12 de abril de 2011

O Mistério dos Olhos Verdes by Julia Scoz

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O Mistério dos Olhos Verdes







Capitulo 1: Novidade.

- Cinco minutos – Alice disse sorridente. A vampira quase não se continha em si, amigos da família estavam para chegar, ela previra isso, mas traziam algo, algo que Alice estranhamente não conseguia ver, quando tentava, uma forte dor de cabeça a assolava, o que era incomum. Vampiros não tinham dores de cabeça, vampiros não tinham dores.
Carlisle sorriu calmamente quando a campainha soou. Seu melhor amigo Thiago viria vê-lo, com sua adorável esposa, Lucia.
O líder caminhou até a porta e quando a abriu sorriu para o amigo, que lhe deu um confortável abraço quente. Thiago, um moreno de olhos castanhos e charmoso, conhecia Carlisle a muito tempo, mais ou menos dois anos, ajudará sua família a se estabelecer em uma cidade, e a não ficarem falados. Trabalhou com Carlisle no hospital, dando a chance de nascer uma incrível amizade entre vampiros e humano.
Lucia vinha logo atrás, trazendo algo nos braços, Carlisle arregalou os olhos, não via seu amigo há um ano, o suficiente para Lucia ter um filho.
- Meus parabéns! – Carlisle disse abraçando novamente o amigo, então foi cumprimentar Lucia, com seus cabelos castanho caindo pelos ombros, em formosas ondas, e seus olhos de um verde penetrante e profundo.
A comoção na casa foi inevitável, Thiago e Lucia eram muito queridos por todos os Cullens, conquistaram a confiança deles, sabiam que algo de errado havia com eles, mas ignoraram isso, deixaram a amizade e confiança os guiarem, e isso foi considerado pelos Cullens.
Lucia era dançarina a muito tempo, desde criança, estimava Alice. Lucia tinha um corpo incrível, cheio de curvas bem feitas, as vezes até Rose comentava isso, mas algo nela era estranho, ela encantava a todos, parecia mais um tipo de feitiço, era impossível não amá-la, era provocante quando queria e determinada, mas de uma bondade que superava qualquer coisa nela.
- Por que não vieram antes? – Esme disse emocionada e olhando o bebe nos braços de Lucia – Ah, uma menina! É sua cara Thiago.
Todos riram.
- É bom que não fique por muito tempo com a cara do pai – Emmett brincou abraçando o amigo.
- É bom que ela não pegue o gênio do pai – Edward disse, estava sentado no sofá e se levantou para cumprimentar formalmente o casal, Edward não tinha tanto apreço assim por eles, eram pessoas de boa fé, em suas mentes nada de maldade ou malicia, era – o que era uma raridade – mentes puras.
- Posso? – Rosalie perguntou para Lucia, olhando com seus dourados olhos brilhando para a criança.
- Mas é claro, Rose – Lucia disse passando sua filha adormecida para Rose, que a embalou em seus braços.
A garotinha tinha as bochechas rosadas, lábios como rosas de tão vermelhinhos que eram, os olhos fechados eram redondos como os do pai, cílios grandes e um ralo cabelo preto como o do pai também.
- É linda, qual é o nome? – a loura perguntou.
- – ela disse – Mas preferimos .
- – Alice cantarolou olhando para a criança nos braços de Rose. – Um lindo nome, para uma linda menina.
Eles se sentaram e começaram a colocar a conversa em dia.
- Mas o motivo principal de nossa visita era que... – Thiago olhou para Lucia, que assentiu – Bom, vocês são para nos o mais próximo de família e lealdade que conhecemos, então, Rose e Carlisle – ele disse sorrindo para os dois mencionados – Queriamos saber se vocês podem ser os padrinhos dela.
Os dois entraram meio que em choque, não esperavam isso, Rose se emocionou e sentiu vontade de chorar, embora não produzisse lagrimas.
- Mas é claro que eu aceito! – ela disse abraçando delicadamente Thiago e depois Lucia.
- Faço de suas palavras as minhas, Rose – Carlisle disse e parecia tão emocionado quanto a loura. – Será uma honra, Thiago meu caro amigo – ele disse sorrindo.
Nisso a garotinha acordou e bocejou, olhos verdes como esmeraldas, profundas como o mar e claras como o dia esquadrinharam o teto, olhando em volta a menina olhou para o rosto de Rosalie, que sorriu vitoriosa, sua afilhada era o bebe mais lindo que ela já vira ou imaginara.


Dias, meses, anos foram se passando, agora tinha um ano, os iam com mais frequência na casa dos Cullen, Rose e Alice paparicavam a menina, que era toda sorrisos e covinhas.
- Era para ela já estar andando – Lucia olhou para a filha que estava no colo de Esme - Li em um livro que nessa idade mais ou menos com os meses que ela tem já era para andar, pelo menos engatinhar, ela não faz nenhum dos dois.
- Isso não pode se generalizar, Lucia – Carlisle a tranquilizou.
Então Emmett surgiu da escada com um sorriso largo no rosto.
- Tenho um presente para a baixinha ali, e não Alice, não estou falando de você, já disse que o seu é só nos dias das crianças – Emmett brincou. Alice mostrou a língua para ele, enquanto virava a pagina de sua revista.
Então Emmett foi até o inicio da escada e de lá tirou um enorme urso bege, com um laço no pescoço, devia ter um metro e meio aquele urso.
- Lindo, não? – ele disse sorrindo para , seus olhos brilhando para o grande urso.
Ela olhou para Esme.
- Mi? – ela disse apontando para si mesma.
- Sim, querida para você. – ela disse.
Então saiu correndo para o urso
- OH! OS PRIMEIROS PASSOS DELA! – Lucia gritou emocionada, Edward que lia um livro o abaixou e observou a criança pular em cima do urso, quase caindo quando o fez. Revirou os olhos, não entendia a comoção dos outros em relação aos primeiros passos, até Jasper que geralmente é quieto na sua comemorou com os outros.
A questão é que a menina tinha todos em suas pequenas mãos, era só fazer cara de choro que a maioria da casa corria para ver se tinha algo de errado, na maioria das vezes era fome.
- Eu disse Emm, que o urso era grande demais! – Rose brigou com Emm que sorria largamente.
- Que nada! Ela deus seus primeiros passos por causa do urso!
Desde então a menina não parava quieta, sempre tinha um ou outro atrás dela, a prevenindo que não caísse. Um dia a menina parou na frente de Edward e o mirou com seus olhos verdes penetrantes, olhos inocentes. Mas não olhou por muito tempo, logo tornou a correr de Rose que tentava dar banho na mesma.

17 anos depois.

se olhou no espelho, estava linda, como sempre, embora agora seus olhos fossem verdes vazios, ela ainda assim era deslumbrante, seus cabelos negros caindo exatamente até sua cintura, em formosas ondas, raízes lizas escorregadias, pontas enroladas em cachos abertos. Corpo esguio e cheio de curvas, cintura fina, seios fartos, quadril sinuoso e gracioso, lábios provocantes que qualquer homem daria a vida para beijar.
E mesmo com toda essa beleza deslumbrante, era infeliz.
Vivia em um internato em Londres, seus pais morreram quando tinha três anos, foi colocada aqui pelo irmão de seu pai, que não a aceitou em sua casa, a diretora do local conhecia seu pai e as vezes lhe contava historia de suas travessuras quando o conheceu, era uma senhora de idade já, embora tivesse olhos negros severos e duros, era muito boa fora da escola.
nunca viu nenhum parente de sua família, tinha apenas uma foto de sua mãe e pai, mas fora isso mais nada dos dois, nem mesmo lembranças, a única coisa que ela via quando pensava em seus pais, era uma mulher loura, com cachos dourados caindo pelos ombros, mas não conseguia se lembrar do rosto.
- ! Vamos logo menina, você vai se atrasar! – Camile sua parceira de quarto disse.
correu pelo internato, para chegar a tempo em sua primeira aula de Artes, com a professora Ursula. Uma mulher em seus 40 anos, amarga e fria.
Diziam rumores na escola que um antigo amor a largou para ficar com outra mais rica e mais velha, destruindo assim o coração de gelo da professora.
Quando entrou na sala, Ursula olhou feio para , elas duas tinham uma rixa desde o primeiro dia que ela veio para o internato. A professora de dança, Kelly, havia contado exclusivamente a que, Ursula era gamada em seu pai no passado, mas ele não a quis.
- Desculpe senhora – disse educadamente, sua voz leve e suave.
- Não permitirei mais atrasos seus, Srtª – ela disse de mau humor com sempre.
A aula começou, mas a cabeça de não estava na aula, estava na próxima aula a de dança. Ela nascera para dançar, era como um impulso e era o único modo que se sentia próxima a sua mãe, muitas vezes a diretora a elogiava dizendo que a mesma era melhor que a própria mãe, o que – muitas vezes a Diretora afirmava – era um grande elogio, pois sua mãe era uma das melhores.
Um papelzinho caiu em sua mesa, olhou para trás, procurando quem jogou. Mas todos olhavam para a professora.
O abriu.
“Pronta para passar outro dia das mães sozinha, ?”. Estava escrito no papel.
Olhou imediatamente para a loura do outro lado da sala. Christiana Rolls sempre pegava no pé dela, apenas por que ela um dia pegou o menino que Chris gostava.
“ Pronta para ser esnobada pela própria mãe, Rolls?” – escreveu de volta e lhe mandou o papel, na hora teve a satisfação de ver o rosto brando papel de Chris se tornar vermelho puro.
- Algum problema Srtª Roll? – a professora disse.
- Não, senhora. Está apenas calor aqui – Chris respondeu mal movendo os lábios.
O sinal tocou e todos recolheram suas coisas.
- Quero para semana que vem 50 linhas sobre o assunto falado hoje. – Ursula disse.
Todo mundo reclamou.
- Mas a próxima aula da senhora é no mesmo dia que a nossa apresentação... – contestou
- Entao sugiro que se esforce, , não vou admitir menos do que 50 linhas, tenha um bom dia – Ursula disse seca.
Quando se dirigia feliz pelo pátio – com vários garotos a olhando – foi parada pela Diretora.
- Posso ter uma palavrinha com a Srtª?
olhou para a sala de dança atrás da Diretora, então engoliu o suspirou.
- Claro. – ela disse, a Diretora as levou até a sala dela.
- Bom, como a senhorita já sabe – a diretora começou – Eu andava procurando por parentes seus, além do mas ano que vem você já faz 18 anos, e não poderá mais se hospedar aqui conosco, como sabe.
engoliu em seco, o internato era o mais próximo de família que ela tinha, não gostava do lugar era frio e escuro, mas era o único lugar que lhe restara.
- E eu achei, depois de ter uma longa conversa com seu tio Ivan – ela disse, surpreendendo a menina – Na verdade, sua madrinha mora lá, ela ficou surpresa quando soube que seus pais haviam morrido, disse que estão vindo o mais rápido possível, creio que no meio do dia estejam chegando. – a diretora sorriu abertamente para – Pesquisei um pouco sobre eles, e eles são um boa família...
- Boa família a senhora quer dizer sobre ter dinheiro? Por que se for esse o problema a senhora sabe que meus pais me deixaram bastante dinheiro...
- Não quis dizer apenas sobre isso – a diretora disse severamente. Mas era verdade, seus pais deixaram para dinheiro para ate seus neto se ela quisesse – Pelo o que conversei com seu padrinho, ele era um grande amigo de seu pai, e sua tutoria esta com ele, não achamos antes por que com você sabe, o conselho tutelar revelou apenas essas semana, já que eles não moram em Londres, ficou difícil contatá-los, os telefones não existiam...
- Eu sei – disse de forma dura, não gostava de falar sobre a época que um dia teve esperança que alguém a tirasse daquele lugar.
- Bom, só queria te avisar, para quando eles chegarem a senhorita esteja apresentável.
- Vou estar – disse sorrindo cativantemente.
A diretora suspirou. A verdade era que tinha todos que queria em suas mãos, era bajulada talvez por sua beleza, era ousada e provocante, determinada e um tanto egoísta.
- Você me lembra tanto seu pai – ela disse quase que chorosamente. – Mas... os olhos são de sua mãe, assim como os cabelos e a ousadia se me permite dizer.
sorriu ainda mais, adorava ser comparada a mãe.


Saindo da sala da diretora, correu para a aula de dança, chegando no meio da aula. Se juntou a suas amigas, que pediram explicações e logo desatou a contar.
- Meninas do grupo Thaleia, façam o aquecimento e a introdução – Kelly disse.
Era o grupo de , Thaleia o nome foi dado por Francine, que é a vocal do grupo, Thaleia era uma das musas da musica na mitologia.
era a coreografa do grupo, sabia cantar muito bem, mas não cantava, preferia dançar. As cinco foram para o palco, a musica começou e a coreografia de foi feita com perfeição, era um estilo pop e super sensual, requebrando e ondulando o corpo, ela arrancava dos meninos assovios e aplausos.
Por ser a coreografa ela não se colocava em alta, assumia a frente algumas vezes, mas não ligava se apareceria em alguma câmera, ou se chamaria a atenção da professora, só queria dançar.
A melodia era por conta de seu amigo Miles, que fazia a batida, e a letra era Francine e Meredith. As outras dançavam super bem – embora molejo e rebolado tinha mesmo - mas a professora elogiava todas.
Quando a aula acabou, saiu rindo com as amigas da sala de dança.
- Estava pensando em fazer mais movimentos abertos, nos movimentar mais na dança, trocar todo tempo de posição – opinou
- Acho uma excelente ideia.
- ! – escutou sua professora gritá-la, elas se viraram e viram Kelly vindo ate elas, sorrindo. – Bom, vocês vão me amar por isso, mas vocês sabem que uma das filiais de Julliard sempre busca novos grupos e novas escolas, e bom eu tenho meus contatos, e como a nossa sala da dança é filial da Belas Artes, bom eles escolheram nós para fazer a apresentação eu indiquei você e bom... – ela fez suspense – Vocês foram aceitas!
Gritos de entusiasmo encheram os corredores, era a chance que precisava, Julliard! Julliard!
- E a diretora quer falar com você, – Kelly disse sorrindo amplamente para a menina.
caminhou feliz pelos corredores de paredes brancas e cinzas, batendo na porta da diretoria.
- Entre!
Ela entrou, e logo foi atacada por alguém, so enxergava um monte de cabelos louros cacheados na sua visão, estranhamente conhecia aqueles cabelos, assim como aquele cheiro doce. Lhe parecia conhecido.
- Oh! Você é tão linda! – uma voz melodiosa de sinos soou em seus ouvidos, quando a moça se afastou estreitou os olhos.
- Não quero ser indelicada, mas quem é você? – a menina perguntou confusa, olhando em volta. Havia mais três homens lindos, olhando para ela com uma mistura de felicidade e tristeza. Havia ainda mais duas mulheres, uma pequena de cabelos repicados e curtos e outra mais velha, na casa dos 30 talvez.
- Sou eu, . Rosalie, sua madrinha – a loura disse passando a mão no rosto dela com carinho. – Eu sinto tanto pela morte de seus pais – ela disse com a voz falha como se quisesse chorar – Eu vim ate aqui sem acreditar no que a Diretora me disse, mas... é verdade, sinto tanto!
estava confusa, ok, essa era sua madrinha, mas ela dizia como se seus pais tivessem morrido semana passada.
- Quando será o enterro? – um loiro disse, tinha o rosto sereno e parecia ter 20 anos.Estava ao lado da baixinha com feições de fada.
- O... enterro? – disse, então riu com incredulidade – O enterro foi a 14 anos atrás.
- Do que esta falando? – outro homem louro disse, ao lado da mulher d 30.
- Meus pais morreram quando eu tinha 3 anos. – disse com uma voz firme, por mais que não se lembrasse dos pais, ou tivesse alguma lembrança deles, sentia a falta de ter uma mãe por perto. Os presentes se olharam alarmados.

Capitulo 2: As pressas.

N/A: Os personagens pertencem a Stephanie Meyer e a fic não contem fins lucrativos.

- E por que não nos avisaram?! – Carlisle disse abismado.

- Não sei, tinha três anos, não me lembro de muita coisa. – disse um tanto seca.

- Bom, seja como for – Rosalie disse sorrindo para – Vamos para casa, querida.

olhou em volta.

- E aonde é exatamente a casa?

- New Hampshire oras! – a baixinha disse – Além disso sou Alice.

- Que indelicadeza a minha! Sou Esme, querida – ela disse abraçando
também.

- Carlisle, seu padrinho. – o homem lindo e louro disse sorrindo tristemente para , lhe dando um leve abraço.

- Emmett, mas pode me chamar de Emm, era como você me chamava quando usava fraldas. – o grandão disse sorrindo brincalhão para , que assentiu mais por educação do que por qualquer outra coisa. Se sentia estranha, agora tinha uma família, uma família que conhecia seus pais.

- Edward. – um jovem que aparentava ter sua idade, cabelos cor de bronze disse. Não a abraçou, apenas apertou delicadamente sua mão, e a mão dele era fria como gelo, assim como – reparou depois – todos os outros eram.

- Jasper – o louro disse, não apertou a mão dela, apenas assentiu de longe.

- EUA? - disse quando conseguiu assimilar tudo, então olhou para a Diretora, depois com um click, sentiu algo a beira do pânico a tomar. – Diretora eu não posso ir agora! – ela correu para a mesa da Diretora, apoiando as duas mãos na mesa – Não posso! Tenho a apresentação pra fazer! Diretora, por favor.

- Isso não é mais comigo, querida. – ela disse, então olhou por cima do ombro de , que resignada se virou e viu a família Cullen a encarando.
- Não podemos ficar, é verão. – Alice sussurrou por baixo de seu fôlego – Sol todos os dias. Sem nenhuma exceção.

Rose suspirou, odiou tirar isso da afilhada, logo agora que a mesma estava seguindo a carreira da mãe.

- Não podemos ficar, querida. Carlisle tem o trabalho dele no hospital, podem precisar dele lá. – Esme interveio.

- Mas... – disse; sentia vontade de chorar, mas se lembrou que seu pai também era medico. Com um suspiro ela forçou um leve sorriso. – Tudo bem. Vou... pegar minhas coisas.

- Quer ajuda? – Rose perguntou.

- Não, obrigada, gostaria de fazer isso sozinha. – disse de forma educada.

- Em New Hampshire tem muitas escolas de dança, . – Alice a tranquilizou.

Mas não com o mesmo grupo que o meu, não com a mesma proposta. pensou.
Assentiu, pediu licença e correu para seu quarto, lá suas amigas a esperavam.
Ela chorou um pouco, assim como suas amigas com ela.

- Não se preocupe. – Francine fungou – V-vamos dar u-um j-jeito. – ela chorava e abraçava a amiga.

Elas ajudaram a juntar suas coisas que não eram muitas, já que só usava parte do dinheiro dos pais, apenas quando realmente precisava de nova roupas, ela só podia aceder sua conta com 18 anos completos.

- S-sei que vamos. – Rebecca disse – Vamos lhe mandar t-todas as m-músicas. V-você pode fazer a coreografia e no d-dia da apresentaç-ção nós tod-das dançamos, j-juntas.
assentiu e secou as lágrimas, tomou um rápido banho e se trocou, colocando calças jeans bem justas, botas de galochas, uma max T-shirt branca e um blazer quente por cima. Arregaçou as mangas e se olhou no espelho, não queria que sua “família” a visse chorando.
Eles vieram de longe para buscá-la, tinha que mostrar pelo menos agradecimento.
As cinco desceram as escadas, na porta do internato sua nova família a esperava.

- Não deixe Chris sacanear vocês, qualquer coisa me liguem e eu... mando ela ir para aquele lugar. – disse sorrindo fracamente. Ashley começou a chorar, era a mais emotiva do grupo. – Não chore. – abraçou de leve a amiga.

- Meus pais moram em NY. – Meredith disse – Podemos nos reunir lá nas férias, não sei. Vamos dar um jeito. – ela disse abraçando a amiga.

Elas se conheciam desde pequenas, viveram juntas no internato, fizeram boabagens, traquinagens nesse local, as cinco juntas.

- Eu mantenho contato. – disse, elas se abraçaram rapidamente em grupo.

- Aproveite que sua família tem caras gatos e pegue eles por mim. – Francine sussurrou para a amiga que riu.

- Cale a boca, sua boba. - riu. Então Carlisle foi até ela e pegou sua única mala.

- Só essa? – Alice disse, como se reprovasse que a menina tivesse apenas uma mala.
deu de ombros e assentiu. Estava partindo tão rapidamente! A Diretora a esperava na entrada da escola, sorria sabiamente.

- Mantenha contato, jovem . – ela disse, Kelly sorria tristemente.

- Sei que vai dar um jeito. – a professora disse, assentiu então viu dois carros estilo parados ao meio fio.

Ela caminhou silenciosamente até os carros, se sentia mal em deixar as amigas. Entrou no carro e atrás com ela foi sua madrinha.
Agora ela se lembrava dela, era a loura que muitas vezes vinha à sua mente, quando era criança. Se sentiu um pouco melhor, sabendo que por enquanto sua madrinha era o mais próximo de mãe que ela conseguiria.

A viagem foi cansativa, os Cullen se mostraram reservados e ao mesmo tempo atenciosos com . A todo instante, Esme perguntava como estava, preocupada com a garota, que respondia com educação.
“Estou bem obrigada”, “ Um pouco cansada”, “Bem”, eram as respostas dela.
Pararam para comer algo no aeroporto já nos EUA. Os Cullen não comeram, achou estranho, fizeram o mesmo tempo de viagem com ela, deviam estar com um pouco de fome pelo menos.
Edward e Alice murmuravam sempre alguma coisa, e tinha a impressão de ser sobre ela.
Quando finalmente chegaram a New Hampshire, apertou bem o blazer no seu corpo, o tempo estava muito frio, talvez até nevaria e ela apenas com seu blazer, que não se tornou quente como de costume.

- Tome. – Rosalie disse tirando o próprio casaco e entregando à afilhada, que tremeu, pois o casaco estava tão gelado quanto o dia.

No carro se tornou um pouco mais quente, deitou a cabeça no ombro de Rose, deixando a madrinha lhe fazer um leve carinho.

- Como conheceram meus pais?

Rose soltou uma risadinha.

- Seu pai trabalhava com Carlisle e nos ajudou em algumas coisas, então se tornaram nossos melhores amigos, vieram nos visitar quando você nasceu. No mesmo dia sua mãe nos perguntou se podíamos ser seus padrinhos. É claro que aceitamos. Vimos vocês até mais ou menos os seus 2 anos, então seus pais foram para Londres. Estranhamos ficar sem novidades sobre você, era raro quando eles ligavam, estavam atarefados com a nova locação. – Rose suspirou – Então os anos se passaram e não tivemos mais noticias sobre vocês. Eu fiquei super preocupada, mas não conseguia falar com seu pai ou sua mãe. Eu até fui a Londres, no endereço que seus pais nos deram, mas havia novos moradores lá...

- Os Vanks. – disse, já tinha ido muitas vezes em sua antiga casa.

- Sim. – Rose continuou – Vocês pareciam ter sumido do mapa, os Vanks não sabiam aonde vocês estavam, disse que quando chegaram a casa já estava desocupada. Eu até fiquei bem brava com seus pais, por não me darem mais notícias sobre você. Então veio a ligação da Diretora e foi um choque para nós... E aqui estamos.

- É, aqui estamos. – Carlisle disse no banco do motorista, sorriu levemente no retrovisor – Chegamos.

olhou pela janela. Era uma propriedade grande, ela percebeu, os portões impediam a vista, eram altos, só o portão de entrada mostrava um pouco da propriedade.
Um pouco no fundo possuía uma mansão, que fez abrir a boca em descrença.

- Vocês moram um bocado longe do centro. – disse. Emmett riu.

- Menina, seu sotaque é grande, você não o tinha antes. – Ele riu, sorriu um pouco.

Eles entraram na propriedade, o gramado verde e bem cuidado, na entrada da mansão tinha algumas flores, a casa era inteiramente branca, com poucos detalhes de madeira escurecida.

- Tínhamos um quarto de hóspedes, eu não tive tempo de decorá-los, mas posso fazer isso se você quiser. – Esme disse e
a olhou rapidamente, então sorriu de forma cativante, mostrando seus dentes brancos e perfeitos.

- Pode ser, obrigada. – ela disse, Jasper abriu a porta da casa, e prendeu a respiração.

A sala de estar era gigante, tinha uma lareira enorme, sofás e poltronas, tudo variando entre branco, bege, nude e marrom escuro. Tinha uma escada para os dois andares, no que deveria ser os corredores, indicando os quartos, em vez de totalmente tampados, eram abertos, viu quatro portas no segundo andar e duas no último.
- Seu quarto é no último andar, ao lado do de Edward. – Alice pegou no braço de subiu as escadas com ela, no caminho tinha uns quadros estranhos, primeiro um cheio de chapéus de formaturas, depois outro com três rostos estranhos, e uma enorme cruz.
Os Cullen não pareciam religiosos. Então Alice entrou no quarto que era de agora, com Rose e Esme entrando silenciosamente atrás dela.

- Se quiser, podemos colocar uma pequena parede de vidro! – Emm gritou lá de baixo – E alguns vídeos-games se quiser também!

- Emmett, isso é um quarto não um salão de jogos! – Esme sibilou para ele que riu.

O quarto de era diferente da casa, tinha alguns tons de dourados, como a coberta da cama e a parede aonde ficava a TV de LSD e o som moderno, uma poltrona perto da sacada estava de frente para um tipo de mesa de estudos. O closet ficava em frente a cama, com o banheiro do outro lado. O quarto em si era grande.
não tinha tanta coisa para ocupar no quarto, tinha livros e CD’s que talvez ajudassem um pouco, mas duvidava que suas roupas ocupassem todo o closet.

- Bom, depois que você tomar um banho e se trocar, faremos compra! – Alice saltitou pelo quarto, com a mala de na mão, então a jogou na cama e a abriu. – Hmm... Livros, livros, CD, livros... roupas... bonitinha, ah não, essa é feia! Nossa gostei dessa! – Ela dizia enquanto tirava as roupas de da mala. – Bom, você tem um ótimo gosto para roupas, será mais fácil fazer as compras com alguém que sabe se vestir.

- Alice, vá com calma. – Rosalie disse tocando os ombros de – Tome um banho, descanse um pouco e depois decidimos se você quer ou não ir fazer compras.

- Ela indo ou não, hoje eu faço compras. – Alice disse saindo do quarto com as roupas que ela não gostou, provavelmente indo colocar na caixa da caridade.

- Queremos que se sinta em casa, querida. – Esme tocou carinhosamente os cabelos de , então elas lhe deram privacidade.

correu até sua bolsa, pegando seu celular e ligando pra suas amigas.
Elas conversaram durante um bom tempo, mas tinha que ir mesmo tomar um banho. Saiu da cama e entrou no banheiro. Ele tinha um enorme espelho, ela não reparou muito nele, deixou a banheira encher, então tomou seu banho, relaxou na agua quente, o cabelo preso a um coque mal feito.
Depois do banho voltou para seu novo quarto, colocou uma calça moletom e uma blusa regata branca – já que na casa não tinha aquecedor – colocando por cima uma leve blusa preta gola V. E crocs preta também nos pés. Ela desceu silenciosamente as escadas. Estava um tanto atormentada. Respirou fundo antes de realmente entrar na sala de estar. Todos estavam lá, com exceção de Alice.
Emmett via algum canal de esporte, com o silencioso Jasper ao seu lado, Esme cantarolava na cozinha, provavelmente preparando alguma coisa para , Rose folheava silenciosa uma revista, e quando entrou ela abriu um estonteante sorriso. , que sempre se achou estonteante, se sentia uma formiguinha perto delas. Edward estava o mais afastado de todos, com o lindo rosto enfiando entre as páginas de um grosso livro. Carlisle também não estava – reparou depois de um tempo.

- Aonde esta Alice? – perguntou incerta.

Se sentia acuada perto dos Cullen, ela era ousada e provocante, mas perto deles parecia tímida e retraída.

- Foi fazer compras. – Rose sorriu – Ela soube seu tamanho pelas roupas que tirou da sua mala. – ela explicou quando franziu o cenho.

- E Carlisle? – perguntou depois de um tempo.

- Em seu escritório, daqui a pouco ele irá para o hospital. – a loira respondeu suavemente, mas seu lindo rosto estava vincado em preocupação.

E se a afilhada decidisse voltar para o internato? Rose tentou não pensar nisso, ela lembrava tanto seu pai quanto a mãe, que fora a melhor amiga de Rosalie Hale.

- Posso...er... falar com ele?

- Claro, querida, é a primeira porta ali. – Esme disse da cozinha sorrindo tranquilamente e apontando para a primeira porta no primeiro andar.

- Obrigada. – ela disse se virando e subindo as escadas lentamente. Quando chegou perto da porta, bateu de leve nela.

- Pode entrar. – ela escutou dizer um pouco baixo até. Ela abriu a porta e entrou devagar.

- Atrapalho? – ela perguntou olhando o escritório.

Era grande, diferente do resto da clara mansão, suas paredes eram em tons pastéis com detalhes pretos. Havia muito quadros e estantes cheias de livros, lembrava até uma biblioteca.

- Claro que não, pode entrar. – ele disse sorrindo brandamente.

fechou a porta atrás de si e disfarçadamente respirou fundo. Caminhou com passos hesitantes até a mesa de Carlisle.

- Eu só... queria saber... er... quanto tempo vou ficar aqui... sabe, eu faço 18, ano que vem e... bom... – ela só queria saber sobre como seria sua vida agora, mas não sabia como transformar isto em pergunta.

- Bom, é claro que você pode ir embora quando fizer 18 anos, se assim preferir. – ele disse calmamente – Mas eu tenho sua guarda agora, por enquanto você ficara connosco... mas caso deseje voltar para o internato, irei entender.

- Não, não quis dizer isso... é só que... – ela respirou fundo – Bom e a... apresentação? Que eu tenho pra fazer em Julho?

Carlisle abriu mais seu sorriso.

- Bom, você pode participar é claro, não vamos lhe privar de nada, , entenda isso, você faz parte da família, gostaria que se sentisse assim. – Carlisle disse dessa vez um pouco mais sério – Sei que pode ser tudo muito novo pra você, que você provavelmente não se lembra de nenhum de nós, mas você sempre fez parte desta família.

se mexeu desconfortável, mordeu os lábios. – Bom – ela disse depois de um tempo -... E como vamos fazer em relação a escola, é início de ano ainda...

- Posso falar com o diretor da escola daqui amanhã, se preferir. – Carlisle sorriu novamente, ele transmitia uma calma e serenidade que surpreendeu . – Os outros também estudam lá. Então sozinha você não vai ficar.

assentiu.

- Obrigada. – ela disse depois de um tempo – Quero dizer, sabe, por me buscar lá e tudo mais.

- Não precisa agradecer. – ele balançou levemente a mão.

Antes que dissesse alguma coisa, Alice entrou no escritório e a puxou pelo braço.

- Venha, vamos ver se as coisas ficam boas! Venha, venha – ela disse e suspirou, seguindo para seu quarto.

- Aonde colocamos tudo isso? – Edward disse, ele tinha as mãos cheias de roupas, provavelmente em cada dedo três grandes sacolas, Emm e Jasper também tinham as mãos cheias.

- Alice! – disse olhando o tanto de roupas que a baixinha comprara – Isso é muita coisa! Está louca?! Deve ter custado uma fortuna! – ela reclamou olhando os nomes das sacolas.

- Ora, não reclame! Tem de tudo ali, sapatos, lingeries, calças, blusas, vestidos, saias, de tudo, até maquiagem! Uma menina comum estaria me abraçando! – foi a vez da vampirinha reclamar. – Ok, coloquem aí em cima da cama mesmo, vou arrumar seu closet, .
- Você é maluca. – murmurou balançando a cabeça.

- Vá se acostumando. – Emm disse – No meu aniversario teve até estatua de gelo!

- Aquilo foi um engano, eu não tinha pedido aquilo, mas mesmo assim ficou bom, ok? – Alice mostrou a língua para ele.

Quando Alice começou a mexer nas lingeries os meninos rapidamente se retiraram do quarto.
Elas passaram um bom tempo arrumando peça com peça – como Alice pedira – e descobriu que tinha uma afeição com roupas, tinha estilo, com a própria Alice dissera. Elas só pararam quando Esme chamou para comer.

- Vocês não vão comer? – ela perguntou quando só tinha seu prato na mesa.

- Já comemos, achamos melhor dar mais um tempinho pra você e Alice adiantarem as coisas lá em cima. – Jasper disse sorrindo.

- Certo. – disse, no fundo ela estava desconfiada, mas ignorou isso.

Havia algo de errado nos Cullen, ela sentia isso, algo que estranhamente a fazia recuar um pouco.
Mas ao mesmo tempo ela se aproximava mais, eles eram bons e a tratavam super bem, não havia por que ter esse medo. Eram sua família agora.
Depois de comer Esme retirou o prato de e foi lavá-lo, enquanto a mesma foi se sentar no sofá, assistindo TV com os meninos.

- O que é? – ela perguntou vendo um monte de homens correndo atrás de outro que estava com a bola.

- Futebol americano. - Emm respondeu os olhos fixos na TV.

tentou entender o jogo com base nas regras do soccer, não devia ser diferente.

-TOUCHDOWN! – Emmett gritou.

- Mas ele estava impedido! – gritou pra tv.

Jasper caiu na gargalhada e Emmett olhou para com um olhar repreendor.

- Se ele cruzar aquela linha ali – Emm disse apontando pra TV – ele faz um Touchdown, não importa se está sozinho ou com outra pessoa .

- Ah sim. – disse, mas não tinha paciência para esportes.

se sentia cansada, talvez por causa do fuso horário, mas era péssimo se sentir assim.

- Eu vou me deitar. – ela disse depois de um tempo olhando para o vazio. – Boa noite. – declarou a todos que responderam o mesmo.

subiu silenciosamente as escadas, entrou em seu quarto e da sua mochila tirou o notebook de capa amarela. O ligou e tamborilou os dedos até ele pedir a senha.
Quando o note ligou de vez, com acesso a internet e tudo mais, entrou em seu MSN, e logo foi assaltada por um monte de janelas piscando, pedindo sua atenção. Todos com praticamente a mesma pergunta: “Como você está e como eles são?!”.

Ela deu respostas curtas e se lançou em uma conversa conjunta com suas amigas.
ligou a webcam para as amigas, que estavam todas no mesmo quarto, provavelmente escondidas da inspetora, elas acenaram e Meredith caiu no choro, fazendo rir ao sussurros.

“Como vamos fazer para ensaiar?!!” – Francine perguntou com a cara de preocupada na web.

“Não sei ainda, NY é muito longe de New Hampshire, talvez eu devesse sair do grupo e assim vocês arranjam por ai mesmo uma outra coreografa” – respondeu com peso no coração.

Mesmo sem som, percebeu os vários protestos que as amigas faziam, viu Rebecca apontando para a tela, como que brigasse com , e Francine dizendo algo mais.

“Não. Você deve estar pirada” – Francine escreveu – “ Olha, vamos fazer assim, podemos falar com nossos pais, você procura por aí uma escola de Artes, e vamos para ai uma vez no mês, passar mais ou menos três dias, sexta sábado e domingo, assim teremos tempo suficiente, e caso alguma de nós não vier, explicaremos para quem faltou”.

“Não sei, não” – escreveu – “Vai ficar muito caro para vocês, virem aqui uma vez no mês, podemos alternar, um mês vocês vem aqui e outro eu vou para ai”.

“Ou para a minha casa em NY” – Meredith atravessou Francine para escrever isso – “Tenho certeza que eles não vão ver problemas.”

“Pode ser” – escreveu mais animada agora. Dançar era sua vida, assim como o grupo em que ela estava. Não podia desistir disso.

“Então, como os Cullen são?” – Francine escreveu.

“Bons.” – respondeu – “ Quero dizer, eles me tratam bem e parece que gostam de mim, pelo o que minha madrinha me disse, me conhecem desde que eu era um bebê. São muito carinhosos, é provável que eu comece a estudar depois de amanhã.”

As amigas sorriram educadamente na webcam. Gostava que a amiga estivesse bem, mas mesmo assim gostariam de ter a amiga ao seu lado, em Londres com elas.

“Estou cansada, é melhor eu ir dormir” – disse sorrindo cativante – “ Qualquer coisa nos falamos amanhã.”

