá-lo da cabeça, mas naquele momento ele parecia tentador, então respirei fundo e disse: - E se eu garantir a segurança de Elena?
- Como assim? – foi Caroline quem indagou.
- Vocês temem que Klaus se canse dela e a mate. Mas e se eu estiver lá pra não deixar que isso aconteça?
- Não sei ... Klaus está atrás de você agora.
- Ele está, mas ele não... – ele não me mataria, pensei. – Ele não conseguiria me machucar.
- Nós precisaríamos falar com Elena, e ela não é uma grande fã sua no momento.
Elas estavam certas. Elena com certeza me odiava e aquilo só pioraria as coisas. Ainda mais se Klaus estivesse realmente tentando me matar.
Quando pensei nisso, percebi o quão exposta estava naquele momento. Conversando em um jardim no fim do mundo com duas adolescentes.
- Vocês estão certas e deveriam ir. Não quero ser grosseira nem nada, mas Niklaus pode chegar aqui a qualquer momento.
Bonnie me lançou um olhar piedoso e isso me deu embrulho no estômago.
Caroline olhou em volta e encarou Bonnie.
- É, nós vamos. Mas tome cuidado . – Bonnie me abraçou tão rápido que mal pude sentir o calor de seu corpo. Caroline me encarou indecisa e estendeu uma mão.
- Eu não posso te odiar por muito tempo, afinal, você ainda odeia a Rebekah.
Não pude conter o sorriso e apertar a mão de Caroline.
- Vou manter isso em mente.

