By Thays Bruna Melo
Prólogo
Eu estava cansada de ter que me esconder dos Volturi ou até mesmo de presenciar a morte das pessoas que tentavam me protege deles. Eles estavam atrás de mim somente pelos meus poderes, só porque eu podia controlar mente das pessoas (coisa que eu nunca gostei de fazer). Vocês podem até está pensando “por que motivo razão ou circunstâncias eu não paralisava toda a guarda com minha mente?” Eu respondo: Não adiantaria nada depois eles viriam atrás de mim outra vez. Como eu sei disto? Já tentei e foi exatamente o que aconteceu.
No momento agora estou me dirigindo para Forks onde talvez eu possa ser feliz de novo. Coisa que não acontece desde 1906 que é a época em que tinha 16 anos e fui transformada e desde então venho me alimentado de animais porque cá para nos eu jamais mataria um humano.
Capitulo 1
Estava pilotando minha moto pelas rodovias de Seatle queria chegar o mais rápido possível em Forks. Estava muito frio como já era de se esperar. Como as duas cidades eram pequenas não demorei muito a chegar em Forks e eu até pensei que seria difícil achar a residência dos Cullens mas estava enganada. Depois de ter rodado toda a cidade foi que decide pega um pedaço que levava para fora de Forks e quando olho para direita vejo uma casa que não se adequava nem um pouco com o estilo dos moradores de Forks pensei comigo “essa não seria outra se não a casa dos Cullens”.
Como eu já havia recebido a informação de que dentre eles havia uma vidente com nome de Alice, um leitor de mente que se chamava Edward e outro que alterava os sentimento das pessoas que se chamava Jasper, tirano minhas próprias conclusões de que eles sabiam de que eu estaria vindo pra cá não êxitei em parar minha moto em frete a casa mas por educação toquei a campainha e para comprovar minhas conclusões o homem que me atendeu não parecia nem um pouco surpreso, muito pelo contrario ele estava feliz.
Ele olhou em meus olhos e disse:
_ Entre minha jovem.
Sem pensar duas vezes já estava dentro de sua casa. Só queria ter que colo calo a par do que havia ocorrido para eu estar aqui e quanto antes isto ocorrer melhor seria para mim.Ele me direcionou até o sofá sentando-se ao meu lado e disse:
_ Eu sou Carlisle e você deve ser
Eu só confirmei com a cabeça e esperei que ele prosseguisse:
_ Bom mês antes da sua chegada eu recebi uma carta de Carlos me informando sua situação e eu só quero que você saiba que pede contar conosco sempre que precisar apesar de meus filhos estarem na escola mas eles também juntamente com minha esposa Esme concordaram em te ajudar.
Eu olhei pra ele meio intrigada com o que ele havia dito como assim “meus filhos estão na escola”? e resolvi perguntar:
_ Carlisle me responda só uma coisa: escola? Como assim?
Ele respondeu serenamente:
_ Bom nos temos que manter as aparências.
Agora sim fazia sentido mas pensando bem será que...
_ e você terá que ir para escola também.
Ele disse já tirando minhas duvidas. Argh! Não acredito que terei que ficar em uma escola cercada de meninos idiotas. Carlisle percebendo que eu não havia gostado nem um pouco da idéia, tentou suavizar dizendo:
_ Não se preocupe, você sempre terá como Campânia um de meus filhos... De menos Edward que nas aulas de biologia faz dupla com sua namorada.
Tudo bem né? Melhor do que ficar sendo importunada por um bando de moleques. Eu nem acredito...
_ Nossa como você é lida!
Fui interrompida de meus devaneios por uma mulher que veio me abraçando.
_ Desculpe querida por não me apresentar, sou Esme e você deve ser a sim?
Ela estendeu sua mão na qual não êxitei em aperta-lá e disse:
_ Sim eu sou , mas vocês podem me chamar de Bia.
Estava tudo tranqüilo, Esme estava me contando que a namorada de Edward era humana e disse que era a primeira vez que ele havia se apaixonado em toda sua vida, me contou sobre Emmet, Rosalie, Jasper e Alice, me disse que eles eram maravilhosos e que a única com quem eu teria dificuldades de me inturma seria Rosalie, mas que com o tempo ela se acostumaria comigo e conversaria normalmente.
De repente eu só ouvi um estronde de alguém arrombando a porta e foi o suficiente para eu ficar na posição de ataque e paralisar a pessoa que estava entrando. Depois disto eu senti as mãos de Esme em meu ombro e ela dizia que era para eu relaxa que era só o Emmet. Assim que o fiz Emmet disse:
_ Nossa de mais. Me responde uma coisa... Aquele monstro lá fora é seu?
Eu só acenei que sim com a cabeça e ele disse:
_ Serio e você consegue levanta-lo?
Ele perguntou zoando só porque eu tinha 1,55m e eu resolvi entrar na brincadeira e disse:
_ Não. Eu aparatei com ela até aqui
Logo atrás dele surgiu Alice toda alegre que depois de mostrar língua e dizer “bem feito” olhou para mim e disse:
_ Nossa essa roupa combina perfeitamente com você.
Era um vestido preto apertado até a cintura e depois era solto. Logo depois ela me abraçou e depois Jasper que me cumprimentou com um aceno de cabeça, Rosalie que também me cumprimentou com um aceno de cabeça e depois
Edward que me cumprimentou do mesmo jeito e depois subiu para onde deveria ser os quartos.
Um tempo depois Alice me levou até o quarto que seria meu Para que eu pudesse tomas um banho e depois me deu um short, uma blusa e uma rasteirinha para que eu pudesse ficar mais confortável. Quando eu cheguei lá em baixo Carlisle reuniu com todos e disse:
_ Eu estava pensando aqui, agora que a Bia faz parte da nossa família nos temos que dizer ao bando de Sam para que não corra nenhum acidente.
Fiquei pensando “quem seria esse Sam? E bando? Que bando? O que será que está acontecendo?” Edward respondeu:
_ Daqui a pouco você saberá .
Capitulo 2
Fiquei muito ansiosa para descobrir do que se tratava, mas, nenhum deles me contaram até tentem subordinar o Emmet dizendo que deixaria minha moto a sua disposição, mas nem assim ele quis. A única coisa que pude fazer é fica em um sofá e esperar a hora de ir até esse encontro. Todos haviam algo para fazer. Edward foi para casa de Bela, Alice foi caça com Jasper, Emmet e Rosalie não quero nem imagina o que estavam fazendo, Carlisle foi para o serviço e a única que sobrou em casa era Esme que, na verdade já estava saindo para compras.
Agora sim eu estava sobrando, mas como dizem para contrariar sempre tem que acontecer algo e, não foi diferente, quando pensei que realmente eu havia sobrado aparece um Emmet todo eufórico dizendo:
_ Maninha vamos apostar num jogo de corrida que tal em?
Olhei bem na cara dele, porque ele só podia ta brincando ou será que ela acha que por eu ser mulher não ganharia dele? Hahaha, ele que me aguarde. Respondi batendo de vagarinho nas costas dele:
_ Claro maninho.
Não deu outra. Assim que ele pos o jogo nos começamos com uma corrida de 8 voltas e para minha surpresa a minha pessoa foi quem ganhou o jogo. Claro que Emmet não aceitou, mas, como nos estávamos tão entretidos com o jogo e as acusações sobre quem roubou ou deixou de roubar que não percebemos que o tempo havia passado e quando pensei que finalmente iria saber sobre o que se tratava esse tal segredo vem a Alice e me diz:
_ Onde a senhorita pensa que vai com essa roupa de ficar em casa?
Olhei bem pra ela pensando que ela estava brincando e, comecei a sentir medo. Se aquela era uma roupa de ficar em casa imaginem só com que roupa ela vai me dar para vestir para esse tal encontro. Segui Alice até o 2º andar e, antes que essa louca começa-se a ir pegando o que ela quisesse eu disse:
_ Calma ai, eu quero uma coisa simples. Tipo uma calça e blusa ta ótimo vil.
Ela me olhou como se eu fosse um Èté e desse:
_ Vocês ainda me matam viu.
Depois disto eu fui tomar um banho. Quando eu sai do banheiro quase que cai pra trás, o que será que aquela menina entende por simples em? Em cima da minha cama estava alem da calça e blusa, tinha um sapato de salto.
Só pra não fazer desgosto eu vesti o que ela havia escolhido. Quando desci todos já estavam me esperando. Sinceramente eu fiquei com mais vontade de matar aquela baixinha (que se chama Alice) do que tudo quando descobri que iríamos ter que ir correndo pela floresta.
Quando chegamos no lugar marcado, senti um forte cheiro de cachorro molhado que me fez parar na hora. Carlisle se assustou um pouco e perguntou:
_ Está tudo bem Bia?
Respondi:
_ Sim. É que ta fedendo muito de cachorro molhado.
Na mesma hora como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo, Emmet começou a rir juntamente com Rosalie e Edward, Jasper, Alice e Carlisle tentavam conter o riso. De repente eu ouvi vários rosnados e uma voz que disse:
_ Como se vocês não fedessem também.
Por puro instinto eu fiquei na posição de ataque e já estava me preparando para me atirar em cima do dono daquela voz quando as mãos de Carlisle me prenderam pela cintura me impedindo de voar no pescoço do imbecil que havia dito tal insulto a minha família (bom tudo bem que eu estava com eles há pouco tempo, mas do jeito que me tratavam que não se apegaria a eles né). Carlisle disse ainda me segurando:
_ Calma Bia são o Sam e seu bando.
Então finalmente conheceria esse tal de Sam. Quando nos aproximamos o cheiro ficava mais forte, mas, nada que não pudesse suportar. Ao chegar a beira do que dizia Carlisle “ser o lugar que dividia o limite em que eles podiam ir”, avistei logo a frente um grupo razoavelmente grade (comparado com o de Carlisle), de garotos altos e de pele avermelhada. Tinha um somente que estava a frente do grupo no qual eu supus ser Sam, que na verdade não estava muito enganada e, pode percebe isso logo quando ele disse:
_ Carlisle o que você queria nos mostrar?
Ele perguntou de forma respeitosa o que o eliminava como o dono da voz da qual eu ainda queria esganar. Carlisle respondeu:
_ A nossa nova integrante da família-Ele me puxou para o seu lado - Essa é a e só para deixar bem claro ela também se alimenta de animais e diga se de passagem desde que a mesma foi transformada nunca provou um sangue humano. Eu queria apresentá-la a você para que não ocorra nenhum acidente caso ela esteja pelas redondezas e o mesmo com ela que pelo que vocês puderam percebe teriam te atacado se eu não tivesse segurado-a.
Sam pareceu concederá a idéia e disse:
_ Bom como você mesma já percebeu eu sou Sam, este - Ele disse apontando par sua esquerda - É Embry, este é Seth, Quil, Leah, Collin, e Jacob, Paul, Collin e Jared estão fazendo ronda.
Eles me contaram que se aliaram para combater um grupo de vampiros que estavam atrás de Bella, e Carlisle disse o motivo no qual eu estava ali. Sam tomou a frente novamente e disse:
_ Pode contar conosco para impedir que isso aconteça.
Agora me senti obrigada a pedir desculpas por que eu havia ofendido-os e eles ainda assim me ajudariam. Tomei a frente de Carlisle e disse:
_ Me desculpem por ter dito o que disse quando cheguei é que eu não sabia que vocês eram amigos do Carlisle.
Não sei por que, mas Sam iria falar algo, mas foi impedido por Leah que disse:
_ Não precisa pedir desculpas. Nos só estamos fazendo a nossa obrigação que caso não passou pela sua cabeça que, quando umas dessas coisas vierem atrás de você eles teriam que passar por nossas terras e isso, colocaria nosso povo em risco então, poupe-me de seus arrependimentos.
Sinceramente essa foi a gota D’água. Não pensei duas vezes quando sai correndo para voar no pescoço daquela cretina. Mas como meu queridíssimo irmão Edward leu em minha mente o que eu estava preste a fazer ele foi ao meu alcance e me agarrou pela cintura falando no meu ouvido que era para mim me acalma e releva o que ela tinha dito. Depois ele me pos no chão que eu percebi que ele havia me levado para o lado de Esme que estava atrás de todos da família.
Sam olhou para Leah com cara de poucos amigos e disse:
_ Leah aquiete se e tudo bem, só não tente nos atacar novamente por que não me responsabilizo pelas atitudes de seu alvo.
Concordei com a cabeça e todos foram dispensados para retornarem a suas casas. Quando cheguei lá Edward me chamou em para um cato mais afastado e disse:
_...
Eu o interrompe antes que ele terminasse e disse:
_ Me chame só de .
Ele perseguiu:
_ eu queria que você ficasse na casa da Bella de noite, apesar de que Jacob e os outros estão fazendo a ronda no perímetro próximo da casa, mas, e só para que eu fique mais traquilo.
Perguntei:
_ Mas por que você não fica lá com ela já que vocês são namorados?
Ele até me responderia se Alice não tivesse aparecido e dito e seu lugar:
_ Porque ele tem uma rixa com o Jacob e a senhorita vai mas não com essa roupa.
“Aff! Será que ela não se cansa disso não é”. Argh. Edward me respondeu:
_ Não.
Dito isso eu segui Alice para mais uma tortura. Quando estava passando pela sala Emmet olhou para mim e começou a rir da minha desgraça. A única coisa que fui capaz de dizer antes de Alice me carregar pra cima foi:
_ Quem ri por último ri melhor viu maninho.
Lá no quarto, enquanto tomava meu delicioso banho (bom vcs devem tar achando estranho esse lance de banho, mas eu pesso que a pessoa pode ser o que for, mas o cabelo deve ficar com um cheiro muito bom né), Alice estava no quarto arrumando minha roupa e, sabe já tava até me acostumando com Alice arrumando minhas roupas. Ao sair me deparei com uma blusa de alça, com um casaco, calça, sapato de salto e uma bolsa que do lado da mesma havia um pijama de frio.
Antes mesmo que eu pudesse dizer algo Alice disse:
_ Temos que manter as aparências ou você acha que iria dormi com a mesma roupa em que chegou na casa de Charlie?
Não adiantaria nada eu contradize -lá então sem mais delongas me arrumei e fui junto com Edward para casa de Bella.Edward durante o caminho me contou que já havia combinado com Bella tudo e que a mesma fingiria que já me conhecia para que não houvesse nenhuma proibição por parte de Charlie. Ele me disse também que ela era legal que no começo ficaria um pouco tímida com minha presença mas, que aos poucos iria se soltando comigo. Não iria reclamar de nada, até por que os Cullens estavam se arriscando para me protegerem então fazer um mis mero favor como esse não me custaria nada.
Quando chegamos senti um cheiro desagradável então pensei “mas tinham que federem tanto assim?”, Edward riu ao ler meu pensamento. Não chegamos nem se que a bater na porta já que a mesma se abril segundo depois, e uma garota toda eufórica nos pediu para entrar. Lá dentro havia um homem tomando cerveja e vendo jogo, que no momento em que me viu se levantou do sofá para nos recebe mas eu disse:
_ Não precisa se incomodar pode continuar a assistir seu jogo senhor.
Mesmo assim o homem veio até nos e disse a Edward:
_ Edward não sabia que seu pai tinha mais uma filha.
Edward disse:
_ É que morava com uns tios nossos mas eles sofreram um acidente e não resistiram.
Charlie disse:
_ Oh! Lamento muito minha jovem meus pêsames a vocês.
Eu disse:
_ Obrigado Charlie.
Bella meio que não queria ficar mais lá em baixo resolveu dizer:
_ Vamos ...
Eu a interrompi dizendo:
_ Me chame só de Bella, é menos cordial.
Depois disto Edward se despediu de Bella com um selinho, de Charlie com um aceno e de mim com um beijo na testa e se foi. Lá em cima eu coloquei minha bolsa em cima da cama de Bella e pedi para que ela me mostra-se onde era o banheiro para que eu pudesse colocar meu pijama. Demorei um tempo só pra que Bella tivesse um pouco de privacidade porque cá para nos se você mal conhece a pessoa e a mesma vai ficar em seu quarto e enquanto você dormia essa pessoa ficava lá acordada fazendo Deus sabe o que é muito difícil. Bom pelo menos eu não conseguiria dormir direto.