Nisso a inspetora entrou no campo de visão da webcam, fazendo todas se assustarem, e pela cara da inspetora ela não estava nada feliz que as alunas estivessem fora de suas aulas, na webcam. Depois de uma rápida despedida desligou o notebook e foi apagar a luz. Tirou as crocs, a blusa de frio e apagou a luz, se embrenhando nos cobertores, a cama fria a fez tremer, agora só a luz do luar entrava em seu quarto. Era assustador, uma hora ela estava na fria Londres, no internato aonde viveu boa parte de sua vida pensando que não tinha nenhuma família a não ser seu tio Ivan, que não a queria, então de repente ela esta nos Estados Unidos, em New Hampshire mais precisamente, com uma enorme família que (pelo o que diziam) sempre procuraram por ela e seus pais falecidos.
Era surreal.
Não percebeu quando dormiu, apenas se viu em um lindo sonho, claro como o dia e tão real quanto a própria realidade.

Capitulo 3: Voltando ao normal

Quando acordou no dia seguinte, se imaginou acordando no seu pacato quarto de Londres, com sua parceira de quarto a acordando as pressas, pois se atrasara novamente. Mas em vez disso acordou em um quarto um tanto luxuoso, com paredes claras, a manhã fria e nublada entrando pela sua janela, o vento frio assolando seu rosto que estava fora das quentes cobertas.
Enrolou mais um pouco antes de levantar de vez da cama. Preguiça era a palavra-chave de seu dia.
Quando saiu das cobertas quis voltar novamente para a cama, mas se enrolou na blusa de frio e correu para o banheiro, tomando um quente e despertador banho.
Quando saiu foi correndo novamente para o closet, achou apenas mais uma calça de moletom, teria que pedir para Alice levá-la ao centro para comprar mais algumas calças de moletom. Colocou uma blusa grudada ao corpo cinza de mangas longas e gola V, e um blusão por cima, colocou meias e a crocs e saiu de seu quarto, seu estômago roncando.

A casa estava em um silêncio completo, agora se sentia mais ela mesma, não aquela garota de ontem, calada, tímida e acuada. Se sentia mais viva do que nunca, seus olhos penetrantes com um brilho que há tempos ela perdera. Quando chegou na sala que estava vazia também, encontrou Esme na cozinha a chamando.

- Aposto que você está com fome – ela disse com seu jeito carinhoso de sempre – Os outros estão na escola, apenas Rose que ficou, está lá na garagem.

- Obrigada – disse, então se serviu de uma generosa porção de bacon, ovos mexidos e torradas, com suco de laranja. Do jeito que ia ela ia engordar muito, tinha que manter o peso.

Enquanto comia, algo de interessante lhe passou pela cabeça: Rose era sua madrinha.
Mas Rosalie tinha 18 para 19 anos se duvidasse, como podia ser sua madrinha, e se lembrar com bastante clareza a cor de seus cabelos longos, sendo que ela é apenas um ou dois anos mais velha que ela? Algo dentro dela, lá no fundo a mandou esquecer, ignorar, que talvez ela não gostaria da reposta. Mas a idéia não lhe deixava a cabeça, olhou para Esme que lavava a pouca louça que tinha, ela cantarolava baixinho.
Talvez devesse perguntar algo a ela, mas achou melhor não, eles tinham acolhido em sua casa, não iria sair fazendo perguntas, questionando tudo como uma mal educada.

- Vou conversar um pouco com Rose – disse se levantando e agradecendo novamente pelo café da manhã.

Desceu até a garagem e encontrou as pernas torneadas de Rose em baixo de um carro esporte, até pelo jeans dava para ver que era sua madrinha. – Quer ajuda? – perguntou com educação e um leve interesse falso, era péssima em mecânica, só ofereceu ajuda para ter algo para iniciar uma conversa.

- Oh! – Rose disse saindo de baixo do carro e sorriu, seus cabelos louros presos em um coque frouxo, aonde alguns fios moldavam o rosto divino. – Não precisa, querida. Já terminei aqui.

- Hmm – murmurou então se encostou na parede que tinha ali, Rose viu os olhos verdes e vazios da afilhada brilharem com um lampejo para astúcia e determinação. Se sentiu um tanto mais fria com esse olhar da garota. Será que a mesma tinha percebido alguma coisa? - Posso te fazer uma pergunta?

Rose disfarçadamente engoliu em seco. – Claro – respondeu um tanto temerosa.

- Bom, é só uma coisa que ficou rondando minha cabeça... Talvez seja besteira ou loucura... – começou incerta, não queria ser mal educada, mas a curiosidade a dominava mais que a razão. – Mas quando eu pensava em meus pais, como eu te disse, eu lembrava dos seus cabelos, eles pareciam como são agora... E bom você deve ser um ou dois anos mais velha que eu... é só... curiosidade mórbida.

Rose sorriu confiante, embora por dentro tremesse. – Vamos dizer assim que eu sempre tive o cabelo longo. – ela riu suavemente, como um tilintar de sinos. – Mas você está certa, quero dizer, se fosse comigo eu ficaria também curiosa. Seus pais me escolheram muito cedo para ser sua madrinha devo confessar. Mas desde bebê eu sempre fui próxima de você, embora você não se lembre. – Rose deu de ombros – Sempre tive uma memória fotográfica muito boa. E Esme e Carlisle nunca me deixaram esquecer que eu era sua madrinha.

sorriu cativante, seus olhos verdes agora demonstravam que ela não caíra muito nessa historia, mas a mesma resolveu ignorar, como seus pais fizeram no passado.

- Você sabe se eu tenho avós ou alguma coisa assim? – perguntou curiosa, se tivesse, sentia uma certa raiva por nenhum deles a terem procurado.

- Não que eu me lembre – Rose mentiu, sabia que ela tinha avós, mas tinha medo da menina ir embora, era egoísta o suficiente para mentir, se isso fosse fazer ficar com ela – Acho que seus avós também morreram e pelo que sei sua mãe era filha adotiva. Nunca soube nada sobre os pais dela, nem Esme e Carlisle – a última parte era verdade.

Rosalie tinha que admitir, Lucia sempre foi um profundo mistério para todos os Cullen, não sabiam nada sobre ela, e algo (que Rose se lembra muito bem) emanava de Lucia, uma aura estranha, perigosa e ao mesmo tempo cativante, emanava um terço disso, havia mistério em seus olhos verdes, como cofres de bancos fechados, mas não era nem comparado em como Lucia era. Sempre quieta e observadora. Muitas vezes Edward achou que a mulher soubesse sobre os Cullen e talvez só não admitia para si mesma.

- Entendo – responde olhando por cima da cabeça de Rose, o olhar longe dali, imaginando onde será que os pais de seu pai estariam. Depois seu olhar se voltou para Rose que tinha se levantado, a adolescente sorriu tranquilamente – Espero que você não tenha faltado na escola por minha causa, você pode se prejudicar.

Rosalie riu com gosto. Ela. Rosalie Hale. Se prejudicando em uma escola? Era realmente uma piada, mas não entendeu o motivo da risada, embora tenha aberto um sorriso ainda mais lindo.

- Não se preocupe comigo. Talvez o problema seja com você, com esse seu sotaque. – Rose riu novamente, fazendo revirar os olhos.

- Não é tão diferente assim. – ela disse e Rosalie levantou as sobrancelhas em questionamento – Ok, sei que é, mas não é difícil de entender o que eu falo.

- Não, não é. Mas é engraçado – Rose disse então limpou suas mãos. – Já comeu?

- Sim, Esme preparou para mim. – Respondeu . Ela e Rose subiram em silêncio para a sala de estar, cada uma perdida em seus pensamentos.

Edward tinha razão, pensou Rosalie, um dia a farsa seria revelada e os odiaria por natureza e por ter mentido para ela. “Ela não é burra!” dissera Edward na noite anterior. “Irá descobrir uma hora ou outra. Até quando vamos ficar fingindo que comemos comida humana? Eu não vou comer nada dessa coisa nojenta que os humanos chamam de comida! E quando ela descobrir, todo mundo vai levar, por que todo mundo mentiu para ela. Você tem que parar de ver Lucia nela, Rose!” ele dissera mais bravo ainda. “Ela não é nada parecida com os pais, a não ser pela aparência. Pode ignorar agora, mas uma hora ela vai questionar, como todo mundo questiona no final das contas.”
E ele estava certo, pensou Rose, hoje mesmo ela tinha feito uma observação muito valiosa, mesmo que ela não notasse isso, mesmo que para ela fosse mísera curiosidade. Curiosidade. Um sentimento tão perigoso para os Cullen!

- Está tudo bem? – Rose escutou dizer ao longe.

- Ah, sim. Só estava... pensando. – a loura respondeu sorrindo para a morena. E ela realmente viu o que Edward dissera.

não era nada parecida com a mãe, com a melhor amiga falecida de Rosalie. Os olhos eram os mesmo, cópias perfeitas, o modo expressivo e profundo deles, ou como era tão claro quanto o dia e profundos como os mares. A aparência restante era toda do esperto Thiago. Cabelos bem negros mesmo, mais negros que a noite, a pele (provavelmente devida à falta de sol em Londres) era branca como porcelana, tinha uma aparêcia que maciez e suavidade, o cheiro que exalava da garota (estranhamente) não era um cheiro que dava sede, era doce e provocante, mas algo nele não lhes causavam sede.
Fora isso, era única, era apenas... A . Nada de Lucia em sua personalidade, nada de Thiago no olhar e no modo de falar. Rose se decepcionou um pouco com isso, pensava que tendo a menina com ela teria a amiga novamente, mas notou rapidamente a diferença das duas. Mas de certo modo ela se sentiu mais próxima da amiga, já que a mesma a nomeara madrinha de sua filha, já que a afilhada tinha os mesmos olhos da mãe. Pelo menos isso restara.

- Então, querida, é provável que amanhã mesmo você comece suas aulas. – Esme disse sentada no sofá. Aonde se sentou ao seu lado.

- Será que eu vou me acostumar? – pensou alto demais

- Mas é claro que vai! – Esme disse tranquilamente – Você provavelmente terá Alice e Jasper em suas aulas assim como Edw... Bom você terá companhia – Esme hesitou em dizer o nome de Edward, infelizmente ela viu a apreensão em ter na casa com os Cullen, ela sendo humana.

Era uma pena que ele não aprovasse, mas Esme sabia que Edward seria gentil e educado com , caso ela precisasse de ajuda.
“Ela faz parte da família agora, e eu protejo a família se necessário, mas não contem com minha aprovação” ele dissera ontem quando a menina fora dormir.

- É. – respondeu.

- Hey, quer ir conhecer a cidade hoje? – Rose perguntou.

olhou bem para fora, parecia que ia nevar. Então fez uma leve careta.

- É sempre tão frio aqui? – a adolescente perguntou, fazendo Esme e Rosalie rirem.

- Bom, Londres é assim também não é? – Esme perguntou, rolou os olhos e negou com a cabeça.

- Tem sol lá, tem dias quentes. – respondeu sorrindo serenamente – Embora devo concordar que a maior parte do ano é fria. Mas aqui... parece que é mais frio.

- E é. – Rose disse – A maior parte do ano é, vamos dizer assim, inverno. Se você não quer ir conhecer o local por causa da o frio... Bom então você vai ficar um bom tempo em casa.

riu com Esme.

- Ok, só deixa eu ir me trocar – disse subindo rapidamente as escadas.

Pegou uma calça jeans bem colada ao corpo de cintura baixa, uma blusa branca com estampa de onça, uma blusa de manga longa xadrez, uma jaqueta preta de couro por cima e botas de galochas pretas também (novas). Não tinha muito o que fazer no cabelo, os penteou e os prendeu um rabo-de-cavalo frouxo, aonde alguns fios mais curtos caíram, passou um leve batom e borrifou um pouco de perfume, puxou rapidamente um cachecol preto também e fino e o enrolou uma vez no pescoço, assim desceu as escadas.
Esme e Rose já estavam prontas, Rose tão linda que doía, de calças jeans também e botas de salto marrons, blusa gola V vermelha com uma jaqueta preta por cima, os cabelos agora soltos até seus ombros. Esme estava tão linda como Rosalie, calças jeans, blusa de mangas e uma jaqueta por cima, usava botas de galocha como . Tinha os cabelos presos em um coque bem arrumado e despojado.

- Vamos? – ela perguntou pegando a chave do carro. Elas caminharam conversando sobre amenidade, Rosalie (na viagem para o centro) pressionou a falar sobre os meninos de Londres, até que lhes contou sobre eles, com que já namorou e com quem nem chegava perto.

- E você... sabe... já...? – Rose perguntou fazendo rir.

- Sim – respondeu , sabia que Rose falava sobre sexo, e ela não tinha nenhum receio em tocar nesse assunto, na verdade era difícil ter um assunto que tivesse receio em falar

- Jura?! Com quem?! – Rose se virou no banco, ficando de frente para .

- Você não conhece – respondeu – Era um menino de internato, ele foi embora esse ano também. Erik.

Rose piscou para a afilhada. Esme se sentia desconfortável em escutar essas coisas, ainda via como uma criança. De certa maneira, imaginá-la fazendo essas coisas era um bloqueio na mente de Esme.
riu com Rose, que contou sobre seu relacionamento com Emmett.

- Bom, Edward é o único encalhado da família – Rose disse com um certo desdém que não passou batido por , mas a mesma preferiu ficar quieta. Esme mandou um olhar repreensor para Rosalie. – O que é? E você sabe que ele é. Na verdade, Emmett tá começando a achar que fruta de Edward é outra, mas isso é assuntos aparte – Rose riu quando viu Esme lhe mandar um olhar ameaçador - Seja como for – a loira jogou o cabelo para detrás do ombro – Tem uma tal de Isabella Swan na escola, que dá o maior mole pra ele, quer dizer, todas dão, mas ele até deixa a menina com esperanças. Fala com ela e uma vez até já se sentou junto com ela... Na minha opinião é só fogo de palha. Deve estar bravo com meu ursão por ficar zoando ele.

riu com gosto.

- É sério. Coitada, ela nem sabe que Edward não dá a mínima pra ela – Rose disse.

- Como você sabe? – Esme disse um tanto seca – Ele pode realmente estar gostando da garota.

Rosalie riu alto jogando a cabeça para trás.

- Ah! Fala sério, Esme! – ela disse rindo ainda mais – Você conhece Edward tão bem quanto eu, senão mais. Se ele tivesse mostrado interesse pela garota estaria com ela já. Já faz quase dois anos que estamos aqui, ele já teria ficado com ela se quisesse, já teria feito coisas maiores com ela se quisesse. Se é que você me entende – Rose piscou para Esme que quase bateu o carro.

- Não fale assim de Edward, Rosalie Hale! – Esme brigou, fazendo com que Rose rolasse os olhos – Ele é um cavalheiro, nunca faria isso com a menina, você sabe disso. Não sei por que você e Emmett vivem pegando no pé dele!

notou como Esme protegia Edward com todas as garras, e achou graça disso. O filhinho da mamãe, pensou.
Ela olhou pela janela, enquanto estavam paradas no farol, um gato (um tanto grande demais para um gato comum) branco a olhava, olhos azuis como o céu, o olhar dela era tão emotivo que até parecia humano. E ele realmente a encarava, ela tinha impressão de já ter visto esse gato em algum lugar.
Mas ela não teve tempo de olhar mais ou formular alguma coisa, logo o carro já estava em movimento e ao redor dela era apenas lojas, livrarias, mecânica, cafeterías, algumas casas, padarias e farmácias.

- Nossa, até que esse centro é bem grande. – ela disse, as garotas usavam o carro mais simples que os Cullen tinham, uma Pajero prata.
(N/A: sim, para quem leu minha fic anterior eu já citei esse carro maravilhoso e ele é meu sonho de consumo *olhos brilhando*.)

Elas deixaram o carro estacionado no super mercado que tinha ali perto. Saíram do carro e andaram pelas ruas, sem um destino realmente. Passavam pelas lojas, vendo as vitrines, conversavam e riam. Rose tinha o braço dado com e as duas riam das coisas que Rose contava.

- Emm deve ser bem ciumento com você - disse um tanto curiosa. Um homem passou por ela, a medindo de cima a baixo, quase teve náuseas.

- Bom, no início sim, mas hoje em dia não muito, é claro que ele não gosta que os meninos fiquem em cima de mim, mas tem muitas meninas que também ficam em cima dele então ele não pode falar muita coisa. – Rose disse sorrindo de leve.

- Você realmente tinha que ver nos primeiros dias de aula. – Esme disse sorrindo docemente – Ele vivia entrando em casa de cara amarrada dizendo que ainda pegava algum menino de jeito, que o menino nem ia ver o que acertou ele.

riu ainda mais, em todos os sentidos Emmett era uma comédia.

- Mas e você, ? Nunca teve um namorado ciumento? – Esme perguntou.

balançou negativamente a cabeça. Para ser sincera ela nunca namorara, um mês ou dois era o máximo. Ela ficou com o Erik durante quase um ano, e foi o seu limite.

- Não sou muito de namorar, quero dizer, não sou muito de ficar muito tempo com um menino, é raro eu namorar alguém, até mesmo apenas ficar – ela respondeu.

- Vem, vamos comprar um café pra você, antes que você congele – Rose disse sorrindo e entrando em um cybercafé.

Elas compraram o café e saíram na manha fria, deveria ser onze horas agora. Viram roupas, embora convencesse Rosalie a não comprar nenhuma para a afilhada, por que já tinha muitas que Alice comprara. Contrariada, Rose não comprou.

- Então, o que pretende fazer no seu aniversário? Uma festa quem sabe. – Esme disse o rosto pensativo e mesmo que inconsciente já estava pensando como uma mãe e sua filha adolescente. Em como poderia deixar a festa perfeita para a , as pessoas quem chamar, só íntimos, fazer uma surpresa com as amigas de que ela deixou em Londres.

- Na quero nenhuma festa. – disse rapidamente – Não curto festas de aniversário.

- Certo. – Rose disse – Poderíamos dar uma festa apenas para íntimos, o que acha Esme?

- Acho uma excelente ideia. – Esme disse sorrindo de leve.

rolou os olhos, então se lembrou do pedido que tinha a fazer para Esme.

- Sabe Esme. – ela começou – Eu andei conversando ontem com as minhas amigas e queria saber se bom, um mês eu posso ir para Londres, para ensaiarmos.

esperou apreensiva a resposta de Esme.

- Claro, querida! – ela disse sorrindo – Bom, é claro que tem que ser em um dia que você não tenha aula, mas sim podemos ir sim.

- Oh! – disse feliz então agindo impensadamente ela praticamente pulou em Esme, abraçando-a. Esme retribuiu o abraço e logo também estava abraçando Rosalie que se sentiu mais aquecida pela demonstração de afeto da afilhada. – Podemos passar em alguma escola de Artes que por aqui?

Esme e Rosalie conduziram até uma escola de Artes grande, tinha as paredes de lajotas marrons, uma imagem de velho e ao mesmo tempo sofisticado. O salão de entrada era pequeno, possuía no canto a recepcionista, escadas e mais escadas e algumas salas em baixo já estavam em aula que provavelmente era de canto.
se adiantou na frente das outras, olhando bem para o recepcionista que estava ali, o nome em seu crachá indicava mostrava que seu nome era Mark.

- Oi – ela disse baixo, o fazendo pular de susto, ele era loiro e tinha espinhas na face, olhos escuros.

- Ah...oi...er...oi – ele disse atrapalhado.

- Eu queria saber se vocês tem um salão disponível para daqui três semana. – disse com seu famoso sorriso cativante, fazendo o menino titubear algumas palavras inacabadas.

- Sim... deixa eu ver... – ele mexeu em uma pasta, a sua mesa estava cheia de folhas, ele se levantou e olhou na outra mesa aonde tinha o computador, bateu ritmicamente os dedos na mesa, seus olhos passaram pelos papéis que tinham na mesa. Ela entortou um pouco a cabeça lendo uma folha que parecia relatório, tinha nomes e datas. Alguns lugares em branco, em frente às datas.

- Não seria isso aqui? – ela disse para Mark que se virou repentinamente para a garota que olhava a folha.

- Er... sim, claro... é – ele disse, então pegou o papel. – Bom... três semanas...

- Sexta, sábado e domingo – foi mais especifica.

Ele ficou um tempo olhado para ela, então se virou para a folha observando as datas, seguindo algumas linhas com o dedo. impaciente apontou com sua unha perfeita, pintada de preto, para a data que ela queria.

- É... bom, temos sim. – ele disse constrangido.

Um brilho de diversão passou pelos olhos de , ela amava se sentir adorada pelos homens, ver como alguns dele (como Mark) ficavam atrapalhados na sua frente.

- Bom, você pode me agendar nesse dia? – ela perguntou, a voz doce, suave e provocante.

- Você terá... terá que preencher essa ficha... c-como você não estuda aqui... precisa, sabe... regras de padrão. – ele disse buscando uma ficha em sua mesa bagunçada.
escutou a baixa risada de Rose atrás dela.

Quando Mark achou o que procurava, entregou para ela que analisou a folha, Esme ficou ao lado dela, lendo com a mesma.
Pedia as informações de , assinatura dos responsáveis e o telefone. E mais um monte de avisos sobre não quebrar, não pichar, não destruir e essas coisas.

- Bom, tenho certeza que Carlisle não vai se importar. – Esme disse relendo mais uma vez o papel, embora na sua mente o papel já estava completamente detalhado e bem nítido.

- Eu tenho que ligar para a Diretora do internato. – pensou – Falar com ela para pedir a transferência do banco.

- Querida! Não precisa fazer isso. – Esme disse.

- É, nos podemos pagar isso tranquilos. – Rosalie disse pela primeira vez, embora sua voz fosse melodiosa, Mark nem olhou para ela, tentava analisar mais uma vez os olhos verdes penetrantes de .

- Não, de jeito nenhum, já gastaram com as roupas! – negou com a cabeça – Não vai ser problema nenhum, Carlisle cuidando dos papeis do banco já será o necessário.

Ela deu a palavra final e não importava o que Esme e Rose dissessem, ela disse que pagaria a própria escola de Artes.

- Certo, então amanhã nós trazemos isso assinado para você, ok? – disse – Mas.. será que você podia já deixar reservado essa data, caso alguém também a queira?

- C-claro – ele disse sorrindo, o sotaque britânico só acentuava mais a sensualidade de .

- Obrigada. – ela respondeu, se despediu e elas seguiram pela rua, de volta para o estacionamento, foram conversando sobre a dança de .

- Nossa, Julliard! – Esme disse emocionada. – Ah querida, com certeza vocês vão conseguir passar nessa apresentação!

Elas tinham que se apresentar e competir com mais dois grupos para conseguir a vaga.

- Tenho fé que sim. – cruzou os dedos em sinal de sorte.

Voltaram animadamente para casa. Quando chegaram lá, Alice, Jasper, Emmett e Edward já estavam em casa, já tinham almoçado (embora jurasse de pé junto que não tinha visto nenhuma panela quando saiu e quando chegou), então só sobrou , Rose e Esme para comer.
comeu tão pensativa que nem via quando Esme e Rose jogavam rapidamente a comida de volta a panela com uma velocidade inumana.

- Estava uma delicia, Esme. – Rose elogiou e Emmett riu alto, bem alto, fazendo acordar de seus devaneios com um pulo de susto.

- Então, fizeram alguma compra? – Alice perguntou animada, sentando ao lado de .

- Não. – a mesma respondeu. Fazendo Alice bufar. – Eu acho, assim só acho, que você é meio maníaca por roupas Alice. Mas eu só acho.

Todos da sala riram, até Edward.

- Não é isso. – Alice rolou os olhos embora tinha rido tanto quanto os outros – Mas fazer compras é bom.

- Fazer compras leva à falência. – retrucou olhando as próprias unhas grandes de cor preta.

Alice deu um leve tapa na cabeça da jovem.

- Mais respeito. – ela disse, fazendo rir.

- Aham. – a jovem respondeu, se levantou e levou o prato para a cozinha, e os lavou rapidamente, antes que Esme a parasse. Os guardou e se sentou no sofá com Emmett de um lado e Alice do outro.

- Então, Carlisle falou com o diretor da escola, se prepare pirralha, você terá aulas amanhã. – Emm disse.

- Não me chame de pirralha – franziu o cenho. – Você não é tãaaao mais velho que eu assim.

Emmett gargalhou alto.

- Ah, se ela soubesse. – ele disse por baixo do sorriso e do fôlego, fazendo risinhos saírem dos Cullen.

- Não vejo qual é a graça. – disse estreitando os olhos para eles. Edward bufou alto, atraindo atenções de todos, com um pedido formal ele se retirou indo para seu quarto. – Por que tenho a impressão que de ele não gosta de mim?

Rosalie quase rosnou ali mesmo.
Edward seu mal-educado, idiota e retardado. – Rose pensou para Edward.

- Não liga para ele, ele não gosta de ninguém, é um emo da vida – Jasper disse.

- Olha só quem fala. – Emmett disse.

- Cale a boca Esteróides. – Jasper disse, fazendo rir alto. Emmett era realmente muito musculoso, e bem grande.

- Idiota. – Emm xingou zapeando pelos canais rapidamente.

queria saber o por quê de Edward não gostar dela.

- Sério mesmo, não ligue para ele. – Jasper disse suavemente. assentiu.


Quando deu seis horas da tarde, Carlisle chegou do hospital, sendo recebido por Esme com um rápido, mas intimo, beijo, depois eles ficaram se olhando durante um tempo, desviou os olhos de tão intimo que parecia esse olhar deles.

- Carlisle você não sabe da novidade! – Rose disse toda feliz, então contou rapidamente sobre o dia delas, então sobre a escola de Artes.

ficou tensa.

- Mas é claro que eu assino! – Carlisle disse tão feliz quanto Rose. – Julliard, rum? – ele sorriu largamente para , que sorriu serena.

Eles ficaram um tempo conversando, até que chegou a fatal hora do jantar.

- Podíamos comer apenas um lanche hoje. – Jasper sugeriu.

deu de ombros.
Mas quando seu lanche ficou pronto (que foi o primeiro) ela pediu licença e subiu para seu quarto a fim de dar a notícia as suas amigas.

- Mamãe, eu quero sete pães! No capricho hein! – escutava Emm dizer e Rose rindo.

No caminho para o quarto, mexia no celular digitando sua SMS para as amigas, até que trombou em algo.

Quando ela olhou para cima, não era algo, era alguém. Na verdade, era Edward.

- Desculpe. – ela disse um tanto seca, se ele agia como criança na presença dela, não havia por que ser gentil com ele.

- Não foi nada. – ele disse pegando o celular dela que caíra e por sorte não caiu seu lanche. – Então, fiquei sabendo, Julliard.

- É. – ela disse, um brilho de diversão passando por seus olhos verdes – Eu vi aquele piano, é seu?

- É. – Edward respondeu e parecia até sem jeito. se divertiu.

- Interessante. – ela disse, olhando bem nos olhos de Edward, que retribuiu seu olhar, os olhos dourados penetrados e grudados nos verdes dela. sorriu de forma cativa – Ate mais então. – ela disse passando por Edward e entrando seu quarto.

Foi quando ela se tocou. Tinha dado em cima de um parente seu! Embora ele realmente não fosse nada dela, mas mesmo assim!
Ela não podia ser cega, Edward era um deus grego. (n/a: bota Deus grego nisso). Sorriu para o nada, viu que ele ficou tão afetada por ela como qualquer outro menino, embora não fosse muito visível em suas feições, mas é claro que seus olhos o denunciavam.
Depois de comer acabou pegando no sono.


- Você tinha que ser tão idiota?! – Rosalie gritou para Edward. – Ela ficou se perguntando o por que você não gosta dela e isso é ridículo! Não é só por que você não consegue ler a mente dela, que você tem que bancar a criança e sair bufando pela casa.

Edward estava sentado no sofá com expressa de tédio.

- Eu já disse. – ele respondeu – Não é que eu não consiga ler os pensamentos dela, eu consigo... Pegar algumas coisas, é como se ela estivesse fora do meu alcance, embora ela estivesse bem perto de mim. – ele franziu o cenho.

- Não tem nada a ver, eu não consigo vê-la, mas mesmo assim não fico bufando pela casa e repudiando a garota! – Alice interveio, Edward levantou a sobrancelha pra ela – Foi errado, Edward. E você sabe disso, a garota não sabe sobre nós, não sabe o que somos capazes de fazer, principalmente eu e você. Não tem por que demonstrar sua frustração na frente dela, você só vai levantar mais questões na cabeça dela.

- Ótimo, eu não posso nem mais me expressar na minha própria casa! – Edward disse irritado, sabia que fora errado sair bufando daquele jeito, mas ela tinha uma mente confusa, ele se imaginava se os pensamentos dela eram confusos mesmo ou se era um tipo de proteção.

- Não é nada disso. – Jasper disse calmamente então deu de ombros – É só que isso levantará mais e mais questões na cabeça dela, só isso. Não são coisas que ela possa compreender ainda. Se ponha um pouco no lugar dos outros, Edward. Como você se sentiria se alguém saísse do nada bufando por que você disse alguma coisa?

Edward ficou em silêncio.

- Se vocês me derem licença. – ele disse formalmente, então foi para a floresta perto da casa deles, precisava pensar.

Quase caíra nos encantos de no corredor agora pouco. Isso era incomum, por mais que ele não gostasse de Isabella Swan, ela chamava um pouco a atenção dele, não era algo que ele pudesse explicar, mas ali, no corredor com , foi muito mais intenso, ele queria descobrir seus pensamentos, descobrir o olhar divertido que ela mandou para ele, era uma vontade que ele não podia explicar.
Mas não deixaria isso acontecer novamente.


Capitulo 4: O Gato.
foi acordada por Rosalie, que mecheu suavemente em seus cabelos.

- Vamos, acorde. – Rose disse docemente, agora mesmo que não queria sair da cama. Rose riu. – Vai, levanta é seu primeiro dia de aula.

abriu os olhos verdes para Rose, que sorriu, se lembrando da primeira vez que olhou nos olhos da afilhada. Em um momento eles trouxeram a inocência e brilho de quando ela era um bebe. Depois rapidamente passaram para olhos astutos e ousados.

- Que horas são? – perguntou um pouco rouca.

- Seis horas, e entramos as sete. Alice tomou a liberdade de comprar seu material ontem mesmo, não é muita coisa, cadernos, lápis e estojo.

sorriu.

- Certo, vou tomar um banho. – disse se levantando, não gostava muito da escola, mas talvez fosse legal ir com Rose e Alice.

Rosalie saiu do quarto indo para o seu quarto. Quando pegou seu celular na cabeceira de sua cama seu olhar foi atraído para fora, e lá possuía um gato, o mesmo que ela vira no centro, branco, olhar azul intenso, quase humano.
Ela se sentiu irritada, ele estava na varanda, se equilibrando na grade. marchou até a sacada.

- Choo! – ela disse abanando a mão, o gato com habilidade e graciosidade pulou e caiu de pé no chão, correndo até fora da propriedade dos Cullen.

se sentiu incomodada e com um certo medo, desde quando esse gato estava ali?
Foi tomar seu banho e quando saiu dele, Alice valsava pelo quarto de , andando com sapatos e blusas.

- O que está fazendo? – perguntou apertando bem o roupão no corpo esguio e gracioso.

- Arrumando sua roupa para hoje. – Ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Hoje não esta tão frio quanto antes. Então, uma legging preta, uma sapatilha azul turquesa clara, uma max T-shirt de oncinha e uma jaqueta de couro vão bastar. – ela dizia – Aqui – ela disse entregando uma langerie para , que olhou abismada para Alice – Se acostume. – a mesma disse saindo do quarto.

balançou a cabeça negativamente, mas com um sorriso no rosto. Colocou a langerie branca de renda dourada e se vestiu o mais rápido que pode. Secou com a toalha mesmo o cabelo molhado, até que Rose entrou no quarto.

- Vamos, você tem que se maquiar!

- Pra que tudo isso? É só a escola. – disse, mas se deixou conduzir para dentro do closet aonde ao fundo tinha uma penteadeira com um monte de maquiagens que Alice tinha comprado e algumas que ela já tinha.

Rose fez sentar na cadeira enquanto penteava os cabelos da afilhada, eram brilhosos e sedosos. passou um leve, mas bem leve mesmo, blush só para dar uma aparência mais saudades, passou uma vez apenas o rímel e anunciou que estava pronta. Rose não questionou, nem parecia direito que ela tinha passado maquiagem, estava suave mesmo, o rosto um tanto coradinho, olhos marcantes. Rose fez um linda trança embutida em .

- Pronto. – a loura disse sorrindo – Vem você precisa tomar café da manhã.

colocou os novos cadernos em uma bolsa de lado que tinha em cima da cama, a bolsa era de um leve azul turquesa, depois passou pelos ombros e desceu com Rose. Todos pareciam já ter comido, Emmett jogava vídeo-game contra Jasper, que ganhava.

comeu rapidamente.

- Boa aula, querida. – Esme disse quando acabava de escovar os dentes novamente.

- Obrigada. – ela disse com sinceridade.

Todos eles seguiram para fora, foi no mesmo carro que Emmett e Rose, enquanto Alice ia no outro com Edward e Jasper. Rose foi conversando com o caminho inteiro, talvez para distrair a afilhada da crescente angústia de primeiro dia de aula que crescia na menina.
Quando chegaram, notou que a escola era grande, tinha dois “prédios” e um estacionamento enorme.

- Aqui é desde o nono ano até o terceiro. – Rose disse para , que assentiu e saiu do carro, puxando sua bolsa o mais perto do corpo.

O Volvo prata de Edward encostou ao lado do Conversível de Rose. Muita gente parava para olhar, depois de uns minutos ficou um tipo de rodinha.

- O carro de vocês é muito chamativo. – sibilou para Rose que riu.

- Pode ter certeza que não são os carros. – ela disse piscando para , que rolou os olhos.

- Vamos pessoal, circulando, circulando! – Emmett disse – Deixem de babar na minha prima, circulando!

começou a rir, tanto de nervoso como de diversão.

- Ai Emmett, não empata a vida de . – Alice disse rolando os olhos e guindo até a secretaria.

Lá, muitos estudantes mediam de cima a baixo, ela não ligava, sem querer se achar, mas estava acostumada.

- . – ela disse para a recepcionista que pegou uma ficha e lhe entregou.

- Mande os professores assinar, aqui estão seus livros e suas aulas. – ela disse um tanto mal humorada. Alice a ouviu murmurar bem baixo um: “Mais uma dos Cullen para acabar com o nosso ego”, enquanto se virava para atender outra menina.

- Tenso. – disse rindo. Alice sorriu.

- Me deixe ver seus horários. – ela disse pegando a pequena folha da mão da menina. – Hmm... você tem a segunda aula comigo, a de História, e a quinta de Literatura.

assentiu.

- Ah, você tem a terceira com Edward, de Química. – Alice disse animada.

sorriu cordial. A última coisa que a animaria seria ter aula com Edward Cullen. – E tem também a última com ele, de Matemática.

- Ah, ótimo mesmo. – deixou escapar, fazendo Alice sorrir um pouco.

- Ele é legal, um pouco na dele, mas é legal é só questão de convivência. – ela tranquilizou , que assentiu. – Bom vejamos... Você terá a de Física com Jazz, e a de Biologia sozinha.

- Pelo menos não vou ficar sozin... – mas parou de falar, ao avistar o gato branco novamente, no estacionamento ao lado de um Vectra preto.

- O que foi?

- Nada. – disse rapidamente, não queria bancar a louca e dizer que era provável que estivesse sendo seguida por um gato. – Aonde fica a aula de... Artes? – olhou, era sua primeira aula.

- Aqui vem comigo. – Alice disse.

Jazz esperava Alice na porta do prédio 1. Ela foi tagarelando com até próximo a aula dela, assim o sinal bateu. – Bom, tenha uma boa aula. – ela disse sorrindo.

se despediu dela e de Jasper e caminhou em silêncio até a sua sala.
Em Londres era completamente diferente, no internato pelo menos, lá eram os professores que mudavam de salas, aqui não parecia nem de longe com o internato.
No caminho inteiro ao lado dela cochichavam sobre ela, não ligou, continuou andando de cabeça levantada, olhava para a decoração da escola e tudo mais, não se importava que falassem dela.
Entrou na sua sala, o professor (Fábio, como estava escrito no horário) sorriu ao vê-la e assinou o papel.

- Bom gente, temos uma nova aluna aqui. – ele disse, sorriu de leve para a sala que a mirava com curiosidade – O nome dela é , então sejam cordiais com ela.