Niklaus Mikaelson

estaria em muito perigo em alguns minutos. Ela mexeu com o vampiro errado, ou melhor, o mestiço errado.
Eu não era Rebekah, que simplesmente odiava alguém como uma adolescente mimada. Eu faria de sua vida um inferno, afinal, ela fez da minha um.
O cão mal amado do Tyler, estava juntando mais e mais dos meus transformados para o lado dele e agora, no pior momento, ela rouba minha chance de vitória.
não era assim. Lembro-me de como ela era doce e perfeita. Até escolher ficar comigo e logo depois, me abandonar.
Ninguém abandona a mim. Nem mesmo ela.
Eu estava mesmo fora de controle, mas isso não importava. Ela iria sofrer as consequências do seu erro e implorar por perdão.
Sabia que a casa perto da estrada era a única onde ela poderia se estabelecer, então segui até lá e senti seu cheiro no ar. Caroline tinha um cheiro doce, mas parecia um jardim ambulante.
Quando me aproximei dos jardins da casa, eu soube que já me esperava. A lua estava gigantesca naquela noite e aquilo me fortalecia muito mais. Estufei o peito e não pude evitar um sorriso ao vê-la em pé me olhando de longe.
Eu sabia que ela continuava linda, mas não estava preparado para vê-la em tão boa condição. era muito mais que um rosto e um corpo bonito. Ela tinha uma pose e atitude ousada que nunca vi em uma mulher sequer.
Os ventos de Mystic Falls faziam seus cabelos negros se espalharem no ar e seu cheiro se derramava por todo ambiente. Por um momento esqueci o que ia fazer ali e desejei tê-la em meus braços. Mas a realidade, meu caros, nos atinge muito rápido para nos deixar cometer equívoco tão grande.
parecia totalmente decidida a alguma coisa quando me aproximei. Estávamos muito perto e mesmo assim podia sentir a distância entre nós.
Ela lambeu o lábio superior e senti uma colisão de meu lado lobo com o vampiro. Concentrei-me.
- Eu esperava te ver, mais cedo ou mais tarde. – sua voz ainda era rouca e sexy, mas já conhecia seus pontos sedutores e não era mais uma menina pura e apaixonada que um dia fora.
- É o que todas dizem- sorri o mais irônico possível. bufou e cruzou os braços na frente do corpo.
- Me diz uma coisa Niklaus. Por que você quer tanto que todos tenham medo de você? – Primeiro, ninguém me chamava de Niklaus há um tempo, nem mesmo meus queridos irmãos. Segundo, eu fiquei sem resposta por alguns segundos.
- Talvez eu goste de ser o cara malvado.
revirou os olhos, aquilo esquentava meu sangue. Raiva? Desejo? Eu não poderia dizer.
- Faz mais de quinhentos anos Niklaus. A pedra é minha.
Dela? Ela havia roubado de mim e tinha a audácia de dizer que a pedra era dela?
- Essa pedra é minha há-
- Ela é MINHA há mais de mil anos!- sua voz pareceu mais ameaçadora e isso tornava tudo mais envolvente.
Talvez a pedra realmente fosse dela, mas eu não admitiria isso. Não porque eu realmente queria aquela coisa – ela não tinha mais significado se não para achar a cura – mas porque ficaria muito irritada se eu pegasse.
Eu sabia que a coisa estava enrolada em seu pescoço e seria muito fácil tocar sua pele enquanto pegava o objeto.
- Você me roubou .
- Você me roubou Niklaus! – ela rangeu os dentes.
- E o que me diz sobre a cura? Você realmente a destruiu?
gargalhou, de um modo exagerado e totalmente sexy. Eu não ouvia aquela risada há tanto tempo que meus ossos pareceram velhos à medida que ouvia mais.
Demorou para que percebesse que ela ria da minha pergunta, o que me deixou furioso.
- Você vem à minha cidade, rouba minha pedra, destrói a minha cura e pretende ser adorada?
- Oh não, longe de mim ser adorada por você Mikaelson. Eu vim à Mystic Falls, peguei minha pedra de volta, destruí um ser maligno que poderia acabar com tudo por aqui e pelo mundo e vim viver!
- Péssimo lugar para viver. – consegui tirar forças para me aproximar mais daquela criatura. Nossos rostos estavam muito perto quando vi prender o ar. Então eu ainda tinha efeito sobre ela?
Com um sorriso no rosto, sussurrei: - Sua vida será um inferno.
Ela ficou um tempo parada, me encarando com os olhos azuis e cintilantes. Eu tinha vencido.
Mas sorriu mostrando os dentes.
- Então isso é um desafio.
Aquilo estava muito perigoso para ela e bem interessante para mim. Afastei-me rindo e balançando a cabeça.
O frio da noite fazia nossa conversa muito mais tentadora e eu sabia que em alguns momentos meus olhos mudavam de cor por conta do lobo dentro de mim.
Mas tinha realmente me desafiado, e aquilo parecia muito melhor do que só fazê-la sofrer. Eu brincaria com ela como um gato brincando com um ratinho indefeso. Ela estava em minhas mãos e aquilo era delicioso.
- Tudo bem- levantei os braços divertido. – Isso é um desafio. Vamos ver o quanto você aguenta.
Ela deu ombros e manteve a pose durona. Eu conheço essa garota desde sempre e sabia todos os pontos fracos de sua vida. Ela era vulnerável, mesmo que fosse uma garota durona. Esse jogo seria incrivelmente divertido.
- Vamos ver- ela repetiu com os olhos presos nos meus. Meu Deus, aquela mulher era um perigo!
Ficamos um tempo nos olhando e posso dizer que parecia tão entorpecida quanto eu.
Quando me movi, foi para aproximar-me de novo para pegar-lhe e mão e depositar o um beijo de despedida nos nós dos dedos.
- Que os jogos comecem. – sussurrei a deixando sozinha com os ventos e as flores do jardim. Eu parecia jovem de novo e nem mesmo aquela estúpida de Elena mudaria isso. Nem o exército de rebeldes que Tyler montava.