Capítulo 3
Assim que deu seis da manhã eu deixei a casa de Bella. Quando eu cheguei Alice disse que eu iria para escola com ela. Ela já havia separado minhas roupas e assim nos fomos para a escola. Lá a diretora pediu para que eu fizesse um teste para vê em que ano eu me enquadraria e por algum motivo depois de ter feito todos os testes ela pediu que eu ligasse para Carlisle e pedisse para que ele comparece-se na escola. Depois de mais ou menos 30 minutos, ele apareceu e a diretora disse:
_ Bom Srº Cullen, a fez alguns testes e digamos assim que neles estavam incluídos algumas questões que até mesmo alguns alunos do 3º ano teriam uma certa dificuldade para faze-las e ela surpreendentemente fez todas sem um menor esforço e com isso concluímos que ela não precisaria de vir as aulas e só comparecer no dia da formatura para a entrega dos diplomas.
Carlisle sabia que eu teria algum motivo para fazer isso e é claro que Alice já teria visto e contado para ele o que ocorreria hoje. Depois dessa conversa com a diretora Carlisle se despediu da diretora. Quando estávamos no carro ele me olho como quem pede alguma explicação e eu comecei a dizer:
_ Só pra constar eu fiz isso porque eu queria um tempo para que eu pudesse treinar para combater o que esteja querendo vir pra cá, apesar de que já lutei com muitos da nossa espécie, mas não seria nada bom se eu fosse pega desprevenida porque, nos não sabemos o que está causando todo estrago em Seatle e geralmente quando isso acontece o meu poder foge um pouco do controle e acaba que eu não só mexo com a mente dos oponentes no campo de batalho como, também com a mente dos aliados.
Ele concordou e fomos para casa. Lá eu fiquei observando o tempo passar até que não agüentei de tédio e resolvi dar uma volta na floresta. Lá na floresta eu encontrei com Seth e começamos a conversa.
Seth disse:
_ o que você está fazendo por aqui? Não era pra você esta na escola?
Respondi:
_ Sabe ter memória de vampiro às vezes é muito foda. Eu fui pra escola hoje e lá a diretora disse que era para que eu fizesse um teste para ela saber em que sala eu me encaixaria melhor, depois que eu fiz o teste ela pediu que chamassem Carlisle, disse para ele que ela havia misturado no meio do teste algumas questões que até mesmo alguns dos meninos do 3º ano teriam dificuldade para fazer e, eu consegue fazer com a maior facilidade do mundo. O melhor é que eu só vou voltar na escola no dia da entrega dos diplomas, só fiz isso para ter tempo livre para treinar e eu vim andar um pouco para arejar a mente.
Seth disse:
_ Também vim aqui para arejar a minha também.
Perguntei:
_ Com problemas?
Respondeu:
_ E muito, como se não bastasse ter que agüentar os pensamento de Jake o tempo inteiro sobre Bella. Argh!!!
Disse:
_ Sabe de uma coisa acho que você está precisando de desabafar um pouco, e apesar de nos conhecermos a pouco tempo você é como se fosse um amigo então te digo uma coisa “ amigo serve é para dividir as tristezas e multiplicar as alegrias” então conte me o que está te deixando triste?
Seth começou dizendo:
_ Sabe a Bella - balancei a cabeça em afirmativo – então o Jake meio que a amo muito só que ela o ama como amigo e ele não aceita isso e, acaba ficando triste pelos cantos e não controlando seus pensamentos acaba deixando todo o bando perturbado com seus sentimentos.
Pensei em algo que ele pudesse levar a seu amigo e que pudesse ajudar a todos de forma indireta e então disse:
_ Bom confesso que não sou a melhor pessoa para falar sobre sentimentos já que nunca senti algo como seu amigo mas posso te dizer uma coisa que eu li em umas frases de Shakespeare que pode ajudara a ambos “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
Dito isso nos dois nos levantamos e cada um foi para lados opostos.
Pov Seth
Conversa com realmente tinha me ajudado, foi como se realmente o peso que eu sentia antes tivesse diminuído. Estava andado pensando em como poderia ajudar o Jake quando o mesmo tromba em mim me tirando de meus devaneios.
_ Oi Jake. Tudo bem?
Jake respondeu:
_ Tudo. Mas eu é que pergunto se está tudo bem com você?
Disse:
_ Porque Jake?
Ele respondeu:
_ Sei lá você tava todo distraído e não é que eu me ache mais você nem se que me viu. O que é que te fez ficar tão aéreo?
Respondi:
_ A umas coisas que uma amiga me disse.
Jake perguntou:
_ Seth desde quando você se encontra com uma garota aqui da reserva?
Respondi já sabendo que ele não ficaria nem um pouco satisfeito com minha resposta então omite o maximo que poderia:
_ Bom ela não é da reserva e de Forks.
Ele me olhou sugestivamente e disse:
_ E sobre o que vocês estavam conversando para te fazer ficar ai todo viajando em?
Disse já esperando um belo de um soco na cara:
_ Sobre você.
Ele perguntou meio que começando a tremer:
_ E sobre o que era o assunto?
Disse:
_ Bella.
Ele disse tremendo mais ainda:
_ O que essa garota tem a ver com bela?
Agora sim eu estava mais do que ferrado, mas se eu não disse se agora ele descobriria na ronda então decide que seria melhor adiantar o meu sofrimento e falei:
_ Bom Jake é que ela é uma Cullen e é amiga de Bella.
Pronto agora eu só estava esperando o soco bem no olho que era o que eu merecia, mas não foi isso que aconteceu. Jake apenas perguntou:
_ Os Cullens tem um novo integrante?
Disse:
_ Não uma nova integrante.
Ele disse:
_ E como eu não fico sabendo disto em?
Nossa o Jake só podia ta com um serio problema de cabeça, Sam o avisou sobre isso quando ele chegou da ronda. Disse:
_ Mas Jake Sam disse pra você quando você chegou da ronda ontem.
Ele pensou um pouco e pareceu se lembrar. Depois ele me olhou e disse:
_ Mas o que é que você disse para ela?
Ele se alterou um pouco, mas lembrei o que tinha me dito “amigo serve é para dividir as tristezas e multiplicar as alegrias.” Então disse:
_ Jake como eu disse é minha amiga e eu conto tudo para ela assim como conto tudo a você e eu precisava dividir o que eu estava sentindo e ela me disse algo que ajudaria a você.
Jake arregalou os olhos surpresos com que havia dito e perguntou:
_ O que ela disse?
Respondi:
_ “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”
Depois que disse isso Jake saiu balançando a cabeça como se estivesse tirando um pensamento que lê veio em mente enquanto eu voltei para casa para que pudesse dormir.
¬ Fim do Pov Seth
Pov Jacob
Depois do que Seth me disse eu fui para casa ansioso que chegasse o outro dia. Passar meus dias com Bella era a melhor coisa do mundo, eu esquecia dos problemas, das horas de tudo. A noite passou dolorosamente devagar. Quando Bella chegou eu não perdi tempo e a levei no mesmo lugar em que eu havia ensinado ela a pilotar motos e comecei apensar em uma maneira de me aproximar mais dela, só que ela começou a dizer:
_ Então a Alice planejou uma grande festa de formatura... E você está convidado.
Olhei bem pra ela, tipo ela só podia está ficando louca se passa se pela cabeça dela que eu ira naquela festa. Então ela disse:
_ É, eu já imaginava.
Comecei a diminuir o ritmo dos meus passos, e quando ela percebeu isso perguntou:
_ O que foi?
Respondi:
_ Eu queria fazer isso de outro jeito... Mais suave... Mas agora estou sem tempo.
Ela disse:
_ Pra que?
Disse:
_ Você precisa ouvir a verdade Bella... Entender todas as suas opções... E você precisa saber... Que eu to apaixonado por você. E quero que escolha a mim e não ele.
Ela disse:
_ Não entendeu que... Eu não sinto nada por você.
Lógico que ela sentia disse:
_ Não acredito.
Ela perguntou:
_ Não acredita em que? È como eu me sinto.
Disse:
_ Você senti alguma coisa por mim. Só não quer admitir. Eu não vou desistir. Vou lutar por você. Até que seu coração para de bater.
Ela disse:
_ Bom então não terá que lutar por muito tempo.
Disse:
_ Esta sendo precipitada porque está com medo de mudar de idéia.
Ela disse:
_ Não, não estou. Eu sei o que eu quero.
Disse:
_ Você não teria que mudar por minha causa Bella. Nem teria que dizer adeus a ninguém. Eu posso te dar mais do que ele. Ele provavelmente nem pode te beija sem te machucar. Sente isso? Carne e osso. E calor.
Então tomei a atitude que eu estava desejando desde o inicio, eu a beijei. Ela por outro lado não aceito o meu beijo, mas mesmo assim eu continuei a beijar, mas ela me empurro, claro que eu não teria me movimentado nem nada, mas deixei que ela me empurra se e ela tomou uma atitude que eu não esperava, me deu um soco no rosto mas ela quebrou a mão e eu fiquei com muita raiva de mim nessa hora e a levei pra casa com 2 pensamentos na cabeça. O 1º era que Edward já saberia o que teria acontecido e o 2º é a frase que a tal disse pro Seth “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada” e na hora eu me senti a pior pessoa do mundo.
Fim do Pov Jacob
Pov
Depois do que havia conversado com Seth voltei pra casa. Lá eles estavam vendo televisão o que era meio estranho até que eu sentei na sala e reparei que eles estavam vedo jornal no qual relatava noticias sobre Seatle. Quando acabou o noticiário Carlisle levanto e disse a Jasper:
_ O que você acha que seja?
Ele respondeu:
_ Poderiam ser recém criados. Talvez alguém esteja montando um exercito deles.
Eu sabia que não era coisa boa. Um exercito de recém criados poderia fazer um estrago um ótimo estrago. Ficamos a noite inteira pensado em algo pra fazer te que resolvemos que iríamos treinar táticas de guerra juntos com os lobos. Alice pediu para que esmerássemos que ela falaria quando seria a melhor hora para conversa com eles sobre o assunto. Depois disto no outro dia, o pessoal foi para a escola e eu ficaria de novo em casa sem fazer nada. Como eu disse eu ficaria mas não foi isso que aconteceu. Como estava próxima a festa de formatura que a Alice planejava, eu teria que comprar roupas e Alice antes de ir para a aula já havia desenhado a roupa que eu e Esme encontraríamos em Port Angeles para que eu usa-se na mesma. Lá nos compramos um vestido roxo, apertado no busto com pequeno decote, do busto pra baixo ele era todo solto, tinha uma faixa preta debaixo do busto com um laço atrás e uma sandália meia pata preta.
Ao chegarmos em casa deixamos a roupa em meu closet e assim que os meninos chegaram, eu, Alice, Jasper e Emmet fomos caçar porque teríamos que estar preparado para quando a decisão dos recém criados fossem tomada.
Capitulo 4
Depois da caça, o que foi bem rápido já que Alice já havia previsto onde iríamos achar os animais, Emmet e Jasper saíram para ver se achavam algum rastro do vampiro que havia invadido o quarto de Bella e eu fui pensar um pouco sobre tudo que me aconteceu durante meus 105 anos que vivi presa nessa forma de mármore.
Sentei num lugar onde não havia arvores, onde o céu ficava exposto e por incrível que pareça a lua brilhava lá em cima como se espera se que eu divide se tudo o que eu havia guardado por anos. Como eu queria poder chorar uma hora dessas para que com as lagrimas todo esse sentimento fosse embora. Sabe, nem sempre ser vampiro é fácil. Quando eu fui transformada eu tinha 16 anos e naquela época eu nem tinha idéia de como a vida era tão difícil. Era uma época em que as mulheres não trabalhavam, viviam só por conta da casa e de cuidar dos filhos. Eu era praticamente uma criança que nem se quer sabia o que era o amor. Hoje vejo nos olhos de Carlisle e Esme o verdadeiro amor e sabe, chega até da inveja. Depois do tempo em que eu havia sido transformada e que eu percebi que não havia mais perigo de que eu atacasse nenhum humano, eu passei a viver entre eles, mas nunca mais pude viver perto dos meus pais. Essa foi uma das piores partes porque quando chegava a noite, eu não tinha quem vir me abraçar e me dá um beijo de boa noite, não tive quem me disse se que me amava, quem me chama se de a filha mais linda do papai tudo isso acabou no momento em que fui mordida por sei lá quem.
Com o tempo eu comecei a me esquecer da fisionomia dos meus pais e por mais que eu lutasse não tinha como, era tanto tempo sem vê-los que já não lembrava de suas faces. Nem sei como ele ficara quando seus cabelos estavam grisalhos. Agora, algo que me faz falta até hoje e que eu nunca tive foi o amor de um homem. Motivo sou uma vampira. Tudo bem que existiam muitos vampiros por ai que são lindos, mas nenhum me atrai não que eu nunca tivesse tentado, mas é como se não fosse para ser assim porque todos que se aproximavam de mim eram educados gentis mas não adiantava nada ia além de amizade, como se algo já estivesse preparado para mim.
Passado um tempo achei melhor voltar pra casa senão logo eles ficariam preocupados comigo. Acho que depois de tantas coisas ruins, os Cullens tem sido como uma família para mim. Pelo pouco tempo que estive aqui foi maravilhoso. Emmet sempre brincalhão levando tudo na esportiva, Alice sempre inventado algo para que eu vestisse, Edward sempre preocupado como irmão mais velho, Jasper sempre no seu canto e sempre ajudava quando era preciso, Rosalie bom não cheguei a passar muito tempo com ela mas sabia que se eu precisa se ela me ajudaria e Carlisle e Esme sem eles saberem eu os considerava como pais.
Lá em casa assim que cheguei Carlisle disse:
_ Que bom que você voltou, estávamos te esperando para começar a reunião.
Dito isso Carlisle passou a fala para Jasper que disse:
_ Bom nos estamos lidando com recém criados e como todos vocês sabem eles são muito mais fortes do que nos por isso nos deveríamos treinar para poder matar esse exercito em Seatle.
Montamos 2 grupos de quatro para vigiar a divisa de Seatle com Forks para que ninguém corre-se rico de morte. Dias depois...
Alice disse:
_ Mas você tem que ir na festa nos já compramos o vestido.
Eu disse:
_ Lice eu uso ele em outra ocasião e outra eu nem se que estudei com ninguém que vai estar nesta festa então eu vou sim ficar vigiando a divisa e não tem mais nada que me faça mudar de idéia viu.
Dito isso, peguei o primeiro par de jeans skinny cinza escuro com uma bata preta e um All star preto. Passaram se horas até que eu senti o cheiro de Esme que, a mesma ao se aproximar disse:
_ Alice teve uma visão e parece que eles vira para Forks atrás de Bella.
Perguntei:
_ Por onde eles viram?
Ela disse:
_ Ainda não sei, eu sai de lá antes que pudessem dizer mais alguma coisa e vim aqui só para te avisar.
Perguntei:
_ Você vão precisar de mim agora?
Ela disse:
_ Bom eles vão tomar algumas decisões agora, mas eles podem falar depois. Por quê?
Respondi:
_ É que eu só queria ficar um pouco sozinha. Pode ir andando na frente que daqui a pouco eu chego lá.
Fui andando pensando em como e onde seria a luta com os recém criados e só percebi que estava próximo de casa quando um odor muito forte de lobo me atingiu me fazendo ficar em posição de ataque ma logo eu relaxei e perguntei mentalmente pra Edward: “Eles ainda estão ai? É que não quero causar confusões como da ultima vez.”
Não mais que de repente Edward apareceu na minha frente e disse:
_ Eles já foram mas nos vamos treinar amanham com eles e não tem como você não ir.
Olhei pra ele e disse:
_ Bom te um jeito sim e você vai ver só.
No outro dia:
Edward:
_ Porque você não vai ficar junta de nos?
Reponde em pensamentos: “Você já imagino que por um deslize eu poderia matar alguém? Ou será que você esqueceu que eu posso controlar a mente das pessoas?”