- Opa, cordialidade é comigo mesmo. – um menino sentado no fundo disse, fazendo todos rirem, inclusive , que nem corar corou.

- Muito engraçado senhor Finnigam. – Fábio disse – Por favor, , sente-se ao lado da senhorita Swan.

Ah, então ela é a Isabella Swan, pensou .
Que sorriu serena e caminhou com passos graciosos e leves até a mesa aonde uma garota de cabelos cor mogno, pele branca quase translúcida, de olhos cor de chocolate a mirava com mais curiosidade que os outros.

- Oi – disse educada. Não soube porque, mas já de cara não foi com a cara de Isabella. Ela não tinha nenhum atrativo, peitos aparentemente pequenos, cintura fina e quadril não muito grande.

- Olá. – Isabella respondeu. – Bella Swan.

- . – elas se cumprimentaram formalmente, com um leve aperto de mãos.

- Então , por que não nos conta um pouco de onde você veio, é meio que uma tradição maldita para os novatos. – Fábio disse, fazendo todo mundo rir e se virar para .

- Bom. – ela começou olhando de leve a sala, um sorriso brotou em seus lábios, um sorriso provocante e até sensual – Eu venho de Londres. Estudava em um internato e vim morar com o Dr. Cullen que é meu padrinho.

- E seus pais? – o professor perguntou
não abalou o sorriso.

- Morreram quando eu tinha três anos.

Houve um burburinho na sala e o professor acalmou todos.

- Sinto muito. – ele disse.

- Não precisa se desculpar. – ela disse serena, se encostando mais na cadeira.

- Bom, peguem seus cadernos e apostilas, hoje será aula teórica.

Houve reclamações da sala inteira.

prestou bastante atenção na aula, não estava nem um pouco atrasada e sim adiantada.

- Então... você é prima do Edward?

olhou para Isabella e sorriu de canto.

- Não. – ela respondeu – Ele não é nada meu, nem ele nem seus irmãos, apenas Carlisle que é meu padrinho. – preferiu não falar de Rose para não levanta questões que nem saberia responder.

Isabella pareceu decepcionada com a resposta de .

- E você é a namorada de Edward? – usou um pouco de seu sarcasmo.

- Oh! Não, não. – ela disse, mas estava na cara que ela desejava isso – Somos apenas amigos... Porquê? Ele fala de mim nesse sentindo?

- Na verdade não. – foi sincera – Fiquei sabendo por Rosalie, ela brincou com Edward, apenas. – a jovem deu de ombros.

Isabella assentiu.

- Você parece parente dos Cullen.

- Jura? – se surpreendeu.

- A beleza, eu quero dizer. – Bella disse.

- Obrigada. – sorriu agradecida pelo elogio.

A aula se seguiu e ela não conversou mais com a Bella.
O sinal bateu e ela foi para sua próxima aula, com Alice.
Gostou da professora de história, ela explicava bem a matéria, mas essa mesma aula passou voando e logo estava a caminho da terceira aula, com Edward.
No meio do caminho, viu novamente o gato, perto da entrada do prédio 1.
Trincou os dentes, queria jogar um livro nesse gato.

- Oi. – uma voz aveludada surgiu atrás dela, a fazendo pular de susto, se virou e viu Edward.

- Oi. – ela respondeu sem emoção, eles caminharam juntos e em silêncio para a aula de Química. Edward se sentou em uma mesa e antes que se debatesse se ia ou não sentar ao lado de Edward, um garoto, alto, loiro e forte entrou na sua frente.

- Oi, sou Bruno Fabber. – ele disse.

- Oi, . – ela disse cordial, mas não queria continuar a conversar com ele.

- , por que não se senta aqui? – escutou a voz de Edward dizer atrás de Bruno.

- Certo. – ela disse – Tchau. – deu uma última olhada para Bruno que olhou feio para Edward. – Valeu. – ela sussurrou para ele que sorriu torto

- Disponha.

Isso trouxe um pensamento a .

- Tentando se redimir de ontem? – ela disse.

Edward pressionou os lábios.

- É – respondeu – acho que sim.

- Um simples: ” Me desculpe pela minha estupidez de ontem”, bastaria. – disse jogando o caderno de 15 matérias na mesa.

- Me desculpe pela minha estupidez de ontem. – Edward disse e segurou a risada.

- Não. – ela respondeu.

- Por que não?!

- Por que você não foi original. – ela sussurrou, nisso o professor começou a escrever na lousa, se levantou e caminhou até o professor, lhe entregou o papel e o mesmo assinou.
Depois voltou para a mesa ao lado de Edward.

- Ok. Me desculpe por ontem. Não é que eu não goste de você, é só que eu estava um tanto estressado. – Edward disse quando ela se sentou.

olhou bem para ele, analisando se o que ele dissera era verdade ou mentira, ele retribuiu o olhar.
Nisso Isabella Swan entrou atrasada na aula, nem Edward nem perceberam sua entrada. Mas Bella se sentiu mal, aquele era o lugar dela, e Edward nunca olhou assim para Bella. É claro que era muito bonita, linda na verdade.

- Certo. – Bella escutou dizer enquanto passava por eles e se sentava junto com a Jéssica Stanley. – Eu te desculpo.

Edward sorriu para .

- Obrigado. – disse fervorosamente.

deu de ombros e voltou sua atenção para a aula.
De longe, Isabella os observava, não parecia estar tendo problemas com a matéria, além de linda era esperta, isso era o modo mais rápido de acabar com o ego de Bella.
Aos poucos – Bella notou – que mesmo com simples gestos, ia agradando a todos, era espontânea, um tanto divertida e um lote inteiro de sensualidade e provocação, seu corpo falava por si só. Jéssica resmungava algo de usar silicone, mas Bella duvidava muito, nem de longe pareciam falsos. Bella sabia que era dor de cotovelo de Jéssica.

O sinal tocou e todos saíram das aulas, Edward e seguiram em silêncio pelo corredor. Por onde ia atraia atenções, na mesa dos Cullen já estava com o resto da família, só faltando mesmo e Edward.
se sentou silenciosa ao lado de Rose, enquanto Edward se sentava do outro lado, ao lado de Alice.

- Como foram as aulas? – Rose perguntou.

deu de ombros.

- Normais. – respondeu sem muita emoção – Não estou nem um pouco atrasada no conteúdo. Esta tudo tranquilo, por enquanto.

deitou a cabeça no ombro de Rose que lhe fez um leve carinho.
Incrível, ela só estava a três dias com os Cullen, e parecia uma vida.
O intervalo foi até silencioso, os Cullen não eram muito de falar na escola, e notou que eles pareciam mais reservados do que nunca. Quando o sinal bateu se dirigiu para sua próxima aula que era de Física, com Jasper. Os dois seguiram quietos pelo corredor.

- Estranho, não acha? Em todas as aulas eu estar acompanhada. – disse para Jasper, que riu curtamente.

- Carlisle só não queria que você se sentisse sozinha. – Jasper respondeu com um toque de diversão em sua voz, que na maioria das vezes era polida e sem emoção.

ia rir, quando perto do seu armário, o gato branco a encarava.

- Choo! – ela disse quase jogando a bolsa no gato, que estava começando a assustá-la.

- Calma, era só um gato. – Jazz disse notando o medo da menina. – Tem medo de gato?

se virou surpresa para ele.

- Não. – respondeu, mas sua surpresa fora a pergunta dele, ela não estava virada para ele quando sentiu o medo do gato, no entanto ele descobriu o sentimento dela. – Só não gosto desse gato em particular.

Jazz franziu o cenho.

- Como assim?

- Esquece. – ela disse suspirando – Vamos nos atrasar. – ela cortou o assunto, eles seguiram em silêncio para a aula de Física, e assim ficaram a aula inteira.

se descobriu que era muito boa em Física, coisa que no internato era a pior.
Depois, na aula de Biologia fora um saco. Teve que sentar junto a uma menina que não parava de falar. Acho que ela mencionou que seu nome era Jéssica, mas não tinha muita certeza por que logo depois que se apresentou ela desatou a falar, de tudo, todos e mais um pouco.
Ela não vai calar a boca nunca? pensou. Deu um sorriso cordial a menina.

- Olha, estamos perdendo conteúdo. – disse e se virou para o professor que explicava a matéria.

- Ah, a aula dele é fácil, teve uma vez que eu... – Jéssica desatou novamente a falar.

só não esganava ela por que era seu primeiro dia de aula. Ela olhou pela janela, e em cima do carro de Rose, estava o gato.

- Puta que pariu! – se estressou, o gato não parava de olhá-la e algo como diversão passou pelos olhos azuis do gato.

- Como é que é, Srtª ? – o professor Igor disse.

- Ah... nada, desculpe. – ela disse envergonhada, mas um sorriso galanteador apareceu em seus lábios.

O professor ficou um tanto desconcertado e voltou a aula.

- É sempre assim? – Jessica perguntou a . – Quero dizer, com os homens? É só você sorrir que eles fazem o que você quer?

- Na maioria das vezes sim. – sorriu de canto para Jéssica, que piscou um tanto surpresa.

Se tivesse um pau nesse exato momento, saia da sala de aula e descia ele no gato, até restar apenas pêlos do gato.
Bateu o pé ritmicamente esperando a aula chata acabar. Matéria de exatas não era tão legal quanto a de humanas.
O sinal bateu, mas não foi para sua próxima aula, saiu até o estacionamento, aonde o gato ainda a seguia com o olhar.

- ‘Tá legal, gatinho, está na hora de você voltar pra casa. – ela disse pegando o gato grande e branco nos braços, que ronronou.

Ela mexeu na coleira dele, procurando por alguma coisa que denunciasse seu paradeiro. Achou um bilhetinho perto da fivela que prendia o gato. O colocou no chão e abriu o papel.
Lá tinha o endereço do gato e o nome da mulher. Karla Felix.
Iria nela hoje mesmo e só não ia agora por que ficava bem no centro, e ainda não tinha sua carteira de motorista.
Ela olhou para o gato e depois para o papel. Suspirou e passou a mão de leve no cabelo, para não desmanchar a trança.
Olhou para a escola.

- Está certo, como você é muito espertinho – ela olhou para o gato que a mirava com os olhos brilhando – me leva aonde você mora, vai.

Ela não acreditava que estava falando com o gato e pedindo para que ele a levasse até aonde ele morava. Mas estranhamente o gato se virou e começou a andar. pegou seu celular e olhou a hora. Rose ficaria louca com ela, mas a curiosidade falou mais alto.
Ela seguiu rapidamente o gato, que ia sem pestanejar entre a estrada, se sentiu com medo, e se ela fosse maluca e algo acontecesse com ela?
Olhou em volta, via ao longe casas, mas na estrada, estava sozinha.
Por muitas vezes ela pensou em voltar, deixar isso para lá, mas se isso fizesse o gato parar de segui-la, ela faria.
Entrou em uma rua cheia de casas iguais, brancas de dois andares. Algumas tinham bandeiras do país, outras tinham quadros e uma o jardim era cheio de gnomos.
Ela parou na casa numera 8. Pegou o gato no colo e tocou a campainha.
Uma senhora, de cabelos tão pretos como os de , olhos pequenos e castanhos atendeu.

- Oh! – a mulher disse olhando bem para .

- Acho que a senhora perdeu seu gato. – a menina disse estendendo o gato para a senhora, ela queria ir logo embora dali.

A mulher olhou para o gato, de repente seus olhos brilharam.

- Você a achou, Safira. – a mulher disse para o gato – Entre. – a mulher disse se virando e entrando na casa.

- Não, eu não posso tenho que... – mas a mulher não a ouviu. É a curiosidade é uma coisa séria, pensou .

Ela entrou hesitante na casa, olhando ao redor, a casa não possuía fotos, mas muitos quadros de frutas e outros de gatos, a sala tinha um estranho cheiro salgado, que fez arder as narinas de .

- Sente-se. – a mulher disse indicando um sofá rosa com estampa de florzinhas.

- Olha, a senhora não esta entendendo, eu preciso voltar para a escola. – tentou dizer.

- Tenho certeza que eles podem esperar, sua família quero dizer. – Karla disse.

- Eu só vim entregar o gato mesmo, ele anda me seguindo. – a menina franziu o cenho e colocou o gato no chão.

- É por isso que você tem que ficar, Safira não costuma sair de casa. – Karla disse.

sentia como se conhecesse aquele olhar, aqueles olhos e a cor do cabelos.

-Será que... Não, seus pais moravam em Londres. Não nos Estados Unidos. - é seu nome, não é? – a mulher disse.

engoliu em seco, confiante caminhou até o sofá e se sentou de forma formal.

- Apenas . – ela disse, a linda boca estreita em uma fina linha. – O que a senhora quer falar comigo?

- Minha neta. – foi o que a mulher disse, apenas.

esperou que ela dissesse mas alguma coisa, sabe-se Deus o que, contar-lhe uma história sobre sua neta e tudo mais, mas a mulher não disse nada e aos poucos a fixa foi caindo. se levantou em um salto.

- Você deve estar me confundindo com outra pessoa. – ela disse pronta para ir embora.

- Seu pai era Thiago Félix, marido de Lucia , morreram em um acidente de carro. – Karla disse.

se virou e sorriu debochada.

- Você se engana, meu pai era Thiago ... e... – mas ela não conseguiu terminar, o nome de sua mãe, que a mulher dissera, batia com o nome da mãe dela, mas nunca soube o porquê da morte dos pais, então não podia afirmar ou negar.
Foi por isso que reconheceu os cabelos e os olhos da mulher, eram iguais a da foto que tinha de seu pai.

- Meus pais moravam em Londres. – ela disse com um fio de voz.

A mulher sorriu, mostrando os dentes amarelos.

- Não, sua mãe sim. – percebeu como a mulher torceu os lábios ao falar da mãe de . – Mas seu pai, ah, ele não, americano puro, nasceu em Nova Iorque e nos mudamos para cá... até ele... conhecê-la.

- Fala da minha mae com tanta amargura – disse entre dentes.

- Falo mesmo! – a mulher disse brava – Colocou meu filho em grande perigo! Ele não parecia saber o que ela era, mas eu sabia! Eu sempre soube! Eu o avisei, sim, avisei. – ela agora chorava como uma velha louca – Estava enfeitiçado, não me ouvia, queria se casar com ela. Não, não, meu neném se meteu com gente errada. Ela era errada. Enfeitiçou meu filho com sua dança, com sua beleza. Mas eu sempre a vi como ela realmente era, era feia por dentro, maldosa e cruel! Matou meu filho!

- PARE! – gritou – Minha mãe não era assim! Sua velha louca!

A mulher riu entre lágrimas.

- Voce é igualzinha a ela, sim, tem a aparência do meu filho, mas é feia por dentro. Triste, sozinha, cruel e maldosa. Como ela. – a mulher disse – E como a maldita gata dela. – então olhou para Safira, que tinha os pelos eriçados e estava no sofá. – Só a deixei ficar, porque sabia que um dia você ia volta, a gata traria você até mim. Sim, e trouxe.

recuou, a mulher delirava, seus olhos arregalado e quase saindo das orbitas olhava loucamente para .

- A gata é do mal também. – apontou para a gata branca – Tentei matá-la uma vez, mas ela me atacou. – ela arregaçou as mangas, aonde (já cicatrizado) mostrava marcas de unhas, mas não parecia de gato comum, e sim de tigre ou algo assim.
foi recuando até a porta.

- Você é louca. – ela sussurrou para a mulher.

- Não, não sou. – Karla disse – Meu filho não me ouviu. Dizia que eu estava louca também. Mas Lucia nunca foi flor que se cheirasse. Nunca. Olhos, os olhos – ela murmurava – encantava todo mundo com os olhos... hipnotizava, usava o que ela era contra todos.

- O QUE ELA ERA?! – se estressou.

- FEITICEIRA! ERA UMA FEITICEIRA! – Karla gritou, saiu correndo da casa, respirando rápido, sentia uma vertigem incomum. Sua mãe não era assim, não era, e ela também não era. Não, não era.


N/A: Sério QUE CAPÍTULO FOI ESSE Meldels!
Fiquei todinha arrepiada!
Tipo, Edward já baixando a guarda, Bella se roendo de ciúmes, o gato misterioso sempre seguindo a PP, a velha louca se dizendo avó dela e acusando a mãe de FEITICEIRA!
BRUTAL! Juh! Estou me mordendo de curiosidade e ansiedade pelo desenrolar da fic. ELA PROMETE…E MUITO!
COMENTEM!!!!
Kisses da Baby

Capitulo 5: Procurando respostas.

andava pela estrada apressada, olhava para trás, a gata a seguia.

- Saia! Saia daqui! – ela pegou uma pedra e a tacou na gata, qe se desviou com elegância. – Saia. – ela sussurrou, não sabia o porque, mas lágrimas invadiam seus olhos. Se sentou na beira da estrada e respirou fundo, precisava se acalmar, tinha que se acalmar. Seu celular vibrou na bolsa.

“Rosalie” – mostrava na tela.
Era rejeitou a ligação se levantando e voltando a andar para a escola, colocou sua melhor máscara de serenidade que conseguiu. Quando entrou no estacionamento da escola, ele estava vazio com exceção do carro dos Cullen.

- ! – Rose veio correndo até ela, assim como os outros Cullen. – Aonde você estava?!

- Estou bem. – ela disse mirando sem nada ver, falou em um fio de voz, sentia desespero pelo o que a mulher disse. Não, Karla era louca, louca... completamente louca. Mas, lá no fundo, acreditou nas palavras da mulher. – Estou bem. – ela percebeu que não parava de repetir isso, então, desmaiou.

- Ai meu Deus! – Rose disse segurando a afilhada.

Todos a envolveram.

- Vamos levá-la para Carlisle. – Edward disse.

- Ela esta desesperada. – Jasper disse olhando com preocupação para .

- Por que? – Rose sussurrou urgente, Emmett pegou a meninas no colo.

- Ela só pensava uma coisa: Louca, Karla é louca. – Edward disse – Ela pensava mais coisas, mas só consegui pegar isso.

Eles correram pela cidade, até o grande hospital que Carlisle trabalhava. Entraram e deram de cara com Carlisle, que preenchia uma lista no balcão.

- O que houve? – ele disse preocupado, correndo até , que estava nos braços de Emmett.

- Não sabemos, ela não foi na última aula. – Edward contou – Então, na saída nenhum sinal dela, ela chegou depois de meia hora, totalmente estranha. Pensava em uma tal de Karla e pensava que ela era louca, havia outras coisas, mas eu não consegui captar. Então ela ficou murmurando que estava bem, sem parar, até que desmaiou.

- Acha que foi muita pressão o lance de todo mundo da escola prestar atenção nela? – Alice disse.

Carlisle colocou em uma maca, a levando para uma sala reservada.

- Eu duvido muito. – Rose disse – é espontânea e gosta da atenção... O que me intriga é quem é essa Karla.

- Tem alguma Karla na escola? – Emm perguntou.

- Tem a Karla Gilbert, mas ela não faria mal a uma mosca. – Rose rolou os olhos.

- Ela parece bem, um tanto abatida, mas bem. – Carlisle disse passando mão de leve na testa da afilhada, retirou o termômetro dela – A temperatura esta um pouco alta, mas nada de alertante.

O miado surgiu ao longe, os Cullen olharam pela janela, e lá tinha um gato branco, grande de mais para um gato comum, olhos azuis safira e mirava na maca.

- É o gato que expulsou hoje. – Jasper disse, e quando todo mundo se virou confusos para ele, ele explicou – Estávamos indo para a aula de Física, no quarto tempo, ela comentava sobre ser curioso sempre estar acompanhada nas aulas, chegamos perto do armário dela, para pegar seu material, quando esse mesmo gato estava em frente a ele, ela ficou bem nervosa no momento e só faltou acertá-lo com a bolsa, mas depois ela sentiu medo. Quando perguntei se ela tinha medo de gatos ela negou, mas disse que não gostava especificamente deste gato.

Rose caminhou ate a janela, a fim de pegar o gato, mas antes que ela percebesse gato arranhou com força seu braço, os olhos azuis se encheram de raiva, o que foi estranho, parecia até humano, então ele pulou e corre para a rua, sumindo.

- Que estranho. – Edward disse.

- Não mais estranho que isso. – Rose disse estendendo o braço para a família, ali tinha uma recente marca aberta de garras grandes, como de felinos grandes, não doía, mas era estranho um simples gato ter feito aquilo.

se sentia flutuando na escuridão.

Não acredite nela. Uma voz melodiosa soou em sua cabeça. É louca, não acredite nela.

- Acreditar em quem? – ela perguntou para o vazio.

Karla Felix. É louca. A voz tornou a dizer.

- Eu sei. – agora se via ela mesma, com a mesma roupa de hoje cedo em uma estrada bem clara, tão clara que ardeu seus olhos.

Continue a dançar. Dance para o mundo, querida. A voz disse mais animada agora. Seja você mesma, seja uma feiticeira.

se sentiu em pânico.

- Não sou uma feiticeira. – ela disse tentando acordar, olhando em volta.

Sim, você é.

- Não sou!

VOCE É! A voz gritou raivosa. Olhos verdes surgiram no claro, olhos raivosos e maldosos, então uma escuridão se abrangeu por ela.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – se sentou na maca gritando em alto e bom som.

- Calma, calma, você esta aqui, calma. – Carlisle disse tentando acalmar a afilhada. se debatia ainda em pânico. – Calma, calma. – ele disse segurando as mãos da afilhada.

mesmo acordada olhou em volta, respirando rápido, sentia sua nuca suar.
Sentiu também uma onda de calma e tranquilidade, mas notou que não era dela.
Seus olhos entraram em foco, e ela olhou para a sala de hospital, todos os Cullen ali, inclusive Esme.

- Pânico é pouco para o que ela sentiu. – Jasper disse por baixo do fôlego. Os Cullen olharam preocupados para , que voltou a se deitar, olhando para o teto branco, o cheiro de éter invadindo seus narinas.

- Por que estou aqui?

- Você desmaiou querida. – Rose chegou perto da cama, notou que no braço da madrinha tinha marcas como a de Karla.

- Deus! – a menina arfou pegando o braço da madrinha. Parecia já cicatrizado, será que Safira a tinha atacado antes, bem antes, como Karla.

- Está tudo bem. – Rose acalmou , passando a mão em sua cabeça.

- Sei que está desconcertada, . Mas preciso perguntar, aonde você foi na sua última aula? – Edward perguntou.

decidiu bancar a desentendida.

- Eu fui a algum lugar? – ela perguntou, sua máscara era tão convincente que ela enganou todos os Cullen, menos Jasper e Edward, que perceberam a mentira.

- Deixe ela descansar. – Esme disse.

- Quero ir pra casa. – choramingou.

- Claro, querida, vamos. – Rose disse ajudando a afilhada a se levantar.

- Ela precisa ficar mais um tempo, Rose. – Edward disse, querendo saber o por que a menina mentira.

- Ela vai pra casa, Edward. – Rose disse fuzilando Edward com os olhos, tinha Rose em suas mãos, Edward percebeu, na verdade, tinha todos em suas mãos, como era quando bebê.


entrou pela porta sendo amparada por Rose. sentia suas pernas bambas, o sonho, a descoberta invadindo a sua mente.

- Vou para meu quarto. – ela disse se encaminhando para o quarto, subiu as escadas em silêncio com Rose, e quando a madrinha lhe deu privacidade ela correu para se notebook que estava em cima da mesa de estudos. O ligou e digitou no Google: Feiticeiras.

Apareceu um monte de sites, entrou no primeiro.
“Conhecidas por fazer magia negra...” rolou para baixo. “ São particularmente magníficas, hipnotizam homens em geral humanos...” ela rolou mais para baixo, não achou mais nada que se interessasse.

Entrou em outro site.
“Adoradoras do diabo...” ela o fechou.
“Maldosas e cruéis” dizia o texto, e fora o que Karla disse também, assim como viu em seu sonho. “Hipnotizam homens para sua própria serventia, tem como adoradores os gatos, que possuem grande poder místico, em geral suas filhas são também feiticeiras, muitas feiticeiras matam seus parceiros depois que ele descobre seu segredo...”

parou de ler, sentia lágrimas invadirem seus olhos. Não, sua mãe não fora assim, continuou a ler “Nunca olhe nos olhos de um feiticeira, pois é neles que ela te prende, te fascina e te comanda. Nunca veja uma feiticeira dançar, pois na sua dança irá se hipnotizar. Nunca ouça sua voz, pois nela se perderá.”

fez outra procura: Como identificar feiticeiras.
Entrou no site que tinha o nome mais normal que achou.
“São belas. Uma mulher pode identificar uma feiticeira, mães dos homens que elas escolhem identificam a feiticeira, por serem mulheres e as mães são imunes à beleza da feiticeira...” fechou os olhos com força, eram só sites sem fundamentos.

Continuou a ler “ Gatos, a maioria tem gatos. Gatos grandes e de olhos humanos, elas enfeitiçam os gatos, usam os poderes mágicos deles...” ela fechou com força o site. Outro dizia o seguinte:
“Um gato é fiel a sua feiticeira, vive por mais anos que um animal comum vive, aguardando pela herdeira de sua dona.”
Na cabeça de veio Safira. Ela fechou a tela do notebook com força e foi tomar seu banho.
No banho pensou bem no que ia fazer. Na verdade não ia fazer nada, ia seguir com sua vida, como se isso não tivesse acontecido, se concentraria na apresentação que tinha para fazer. Voltou para seu quarto e lá encontrou Edward sentado na sua cama.
Ela franziu o cenho.

- O que devo a honra de sua visita? – ela perguntou se encaminhando para o closet, Edward não resistiu descer o olhar pelas pernas torneadas dela, pigarreou e voltou seu olhares para os olhos dela, aonde ficou prezo, sacudiu a cabeça com violência.

- Os outros saíram. – ele disse – Foram... comprar comida.

- Hmm… – murmurou colocando uma langerie preta de renda rosa, então voltou para seu quarto e pegou sua calça de moletom e sua blusa regata. Edward abriu a boca em descrença. – Algum problema? – perguntou divertida.

- Não, nenhum. – ele disse se levantando – Na verdade há um problema sim. – ele se virou para ela, que ergueu uma sobrancelha. – Por que mentiu para os outros? Dizendo que não sabia aonde tinha ido na ultima aula?

sentiu a descrença preencher seu rosto, rapidamente retomou o controle das feições.

- Não sei do que está falando. – ela disse se virando indo para o closet, sentiu uma mão fria segurar seu braço.

- Sabe sim. – Edward disse com sua voz aveludada perto do ouvido da garota, Rosalie o mataria pelo que ele estava fazendo, mas ele lidaria com ela depois.

se virou para ele, os rostos a centímetro de distância.

- Vamos fazer assim, bonitão – ela disse se virando completamente para ele, então colou o corpo dos dois e Edward sentiu o ar faltar. –, você tem os seus segredinhos – ela sussurrou perto dos lábios dele – e eu tenho os meus. – então deu um leve selinho nele, que ficou surpreso. os olhos dourados escuros arregalados. – Eu não faço perguntas sobre o comportamento estranho de vocês – ela escorregou uma mão para dentro da camisa escura dele, o fazendo sentir o calor de sua mão no abdômen dele – e você não faz perguntas sobre o meu. – ela subiu um pouco a mão, descendo então uma unha pela barriga dele, que tremeu pelo repentino calor do corpo dela. – Estamos entendidos?

Edward umedeceu os lábios, olhava para ela e não conseguia formular uma resposta coerente.

- Certo. – disse por fim se soltando dela e saindo o mais rápido que pode para o quarto dele, ficando longe da tentação que aquela garota era.

riu, colocou sua roupa e se deitou um pouco, a última coisa que sentia era fome. Não soube muito bem quando dormiu, apenas soube que fora transferida para um lugar bonito, uma campina, aonde ali tinha um mesa de chá e tudo mais. Ela se olhou e vestia um vestido de organza vermelho, com espartilho preto, no busto possuía um colar que tinha uma pedra azul safira.
Os saltos pretos eram bem altos, ela estava fantástica, suas ondas caindo pelas suas costas suavemente. A grama era de um verde vivo e bem cuidado.

- Venha, venha. – ouviu a mesma voz que ouviu no outro sonho, como reflexo ela recuou – Não precisa ter medo de mim, venha, venha.

Na mesa de chá, havia uma mulher loura, quase platinada, olhos verde, só que não iguais aos de ou de Lucia e sim escuros e um tanto maldosos. caminhou cautelosamente para a mesa.

- Sente-se. – a mulher disse sorrindo, se sentou reta e dura, a mesa de chá foi posta. – Você é tão parecida com sua mãe.
estreitou os olhos. - Mas tem a aparência do pai. – ela continuou torcendo a boca de desgosto quando falou no pai de .

suspirou, nossa, ninguém gostava de seus pais?!

- Não, a maioria não gosta, bem, não os da nossa espécie. – ela disse. – Falando nisso, sou Patricia, irmã de sua mãe.

não disse nada, ficou apenas olhando a mulher, desconfiada.

- Você deve estar se perguntando o por que deste sonho estranho, não é?
assentiu.

- Vamos, quero ouvir sua doce voz novamente.

- Sim, estou me perguntando isso. – ela respondeu. Patricia sorriu amplamente.

- Linda, linda voz. Uma voz de feiticeira devo dizer.

- Não sou feiticeira. – disse de pronto, queria sair dali, aquilo tudo era loucura, feiticeiras não existiam e ela não era uma.

- É, infelizmente você não é. – Patricia disse de forma rude, como se desaprovasse que não fosse feiticeira – Mas pode ser se quiser. Sabe, está tudo aí, no seu sangue. – ela olhou para o pescoço de , então notou a pedra que ali tinha e soltou um riso maldoso – Safira não cansa de me desafiar, não é mesmo?

- Se esta falando daquela gata que atacou minha madrinha... – colocou o dedo em riste – Diga a ela para parar de me seguir e parar de atacar minha família!

Patricia escureceu a face.

- Não aponte esse dedo para mim, menina, você não sabe do que sou capaz! Agora escute. – ela disse – Eu bem que queria tirar Safira, aquela gata mal amada, de você. Mas não posso, ela era de sua mãe e tem o dever de te proteger...

se levantou em um salto.

- Não preciso de proteção e não preciso dessa bosta de sonho, quero acordar! – disse brava, seus olhos estranhamente pararam no pescoço de Patricia, onde tinha um colar igual ao de , mas com a pedra preta ônix.

- Não se atreva – Patricia disse – a me desafiar, isso não é loucura é o seu mundo, por mais que você puxou o gêneses do seu imundo pai, ainda tem um pouco de minha irmã aí! – Patricia se levantou também – Agora sente-se e me escute. – ela estalou os dedos e se sentiu impelida a sentar – Isso não é como Harry Potter ou coisa do tipo, isso é sério, você tem um pouco de feitiçaria, ou acha que é tão linda por acaso? Já se perguntou o por que todos os homens a veneram? – ela sorriu maldosamente – Até o incrível Edward Cullen?

- Olha lá o que vai falar. – avisou, seu medo se perdeu.

- Não cometa o mesmo erro da sua mãe de se apaixonar, menina, muito mais por uma pessoa como o Edward. – ela disse sorrindo cruel novamente.

- O que quer dizer?

- Ora, nunca notou como Edward e sua família são estranhos? Safira não os atacou por instinto, atacou por que eles são perigosos...

- Cale a boca. – disse tentava a todo custo acordar, olhou em volta.

- Não.Me.Mande.Calar.A.Boca. – Patricia disse entre dentes. O céu se tornou arroxeado – Atrevida como a mãe. Descubra por si só o que os Cullen são. Talvez... ah sim, vamos ver se nosso querido Edward é tão poderoso assim.

Antes que falasse alguma coisa, a imagem de Edward lendo um livro em seu quarto apareceu no sonho e do lado de fora um gato preto de olhos verdes cruéis o olhava, o gato entrou sorrateiramente no quarto, Edward fechou o livro e olhou em volta.

- Vê como ele sabe da presença de Scar sem o mesmo ter feito qualquer tipo de barulho? Isso é natural, ?

- FIQUE LONGE DELE! SEU GATO DE MERDA! – gritava.

O gato investiu, pegando Edward de surpresa, começou a gritar, seu colar queimou em seu peito, brilhando, então ela se viu sentada em seu quarto, saiu correndo e entrou no quarto de Edward com força.

- Edward! – ela disse, mas o mesmo estava sentado, lendo seu livro, a olhou entediado, quando percebeu o olhar assustado da menina se levantou. – Você... você estava... no chão... o gato preto. – ela dizia olhando pelo quarto.

- Ei, calma foi só um sonho. – ele disse tentando tranquiliza-la.

- Não, não foi, o gato... preto. – ela disse tocando o pescoço, mas ali não tinha nenhum colar. Ela correu até a sacada do quarto de Edward, se pendurando para ver melhor lá em baixo, mas já tinha escurecido.

- Não tem nenhum gato preto aqui, . Relaxe! – ele disse passando de leve a mão no braço dela.

- Não... tinha... Ah... tinha. – ela olhou para ele, procurando por ferimentos, mas o rosto perfeito dele continuava sem ferimentos, os braços fortes continuavam brancos e perfeitos, os olhos dourados escuros estavam os mesmos, também, o queixo quadrado, a boca perfeita e sedutora, o nariz fino e reto, continuava lindo e perfeito, sem estragos. - Ah, Edward. – ela fungou e o abraçou, sentindo a frieza do seu corpo forte e duro como pedra. Ele a abraçou de volta.

- O que aconteceu? – ele perguntou.

Quando se ligou do que ele falava, ela o olhou em dúvida se dizia ou não o que acontecera no dia de hoje, mas Edward olhava o busto dela, aonde ali tinha uma marca vermelha e redonda, aonde tinha queimado o colar no sonho.

- N-não sei. – ela gaguejou, não tinha sido um sonho, tinha sido real. Oh! Ela estava perdida. – E-Edwar-d-d. – ela tremia dos pés a cabeça.

- Venha, vou ligar para Carlisle. – ele disse a colocando sentada no sofá de seu quarto e foi quando percebeu, não tinha cama.

- Não! – ela disse tirando o celular da mão dele – Estou bem. – ela olhou em volta novamente – Não... tem cama.

Edward engoliu em seco.

-É uma das reformas de Esme, ela tirou minha cama hoje e amanha chegará a outra. – ele disse tão convincente e com o olhar tão inocente que desconfiou um pouco.

- Certo. – ela disse passando a mão no rosto.

Não brinque comigo. Uma voz soou em sua cabeça.

- Não estou brincando com você. – Edward disse sem pensar, droga ele vivia fazendo isso, falando sem que as pessoas falassem algo.

Depois de um tempo ele notou que não era a “voz mental” de . Era uma mais macia e maldosa, era um aviso.

- , o que esta acontecendo? – ele perguntou, usou seu poder para revistar a floresta e ao redor da casa, em busca de alguma outra mente, mas não havia nenhuma.

- Nada. – ela disse, decidida a não contar e não acreditar, não podia se deixar enlouquecer, tinha uma apresentação para fazer.

- Você parece cansada. – Edward disse frustrado pelo comportamento da menina e por ela não lhe contar nada.

- Não vou dormir. – ela disse decidida, a voz firme, os olhos verdes penetrantes novamente esquadrinharam lá fora.

- Mas você precisa dormir. – ele disse achando graça, humanos precisavam dormir, era ridículo mas eles precisavam.

- Não estou com sono, não vou dormir. – ela disse firme, não queria sonhar novamente.

- Olha se for pelo pesadelo, você não o terá de novo. – ele a tranquilizou, sentando ao seu lado. – Não se sonha duas vezes com a mesma coisa, relaxe ok?

assentiu, seu estômago roncou fazendo Edward rir.

- Acho melhor você se alimentar. – ele disse pegando ela pela mão e os dois desceram as escadas juntos.

estava cansada, cansada da agitação do sonho, da agitação de quando acordou, da agitação do que soube de hoje.
Eles foram para a cozinha em silencio, até que pela janela,
viu um gato preto de olhos verdes maldosos.

- AH! – ela disse recuando.

- O que foi? É só...um gato preto. – Edward disse então o espantou indo apenas até a janela da cozinha. – Pronto, já foi.

O coração de estava disparado, ela se sentou na mesa da cozinha, segurando a cabeça nas mãos
Estou pirando, ela pensou. Então desfez a trança bagunçada, fazendo seu cabelo cair em ondas largas, quase sem ondas até a sua cintura.
Edward foi direto para o micro-ondas, aonde Esme deixara uma comida pronta para , ele a esquentou e ela se serviu.