Meu Deus, o que tinha acabado de acontecer? Eu realmente tinha aceitado uma disputa com Niklaus- o maníaco por dor alheia-?
Minhas mãos ainda tremiam desde quando vi seu rosto de longe. Por isso as mantive escondidas a todo custo.
Niklaus continha o mesmo olhar sedutor de centenas de anos atrás e seu cheiro era incrivelmente atraente. Não culpava Caroline porque desejar tanto que ele fosse um pouquinho melhor com as pessoas. Eu mesmo já fui sua mulher e desejava o mesmo.
Lembrar que fui mulher de Niklaus também me fazia lembrar como ele sempre foi tão romântico e bom de cama! Eu precisava respirar um pouco mais antes de cair a ficha. Minha vida seria um inferno, literalmente. Eu havia dado a Klaus o melhor presente de todos e agora todo o grupo de Mystic Falls poderia ficar calmo (ou não), pois ele ia focar totalmente na minha desgraça.
Ai meu Deus, e se ele já tivesse mil ideias de como me atazanar? Eu sei que soei muito mais confiante em nossa conversa, mas vampiros são ótimos em criar máscaras e aquela era a pior máscara que eu poderia ter criado.
Quando me deitei de novo, não demorei muito a dormir, mas acabei sonhando com Niklaus e consequentemente com Elijah.
Acordei em alerta para não ser pega de surpresa. Não sei se conseguiria andar na rua sem estar olhando para os lados a procura de um híbrido tentando me atacar. Eu não me enganava, sabia como Nick agia. Ele buscava os pontos fracos e de lá costurava a sua desgraça. Mas ele também não deixaria de me assustar um pouco, então quando saí da casa da Sra Flowers de manhã, não me impressionei ao ver uma caixa no correio com meu nome. E dentro dela um par de olhos mortos e frios. Havia um bilhete escrito “Estou de olho em você. Entendeu? De olho...”.
Ual, então ele realmente queria jogar baixo. Enterrei a caixa, antes que alguém passasse por ali e visse os olhos que um dia já estiveram no rosto de alguém.
Talvez eu não precisasse andar sempre tão preocupada, Nick não começaria a pegar pesado agora. Então fui até a escola pública de Mystic Falls para ver se havia algum cargo de professor vago.
Ao chegar lá, fui recebida por muitos olhares curiosos e sorrisos pretensiosos. Na direção do colégio, tomei conhecimento de que o colégio estava sem treinador de educação física. Mas eu não era do tipo que conhecia muito de futebol americano, então ignorei totalmente a proposta.
Eu precisava de algo de meu feitio.
- Nós estamos sem conselheiros também.
- Conselheiros? – a Sra Clarke era a secretária do diretor da escola (que se encontrava ocupado no momento), então me senti à vontade conversando com ela.
- É mais para uma psicóloga dos estudantes, entende? – Eu nunca fui psicóloga de ninguém, mas gostei bastante da ideia e assenti alegre.
- Eu aceito
Clarke me examinou ainda com o olhar duro e respirou fundo.
- Mas não temos seus documentos. Você veio de outra escola? É formada? Tem conhecimento na área psicológica?
Muitas perguntas para poucas respostas. Eu sabia que se compelisse ela, aquilo duraria provavelmente para sempre (vantagens de originais), então sorri mostrando os dentes e falei pausadamente enquanto olhava em seus olhos.
- Você tem todos os documentos necessários para que eu seja contratada, mas os arquivos são confidenciais e ninguém pode vê-los. Você conhece a pessoa que me indicou a escola e ele é muito confiável, então eu vou começar a trabalhar hoje mesmo! Agora você vai me mostrar a sala onde eu trabalho.
Clarke sacudiu a cabeça confusa ao terminar, olhou para mim e sorriu amigavelmente.
- Mas que besteira, temos tudo aqui, não é? Vamos lá, eu vou mostrar onde você vai trabalhar.
O dia estava sendo relativamente maravilhoso. Com Niklaus ou não.

Continua...


13 comentários:

  1. wow, sou uma original?! Omg, e pelo visto tenho uma personalidade bem forte, Damon que me aguarde. rsrsrs
    Adorandoooooo demais, vou acompanhar com certeza.
    Bjksssss!!!

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  2. sou uma original da liceça U.U pois entao amando aqui esperado anciosa pelo próximo capitulo bjs

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  3. Se eu disser que amei é pouco a história é perfeita estou acompanhando continua

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  4. Adoro historia, e já amei a fic. O unico problema é a demora pra atualizar :(
    mas to esperando aqui o proximo cap.
    bjus

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  5. Opaaaaaa....

    Que historia divina capitulos cheios de misterios.
    Amo um personagem original, e caramva vc ja chegou matando Silas logo no quarto capitulo impressionante vi que teram rumos diferentes.
    Ansiosa pelo novo capitulo.
    Bjos inte

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  6. O Damon conseguiu a pedra q ela procurava a milhares de anos em uma noite? fala sério! Não é como se o Klaus fosse burro pra ficar andando com a pedra a torto e a direito. Matou o Silas? Hum... e agora? O que acontece? Posta mais, bjs

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    1. Isso tudo foi acelerado porque o problema da PP não vai ser o Silas. Ele fez parte para dar início a história.

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    2. Por favor, continua essa fic, é a melhor que eu ja li !!! bjs *-*

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  7. Gostei e olha que eu odeio a série, amo os livros e a estória original, porém curti muito a sua fic

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  8. Maravilhoso o cap, aguardando ansioso pelos demais

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  9. poderia continuar né, é tão boa

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