Depois disto ninguém disse mais nada e fomos para o lugar que Carlisle avia combinado de encontrar com os lobos e eu fiquei observado tudo de cima de uma árvore. Emmet sempre se exibindo começou a lutar com Jasper, dizendo que estava só aquecendo. Logo depois Edward chegou com Bella e mais alguns minutos, os lobos. Edward disse para Carlisle:
_ Não confiam em nos o bastante para assumirem a forma humana.
Carlisle disse:
_ Eles vieram. È o que importa. Você decifra?
Carlisle mais afirmou do que perguntou e então tomando a frente disse:
_ Bem-vindos. Jasper tem experiências com recém criados. Vai nos ensinar a vencê-los.
Edward:
_ Querem saber no que os recém criados têm de diferentes de nos.
Carlisle:
_ São bem mais fortes que nos, pois o sangue humano ainda circula em seus corpos. Nossa raça nuca foi tão forte fisicamente quanto nos primeiro meses de vida.
Dito isto Carlisle passou a palavra a Jasper que, prosseguiu dizendo:
_ Carlisle tem Razão. Por isso eles são criados. O exercito de recém criados não precisa de milhares como dos humanos. Nenhum exercito humano resistiria ao ataque deles. Os dois pontos mais importantes a lembrar são: primeiro não os deixem por os braços ao seu redor. Esmagarão vocês na hora. Segundo nunca partam direto para matar. Eles esperarão por isso. E vocês perderam. Emmet!
E assim ele começaram a lutar um a um até que o lobo preto ( que presumir ser Sam) perguntou algo a Edward que traduziu para Carlisle:
_ Eles tão querendo saber a onde está ?
Carlisle disse:
_ Ela achou mais coerente não lutar por enquanto por causa de seus poderes. È que ela pode controlar a mente de qualquer pessoa e se ela se descontrolar pode até matar então para evitar o pior ela preferiu nos assistir de longe onde seria mais seguro para todos.
Após Carlisle ter explicado toda a situação, todos os lobos voltaram para a reserva. Em casa estavam todos decidindo como iriam fazer para que durante a batalha Bella estivesse a salvo. Varias sugestões apareceram mais no fim das contas decidiram que seria melhor se Bella ficasse com Edward em um acampamento no alto da montanha e Seth os ajudariam caso precisa-se.
Dia da batalha:
Estávamos todos no local onde eles seriam atraídos pelo cheiro do sangue de Bella que estava espalhado pela plantas. Os lobos só apareceriam alguns segundos depois da chegada dos recém criados para dar-lhes uma surpresinha.A luta estava até fácil com a ajuda dos lobos ficava mais fácil ainda. Tudo estava bem até que Esme e Carlisle viram uma recém criada ainda muito jovem, devia ter uns 15 anos e a pobre coitada era tão inofensiva que ao invés de nos atacar ela estava morrendo de medo. De certa forma ela me lembrava a mim mesma quando fui transformada. Mas voltando a luta, Enquanto Esme e Carlisle conversavam com a garotinha nos continuamos a lutar e quando pesávamos que já estivesse tudo acabado, aparece um recém criado do meio das arvores e avança em Leia e pra defende-la um lobo de cor avermelhada pula e morde o vampiro tacando ele no chão, mas como o infeliz era forte ele conseguiu dar a volta e passar seus braços ao redor do lobo e logo em seguida quebrando os ossos da parte direita de seu corpo.
Rapidamente os outros lobos se dês transformaram e o lavaram dali antes da chegada dos Volturi. Algum tempo depois eis que eles surgem e Jane diz:
_ Impressionante. Nunca vi um clã escapar de um ataque dessa magnitude.
Carlisle respondeu:
_ Tivemos sorte.
Jane:
_ Eu duvido
Você devem estar se perguntando porque ela duvidava sendo que eu poderia controlar a mente de todos eles, bom é simples eu me escondi para que os Cullen não pudessem ser atormentado por ele. Bom sabe a pobre da menininha que estava com medo? Então eles a mataram alegando que era contra as leis e foram embora. Carlisle foi até a reserva cuidar do tal Jacob e enquanto isso eu ficava lá em casa fazendo algo muito importante: Jogando com Emmet. Pra vocês pode não ser nada mas para mim era muito por que eu tinha que mostra pra ele que eu podia ser pequena mas era bem mais esperta que ele. Acabou que eu realmente ganhei e para estragar minha alegria Carlisle chega e diz:
_ eu tenho que te pedir um favor, vamos ali no meu escritório só por um instante.
Eu o segui. Lá ele medisse:
_ Amanhã e vou estar trabalhando durante toda a parte da manhã e tarde e teria como você ir na reserva entregar esse remédios ao Jacob pra mim? O pai dele vai estar na varanda da casa, é um senhor de cadeira de rodas.
Isso não me custaria nada então eu aceitei. No outro dia, eu fui até a reserva e fui andando até ver em uma casa humilde um senhor de cadeiras de rodas. Não esperei por muito tempo e fui correndo até lá e ao chegar próximo a casa disse:
_ Bom dia Sr. Black, Carlisle me mandou para dar esses medicamento para o Jacob será que eu posso entrar?
Ele respondeu simpaticamente:
_ Claro minha jovem entre.
Assim que entrei na casa ele foi me guiando até a porta de um quarto pequeno que deveria ser de Jacob.Assim que abri a porta ele estava de olhos fechados mas ao respirar ele rapidamente abriu os olhos e a olhar nos meu olhos sua expressão que antes era de puro desprezo passou de confuso a admiração e bom eu meio que fiquei presa olhando aqueles olhos tão intensos mas esse transe rapidamente foi quebrado quando eu ouvi a porta do quarto sendo fechada por Billy.
Capitulo 5
Cheguei próximo à cama de Jacob e disse:
_ Eu sei que não devo ter um cheiro nada agradável, mas, foi Carlisle quem pediu para que eu viesse aqui pra saber como você está. Então você ainda está sentindo alguma dor ou algo do tipo?
Ele ainda continuou me olhando por um tempo e só depois foi que ele me respondeu de forma seca:
_ Ficarei melhor quando você sair daqui.
Serio mesmo que eu ouvi aquilo? Sinceramente eu venho aqui numa boa engolindo todo meu orgulho pra esse cara falar isso comigo? Ham levantei na mesma hora e disse:
_ Pode deixar que se depender de mim você ficara melhor logo logo.
Sai fechando a porta do quarto e quando cheguei lá fora sem quere esbarrei em Seth que ao me ver disse:
_ Nossa será que é uma miragem ou você realmente está na reserva?
Responde dando uma cortada nele:
_ Não Seth é meu holograma que esbarrou de algum jeito em você.
Ele respondeu:
_ Nossa não ta mais aqui quem falou. Agora me responde: que mau humor é esse?
Respondi?
_ Pergunta para seu amiginho lá dentro que ele tem tempo de te responder por que se eu ficar mais tempo aqui eu juro que volto naquele quarto e requebro todas os osso dele.
Dito isso sai de lá com o seguinte pensamento: “Nunca mais na minha vida me aproximo de Jacob Black”.
Pov Jacob
Sabe essa coisa de ser lobo até que tem se lado bom. Nosso metabolismo é acelerado e com isso nos podemos nos curar muito mais rápido que os humanos. Eu já estava totalmente curado. Quer dizer tirando algumas partes que ainda doíam eu estava bem. Como sempre aquela era mais uma manhã comum só que de repente um cheiro muito desagradável me acertou, Carlisle disse que viria me ver e acho que ele não estava brincando quando disse isso.
Só que uma coisa estranha aconteceu eu estava ouvindo uma voz feminina conversando com meu pai e foi quando a porta se abriu que eu olhei bem para aquele ser desprezível que estava parado me olhando. Aquela deveria ser a tal de que Seth tanto falava, e foi ai que algo muito ruim aconteceu. Quando eu olhei em seus olhos eu senti como se ela fosse a única coisa que me mantinha preso a terra, nada mais me importava e então ela disse com aquela voz doce:
_ Eu sei que não devo ter um cheiro nada agradável, mas, foi Carlisle quem pediu para que eu viesse aqui pra saber como você está. Então você ainda está sentindo alguma dor ou algo do tipo?
Sinceramente o fato como ela falava só me atraia mais ainda para ela. O que, que isso? Eu realmente tive um imprinting com uma vampira? Não mesmo. Nem que eu tenha que lutar por isso mas jamais irei aceitar isso. Vai ser difícil mas eu vou fazer o que for preciso começando por agora. Respondi seco:
_ Ficarei melhor quando você sair daqui.
Depois disso ela se levantou e juro que pensei que ela quebraria minha porta quando bate-se ela mas, pelo contrario, ela não quebrou e nem bateu minha porta, ela a fechou educadamente e saiu de casa quase derrubando Seth no chão. Mas como sempre Seth não deixou isso passar despercebido e disse:
_ Nossa será que é uma miragem ou você realmente está na reserva?
Ela respondeu:
_ Não Seth é meu holograma que esbarrou de algum jeito em você.
Ele respondeu:
_ Nossa não ta mais aqui quem falou. Agora me responde, que mau humor é esse?
Ela disse:
_ Pergunta para seu amiginho lá dentro que ele tem tempo de te responder porque se eu ficar mais tempo aqui eu juro que volto naquele quarto e requebro todas os osso dele.
É eu realmente tinha chateado ela e de alguma forma isso acabou mexendo comigo. Mas eu não vou desistir não vou permitir que esse imprinting fortaleça. Depois a porta se abril com um estrondo e um Seth muito irritado começou a falar no meu ouvido:
_ Jake o que você fez com ela cara? Você sabe que ela é como uma irmã pra mim.
Eu queria evitar olhar pra ele porque eu sabia que assim que eu olhasse ele descobriria que eu havia sofrido um imprinting com mas, não pude evitar ao ouvi-lo dizer que ela era como uma irmã pra ele e disse:
_ Você sabe que se Leah ouvir você falando isso ela mataria você né?
Dito e feito, foi só ele olhar pra mim que ele disse:
_ Você... Você... Você sofreu um imprinting com a Jake?
Sabe aquela hora que você as vezes tem vontade de sumir? Pois é. Isso era exatamente o que eu tinha vontade de fazer. Mas como eu não conseguiria passar por Seth, apesar de que meu corpo podia esta curado, mas estava sem animo nem um, acho que são os sentimentos de , que droga de imprinting eu fui arranjar. Olhei para ele e disse:
_ É Seth eu sofri um imprinting com ela.
Ele perguntou:
_ Mas como se o imprinting só ocorre para manter a espécie,como é que a vai se reproduzir sendo uma vampira?
Olhei para ele e disse:
_ Você ta achando mesmo que eu vou dizer a ela que eu tive um imprinting com ela? Você acha que eu vou aceitar isso? Você está muito enganado. Eu vou lutar contra ele. Não quero uma vampira ao meu lado.
Depois que eu disse isso Seth ficou de uma forma muito estranha. Ele levantou da minha cama furioso e começou a dizer:
_ Você acha mesmo que ela queria ser assim, se você conversa-se com ela você veria que ela e diferente de qualquer pessoa ou vampiro que você tenha conhecido. Ela sente falta de ser humana Jake e eu não to nem ai para o que a Leah vai falar se me ouvir dizendo isso, mas eu considero a como uma irmã, ela gosta de quando nos ficamos conversando na floresta ela até esquece que é vampira e ela me disse que a única coisa que queria era ser amada por um homem que o único amor que ela não experimentou na vida foi o amor de um homem e você agora sofre um imprinting com ela e não quer contar, mas se você não contar eu conto. Você tem idéia de que pode ser feliz ao lado dela e está desperdiçando isso por que está cobiçando a mulher de outro? Me desculpe por jogar isso na sua cara mas a garota com quem você deveria ser feliz você faz ela te odiar e tudo isso só para no final você ficar ai sofrendo. Jake por eu ser seu amigo é que eu vou contar para ela o que aconteceu eu posso até está quebrando as regras de como isso deveria acontecer mas acontece que eu não quero que nenhum de meu amigos sofram por causa de uma diferença que o amor poderia destruir se você permiti-se.
Logo após ele ter jogado todas essas palavra em cima de mim, ele virou as costas sem nem ao menos esperar uma resposta minha e saiu para ir de encontro de . Eu até queria fazer alguma coisa, mas eu não desistiria de lutar por Bella e esse imprinting não pode ter acontecido talvez seja algo diferente e não um imprinting. Não teria como ser ainda mais ela sendo uma vampira.
Fim Pov Jacob
Pov
Fiquei com muita raiva e achei melhor não voltar para casa, precisava pensar um pouco no que tinha acabado de acontecer. Eu sentei na raiz de uma arvore e fiquei pensando em Jacob. Não sei por que mas, Jacob conseguiu me atrair de uma forma que nenhum outro homem havia feito antes.
Estava perdida em meus pensamentos que nem percebi que Seth estava ao meu lado. Olhei para ele esperando ele dizer algo e como ele não se pronunciou resolvi dizer:
_ E então, o que te traz até aqui?
Ele respondeu:
_ Um assunto muito serio que na verdade quem deveria te contar era o Jake mas como eu sei que ele não vai fazer isso então sobrou para mim e eu espero que você não me interrompa no meio da explicação. Então você vai deixar eu te contar?
Respondi:
_ Pode.
Ele disse:
_ Tudo bem eu vou direto ao assunto e depois o Jake te explica o resto se ele for te explicar. É o seguinte, lá na reserva nos lobos temos uma forma de manter a nossa espécie que é o imprinting. Ele é como o amor à primeira vista, quando você olha para a pessoa e ai você sente-se como se não fosse mais a gravidade que te prende-se a terra mas, si aquela pessoa. E Jake teve u imprinting com você mas por você ser uma vampira ele não quer aceitar isso por que ele está perdendo a Bella por um de sua espécie e ele acha que ainda a ama então dê um tempo a ele que ele vai vir falar com você. E sinceramente se ele não vier ele vai ser muito burro por que ele está tendo a oportunidade de ser feliz ao lado de seu imprinting e que também está desimpedido e fica ai com esse amor platônico pela Bella, vai entender.
Sinceramente, Pra mim aquilo era informação de mais. Eu só consegui ficar olhando pro Seth até que uma coisa me passou pela cabeça e eu tinha que pergunta para ele:
_ Mas se o imprinting só acontece para manter a espécie por que o Jacob teve isso por mim?
Ele respondeu:
_ Ta ai uma pergunta que não quer calar.
Capitulo 6
Quando cheguei em casa, percebi que lá estava com um clima bem agitado. Alice estava toda saltitante pela sala e perguntei:
- O que é que aconteceu?
Ela respondeu;
- Bella vai se casa com o Edward.
Disse:
- E...
Ela respondeu:
- Eu vou fazer a festa de casamento.
A pronto. Agora eu vi tudo. Pelo pouco que eu conhecia de Bella, eu sabia que ela não era muito chegada à festa, mas, o que é que Alice não conseguia fazer? E pelo jeito vai sobrar para mim. Passado um tempo Edward chega em casa com um sorriso enorme no rosto dizendo:
- Nos vamos nos casar.
- como se a gente já não soubesse – eu murmurei
- você poderia ter esperado eu contar a novidade Alice – Edward disse e a baixinha apenas deu de ombros
- Bella, você tem que ver o seu vestido – Alice disse saltitante
- mais já Alice? – Bella perguntou surpresa
- sabe quanto tempo demora a conseguir um vestido desse? – Alice disse com as mãos na cintura e eu apenas rolei os olhos – eu já tinha uma leve intuição sobre isso então resolvi me adiantar. Você tem que ver o vestido. Ele é lindo. Eu mesma fiz o desenho!
Alice parecia uma criança naquele momento. Eu tive vontade de rir, mas fiquei com um pouco de pena de Bella.
- vamos, ele está lá em cima – ela disse puxando Bella pela mão – você fica ai Edward e nada de espiar. , você vem com a gente.
Eu dei de ombros e comecei a seguir as duas até o quarto de Alice. Sentei-me na cama e Alice foi buscar o vestido de Bella.
- vai deixá-la organizar tudo? – eu perguntei
- sim, Alice gosta disso – Bella disse – Mas colocarei alguns limites.
- você vai amar Bella – Alice disse aparecendo com uma caixa, abrindo a mesma e revelando um lindo vestido.