- Já comeu? – ela perguntou com sarcasmo.

- Já. – ele respondeu, estava cansado de mentir dentro de sua própria casa, de ter que fingir ser uma coisa que ele deixou de ser a muito tempo: humano.
Ela comeu em silêncio e depois lavou a própria louça.

- Edward... posso te fazer uma pergunta? – Edward viu um brilho de astúcia passar pelos olhos verdes dela. – O que você sabe sobre feiticeiros?

- Que eles não existem. – Edward sorriu torto.

riu e revirou os olhos, então se sentou de frente para ele.

- Sei que não existem. – ela tentou se convencer – Mas o que você sabe sobre as lendas de feiticeiros?

Edward sabia de muitas lendas, pelo tanto de anos que tinha, mas estranhou a pergunta da menina.

- Por que quer saber?

- Pode, por favor, me responder? – ela disse um tanto irritada.

Edward deu de ombros.

- Bom – ele começou –, sei que, se existissem, fariam magia e essas coisas, o que todo mundo sabe, oras.

- E você sabe qual é o inimigo do feiticeiro? – perguntou. Edward levantou as sobrancelhas.

- Por que o interesse? – ele disse.

fechou os olhos com força – Tem como responder a minha pergunta?

- Muitas coisas são inimigas de feiticeiros. – Edward revelou – Ao que parece são vampiros e lobisomens...

- Mas como eles não existem, não é mesmo? – perguntou, abrindo os olhos e olhando atentamente para Edward.

- Sim, exatamente. – ele disse confiante. – Agora, responda uma pergunta minha: Por que tanto interesse nisso?

deu e ombros.

- Minha amiga, Ashley sempre foi muito supersticiosa, só queria saber, curiosidade. – ela mentiu. Edward suspirou, ô menininha misteriosa, ele pensou.

- Sei. – ele estreitou os olhos para ela – Como estámos sendo muito sinceros um com o outro. – ele jogou seu sarcasmo para ela – O que fez na última aula?

- Fumei um baseado. – respondeu sorrindo e pegando um copo de água, Edward arregalou os olhos, depois os rolou.

- Você não faria isso. – ele riu de leve – É serio, você deixou todo mundo preocupado.

- Até você? – ela perguntou.

Edward abriu a boca para responder, depois tornou a fechá-la, e fez isso mais duas vezes.

- É, eu também. – decidiu ser sincero. arqueou uma sobrancelha.

- Sabe o que eu acho? – ela disse se apoiando na mesa, se projetando para frente e ficando a centímetros de distancia do rosto de Edward.

- Não o que você acha? – ele se aproximou ainda mais.

- Acho que você talvez, muito talvez, torça para outro tipo de time. – ela disse e viu a cara de choque de Edward. – Venhamos e convenhamos, você fala muito certinho, lê livros direto, nunca dá mole para as garotas da escola, a não ser para Isabella Swan, que é doida para dar uns pegas em você, mas você não deixa, e quando eu me aproximo de você, você praticamente sai correndo. Estranho, muito estranho.

Edward a olhou chocado, tudo o que ela disse não fazia sentido algum. Se ela ao menos soubesse o por que ele não se aproxima das meninas e não por causa do que ele é, e sim por que não vê interesse em meras humanas.

- Você é completamente sem nexo. – ele disse, fazendo rir. – Se fosse assim então eu julgaria que você fosse lésbica, por que você fugiu do garoto que joga no time da escola, na aula de Química, e todos os garotos que deram em cima de você hoje, você não deu mole.

riu.

- Se você soubesse o que eu fiz com meninos, Edward. – ela tocou de leve com o dedo indicador o lábio inferior de Edward – Você não estaria falando isso. – Então ela se levantou, indo em direção a escada.

Por mais que Edward não quisesse, a mente pervertida dele tentava imaginar o que ela fez com os outros meninos. Ele (sem entender) sentiu raiva, raiva de quem a tocou. Não sabia da onde vinha essa raiva toda, mas ela estava ali.
Droga! A garota já o tinha em suas mãos também. Edward se virou e a viu subindo as escadas, se levantou e em menos de um segundo estava ao lado dela, a pegou pelo braço e a encostou na parede.

- Fujo de você, rum? – ele disse antes de tomar os lábios da garota nos seus.

Foi uma sensação incrível, os lábios quentes e macios dela se movendo com os seus, sua língua quente se enroscando com a gelada dele. Ouvir o coração disparado dela, a respiração saindo em lufadas, os curvas do corpo dela se encaixando ainda mais no corpo dele, as mãos quentes e atrevidas passeando pelas costas dele, peitoral e até no cós da calça dele. Edward manteve as mãos na cintura dela, ora ou outra subindo para a nuca quente dela, a fazendo suspirar em sentir a mão fria ali.
Os dedos dela se enroscaram nos cabelos sedosos de Edward, o puxando mais para perto, sua garganta ardeu pelo cheiro que o invadiu, mas ele estranhamente não quis atacá-la, não era um cheiro que o faria atacar, mas o instigou a mais toques, a mais dela.
A mão fria dele desceu pela cintura dela, acompanhando a curva do quadril e parando na coxa dela, a levantando até a cintura dele. Edward se encaixou mais entre as pernas de .

Ela parou de beijá-lo, para tomar fôlego. Edward desceu os beijos pela garganta dela, a fazendo jogar a cabeça para trás, o pescoço quente e macio era provocante, sedutor e o chamava, clamava para ser beijado, mordido.
Morder. Isso passou pela cabeça dele, uma única mordida e esse doce cheiro estaria em seus lábios, descendo pela garganta seca dele.
percebeu a atitude do garoto, quando ele passou um bom tempo em seu pescoço, algo dentro de sua cabeça a avisou sobre o perigo de tê-lo ali, ela puxou a cabeça dele para cima, encontrando o olhar escuro dele, umedeceu os lábios sensualmente e voltou a beijá-lo, nunca tinha sentido tanta vontade assim de beijar um menino, os lábios frios e duros contra os dela era puro deleite.

Ela o empurrou para o outro lado da parede, voltando a atacá-lo, beijando os lábios, até que ela desceu os lábio pelo queixo dele, mordendo, depois beijou a jugular dele e assim foi subindo os beijos, ora mordendo, ora dando pequenos chupões.
Os olhos de Edward rolaram nas orbitas, ele encostou a cabeça na parede, sentindo melhor os lábios dela na pele fria dele.
Quente e frio se mesclando, se completando.

Estou perdido, Edward pensou quando as mãos dela adentraram sua camisa. Estou maravilhosamente perdido, pensou novamente com humor.
Não podia negar a atração que o puxava para ela, para seus toques. Ele a puxou para beijá-la novamente, até que levou um certo susto quando seu celular tocou alto na casa silenciosa.

- Droga! – Edward murmurou frustrado. Maldito celular!

sorriu maliciosa, deu mais um selinho em Edward e subiu correndo as escadas, pegou o celular e o atendeu.

- Alô. – ela disse olhando para a porta, aonde Edward se encostou, os braços cruzados no peito, a expressão frustrada. queria rir.

- Amiga! Tentei falar com você o dia inteiro! – Meredith disse do outro lado da linha.

- Oi amiga. – ela disse aborrecida por que a amiga atrapalhou seu momento com o gostoso do Edward.

- Olha, já mandamos para seu e-mail as músicas, daqui algumas semanas estaremos aí, você conseguiu algum lugar para ficarmos?

- Sim. – piscou para Edward e se virou para a varanda. – A escola de Artes aqui é com uma república, já reservei os melhores quartos para vocês, assim como o salão já esta reservado, só esperando por vocês.

Meredith deixou escapar uma exclamação de alegria.

- Ótimo, bom no FDS que vamos para aí, todas nós vamos. – ela disse.

- Hmm... que ótimo – disse olhando o reflexo de Edward na janela, ele tinha o rosto pensativo e o olhos longe. – Alguma novidade além dessa?

- Bom, sim. A diretora não queria que eu te contasse, mas... – Meredith hesitou – Bom veio uma tal de Patricia aqui na escola, disse que era irmã da sua mãe e que queria falar com você, mas a Diretora já disse que você tinha ido com sua madrinha, não deu sua localização, mas disse que você estava bem, ela não pareceu muito feliz.

esqueceu todo o calor que seu corpo teve quando beijou Edward a alguns minutos atrás, seu rosto perdeu a cor.

- Hmm... e ela conversou com vocês?

- Não, nós a vimos sair, mas ela nem olhou para nós, ela é um tanto sinistra.

- Certo, amiga, mande um beijo para as outras, mas eu estou um tanto cansada. – disse distraída, tentando não pensar na tia ou seja lá quem Patricia for.

- Certo, beijos amiga, te amamos – então desligou.

- Algum problema. – Edward perguntou, tinha ouvido toda a conversa, claro, mas não falaria para .

- Não. – a mesma mentiu e Edward estava começando a se cansar das mentiras.

- Hmmm… – ele disse, mas antes que qualquer um dele dissesse alguma coisa, a porta da frente da casa foi aberta e os Cullen chegaram conversando baixinho.

Edward olhou um tanto preocupado para baixo, se Rose soubesse que ele beijou , era um vampiro morto e carbonizado.
piscou para ele, depois colocou sensualmente o dedo indicador nos lábios, como forma de silêncio, seu olhar agora mostrando confidência. Ela passou por ele sem tocá-lo, então desceu as escadas.

- Ah, querida, como você se sente? – Rose perguntou, percebeu que os olhos da madrinha estavam mais claros do que nunca, ela parecia um pouco corada também.

- Estou bem. – ela disse automaticamente, todos os Cullen estavam como Rosalie, olhos mais claros do que nunca.

- Está bem tarde e temos escola amanhã, é bom irmos dormir. – Alice fez seu teatro, bocejando falsamente. – É claro, se você quiser ir amanhã.

- Mas é claro que eu vou amanhã. – riu, então todos subiram para seus quartos.

voltou a se deitar, mas tinha medo de dormir, então tentou ficar acordada.
Um miado soou na noite e ela tomou um susto, se sentando na cama e olhando para a varanda. Com um suspiro de alívio ela caminhou até a varanda.

- Bom, se não fosse por você... sabe-se lá o que teria acontecido. – ela sussurrou para a gata branca do lado de fora, abriu a porta de vidro e deixou a gata entrar em seu quarto, Safira entrou farejando o local, então se enroscou na cama de . – Não quero dormir. - ela sussurrou para a gata, se deitando e olhando Safira.

O olhar da gata mostrou repreensão, então a gata se aproximou de , que se permitiu um leve carinho na cabeça da gata.

- Minha mãe era como elas disseram?

Safira levantou a cabeça e o olhar de repulsa passou por seus olhos e depois de súplica, como se suplicasse para a menina não acreditar no que diziam.

- Certo. – ela disse voltando a se deitar, então ficou olhando o teto, quando deu três da manhã, dormiu.

Capitulo 6: Atenção

acordou muito bem na manhã seguinte, um tanto cansada por ter ido dormir tão tarde como dormiu. olhou para o lado e não encontrou a gatinha branca, então se levantou e foi tomar seu banho;não lavou os cabelos; depois de ficar mais um tempo debaixo da água quente, desligou o chuveiro, se enrolou no roupão e foi para o seu quarto. Por algum motivo o furacão Alice não estava no quarto. olhou bem para o tempo e descobriu que caia pequenos flocos de neve.

Ah, ótimo, ela pensou com sarcasmo. Foi para o closet e pegou uma calça jeans e uma blusa de manga longa, azul-marinho, colocou um casaco quente preto, que ia até o inicio de sua coxa. Depois colocou botas de galocha com estampa de oncinha e deixou os cabelos soltos e ondulados caírem pelas suas costas. Foi até a penteadeira que ficava no closet e se sentou, tinha pequenas olheiras debaixo dos olhos e a aparência um tanto cansada. Passou um pouco de pó para disfarçar, depois um pouco de blush e delineou bem os olhos com o lápis delineador. Passou um gloss na boca e jogou o cabelo de lado. Pronto, estava linda novamente.

arrumou rapidamente a cama king-size, depois pegou a bolsa que estava em cima da mesa de estudos e a passou pelo ombro, deu uma última olhada no espelho e sorriu, estava linda.
Desceu as escadas silenciosamente, Esme já tinha preparado seu café da manhã.

- Fiz um bem reforçado pra você, querida. – ela disse e na cabeça de a mesma se lembrou que desmaiara ontem, sorriu e comeu silenciosamente.

- Cadê os outros?

- Terminando de se arrumar. – Esme disse sorrindo maternal. – Está linda.

sorriu radiante, comeu tudo que me colocou no prato e depois escovou os dentes. Quando voltou a descer, todos já estavam na sala.

- Vamos? – Emmett perguntou, assentiu e eles foram para a garagem. – Hey, pirralha, não está na hora de tirar sua carteira de motorista?

riu.

- É, esta na hora mesmo. - disse, ela tinha pavor de dirigir, principalmente se algum ônibus ou caminhão encostasse ao seu lado.

- Além do mais, está chegando seu aniversário... – Jasper deixou a frase no ar, se divertindo ao ver a careta que a menina fez.

- Olha, se algum de vocês me der um carro... – ela disse colocando o dedo em riste – vai sofrer a minha ira, entenderam?

Todos eles riram. Seria cómico ver tentar machucá-los, mas antes ela precisaria pegá-los, ou surpreendê-los o que seria uma aventura e tanto...para ela.

- Aham, pirralha – Emm (claro) disse, bagunçando os cabelos dela – Primeiro cresça, depois apareça ok?

- Idiota. – ela murmurou entrando no conversível de Rose.

- Ei, ei – Emm disse levantando o dedo pra ela – Mais respeito com os mais velhos.

riu caçoando dele.

- Aham. – ela fez um movimento com o dedo, em sinal de ok.

O caminho se seguiu animado e extrovertido. Agora tinha poucas aulas acompanhadas, mas mesmo assim sabia que Rosalie ficaria de olho nela, principalmente na última aula.
Quando chegaram na escola, caminhou decidida até o prédio 2, para sua aula de Ed. Física. Chegando lá, ela balançou um pouco a cabeça, retirando a neve que grudara nos seus cabelos negros, depois foi para o vestiário, guardar seu material lá. Antes de ir para a aula ela deu uma olhada, por reflexo, no seu celular, havia uma SMS não lida.

“Já escutou as músicas que te mandamos, bitch? Espero que sim e espero que tenha algo em mente, por que aqui em Londres não conseguimos montar um movimento decente sequer.
Bjs da Francine.”

riu e respondeu que ainda não tinha ouvido as músicas, mas que hoje sem falta ela veria.
Depois colocou as calças da educação física e a blusa sem graça cinza, guardou o celular na bolsa e foi para a quadra, que era fechada.

- Bom, parece que temos uma nova aluna. – o Professor Orlando disse sorrindo de leve para , que correspondeu o sorriso e entregou o papel para ele, percebeu que nessa aula tinha com a Isabella também, e uma imagem da noite anterior com Edward surgiu na mente de , a fazendo segurar o sorriso.

- Tudo bom? – Isabella perguntou, sendo acompanhada por Jéssica-a-tagarela que a media o tempo todo, .

- Sim e com vocês? – disse com cordialidade.

- Bem também. – Bella deu de ombros.

- Vamos aquecer pessoal, não quero alguém na enfermaria hoje. – Orlando olhou de soslaio para Isabella.

a olhou em dúvida.

- Vamos dizer assim que eu não sou a melhor atleta da escola. – Isabella respondeu.

assentiu, então começaram a correr pela quadra, o que realmente começou a esquentar, já que a quadra era super gelada.
Quando pararam de correr, todos estavam arfando. tirou uma presilha do braço e prendeu o cabeço em um coque frouxo.

- Hoje vamos jogar soccer, então, começando pelas meninas... – ele olhou para as meninas com pesar – Decidam os dois grupos... e boa sorte.

- Gente eu não vou jogar, sério, sou péssima em soccer – já avisou.

A única e ultima vez que ela jogou acabou com a canela roxa e sem dançar durante uma semana por que tinha torcido o tornozelo.
Mas o professor disse que todas tinham que jogar e ficou no time contra Isabella. Não achava que a mesma ia vir com tudo pra cima de , mas duvidou muito que algumas meninas não fizessem isso.
A inveja mata, pensou divertida.

O jogo começou, cruzou os braços e o tornozelo e observou todo mundo jogar, ela estava na quadra adversário, e recebia olhar furtivos do goleiro. Então inesperadamente decidiu ajudar o time que perdia e pedia para ela jogar, coisa que ela não faria.

- Oi, meu nome é . – ela disse para o goleiro que parou na hora de prestar atenção no jogo e olhou pra ela sorrindo, era forte, musculoso e moreno de olhos azuis.

- Oi, sou Kevin. – ele ofereceu a mão e a apertou gentilmente. – Então, você não é muito de jogar não é?

riu melodiosamente.

- Não, esportes não é meu forte. – ela piscou pra ele, que titubeou alguma coisa, o prazer de fazer isso dominou então seu time marcou um gol. – Boa sorte aí no gol. – ela disse pra ele e bateu palmas para as meninas do time que comemoravam.

A aula acabou e deu graças por isso, ela foi se trocar e quando tirava a roupa percebia os olhares das meninas nas suas costas, e algumas até comentaram da tatuagem que ela tinha perto da bunda, era o símbolo do infinito, o oito deitado.
Quando terminou de se trocar foi para a aula de Matemática, que era com Edward.
Ele já estava sentado e se sentou do seu lado.

- Não vai se incomodar, não é? – ela disse suavemente.

- Claro que não. – ele disse sorrindo torto para ela.

ficou, por pouco tempo, analisando o lindo rosto de Edward, ele era perfeito.

- Bom, como começamos na aula anterior… – O professor Leo começou a explicar, era velho e tinha um jeito rude e impaciente de explicar, mas explicava bem, ele parecia aquele bad boys da época dele. – Ora, ora, parece que alguém cabulou na minha aula ontem. – ele disse olhando para a lista dele e depois para , que pendeu a cabeça de lado, lançando ao professor um olhar confuso.

Antes que ela dissesse alguma coisa, ia retrucar bem grossa, Edward interveio.

- Problemas de família professor. – ele disse com a voz mais aveludada que tinha, seria mais fácil se o professor fosse mulher, mas ele tinha que dar o jeito dele, antes que só piorasse sua situação com o professor. – Creio eu que isso é valido em uma falta. – então se levantou e entregou ao professor uma carta que supostamente Carlisle mandara, mas Edward sabia imitar a letra de Carlisle com perfeição, e fez isso quando o mesmo pensou em dar uma dura em .

- Ah, sim, bem, sinto muito por sua avó, – Leo disse.

tomou um sobressalto, o que o professor sabia sobre sua avó louca? O que ela sabia sobre Karla?

- Espero que ela melhore do hospital. – Leo continuou.

- Ah, sim é... coitadinha – caiu na real e fez cara de sofrimento. – Ter Alzheimer não é fácil.

Leo se virou para ela.

- Aqui diz que ela esta com pneumonia.
- Isso também. – improvisou na hora e balançou melancolicamente sua cabeça, Edward, entrando no personagem, deu leves tapinhas nas costas dela e sentiu vontade de rir, mas segurou bem isso.


As aulas passaram chatas e melancólicas o tempo frio fazia lembrar um pouco de Londres, mas a fazia também querer voltar o mais rápido de podia e dormir, debaixo de grossas cobertas.
Em todo lugar que ia, chamava a atenção, seja de homens ou mulheres.
Estranhamente quando viu Edward indo para sua próxima aula, sentiu o desejo de beijá-lo novamente, os lábios frios, a língua fria no pescoço dela, a mão gelada na sua nuca, entrelaçando em seus cabelos... Pigarreou e saiu desse transe. Mas ela também queria outra coisa: Sexo.
Estava já um bom tempo sem ele, desde que veio para New Hampshire, mas nenhum menino daqui a atraia a ponto dela fazer isso. Alguém trombou com ela.

- Ei! Olha por onde anda! – ela disse se virando para trás e dando de cara com, provavelmente, o segundo menino mais bonito dessa escola.

Humm... dia de sorte, ela pensou.

- Foi mal mesmo. – ele disse de um jeito estranho que logo, com um certo choque, percebeu a diferença na voz, era gay.

COMO ASSIM, MUNDO INJUSTO?!! Ela pensou, ele era um tanto moreno, cabelos loiros e olhos de um azul profundo e brilhante.

- – ela se apresentou.

- Ricardo, mas pode me chamar de Rick. – ele disse. – Então, você é a nova gatinha da escola. – ele disse com seu jeito afeminado, sorriu.

- Parece que sim. – ela disse – Qual sua próxima aula?

-Geografia. – ele disse pesaroso, então Jéssica, uma menina loira e Isabella passaram pelo corredor cumprimentando com falso entusiasmo .- Galinhas chocadeiras. – Rick disse fazendo rir.

- Está dando pinta, sabia? – ela avisou ele e saiu andando.

- Sério? Está tão na cara assim?

- Muito. – ela se divertiu.

- Droga, sabe eu até me revelaria nessa escola, mas eles são tão preconceituosos! – Rick disse seguindo a menina. – Oh, sua aula é a mesma que a minha.

assentiu.

- Sabe é muito difícil me descobrirem, alguns só suspeitam. – ele lamentou.

- Hey, relaxa eu não vou contar para ninguém – o tranquilizou, nisso Edward passou no corredor da frente, provavelmente indo para a aula de Ed. Física – Não conto se você manter uma coisa em segredo.

- Pode deixar. – ele piscou pra ela.

- Fale para o professor que eu passei mal e fui na enfermaria. – sussurrou quase inaudível para ele, olhando na direção que Edward foi.

- Tá pegando o gostoso do Cullen é?

- Não. – ela mentiu e piscou para ele então pegou um atalho para o segundo prédio, quando viu o professor passando se escondeu no armário de vassouras.

- Pra aula, Cullen – o professor disse.

- Só vou me trocar, professor. – a voz aveludada de Edward disse, arrepiando .

Quando tudo ficou quieto ela entre abriu a porta, Edward estava passando na frente da porta, ela puxou sua blusa, ele olhou sobressaltado e ela o puxou para dentro do armário de vassouras que era super apertado.

- O que está fazendo? – ele sussurrou depressa.

fechou a porta e se virou para Edward atacando-lhe os lábios.
Ele rapidamente correspondeu o beijo, encostando com força na parede, beijando-a de uma forma que deveria ser crime, sugando os lábios dela, mordendo e a provocando com a língua.
Quando o ar se fez necessário, Edward passou novamente a beijar o pescoço dela, depois a pegou no colo, fazendo soltar um baixo gemido, mas bem audível para Edward, que ficou ainda mais animado.
Ela agarrou com força o cabelo dele voltando a beijar os lábios do rapaz, e mordendo com uma certa força, que quase não foi notada por Edward. A mão dela se infiltrou dentro da camisa dele, o fazendo sentir todo o calor que emanava em ondas do corpo dela. Quando ele fez o mesmo, espalmando a mão na barriga dela, arfou e sussurrou bem baixinho o nome dele, quase como um lamento.
Ela necessitava dele aqui e agora.
Edward captou esse pensamento luxuriante dela e a afastou.

- Por favor, não seja puritano agora. – ela disse arfando, Edward fechou a cara.

- Não sou puritano. – ele disse então delicadamente a colocou no chão.

- Então por que diabos parou? – ela disse brava.

Edward não disse nada, primeiro por que não pretendia fazer nada nesse armário, por mais quente que ele esteja agora, segundo por que o que fosse fazer com ela seria em uma cama.

- Ah, vamos lá Edward, sei que você quer também. – ela sussurrou sua mão descendo para o meio das pernas dele aonde ali era visível sua excitação, Edward fechou os olhos com força, segurando o gemido para si mesmo. Ela começou a apertá-lo de leve, massageando.

- Pa...re – ele disse, apoiou uma das mãos na parede, os olhos fechados com muita força.

- É isso o que você realmente quer? – ela sussurrou com a voz rouca, para depois morder o lóbulo da orelha dele, que estremeceu.

Edward trincou bem os dentes, sua mão livre segurou bem firme a dela que estava entre suas pernas, não queria que ela parasse, mas também não queria fazer no almoxarifado da escola!

Principalmente com Rosalie e Alice por perto.
sorriu sensualmente então abriu a calça dele, que segurou novamente sua mão tetando pará-la, mas ao mesmo tempo seu corpo pedia pelo toque quente dela, como um vicio.

- Como você é difícil. – ela sussurrou no ouvido dele, então retirou sua mão do aperto dele e por cima da cueca voltou a acaricia-lo, dessa vez arrancando um longo gemido de Edward.
colou seu corpo ao dele, intensificando ainda mais a carícia, sentindo prazer de ver a face dele tão meticulosamente comportada em puro desejo.

- Ainda quer que eu pare? – ela perguntou maliciosa.

- Não. – ele rugiu a empurrando para a parede.

Agora ela tinha conseguido o que queria. A beijou com certa força, abrindo a calça dela, que o ajudou a descê-la, o sexo dela palpitando. Edward empurrou a calcinha dela de lado, passando seus dedos nas molhadas dobras dela, que sentiu as pernas cederem aos poucos.
Introduziu um dedo e a viu ir à loucura com um gemido. Passou a beijar o pescoço, ele nunca tinha feito, mas já tiveram livros que ele leu, que falava sobre o assunto. E quando ele se posicionou entre as pernas dela, ao longe voz do professor.

- Já é a segunda vez que ela vomita na minha aula, zelador. – ele dizia, cada vez se aproximando mais.

- Droga, droga, droga. – Edward xingou.

- Ah, o que foi agora? – perguntou brava, se ele os parasse novamente ela ia joga-lo contra a parede e faria todo o trabalho se possível.

- O professor está vindo com o zelador. – Edward disse arrumando as calças

- Velho babão – xingou enquanto subia suas calças, Edward a empurrou mais para trás, eles se misturaram a sombra.

A porta foi aberta e um filete de luz apareceu, – por mais escondida que estava atrás de Edward – sentiu o coração pulsar em sua boca e ecoar em seu ouvidos.
Mas ninguém realmente entrou, o zelador apenas puxou o esfregão e voltou a fechar a porta.

- Sua maluca! – Edward sussurrou bravo para ela.

- Você não me achava maluca enquanto eu masturbava você. – ela disse abaixando e pegando a própria bolsa, Edward abriu a boca mas nenhum som saiu dela. – Feche a boca, pode entrar mosca. – ela disse dando dois tampinhas no queixo de Edward então abriu a porta e saiu do almoxarifado.

- Como você é estúpido, Edward! – ele se xingou – Um idiota! Quase fui pego, quase!

Esperou um pouco mais de tempo para sair do almoxarifado (sua excitação não cooperou com ele) depois seguiu para o último tempinho que lhe restava da aula de Educação Física.

- Aonde você estava, senhor Cullen?

- Aqui, o tempo todo. – Edward disse de forma convincente, então apontou para a arquibancada – Estava sentando, não me senti muito bem. – ele disse.

Na mente do professor, passava as notas de Edward com todos os professores e apenas uma falta na aula dele.

- Certo. – o professor disse meio a contra gosto.

O fim das aulas chegaram, e todos foram para o estacionamento.

- Ah! Ficou até a ultima aula – Emmett brincou com que riu.

- Tenho que representar né. – ela riu e entrou no carro, nem olhando para Edward, que a olhava de soslaio.

- Algum problemas? Você parece um tanto tenso – Jasper disse para Edward.

- Estou bem. – Edward disse quase sem mover os lábios, então entrou em seu Volvo.


Quando chegaram em casa correu para o seu quarto, para ouvir as novas músicas que elas gravaram antes que suas amigas surtassem. Ela sabia a letra, mas a melodia ainda não tinha ouvido. Abriu no seu computador as músicas e na sua mente, passos e mais passos se formularam, e ela sorriu para o nada.
(n/a: como sou muito sem criatividade, as músicas eu peguei inspiração nas Pussycat Dolls, então... vai ter algumas música delas aqui.)

Depois de escutar as músicas ligou para as meninas. Mas se lembrou que era mais ou menos três ou quatro horas mais tarde lá, e elas deveriam estar em aula. Houve uma leve batida na porta e a cabeça de Emmett entrou no campo de visão de .

- Hey, Pirralha, vamos descer, tenho uma surpresinha pra você. – ele sorriu maquiavélico.

- É hoje, é hoje que eu mato você Emmett. – disse descendo as escadas com ele, todos estavam reunidos lá fora.

- Bom, vamos fazer um teste, quer dizer, você vai fazer um teste. – Emmett disse – Temos aqui um lindo Volvo prata. – ele mostrou o carro de Edward, como um vendedor de loja. – Um dono lindo e chato...

- Por que chato? – pendeu a cabeça de lado.

- Ah! Me deixa terminar pô! – Emmett disse – Quer saber? Não apresento mais, a garota acabou com a minha vibe!

rolou os olhos.

- Dá pra alguém me dizer o que eu vou fazer?

- Voce vai tentar dirigir o carro do Edward! É segundo mais lento, então... – Rose disse sorrindo.
sorriu

- É, ok, tô fora. – ela disse se virando e indo entrar.

- Isso! – escutou a felicidade de Edward, ele não teria seu lindo carro batido ou arranhado.

- Pensando melhor, acho que vou tentar. – disse se virando e pegando as chaves da mão de Edward.

Emmett e Jasper riram alto.

- Tá legal, eu vou com você. – ele disse entrando no carro.

- NÃO! Pode sair agora desse carro! Eu vou sozinha, não tenho 16 anos! – ela disse.

- O carro é meu. – ele retrucou – Agora entra logo.

- Rose – suplicou. Rose foi falar alguma coisa, mas foi impedida por Emm, que tampou sua boca.

- Vai fundo, pirralha. – ele encorajou .

A garota entrou no carro e bateu a porta com força.

- Não bate a porta! – Edward reclamou, só de birra. abriu a porta e a bateu de novo e fez isso mais duas vezes. – Se você fizer isso de novo, te chuto pra fora desse carro.

- Quero ver tentar. – desafiou, então deu partida no carro – Cadê a marcha disso aqui?

Edward rolou os olhos.

- É automática – ele disse então explicou resumidamente.

- Certo, não deve ser nada difícil. – então ela deu a ré e aos poucos foi saindo da propriedade dos Cullen. Ela foi parar no portão e apenas encostou o pé no freio, o carro parou bruscamente, fazendo ela ir pra frente e depois voltar. – MAIS QUE MERDA DE LATA VELHA! – ela xingou brava.

Edward tinha a cara fechada mais não disse nada.

- Agora, de-va-gar. – ele disse quando ela passava pelo portão.

rolou os olhos. Eles entraram na rodovia e dirigia com cuidado.

- Cuidado, ali tem um buraco – Edward apontou pra frente, foi frear e acelerou e desesperada ela freiou batendo a testa no volante.

- Mais que droga, Edward! – ela disse esfregando a testa, Edward só não rolava de rir por que no banco não dava para fazer isso. – É agora mesmo que eu bato essa lata velha contra a parede – ela disse decidida, então acelerou.

- SUA LOCA! NÃO FAZ ISSO! – Edward gritou. freiou com força o carro; - Sai! Pode saindo do carro, vamos voltar agora para a casa!

- Não! Você não ficou rindo?! RI DISSO TAMBÉM! – ela gritou ainda mais alto.

- Como você é infantil! Meu Deus!

- Ah, me desculpe senhor-adulto – ela disse saindo do carro – Não preciso dessa merda de carro. – então bateu com força a porta e começou a andar pela estrada, voltando para casa, o Volvo prata parou ao seu lado.

- Entra. – Edward disse.

- Não e acho melhor você sair com esse carro da minha frente antes que eu chute ele! – ela disse brava. Edward rolou os olhos.

- Está frio, nevando, se você pegar um resfriado, Rose vai me matar.

olhou com raiva para ele, então foi até o carro e bateu forte a mão no teto.

- Então espero que ela faça um bom serviço. – disse sombriamente, se virou e voltou a andar.

Edward bufou, mas que menina difícil!

- Então a sua melhor ideia, é ir a pé de volta para casa, isso contando com a mata que tem mais pra frente? – Edward perguntou divertido.

foi reduzindo o passo, olhando bem para a orla da floresta.
Bom, tem a trilha, ela tentou pensar positiva, assim como tem os animais... os insetos... e sabe-se lá o que mais.

- Tá certo. – ela disse se virando para Edward que sorria de orelha a orelha – Você é um idiota sabia. – ela disse dando a volta pela frente, Edward acelerou o carro, fazendo se assutar – Caralho! – ela xingou batendo no capô do carro, Edward gargalhou.

abriu a porta e se sentou.

- Não bate a p... – Edward disse, mas foi tarde demais, bateu com tanta força a porta, que os vidros estremeceram. Edward se calou durante toda a viagem, se mantendo em silêncio.

- Entao, como foi ?! – Rose perguntou animada quando eles entraram na propriedade.

- Não estou falando com esse viadinho. – disse emburrada, saindo do carro e batendo a porta.

- Não estou falando com essa destruidora de carros. – ele disse também bravo e entrando logo depois que entrou.

- É, acho que foi tudo bem. – Esme disse, os Cullen a olharam com as sobrancelhas erguidas. – Estou tentando ser positiva – a morena se defendeu, entrando na casa.


Capitulo 7: Dança.

Algumas semanas depois.

- AAAAH! AAAAH! – gritava com as amigas, elas finalmente tinham chegado.

Edward se encolheu e dramaticamente colocou os dedos nos ouvidos, Rosalie bufou.

- Como se isso fosse ajudar. – ela sibilou. Mas tinha que concordar, essas meninas podiam gritar bem desafinado quando queriam, ainda mais com os ouvidos mais sensíveis que o grupo de vampiros tinham.

- Ai meu Deus! Estamos aqui! Estamos aqui! – Ashley olhou em volta – Ai que lugarzinho frio. – ela reclamou cumprimentando brevemente os Cullen e passando por eles.

- Bom, temos muito trabalho para fazer, então... mãos a obra! – Francine disse animada.

- Ah, cale a boca. – Meredith disse

- É, pare de ser tao chata! – Rebecca bufou

- Mandonaa – Ashley cantarolou

- Irritante. – disse olhando as próprias unhas.

Francine fechou a cara.

- Bom, eu quero ganhar, agora se vocês não quiserem... – ela disse brava

- Você vai fazer o que? – Rebecca brincou e deu um leve empurrãozinho em Francine – Relaxe um pouco!

Francine bufou mas assentiu.

- Ok, agora eu quero conhecer aonde nós vamos ficar. – Ashley disse jogando seus cabelos ruivos para trás do ombro, mas acabou acertando a cara de Becca.

- Se você jogar mais uma vez esse cabelo na minha cara, Ashley, eu juro por tudo que é mais sagrado que pego uma tesoura e passo nos seus cabelos e depois saio correndo pra vender ele no mercado negro. – Rebecca brigou, fazendo rir, não tinham mudado nada de como era em Londres.

As semanas com os Cullen não eram tão ruins, tentava não ver o que havia de estranhos neles, fingia que não via.
Como do nada, às vezes Alice ficava com o olhar fora de foco, ou como Edward na maioria das vezes respondia coisas que ninguém tinha falado. Ou como ela nunca viu os Cullen jantarem com ela, uma vez ou outra isso aconteceu e piadinhas de Emmett foram lançadas o jantar inteiro, piadas que deixavam confusa.
Com Edward a coisa ainda não tinha andado muito, tiveram que maneirar nas pegações no armário da escola, por que Alice começava a questionar. E – o que era raro – quando os Cullen saiam para, sabe-se lá aonde, preferia ficar sozinha, já que na maioria desses dias, Patricia assolava-a no sonho, fazendo coisas horríveis.

Três dias se passaram e as meninas nunca ensaiaram tanto na vida delas, estava com muitas idéias, além da enorme saudade das amigas.

- Uma pena que vamos embora hoje. – Ashley disse – Uma pena maior é não ter um Edward lá em Londres.

sorriu educada. Esses três dias que ficaram aqui Ashley tinha tentado de tudo com Edward, o que provocava certo desconforto em , mas ela se mantinha quieta, ele não era dela e ela não era dele.
Ensaiaram mais um pouco, tinham no total de... 2 coreografias prontas e eles queriam no máximo 6.

- Estamos ferradas, como vamos conseguir lembrar de 6 coreografias?! – Meredith se descabelou.

- Vamos conseguir, se mantemos tantas coreografias até hoje, essa não será difícil. – a tranquilizou.