- é realmente lindo – disse Bella com os olhos brilhando – me deixa adivinhar, 1918?
- sim – ela assentiu feliz – o que achou ?
- realmente é um lindo vestido – eu disse com sinceridade. Era um dos vestidos mais lindos que eu já havia visto.
- ele é perfeito para Edward – Bella disse
- e é perfeito para você? - Alice perguntou apreensiva
- sim, é perfeito para mim – Bella afirmou – e o seu vestido Alice?
- que vestido? – Alice perguntou confusa e eu fiquei curiosa. Alice nunca deixava passar nada.
- o seu de dama de honra – Bella disse com a mão na cintura – eu não quero minha dama usando qualquer trapo.
- AI BELLA! – Alice exclamou e a abraçou – estou tão feliz
- você também – Bella disse meio corada e eu apenas revirei os olhos
- obrigada Bella – eu lhe agradeci sincera
- agora fora do meu quarto – ela disse – vá brincar com Edward, Bella. Tenho muito que fazer.
E saiu do quarto gritando pela Esme. É aquilo ia virar um campo de batalha, melhor eu sair daquilo antes que sobrasse para mim.
- ela vira atrás de você em vinte minutos – disse Edward – acho melhor se esconder até lá
- obrigada pelo aviso – eu murmurei – não sei como vocês agüentam isso
- logo você se acostuma – ele disse dando de ombros
- eu não vou me acostumar com isso nunca – Bella murmurou agarrada a cintura de Edward
- vou deixar vocês aproveitarem – eu disse dando as costas para eles – tenho que fugir de Alice
Eles apenas riram enquanto eu saia da casa. Mas não fui muito longe. Logo uma baixinha apareceu na minha frente e eu suspirei.
- onde pensa que vai? – ela disse com as mãos na cintura – temos muito que fazer e você irá me ajudar com isso.
- o que tenho que fazer? – eu perguntei. Sabe aquele ditado? Tá no inferno abraça o capeta? Estou vivendo ele aqui agora
Alice ficou incontrolável! Ela não parava nenhum segundo e ainda me arrastava com ela. Segundo ela, “eu preciso de uma opinião feminina diferente”. Mas ela faz tudo o que eu digo ao contrario! Eu até a questionei perguntando o porquê não pediu ajuda para Rosalie ou Esme. Ela apenas disse que precisava de alguém que pensava igual à Bella e eu me enquadro nisso. Então porque ela não arrastou a Bella? Simples! Ela quer que tudo isso seja uma surpresa.
Tenho até dó de Bella às vezes. Ela é a que mais sofre com isso, principalmente na prova de vestidos, o que vai acontecer daqui a alguns minutos. Agora estávamos apenas vendo a roupa de Charlie.
- eu estou parecendo um macaco Alice – ele resmungou
- pare de reclamar Charlie – ela o repreendeu – você está perfeito
- não vejo nada de perfeito nessa roupa de pingüim – ele resmungou – porque Bella inventou de casar agora? Não podia esperar mais um pouco?
- Edward quis esperar, mas sabe como Bella é teimosa – Alice disse – mas acho legal que seja agora
- mas eles são tão jovens – Charlie lamentou
- não existe idade para o amor – eu disse dando de ombros – e eu sei como eles se amam muito.
Charlie apenas deu de ombros e Alice voltou a trabalhar nele. Até que Bella chegou.
- alguém em casa? Pai?
- espere um pouco Bella – Alice gritou e eu fiz uma careta – fique quieto Charlie
- Ai! Agora você conseguiu Alice! – Charlie resmungou – você me cortou!
- o que está acontecendo? – Bella perguntou e a voz ficou mais próxima
- nem chegou a furar a pele – Alice disse – prontinho
- está bonito pai – Bella – qual é a ocasião?
- A ultima prova de roupa – eu disse rolando os olhos
- ahnn – ela lamentou e eu segurei o riso
- vá para cima Bella – disse Alice – já vou lá
Assim que terminamos com Charlie, fomos ao quarto de Bella e ela não estava com uma cara muito boa.
- melhora essa cara Bella, até parece que estou enfiando farpas por debaixo de suas unhas – Alice disse
- pense que logo você vai estar casada com Edward – eu tentei ajudar – essa é a ultima prova do vestido.
- e amanhã vou ter que usar ele de novo – ela disse rolando os olhos
- amanhã é seu casamento Bella – eu falei – anime-se. Logo Edward vai ser só seu.
- okay... – ela disse – vou tentar
Eu lhe dei um sorriso e voltei a ajudar Alice a ajustar o vestido. Ela estava perfeita, mas ficaria mais linda no dia do casamento. Assim que terminamos, nos despedimos de Charlie que ainda estava emburrado por causa da roupa.
Quando chegamos em casa Emmett queria jogar videogame, aceitei como não tinha nada para fazer, como sempre, acabei ganhando.
- cansei disso – Emmett disse tacando o controle no sofá depois que ganhei algumas partidas dele – vou fazer algo melhor
- está assim só porque ganhei de você – eu disse rindo – admita baby, eu sou melhor que você.
- onde está Edward? – ele disse me ignorando – nós temos uma despedida de solteiro para ir.
- na casa de Bella – eu disse me tacando no sofá
- de novo? – Emmett disse balançando a cabeça – vamos Jasper. Temos um fugitivo para pegar.
- o deixe em paz Emm – eu murmurei – ele quer ficar com Bella.
- ele pode ficar muito com a Bella na lua de mel – ele disse malicioso me fazendo rolar os olhos – agora vamos Jazz
Eu apenas balancei a cabeça e fechei os olhos. Estou com a sensação que ia acontecer alguma coisa naquele casamento. Alguma coisa boa...
Capitulo 7
Sabe Bella tava um pouco chateada porque o “melhor” amigo dela tinha ido embora depois que recebeu a noticia do casamento, mas eu e Alice demos um jeito para que ela não ficasse tão triste assim. Infelizmente eu não poderia ficar ali na festa porque os Volturi viriam e eu não quero arranjar confusão, mas, aceitei deixar a Alice me vestir. O motivo é bem simples, se caso os Volturi me vissem eu não seria acusada de estar me escondendo na casa dos Cullens. Como eu não ia participar da festa, eu resolvi observa-la de longe. Tava tudo indo tão bem e sabe eu até conversei com o Seth mas como nada é perfeito eu vi Jacob Black atrás de uma grossa árvore e então eu decidi voltar para o meu conto para observa a festa.
Pov Bella
Parecia que eu tinha dançado com todo mundo. Era bom ver todos os meus velhos amigos, mas eu realmente queria estar com Edward mais do que qualquer outra coisa. Fiquei feliz quando ele finalmente se impôs, meio minuto depois de uma nova dança começar.
__ Ainda não gosta de Mike, hein? – comentei enquanto Edward me girava para longe dele.
__ Não quando tenho de ouvir os pensamentos dele. Ele tem sorte por eu não lhe dar um murro. Ou coisa pior.
__ É, tá legal.
__ Já teve a oportunidade de se olhar?
__ Hmmmm. Não, acho que não. Por quê?
__ Então imagino que não perceba quanto está total e incrivelmente lin¬da esta noite. Não me surpreende que Mike esteja tendo problemas com pen¬samentos inadequados em relação a uma mulher casada. Estou decepcionado que Alice não a tenha obrigado a se olhar no espelho.
__ Você é muito tendencioso, sabe disso.
Ele suspirou e parou, girando-me de frente para a casa. A parede de vidro refletia a festa como um longo espelho. Edward apontou o casal no espelho diretamente à nossa frente.
__ Tendencioso, eu?
Tive um vislumbre do reflexo de Edward – uma duplicata perfeita de seu rosto perfeito – com uma beldade de cabelos escuros ao lado dele. A pele dela era cremosa e rosada, seus olhos estavam imensos pela empolgação e emoldura¬dos por cílios espessos. O vestido branco e cintilante abria-se sutilmente na cau¬da, quase como um copo-de-leite invertido, cortado com tanta habilidade que o corpo parecia elegante e gracioso – pelo menos enquanto estava imóvel.
Antes que eu pudesse piscar e fazer a beldade voltar a se transformar em mim, Edward de repente retesou-se e virou-se automaticamente para o outro lado, como se alguém tivesse chamado seu nome.
__ Oh! – disse ele. Sua testa franziu por um instante e depois relaxou com a mesma rapidez.
__ O que foi? – perguntei.
__ Um presente de casamento surpresa.
__ Hein?
Ele não respondeu; apenas voltou a dançar, girando-me para a direção oposta à que íamos antes, para longe das luzes e, então, para o manto fundo da noite, que cercava a pista iluminada. Só parou quando chegamos ao lado sombreado de um dos imensos cedros.
Depois Edward olhou diretamente a sombra mais escura.
__ Obrigado – disse Edward para a escuridão. – É muito... gentil de sua parte.
__ Gentileza é o meu nome – uma voz rouca e familiar respondeu da noite escura. – Posso ter esta dança?
Minha mão voou para o pescoço e, se Edward não me segurasse, eu teria desmaiado.
__ Jacob! – exclamei, sufocada, assim que consegui respirar. – Jacob!
__ Olá, Bells.
Cambaleei na direção do som de sua voz. Edward manteve a mão firme em meu cotovelo, até que outro par de mãos fortes me pegou no escuro. O calor da pele de Jacob ardeu através do vestido de cetim fino enquanto ele me puxava para mais perto. Ele não fez questão de dançar; simplesmente me abraçou enquanto eu enterrava o rosto em seu peito. Inclinou-se, colando o rosto no alto de minha cabeça.
__ Rosalie não me perdoaria se não tivesse sua vez na pista – murmurou Edward, e eu sabia que ele estava nos deixando, dando-me seu próprio pre¬sente: aquele momento com Jacob.
__ Ah, Jacob! – Agora eu chorava; não conseguia pronunciar as palavras com clareza. – Obrigada.
__ Pare de choramingar, Bella. Vai estragar seu vestido. Sou eu, só isso.
__ Só? Ah, Jake! Agora tudo está perfeito.
Ele bufou.
__ É... A festa pode começar. O padrinho finalmente chegou.
__ Agora todo o mundo que eu amo está aqui.
Senti seus lábios roçando meu cabelo.
__ Desculpe-me o atraso, querida.
__ Estou tão feliz por você ter vindo!
__ A ideia era essa.
Olhei os convidados, mas não consegui enxergar por entre os dançarinos o lu¬gar onde vira o pai de Jacob pela última vez. Eu não sabia se ele ainda estava ali.
__ Billy sabe que você está aqui? – Assim que perguntei, entendi que ele devia saber: era a única explicação para sua expressão de êxtase mais cedo.
__ Sei que Sam contou a ele. Vou vê-lo quando... quando a festa acabar.
__ Ele vai ficar feliz por tê-lo em casa.
Jacob me afastou um pouquinho e se endireitou. Deixou uma das mãos nas minhas costas e pegou minha mão direita com a outra. Aninhou nossas mãos em seu peito; eu podia sentir seu coração batendo sob a palma de mi¬nha mão e deduzi que ele não a colocara ali por acaso.
__ Não sei se posso ter mais do que esta dança – disse ele, e começou a me puxar em um círculo lento que não se ajustava ao ritmo da música que vinha de trás. – É melhor eu aproveitar o máximo.
Nós nos movíamos no ritmo ele seu coração sob minha mão.
__ Estou feliz por ter vindo – disse Jacob baixinho depois de um instante - Não pensei que me sentiria assim. Mas é bom ver você... mais uma vez. Não é tão triste como imaginei que seria.
__ Não quero que fique triste.
__ Eu sei. E não vim aqui hoje para fazer você se sentir culpada.
__ Não... Estou muito feliz por você ter vindo. É o melhor presente que poderia ter me dado.
Ele riu.
__ Isso é bom, porque não tive tempo para comprar um presente de verdade.
Meus olhos estavam se adaptando e agora eu podia ver seu rosto, mais alto do que eu esperava. Seria possível que ele ainda estivesse crescendo? Estava mais perto de dois metros do que de um e oitenta. Era um alívio ver suas feições familiares novamente, depois de todo aquele tempo – os olhos fundos sob as sobrancelhas pretas e cheias, as maçãs altas do rosto, os lábios grossos esticados sobre os dentes brilhantes, sorrindo com ironia, que combinava com seu tom de voz. Seus olhos eram estreitos nas pontas – cuidadosos; eu podia ver que ele estava sendo muito cuidadoso aquela noite. Estava fazendo de tudo para me deixar feliz, para não demonstrar quanto aquilo custava a ele.
Nunca fiz nada bom o suficiente para merecer um amigo como Jacob.
__ Quando decidiu voltar?
__ Consciente ou subconscientemente? – Ele respirou fundo antes de responder à própria pergunta. – Não sei bem. Acho que andei vagando nesta direção por um tempo, talvez porque estivesse vindo para cá. Mas foi só hoje de manhã que eu realmente comecei a correr. Não sabia se ia conseguir. – Ele riu. – Você não acreditaria em como isso é estranho... Andar sobre duas pernas de novo. E roupas! E é mais bizarro porque parece estranho. Eu não esperava isso. Estou sem prática com toda a coisa humana. – Nós girávamos num ritmo constante. – Teria sido uma pena deixar de ver você assim. Isso vale a viagem até aqui. Você está inacreditável, Bella. Tão linda!
__ Alice investiu muito tempo em mim hoje. A escuridão também ajuda.
__ Não está tão escuro para mim, você sabe.
__ É verdade. – Sentidos de lobisomens. Era fácil esquecer todas as coisas que ele podia fazer; ele parecia tão humano! Em especial naquele momento.
__ Você cortou o cabelo – observei.
__ É. É mais fácil, sabe como é.
Pensei que seria melhor tirar vantagem das mãos.
__ Ficou bom – menti. Ele bufou.
__ Tá legal. Eu mesmo fiz, com tesoura enferrujada de cozinha. – Ele abriu um largo sorriso por um momento, depois o sorriso desapareceu. Sua expressão ficou grave. – Você está feliz, Bella?
__ Estou.
__ Ótimo. – Senti que ele dava de ombros. – Acho que é isso que im¬porta.
__ Como você está, Jacob? De verdade.
__ Estou bem, Bella, de verdade. Não precisa mais se preocupar comigo. Pode parar de importunar Seth.
__ Eu não o importuno só por sua causa. Eu gosto do Seth.
__ Ele é um bom garoto. Melhor companhia do que alguns. Quer saber, se eu conseguisse me livrar de todas as vozes em minha cabeça seria quase perfeito ser um lobo.
Eu ri de suas palavras.
__ É, eu também não consigo calar a minha.
__ No seu caso, isso significaria que você é louca. É claro que eu já sabia que você era maluca – brincou ele.
__ Obrigada.
__ A insanidade talvez seja mais fácil do que compartilhar uma mente de bando. As vozes dos loucos não mandam babás para observá-los.
__ Hein?
__ Sam está lá fora. E alguns dos outros. Só por segurança, sabe como é.
__ Por segurança contra o quê?
__ Para o caso de eu não conseguir me comportar, algo assim. Para o caso de eu decidir acabar com a festa. – Ele abriu um rápido sorriso para o que provavelmente era uma ideia atraente para ele. – Mas não estou aqui para arruinar seu casamento, Bella. Estou aqui para... – Ele se interrompeu.
__ Deixá-lo perfeito.
__ Essa é uma missão de alta importância.
__ Ainda bem que você também é alto.
Ele gemeu com minha piada ruim e suspirou.
__ Só estou aqui para ser seu amigo. Seu melhor amigo, uma última vez.
__ Sam devia lhe dar mais crédito.
__ Bom, talvez eu esteja sendo sensível demais. Podem estar aqui para ficar de olho em Seth. Há muitos vampiros aqui. Seth não leva isso tão a sério ficar de quanto deveria.
__ Seth sabe que não corre nenhum risco. Ele entende os Cullen melhor do que Sam.
__ Claro, claro – disse Jacob, estabelecendo a paz antes que aquilo se transformasse numa briga.
Era estranho vê-lo sendo o diplomata.
__ Lamento por essas vozes – eu disse. – Eu queria poder melhorar isso. - De muitas maneiras.
__ Não é tão ruim assim. Só estou choramingando um pouco.
__ Você está... feliz?
__ Quase. Mas chega de falar de mim. Hoje a estrela é você. – Ele riu. – Aposto que você está adorando isso. Ser o centro das atenções.
__ É. Não me canso de receber atenção.
Ele riu e olhou sobre minha cabeça. Com os lábios franzidos, examinou o brilho da festa, o giro gracioso dos dançarinos, as pétalas tremulantes caindo das guirlandas; olhei com ele. Tudo parecia muito distante visto daquele espaço escuro e silencioso. Era quase como ver os flocos se agitando dentro de um globo de neve.
__ Tenho de admitir – disse ele. – Eles sabem dar uma festa.
__ Alice é uma força irreprimível da natureza.
Ele suspirou.
__ A música acabou. Acha que posso dançar outra? Ou é pedir demais?
Apertei minha mão em torno da dele.
__ Pode ter quantas danças quiser.
Ele riu.
__ Isso seria interessante. Mas acho melhor me limitar a duas. Não quero que comecem a falar.
Giramos em mais um círculo.
__ É de pensar que a essa altura eu já estivesse acostumado a me despedir de você – ele murmurou.
Tentei engolir o nó em minha garganta, mas não consegui forçá-lo para baixo. Jacob me olhou e franziu a testa. Passou os dedos em meu rosto, pegando as lágrimas.
__ Não era você que devia estar chorando, Bella.
__ Todo o mundo chora em casamentos – eu disse, com a voz embargada
__ É isso que você quer, não é?
__ É.
__ Então sorria.
Eu tentei. Ele riu da minha careta.
__ Vou tentar me lembrar de você assim. Fingir que...
__ Que o quê? Que eu morri?
Ele trincou os dentes. Estava lutando consigo mesmo – com sua decisão de fazer de sua presença ali um presente, não uma crítica. Eu podia adivinhar o que ele queria dizer.
__ Não – ele respondeu por fim. – Mas verei você assim em minha mente: bochechas rosadas, coração batendo, dois pés esquerdos. Tudo isso!
Pisei deliberadamente em seu pé com a maior força que pude. Ele sorriu.
__ Esta é a minha garota.
Ele começou a falar outra coisa, mas fechou a boca de repente. Lutando de novo, os dentes trincados contra as palavras que não queria dizer.
Minha relação com Jacob costumava ser fácil. Tão natural quanto respirar. Mas desde que Edward voltara para minha vida era uma tensão constante. Porque – aos olhos de Jacob –, ao escolher Edward, eu estava escolhendo um destino pior do que a morte, ou pelo menos equivalente a ela.
__ O que foi, Jake? Pode me dizer. Pode me falar qualquer coisa.
__ E-eu... eu não tenho nada para dizer a você.
__ Ah, por favor. Fale de uma vez.
__ É verdade. Não é... é... é uma pergunta. Uma coisa que eu quero que você me diga.
__ Pergunte.
Ele lutou por mais um minuto, depois suspirou.
__ Eu não devia. Não tem importância. É só curiosidade mórbida.
Porque o conhecia tão bem, eu entendi.
__ Não será esta noite, Jacob – sussurrei.
Jacob era ainda mais obcecado com minha condição de humana que Edward. Ele valorizava cada batida de meu coração, sabendo que estavam contadas.
__ Ah! – disse ele, tentando esconder o alívio. – Ah!
Uma nova música começou a tocar, mas ele não percebeu a mudança dessa vez.
__ Quando? – sussurrou ele.
__ Não sei bem. Daqui a uma ou duas semanas, talvez.
Sua voz mudou, assumiu um tom defensivo e zombeteiro.
__ Por que o adiamento?
__ Eu só não queria passar minha lua de mel me retorcendo de dor.
__ Prefere passá-la como? Jogando xadrez? Rá-rá.
__ Muito engraçado.
__ Brincadeirinha, Bells. Mas, sinceramente, não vejo o sentido disso. Você não pode ter uma lua de mel de verdade com um vampiro, então, por que passar por tudo isso? Não é a primeira vez que você protela. Mas isso é bom. – disse ele, sério de repente. – Não fique constrangida.
__ Não estou protelando nada – rebati. – E, sim, eu posso ter uma lua de mel de verdade! Posso fazer o que eu quiser! Não se meta!
Jake parou nosso lento rodopio de repente. Por um momento, imaginei se ele finalmente teria percebido que a música mudara e procurei em minha mente um modo de superar nosso pequeno desentendimento antes que ele se despedisse de mim. Não devíamos nos separar daquele jeito.
E então seus olhos se arregalaram com uma estranha espécie de pavor confuso.
__ Como é? – ele ofegou. – O que você disse?
__ Sobre o quê...? Jake? Qual é o problema?
__ Como assim? Ter uma lua de mel de verdade? Enquanto você ainda é humana? Está brincando? É uma piada de humor negro, Bella!
Eu o fuzilei com os olhos.
__ Eu disse para não se meter, Jake. Isso não é da sua conta. Eu nem devia... A gente nem devia estar falando disso. É particular...
Suas mãos enormes seguraram meus braços no alto, envolvendo todo o meu corpo, os dedos se entrelaçando.
__ Ai, Jake, me solte!
Ele me sacudiu.
__ Bella! Você perdeu o juízo? Não pode ser tão idiota! Diga que está brincando!
Ele me sacudiu de novo. Suas mãos, apertadas como torniquetes, tremiam, enviando vibrações até meus ossos.
__ Jake... pare!
Na escuridão de repente havia muita gente.
__ Tire as mãos dela! – A voz de Edward era fria como gelo, afiada como uma navalha.
Atrás de Jacob, houve um rosnado baixo vindo da noite escura, depois outro, sobrepondo-se ao primeiro.
__ Jake, mano, afaste-se – ouvi Seth Clearwater. – Você está perdendo o controle.
Jacob parecia paralisado, os olhos apavorados me fitando, arregalados.
__ Você vai machucá-la – sussurrou Seth. – Solte-a.
__ Agora! – rosnou Edward.
As mãos de Jacob caíram de lado, e o súbito jorro de sangue por minhas veias ansiosas foi quase doloroso. Antes que eu pudesse registrar mais do que isso mãos frias substituíram as quentes e o ar de repente passou sibilando por mim.
Pisquei e estava a mais de um metro de onde estivera parada. Edward, tenso, diante de mim. Havia dois lobos imensos posicionados entre ele e Jacob, mas não me pareceram agressivos. Era mais como se estivessem ten¬tando evitar a briga.
E Seth – o desajeitado Seth de 15 anos – tinha os braços compridos em volta do corpo trêmulo de Jake, puxando-o para longe. Se Jacob se metamor¬foseasse com Seth tão perto dele...
__ Vamos, Jake. Vamos embora.
__ Eu vou matar você – disse Jacob, a voz tão sufocada de raiva que era quase um sussurro. Seus olhos, focados em Edward, ardiam de fúria. – Eu mesmo vou matar você! Vou fazer isso agora! – Ele tremia convulsivamente.
O lobo maior, o preto, grunhiu asperamente.
__ Seth, saia do caminho – sibilou Edward.
Seth puxou Jacob de novo. Jacob estava tão perturbado pela raiva que Seth conseguiu arrastá-lo alguns passos para trás.
__ Não faça isso, Jake. Vá embora. Venha.
Sam – o lobo maior, o preto – uniu-se a Seth. Pôs a cabeça imensa con¬tra o peito de Jacob e o empurrou.
Os três – Seth puxando, Jake tremendo, Sam empurrando – desapare¬ceram rapidamente na escuridão.
O outro lobo ficou parado, vendo-os se afastar. Eu não tinha certeza, à luz fraca, da cor de seu pelo – chocolate, talvez? Seria o Quil então?
__ Desculpe – sussurrei ao lobo.
__ Está tudo bem agora, Bella – murmurou Edward.
O lobo olhou para Edward. Seu olhar não era amistoso. Edward assentiu friamente para ele. O lobo bufou e se virou para seguir os outros, desapare¬cendo também.
__ Tudo bem – disse Edward para si mesmo, depois olhou para mim. Vamos voltar.
__ Mas Jake...
__ Sam o tem sob controle. Ele se foi.
Pov
Eu acompanhei de longe até o lugar onde eles levaram o Jacob. Sam tava muito nervoso, ele começou a falar:
_ Jake qual é heim? Será que não podia ter se segurado?
Nisso, Jacob só ficava calado, de cabeça baixa. Por mais que eu tentasse ficar longe dele eu não conseguia, ver a tristeza que ele estava sentindo me abalava também. Era como se eu e ele fossemos um só.No meio disso tudo Seth pediu a Sam que deixasse ele conversa com Jake a sós, Sam permitiu e foi embora. Seth olhou para onde eu estava e disse:
_ Sabe Jake você deveria para de se machucar porque você não está se prejudicando mas também está prejudicando a Bia.
Ao ouvir meu nome Jake tremeu e disse:
_ Dá pra deixar esse assunto de lado. Eu não quero falar nisso.
Seth disse:
_ Mas você quer falar sobre a Bella que te faz sofre... É realmente eu não entendo, você poderia ser muito feliz e deixa isso tudo de lado por causa de uma pessoa que já se casou e, que daqui a poucas horas estará indo para a lua-de-mel. Realmente você será muito feliz falando sobre Bella.
Jake olhou para onde Seth tinha olhado pela primeira vez e como eu estava meio detraída e não consegui sair do galho em que estava e ele disse:
_ O que você está fazendo aqui?
Disse com todo desprezo que consegui colocar em minha voz:
_ Te vigiando para que você não possa voltar para a festa. Será que você não vê que a Bella esta feliz. Você pode muito bem procurar outra pessoa para viver sua vida.
Ele começou a andar para mais perto de mim sem desviar o seus olhos do meu e disse:
_ Você acha mesmo que eu vou viver minha vida ao seu lado?
Comecei a me afastar porque Jacob estava chegando muito perto.Disse:
_ Não. Quando eu disse outra pessoa eu quis dizer outras pessoas não necessariamente eu.
Agora eu já não tinha a onde ir porque eu já estava encostada em uma arvore e Jacob estava muito próximo de mim, ele disse:
_ Pelo visto Seth não te contou tudo sobre imprinting não é?
Disse:
_ Não. Ele disse que você me contaria depois.
Jacob balançou a cabeça negativa mente e disse sem se afastar ou fazer algum outro movimento:
_ Quando nos sofremos imprinting não existe outra mulher no mundo capaz de nos atrair, só a pessoa com quem sofremos o imprinting. Resumindo não tem como eu me envolver com outra garota que não seja você, infelizmente, querendo ou não eu vou estar com outra garota pesando em você.
Depois que ele disse isso nos ficamos nos encarando um ao outro e fomos nos aproximando um do outro sem percebe e foi quando algo aconteceu, ele me beijou. Quando seus lábios encostaram nos meus foi como se fossem feitos um para o outro foi a melhor sensação da minha vida. Nunca na minha vida teria imaginado que beijaria um homem que jurei nunca mais me aproximar dele e que gostaria.
Quando nos separamos eu vi nos olhos dele amor, confusão, raiva, muitos sentimentos misturados. Ele me olhou e logo em seguida se afastou de mim se transformou e foi pra floresta a dentro. Seth apareceu e disse:
_ Eu vou conversa com ele, pode ficar tranqüila, acho que as coisas vão melhorar.
N/A: Espero que você gostem e se você quiserem dar alguma dica para por na historia podem ficar a vontade. Bjão e espero que vcs cotinuem comenteando.
Capitulo 8
Pov Jacob
Não acredito que eu a beijei. Eu deveria estar sentindo repulsa por ter beijado uma vampira, mas, de alguma forma eu estou sentindo uma necessidade de ter ela em meus braços. Mas eu não posso ceder a estes sentimentos, não por uma vampira. Agora será muito mais difícil de me manter afastado, só de lembrar de como foi sentir um choque com a diferença de temperatura de nossos lábios e imaginar como seria tela em meus braços... Mas o que é isso Jake? Acorda olha o que você está pensando! Sacudi minha cabeça para tirar esses pensamentos, passei minhas mãos pelo meu rosto e pensei “acho que se eu dormir um pouco talvez eu possa esquecer o que acabou de acontecer”. E foi isso que eu fiz. Fui para casa tomei banho e fui dormir.
Eu estava andando pela floresta, era um dia comum, céu nublado, uma pequena rotina para que eu pudesse relaxar. Estava de bermuda como sempre, fui andando até que avistei uma menina sentada em uma pedra olhando o horizonte pensativa. Ela não fazia nenhum movimento, ficava ali só olhando o tempo passar. Depois de um tempo que eu fiquei observado-a resolvi perguntar:
_ O que você está fazendo aqui? Esta perdida?
Não esperava que isso acontecesse. Quando ela virou eu reconheci . Ela me olhou com um olhar diferente das outras vezes e começou a falar:
_ Antes de você começa a dizer vários insultos eu quero te pedi que você me escute e só fale depois entendeu – confirmei com a cabeça e ela perseguiu- Pra começar eu estou manipulando sua mente enquanto você dorme, é que pra mim é difícil obrigar você a fazer alguma coisa ou entrar em sua mente quando você está consciente. Eu queria te dizer que eu sei o quanto você odeio-nos, mas eu vou falar uma coisa para você e é um sentimento que eu nunca falei pra ninguém só para Seth que é meu amigo. Sabe eu nunca quis ser assim eu nem se que tive como lutar contra quem me atacou. Eu vivi em uma época na qual as mulheres deviam ficar em casa para cuidar de seus filhos e da casa, imagina agora uma garota de 16 anos na época de 1905, eu não sabia nada da vida, não enxergava maldade em ninguém, não sabia o que era o amor de um homem e iria me casa. Um casamento arranjado de puro interesse. Eu estava em um passeio que eu fazia todos os dias pela cidade quando algo me chamou atenção no bosque que tinha ao redor da cidade. Como eu sempre fui curiosa fui ver o que era. Ao adentrar do bosque algo muito rápido tampou minha boca, me levou para longe dali e mordeu no ombro e me deixou ali sofrendo a dor da transformação. Quando eu acordei senti um cheiro muito bom. De inicio eu não sabia o que era mas, quando o cheiro ficou mais forte eu vi um homem que estava cuidando do gado e me afastei o máximo que pode e procurei um animal bem grande e que pudesse satisfazer minha sede. Depois de uns dois anos longe da civilização eu voltei e fui a casa onde meus pais moravam, Lá eu vi uma coisa horrível, a casa estava toda abandonada e eu estranhei isso e me arrisquei a me aproximar de uma pessoa e perguntei:
_ O que aconteceu com as pessoas que moram nessa casa?
Ele disse:
_ O senhor que mora ai está muito ruim em um hospital.
Disse a ele:
_ Me desculpa a indelicadeza mas o que o fez ir pra lá?
O homem me respondeu com um olhar triste:
_ A morte da única filha dele. Depois que ela sumiu ele junto com os policiais a procuraram por toda cidade e não encontraram nada então ele ficou mau do coração e ta muito perto do fim. A esposa está do lado dele mas, nem ela está conseguindo segurar a dor da perda.
Depois que ele me disse isso eu não consegui ficar ali. Eu queria ter meu pai do meu lado todas as noites junto com minha mãe para sentar a mesa e fazer um jantar em família, mas isso nunca mais seria possível. Eu havia sido condenada a viver assim para sempre. Comecei a viver entre os humanos, mas sempre mudando de cidade para que ninguém desconfiasse de mim. Um dia eu estava perambulando em uma cidade da Europa e encontrei com um homem que disse que poderia me ajudar. De principio eu não entendi do que ele estava falando mas depois eu percebi que ele não tinha cheiro de sangue e foi com se algo me despertasse medo e eu disse:
_ O que você que fazer comigo?
Ele respondeu com os olhos de espanto:
_ Fui mandado para te levar a meu clã para que você posse ter um abrigo.
Depois que ele me respondeu ele me perguntou:
_ Como você fez isso?
Perguntei sem entender direito:
_ Isso o que?
Ele disse:
_ Me obrigar a dizer a verdade.
Disse:
_ Mas eu não fiz nada.
Ela me disse:
_ Minha jovem, você tem um dom, e isso é uma coisa fantástica. Ainda bem que te encontrei a tempo. Vamos que eu te explico em minha casa.