- Sim, mas ensaiamos a mesma música desde os 12 anos de idade.

- Não seja pessimista. – Francine jogou seus cabelos castanhos para trás do ombro – Nossa coreografia é a melhor vamos conseguir, no próximo mês, vamos pegar um pouco mais firme.

- Ou seja, você vai nos matar. – brincou e todas riram.

- Bom, de qualquer forma temos que ir, próximo mês lá em Londres, amiga. – Francine disse abraçando – Tem sido bem chato sem você, gata. Sem agitação, as festas são chatas, Christina nem sabe organizar um baile direito! Falando em bailes, você tem que ir no Baile de Inverno. – Francine sorriu – Nós estamos organizando então...é bom você ir.

- E leve Edward com você – Ashley piscou para , que sorriu delicada.

Elas se encaminharam para o embarque e suspirou, tinha sido uma semana boa, mas esperava mais, acabou tão rápido!
se virou e foi andando até a entrada do aeroporto, aonde Edward a esperava encostado na porta de braços cruzados e óculos escuros.

- Cadê a Rose? – perguntou confusa.

- Saiu com Emmett. – Edward disse simplesmente, então abriu a porta do carro para entrar. A mesma achou isso tão fofinho.

Peraí, por que eu estou reparando nisso agora? Ele sempre fez isso... deve ser o frio congelando meus neurônios, ela pensou.

Edward ligou o aquecedor do carro e eles caminharam em silêncio pela centro de New Hampshire.

- Edward, o que você acha da Ashley? – ela pergunto tentando se passar de indiferente e fez isso com sucesso, embora ela contorcesse de leve os dedos enluvados por luvas de couro preto. decidiu olhar fixamente pela janela do carro.

- Por que você quer saber?

- Por que você sempre foge das minhas perguntas? – ela se irritou.

- Ok, ok. Ela é... legal. – Edward contraiu um pouco a boca ao dizer isso. Sentia aliviado pelo fato da amiga de ter ido embora, ele já estava começando a pensar em varias formas nada cavalheiras de tira-la de seu pé.

- Legal tipo eu pegaria, ou legal de: que gracinha – pressionou e se bateu mentalmente por ter dito isso.

Edward riu alto, jogando a cabeça para trás.

- Está com ciúmes? – ele perguntou divertido.

- Não seja estúpido. – empinou o nariz – É só que ela falou muito sobre você, queria saber se você tem a mesma vontade que ela.

- Sei. – Edward riu de novo.

- Como você é idiota. – ela se virou brava pra ele – Eu nunca, jamais, terei ciúmes de você Edward, vê se te enxerga. – ela brigou.

Edward parou de rir para não deixá-la mais nervosa do que já estava, mas no fundo ele se sentiu decepcionado por ela não ter admitido seu ciúmes.

- Bom, você tendo ciúmes ou não, fique tranquila por que ela não faz meu tipo. – ele se esforçou para não rir novamente.

Esteve nos Denali por muito tempo e a última coisa que queria era uma loira na sua vida.

se manteve o resto da viagem em silêncio, apenas olhando pela janela, agora a floresta tomava o lugar de prédios e lojas, e então entraram na trilha para a casa dos Cullen. Começava a anoitecer e fazia muito frio, estávamos em Março e já era inverno, se bem que não duvidava nada que verão, primavera e outono fossem a mesma coisa que o inverno era.

Quando chegaram na mansão, saiu do carro sem dizer uma palavra e caminhou com passos decididos até a porta da casa. Safira a foi receber com alegria. Sim, isso era um milagre, mas desde o sonho louco com o gato de Patricia, Safira não largava mais e a mesma gostava da presença da gata. Se sentia de alguma forma, próxima a mãe, assim como na dança.

- Isso por que você odiava a gata. – Edward disse, é claro que a gata não pegou apreço pelos Cullen, instinto animal era mil vezes melhor do que os dos humanos, a gata sabia que Edward e sua família eram perigosos, mas Edward não sabia o quão inteligente Safira podia ser.

jogou o cabelo preto ondulado para trás do ombro (pegou a mania de Rose), então olhou por cima do ombro para Edward.

- Não vou nem comentar. – ela disse. – Cadê todo mundo? Hoje é dia do sexo e eu não estou sabendo?

Edward riu.

- Se acostume. – ele disse retirando os óculos e colocando em cima da mesa de centro, ele mais do que ninguém sabia o quão horrível era ser um vampiro solteiro vivendo com vampiros casados e exibicionistas – exceto por Alice e Jazz.

- Bom, eu não vou ficar aqui olhando para o teto. – disse pegando seu celular.

- Pra quem você vai ligar?

- Sabia que a curiosidade matou o gato? – levantou uma sobrancelha para Edward.

- Como é educada. – ele sorriu torto pra ela.

Ela discou o telefone de Ricardo, que se tornou um grande amigo dela. se esparramou no sofá.

- Hey, . – Ricardo atendeu.

- Vai fazer alguma coisa hoje? – ela perguntou enrolando uma mecha de cabelo no dedo.

- Não... por que, alguma coisa em mente?

- Não estou a fim de ficar em casa... que tal um cinema?

- Certo, e que tal depois você vir aqui em casa, para terminarmos o que começamos na sexta? – ele perguntou divertido.

Edward que estava no meio da escada parou e prestou mais atenção na conversa. Nunca gostou desse Ricardo, não sabia o por que... talvez por que agora ficava mais com esse Ricardo do que com qualquer um da família.

- Perfeito, eu vou me trocar e nós nos encontramos na porta do cinema Holiday, ok? – ela se levantou indo em direção ao seu quarto.

- Ok, te encontro lá então.

subiu as escadas correndo até que encontrou com Edward no meio do caminho, que tinha a cara fechada.

- O que houve, Edward? Não lavou seu precioso carro? – ela perguntou divertida.

- Muito engraçada você. - Edward disse – Posso saber aonde você vai?

deu de ombros.

- Vou no cinema com o Ricardo e depois vou pra casa dele. – ela disse entrando no seu quarto.

- Certo e quem vai te levar para o centro? Por que eu tenho dever de casa. – Edward mentiu, não estava a fim de pagar de chofer para .

- Você. – ela disse sorrindo então fechou a porta e foi tomar seu banho.


Saindo do banho foi colocar sua langerie vermelha de renda preta, então colocou meias grossas pretas, presas na cinta liga e já calçou sua ankle-boot preta de cano médio. Foi para o quarto, aonde tinha deixado seu vestido na cama. Um lindo vestido preto com a cintura marcada por um cinto azul-turquesa escuro, mas além do vestido encontrou Edward sentado na cama dela.

- Você tem essa mania feia de entrar sem bater ou avisar. – disse pegando o vestido ao lado de Edward, que se sentiu desconfortável ao vê-la assim. – Que foi, não gostou? – ela perguntou se olhando no grande espelho que tinha na porta do closet.

- Eu...er.. Bom, eu depois de um longo debate, eu decidi ajudar todos os habitantes de New Hampshire levando você para seu encontro, em vez de você dirigir aí sem carteira e atropelando todo mundo por onde passar.

riu alto.

- Sabia que você ia me levar, obrigada. – ela disse dando um leve beijo na bochecha de Edward. Então ela colocou o vestido. – Me ajuda aqui? – perguntou se referindo ao zíper.

Edward o fechou quietamente, se perguntando o porque que ele não estava gostando tanto assim de imaginar na casa do Ricardo.
pegou o sobretudo vermelho e quente, jogando-o por cima do vestido, borrifou um pouco de perfume e se virou sorrindo para Edward.

- Vamos? – ela perguntou docemente e ele sabia que esse doce todo era para ele levá-la o mais rápido possível.

- Certo. – Edward disse mal movendo os lábios.

- Daqui a pouco eu volto. – fez um breve carinho na cabeça de Safira.


- Quando o filme terminar, me ligue que eu te pego aqui na porta mesmo. – Edward disse olhando para Ricardo, que batia impaciente o pé.

- Eu depois vou para a casa do Ricardo. – disse tirando o cinto e abrindo a porta. – Qualquer coisa eu falo para ele me deixar em casa. Obrigada, Edward. – ela disse dando outro leve beijo na bochecha fria de Edward. – Fico imaginando do porque você é tão gelado assim. – disse desafiadora, percebendo a reação de Edward, que foi enrijecer.

Mas antes que ele dissesse alguma coisa ela saiu do carro e abraçou com força Ricardo.

- Como foi o dia com as suas amigas? Você nem me ligou, falando nisso. – Rick disse abrindo um lindo sorriso.

- Foi ótimo! – começou a contar sobre o FDS enquanto se encaminhavam para dentro do cinema. Edward só foi embora quando os perdeu de vista.
Se sentia estranho, por que só de imaginar tocando Ricardo como tocava Edward o deixava bravo? Ou só de imaginá-la com aquela langerie na cama de Ricardo ele se sentia nostálgico?
Dirigiu rapidamente pela estrada, os olhos escuros firmes e frios mal olhando a estrada. Precisava caçar.


- É, acho que está na hora. – Edward murmurou consigo mesmo, pegou o celular e discou o numero de .

- Oi, Edward! – ela atendeu – Sai, Rick, estou no telefone. – ele a escutou sussurrar.

- Já está tarde e Rose ligou querendo saber de você. Me dá o endereço do Ricardo que eu vou te buscar. – Edward disse com o maxilar travado.

- Hmm... é que... Bom, ainda não acabamos aqui, me dê mais uma hora... Ricardo para com isso!...Uma hora? Por favor.

Edward tocou a ponta do nariz com o dedo indicador.

- Certo, você tem uma hora. – então desligou bravo.

Não deu um segundo quase, Rose entrou em casa.

- Escutei sua ligação. – ela disse tranquila.

- Que bom, assim você vai pegá-la. – Edward disse – Estou cansado de bancar o chofer. – em outro milésimo de segundo, Edward estava em seu quarto, se sentou na nova cama que lá tinha e respirou fundo.

- Qual é o problema dele? – escutou Rose perguntar na sala de estar.

- Não sei – Jasper respondeu. Sentindo ciúmes, Edward? Ele pensou.

- Se mantenha fora disso, Jasper. – Edward sussurrou por baixo do fôlego.

Tem sentimentos por ela? Jasper pressionou.

- Odeio essa conversa silenciosa. – Emmett disse colocando no seu canal de luta.

Edward não respondeu, franziu o cenho e ficou olhando para o nada.

Ora, ora, será que você finalmente encontrou sua parceira? Jasper continuou a pressionar. Edward já estava no seu limite, se Jasper continuasse, não se responsabilizaria por seus atos.
Edward pulou sua varando indo para a floresta, esfriar a cabeça.
Quando Edward voltou já tinha chegado e já estava dormindo. Mas a preocupação rondava a mente da família.

- O que aconteceu? – Edward perguntou ao entrar na casa.

- Ela já suspeita. – Carlisle disse infeliz. – Fez um comentário sobre como é estranho todos sairmos.

Rose olhava a escuridão pela parede de vidro.

- O meu medo não é ela descobrir. – Rose murmurou infeliz – É o que ela vai querer depois que descobrir.

- Não a vejo nos deixando, Rose. – Alice a acalmou. – Por mais que eu não consiga vê-la claramente, sei que não vai nos deixar.

- Como você tem tanta certeza? – Edward perguntou estreitando seus olhos, Alice parecia saber de alguma coisa.

E de fato ela sabia, Alice olhou fixamente para Edward, então a mente do mesmo se encheu com uma visão turva e trémula, mas ele de repente via a si mesmo, sorrindo torto para algo com a mão estendida, então apareceu uma mão, tocando a sua e depois ele se tornou turvo e trêmulo.

Você desaparece, Alice pensou, assim como sempre desaparece para mim.

- Não tenho certeza de nada, é só minha opinião. – Alice disse, essa visão não durou nem dois segundos.

- O problema não é ela ir embora. – Rose disse – É ela querer essa vida.

Toda a sala fez um leve burburinho de desaprovação e indignação.

- Por que ela iria querer? Entre ir embora e querer essa vida, eu preferiria ir embora. – Jasper disse.

- Sim, querido, mas isso é o seu pensamento, e como não sabemos como os pensamentos dela são. É imprevisível. – Esme disse

- Podemos nos esforçar mais em parecer... – Carlisle disse.

- Mais?! – Rose o cortou incrédula – Não tem mais como se esforçar Carlisle!

- Foi um erro querer que ela viva connosco, fomos tolos e subestimamos ela em pensar que ela nunca descobriria. – Edward disse.

- Ora, cale a boca Edward. – Rosalie rosnou – Sabemos de seu descontentamento com , mas ela não vai sair dessa casa só por que você é tão egoísta que não percebe que ela trouxe mais alegria pra esta casa!

- Eu? Egoísta? – Edward disse – Vou te contar uma história sobre o sujo e o mal lavado, Rosalie Hale. Era uma vez, uma loura arrogante e estu...

- Olha lá o que vai falar. – ela disse entre dentes.

- Ah querem saber? Boa sorte com a farsa de vocês. – Edward disse subindo para o seu quarto.

Mas antes de realmente entrar nele, ele foi ao quarto de , a porta estava entreaberta. Edward espiou pela fresta da porta, dormia enrolada em seus cobertores com uma Safira vigilante ao seu lado. Aquela gata não dormia nunca?
Safira fixou o olhar azul brilhante em Edward, então deitou a pequena cabeça branca entre as patinhas.
Estou ficando maluco, Edward pensou indo para seu quarto, que graça tinha ele ficar olhando dormir? Nenhuma.
Ligou o som e um nível calmo e baixo, o jazz tomando o quarto, se deitou no seu sofá preto e ficou olhando a escuridão.
Uma coisa invejava em , ela podia dormir, podia se desligar de tudo e todos por algumas horas.


pais, meu passado, não de vocês. – disse isso com tanta raiva que todos os Cullen abaixaram a cabeça.

Ela se virou e saiu indo em direção a garagem. Ela não sabia se tinha ou não a razão, se estava ou não certa em culpar todos, apenas sentia raiva.
Entrou no carro de Rose e os esperou, tinha fones no ouvido, escutava The Pretty Reckless – Goin’ Down.
Alice foi tentar falar alguma coisa com ela, mas a mesma não ligou, aumentando a música em seus ouvidos, falaria com eles depois que tivesse a cabeça fria. Agora não adiantaria de nada.




Capitulo 8: A Procura

Uma hora estava sonhando lindamente com sua apresentação, depois estava em uma floresta fechada e escura, um breu total.
Suspirou.

- Isso já esta se tornando chato, Patricia. – ela disse de forma caótica. Então olhou para si mesma, vestia um vestido preto de organza, renda no busto, não era longo, ia até a suas coxas torneadas, usava uma sapatinha preta e uma capa com toca descia ate o chão, aonde era presa por um broche no pescoço, havia ali ornamentado uma leve pedra azul safira. – Posso saber qual seu apreço por vestidos de época?

- Dão um toque mais sombrio no sonho, você não acha? – Patricia saiu do breu com um vestido vermelho sangue.

- O que você quer?

- Bom, é uma pergunta difícil, eu quero muitas coisas. – ela sorriu maldosa – Inclusive a filha da minha adorada irmã.

- É, você deixou isso bem claro na maioria dos outros sonhos, mas não deu uma explicação. – disse despreocupada, embora por dentro ela estivesse tremendo.

- Acho que mais por vingança, sua mãe foi uma traidora, deixou de lado o seu próprio ser para se casar com um imbecil. – Patricia sorriu com crueldade – Mas agora, se sua adorada filha – ela disse vindo até e passando as mãos pelos cabelos dela – Seguir o caminho que ela tanto negou, que ela tanto repulsava isso seria horrível.

- Você fala como se minha mãe ainda estivesse viva. – disse firme.

- E está, bem aqui, pelo menos uma boa parte dela. – Patricia apontou para a pedra azul no broche que segurava sua capa. – Sua tola pesquisa na internet não te contou como os gatos são fiéis? Eles são tão fiéis que quando morremos, uma enorme parte de nós fica com eles, para zelar futuros herdeiros.

- Bom, minha mãe tem a herdeira dela, não é nisso que tudo se resume? Fazer novos descendentes? Então qual o problema com a minha mãe, ela fez a parte dela. – bateu na mão de Patricia a tirando do broche.

- Sempre quando temos fortes descendentes – Patricia disse sombria – temos que levá-los para nosso verdadeiro lar, se ele se mostrar um feiticeiro ficará connosco, agora se pegar o lado humano... bom, tem que ser no mínimo aniquilado.

arfou e começou a recuar.

- Mas sua estúpida mãe, como eu disse antes, cometeu o maior erro de todos, se apaixonou, tanto pela cria como pelo marido. Um terrível acidente de carro não é mesmo? Uma pena aquela tempestade estar no caminho dos seus pais. Pena maior ainda é você ter sobrevivido, mas você desenvolveu bruxaria, então posso ainda te dar uma chance de viver. Se você vier ao meu encontro...

- NUNCA! – gritou – E como você sabe tanto sobre a morte... – tudo parecia fazer sentido para agora.

- Gato preto dá azar. – Patricia riu – Principalmente no meio de uma tempestade.

se virou e começou a correr, precisava acordar.
Vamos, Safira, me tire daqui, me tire daqui. Ela implorava mentalmente.

- Aqui é um dos meus mundos, , você não pode escapar de mim. – a voz soou pela floresta como um eco.

O pânico começou a surgir em , tomando cada célula de seu corpo.

- Você não pode me tocar. – disse parando de correr quando se encontrou na mesma floresta, era como se ela estivesse correndo em círculos.

- Mas eu posso quando você acordar. – ela disse furiosa e se sentiu puxada para trás, então estava sentada na sua cama, em seu quarto em New Hampshire.

arfava, Safira estava ao seu lado e entre seus dentinhos estava a camisola de .

- Está ficando pior. – colocou a cabeça entre as mãos. A porta de seu quarto foi aberta com brutalidade e Rosalie entrou no quarto.

- Você esta bem, querida? – Ela disse abraçando – Escutamos seus gritos.

- Oh. – disse abraçando de volta a madrinha – Estou bem, foi só um pesadelo. Que horas são?

- Vai dar seis horas ainda. – Então Rose olhou para a janela de – Você não precisa ir pra escola hoje, se não quiser. Nós não vamos.

- Por que? – olhou para a janela e viu algo incomum, o sol nascer, ela realmente viu o sol nascer, ele que estava sempre coberto por grossas nuvens de chuva. – Fará sol hoje?

- É provável. – Rosalie disse. (n/a: gente, nessa fic os Cullen não brilham hein! Nunca gostei dessa purpurina neles. Mais pra frente vocês vao saber o por que eles não podem sair no sol.) - Por isso que não vamos pra escola, sabe, curtir o dia de sol sem ficar enfornados na sala de aula.

sorriu para a madrinha.

- Vocês são os melhores, sabia. – ela disse abraçando a tia. – Vou tomar um banho.

Além da felicidade em ter o dia de folga, também precisava organizar os pensamentos. Patricia estava certa, ela podia machucar na vida real. Era só uma questão de tempo.
Mas se ela tivesse alguma coisa, uma única coisa que a protegesse... Estava começando a pensar besteiras. Ela não era feiticeira, não saberia fazer nada para se proteger... mas sua mãe era.
Terminou o banho apressada e foi para seu quarto olhou bem para Safira, que tinha a expressão cansada.

- Quando foi a ultima vez que você dormiu? – perguntou baixinho, a gata se espreguiçou. a pegou no colo e olhou bem para a gata. – A pedra. Tem realmente uma pedra não é? – a gata assentiu. – Aonde? – o que esperava? Que a gata abrisse a boca e começasse a falar?

Colocou a gata no chão e a mesma correu para o closet e saiu de lá com a foto dos pais de , que ficava na penteadeira da menina.

- Com eles? – pegou a foto e se sentou na cama, a testa franzida.

Não se lembrava aonde tinha sido o enterro dos pais, não lembrava se tinha sido em Londres ou nos Estados Unidos.
E sabia que os Cullen não sabiam também. Tentou pensar melhor, só se lembrava que chovia, mas era muito nova para se lembrar o local exato.
não soube ao exato quanto tempo ficou olhando para aquela foto, mas já soube o que fazer. Correu para o closet e colocou uma calça de couro, uma bata bem larguinha que ia até sua coxa, uma bota de salto e jogou por cima o sobretudo branco com botões pretos. Colocou o celular no bolso e desceu as escadas. Sabia que mesmo se fizesse sol ficaria um dia frio.

- Aonde você vai? – Rosalie pergunto olhando a arrumada afilhada.

- Preciso... resolver uma coisa – disse – Edward me empresta seu carro?

- De jeito nenhum! – Edward disse – Você não vai bater meu carro.

bateu o pé impaciente.

- Toma, leva o meu. – Carlisle disse jogando a chave para que sorriu radiante.

- Obrigada, eu não volto tarde. – ela disse correndo para a garagem.

Entrou na Mercedes preta de Carlisle e a ligou, não devia ser muito diferente do carro de Edward. E não era, tinha marcha automática o que era uma benção já que ela aprendeu só com carro assim.
Ela saiu com cuidado da garagem, a única coisa que queria agora era bater o carro do padrinho. Abriu a janela e deixou Safira pular dentro do carro, quando saiu pela trilha, se sentiu nervosa, não por que podia se perder, mas por que envolta era uma floresta fechada, o que a lembrava do sonho que tivera.
Caminhou decidida pela cidade, entrando na avenida principal e seguindo reto. Dirigiu em silêncio, prestando atenção em cada coisa a sua volta. Então uma gato preto entrou na sua frente e ela freiou com força, o carro derrapou um pouco.
não freio apenas o manobrou, não sabia o por que não podia freiar, só sabia que não podia. O gato era o mesmo que tentou – no sonho – atacar Edward, sabia disso pelo modo como os pelos de Safira se eriçavam.
tinha o coração na boca, respirava rápido, quase tinha tido um acidente, como seus pais.

- Não, você não vai me impedir. – Ela murmurou para o gato então passou por ele novamente, seguindo rápido agora o quanto antes chegasse ao seu destino, melhor.

Entrou na rua que tanto tinha evitado desde sua chegada a New Hampshire. A rua de sua louca avó.
Patricia de algum modo sabia o que ela estava procurando, ou talvez só queria mesmo matá-la.
saiu do carro e deu o alarme, caminhou com passos decididos até a porta aonde tinha o enorme numero oito. Tocou a campainha. Ninguém atendeu. Tocou novamente.
Escutou passos vindo então a porta se abriu.

- O que você esta fazendo aqui?! – a velha gritou.

- Só quero conversar, por favor. – implorou. As mãos enluvadas com luvas de couro preto se contorciam, esperando a rejeição, ela teria que ter outro plano caso Karla a mandasse embora.

- Certo, entre. – ela disse, surpreendendo .

- Obrigada. – a jovem respondeu, entrando com cautela na casa, continuava a mesma desde que viera para cá. – Eu só queria saber se a senhora foi para o enterro dos meus... do meu pai. – logo reformulou a frase, sabendo que Karla não gostava nada de seu pai ter se casado com sua mãe.

- Fui. – a mulher respondeu, tinha o brilho da desconfiança no olhar. – Por que?

- Bom, eu não me lembro de como foi ou aonde, só me lembro que chuvia... – deixou a frase no ar.

- É claro que não se lembraria! Pequena como era! – a mulher disse então suspirou – Foi aqui mesmo, em New Hampshire. O de sua mãe, pelo o que eu sei foi em Londres.
olhou chocada para Karla.

- Entao eles...

- Em túmulos diferentes? Claro! Eu não deixaria meu filho ao lado da mulher que o matou. – Karla provocou com um sorriso nos lábios.

fingiu que não escutou a última parte. Não veio para brigar, veio para ter respostas.

- No enterro do meu pai... foi alguém da família da minha mãe?

- Infelizmente sim. Irmã dela acho, não tenho certeza, não me prendi aos detalhes de quem foi ou não, estava olhando o caixão aonde jazia o corpo do meu filho.

Isso dificultava a procura de , como saber aonde estava a pedra sendo que seus pai estavam em lugares diferentes? E ela só iria para Londres no próximo mês, não sabia nem se duraria no próximo mês, não sabia nem se sairia daquela rua viva!
Uma curiosidade surgiu na cabeça de .

- Antes de Londres, qual foi o ultimo lugar que eles moraram? – ela perguntou olhando a foto do pai abraçado a Karla.

- Em Forks.

- Aonde? – franziu o cenho, nunca tinha ouvido falar desse lugar. Na verdade, nunca viu nada mais que Londres.

- Forks. – Karla repetiu com impaciência – Fica na Península Olímpic, é um lugar isolado... você deveria perguntar para seus familiares, Cullen, eles vêem de lá. Agora se você já acabou com sua entrevista, eu tenho mais coisa pra fazer.

- Certo, obrigada de novo. – disse ríspida, se virou e saiu da casa, entrou no carro e ficou um tempo lá.

Havia apenas dois cemitérios em New Hampshire... não faria nada mal ir até eles. dirigiu em silêncio até o cemitério mais próximo a casa de Karla, Safira dormia quietamente no banco, parecia um gatinho de pelúcia.
teve que passar por uma ponte para chegar ao cemitério, estacionou o carro na frente do portão. não se deu muito bem no teste de baliza, que Emmett fez, então deixou o carro torto mesmo.
Saiu e entrou no cemitério olhando ao redor, nunca gostou de cemitérios agora não estava nada a vontade também. Safira andou na frente e correu.

- Safira! Volte aqui! – sussurrou urgente – Safira! Ah, gata idiota! – ela disse olhando em volta então correu atrás da gata e a encontrou em cima de um túmulo. – O que deu em você?! – Então, Safira saiu de cima do túmulo e ali mostrou o nome de seu pai.

Thiago Félix.

Havia novas flores em cima do túmulo simples. sentiu o ar faltar.

- O mais curioso de tudo – disse baixo e bem devagar – é o por que Patricia estava aqui, ela não gostava do meu pai... – tocou as letras encravadas na pedra com seus finos dedos, sentiu uma nostalgia a tomar, uma tristeza inconfundível. Com um profundo suspiro se levantou – Vamos, Safira. – as duas saíram do cemitério. sentiu um vento frio passar por ela, agora o que estava em sua cabeça era o por que os Cullen não sabiam que seus pais tinham morrido, sendo que o túmulo de seu pai estava logo aqui.

sentiu desespero, essa pedra podia estar em qualquer lugar, era uma busca em vão. Não tinha sentido. Entrou no carro e ficou um bom tempo sentada, olhando para o nada, deu partida no carro e resolveu voltar para sua casa, comemorar seu fracasso.
parou o carro na entrada mesmo da casa, saiu dele e entrou em casa.

- Como foi seu passeio, querida? – Esme perguntou na escada da casa, aonde cuidava de suas flores.

- Bom. – forçou um sorriso, depositou um leve beijo na bochecha de Esme e entrou na casa.

Por mais sol que fizesse – o que na era muito – isso não melhorava em nada o dia de . Na sala se encontravam todos os Cullen, ela passou por eles e subiu para seu quarto, se trancou nele e passou o resto do dia ali, trancada.
Fez pesquisas o dia inteiro, procurando tudo o que podia sobre Forks e sobre sua pedra, mas sobre a mesma não encontrou nada. também não desceu para almoçar e nem jantar, não estava com fome, estava preocupada, muito preocupada.
Houve duas leves batidas na porta. se levantou da sua mesa de estudos e foi atender a porta. Era Edward.

- Hm... Oi. – ela disse.

- Esme está toda preocupada com você... você pode, por favor, descer e comer alguma coisa? – ele pediu, sua voz aveludada estranhamente causou arrepios em .

- Não estou com fome, obrigada. – a morena foi tentar fechar a porta, mas Edward insistiu.

- Por favor...

- Edward eu só não quero companhia hoje. Estou bem não precisam se preocupar. – disse mordendo os lábios.

- Ok, vamos fazer assim. – ele disse – Você desce e come só um pouco e depois podemos sair um pouco, sabia que abriu uma galeria no centro hoje? Dizem que é muito boa. – Edward sorriu torto.

- É, seria uma excelente opção sendo que eu não quero ter companhia hoje. – ela disse sarcástica.

Edward levantou uma sobrancelha.
pressionou os lábios, e suspirou.

- Certo, certo. – ela disse – Só me deixa eu trocar de roupa e eu já desço.

Edward sorriu e saiu.
Droga , o que você esta fazendo?! Ela pensou, foi até o armário e vestiu a mesma roupa quando saiu cedo. Então tornou a descer as escadas e encontrou Esme no pé da escada.

- Vem comer alguma coisa, você está pálida! – ela disse nervosamente.

- Por que ficou trancada o dia todo no quarto? Você não liga para os meus sentimentos? – Emmett dramatizou – Eu tinha todo um esquema para você se tornar uma grande pilota e você os estragou, sabe-se lá quando vamos ter outro dia de folga!

- Semana que vem, na sexta-feira. – Alice disse, e quando recebeu um olhar confuso de emendou – Eu vi... no jornal.

- Sei. – estreitou os olhos e Alice desviou o olhar, sentia como se aqueles olhos verdes pudessem penetrar em sua mente.

- Não sei qual é o seu estúpido plano, mas se ela voltar com um único arranhão, Edward Cullen eu queimo você. – Rosalie dizia descendo as escadas atrás de Edward.

rolou os olhos.

- Não se preocupe, Rose. – ela disse

- Oh, eu... não estava falando de você, querida, estava falando do meu carro, que Edward vai usar hoje. – Rose disse envergonhada – Mas se você aprontar alguma coisa com também, Edward, aí o buraco é mais em baixo meu filho, eu chuto o pau da barraca e quero ver quem me segura.

- Seria engraçado ver você rodar a baiana, Rose. – disse indo para a cozinha.

- E quanto a você, mocinha. – Rose a seguiu – Pode soltando a língua. Aonde você estava?

- Eu... – se remexeu, então colocou uma boa quantidade de comida na boca e não respondeu a Rose até terminar de comer. – Fui andar, sabe.

- Não minta, às vezes você é péssima mentirosa. – Rosalie jogou o cabelo loiro para trás do ombro.

- Eu vou escovar meus dentes. – disparou escada acima, não se demorando muito no banheiro, quando desceu, pegou Edward pelo pulso e saiu de casa antes que mais alguém fizesse perguntas que ela ainda não tinha inventado uma desculpa.

Edward dirigiu em silêncio pelas ruas. de imediato sacou o por que do convite do rapaz.

- Se esta tentando me fazer falar alguma coisa, acho melhor desistir. – disse divertida.

- É, eu sei que você não vai falar nada... por hora.

- Por hora? – ela riu.

Eles estacionaram o carro em frente a um prédio branco e alto, com janelas grandes aonde dava para ver a movimentação dentro.

- Chegamos. – ele disse sorrindo para ela, saiu do carro e o contornou, mas já tinha aberto a porta. – Sabe não custava nada você me deixar fazer isso.

piscou pra ele.

- Medo que eu quebre a porta do carro?

- Não, apenas sendo cavalheiro e... o carro não é meu, fique a vontade. – Edward riu e colocou a mão na cintura de a guiando para dentro da galeria. Eles andaram em silêncio vendo das mais bonitas obras de artes as mais estranhas.

- Isso aqui é muito chato. – disse entediada – Eu realmente tentei parecer interessada, mas por que diabos alguém viria aqui? É tão... monótono.

Edward a olhou um tanto ofendido, tinha achado as obras no mínimo interessantes.

- Não acho que seja chato, na verdade gostei muito.

ergueu uma sobrancelha pra ele.

- Ok, definitivamente você cheirou alguma coisa, mas, gosto no se discute não é mesmo? – sorriu cativante para ele, que se permitiu soltar um curto riso.

- Você é muito sincera... – Edward disse com um leve toque de carinho – Gosto disso em você.

- Tenho muitas outras qualidades também. – ela disse passando por ele.

- E... é pretensiosa.

riu.

- Vamos sair daqui? – ela perguntou erguendo a mão para ele, como um convite.

Edward a pegou sem pestanejar e os dois saíram da galeria.

- E aonde vamos? – Edward deu o alarme do carro.

- Andar. – ela tomou a chave da mão dele e travou o carro novamente, para depois se virar e começar a andar pela rua. Edward olhou confuso para os lados, então a seguiu.

- Você ao menos sabe aonde esta indo?

- Sei. – ela respondeu – Estou indo reto.

Edward riu, enfiou as mãos dentro do casaco vermelho, as protegendo da noite gelada, por mais que ela usasse luvas.

- Sabe, você pode me contar aonde foi hoje. – ele tentou convencê-la – Não vou contar para ninguém.

o olhou durante um tempo, talvez pudesse mesmo confiar nele. Ela não disse nada por um tempo, eles foram parar em uma praça e se sentou em uma mesa de concreto redonda, apoiando os pés nos bancos que tinha em volta.

- Minha avó mora aqui. – ela disse olhando as próprias mãos – Eu acabei encontrando com ela, naquele dia em que eu matei a última aula.

Edward se sentou ao seu lado, surpreso pela revelação.

- Com você a encontrou?

- A gata... estranhamente me levou até ela. Sei que parece loucura, mas... – deu de ombros – é a verdade. A questão foi que Karla odeia minha mãe, por um... motivo. Ela começou a dar a louca quando me viu, dizendo que minha mãe tinha matado me pai e tudo mais. E dizia coisas sem sentido sobre feitiçaria... – resolveu que deveria omitir algumas coisas, não queria que Edward a achasse louca. – Mas ela está velha, deveria estar delirando... desde então eu tenho sonhos estranhos, com uma mulher que se diz irmã da minha mãe... ela tem um gato, uma gato preto.

- Aquele que você achou que estava me atacando no quarto. – Edward se lembrou do desespero da garota.

- É. Eu pensei que tinha mesmo acontecido. Bom, o nome dela é Patricia, mas... uma coisa interessante é que em todo sonho eu tenho sempre uma pedra comigo, uma pedra azul safira, ou em colar, ou em broche ou em pulseira. E toda vez que aparentemente essa mulher tenta me machucar no sonho, a pedra brilha e queima e é ai que eu acordo. – omitiu o fato de saber que Safira a protegia. – Aquela gata branca era a gata da minha mãe, e de certa forma ela me encontrou. Eu me sinto... – passou a mão nos cabelos – Curiosa. Bom, eu por um instante insano achei que poderia talvez achar essa pedra sabe eu... sinto... que tem alguma ligação com a minha mãe. – soltou o ar lentamente. – Procurei novamente Karla hoje, eu não me lembro aonde meus pais foram enterrados, ela disse que meu pai foi enterrado aqui, em New Hampshire e minha mãe em Londres.

Edward arfou.

- Seu pai... aqui em... New Hampshire? – foi a vez dele de passar a mão nos cabelos bagunçados. – Uau.

- É eu sei, eu fui vê-lo esta manhã. Mas eu queria mesmo ir na antiga casa dos meus pais, não a de Londres, mas a de Forks.

Edward sentiu o corpo enrijecer, era muito cedo ainda para voltar a Forks, ainda mais com os lobos ainda em estado de alerta.

- Patricia vive me dizendo coisas sobre vocês. – jogou verde ao ver Edward ficar tenso – Ela não diz exatamente o que é, mas de algum modo, lá no fundo eu já saiba. Só preciso juntar as peças. Fazer as coisas terem sentido.

- Talvez não seja uma boa ideia.

riu sem humor.

- Não sou que nem meus pais, Edward. Eu sei que eles ignoravam, mas eu vivo com vocês e não vou ignorar por muito mais tempo. – suspirou – Não acho que tenha nada em Forks, quero dizer, já devem ter comprado a casa deles, mas talvez seria bom ver aonde eles moraram.

- Terá que falar com Carlisle.

- Sei disso. – assentiu. – Pode parecer loucura minha, mas não acho que seja um simples sonho ou uma pedra qualquer... aonde tem fumaça tem fogo. - Edward riu de leve. – Bom, de qualquer forma está ficando tarde e precisamos voltar. – se colocou de pé e olhou para Edward que continuou sentado.

- Você pode ser muito delicada quando quer, sabia? – Edward comentou, fazendo rir.