Assim aconteceu, ele me explicou que existia um grupo de vampiros que se chamavam Volturi e que eles buscavam vampiros que tinham dons para fazer parte de sua guarda. E ai desde então eu fui fugindo dos Volturi. A cada clã em que eu entrava ele matavam para me ter. Um dia eles mataram um clã no qual eu estava tentando ter um relacionamento com um dos vampiros e eles, os Volturi mataram todos foi ai que eu entrei na cabeça de cada um dos que faziam parte dos Volturi e mandei eles voltarem para a Itália e que eles não parariam enquanto não chegassem lá. Ele foram e fizeram o que eu ordenei mas depois eu fique com muita sede. Eu tive que me concentrar muito e acabei esquecendo do quanto isso exigia meu esforço.
Fui para o meio da floresta e me alimentei de uns dois ursos. Daí desde então eu venho tentando ter uma vida normal na medida do possível e quando eu penso que não preciso me preocupar mais com os Volturi, eles aparecem e matam as pessoas que amo. Nunca consegui aprofundar nenhum relacionamento, sempre que me envolvia com um homem sendo ele vampiro ou humano, nunca passou de amizade e agora eu encontro uma pessoa que se vê imprimida em mim essa pessoa simplesmente não da a mínima para o que eu posso estar sentindo. Eu não posso mais fingir que não me importo com o que sinto por você, depois do beijo eu não consegui te tirar da minha cabeça – ela se aproximou de mim e levantou a mão para me tocar mas parou no meio do caminho e as abaixou de novo – Eu gostaria que você sentisse por mim o que eu sinto por você. Eu só queria te dizer isso até mais.
Ela terminou de me dizer tudo isso eu não pude fazer nada. De repente eu acordei e fiquei pensando no que havia me dito e no que Seth me disse sobre estar somente machucando a mim como também . Quando dei por mim já era dia e fui conversa com meu pai sobre meu imprinting.
Cheguei na cozinha e dei de cara com Seth que disse:
_ Jake o que você vai fazer agora heim? Ta mais que comprovado que cedo ou tarde você não conseguira lutar contra seu imprinting. Acorda Jake e vê o que está na sua frente e pensa nas coisas que estão acontecendo. Você tem a oportunidade de ser feliz e está deixando passar sem ao menos tentar fazer as coisas darem certas. E...
Eu o interrompi:
_ Seth cala a boca e sai daqui antes que eu te expulse a base de chutes.
Ele me olhou e saiu batendo a porta. Meu pai apareceu na cozinha uns 15 minutos depois e põe um pouco do café que eu havia feito em sua xícara e me olha esperando que eu falasse algo. Solte o ar que estavam em meus pulmões e comecei a dizer:
_ Pai... Eu sofri um imprinting... – quando disse isso eu vi estampado em seu rosto um grande sorriso, mas continuei - com a .
Ele me olhou ainda sorrindo e disse:
_ E qual é o problema?
Olhei pra ele como se não acreditasse no que eu acabara de ouvir meu pai me pergunta e disse:
_ Pai ela é uma...
Ele completou:
_ Vampira. Sim, eu sei. Qual o problema nisso.
Disse:
_ Pai ela não pode ter filhos é o imprinting ocorre para manter a espécie. Não foi isso que vocês anciões nos ensinarão?
Ele afirmou com a cabeça e disse:
_ Jake tem coisas que não tem com explicar. Por exemplo você consegue explicar O seu poder alfa? – neguei com a cabeça e ele continuou – Então tem coisas que acontece na vida que é impossível de se explicar.
Depois dessa conversa que tive com meu eu fiquei pensando no que eu iria fazer. Parte de mim queria sentir a maravilhosa sensação do contraste da temperatura de nossa pele e lábios ao se encostarem. A outra parte queria se afastar ao máximo que podia de , mas, era uma confusão dentro da minha mente. Resolvi ir falar com Seth.
Capitulo 9
Pov
Depois que contei a Jacob toda minha historia decidi ir embora pra não ter que causar mais problemas para ninguém. Cheguei em casa e dei de cara com a Alice que me olhava com grande tristeza e, pode perceber que não era só Alice mas também todos os Cullens e então minha ficha caiu e eu disse:
_ Alice não era para vocês saberem!
Ela disse:
_ E você ia embora sem nos avisar? Porque?
Disse:
_ Desculpa gente mas, eu tenho trazido muitos problemas e em breve os Volturi vão saber que eu estou aqui e vão vir atrás de mim e vão matar quem quer que esteja comigo, eu não quero isso pra vocês e melhor eu ir.
Assim que acabei de dizer isso eu fui embora sem olhar pra trás. Passei na casa de Seth e deixei um bilhete avisando que estava partindo e que eu não queria me despedir dele.
Pov Jacob
Encontrei Seth saindo da casa dele e ele tava chorando. Corri até ele e perguntei:
_ Seth o que aconteceu?
Ele me olhou com raiva e disse:
_ Sua culpa Jake isso só aconteceu por sua culpa- ele disse isso batendo a mão forte no meu peito e deixando um papel- se você não tivesse lutado contra o seu imprinting ela não teria ido embora.
Depois do que ele disse eu peguei o papel e lá estava escrito “ Seth você sempre foi meu amigo e nunca se importou com o que eu sou. Muito obrigada por sua amizade e eu só não te acordei porque eu não gosto de despedidas mas eu quero que você saiba que nunca esquecerei sua amizade. Adeus Seth.
Acabei de ler e disse:
_ Não acredito!- sentei no chão e encostei na parede e também comecei a chora- Seth eu ia falar com ela hoje sobre o que realmente eu sinto por ela eu ia me abrir para esse sentimento.
Seth se aproximou de mim e disse:
_ É Jake você deveria ter feito isso antes mas...
Não esperei Seth termina porque na mesma hora me levantei e fui para a casa dos Cullens. Eles já estavam do lado de fora da casa quando eu cheguei e Carlisle disse:
_ Em que podemos te ajudar?
Pude perceber o quanto eles todos estavam tristes e disse:
_ Porque vocês não a impediram de ir?
Eles me olharam sem entender o que estava acontecendo e disseram:
_ Como você sabe disso?
Nessa hora Seth apareceu atrás de mim e disse:
_ Ela me deixou um bilhete.
Emmet disse dirigindo se a mim:
_ E o que você tem haver com isso?
Respondi:
_ É que... Eu sofri um imprinting com ela.
Na mesma hora Alice se alterou e disse:
_ Então é por sua causa que ela foi embora. Eu não acredito que você teve a coragem de aparecer por aqui depois de tudo que causou.
Fiquei ainda pior depois que ouvi o que Alice disse e Seth interveio por mim dizendo:
_ Mas ontem depois do que aconteceu no casamento da Bella e do Edward os dois se beijaram e então Jake decidiu para de lutar contra seu imprinting e ia se abri com hoje.
Disse:
_ Eu posso ir atrás dela.
Carlisle balançou a cabeça negativamente e disse:
_ Jacob, tem se escondido dos Volturi por muito tempo e se ela não quiser se achada você não a achara. E ela foi embora porque ficou com medo do que os Volturi poderiam fazer a nós.
Depois disso nos voltamos para a reserva e eu tentei não ficar tão ruim mas foi impossível. Não suportei ficar longe de Bella e de e então fugi.
Pov
Quando eu deixei a casa do Cullens eu queria ter fugido pra bem longe e nunca mais aparecer na vida dele, mas, alguns dos vampiros que estavam no casamento de Edward me viram e com certeza a uma hora dessas Aro já sabia onde eu me encontrava. Decide ficar em Seatle em um apartamento qualquer. Comecei a fazer umas rodas por ao redor da cidade, mas evitava o máximo me aproximar do local em que os lobos faziam a suas. Passaram alguns tempos e nada mudava, estava começando a ficar mais tranqüila até que, num dia, estava fazendo ronda por arredores e acabei encontrando com Alistair, Charles e Makenna que eram nômades e que me ajudaram quando eu ainda vivia na Europa. Perguntei a Makenna:
_ O que vocês estão fazendo por aqui?
Alistair disse:
_ Meu amigo Carlisle me chamou para testemunha que não há problema em deixar Renesmee viver. Você deve conhece-lo ou não?
Responde:
_ Sim eu o conheço. Mas tive que fugir de sua casa, não queria arranjar problemas para ele.
Agora foi Charles quem disse:
_ É pelo visto não adiantou muito não é mesmo. Porque você não volta para ajuda-los. Eles vão precisar de toda ajuda possível.
Pensei no assunto e não disse nada. Não queria que a Alice me visse chegando. Mas fui andando com eles até as proximidades da casa. Eu ia entra na casa mas uma mão forte e quente me segurou muito forte pela cintura, me virou e sem dá tempo para qualquer reação minha me beijo. Não foi um beijo comum, foi um beijo de desespero, saudade, um beijo que tinha muita urgência e ao mesmo tempo muito amor. O beijo foi sendo encerrado por vários selinhos e depois sem soltar de minha cintura Jacob disse:
_ Nunca mais você faz isso comigo viu. Você não esperou eu te dizer nada depois de tudo o que você me contou.
Eu não estava acreditando no que eu estava vivendo naqueles minutos. Eu fiquei com medo de que isso acabasse então gravei cada emoção que estava sentindo para poder lembra. Depois de um tempo disse:
_ Jacob você ...
Ele me interrompeu dizendo:
_ Jake. Eu quero que você me chame de Jake.
Isso não podia ser real. Ele realmente estava me pedindo para chama-lo pelo apelido? Nossa será que Seth realmente conseguiu fazer a cabeça de Jake? Disse:
_ Jacó... Quer dizer Jake o que aconteceu pra você estar me tratando dessa forma tão... carinhosa? Você só sabia pisar em cima de mim.
Ele respondeu:
_ Sabe depois de você ter me contado sua historia eu acordei e fiquei pensando no que você tinha me dito. Eu não queria aceitar esse imprinting por que a garota que eu pensava amar estava casando com um vampiro e eu amo Bella mas eu a amo como uma irmão, uma amiga apenas. Depois de por todos os meus pensamentos em ordem fui conversa com meu pai sobre o meu imprinting e ele me disse que existe coisas que não se tem explicação. E realmente o amor não tem explicação. Um dia eu te odiava e no outro todo o ódio se transformou em amor.
Depois que ele disse aquilo eu selei nossos lábios em um curto beijo e entramos de mãos dadas na minha antiga casa.
_ Ela ainda é sua casa . Nos não te expulsamos, as portas estão abertas para você.
Disse Edward após ler meus pensamentos. Assim que adentrei na sala Esme me deu um abraço e disse:
_ Sentimos muito a sua falta querida.
Depois veio Emmet que me abraçou e me levantou do chão rodando-me e disse:
_ Pelo visto teremos outro casamento.
Eu não sabia onde enfiar minha cara e foi quando Jake me abraçou por traz e disse:
_ Carlisle se você não se importar eu gostaria de te pedir para namorar com a , eu posso?
Carlisle afirmou com a cabeça e voltou a conversa com um de seus amigos que acabaram de chegar. Quando voltei minha atenção para minha família vi Edward segurando uma criança no colo e se aproximando de mim. Ele disse:
_ essa é sua sobrinha Renesmee. Renesmee essa é sua tia .
Disse:
_ Posso pega-la no colo?
Ele nem chegou a me responder, já foi me entregando a menina que estava com os braços esticados para que eu a pegasse. Quando ela estava em meu colo, ela colocou as mãozinhas em meu pescoço me mostrando a cena de quando Alice falava de mim para Bella e como ela ficava triste. Senti a pergunta em seu pensamento, um eco do meu: “ Por que você foi embora?”.
Responde a ela bem baixinho:
_ É que a tia brigou com o tio Jake.
Outra vez ela pôs suas mãozinhas em meus pescosso e outra vez ouvi seus pensamentos em minha cabeça: “ Mas você vai ficar aqui agora não vai? Eu vi como todos amam muito você e eu quero que você fique aqui comigo.”
Depois que Renesmee disse isso eu vi passar em minha mente como um filme rápido o dia em que Alice foi embora e os Cullens lembraram de mim, o dia em que Edward contou para ela quem eu era e a forma como eles sempre ficavam triste. Disse novamente bem baixinho no ouvido dela:
_ Não se preocupe, eu não vou mais embora.
Renesmee esfregou seus olhos numa tentativa de espantar o sono que sentia mas foi inútil sendo que se pai viu tal ato e a levou para dormir. Jake se aproximou de mim e disse:
_ Você vem comigo em um lugar?
Perguntei:
_ Onde?
Ele disse:
_ Surpresa. E nem adianta que você só vai ver quando chegarmos lá.
Dito isso saímos e fomos andando em direção a floresta e Jake só parou quando chegamos ao penhasco. Perguntei a jake após nos sentarmos nas raízes da arvore que tinha lá perto:
_ Jake me explica direito como você realmente aceitou o imprinting.
Ele me olhou nos olhos e começou a dizer:
_ Sabe... eu nunca gostei de vampiros e muito menos da vida que eu tinha que levar como lobo. Na verdade eu só me transformei depois que os Cullens vieram pra cá e desde então começaram as transformações com os meninos. E depois eu perdi minha amiga na qual eu pensei amar para um vampiro. Desde então eu vivi a minha vida evitando o máximo que pode qualquer contato com alguém que não fosse da reserva. Ai quando eu vou para uma batalha para destroçar alguns vampiros, saio da mesma com algumas costelas quebradas. Depois você me aparece trazendo remédios e eu acabo sofrendo imprinting com uma vampira que eu odiava. Eu te odiava por que... Eu só tinha ódio por pessoas de sua espécie... Enxergava todos com o mesmo ódio que sentia por Edward. Quando eu te beijei... eu já não estava mais conseguindo resistir ao imprinting, eu até pensei em fugir por que... eu não queria me envolver com uma vampira... sempre pensei em vocês como algo frio sem nenhuma emoção e então... quando você entro em minha mente naquela noite e me contou tudo que aconteceu na sua vida eu fui conversar com meu pai para que ele pudesse me explica o motivo de ter tido imprinting com você, ele me disse que isso não se explica, a magia que faz tudo isso acontecer é inexplicável. Por isso eu te recebi com te recebi. Eu já estava cansado de sofrer sendo que a oportunidade de ser feliz estava na minha frente e eu estava jogando fora por puro... Preconceito. Eu só espero que você não me odeie pelo que fiz antes e nem espero que você me ama tanto quanto eu te amo agora por que, eu sei como é ruim não ser amado mas, espero que com o tempo você possa me perdoar por não ter te aceitado antes.
Ao acabar de dizer isso eu só queria ter a capacidade de poder chorar e demonstrar o quanto estava emocionada pelo que Jake havia acabado de me dizer, então demonstrei da única forma que podia, beijei Jake com todo meu amor e desejo que podia sentir naquele momento. Sabe não foi aquele beijo que começa calmo, mas, foi um beijo que teve inicio com muito desejo. Jake me segurava pela cintura me apertando contra seu corpo enquanto eu, puxava de forma nem tão suave e nem muito agressiva seus cabelos da nuca para demonstrar o quanto eu o queria. Bem de certa forma foi meio constrangedor o final do beijo por que pensem, eu não preciso de respirar mas Jake sim. Quando ele separou nossos lábios eu d isse:
_ Me desculpa.
Ele disse:
_ Te desculpar pelo que? Esse foi o melhor beijo da minha vida! Espero que não seja o ultimo.
Passamos um tempo sentados no penhasco só curtindo a companhia um do outro, esquecendo dos problemas que estavam nos esperando e , aproveitar esse curto momento que tínhamos para poder nos amar.
Capitulo 10
Depois de um tempo achei melhor voltarmos, afinal de contas estávamos passando por momentos difíceis e teríamos que ver o que Carlisle estava planejando sobre a nossa situação atual. Ao chegamos lá Carlisle me disse que não queria brigar mas se fosse preciso ele faria. Ele nos contou que Bella poderia produzir um escudo que a protegia e que ela estava treinado para tentar expandir esse escudo para proteger mais pessoas.
Queria ajudar Edward de alguma forma.
_ Você já esta nos ajudando.- disse Edward aparecendo ao meu lado.
Disse:
_ Edward, se Aro me ver aqui ele vai ter mais um motivo em querer atacar vocês. Estava pensando em alguns amigos meu que, não estão aqui. Eles são mais do tipo que se escondem.
Ao terminar de dizer isso, todos estavam na sala olhando pra mim. Disse:
_ Eu só quero ajudar. Não vou fugir. Voltarei com alguns amigos para nos ajudar.
Jake estava ao meu lado disse:
_ Não vá de novo. Não suportaria ficar longe de você.
Disse:
_ Não irei. Apenas trarei ajuda. Isso se eles realmente vierem.
Carlisle perguntou:
_ Porque eles não viriam?
Respondi:
_ Porque todos eles te poderes e eles sabem que Aro iria tentar a todo custo os ter em sua guarda.
Todos se suavizaram após ter-me explicado e foram terminar algum assunto em que estava. O único que estava ao meu lado era Jake que permaneceu assim por um bom tempo.
Pov Bella
Passaram se uns dias e havia partido, pouco antes de Alice e Jasperfigirem...
Saí com meu contrabando, olhando para trás e vendo que J me observava, sua expressão uma mescla de ansiedade e desapontamento.
A viagem de volta me consumiu menos tempo. A noite era escura, então desliguei os faróis e voei. Quando cheguei à casa, a maioria dos carros, inclu¬sive o Porsche de Alice e minha Ferrari, não estava lá. Os vampiros tradicio¬nais iam o mais longe possível para saciar sua sede. Tentei não pensar neles caçando na noite, encolhendo-me com a imagem mental de suas vítimas.
Só Kate e Garrett estavam na sala da frente, discutindo de bom humor o valor nutricional do sangue animal. Concluí que Garrett tinha tentado uma excursão de caça no estilo vegetariano e achara difícil.
Edward devia ter levado Renesmee para dormir em casa. Jacob, sem du¬vida, estava no bosque, perto do chalé. O restante de minha família devia estar caçando também. Talvez estivessem fora, com os outros Denali.
O que basicamente deixava a casa para mim, e eu rapidamente tirei pro¬veito disso.
Eu sabia, pelo cheiro, que era a primeira a entrar no quarto de Alice e Jasper, provavelmente desde a noite em que eles nos deixaram. Vasculhei em silêncio seu imenso closet até encontrar a bolsa certa. Devia ser de Alice; era uma pequena mochila de couro preto, do tipo que se costuma usar como bolsa, bem pequena para que mesmo Renesmee a usasse sem chamar a aten¬ção. Depois assaltei o local onde guardavam o dinheiro, pegando duas vezes a renda anual de uma família americana média. Imaginei que meu roubo seria menos perceptível ali do que em qualquer outro lugar da casa, uma vez que o quarto entristecia todo mundo. O envelope com os passaportes e documen¬tos falsos foi para a bolsa, por cima do dinheiro. Depois me sentei na borda da cama de Alice e Jasper e olhei o pacote insignificante que era tudo o que eu podia dar a minha filha e a meu melhor amigo para ajudar a salvar a vida dos dois. Desabei de encontro à coluna da cama, sentindo-me indefesa.
Mas o que mais eu podia fazer? Fiquei sentada ali vários minutos, de cabeça baixa, antes que me ocorresse a insinuação de uma boa ideia.
Se eu supusesse que Jacob e Renesmee iam escapar, então isso incluiria o pressuposto de que Demetri estaria morto. O que daria a qualquer sobrevi¬vente algum espaço para respirar, inclusive Alice e Jasper.
Então, por que Alice e Jasper não podiam ajudar Jacob e Renesmee? Se eles se reunissem, Renesmee teria a melhor proteção imaginável. Não havia motivo para isso não acontecer, a não ser o fato de que tanto Jake quanto Renesmee eram pontos cegos para Alice. Como ela começaria a procurar por eles?
Pensei por um momento, depois saí do quarto, atravessando o corredor até a suíte de Carlisle e Esme. Como sempre, a mesa de Esme estava cheia de plantas e projetos, tudo organizado em pilhas altas. A mesa tinha escaninhos acima da superfície de trabalho; em um deles estava uma caixa de papel de carta. Peguei uma folha de papel e uma caneta.
Depois fiquei olhando a página marfim por uns bons cinco minutos, con¬centrando-me em minha decisão. Alice podia não ser capaz de ver Jacob ou Renesmee, mas podia me ver. Eu a visualizei vendo este momento, numa esperança desesperada de que ela não estivesse ocupada demais para prestar atenção.
Devagar, deliberadamente, escrevi as palavras RIO DE JANEIRO em maiúsculas, de um lado a outro da folha.
O Rio parecia o melhor lugar para mandá-los: era bem longe daqui, Alice e Jasper já estavam na América do Sul, segundo o último relato, e nossos antigos problemas não haviam deixado de existir só porque agora tínhamos problemas piores. Ainda havia o mistério do futuro de Renesmee, o terror de seu envelhecimento acelerado. Nós havíamos planejado ir para o sul de qualquer forma. Seria então tarefa de Jacob e, se tivéssemos sorte, de Alice rastrear as lendas.
Abaixei a cabeça novamente, reprimindo um impulso repentino de chorar e trincando os dentes. Era bom que Renesmee sobrevivesse, mesmo sem mim. Mas eu já sentia tanta falta dela que mal conseguia suportar a ideia.
Respirei fundo e coloquei o bilhete no fundo da bolsa, onde Jacob não demoraria a encontrá-lo.
Cruzei os dedos para que – como era improvável que a escola dele ofe¬recesse aulas de português – Jake pelo menos tivesse aprendido espanhol como língua eletiva.
Agora não restava mais nada a não ser esperar. Por dois dias, Edward e Carlisle ficaram na clareira onde Alice tinha visto a chegada dos Volturi. Era o mesmo campo de morte onde os recém-criados de Victoria haviam atacado no verão passado. Perguntei-me se pareceria re¬petitivo a Carlisle, como um déjà vu. Para mim, seria completamente novo. Dessa vez Edward e eu estaríamos com nossa família.
Só podíamos imaginar que os Volturi estariam rastreando Edward ou Carlisle. Perguntei-me se seria surpresa para eles que sua presa não fugisse. Será que isso os deixaria cautelosos? Eu não conseguia imaginar os Volturi sentindo alguma necessidade de cautela.
Embora eu fosse – assim esperávamos – invisível a Demetri, fiquei com Edward. É claro. Só nos restavam algumas horas juntos.
Edward e eu não tivemos uma última grande cena de despedida, nem eu planejei uma. Pronunciar a palavra era torná-la definitiva. Seria o mes¬mo que digitar a palavra Fim na última página de um original.
Então não dissemos adeus, e ficamos muito perto um do outro, sempre nos tocando. Qualquer que fosse o nosso fim, ele não nos encontraria sepa¬rados.
Armamos uma barraca para Renesmee a alguns metros na floresta pro¬tetora, depois houve mais déjà vu enquanto nos víamos acampando no frio mais uma vez com Jacob. Era quase impossível acreditar em quanto havia mudado desde junho passado. Sete meses atrás, nossa relação triangular pa¬recia impossível, três tipos diferentes de mágoa que não podiam ser evitados. Agora tudo estava em perfeito equilíbrio. Parecia de uma ironia horrenda que as peças do quebra-cabeças se encaixassem pouco antes de serem todas destruídas.
Começou a nevar de novo na noite que antecedia a véspera de Ano-novo. Dessa vez, os minúsculos flocos não se dissolveram no chão pedregoso da clareira. Enquanto Renesmee e Jacob dormiam – Jacob roncando tão alto que me perguntei como Renesmee não acordava –, a neve formou, pri¬meiro, uma fina camada de gelo na terra, depois, criou montes mais espes¬sos. Quando o sol nasceu, a cena da visão de Alice era completa. Edward e eu nos demos as mãos ao olhar o campo branco e reluzente, e nenhum de nós disse nada.
No começo da manhã os outros se reuniram, os olhos trazendo a prova muda de seus preparativos – alguns dourado-claro, outros de um verme¬lho vivo. Quando estávamos todos juntos, ouvimos os lobos movendo-se na floresta. Jacob saiu da barraca, deixando Renesmee ainda dormindo, para se juntar a eles.
Edward e Carlisle estavam organizando os outros numa formação frouxa, nossas testemunhas ao lado como colunas.
Fiquei olhando de longe, esperando perto da barraca que Renesmee acor¬dasse. Quando ela acordou, eu a ajudei a se vestir com as roupas que eu havia escolhido com cuidado dois dias antes. Roupas que pareciam frágeis e femininas, mas na verdade eram bastante resistentes para não revelar ne¬nhum desgaste – mesmo que uma pessoa as usasse enquanto cavalgava um lobisomem gigante por alguns estados do país. Por cima do casaco, pus a mochila de couro com os documentos, o dinheiro, a pista e meus bilhetes de amor para ela e Jacob, Charlie e Renée. Ela era bem forte para que isso não lhe fosse um fardo pesado.
Seus olhos estavam imensos enquanto ela lia a agonia em meu rosto. Mas ela adivinhara o suficiente para não me perguntar o que eu estava fazendo.
__ Eu amo você – eu disse a ela. – Mais do que tudo.
__ Eu também amo você, mamãe – respondeu ela. E tocou o meda¬lhão no pescoço, que agora tinha uma minúscula foto dela, comigo e com Edward. – Sempre estaremos juntos.
__ Emra nossos corações, sempre estaremos juntos – eu a corrigi com um sussurro muito baixo. – Mas quando chegar a hora, hoje, você terá de me deixar.
Seus olhos se arregalaram e ela tocou meu pescoço. O não silencioso foi mais alto do que se ela tivesse gritado. Lutei para engolir; minha garganta parecia inchada.
__ Fará isso por mim? Por favor?
Ela pressionou os dedos com força em meu rosto. Por quê?
__ Não posso lhe dizer – sussurrei. – Mas você entenderá em breve. Eu prometo.
Em minha cabeça, vi o rosto de Jacob. Assenti, depois afastei seus dedos.
__ Não pense nisso – respirei em seu ouvido. – Não conte a Jacob antes de eu lhe dizer para correr, está bem?
Isso ela entendeu. E concordou também. Tirei do bolso um último detalhe.
Enquanto preparava as coisas de Renesmee, uma faísca inesperada de cor tinha atraído meus olhos. Um raio de sol, através da claraboia, atingira as joias da antiga caixa preciosa colocada numa prateleira alta em um canto intocado. Pensei por um momento e dei de ombros. Depois de reunir as pistas de Alice, eu não podia ter esperanças de que o confronto fosse resolvi¬do pacificamente. Mas por que não tentar começar da forma mais amistosa possível?, perguntei a mim mesma. No que isso seria prejudicial? Então achei que devia ter alguma esperança, afinal de contas – uma esperança cega e insensata –, porque escalei a estante e peguei o presente de casamento de Aro.
Agora coloquei o cordão grosso de ouro e senti o peso do enorme diaman¬te aninhado na concavidade abaixo do pescoço.
__ Lindo – sussurrou Renesmee. Depois ela passou os braços como um torno em meu pescoço. Eu a apertei de encontro ao peito.
Entrelaçadas daquela maneira, tirei-a da barraca e a levei até a clareira. Edward ergueu uma sobrancelha quando nos aproximávamos, mas não fez nenhuma observação sobre o meu acessório ou o de Renesmee. Só nos abraçou com força por um longo momento e depois, com um suspiro profun¬do, nos soltou. Eu não podia ver um adeus em nenhum lugar de seus olhos. Talvez ele tivesse mais esperanças de haver algo depois dessa vida do que deixara transparecer.
Assumimos nossas posições, Renesmee passando com agilidade para mi¬nhas costas a fim de que minhas mãos ficassem livres. Fiquei um pouco atrás da linha de frente, composta por Carlisle, Edward, Emmett, Rosalie, Tanya, Kate e Eleazar. Ao meu lado estavam Benjamin e Zafrina; era minha tarefa protegê-los pelo máximo de tempo que eu pudesse. Eles eram nossas melho¬res armas de ataque. Se fossem os Volturi a não poder ver, mesmo por alguns momentos, tudo mudaria.
Zafrina estava rígida e feroz, com Senna quase uma imagem especular ao lado dela. Benjamin estava sentado no chão, as mãos na terra, e murmurava baixo sobre falhas geológicas. Na noite anterior, ele havia espalhado pilhas de rocha de aparência natural, agora montes cobertos de neve, atrás da cam¬pina. Não eram suficientes para ferir um vampiro, mas poderiam, com sorte, distraí-los.
As testemunhas agrupavam-se à nossa esquerda e à direita, alguns mais próximos do que outros – aqueles que se declararam eram os mais próxi¬mos. Percebi Siobhan massageando as têmporas, os olhos fechados, concen¬trando-se; estaria ela atendendo ao pedido de Carlisle? Tentando visualizar uma solução diplomática?
Na floresta atrás de nós os lobos, invisíveis, estavam imóveis e preparados; só podíamos ouvir seu arfar pesado, os corações batendo.
As nuvens rolavam, tornando a luz difusa, de modo que tanto podia ser manhã quanto tarde. Edward estreitou os olhos enquanto examinava a área, e eu tinha certeza de que ele estava vendo aquele exato cenário pela segunda vez – tendo sido a primeira na visão de Alice. A cena seria a mesma quando os Volturi chegassem. Agora só nos restavam minutos, ou segundos.
Toda a nossa família e nossos aliados se prepararam. Da floresta, o imenso lobo alfa ruivo avançou para se postar ao meu lado; devia ter sido demais para ele manter distância de Renesmee quando ela es¬tava em perigo tão iminente.
Renesmee estendeu a mão para entrelaçar os dedos no pelo de seu om¬bro imenso, e o corpo dela relaxou um pouco. Ela se sentia mais calma com Jacob por perto. Eu também me senti um pouquinho melhor. Desde que Jacob estivesse com Renesmee, ela ficaria bem.
Sem arriscar um olhar para trás, Edward estendeu a mão para mim. Eu estiquei o braço para pegar sua mão. Ele apertou meus dedos.
Mais um minuto se passou, e me vi procurando ouvir algum som de aproximação. E, então, Edward enrijeceu e sibilou baixo entre os dentes trincados. Seus olhos focalizaram a floresta ao norte de onde estávamos.
Olhamos para onde ele fitava e esperamos, enquanto os últimos segundos passavam.
Eles vieram com pompa, com uma espécie de encanto.
Vieram numa formação rígida e convencional. Moviam-se juntos, mas não marchavam; fluíam das árvores numa sincronia perfeita – uma forma escura e ininterrupta que parecia pairar alguns centímetros acima da neve branca, tão suave era seu avanço.
O perímetro mais externo era cinza; a cor escurecia a cada fila de corpos até o cerne da formação, intensamente negro. Cada rosto estava encapuzado, ensombrecido. O fraco roçar de seus pés era tão regular que parecia música, uma batida complexa que nunca falhava.
A um sinal que não vi – ou talvez não fosse um sinal, só milênios de prática –, a configuração se desdobrou. O movimento foi rígido demais, quadrado demais para se assemelhar à abertura de uma flor, embora a cor sugerisse isso; era a abertura de um leque, gracioso mas muito anguloso. As figuras de manto cinza se espalharam nos flancos enquanto as formas mais escuras surgiam precisamente no centro, cada movimento rigorosamente.
Seu progresso era lento mas decidido, sem pressa, sem tensão, sem ansie¬dade. Era o ritmo dos invencíveis.
Era quase o meu antigo pesadelo. A única coisa que faltava era o desejo triunfante que eu vira nos rostos de meu sonho – os sorrisos de alegria da vingança. Até agora, os Volturi estavam disciplinados demais para demons¬trar qualquer emoção. Também não revelaram surpresa nem espanto com o grupo de vampiros que os esperava ali – em comparação, um grupo que parecia de repente desorganizado e despreparado. Tampouco mostraram surpresa com o lobo gigantesco no meio de nosso grupo.