- E você pode ser um bom ouvinte, quando quer. – retribuiu o elogio, o que fez Edward rir de leve.

foi lentamente até Edward, ficando entre suas pernas, olhando-o intensamente, e se perdendo nos olhos dourados dele, ela já tinha vindo até aqui, o resto era com ele.
Edward demorou um tempo antes de realmente beijá-la suavemente, se debatia em sua cabeça se o que ele estava fazendo era certo ou não, mas ele jogou seu lado racional para o espaço e desfrutou dos lábios quentes e suaves que se mexiam contra os dele.
Passou o braço pela cintura dela e a puxou mais para perto, enquanto as mãos enluvadas dela se infiltravam em seus cabelos e se prendiam ali, o beijo se tornou mais intenso, crescente. Todo o redor foi esquecido, apagado, era só eles dois, naquele parque.
Algo quente preencheu o peito de Edward, ele não soube dizer o que era, mas era bom confortável, quase como uma salvação, como se o oxigênio agora fizesse algum efeito em seu corpo. A respiração do rapaz se acelerou e ele sentiu um desejo enorme, era quase doloroso. Suas mãos ficaram mais fortes no corpo de , como garras de ferro, a prendendo ali. Mas a garota precisava de ar e parou o beijo, um tanto tonta. O cheiro dele entrava rápido em seu sistema, dominando o corpo dela como nunca.

- Precisamos voltar. – Edward disse de forma um tanto abafada.

apenas assentiu quietamente. Os dois sairam do parque calados e antes, quando o clima estava quente entre eles, ficou de repente tenso. não sabia o que a atraia tanto áa Edward, não sabia por que o beijo dele mexia tanto com ela, e tinha medo de descobrir, medo de que fosse algo que ela ainda não tivesse preparada: estar apaixonada.
Só da menção a palavra sentia estranha, como se repudiasse o sentimento, nunca se apaixonou na vida, por ninguém, e algo dentro dela dizia que era o certo, que não devia sentir tal coisa.
Estou me envolvendo muito, pensou Edward consigo mesmo.

- Edward? Não conte pra ninguém, ok? – pediu enquanto eles estavam no carro.

- Ok.


acordou estressada na manhã seguinte, sabia que estava na sua TPM, mas nunca acordou tão estressada com estava. Olhou em seu relógio, que marcava cinco e meia da manhã.

- Mas que porcaria! – ela reclamou e se levantou com raiva da cama, o frio entrando até sua ultima célula do corpo. Safira fez um som de desagrado quando a morena se levantou e praguejou. – Ah, volte a dormir – foi para seu banheiro tomar um banho relaxante, mas não ajudou muito, ela continuou irritada.

Foi se arrumar para a escola, colocando uma calça jeans bem escura e bem colada ao corpo de cintura baixa, uma blusa branca de manga longa, uma max-tshirt xadrez azul e uma jaqueta de couro preta com tachinhas. Colocou a ankle boot preta também no pé e foi se maquiar um pouco, passando apenas um blush, rímel e um batom vermelho.
- Acordou cedo. – Alice disse entrando no closet aonde estava e indo arrumar o cabelo da mesma.

- Você também. – observou estreitando seus olhos verdes. Alice deu de ombros.

- Sempre acordo cedo. – respondeu enquanto penteava o cabelo de e fazia um coque frouxo mas estiloso no cabelo dela. – Só falta Emmett e Edward acordarem. – ela disse achando certa graça no que disse. – Pronto. – ela disse para , que tinha alguns fios caídos do coque, moldando o belo rosto.

- Obrigada. Carlisle já saiu, Lice? – jogou a bolsa no ombro.

- Ainda não, por que? – Alice tentou parecer indiferente, mas notou a preocupação em sua voz.

- Quero falar com ele, só. – as duas saíram do quarto e desceram as escadas, até que parou no primeiro andar em frente ao escritório de Carlisle. – Eu já vou indo. – ela disse para Alice então bateu de leve na porta.

- Pode entrar.

entrou.

- Bom dia. – ela disse um tanto sem jeito, não era muito fã de pedir as coisas para os outros, mas tinha que pedir então...

- Bom dia, pulou cedo da cama hoje. – seu padrinho observou.

- Carlisle eu queria saber... – mudou o seu peso para uma perna só – Se eu podia ir para Forks nas minhas férias. – surpreendentemente Carlisle não se surpreendeu com isso, o que deixou confusa. – Ver a antiga casa dos meus pais.

- É, Edward conversou connosco ontem. – Carlisle disse tranquilo – Eu não sei dizer se realmente podemos ir para Forks agora, , mas farei meu possível...

- Pera ai. – disse quase não acreditando no que ouviu – Edward conversou com vocês? Vocês quem?

- Bom, a família claro. – Carlisle disse divertido.

sentiu o sangue ferver.

- Ele falou só sobre Forks? – ela disse meio entre dentes.

- Er... – Carlisle percebeu a mudança na afilhada – Ele só não queria que ficássemos preocupados com você, do por que da sua saída e por que você se trancou no quarto, eu fiquei bem surpreso ao saber de seu pai...

não o deixou terminar saiu do escritório batendo os pés, subiu ate o quarto de Edward e não o encontrou lá, então desceu as escadas furiosa. Tinha confiado nele, pedira para que ele ao contasse a ninguém, se sentia profundamente traída.
O encontrou na sala, lendo seu livro despreocupadamente, desceu a bolsa na cabeça dele.

- Seu idiota! – ela gritou, é claro que não doeu em Edward, na verdade ele teve que tomar essa, pois seria muito estranho se do nada ele desviasse da bolsa.

- Do que esta falando? – ele se fez de inocente, tinha escutado toda a conversa dela e Carlisle, mas não se sentia de forma alguma mal por ter contado, sua família estava preocupada, eles mereciam saber.

- De você não conseguir manter a sua maldita boca fechada sequer por um minuto – o olhou furiosa, Emm e Rose vieram apenas para impedi-la de jogar a bolsa novamente nele. – Estou falando de você ser um traidor de merda que não consegue a confiança de ninguém.

- Eles estavam preocupados! – Edward se defendeu.

- Não importa, Edward! – ela gritou de volta – É a minha vida! E eu decido com quem quero compartilhá-la! O segredo era meu! Eu deveria contar, não você! Eu contaria quando estivesse pronta! Será que você não entende? É pessoal, Edward, o que eu te contei ontem eram os meus pensamentos, as minhas teorias.

Agora sim Edward se sentiu mal por ter contado. Ela não estava errada, estava certa em dizer que a vida era dela e que ela deveria decidir para quem contar seus segredos, e ela escolheu ele, e o idiota estragou tudo.
Carlisle tinha descido as escadas para tentar conter , mas apenas mandou um olhar de desculpas para Edward, ele não tinha mencionado que era segredo, se ele tivesse mencionado, todos podiam pelo menos se fingirem de surpresos.

- Me solta. – disse sacudindo os braços – Você definitivamente caiu no meu conceito, Edward. – ela disse de modo tão decepcionante que Edward se sentiu mal, se sentiu uma criança quando sua mãe a olha de forma decepcionante.

- Não brigue com ele, querida, nós só queríamos saber o que estava acontecendo com você. – Esme disse carinhosa, mas a mandou um olhar frio. – Só queríamos te ajudar.

- Me ajudar no que? É a minha vida, meus pais, meu passado, não de vocês. – disse isso com tanta raiva que todos os Cullen abaixaram a cabeça.

Ela se virou e saiu indo em direção a garagem. Ela não sabia se tinha ou não a razão, se estava ou não certa em culpar todos, apenas sentia raiva.
Entrou no carro de Rose e os esperou, tinha fones no ouvido, escutava The Pretty Reckless – Goin’ Down.
Alice foi tentar falar alguma coisa com ela, mas a mesma não ligou, aumentando a música em seus ouvidos, falaria com eles depois que tivesse a cabeça fria. Agora não adiantaria de nada.




Capitulo 9: Ciumes.

O caminho para a escola foi um completo silencio, manteve o olhar fixo na janela e não falou com ninguém. Quando estacionaram o carro ela foi a primeira descer, até que o volvo de Edward parou rapidamente e ele saiu do carro, foi passar por ele, mas o mesmo segurou seu braço.

- eu sin...

- Me solta – ela disse agressiva, se soltou do aperto dele e caminhou para a sua primeira aula sem olhar para trás nem nada, entrou na sala e lá ficou com seu mau humor. Precisava conversar com o Rick, ele foi o único para quem ela realmente contou todos os detalhes e loucuras que ela achava que estava tendo, ele não a julgou nem a achou estranha, disse que estaria ali se ela precisasse e o mais importante: ele não contou para ninguém.


No intervalo, encontrou com Ricardo na entrada do pátio, ele com seus olhos azuis intensos sorriu para ela.

- Eu acho isso um pecado sabia, o mundo está perdido – ela disse para ele, que sabia que falava de que ele era gay.

- É você vive dizendo isso – ele assentiu. pegou pouca coisa para comer, com sua bandeja olhou para a mesa aonde Edward acabara de se sentar, com sua família, desviou o olhar deles e foi se sentar com o Ricardo em uma mesa vazia. – Milagre você se sentar comigo, está sempre com sua família.

- Tivemos certos desentendimentos hoje de manhazinha. – a morena remexeu em sua maçã verde. – Eu contei para o Edward, sobre tudo aquilo.

Ricardo ergueu as sobrancelhas.

- Até sobre sua mãe ser...

- Shhhhiiu – tampou a boca dele – Não, sobre isso não e não pense sobre isso também. Vai que você acaba pensando alto demais. – não era exatamente sobre ele pensar alto demais, mas ela tinha suas conclusões sobre Edward e sobre ele estranhamente dizer algo antes mesmo que ela diga.

- Sei. E ele?

- Abriu a boca pra família inteira, e eu pedi para ele não contar para ninguém. Quando eu descobri dei uma muchilada na cara dele – empinou o nariz, orgulhosa do seu feito. E Ricardo caiu na risada.

- Queria ver você tentar com o grandão do Emmett.

- Como diz Rose: Ai o buraco é mais embaixo – piscou para Ricardo. – O ruim é que eu não quero falar com eles agora e eu dei sorte de não contar tudo para Edward, já que ele abriu a boca, vai saber se ele tivesse falado sobre... bom você sabe. Gato. Tia. Mãe. Essas coisas.

- Falando sobre sua tia – Ricardo disse – Alguma novidade?

- Sonhos. Muitos – olhou de relance para a mesa da família, todos tinham os rostos em completa frustração e Rosalie parecia mais temerosa do que nunca. se imaginou o por que disso. – Bom, aparentemente eu tenho que seguir o caminho da minha mãe se não ela me mata ou alguma coisa assim – riu assim como Ricardo.

- Medonho – ele disse fazendo cara de medo.

- De um certo modo sim. Agora, sobre a pedra, eu tenho minhas suspeitas que possam estar na antiga casa dos meus pais, mas é idiotice ir lá sabe, bom eu me sinto assim.

Ricardo bateu a mão na mesa.

- Já sei! – ele disse dando uma certa pinta, o que fez rir, Rick pigarreou – O que você acha de viajar comigo nas férias? Não precisamos ficar necessariamente só em Forks, seja lá aonde isso for. Podemos sei la, fazer algumas viagens.

- Não deixa de ser uma ótima idéia, mas eu tenho que ver com Carlisle. Ele sendo agora meu tutor, não sei se vai deixar – suspirou. – Bom, tem muita coisa para acontecer até as férias.

- Sim, por exemplo o Baile de Inverno – os olhos de Ricardo brilharam. – E eu te inscrevi para ajudar no comitê do baile, sabe né, arrumar, o tema e tudo mais.

deu um leve tapa nele.

- Como você pode? Eu ainda tenho que fazer as coreografias, e ainda esse baile? Ai Ricardo eu ainda mato você.

- Por que você mataria seu próprio parceiro de Baile? – ele levantou as sobrancelhas.

- Esta me convidando para ir ao Baile? – começou a rir. – Ok, certo, seria um honra ir com você.

Antes que ele comentasse alguma coisa, Jéssica se sentou na mesa de e Ricardo.

- Oi gente – ela disse e os dois retribuíram o cumprimento apenas por educação. – Então, , você é rápida no gatilho né.

a olhou desconfiada então sorriu cativante.

- Sobre o Ricardo? – ela pegou no braço do mesmo – Ah, que nada, foi meio que química, sabe.

Ricardo segurou a risada.

- É, quando eu bati meu olho nela, foi como se eu soubesse que iria me casar com ela – ele entrou no jogo, fazendo pisar no pé dele. – Ou apenas namorar.

Os dois sabiam que Jessica estava querendo uma fofoca para espalhar, era tão patética. Ate que Isabella Swan se sentou com eles também, já que Jéssica era uma das únicas pessoas com quem ela falava.

- Oi – ela disse mais tímida.

- Bellinha, você não vai acreditar – Jessica disse toda feliz – Temos o mais novo casal da escola! – então gesticulou para e Ricardo, que sorriram educados.

- Nossa, serio? – Bella disse e muito na cara olhou para a mesa dos Cullen.

Certo, elas estão me dando nos nervos, pensou.

- Não fique tão confiante, Isabella – resolveu brincar mais, conteve o riso quando disse – Eu sou um tanto gulosa sabe – então deu uma rápida olhada na mesa dos Cullen, principalmente para Edward, que encarava Ricardo com raiva.

- Mas... – Bella foi dizer.

- Seja como for, temos que ir para o almoxarifado da escola – Ricardo brincou, fazendo pisar novamente no pé dele – Quero dizer, para nossa aula.

Eles se levantaram e saíram.

- Nossa, lindo amigo você é comentando sobre o armário da escola, Ricardo. – disse brava.

Ricardo riu alto.

- Consciência pesada?

- De jeito nenhum – disse rindo.


Aula com Edward, ótimo. Pensou . Quando a mesma entrou na aula de matemática, normalmente ela sentaria ao lado de Edward, mas quando o viu lá, se virou para a segunda fileira e se sentou ali em vez de ir para o fundo com Edward.

A aula começou e o professor ficou mais fora da sala do que qualquer outra coisa, a aula passou um saco e não via a hora dela acabar, já que sentia os olhos de Edward a queimando em seus costas, poucas vezes se virou e encontrou o olhar dele.

Quando o sinal deu ela saiu da sala, mas foi impedida por ele.

- Então agora você esta com o Ricardo? – Edward disse um tanto ciumento.

ergueu uma sobrancelha para ele em desafio.

- E se eu tiver? O que você tem a ver com isso? – respondeu de um modo um tanto petulante.

Edward foi de certo modo pego de guarda baixa.

- Eu... não tenho nada a ver com isso

- Exatamente – disse, foi sair do seu aperto, mas o mesmo não deixou, ele a arrastou pelo corredor com uma certa fúria. – me solta, senão eu vou começar a fazer um escândalo aqui mesmo, Edward.

- Pode começar então – ele disse ainda não soltando ela, é claro que não ia abaixar seu nível fazendo um escândalo, o corredor começou a ficar vazio, é claro que muitas cabeças se voltavam para ver Edward e passando, ele praticamente arrastando ela.

Eles foram parar em um corredor um tanto conhecido para os dois, e identificou a porta do almoxarifado.

- De jeito nenhum! Não entro ai com você! – ela disse se virando para sair, mas Edward passou o braço pela cintura dela e a puxou para mais perto, entrando com ela no armário pequeno. – Eu vou gritar!

- Eu só quero conversa com você! – ele disse a virando para ele, segurando firme em seus braços. – Você contou para o Ricardo sobre o que aconteceu entre nós nesse lugar?

- Contei, por quê?

- E mesmo assim você esta com ele? - Edward perguntou ainda mais ciumento, então ela estava com os dois ao mesmo tempo?

- Ricardo é... diferente – disse tentando se livrar das mãos de Edward – Alem dele não ser fofoqueiro, ele me entende, é um bom amigo...

- Não estou muito afim de ficar ouvindo os benefícios do Ricardo, .

riu com gosto.

- Esta com ciúmes Edward? Que gracinha! – ela disse sorrindo – E se você esta pensando que eu sou como qualquer menina, esta enganado, eu não estou com o Ricardo, só brinquei com Jessica e Isabella sobre isso, nada mais.

- Ah sim e na casa dele vocês não fizeram nada?

sentiu raiva.

- Olha aqui, sobre a minha vida sexual você não te nada com isso, entendeu? – ela colocou o dedo em riste – A culpa não é minha se você é ingênuo demais para não fazer o que você acha que o Ricardo fez, e se ele realmente fez é problema meu.

foi sair, mas Edward continuou a segura-la.

- Ingênuo?! Não é possível que eu esteja ouvindo isso!

- Ingênuo sim, Edward. Ou vai me dizer que você come todas aqui da escola? É um come quieto então! – se livrou do aperto dele, os olhos verdes cintilando desafio.

- Eu não como todas! Mas que coisa mais horrível de se dizer! – ele disse rolando os olhos.

- Não pega por que não quer. – disse – Ou por que seria... – ela estreitou os olhos para Edward, um sorriso brotou nos lábios vermelho da garota – Virgem.

Edward não expressou nenhuma emoção, apenas ficou olhando-a com os olhos dourados queimando de fúria. Só de imaginá-la nos braços do Ricardo, dava uma certa raiva em Edward e ele não sabia do porque que sentia raiva.

- OH! OH MY GOD! – disse colocando a mão na boca – Edward você é virgem?! Com 17 ano e é virgem?! Por favor, desminta isso.

Edward continuou em silencio.

- É certo, agora sim você é mais ingênuo do que eu esperava – aproveitou a raiva que sentia dele mais a nova descoberta para irritá-lo.

- Isso não tem nexo, – ele disse bravo. – Tá legal, já que você esta caçoando tanto, vamos ver quem é o ingênuo aqui.

riu e arqueou as sobrancelhas.

- Quer uma lista minha? – ela perguntou maliciosa – Como você é pervertido, Edward!

Isso o irritou ainda mais, a puxou com força e a beijou com paixão, encostando a mesma na parede e a erguendo em seu colo. É claro que não negou o beijo, o retribuiu com mais ardor que ele, fechando as suas pequenas e delicadas mãos entre os cabelos de Edward, o puxando para mais perto.

De repente o beijo se tornou mais insinuante, provavelmente demonstrando o que ia acontecer naquele almoxarifado, sentiu o corpo ficar tenso. Ele era vigem, ela não via problema nisso, mas... Não se via a pessoa certa para tirar isso dele, não sabia por que, mas seu corpo e sua mente diziam para ela não fazer isso, com ele e com ela.

- Pare. – ela disse entre o beijo virando a cabeça – Pare Edward – ela insistiu.

- Por quê? –ele perguntou confuso a colocando no chão.

- Por que... – ela tomou fôlego – Não quero caçoar de você nem nada, mas não acho que isso deva acontecer aqui, Edward e... comigo.

Edward rolou os olhos.

- Esta sendo absurda, sabia?

- Não, não estou. Isso não parece... certo – ela se afastou dele.- Eu só acho que você deva fazer isso com quem gosta, não por que esta bravo ou com ciúmes do Ricardo.

- Não estou com ciúmes dele!

- Vamos voltar para essa parte? Mesmo?

Edward suspirou.

- Certo, eu posso ter... um pouco só de ciúmes dele com você. – ele disse passando a mão nos cabelos bagunçados – E o que você quer dizer “comigo”?

- Quero dizer que você devia fazer isso com quem você goste – se abaixou e pegou a mochila que estava no chão – Isabella Swan parece uma excelente opção sabia? Ela realmente parece gostar de você.

- Ah! Fala sério, ! – Edward riu – Olha, no inicio eu achava ela interessante e tudo mais, mas... sei la, ela parece tão... previsível agora.

rolou os olhos.

- O que eu estou querendo dizer – disse – É que você transe com alguém que goste.

- E se eu disser que gosto de você? – Edward soltou essa sem pensar nas conseqüências dessas palavras – E se eu disser que não quero que você vá com o Ricardo no Baile? Que quero que vá comigo?

arfou e recuou dele o quanto pode, ou seja, não muito.

- Você não pode. – ela disse com a mão na maçaneta.

- Por que não?

- Por que não é certo! Eu moro na mesma casa que você, imagina Esme ou Carlisle ficarem sabendo, Rosalie mataria você em um segundo! E... Edward eu não sou esse tipo de menina. Sinto muito.

Edward sentiu o seu corpo gelar com a recusa dela.

- Que tipo de menina?

- O tipo de menina que é romântica, sonhadora e essas baboseiras – sussurrou urgente quando escutaram passos se afastando deles – Você realmente imagina e Edward passeando de mãos dadas na rua? Ou e Edward indo ao cinema, ao parque? Eu não me imagino assim – disse com certa dor, gostaria que fosse assim com Edward, mas uma coisa era ela querer e não fazer, se sentia tão vulnerável perto dele! Ela não queria se sentir assim, não era normal para ela se sentir assim.

Edward ficou em silencio, ele também não se via fazendo essas coisas, odiava cinema e andar em parques era tedioso.

- Então do que gostamos? – Edward perguntou calmo, se conformando com a idéia. Ele observou o rosto lindo de sorrir para ele, um sorriso verdadeiro que ele inconscientemente correspondeu.

- Gostamos disso – ela disse se referindo ao almoxarifado, o que fez os dois rirem – Gostamos de ser sem compromisso. Você realmente deveria investir em Isabella – escondeu o seu próprio ciúmes ao falar da Isabella – Ela parece ser uma boa garota. – abriu a porta e saiu.

- ! – escutou Edward chamar, ela se virou. – Não gosto das boas garotas – ele disse e deu um sorriso torto e encantador.

riu e seguiu para sua aula.


Capitulo 10: Dança.

Tudo estava tranqüilo com os Cullen e . Eles tinham chegado ao consenso de não interferirem na vida de , seja no que for que ela esteja procurando, é claro que houve uma certa reclamação de Rosalie, mas soube lidar com a madrinha.

Era o mês de ir a Londres, ensaiar com as amigas e tudo parecia estar dando certo, suas malas já estavam feitas, desceu as escadas na quinta de noite e se sentou ao lado de Edward no sofá, os dois continuavam no anonimato e esperavam chance melhor para realmente fazer alguma coisa, pois além de Edward Cullen não aceitar um não como resposta, ele pode ser bem persuasivo quando quer.

se sentia a cada dia mais perto dos segredos dos Cullen, na verdade ela achava que já sabia, mas estava difícil, parecia que a cada dia mais eles estavam mais cautelosos perto dela, se mostrando mais normais do que nunca.

- Eu tive um sonho estranho hoje – comentou com Carlisle que estava sentado na poltrona, ao seu lado. Agora procurava não ter segredos com a família, mas não tinha contado nada sobe sua mãe ou o que sua tia era.

- E que sonho era? – Carlisle perguntou delicadamente.

Ela decidiu omitir com quem estava no sonho e a ameaça que a pessoa a fez, mas também deu uma certa ajuda a tentar desvendar o que os Cullen eram.

- Não sei bem – ela jogou verde, se fez de inocente – Era uma floresta, então um cervo passou correndo por ela e depois... acho que era uma pessoa sabe, atrás do cervo, não deu para ver direto era muito rápida, mas sim pareceu uma pessoa, e no final do sonho quando o cervo foi pular de um tronco que estava no chão, a pessoa o agarrou e então ficou em cima do cervo, sabe meio que deitado sobre ele, ai eu acordei.

Carlisle nunca se sentiu tão tenso em toda sua vida, todos os Cullen se sentiam e perceberam: ela já sabia, só estava querendo mais provas. E quanto tempo ela demoraria para exigir a verdade sobre eles?

- Um sonho interessante – Carlisle sorriu ternamente.

- Também achei – um brilho perspicaz passou pelos olhos verdes dela. – Muito curioso, na verdade. Bom, eu tenho que ligar para as minhas amigas, eu já volto.

Quando terminou de subir as escadas e entrar em seu quarto, as mascaras caíram e todos demonstraram sua preocupação.

- Acha que alguém pode estar nos observando e contando para ela? – Emmett sugeriu olhando ansiosamente para Alice, que tinha a expressão concentrada, procurando pelo futuro.

- Esta tudo... confuso – ela disse fazendo uma careta – Nada está certo, não dá tempo para identificar nada nem ninguém é como se muitos caminhos estivessem sendo considerados... – ela parou de falar quando seus olhos realmente perderam o foco então a sala caiu em um silencio. Edward assistia a visão um tanto surpreso. Ele mesmo se viu na mente de Alice, nítido como se ele estivesse ao vivo, então algo aconteceu, uma delicada mão entrou em foco e ele mesmo sem hesitar pegou a mão aonde tudo virou um borrão e depois escuro.

- O que foi isso? – Edward perguntou.

- Não sei, não entendi também – Alice pensou um pouco – Parece... parece que você simplesmente saiu do meu “radar”, talvez a escolha que você tenha feito... o que eu sinceramente me pergunto qual a escolha – ela estreitou os pequenos olhos para Edward que deu de ombros.

- Na minha opinião, deveríamos contar logo para ela, se ela descobrir poderá ficar brava conosco por não ter contado para ela, e você Rose que tanto teme que ela vá embora, bom seu pesadelo pode se tornar realidade – Jasper disse com um ar sério.

- Não acho que ela ainda esteja pronta – Esme disse – Na verdade, para mim ela nuca estará, não é uma coisa fácil de se lidar, descobrir que a única família que lhe resta é um clã de vampiros.

- Eu não quero contar pra ela, acho que ela esta mais feliz sem realmente saber sobre tudo – Rosalie empinou seu nariz.

- Ela ou você esta mais feliz assim? – Alice questionou. – Bom, eu sou a favor de contar para ela, não sei qual será sua reação, mas prefiro manter tudo em um livro aberto do que ficar tomando mais precauções do que estamos tomando.

Passos foram ouvidos e todos cessaram a conversa, descia as escadas um tanto preocupada.

- O que houve, querida? – disse Esme.

bufou alto.

- Rebecca esta grávida. – ela disse com estresse – Não tem como substituir ela agora! Julliard já tem o nome de todas! Se uma não participa o grupo inteiro não se apresenta!

A sala entrou em um silencio desconfortável. se sentou no sofá e massageou as têmporas.

- Isso vai ser um grande problema! – ela reclamou. – Vou ter que refazer algumas coreografias e até assumir o papel dela em uma dança, ai que droga! – então ainda mais estressada subiu as escadas e avisou por cima do ombro que iria se deitar.

- Eita! – Emmett riu – Eu não queria estar na pele dela. – ele disse com seu jeito brincalhão de sempre.

Edward foi até ele e lhe deu de surpresa um tapa na cabeça.

- Obrigada – Alice murmurou e voltou a ler sua revista.


Dois dias se passaram e nada de conseguir uma coreografia decente para a substituição de Rebecca, ela não era a melhor em dança de salão, preferia dançar em grupo do que sozinha. Teve que adiar sua viagem para a próxima semana, já que teria que refazer a coreografia.

faltou na aula de segunda-feira, iria pegar firme no treino, depois ela recuperava na escola, a questão é que sua família não queria deixá-la sozinha, além de ter Esme na casa Edward ainda ficou também, disse que tinha que terminar um trabalho que não tinha dado tempo e que era para o próximo dia, mas sabia que ele já tinha terminado a eras esse trabalho, mas até Edward tinha o direito dele de se cansar da escola, mesmo já estava dando a conta!

A musica Sway ressoou baixinho no quarto de que fechou os olhos e imaginou uma dança, muitos movimentos se passaram por sua cabeça e ela preferiu anotar alguns, mas sem parceiro não dava para formular nada. Sorte que Pierre dançaria com ela, a professora do internato que o tinha escolhido e sabia que ele era o melhor em dança de salão.

Seu celular apitou demonstrando a chegada de uma mensagem. Era de Ricardo.

“Não veio por que bitch?! Me deixou sozinho nesse hospício né sua loca, a gente resolve quando eu chegar em casa e te xingar muito no Twitter.”

riu com a mensagem do amigo.

“Foi mal, eu tinha umas coisas da dança para resolver. Não me xinga não que eu não sou bagunça que nem as barraqueira que você ‘pega’.”

se sentou na cama e ficou com o olhar vago durante um tempo. Fazia tempo que Patrícia não a procurava. Um calafrio desceu pela espinha da morena, por mais agradecida que ela ficasse, algo bem fundo em sua mente dizia que ela poderia estar tramando alguma coisa.

Safira entrou no quarto e se deitou no pé da cama o olhar azul quase penetrando os verdes de .

- Ela deve estar tramando alguma coisa – ela murmurou para a gata que lhe mandou um olhar perspicaz, como se tivesse tido a coisa mais inteligente do mundo.

A garota afastou isso da mente, tentou se focar no que ia acontecer no dia da apresentação se ela não criasse algo útil.

Houve duas leves batidas na porta de . Por entre a fresta apareceu a face de Edward.

- Esme está te chamando para o café – ele disse suavemente, se encostou na porta com os braços cruzados – E já é a quinta vez – ele sorriu torto.

rolou os olhos.

- Eu não posso me focar na comida agora, eu vou virar comida de jurados se não fizer algo útil! – ela dramatizou, fazer drama era com mesmo.

Edward riu.

- E do que você precisa? – ele perguntou entrando no quarto e fechando a porta atrás de si.

- De uma coreografia, do que mais eu precisaria? – ela disse rolando os olhos.

Antes que Edward respondesse pelo tom de ignorância na voz da menina, Esme entrou suavemente no quarto.

- Eu estou indo rapidinho para uma galeria no centro da cidade, querem vir?

tentou esconder a careta, se era da galeria que ela e Edward tinham ido, era melhor Esme nem perder seu tempo.

- Não, eu e já fomos, é excelente lá. – Edward disse.

bufou – Se algum dia desses ele dizer que tem um encontro com uma garota e for levá-la para aquela galeria... Por favor Esme, deserde-o. Aquilo é o maior tédio!

Esme riu e Edward fez uma careta.

- Ok, bom eu volto daqui a pouco, não façam uma festa – ela piscou.

- Sim, uma festa de manhã, devia ter pensado nisso antes – assentiu como quem concorda com o que disse, depois sorriu para Esme – Bom tédio.

Balançando a cabeça Esme fechou a porta e partiu.

- Então, antes da sua total grosseria e falta de educação – Edward disse com as mãos no bolso, completamente relaxado – Que tipo de coreografia você precisa?

abriu um sorriso sarcástico – Dança de salão – ela estreitou seus olhos – Por que, por acaso você sabe dançar? Algo que não seja eletrônica?

- Não danço eletrônica – Edward fez uma careta de desgosto – E sim, eu sei dançar.

riu.

- Ok, agora você me surpreendeu – ela balançou a cabeça – Quem diria, e eu pensando que o mundo estava perdido.

Edward bufou e estendeu a mão para ela.

- Como você pode ter pensado assim, sendo que de certa forma iria dançar com alguém do internato?

sorriu cativante e pegou na mão fria de Edward.

- Há poucas coisas para fazer no internato, Pierre seria o único que dançava dança de salão por que queria impressionar Rebecca – ela pendeu a cabeça de lado – Mas não explica o porquê você saiba dançar.

Edward fez uma falsa expressão de indignação.

- Esme sempre quis seus filhos muito bem educados – ele disse depois piscou para ela, a musica começou com uma batida, aonde Edward inclinou .

não disse mais nada e deixou Edward guiá-la pelo quarto, como era uma musica envolvente, quase como tango, muitas vezes Edward descia mais as mãos, na coxa, levantando sua perna, inclinando , tudo isso nem nunca deixar o olhar dela. sempre meio que hipnotizava os homens, agora era diferente, não tinha reação se não a dançar com Edward, presa nos olhos dourados escuros dele, envolvida em sua frieza, causando-lhe arrepios a cada toque mais intenso dele. Ele a girou para depois juntar mais o corpo volupioso dela com o dele, descendo a mão (que estava na base das costas) para o quadril da morena, aproximando mais o rosto e com um movimento rápido ele a inclinou de lado ao mesmo tempo que levantava a perna dela na altura da cintura dela. A musica acabara.

Nenhum dos dois se soltaram, ficaram se olhando, as respirações rápidas e batiam como eletricidade na pele um do outro. Dessa vez Edward que deu o primeiro passo, capturando os lábios de com os dele. O beijo não foi calmo, foi necessitado e mostrava todos os desejos dos dois. Quando menos esperou Edward a deitara na cama e a beijava com mais volúpia do que antes. Ela retirou a camisa dele e dedilhou os dedos por seu abdômen, arrancando suspiros do jovem.

Edward não ficou muito atrás, retirou a blusa de lã dela e lhe beijou o pescoço, descendo um pouco para o colo quente e pulsante dela, o coração da garota cada vez mais alto e descontrolado e Edward sabia que se tivesse um, estaria do mesmo jeito.

Com um suspiro alto fechou os olhos e se arrepiou com os beijos frios na pele quente dela, as mãos dele lhe retirando a calça e apertando com força a coxa da garota.

- Edward – ela gemeu quando ele retirou seu sutiã e apertou seus seios. o virou na cama e beijou seu pescoço para depois descer os beijos pelo tórax, barriga, abdômen e ventre. Com habilidade tirou as calças dele, junto com sua cueca boxer, e tornou a se sentar em cima dele o puxando para se sentar também. Edward com um puxão rasgou a calcinha dela e apertou sua bunda.

umedeceu os lábios e se ajeitou em cima de Edward, que tinha os olhos ansiosos e a respiração super acelerada, quando desceu sobre ele, o mesmo jogou a cabeça para trás e gemeu alto. Novas sensações tomaram conta de seu corpo, o calor e frio se mesclando de forma abrasadora e prazerosa. parecia sentir o mesmo, pois jogara a cabeça para trás com um gemido rouco e profundo. As mãos de Edward quase penetravam a carne do quadril dela. O ritmo começou lento e carinhoso, olhos nos olhos, beijos trocados e promessas silenciosas ditas.

enfiou a mão entre os cabelos bagunçados de Edward e encostou sua testa na dele, nunca havia sentido tal coisa com um menino antes. Sabia que de normal Edward não tinha nada, mas mesmo assim, a cada toque, suspiro e entrega da parte dele revelava o carinho que o mesmo sentia por ela, o amor aos poucos foi sendo demonstrado quando tudo ficou mais intenso, mais sensual.

Edward virou na cama, ficando por cima, não hesitou em momento algum, as mãos quentes e os suspiros dela o guiavam para algo desconhecido e ao mesmo tempo inesquecível. Aumentou o ritmo das estocadas, aumentando a força, entrelaçou os dedos com os dela e elevou os braços dela para cima, os olhos dourados deles presos nos verdes dela de uma forma tão intensa e verdadeira que sentiu aos poucos que chegaria ao ápice com, mas rapidez do que imaginava. Edward era bom, muito bom.

Notando isso Edward aumentou a velocidade, o corpo de se arqueou para ele, que soltou os braços dela a tempo da mesma envolver o pescoço dele e os gemidos ficarem mais próximos de seu ouvido o levando a loucura. desceu uma mão pelas costas de Edward e chegou a bunda dele, aonde ela apertou o fazendo ir mais fundo e com um gemido alto ela chegou ao seu ápice de forma selvagem e demorada, sentindo Edward estremecer em cima dela também.

não conseguia controlar os tremores que seu corpo estava tendo, ela podia jurar que viu pontos brilhantes no quarto de tão intenso que foi seu orgasmo.

Edward a puxou para o berço de seus braços a envolvendo neles e depois a cobrindo com as cobertas.

- Tenho minhas duvidas que você era virgem – ela disse depois de um tempo, fazendo Edward rir alto.

- Acho que isso é um elogio – ele disse passando levemente a ponta dos dedos nas costas dela. – Obrigado.

riu cativante.

- Disponha. – ela respondeu com malicia fazendo Edward rir mais uma vez. Um longo silencio se instalou pela casa.

- E agora, como ficamos?

temia que Edward dissesse isso.

- Olha, como eu sei que você é bem puritano – ela disse de forma brincalhona – Não me peça em casamento só por que isso rolou ok? – ela piscou pra ele que revirou os olhos. – Não sei. Olha, não precisamos ter nada certo é só... se deixar levar.

Edward franziu um tanto o cenho, era difícil ele se deixar levar, sua mente cabia tantas coisas que ele pensava nos prós e nos contras, nas conseqüências e no futuro. Seria difícil ele se deixar levar mas tentaria... tentaria.

- Não garanto nada – ele disse de forma séria.

- Ai, sempre tão serio! – ela riu. Eles ficaram na cama ainda mais um tempo, até que o clima quebrou quando começou a bater os dentes, por causa do corpo frio de Edward. – Vou tomar um banho, quer esfregar minhas costas? – ela apoiou o queixo no tórax dele.

Edward sorriu, mas negou com a cabeça.

- Já é meio-dia daqui a pouco eles chegam – disse de forma triste, era pura tentação essa proposta dela.

riu e lhe deu um leve beijo nos lábios se levantando e indo para o banheiro, fazendo Edward suspirar, além do más ela estava nua.

- Golpe baixo! – ele disse alto quando a mesma entrou no banheiro e pode ouvir a baixa risada dela.

Edward escutou o carro de seus irmãos passando da estrada asfaltada para a de terra e logo se vestiu, correndo para seu quarto e tomando uma rápida ducha, para tentar tirar um pouco do cheiro de , que impregnou ele.

- Edward! – Rosalie entrou em casa, Edward agora estava sentado em seu sofá fingindo que lia um livro.

- Aqui em cima.

Ela abriu a porta do quarto com a expressão brava.

- Você deixou levar alguém para o quarto dela?! OLHA QUE CHEIRO DE SEXO! – ela desatou a falar como era nojento e irresponsável da parte do vampiro deixar isso acontecer.

foi ver o que acontecia e quando se aproximou o suficiente dela para sentir seu cheiro, Edward viu o exato momento em que Rosalie notou o cheiro dele ainda forte no corpo de .

- Mas... QUE MERDA É ESSA?! – Rosalie olhava feio para Edward.

- Er... – olhou rapidamente para Edward, que não queria mentir, odiava mentir. Mentiu sua vida inteira e não queria fazer isso agora, sobre uma coisa tão especial que aconteceu com ele.

- Eu e estamos saindo – o vampiro disse de pé.


Capitulo 11: Verdade.

Ok, certamente Edward pirou de uma vez por todas, pensou. achava que Rosalie estava começando a ficar vermelha, ou seria só sua imaginação? Talvez. O problema mesmo era que sua madrinha ia estourar a qualquer momento... e isso não seria bom nem para nem para Edward.

Rose respirou fundo diversas vezes, os dentes trincados, embora toda a família sorrisse, ela era a única quem tinha as feições de raiva.

- Repete – ela disse entre dentes. Edward olhou confuso para a loira.

- Eu e estamos saindo – ele repetiu cauteloso.

- SEU MESQUINHO DE MERDA! – ela gritou partindo pra cima dele, mas ele desviou com elegância e graciosidade. Emmett tentou segurar Rosalie, mas parecia impossível de deter a loira. – COMO VOCÊ OUSA?! SEU IMPERTINENTE! VOU QUEIMAR VOCÊ, EDWARD! JURO QUE VOU QUEIMAR VOCÊ! SEU APROVEITADOR! OLHE SUA IDADE! SE ENCHERGUE! – ela não parava de se debater nos braços da tia, tentando a todo custo atacar Edward, que tinha ido parar do outro lado do quarto.

- Rose, se acalme, ok? Não foi só culpa dele – disse suavemente, tentando persuadir a tia. – Tenho minha parcela de culpa também.

- Não! Você não esta entendo! Edward não deveria! – ela começou a gritar e brigar tão rapidamente que não conseguiu entender o que ela estava dizendo, franzindo o cenho.

- Ok, me de um bom motivo para eu não continuar saindo com ele! – se intrometeu, brava pelo chilique da madrinha.

- Porque ele é um vampiro! VAI MATAR VOCÊ! – ela acabou gritando e todos na sala estacaram. olhou para a tia de forma divertida.

A morena rolou os olhos – Ok, Rose, você está exagerando agor... – mas ela não terminou de falar, porque finalmente a ultima peça de todo esse quebra-cabeça foi descoberta e não teve como protestar isso. Ficou encarando todos da família. – Porque não estão negando? – ela disse se afastando para a saída.

- Querida... – Rose se soltou de Emmett, a face encravada em culpa e tristeza, ela foi para tocar em , mas a mesma se afastou mais agora na entrada do quarto de Edward. Todos da família olhavam preocupado para . – Sinto muito – Rosalie disse quase chorosamente.

balançou a cabeça de forma confusa. – Eu... eu sabia que vocês eram diferentes, mas... não a esse ponto... pensei que eram... – ela não concluiu a frase, pensou que eles eram que nem seus pais, já que essa era a única referencia sobrenatural que ela teve durante esses meses que passou com os Cullen.

Edward a olhava ansioso e com dor nos olhos, esperando a rejeição dela.

- Podemos explicar tudo a você – Carlisle disse se aproximando da afilhada, que tornou a recuar então saiu correndo para seu quarto, se trancando lá.

Precisava pensar, era um baita baque para ela, do nada descobrir que a coisa mais próxima de família para ela, era um clã de vampiros. Correu para seu closet, precisava pensar longe da família, decidir o que fazer. Pegou uma max bolsa, colocando seus objetos pessoais, calcinhas, meias, sutiãs, pijama, maquiagem, roupas não tão pesadas. Se trocou, colocando um shorts curto jeans bem claro, uma blusa rosa bebe gola bem aberta, franzida, um blazer preto por cima, que cobria parcialmente seus shorts, estilo paletó. Calçou seus all star branco cano alto, pegou seu celular e o jogou no bolso do blazer.

- Ela esta saindo – Edward sussurrou pesaroso, se sentando no sofá em seu quarto e passando a mão pelos cabelos acobreados. Tinha perdido ela, tudo por causa da boca grande de Rosalie.

- Você me paga por isso, Edward – a loira disse vingativamente. Ela foi sair do quarto, indo em direção ao de Rosalie, mas Alice segurou em seu braço.

- Ela precisa de tempo, Rose. Deixe-a ir, podemos vigiá-la de longe. Mas deixe ela pensar em um lugar calmo – Alice disse persuasivamente. Quando Rosalie finalmente retornou para dentro do quarto, saiu do seu, correndo escada abaixo, nem olhando para eles.

A morena pegou as chaves do carro de Carlisle, e desceu correndo para a garagem, precisava pensar. Quando entrou no carro, abriu completamente a janela para que Safira pudesse entrar também. Ela saiu da propriedade dos Cullen acelerando e quando entrou na estrada de terra, parou o carro, puxando o celular e discando o numero de Ricardo.

- Fala gatinha manhosa – ele atendeu.

- Rick, posso passar a noite na sua casa? – ela pediu chorosa, a ponto de entrar em choque.

- O que houve?

- Posso ou não posso? – pediu respirando fundo.

- Claro que pode. Estou te esperando – ele disse.

desligou o celular e dirigiu o mais rápido que pode para a casa de Ricardo, entrando na rua principal. Mas antes de ir para a casa dele ela parou em frente ao campus de Darthmound, não soube o porquê parou ali, gostava do campus de Darthmound, tinha um ar limpo e bem cuidado. Parou a Mercedes e saiu dela, com Safira na sua cola. Se sentou em um banco, passando a mão pelos cabelos, respirando fundo.

Vampiros. Isso parecia tão irreal. Mas para quem tinha a mãe Feiticeira, tia Feiticeira – fora o fato de que essa mesma tia queria matá-la ou transformá-la em feiticeira, sabe-se lá como ela faria isso – não era tão pior assim.

Mas o que a fez realmente sair da casa, foram as lembranças, da família saindo em conjunto para não sei aonde, e agora que o segredo fora revelado, sabia o que eles iam fazer nessas saídas, matar pessoas. Esse sentimento a fez sair da casa, repudiava a imagem deles matando pessoas.

Depois de um tempo tentando se controlar, ela levantou o rosto, acariciando os pêlos de Safira.

- Você sabia o tempo todo não é sua gata vira-lata? – disse brava.

Safira a olhou com repreensão, pelo fato do “vira-lata”, mas depois seu olhar consciente se tornou culposo, e a gata abaixou a cabeça.

- Olha, eu só não... faço sabe-se lá com você... porque você é a única que pode me entender agora então... vamos logo – se levantou e se dirigiu para o carro.

- Lindo carro – uma voz disse atrás de si, ela se virou assustada pelo tom aveludado da voz. Engoliu em seco, o olhar espantado.

Patrícia. Ela estava ali, na sua frente. Ou seria mais uma miragem de sua cabeça?

- O-o que você f-faz aqui? – perguntou com a mão firme na maçaneta do carro. Safira chiava e tinha os pêlos todos arrepiados, mas não olhava para Patrícia, olhava para o gato preto de Patrícia, logo ao seu lado.

- Uma vistinha amigável – ela disse dando de ombros, de forma casual. Ela era muito mais bonita pessoalmente e sentiu vontade de chegar mais perto, tocá-la para ver se ela era real ou uma deusa. – Você exerce metade da atração que eu estou exercendo agora, querida – ela sorriu cruel.

balançou de leve a cabeça, tentando acordar daquele transe – O que quer? – disse um pouco mais firme.

- Ora, pensei que já tínhamos esclarecido esse fato – ela riu o riso ecoando através de , será que ninguém poderia passar ali e tirar daquela enrascada? – Na verdade, eu vim fazer uma visitinha pessoalmente, para nos conhecermos melhor – a ironia pesada em sua voz – Então eu escutei aquele seu showzinho com o vampirinho Edward... devo dizer que foi excitante... ser uma... voyer – ela tornou a rir e balançar a cabeça. – Mas então, meus planos mudaram quando sua família chegou. É claro que eu não sou mal educada de atrapalhar o sexo dos outros, e sua patética madrinha deixa vazar o pequeno segredo deles.

- Olha como fala – disse brava, já ia morrer mesmo, porque não aproveitar os últimos momentos não é mesmo? Patrícia ergueu uma sobrancelha perfeita.

- Se eu fosse você, eu olhava como falava – ela disse, suas lindas feições mudando para uma cruel e brava, os olhos verdes escurecendo para preto ônix. – Não brinque comigo, garota petulante – ela disse e o poder exalava de cada poro dela, parecia que ela era feita dele, de poder. Isso circulava Patrícia de forma intensa, chegando a arrepiar só com isso.

No desespero abriu a porta do carro e entrou, arrancando o carro de lá.

- Não pode fugir de mim – ela escutou um sussurro, perto dela. O pânico se tornou mais presente, como se Patrícia estivesse logo atrás dela.

- Merda, merda, merda! – ela disse com o coração aos pulos. Olhou no retrovisor e viu Patrícia sumindo atrás dela, retomou a vista para a estrada, usando toda a velocidade da Mercedes, chegando na casa de Rick em minutos.

- Estava preocupado já – ele disse saindo pra fora, quando freou com força o carro, o desligando e saindo correndo pelo gramado de Ricardo. – Hey, você esta bem? Parece que vai desmaiar a qualquer momento.

- Entra na sua casa, rápido – ela o empurrou para dentro, a casa estava um total silencio se não fosse pela TV ligada. – Cadê seus pais?

- Trabalhando, alguém tem que fazer alguma coisa nessa casa, já que eu só como, bebo e pego dinheiro – Ricardo a olhou com preocupação. – O que aconteceu?

- Patrícia esta aqui. Atrás de mim - ela disse arfando e fechando todas as janelas da casa de Ricardo.

- Mentira! – ele disse colocando a mão na boca – Então a vaca está... rondando a minha casa?

- Shhh, ela pode escutar você – fechou a porta que dava dá cozinha para a sala. Então olhou ao redor. Aonde se enfiara Safira?

A gata apareceu no balcão da cozinha, com um olhar bem orgulhoso, como se tivesse feito algo que seria prestigiado.

- Aonde você estava? Ah esquece, você não vai me responder de qualquer jeito – ela disse sentando no banquinho.

- É por isso que você quer dormir aqui? – Ricardo perguntou se sentando ao lado da amiga. balançou a cabeça e contou o que aconteceu em sua casa, omitindo a parte do vampiro.

- Ela simplesmente pirou! Então eu não agüentava mais Rosalie me tratando como criança – ela mentiu perfeitamente – Tive que sair de lá, preciso pensar.

- Certo, certo. Mas me conta... – ele olhou malicioso para – Grande, pequeno, fino grosso? Habilidoso, quadris duro? Detalhes!

riu, um tanto histericamente, corando bem forte.

- Não vou te contar, Rick! Isso é pessoal! – disse batendo de leve no amigo. Porem, antes deles se divertirem mais um enorme baque ressoou na porta da casa de Ricardo, fazendo os dois pularem.

- Será que é ela? – ele sussurrou para .

- Não sei, provavelmente – ela disse temerosa. Outro baque, a fazendo pular no banquinho.

Ricardo se levantou e foi até uma porta, quando a abriu tinha várias varas de pescar, tacos de beisebol, bolsas de golf. Ele pecou um taco de metal, com o cabo preto e o posicionou.

- Isso não vai detê-la – sussurrou para ele.

- É, sei que não pode, mas pode distraí-la.

- Duvido muito – se aproximou da porta, olhou para Safira, que se lambia completamente despreocupada. Mandou um olhar estranho para a gata, que a ignorou completamente. Outro baque, outro quase infarto da parte dos dois jovens.

- Acho... acho que ela não esta conseguindo entrar – Rick franziu o cenho.

-Ué, mas é uma porta comum – disse se aproximando, então parou e olhou para Safira que a olhava triunfante. – O que foi que você fez, Safira? – a gata miou sabiamente, era óbvio que ela não ia abria a boca e sair contando o que tinha feito, mas pareceu funcionar. – Acho... acho que estamos seguros, por enquanto.

- Ah, espera só minha mãe chegar em casa, se ela não conseguir entrar ferrou pra mim. Vai achar que eu a tranquei pra fora de casa novamente. – ele disse balançando a cabeça.

rolou os olhos. – Não, acho que isso é só contra... – mas não terminou de falar, um grito escapou por seus lábios. Sua cabeça estourava de forma infernal, a fazendo cair ajoelhada no chão com cada mãos ao lado de sua cabeça. O grito se intensificou quando a dor aumentou, ela não podia ouvir nada, ver nada, sentir nada além da dor. Mas pode sentir o sague escorrendo de suas orelhas, a dor aumentando absurdamente.

Então aconteceu uma batalha dentro de sua cabeça, a dor parava e voltava, para e voltava. Como se estivesse resistindo a dor, mas sabia que não era ela, a única imagem que tinha em sua cabeça era de olhos azuis, conscientes, quase humanos, azuis concentrados e preocupados, parecia fazer um certo esforço.

E depois um miado algo, esganiçado. Um miado de rendição, choroso e doloroso de se ouvir. também desistiu, caiu no chão, apagada.

oOo

- Acorda Adormecida – Ricardo disse, o via embaçado e depois foi se tornando mais visível. – Eita droga da boa. O que foi que você tomou, menina?

se sentou.

- Por quanto tempo eu apaguei? – ela perguntou passando a mão na cabeça.

- Dez minutos no máximo – ele disse estendendo um copo de água para ela. – Você começou a gritar e depois a gata começou a esganiçar e depois as duas caíram, a gata até meio dura, acho que empacou, e você... completamente mole.

- Safira... – se levantou, mas não conseguiu dar o passo seguinte, cabaleou quando tudo rodou.

- Hey, vai com calma. A gata esta bem, acordou uns cinco minutos antes de você. Ficou te lambendo ai, acho melhor você ir tomar um banho, sabe-se lá aonde passou a língua dessa gata. – ele encarou Safira com um certo nojo no olhar.

se sentou no sofá marrom de veludo, passando a mão no cabelo.

- Aqui, uma aspirina pra você – ele disse entregando o comprimido para , que o pegou e tomou, se deitou no sofá, esperando o remédio agir. – O que houve com você? Eu fiquei apavorado. – Rick disse se sentando ao lado de .

- Patrícia, eu acho – ela disse – Acho que foi ela quem fez aquilo comigo, eu só sei que senti uma dor absurda na cabeça, como se comprimissem minha cabeça em algum lugar. Foi horrível.

- Sim. Chegou até a escorrer sangue das suas orelhas, mas não se preocupa, eu limpei pra você – ele sorriu abertamente, um sorriso que faria derreter qualquer coração de menina.

sorriu para ele.

- Porque não faz assim, vá para meu quarto, tome um banho, se troque e vamos fazer algo para você esquecer esses acontecimentos.

- Não estou afim de sair hoje, Rick – a morena franziu o cenho.

- Quem disse me sair? Estava falando de você me ajudar a terminar o figurino de vocês. São três figurinos, e eu ainda nem terminei o segundo, você tem que me ajudar, se não eu me demito, me demito.

sorriu de leve e levou suas coisas para o quarto dele, tomando seu banho e se trocando.

oOo

Tomara sua decisão. dirigia com rapidez para a casa dos Cullen. Tentava a todo custo não pesar no acontecimento de ontem, não querendo se apavorar ao sair da casa de Ricardo. Mas o pavor se tornou inevitável quando ela entrou na estrada de terra, e a floresta se fechou ao seu lado.

Aumentou a velocidade do carro, parando apenas no portão, para entrar na propriedade. Todas as luzes da casa estavam acesas, respirou fundo e parou o carro na entrada da casa. Saiu do carro com Safira em seu colo, já que a mesma tinha feito um baita esforço para tirar Patrícia de sua cabeça, estava fraca.

Quando entrou na casa, todos pararam de fazer o que faziam e os que estavam nos outros andares logo desceram. tomou fôlego.

- Não quero mais mentiras – foi a única coisa que disse. Olhou para cada um da sua família, todos assentindo concordando, a ultima pessoa que olhou foi para Edward, que estava na escada, o olhar negro vazio e profundo.

Carlisle desatou a contar-lhe toda a historia da família, seus costumes, suas regras, sua dieta – e isso certamente surpreendeu – absolutamente nenhuma mentira. sabia que tinha que ser justa com a família, eles estavam contando para ela, ela deveria contar.

- Há também uma coisa que preciso contar – ela disse, ainda estava parada na porta, por mais que a mesma estivesse fechada, não moveu um músculo, a não ser o que acariciava uma Safira fraca no seu colo, que dormia tranquilamente.

contou tudo desde que chegou aqui, de suas motivações para querer ir para Forks, de Patrícia, explicando o porque ela tinha ficado apavorada com o gato preto, sobre Safira, e principalmente o que acontecerá na noite anterior.

- Aquela biscate! – Rosalie xingou – Deixa ela aparecer na minha frente, arrancando a... – ela parou de falar e se recompôs – Não se preocupe, . Vamos proteger você.

não disse nada, sorriu, mas não disse nada. Olhou para Edward que sorriu e piscou para ela e sentiu o coração acelerar e algo estranho crescer dentro de seu peito, borboletas em seu estomago. Não soube dizer o que era isso, mas Jasper soube muito bem o que era. O sentimento de amor crescendo em . Era definitivo.

Edward escolhera sua parceira para a eternidade e nada mudará isso.


Capitulo 12: Em alerta.

PDV Pezinni.

Eu deveria ter contado muito antes a verdade para eles, isso me pouparia muita dor de cabeça. É claro que os dias que se seguiram foram tensos, Rose e Edward tentavam se manter o mais próximos de mim quanto podiam, a procura de Patricia, porem eu pouco ligava para isso.

Não podia dizer que Edward e eu estávamos em um relacionamento, nos curtíamos e ficávamos juntos, mas não podia ainda ser classificado como um relacionamento sério, e talvez eu não queria que isso acontecesse. Estava ótimo assim, não tinha porque aprofundar.

As noites nunca eram demais para nós dois – é claro sempre que os outros saiam para caçar – e os dias nunca eram mais divertidos, agora com Emmett mais relaxado e me assustava o tempo todo, entrando no meu quarto de supetão vindo xeretar nas minhas coisas.

Na escola as coisas estavam normais, Jéssica se roía de inveja, Rick dizia que queria um deus grego desse para ele e Isabella andava um tanto estranha. Não que eu ligasse para ela, sempre fui segura de mim mesma, sim a modéstia me mandou um beijo e disse que sente minha falta.

Patricia nunca mais deu um sequer sinal de vida, nem em meus sonhos. E isso me assustava, o silencio dela me assustava. Safira já tinha se recuperado e estava mais atenta do que nunca.

Planos para ir a Londres corriam entre minha família, e eu não via a hora de finalmente voltar para lá, mas uma coisa rondava minha mente: Forks. Eu havia conversado com Carlisle sobre a pequena cidade e o mesmo disse que a dificuldade seria o tratado que eles fizeram com uma tribo Quileute de lá, mas entendeu que, se, a pedra de minha mãe estivesse lá me protegeria.

Eu ainda achava tudo isso um tanto mais surreal, lobisomens, feiticeiros, vampiros, algumas vezes eu me pegava pensando em tudo isso e notando a loucura. Uma pedra que poderia me proteger? Uma pedra? Se eu escutasse isso no ano passado eu provavelmente riria da pessoa e diria para ela ir se tratar.

E, além de tudo isso, eu ainda tinha a complicação chamada: Provas. Eu iria para Londres logo depois de terminar as provas, mas mesmo assim eu ficava preocupada, nunca foi meu forte estudar, estudei uma única vez em escola publica e sempre fui mediana lá, eu só tirava notas boas no internato porque eu era, tecnicamente, obrigada.

- Não é difícil, preste atenção – Edward tentava me explicar as coisas, mas era difícil prestar atenção nele falando sendo que outras coisas (envolvendo ele) passavam pela minha mente. Sim, me sentia uma pervertida. Edward riu – Se concentre.

- Não consigo! – apoiei a cabeça na palma da mão – É tudo muito chato. Maçante...

- Importante para você passar de ano – ele tornou e rir.

- Que bom que te divirto – sorri sarcástica, Edward piscou para mim. E tornou a tentar me explicar. Eu sabia que ele não desistiria de mim tão cedo, ainda queria me fazer aprender isso, mas ele mesmo me desconcentrava, eu preferia Rose.

Edward ergueu uma sobrancelha.

- Pare de entrar na minha cabeça! – reclamei bufando. – Pensei que você não podia me ouvir.

- Nunca disse isso – ele rolou os olhos dourados – Disse que algumas coisas eu não ouço, mas consigo captar algumas coisas.

- Para mim você esta captando mais do que necessário – resmunguei – Anda, Edward, eu não entendo isso. Na hora eu colo e pronto acabou.

Emmett riu na sala.

- Essa é minha garota! Quem não cola não sai da escola – ele disse rindo estrondosamente.

Eu ri – Exatamente, Emmett!

- Sabe, , eu já fui como você – Emmett apareceu na cozinha, se encostando na soleira da porta – Sempre colava, mas depois que eu virei esse gostosão e super poderoso com memoria fotográfica e inteligência sobre-humana, eu consegui dar um jeito na minha vida, sua hora vai chegar, pirralha.

- Nossa Emmett, a modéstia te mandou dois beijos e disse que sente muito a sua falta. Eu acho, só acho, que você se acha demais. Só acho – dei de ombros, fazendo Emmett rir e voltar para seu jogo.

Voltei meu olhar para Edward que me olhava com um sorriso torto no rosto, os olhos intensos. Ele balançou a cabeça e tentou me explicar de novo. Depois a matéria acabou entrando na minha cabeça, mas eu não estava muito afim de ficar em casa em plena quinta-feira, tá, tá eu sei que a maioria só sai de sexta-feira, mas eu estava no tédio, precisava sair!

- Vamos sair? – perguntei a Edward, é claro que e sabia que ele odiava sair, mas eu não odiava, meus hormônios adolescentes precisavam sair imediatamente.

- Para aonde? – ele franziu o cenho lindamente.

- Ah, não sei! Para um pub! – eu disse com os olhos brilhando para Edward, que franziu o cenho novamente. – Não me faça essa cara, estou cansada de ficar trancada aqui dentro!

- Não é para menos, sendo que tem um feiticeira louca querendo te matar – Edward cruzou os dedos a frente da mesa, odiava esse olhar esperto que ele me mandava, ele parecia um tipo de pai.

Ergui uma sobrancelha – Você não acha que está muito sarcástico, não? Quando te conheci você guardava seu sarcasmo para si mesmo.

- É muita convivência com você – falou e piscou. Bufei.

- Rose, vamos minha ursinha! – Emmett chamou da escada.

- Para aonde vocês vão? – perguntei animada indo para a sala. Se eles fossem sair eu também iria!

- Caçar. – Emmett sorriu ao ver minha decepção – Sabe, se voce quiser, pode ir...

- Não de ideias a ela, Emmett! – Edward rosnou me fazendo rir. O mesmo se postou atrás de mim e me rodeou com seus braços. Me senti um tanto incomodada por ser um ato tão simples e tão intimo. Mas coloquei isso de lado, fazendo de tudo para que Edward não notasse.

- Bem que seria legal ver vocês em ação. – eu refleti, sentindo os braços de Edward se formarem barras de aço em minha cintura – Não parece tão empolgante quanto voce fala, Emm.

- E não é! – Edward disse quase entre dentes. – Não sei da onde Emmett tirou que isso é empolgante.

- Ora! – Emmett jogou os braços para cima, exibindo um sorriso largo – A velocidade, a força, os reflexos, sentidos apurados, como isso não pode ser legal?!

- Pare, ursão – Rose disse descendo, divinamente, as escadas com Alice e Jasper atrás da mesma. – Vamos, Esme e Carlisle chegarão daqui a pouco Edward.

- Sem problemas – ele deu de ombros. Desde que souberam de Patricia eles tem ficados mais alerta do que nunca. Eu estava completamente relaxada, mas eles não. Tanto é que eu nunca ficava sozinha.

- Certo – ela franziu o cenho para Edward e eu sabia que ela devia estar pensando algo para Edward. – Vamos – então todos saíram rapidamente da casa e ficou apenas eu e Edward.

Bufei e sai do ninho de seus braços – Não acredito que vou ter que passar o dia inteiro sem fazer nada – subi as escadas batendo pé e Edward me seguiu, rindo. – Isso não tem graça.

- Olha tem muita coisa para você fazer...

- Não vou fazer lição de casa, Edward! Pelo amor de Deus, já passei vinte minutos tentando entender a porcaria da matemática, imagina as outras matérias? – rolei os olhos entrando em meu quarto e me jogando na cama. – E é tudo para a semana que vem de qualquer jeito, tem tempo.
- Da ultima vez que você disse isso ficou que nem uma louca entregando tudo quase atrasado porque deixou para fazer no dia – ele me olhou sério.

Rolei os olhos novamente e sorri de canto para ele, um sorriso malicioso.

- Já que Esme pode demorar para chegar... – deixei a frase no ar, me levantando da cama, poucas vezes eu tinha um tempo com Edward, apenas eu e ele.

- Ah não, sinto muito, – ele disse se afastando um pouco – Rose deixou bem claro da possibilidade de eu me distrair, vai que Patricia aproveita essa distração para nos pegar de surpresa?

Não liguei para o que ele disse, continuei me aproximando até ficar bem perto dele, sentindo o cheiro de seu hálito doce varrer meu rosto e me arrepiar.

- Nada vai acontecer – sussurrei para ele passando os braços em seu pescoço, Edward fechou os olhos com força e respirou fundo, como se encontrasse forças para resistir. Sorri e aproximei minha boca da sua, roçando de leve ali, ele, por reflexo, entreabriu os lábios, mas eu não o beijei, um selinho no canto de sua boca e desci os beijos para seu pescoço, beijando avidamente.

Não demorou muito para ele me encostar na parede com brutalidade e atacar meus lábios com força. Me suspendendo em seu colo, sua boca perfeita me deixando cada vez mais fora de mim.

Em uma velocidade incrível eu já estava na cama, com o corpo másculo de Edward em cima do meu, suas mãos percorrendo meu corpo, tirando cada peça de roupa que ele encontrava, sua pele fria e gélida em contato com a minha fervente me fez gemer. Uma ova que ele era virgem quando me conheceu! Tudo que ele fazia era com perfeição, sabia aonde me tocar, aonde me fazia suspirar, gemer, gritar, delirar. Era como se estivéssemos juntos há anos e nãos meses ou dias.

O virei na cama, me encarregando de suas roupas, sentindo os seus músculos se contrariem ao meu toque, seus suspiros se tornarem mais intensos, a respiração mais rápida e a pressa que ele tinha em se livrar da própria calça.

Uma onda de calor me envolveu, uma nevoa tão intensa e abrasadora que me fez arfar, meu coração acelerar ainda mais e eu perder o foco do que fazia, perder qualquer experiência que eu tive com outros meninos, era só eu e ele, não ouvia mais nada a não ser seus suspiros e gemidos, tudo se tornou irrelevante quando ele clamou meu nome enquanto eu descia sobre ele, o modo como ele me olhava, como sussurrava meu nome.

Eu não sei o que foi isso, mas durou por todo o ato, aumentando enquanto Edward me proporcionava múltiplos orgasmos, quando ele sabia aonde me tocar, quando – as vezes – lia meus pensamentos e me beijava com mais ardor, suas mãos me apertando, ele me fazendo ser sua.

Escutara uma vez Rebecca me dizendo isso com uma paixonite dela, de como tudo era especial, de como mesmo com um simples suspiro se tornava algo inesquecível e importante para o seu dia-a-dia, de como cada sorriso que seu namorado dava a ela a fazia se sentir mais e mais feliz, não importava se ela estava chorando ou sofrendo.

Meus pensamentos nublados, Edward se movimentando em cima de mim com força e ardor, me beijando, beijando meu pescoço, me fazendo se arrepiar com seu ar gélido. Era tudo tão surreal, tão intenso e ao mesmo tempo me deu tanto medo que eu senti as lagrimas escorrerem de meus olhos enquanto eu escondia meu rosto no pescoço de Edward, enquanto chegava – mais uma vez – ao ápice, mas este fora diferente dos outros, tanto porque Edward chegou comigo quanto por fazer todo o meu corpo parecer gelatina.

Eu não podia estar amando ele, não, não era amor... Ou eu não queria que fosse amor?

oOo

O dia na escola fora mais arrastado que os outros, o dia da minha viagem para Londres já estava marcada e nem que o mundo desmoronasse eu adiaria novamente. Estava louca para rever minhas amigas, abraçá-las e matar a saudade.

- Nossa, que horror! – Rick disse me tirando de meus devaneios, estávamos sentados com a minha família, olhei na direção que Ricardo olhava e choquei.

Isabella Swan andando com os drogados da escola? Brinco né?

- O que aconteceu com ela? – Alice perguntou triste.

- Eu faço uma idéia – Rose disse olhando para mim e para Edward, porque eu senti um peso no coração?

Droga! Eu nunca sentia essas coisas por nenhuma menina, ainda mais quem era afim de Edward! Não fazia sentido sentir isso. Me deixava mais... vulnerável. Desviei meus olhos de Isabella, tentando não pensar que talvez ela estivesse mesmo se drogando, por mais que ela fosse caidona por Edward, sempre foi uma menina legal e simpática.

Me remexi desconfortável na cadeira e olhei para Ricardo que franziu o cenho.

- Argh, da uma olhada na roupa dela, ok se ela quer se drogada, mas não precisa esculachar na roupa, ne? – ele disse para mim, o olhei incrédula.

- Ah sim, porque não importa se a menina poderá provavelmente ter uma overdose, estando bem vestida é o que importa, não é?

Ricardo se calou, o sinal bateu e eu fui para minha próxima aula, como era sexta essa era a única aula que eu tinha sozinha.

A aula passou no tédio de sempre, é claro que literatura sempre aguçava minha atenção, mas desta vez nem a literatura para me salvar. Quando me retirei para ir ao banheiro e espairecer um pouco, encontrei Isabella e Edward no corredor. Estreitei meus olhos.

- Tudo bem por aqui? – perguntei, não cheguei abraçando Edward e mostrando que ele estava comigo, porque eu tinha minha decência e entendia isso só pioraria as coisas, mas não gostei de ve-los aqui.

- Sim, você é meu problema – Isabella se virou para mim, os olhos faiscando raiva. Não entrei na dela, não disse nada, apenas a olhei. – Sabe, desde o primeiro momento que você pisou nessa escola com seu nariz empinado e corpo escultural eu sabia que você seria um problema, não só para mim, mas para todos!

Deixei que ela desabafasse tudo, ela ainda falou mais coisas sem sentido até que parou arfando e me olhando com raiva.

- E quem te disse tudo isso? As drogas ou seus novos amigos drogados? – perguntei – Olha, Isabella, eu não posso fazer nada a seu respeito, não me importo nem um pouco do que acha ou deixa de achar de mim, ou do que qualquer um nessa escola acha, mas dai você vir me culpar por se tornar o que se tornou? As escolhas foram completamente suas – eu disse tão calma que eu até eu me surpreendi. Vi que não adiantaria nada ficar falando, dei uma ultima olhada para Edward e fui ao banheiro, que era meu destino.

Quando eu estava passando, Isabella sussurrou – Na casa de Ricardo foi só uma demonstração – e eu estaquei, assim como Edward. Isabella simplesmente saiu de lá e foi para sua aula, os passos arrastados e o corpo encurvado.

- Mas o que...? – eu disse com os corações aos pulos.

- Era por isso que eu estava conversando com ela – Edward disse em tom preocupado – Ela anda estranha e eu sei que ela não faria metade do que esta provavelmente fazendo...

- Acha que tem alguém induzindo ela a fazer isso? – o olhei incrédula.

- Induzindo não, manipulando. E você já sabe quem é – ele me olhou ainda mais preocupado.

Eu sabia que ela estava quieta demais!


Capitulo 13: Ação.

PDV .

Eu estava com medo, muito medo, nunca senti tanto medo assim. Era fácil de lidar com a situação quando toda a raiva de Patricia estava voltada para mim, mas quando ela começava a afetar os outros, isso me preocupava e muito. Ela era louca. Pela primeira vez eu me importava com algo que não me beneficiaria.
- Fique calma, vamos dar um jeito – Edward me reconfortou ainda na escola, mas eu pensava: “Como?”, não podíamos acha-la e eu só esperava que ela me achasse.
- Certo – eu disse e caminhei para o estacionamento, Edward tinha os dedos entrelaçados com os meus e fazia um leve carinho com seu dedo na minha mão.
- Vamos falar com Carlisle, ver o que podemos fazer... – ele dizia e eu escutava parcialmente, até que meu pensamento parou de acompanha-lo quando eu vi a sombra de alguém perto das arvores em volta da escola.
- É ela – sussurrei e sai correndo, soltando a mão dele, na minh mente eu queria enfrenta-la, dizer para parar com isso.
No momento seguinte tinha todos os Cullen a minha frente, me proibindo.
- Nós vamos conversar com ela, voce fica aqui, com Alice – Rosalie disse no modo como se eu não pudesse protestar, mas ela não me conhecia.
- Eu vou, não importa quem fique comigo, eu vou.
Nenhum deles podiam protestar muito, não podíamos perder a chance de pegá-la. Edward veio ao meu lado e me colocou um pouco atrás dele enquanto andávamos para a orla da floresta. Sim, eu tinha razão, era ela.
- Ora, ora, que honra ve-la pessoalmente, sobrinha querida – Patricia disse de forma suave e irônica. Era muito mais linda e deslumbrante do que eu me recordava. – Viu o que eu fiz com sua amiguinha não é, mesmo? – riu – Como vocês, humanos, tem uma mente fraca, é claro que não foi difícil já que ela sentia certa raiva de voce, , mas mesmo assim, né. – piscou para Edward.
- O que voce quer?! – perguntei quase desesperada – Isso tudo não passa de um jogo para voce?! Você poderia ter me pegado quando quisesse!
Ela tornou a rir – Ah, mas um jogo é sempre mais interessante. – ela continuava encostada na arvore e vi o gato preto rondando ela. Uma proteção, sera? Falando em gatos, cade a Safira em um momento critico como este? – Alem do más, eu já te disse o que eu quero, . – me olhou de modo superior – Vai ser melhor para voce, melhor para mim. Você pode se tornar o que nasceu para ser, , posso te fazer uma feiticeira completa...
- E o que eu ganharia com isso? – soltei um riso debochado.
- Tudo. Homens, vida eterna, beleza, perfeição, aclamação, ninguém seria párea para voce, , ninguém. – ela se tornou mais intensa enquanto listava o que eu tinha. Então relaxou sua expressão e sorriu para mim – Fora que voce me ajuda também. Se eu te levar de volta para nossa aldeia, eu sou recompensada com algumas férias, não preciso ficar grávida tão cedo. – deu de ombros.
- É melhor voce sair de nossas vidas – Rosalie mal falava, mais sibilava do que tudo – Ela já disse que não quer ser, então deixe-a em paz, se não a conversa vai ser outra.
Patricia olhou Rosalie com desdém. – Sempre odiei vampiros – respondeu enrolando uma mecha em seu dedo – Com sua beleza perfeita e encantos ilimitados... ridículos, na minha humilde opinião. – tornou a sorrir.
- Recalque de invejosa bate e volta – Rosalie respondeu sorrindo irônica. Eu podia jurar que vi Patricia indo para cima de Rosalie, porem apenas os olhos de Patricia demonstravam isso, ela continuou quieta, com seu gato a rodeando.
- Deixe Isabella fora disso, ok? – eu disse o mais séria que conseguia. – Ela não tem nada a ver com seus e os meus problemas.
Patricia riu – Ah, engano seu, sobrinha. Ela tem muito mais a ver com nossos problemas do que voce imagina. Não gosta de desafios, Lore? Não gosta de concorrências? – gargalhou – Esta perdendo o tato, querida.
Segurei um lindo xingamento e apenas a olhei de forma cética, ah pronto! Isabella. Concorrência? Esta gozando com a minha cara, não é?
- Nunca vai existir nenhuma concorrência – Edward sibilou – Deixe a menina fora disso.
- Ah – Patricia bufou – Certo, vou pensar no caso dela. Porem, eu não vim aqui apenas para bater papo. É sua ultima chance, , é melhor vir comigo do que ficar contra mim.
- Vou falar mais claramente para voce. – respondi séria – Eu. Não. Vou. Com. Você. Entendeu, agora?
- Cavou sua própria cova – ela se endireitou e uma tensa nuvem pairou por mim, ameaçando desabar a qualquer momento.
Em um segundo Edward estava bem ao meu lado, no outro ele estava para atacar, Patricia, porem foi impedido por algum campo de força, aonde ele foi e voltou. Confusa eu olhei para Patricia, que sorria marota.
- Não acha que eu viria sem alguma proteção, não é mesmo? Podem tentar atacar o quanto quiserem, não vão consegui me atingir tão fácil. – riu-se e se virou para mim. – Tome cuidado – então se virou e de repente desapareceu.
- Ah, Deus – soltei me encostando em uma árvore. – Ah, Deus. O que vamos fazer? – estava começando a entrar em pânico e isso não era nada legal.
- , relaxa, vamos arranjar um jeito – Edward se postou na minha frente e virado para mim, segurou meu rosto com as duas mãos e me obrigou a olhá-lo, os olhos dourados passando tanta calma e persuasão que eu fui relaxando aos poucos. – Não vou deixar nada te acontecer.
- Sei que não vai. – olhei para os outros – Sei que nenhum de vocês vai. Porem mesmo assim eu tenho medo, ela é completamente imprevisível.
Edward me abraçou apertado e ali eu me senti segura.
- Não se preocupe com isso, vamos dar um jeito. – beijou meus cabelos.

oOo

Hoje uma tempestade iria cair perto da onde estávamos e Alice estava animada demais com isso, eu não sabia o porque, já que eu não gostava muito de chuva, porem ela não parava de saltitar pela casa.
Enquanto eu estava no meu quarto com Edward – infelizmente sem fazer nada de realmente legal com ele, se é que me entende – podia ouvir Emmett torcendo para um time qualquer que passava na TV. Eu nunca pensei que teria momentos “amorosos” com um garoto, muito menos com Edward, porem era bom ficar deitada com ele fazendo carinho em seus cabelos.
É claro que as vezes essas atitudes carinhosas dele me pegam desprevenida, porque Edward é muito discreto, mas me deixava em uma alegria contagiante, por mais que eu não admitisse isso em voz alta.
- Por que Alice está tão feliz? – perguntei remexendo na barra de sua blusa.
- Talvez vamos jogar beisebol hoje – Edward me olhou um tanto cauteloso.
- Beisebol? Com a tempestade que vai cair? – era ainda difícil de engolir que não importasse quantos raios caíssem em suas cabeças, eles não morreriam.
- Bom, ao oeste não choverá, e será perfeito para um jogo. Entretanto Rosalie está um tanto relutante em ir.
- Ah sei, Rosalie não faz mesmo o tipo de quem joga – admiti, entendia minha madrinha, ela que estava sempre preocupada com a aparecia jogando beisebol? Uma imagem difícil de se imaginar.
Edward riu jogando a cabeça para trás. – Não é por isso, é porque ela tem medo de levar voce. Sabe, que algo de ruim aconteça, ah, voce conhece Rose, sabe quão pessimista ela pode ser.
Rolei os olhos – Porque eu me machucaria? Por acaso vou jogar? – ergui as sobrancelhas, podem me chamar de fútil, mas eu não sabia jogar nem xadrez, quanto mais beisebol.
Edward tornou a rir – Não, não irá jogar – deu de ombros – Não entendo qual o medo dela.
Entao Alice entrou no quarto sorrindo de orelha a orelha.
- Vamos, ! Se arrume, vamos sair para jogar.
Olhei para Edward divertidamente – O que devo vestir para um jogo de vampiros?
Alice rolou os olhos – Uma roupa normal oras! O que acha que deve colocar?
- Alho para não sentirem meu cheiro, talvez? – brinquei e fui empurrada para o closet por Alice, que expulsou Edward apenas com um olhar do meu quarto. – As vezes voce pode ser bem chata, Alice – resmunguei quando Edward saiu do quarto.
- Obrigada pela parte que me toca, agora anda logo – dizia remexendo em minhas roupas.
Eu sabia que se fosse por Alice eu vestiria cinco roupas diferentes por dia, uma para ir a escola, outra para ficar em casa, depois outra para tomar o café da tarde e mais outra para ir ao banheiro e outra para dormir... e a lista é longa.
Depois de pronta peguei Safira no colo. Ela andava muito dorminhoca para o meu gosto.
- Não acha que esta na hora de fazer algum exercício físico? – perguntei quando ela se espreguiçava, Safira me olhou feio, como se não gostasse do meu comentário – ai acabar ficando gorda deste jeito – ri.
Safira pulou da cama e “desfilou” de rabo em pé na minha frente, a cabeça erguida e muito metida. Balancei a cabeça e desci para me encontrar com os outros.
Tenho que admitir, estava ansiosa para ver como eles jogavam, sabia que eram rápidos e fortes e era isso que aguçava minha ansiedade, porem também tinha o fato de eu estar preocupada se algo acontecesse. Não ficaríamos muito expostos? E se Patricia resolvesse atacar? Estava claro o meu medo por ela.
Depois de um tempo a estrada sumiu e a vegetação entrou em destaque e eu me perdi completamente, não sabíamos mais se estávamos em New Hampshire ou fora dele, a mata se tornou muito densa... densa demais.
- Não quero ofender, mas tem certeza que sabe para onde esta indo? – perguntei a Edward que dirigia tranquilamente.
Ele rolou os olhos dourados – Absoluta.
Não demorou muito e todos nós estávamos em uma ampla clareira, Emmett – que tinha saído antes – estava sentado em uma enorme pedra e parecia bem aborrecido, todo o “campo” estava montado, com as bases e tudo mais.
- Nossa, que demora! Até correndo era mais rápido que vocês! – brigou.
O olhei de cara fechada – Vou encarar isso como um elogio, Emm – dei um meio sorriso amargo e me afastei dele, que riu.
- Certo, vamos dividir logo os times – Emm bateu as mãos ansioso, o time se fez. Casais contra casais.
- Sabe, a mminha amiga perdeu o namorado dela por causa desse negocio de casais contra casais – comentei sentada na pedra, com Safira ao meu lado – Tomem cuidado.
Todos riram e o jogo começou, no primeiro momento eu fiquei completamente perdida, a bola sumia, os jogadores sumiam e eu estava um tanto chocada, porem ao decorrer do jogo eu fui percebendo muitas coisas, não podia saber quem estava ganhando ou não, porque era tudo muito rápido, mas me empolguei muito.
Edward era o mais rápido – isso foi confirmado por Esme também – e por isso era difícil o time adversário dele marcar algo. Mas de repente algo mudou, Alice paralisou e Safira se arrepiou.
Em um piscar de olhos estavam todos no centro conversando preocupadamente, fiz menção de me levantar, porem Safira se postou na minha frente e me lançou um olhar negativo.
Edward em outro segundo estava ao meu lado, mais na minha frente do que ao meu lado.
- O que aconteceu? Emm ficou bravo porque perdeu? – perguntei.
- Ei, eu não perdi! – Emm disse, estava com o olhar preocupado, mas uma vez Emmett sempre Emmett.
- Não é isso, temos que tirar voce daqui, Alice viu vampiros nômades vindo na nossa direção, nos ouviram jogar e querem participar.
- É tarde demais para tirá-la, Edward, se voce fizer isso pode comer uma caçada, eu vi! – Alice correu em nossa direção – A ideia é tentar camuflar o cheiro dela, não é muito forte, porem eles podem se interessar.
Escutei o estalo do maxilar de Edward se trincando e a cara feia que ele fez para Alice, mas não discutiu. Edward jogou ainda mais meus cabelos para frente.
- Eu sinto muito, devia ter apoiado Rose. – Beijou minha testa.
Todos ficaram, discretamente, ao meu redor. Eles ficaram bem tensos, mirando a frente, tentei enxergar o que eles viam, mas foi inútil. Safira tinha sumido e talvez isso fosse bom, não queria ela envolvida nisso.
Então eles chegaram, eram três e os tres olharam diretamente para mim, algo me dizia que eles não vieram para jogar.

Capitulo 14 : Corrida.

PDV.

Os olhos vermelhos foram o que mais me impressionaram. Eu estava acostumada com a beleza perfeita e as peles brancas como giz, mas os olhos... nunca tinha visto nada igual.
- Olá, sou Laurent e estes são Victoria e James – o moreno disse, sua voz era rouca e macia, mas tinha uma letalidade fundamental na voz. – Ouvimos vocês jogarem, tem espaço para mais tres?
- Como vai? Sou Carlisle esta é minha família – a voz de Carlisle estava inflexível e o mesmo não nos nomeou, por hora. – Sim, meus filhos Edward, e Emmett já estavam de saída mesmo.
- Ah, isso é fabuloso – Laurent sorriu mostrando os dentes brancos e assustadores.
- Cuidado, minha bola é bem curvilínea – Victoria ergueu uma sobrancelha para Emmett e Jasper que riram.
- Acho que podemos lidar com isso – Jasper pegou seu taco e deu a entender que ia para sua base. Então o tempo maldoso de New Hampshire nos amaldiçoou lançando um vento forte na minha direção, bem na hora que eu e Edward nos viramos para sair.
Foi rápido demais para que meus olhos pudessem acompanhar, mas no momento seguinte eu estava atrás de todos da minha família, todos em posição de ataque enquanto os três visitantes também estavam em posição de ataque.
- Como eu disse, ela esta conosco – Carlisle mostrou os dentes.
- Mas ela é humana! – Laurent disse incrédulo, então estreitou os olhos.
- Não pensamos nela desta forma – Edward sibilou.
- Acho melhor irmos, sem causar nenhum dano – Laurent disse olhando para James que o olhou de cara feia, James e Victoria trocaram um olhar e se retiraram, assim como Laurent começou a fazer.
- Não se esqueçam, estão em nosso território, procurem não caçar por aqui temos um anonimato para manter – Carlisle disse frio.
- Não vamos esquecer – Laurent se virou e saiu.
- Venha – Edward me puxou pelo braço de um modo um tanto bruto, me levando para o jipe de Emmett.
- Porque estamos indo embora?! – perguntei.
- Eles virão atrás de voce, não agora, mas virão, preciso tirar voce daqui, vamos direto para o aeroporto... – Edward dizia.
- Tenho que achar Safira, preciso voltar para casa – eu disse colocando o sinto de segurança, enquanto Edward dava a partida no carro.
- Esqueça-a! Preciso te tirar daqui...
- Eu não me importo com o que voce precisa! – berrei – Eu preciso pegar Safira, voce não entende!
- Não, eu não entendo mesmo!
- Ela é a única coisa que sobrou da minha mãe, Edward! Não posso deixa-la! – insisti.
Ele parou o carro e me olhou com desespero nos olhos, por fim respirou fundo e fechou os olhos.
- Você tem dez minutos para pegar o que quer, entendeu? Te deu dez minutos para achar Safira, . – sua voz era ácida.
- Obrigada – sussurrei, ele voltou a dar a partida no jipe de Emmett e seguimos com pressa para a mansão Cullen.

* * *

Dez minutos, era o que eu tinha. Loo que chegamos eu fui direto para meu quarto, subindo a escada de dois em dois.
- Safira! – disse aliviada assim que a encontrei na cama, ela parecia inquieta, mas aliviada em me ver. – Precisamos ir. – eu disse correndo para o closet e pegando uma maxi bolsa enorme e colocando tudo o que eu precisava na mochila, roupas e uma nécessaire com higiene pessoal.
- Esta tudo pronto? – Edward entrou no quarto e olhou minha janela. Depois se virou para mim.
- Sim – sussurrei, odiei vê-lo daquele forma, caminhei com passos largos para ele e joguei-me em seus braços, o beijando. Por mais que seus lábios fossem duros eram urgentes e ele me apertou mais contra si, sua língua fria se entrelaçando com a minha e explorando cada canto de minha boca, meu coração pulava loucamente dentro de meu peito e eu me senti sair um pouco daquela névoa de tensão.
Antes que o beijos se aprofundasse ainda mais Edward segurou gentilmente em meus ombros, mas firme, e me afastou dando singelos selinhos.
- Não podemos demorar muito – sussurrou em meu ouvido, me fazendo estremecer. Algo anormal pulsou em mim, um desejo que veio como uma torrente, de repente eu o queria ali e agora, o desejo pulsando em minhas veias. Isso não era normal, não para mim pelo menos. – O que foi? – ele franziu o cenho.
- Nada – controlei-me e sai de seus braços – Venha Safira – a peguei no colo e descemos as escadas com pressa.
- Já está tudo pronto – Jasper disse então Carlisle apareceu na porta com Laurent, novamente minha família me rodeou.
- Calma, ele veio nos ajudar – Carlisle apaziguou as coisas.
Edward fez um som de quem duvidasse que ele fosse ajudar em algo.
- Uma mulher veio falar com James hoje – ele disse olhando para todos um tanto receioso – Não vi como era, mas senti seu cheiro, era igual dela – jogou a cabeça em minha direção – Só mais disfarçado, quase não senti seu cheiro, só sei que depois disso James quis vir para cá e agora ele e Victoria virão atrás dela, só queria avisar que James é um rastreador, ele é letal, tomem cuidado – então saiu.
- Humpf, um rastreador? Grande bosta – Emmett flexionou seus músculos e sorriu para mim – Isso aqui que conta, – e piscou.
Eu poderia ter rido se não achasse o momento tão tenso.
- Patricia – foi a única coisa que eu disse.
- Ela foi longe demais – Rosalie disse balançando a cabeça – Eu vou encontra-la, , e vou fazer questão de tortura-la antes de mata-la.
Edward mandou um olhar de aviso para Rose, como se fosse para a mesma medir as palavras na minha frente.
- Vamos – levou-me para a garagem – Alice e Jasper te levaram para o aeroporto, cuidarão de voce...
- Não. – sussurrei – Vamos comigo, Edward, temos que ficar juntos – eu sentia isso dentro de mim, sentia que só assim ficaríamos seguros, se ele estivesse comigo.
- Não se preocupe – selou rapidamente nossos lábios – Vou ficar e ajudar e impedir que James saiba seu paradeiro e vou tentar achar Patricia... – ele parou de falar enquanto eu balançava minha cabeça freneticamente – , me escute, olhe pra mim! – segurou meu rosto em suas mãos – Vou encontrar com voce assim que achar James, ok? Vou deixar Patricia ser encontrada pelos ooutros, mas tem que me prometer que se manterá segura – pediu.
- Ok, prometo – novamente ele selou nossos lábios, todos me abraçaram e me beijaram, prometendo que nos encontraríamos logo.
Alice e Jasper estavam me esperando no carro de Carlisle, entrei e deu dois minutos eles saíram e ganharam as ruas de New Hampshire, Alice fico no banco detrás comigo, eu me controlava o máximo para não chorar, além do mais nada iria acontecer, isso era só um pesadelo e eu iria acordar a qualquer momento.
- Para onde estamos indo? – perguntei.
- Forks – Alice disse – Achamos que é o lugar mais seguro que se tem por hora.
Meu coração deu um solavando.

Capitulo 15: Confusões em Forks.

Chegaram aos arredores de Forks, uma cidade pacata, fria e cinzenta, como todas as outras em que os Cullen habitaram. Porem não entraram em Forks e sim tomaram uma trilha um tanto escondida na mata, em direção a mansão.
- Não vamos em Forks? – Lore perguntou confusa.
- Não, nossa casa fica nos arredores, apenas – Alice disse lhe dirigindo um sorriso calmo.
- Não podemos dar uma passadinha por dentro da cidade? – perguntou, mas já sabia a resposta de Alice, que foi não.
A casa era grande, espelhada e bem iluminada, tinha todos os móveis cobertos por lençóis branco, havia três andares. entrou na casa e Alice mostrou o quarto de Edward, que não era muito diferente do quarto em New Hampshire.
colocou sua bolsa no sofá e sentou-se, a viagem tinha sido muuuuuuito longa.
Safira desfilou pelo quarto com o rabo empinado, pulou no colo de . Seus olhos azuis cintilando forte, pareciam lhe dizer: “Estamos em Forks”.
- Vou tomar um banho – disse, não podia se arriscar agora, não podia mesmo.
Passou-se três dificílimos dias para , falou pouco com Edward e isso só a matava por dentro, Alice dizia que ele estava bem, mas Lore queria confirmar isso com seus próprios olhos, queria vê-lo, tocá-lo e sentir-se protegida ao lado dele.
Alice e Jasper mantinham-se quietos em seu canto, sempre vigilantes e nunca se distraindo. Sabia que seus parentes enfrentavam problemas para continuar a seguir os dois vampiros nômades, mas não podiam fazer nada a não ser esperar.
A casa estava quente e por isso colocou um short jeans claro uma blusa cinza de mangas gola V com a estampa de Londres, um vans preto e um blazer vermelho. Ficou o dia inteiro em seu quarto, não conseguia pensar em nada a não ser que estava em Forks e eu não conseguiria achar o que queria.
Safira deitou-se no sofá ao seu lado e a olhou séria, como se dissesse: “O que esta fazendo aqui? Saia e vá buscar a pedra!”.
sabia que não conseguiria sair, pois Alice veria a mesma saindo e ela nem sabia andar por Forks.
- Lore – Alice entrou no quarto – Teremos que ir comprar comida, pois o estoque acabou, terá que ir conosco.
pegou sua bolsa e quando virou para ver Safira a mesma já tinha sumido. Coisa estranha. Acompanhou Alice e Jasper até o carro e depois que entraram no mesmo saíram em direção ao centro. tentava a todo custo memorizar o local de onde tinham ido, mas não estava conseguindo.
O caminho todo Alice tentava fazer falar, mas a garota se mantinha em frases simples. O centro de Forks era bem movimentado, parecia que a maioria das pessoas ficavam por lá.
atraiu muita atenção de todos, assim como Alice e Jasper, mas parecia ter algo que chamava a atenção de todos.
Entraram no mercado, Alice a sua frente e Jasper atrás de , como escolta.
- Alice, preciso ir no banheiro – disse.
Alice suspirou. – Certo, eu vou com voce.
- Certo – respondeu contrariada, ela foram para o banheiro feminino, mas para o azar de Alice o banheiro era unitário.- Tenho certeza que voce pode me proteger daqui, Alice – suspirou, estava realmente apertada para ir ao banheiro.
- Seja o mais rápida o possível – disse.
- Certo. – entrou no banheiro e o utilizou, mas um pensamento cercou sua mente. Porque não? Por que não sair, tinha uma janela grande o suficiente para passar e Alice não via claramente o futuro de , então estaria tudo certo.
Com um ímpeto subiu na bacia e abriu a janela, saiu de lá com facilidade. Safira, impressionantemente, já a esperava lá fora. começou a correr em direção que Safira corria.
Entraram em diferentes ruas que pareciam as mesmas. E não pararam. Até que Safira virou para uma rua deserta, não parecia ter alguém morando naquelas casas, elas pareciam abandonadas. A rua estava suja de folhas secas e as casas haviam trepadeiras cobrindo as janelas.
- Aqui? – franziu o cenho, arfava.
Safira parou de correr e andou até o final da rua, com em seu encalço.
A ultima casa era a mais bem cuidada. Safira entrou por um buraco da janela, enquanto Lore entrava pela porta, que estava destrancada.
O lugar estava imundo, os móveis roídos por traças e por cupins, espelhos sujos de poeira e as escadas pareciam frangeis e corroídas pelo tempo.
- Saudades? – uma voz masculina surgiu atrás de , que se virou surpresa. Era ele. James.
- O que faz aqui? – perguntou dando um passo atrás.
- Patricia me disse que voce viria para cá assim que descobriu onde sua família tinha escondido voce – caminhou como um predador para cima de , que recuava – Você é diferente das outras – pendeu a cabeça de noite. Riu enquanto media meu corpo de cima a abaixo, um frio desceu por minha espinha.
- Edward vai acabar com voce – eu disse exibindo um sorriso sombrio.
- Talvez – James pegou uma mini câmera – Mas antes eu quero que ele assista alguma coisa, quem sabe vendo este filminho ele não me encontra e ai sim a verdadeira caça vai começar, rum?
Em um ímpeto saiu correndo escada acima, mas James agarrou-a pelos tornozelos e a jogou de encontro a parede, fazendo quebrar o pulso.
- Hm, sim. Esse drama esta ótimo – ele disse rindo.
só queria ganhar tempo até Alice a encontrar. Arrependeu-se fervorosamente de ter saído do banheiro. Lore só pensava em sobreviver, por isso esqueceu momentaneamente a dor e correu em direção a cozinha. Onde estava Safira?
A mão fria agarrou seu cabelo longo, fechou-se em punho e a puxou para trás.
- Onde pensa que vai, rum? – perguntou passando o nariz em seu pescoço. gritou frustrada, enquanto se debatia. James a jogou no chão, fazendo a mesma bater a testa na quina do armário velho. Ali se abriu um corte fundo.
sentiu a visão nublar enquanto sua cabeça doía insanamente.
- Hm, voce não tem cheiro – James se aproximou dela, ainda filmando – Mas quando o sangue sai... hm, é um aroma invejável, . – disse sentando-se ao lado dela e passando os dedos na testa machucada da menina.
recuou da mão de James. De repente Safira pulou em cima de James e o arranhou por onde conseguia, fazendo profundas marcas. Tempo o suficiente para se levantar, mas James se encontrava no meio da cozinha, e tinha medo de passar por James e o mesmo lhe agarrar. Entretanto tinha que tentar, tinha que sair daquela casa.
Foi passar correndo, mas James lhe agarrou o tornozelo e o esmigalhou em suas mãos fortes, fazendo gritar de agonia enquanto caia no chão.
James agarrou Safira pelo pescoço e apertou ali, a gata esganiçou e o som de ossos sendo quebrados novamente encheu a sala. gritou, sentiu uma dor forte na nuca, será que ele havia batido nela?
James descartou Safira, que lutava para respirar, e se levantou. Tinha os braços todos arranhados e não conseguia realizar uma cicatrização rápida.
se encontrava no chão, quase adormecida de tanta dor. James agachou ao seu lado e pegou o pulso deslocado, apertou fazendo acordar de seu torpor e gritar novamente. James riu, chega de brincadeira e estava na hora de cumprir o porque tinha buscado por . Mordeu o pulso dela, fazendo seu sangue explodir em sua boca e descer aplacando a sede que sentia. Tinha se segurado para este momento.
James sugou, mas foi impedido por outro vampiro. Edward.
Edward o pegou pelo pescoço e o jogou longe, chegando com rapidez onde tinha jogado James e arrancando seu braço. James gritou em agonia.
Logo todos os Cullen se encontravam na casa abandonada, Carlisle foi cuidar de , assim como Alice e Esme, os outros trataram de cuidar – o mais dolorosamente possível – de James. Jasper e Emmett levaram os pedaços para os fundos da casa e colocaram fogo.
Edward ajoelhou-se ao lado de , olhando-a agonizado. Ela gritava e ninguém estava entendendo o porque de seus gritos.
- Seu tornozelo esta estilhaçado – Carlisle dizia com raiva reprimida, tocando o levemente o tornozelo da afilhada – O pulso esta gravemente quebrado – respirou fundo – A testa tem um corte profundo e a nuca eta com lesões superficiais.
- PAREM! – gritava – PAREM DE ME QUEIMAR! POR FAVOR! – começou a se debater.
- Carlisle – Rosalie disse assombrada – Ele a mordeu – mostrou o pulso bom da afilhada – Faça algo!
Todos, menos Rosalie, ficaram estáticos por curtos segundos. Logo Alice já rasgava o blazer de .
- O veneno está mais adiantado do que o normal, não tem como sugar – ela disse mostrando as veias que já estavam escurecidas e caminhavam em direção ao ombro.
- Se sugarmos ela pode morrer por falta de sangue – Carlisle disse – Temos que deixar a transformação acontecer.
- Não! – Edward e Rosalie disseram ao mesmo tempo.

59 comentários:

  1. Ahh , que lindo *-*
    posta mais !

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  2. Uhhhhhhhhhhh

    Ju, essa promete hein??? Louca pra ler o proximo.
    bjbj

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  3. Ju to amandooo,e como a Flavinha disse "essa história promete"To louca pra ler o proimo cap.Bjosss

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  4. MAIS MAIS MAIS!!!!
    ESSA É UMA DAS MELHORES!
    MAIS!! RÁPIDO!

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  5. Sabe que esse ar maternal de Rose é a coisa mais linda do mundo...Adorei flor, Faço coro com as meninas acima *apontando o dedo* Essa fic promete. BJus!

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  6. Showwwwwww!!!
    Primeiro capítulo tá muito bom e com certeza os próximos também vão ser ótimos.
    Parabéns pela fic...

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  7. Será que para os Cullen os pais dela não morreram a tanto tempo? E ela foi enganada esse tempo todo?
    Bjs, Cat.

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  8. amei o 1 capitulo muito bom quero mais !!!

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  9. Santo Deus Amado! Que fic LIIINDAAA! Já tô xonada. Juh, você escreve maravilhosamente bem. Fico mesmo feliz que me tenha convidado pra betar mais essa fic. Betando nesse preciso segundo o 2º capítulo!
    KISSES DA BABY

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  10. ESTOU ADORANDO A FIC, ESTA D+++
    POSTE MAIS.
    ED POR QUE ELE FICA TÃO DISTANTE...
    O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER... MISÉRIO...NÃO...SUSPENSE...SIM...ENTÃO NÃO DEIXE SUAS LEITORAS MORRENDO DE CUROSIDADE.
    BJS
    GINA

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  11. Tô sem palavras. Carambaaaa, tá ficando muito legal, amei, amei. Juh - minha quase chará - vc tá de parabéens. E BabySuh, adorei a capa, ficou lindãa. Bjos de sua fã...

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  12. amei o 2 capitulo to muito curiosa
    linda a capa

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  13. historia envolvente e cativante, o que Edward tem que se mantem tão afastado?

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  14. meninaaa ta ficando ainda melhor.edward tá chato,tomare que ele ñ fique assim por muito tempo.
    obs:meu caps lock está com defeito.

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  15. este cap esta um a... rra...so!
    continue alimentando e dividindo conosco esta criatividade imensa que resulta nessa maravilhosa fic

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  16. Caraca!!!! Eu amo a sua outra fic flor, já disse isso pra vc nos coments. Mas essa aqui, UI!! um ARRASO... Cada fic Team Edward que eu leio aqui no blog, eu fico mais encantada por esse vampirinho... é que aqui não tem Bella sem sal Swan pra atrapalhar a vida dele né!

    Agora para tudo um pouquinho, foi só eu que senti um momento tenso com o gatinho branco de olho azul?... Foi estranho, tem coisa ai não tem Ju?

    Não, não quero saber... ADORO suspense!!! rsrsrsrsrs

    Ah eu vou conquistar esse vampirinho, ô se vou!!!

    Posta mais flor!

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Eu falei que tinha coisa estranha com o gato!!!! E também falei que ia conquistar o vampiro Edelicia, já consegui faze-lo baixar a guarda...

    Há eu deixe a Bella sem sal com ciúmes!!! Viva eu!!

    Ju to amando sua fic! Minha mãe feiticeira? Uhuuuu adoooooro. Amo histórias com feiticeiras (não é a toa que escrevi uma hahahaha). Posta mais!

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  19. nossa agora to muito curiosa quero saber o que vai acontece

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  20. estou adorando esta fic,totalmente louco, mais eu ADORO, POSTE O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL.BJS
    GINA

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  21. Esaa fic é MARAVILHOSA. Estou amaando!
    Não Demore postaaar *---*
    Beijos

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  22. Este cap esta MARAVILHOSO,sem contar os pegas que dei no Ed " estou dando pulos de emoção até agora" poste logo por favor... adoro mistérios...
    BJS ... GINA

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  23. CA-RA-CA!!!!! Que capitulo hein! Eu adorei ser uma descendente de feiticeira, mas não gostei dessa coisa de feiticeiros e vamprios serem inimigos...

    Que cena essa na escada.... quente, muito quente...

    Espero que esse gato preto não faça mal ao Edward!

    aiaiaiaiaiai...

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  24. Eu quero um almoxarifado daquele pra mim!!! Acompanhada de um Ed Cullen, claro!

    Que pegação quente Meu Deus!Ahh e essa briguinha ai no final só serve pra confirmar que esses dois vão acabar se resolvendo (na cama eu acho).kkkkkkkkk

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  25. Tá esquentando cada vez mais,o delicia....BJS>>>>>>GINA

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  26. Eu acho que eu só queria deixar o Edward com ciumes... melhor, tenho certeza disso! Aposto que o Rick estava era fazendo o figurino da apresentação ou coisa assim! Aiaiaiaiai mas o Ed é fofo com ciumes! Ele está começando a enxergar que tá apaixonado por mim!

    Que visão foi aquela da Alice (vulgo 'eu sei o que vai fazer no verão que vem' kkkkk)? Quer dizer que eu e o Ed vamos ficar juntos? ADOOOOOOORO!

    Posta mais gente!

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  27. Eu amo essa fic! Vc se supera a cada capitulo, Ju! Bjs

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  28. aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhh!!! Surtando!
    "Não gosto de boas garotas"
    Eeeeeeedwaraaaaaaard! Eu sou muito MÁAAA! ahsauhsuahsuhauhsuhs
    Sério. Amei demais esse cap. Completamente viciada e vidrada nessa fic! Linda por demais!
    Kisses da Baby

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  29. ...................................

    Total e completamente sem palavras! Esse capitulo foi o MAXIMO! Gentte que pegação quente... o que isso?

    Edward hein, acho que ele usou o tempo livre dele pra fazer umas pesquisas ¬¬ carinha de santo mas na hora H virou um furacão...

    ADOOOOOOORO! Ed me ensina a dançar tb!!!!!

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  30. OMG! OMG! OMG! A gente transou! A GENTE TRANSOU!!!! Pula pula pula!
    E a Rose descobriu! HAHAHAHAHA! Isso vai feder.
    E estou mesmo mto perto da verdade sobre mh família! aiaiai! Tensoooo!
    quero maaaiiiiis!
    Kisses da Baby

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  31. amei nossa to curiosa para próximos postei

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  32. Nossa, que capítulo foi esse?
    Estou morrendo de curiosidade, que mais, muito mais.
    E essa última frase? Muito fofaaaa.
    Beijos

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  33. OMG que liindoo e que tenso, tb.
    Saber a verdade assim, como um tapa vindo de não sei onde, não sei quem fui nem para onde vou. ksksksks
    E essa Patrícia! ahhh, vou matar ela. ah se vou! Desceu a Rose em mim. kkkk
    Amei o final. finalmente acabaram os segredos! podemos ser uma família feliz...acho

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  34. Então é definitivo, eu vou ser do EDelicia? Que maravilha!!!! Amei esse capitulo, fim das mentiras, agora Edizinho vai me proteger da coisa ruim Patricia! Ainnn que fofo nós dois.

    Mas cá pra nós, Rose não devia ter falado daquele jeito, ela tinha que ser menos esquentada!Tudo isso porque eu e Edward demos uns pegas BEM dados?

    Quero mais flor!

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  35. OMG!OMG!OMG!
    Sorry não ter comentado nos outros cap's diva.Mais eu prometo,nos proximos só vai ter meus comentários hehe.
    Jezus!
    Pirei.
    Patricia uma piranha,vaca que merece ser torturada até a morte.
    E oh gosh.Ed me escolheu.Pireiii de maais hehe.
    Mais mais mais
    XOXO

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  36. Que perfeito e perfo esse cap! Amei demais!
    E que deu nessa Bella? Meldels. Endoidou de vez. Deve ter sido mesmo a Patricia! Tensooo
    Kisses da Baby

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  37. OMG vou matar a Isabella ><
    odeio ela e a outra tia lá ¬¬

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  38. ESTOU AMANDO! que lindo. E Isabella doidona... é até estranho de se ver opks.

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  39. WOOOW.
    Patrícia do mal rum.
    E nossa,pai eterno.Sexo com o Ed.
    Ah coisa boa meu pai hehe.
    Mano,essa Isabella é um pé no saco viu.Aff.
    Amore,posta maiss.
    XOXO

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  40. Ai genteee, adorei :) continua! ok? hehe, logo quero atualizações, se não eu surto de vez, hhaha.

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  41. OMG.
    Patrícia do mal.Muito do mal hein.
    Usando a songamonga.
    Bem que podia matar ela.
    Então...Eu cheia de amores com o Ed é?
    Isso é novidade haha.
    Beisebol eu amoooo.
    Safira está folgada hein.
    Nômades.Encrenca.
    Poste logo diva
    XOXO

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  42. Cara! Como eu tava com saudades dessa fic! Perfeita demais. Adoro essa mistura de Vampiros e Feiticeiras! Mto mto bom!
    Vc se supera a cada cap, amiga!
    Kisses da Baby

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  43. Sua fic é tão, mas tão boa, querida! De verdade, parabéns! Estou tão ansiosa para saber o que vai acontecer daqui pra frente!

    Continua logo, por favor.

    P.S.: Safira é uma fofa *-*

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  44. AHH PAI.
    Coração aos pulos aqui,ui ui.
    Finalmente Forks.
    Sinto que muitas coisas irão acontecer em Forks rum *--*.
    Ah diva, sua fic está muito mas muito booa, perfeita de mais.
    Poste logo please.
    XOXO

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  45. nossa esta demais!!!! por favor não demora para postar os proximos capitulos.uuiiiii

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  46. Estava com saudade. Ficou mto bom.
    Pf não demora mto.
    Bjos

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  47. E agora eu vou conhecer o Jake, né? Uhuuuuuul!

    Continua, por favor *-*

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  48. E agora eu vou conhecer o Jake, né? Uhuuuuuul!

    Continua, por favor *-*

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  49. to amando! é uma das melhores que eu já li...
    posta mais!!!

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  50. EITAA.
    James, tu pose ter um ar selvagem e atraente mas filho TU TEM QUE SOFRER.
    Sério meu deus.
    Ah que RAIVA.
    E a SAFIRA.ELA MORREU?
    OMG, diz que não,please.
    Ed, meu salvador *-*.
    Então eu vou virar vampira?Será?
    Ah pai, espero que sim.
    Espero loucamente pelo próximo capítulo.
    Bom,será que eu vou conhecer o lobão?*-*
    UM FELIZ NATAL E UM ÓTIMO ANO NOVO

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  51. MelDels! Que reviravolta!!! E agora? Vou virar vampira feiticeira? E Safira? Ela não vai morrer, pois não? Não quero que minha linda gatinha morra! buáaa!
    James fdp! Espero que os rapazes acabem com ele BEM devagar causando nele MUITO sofrimento! Arggg. Raiva dele!
    Posta mais logo
    Kisses da Baby

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  52. Estou adorando a sua fic. O Ed é muito lindo *o*. Bjs

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  53. Posta mais, por favor, ta MAIS que perfeita *-*

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  54. posta mais plz, ta mega perfeitaa *-*

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  55. Como assim? Como assim vc parou nessa cena???!!! OH MY GOD!!! Posta logo please!!!!!

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  56. Leitora nova akie!!!
    Ok... é....
    O que eu tenho pra dizer é.... Perfeito!!! Não serio, muito bom. Posta mais!!! e... como assim parar a onde vc parou querida? Julia, mata a nossa curiosodade rapido Ok?

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  57. OMG!!! Ta muito bom continua!!!
    Posta mais muito mais please!!

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  58. Nossa amei sua fic, tipo amei mesmo, ela foi umas das mais q gostei na verdade eu amei, espero ler mas a sua fic portanto. CONTINUA POR FAVOR PLEASE

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