Não pude deixar de contar. Eles eram trinta e dois. Mesmo que se excluíssem as duas figuras de mantos pretos desgarradas atrás, que eu tomaria pelas esposas – sua posição protegida sugerindo que não se envolveriam no ataque –, ainda éramos em menor número. Só dezenove de nós iriam lutar, e outros sete assistiriam enquanto éramos destruídos. Mesmo contando os dez lobos, eles nos sobrepujavam.
__ Os britânicos estão vindo, os britânicos estão vindo – murmurou Garrett misteriosamente consigo mesmo, e depois riu. Ele se aproximou um passo de Kate.
__ Eles vieram – sussurrou Vladimir a Stefan.
__ As esposas – sibilou Stefan de volta. – Toda a guarda. Todos eles juntos. Ainda bem que não tentamos Volterra.
E depois, como se não bastasse estarem em maior número, enquanto os Volturi avançavam lenta e majestosamente, mais vampiros começaram a sur¬gir na clareira atrás deles.
Os rostos naquele influxo aparentemente interminável de vampiros eram a antítese da disciplina inexpressiva dos Volturi – mostravam um caleidoscópio de emoções. Inicialmente, havia o choque e até alguma ansiedade enquanto eles viam a força inesperada que os aguardava. Mas a preocupação passou rapidamente; eles estavam seguros em seu número esmagador, seguros em sua posição atrás da irreprimível força dos Vol¬turi. Suas feições voltaram à expressão que tinham antes de os surpreendermos.
Era fácil entender sua disposição – os rostos eram explícitos. Aquela era uma turba irritada, impelida a um frenesi e babando por justiça. Eu não entendera plenamente o sentimento do mundo dos vampiros em relação às crianças imortais antes de ver aqueles rostos.
Estava claro que sua horda heterogênea e desorganizada – mais de quarenta vampiros reunidos – eram as testemunhas dos Volturi. Quan¬do estivéssemos mortos, eles espalhariam a notícia de que os criminosos tinham sido erradicados, que os Volturi agiram com absoluta imparcialidade. A maioria parecia esperar por mais que uma oportunidade de testemunhar – queria ajudar a dilacerar e queimar.
Não tínhamos a menor chance. Mesmo que de algum modo conseguisemos neutralizar as vantagens dos Volturi, eles ainda poderiam nos soterrar em corpos. Mesmo que matássemos Demetri, Jacob não conseguiria.
Eu podia sentir a mesma compreensão instalando-se à minha volta. O desespero pesava no ar, forçando-me para baixo com mais pressão do que antes.
Um vampiro na força adversária não parecia pertencer a nenhum dos do grupos; reconheci Irina enquanto ela hesitava entre os dois grupos, a expressão única em meio aos outros. O olhar apavorado de Irina estava fixo na posição de Tanya na linha de frente. Edward rosnou, um som muito baixo mas fervoroso.
__ Alistair tinha razão – murmurou para Carlisle.
Vi Carlisle olhar para Edward de forma inquisitiva.
__ Alistair tinha razão? – sussurrou Tanya.
__ Eles, Caius e Aro, vieram destruir e conquistar – sussurrou Edward quase em silêncio; só nosso lado podia ouvir. – Eles têm muitas estratégia já preparadas. Se a acusação de Irina se provasse falsa de algum modo, eles se empenhariam em encontrar outro motivo para ofender-se. Mas eles podem ver Renesmee agora, então estão completamente otimistas quanto ao rumo que tomarão. Ainda podemos tentar nos defender das outras acusações maquinada por eles, mas primeiro eles têm de parar, ouvir a verdade sobre Renesmee. – Depois, ainda mais baixo: – O que eles não têm a intenção de fazer.
Jacob soltou um bufo baixo e estranho.
E então, inesperadamente, dois segundos depois, a procissão parou. A mú¬sica baixa dos movimentos em perfeita sincronia transformou-se em silêncio. A disciplina impecável continuou intacta; os Volturi ficaram absolutamente imóveis. Estavam a cerca de cem metros de nós.
Atrás de mim, para os lados, ouvi o batimento de corações grandes, mais perto que antes. Arrisquei-me a olhar para a esquerda e para a direita pelo canto do olho, para ver o que havia detido o avanço dos Volturi.
Os lobos tinham se juntado a nós.
De ambos os lados de nossa linha irregular, os lobos se posicionaram, estendendo-se em braços longos, limítrofes. Só precisei de uma fração de segundo para perceber que havia mais de dez lobos, para reconhecer os que eu conhecia e os que nunca vira antes. Eles eram dezesseis, espaçados uni¬formemente em torno de nós – dezessete no total, contando Jacob. Estava claro, pela altura e pelas patas imensas, que os recém-chegados eram muito jovens. Pensei que deveria ter previsto isso. Com tantos vampiros acampados por perto, era inevitável uma explosão populacional de lobisomens.
Mais crianças morrendo. Perguntei-me por que Sam permitira isso, e então me dei conta de que ele não tinha alternativa. Se algum dos lobos ficasse do nosso lado, os Volturi cuidariam de procurar pelo resto. Estavam apostando toda a sua espécie naquele embate. E nós íamos perder.
De repente, eu me senti furiosa. Mais do que furiosa, eu experimentava uma fúria homicida. Meu desespero desapareceu inteiramente. Um brilho avermelhado e fraco destacou as figuras escuras diante de mim, e tudo o que eu queria nesse momento era a oportunidade de cravar meus dentes neles arrancar-lhes os membros dos corpos e empilhá-los numa fogueira. Eu estava tão enlouquecida que podia ter dançado em volta da pira onde eles tosta¬riam vivos; eu teria gargalhado enquanto suas cinzas ardiam. Meus lábios se retraíram automaticamente, e um rosnado baixo e feroz rompeu por minha garganta, vindo do fundo do estômago. Percebi que os cantos de minha boca estavam levantados num sorriso.
Ao meu lado, Zafrina e Senna ecoaram meu rosnado abafado. Edward apertou a mão que ainda segurava, advertindo-me.
Os rostos sombrios dos Volturi, em sua maioria, ainda não tinham expres¬são. Só dois pares de olhos traíam alguma emoção. No centro deles, com as mãos se tocando, Aro e Caius tinham parado para avaliar, e toda a guarda ha¬via parado com eles, esperando pela ordem de matar. Os dois não se olhavam, mas era evidente que estavam em comunicação. Marcus, embora tocasse a outra mão de Aro, não parecia participar da conversa. Sua expressão não era tão descuidada quanto a dos guardas, mas era quase igualmente vazia. Como na outra ocasião em que eu o vira, ele parecia completamente entediado.
As testemunhas dos Volturi inclinavam-se para nós, os olhos fixos furio¬samente em mim e Renesmee, mas eles se mantiveram perto da lateral da floresta, deixando um amplo espaço entre si e os soldados Volturi. Somente Irina pairava atrás dos Volturi, a alguns passos das anciãs – ambas com cabelos claros, a pele como talco, e de olhos leitosos – e seus dois imensos seguranças.
Havia uma mulher em um dos mantos cinza mais escuros, logo atrás de Aro. Eu não podia ter certeza, mas ela parecia tocar as costas dele. Seria ela o outro escudo, Renata? Perguntei-me, como Eleazar, se ela seria capaz de me repelir.
Mas eu não ia desperdiçar minha vida tentando pegar Caius ou Aro. Eu tinha alvos mais vitais.
Eu os procurei na fila e não tive dificuldade de localizar os dois mantos pequenos e cinza-escuros perto do centro do grupo. Alec e Jane, certamente os menores membros da guarda, encontravam-se ao lado de Marcus, que era flanqueado por Demetri do outro lado. Seus rostos adoráveis eram suaves, sem deixar nada transparecer; usavam os mantos mais escuros, afora o preto puro dos anciãos. Os gêmeos bruxos, Vladimir os chamara. Seus poderes eram a base da ofensiva Volturi. As joias da coleção de Aro.
Meus músculos se contraíram, e o veneno encheu minha boca.
Os olhos vermelhos e toldados de Aro e Caius percorreram nossa linha. Vi a decepção no rosto de Aro enquanto seu olhar vagava por nossos rostos repetidas vezes, procurando alguém que faltava. A contrariedade enrijeceu-lhe os lábios.
Nesse momento, senti-me grata por Alice ter fugido. Enquanto a pausa se estendia, ouvi a respiração de Edward se acelerar.
__ Edward? – perguntou Carlisle num tom baixo e ansioso.
__ Eles não sabem bem o que fazer. Estão pesando as opções, escolhendo os principais alvos... Eu, é claro, você, Eleazar, Tanya. Marcus está lendo a força de nossos laços, procurando pontos fracos. A presença dos romenos os irrita. Eles estão preocupados com os rostos que não reconhecem... Zafrina e Senna, em particular... E com os lobos, naturalmente. Nunca estiveram em desvantagem numérica. Foi isso que os deteve.
__ Desvantagem numérica? – sussurrou Tanya, incrédula.
__ Eles não contam as testemunhas que trouxeram – sussurrou Edward. – Elas são inexistentes, não significam nada para a guarda. Aro só gosta de uma plateia.
__ Devo falar? – perguntou Carlisle. Edward hesitou, depois assentiu.
__ É a única chance que você terá.
Carlisle endireitou os ombros e avançou vários passos à frente de nossa linha de defesa. Eu odiei vê-lo sozinho e desprotegido.
Ele abriu os braços, erguendo as palmas das mãos como em um cumpri¬mento.
__ Aro, meu velho amigo. Já faz séculos.
Sobre a clareira branca caiu um silêncio mortal por um longo momento. Eu podia sentir a tensão irradiando de Edward enquanto ele ouvia a avaliação que Aro fazia das palavras de Carlisle. A tensão aumentava com o passar dos segundos.
E, então, Aro deu um passo à frente, saindo do centro da formação Volturi. O escudo, Renata, moveu-se com ele como se as pontas de seus dedos estivessem costuradas ao manto dele. Pela primeira vez a tropa dos Volturi reagiu. Um grunhido percorreu a formação, as sobrancelhas franziram-se desenhando carrancas, os lábios se repuxaram sobre os dentes. Alguns membros da guarda se agacharam. Aro ergueu a mão para eles.
__ Paz.
Ele andou mais alguns passos, depois inclinou a cabeça para um lado. Seus olhos leitosos cintilavam de curiosidade.
__ Belas palavras, Carlisle – sussurrou ele em sua voz fina e ciciada Mas parecem deslocadas, considerando o exército que você reuniu para me matar e matar os que me são caros.
Carlisle sacudiu a cabeça e estendeu a mão direita, como se não houvesse ainda quase uma centena de metros entre eles.
__ Basta tocar minha mão para saber que essa nunca foi minha intenção.
Os olhos astutos de Aro se estreitaram.
__ Mas que importância pode ter sua intenção, meu caro Carlisle, diante do que você fez? – Ele franziu a testa e uma sombra de tristeza cobriu suas feições. Se era ou não autêntica, eu não sabia dizer.
__ Não cometi o crime pelo qual você está aqui para me punir.
__ Então saia da frente e deixe-nos punir os responsáveis. Na verdade, Carlisle, nada me agradaria mais do que preservar sua vida hoje.
__ Ninguém infringiu a lei, Aro. Deixe-me explicar. – De novo, Carlis¬le lhe ofereceu a mão.
Antes que Aro pudesse responder, Caius moveu-se rapidamente e parou ao lado de Aro.
__ Tantas regras sem sentido, tantas leis desnecessárias você criou para si mesmo, Carlisle – sibilou o ancião de cabelos brancos. – Como é possível que defenda a violação daquela que verdadeiramente importa?
__ A lei não foi violada. Se vocês ouvissem...
__ Estamos vendo a criança, Carlisle – grunhiu Caius. – Não nos trate como tolos.
__ Ela não é uma imortal. Ela não é uma vampira. Posso provar facilmente isto em apenas alguns momentos...
Caius o interrompeu.
__ Se ela não é uma das proibidas, então por que reuniu um batalhão para protegê-la?
__ Testemunhas, Caius, como vocês mesmos trouxeram. – Carlisle gesticulou para a horda furiosa na margem da floresta; alguns grunhira resposta. – Qualquer um desses amigos pode lhes dizer a verdade sobre a criança. Ou vocês podem simplesmente olhar para ela, Caius. Ver o fluxo de sangue humano em seu rosto.
__ É um truque! – rebateu Caius. – Onde está a informante? Que ela avance! – Ele esticou o pescoço até localizar Irina, hesitante, atrás das esposas. – Você! Venha!
Irina o fitou sem compreender, o rosto como o de alguém que não despertou inteiramente de um pesadelo horrendo. Impaciente, Caius estalou os dedos. Um dos imensos seguranças das esposas caminhou até Irina e a cutucou rudemente nas costas. Irina piscou duas vezes e andou lentamente até Caius, atordoada. Parou a vários metros, os olhos ainda nas irmãs.
Caius cobriu a distância até ela e lhe deu uma bofetada. Não podia ter doído, mas houve algo de terrivelmente degradante no ato. Era como ver alguém chutar um cachorro. Tanya e Kate sibilaram em sincronia.
O corpo de Irina ficou rígido e seus olhos finalmente focalizaram Caius, e apontou um dedo em garra para Renesmee, agarrada às minhas costas, os dedinhos ainda emaranhados no pelo de Jacob. Caius ficou totalmente ver¬melho em minha visão furiosa. Um rosnado trovejou no peito de Jacob.
__ É esta a criança que você viu? – perguntou Caius. – Aquela que era evidentemente mais do que humana?
Irina nos olhou, examinando Renesmee pela primeira vez desde que entrara a clareira. Sua cabeça tombou para o lado, a confusão cruzando seu rosto.
__ E então? – rosnou Caius.
__ Eu... não tenho certeza – disse ela, a voz perplexa.
A mão de Caius crispou-se, como se ele quisesse bater nela outra vez.
__ O que quer dizer? – disse ele num sussurro de aço.
__ Ela não está igual, mas acho que é a mesma criança. Quero dizer, ela mudou. Esta criança é maior do que a que eu vi, mas...
O arfar furioso de Caius passou por seus dentes subitamente expostos e Irina interrompeu-se, sem terminar. Aro flutuou até o lado de Caius e pôs a mão, restritiva, em seu ombro.
__ Componha-se, irmão. Temos tempo para esclarecer isso. Não há necessidade de pressa.
Com uma expressão rabugenta, Caius deu as costas a Irina.
__ Agora, minha querida – disse Aro num murmúrio caloroso e açucarado. - Mostre-me o que está tentando dizer. – Ele estendeu a mão para a desnorteada vampira.
Insegura, Irina pegou sua mão. Ele a segurou por apenas cinco segundo.
__ Está vendo, Caius? – disse ele. – É uma simples questão de conseguir o que precisamos.
Caius não respondeu. Pelo canto do olho, Aro olhou para sua plateia sua turba, depois voltou-se para Carlisle.
__ Ao que parece, temos um mistério em nossas mãos. Aparentemente, a criança cresceu. No entanto, a primeira lembrança de Irina foi claramente de uma criança imortal. Curioso.
__ É exatamente o que estou tentando explicar – disse Carlisle, e pela mudança em sua voz pude ver seu alívio. Esta era a pausa em que apostáramos todas as nossas nebulosas esperanças.
Mas eu não senti alívio. Esperava, quase entorpecida de fúria, pelas várias estratégias que Edward mencionara. Carlisle estendeu a mão de novo. Aro hesitou por um momento.
__ Preferiria receber a explicação de alguém mais central nesta história, meu amigo. Estou errado em supor que esta violação não foi obra sua?
__ Não houve violação.
__ Ainda que assim seja, terei cada aspecto da verdade. – A voz frágil de Aro endureceu. – E a melhor maneira de conseguir isso é ter a prova direta¬mente de seu filho talentoso. – Ele inclinou a cabeça na direção de Edward.
__ Como a criança está nas costas de sua parceira recém-criada, suponho que Edward esteja envolvido.
É claro que ele queria Edward. Assim que olhasse na mente de Edward, ele saberia todos os nossos pensamentos. Exceto os meus.
Edward virou-se rapidamente para beijar minha testa e a de Renesmee, sem me olhar nos olhos. Depois atravessou o campo nevado, dando um tapinha no ombro de Carlisle ao passar. Ouvi um gemido baixo atrás de mim – o pavor de Esme transparecia.
A névoa vermelha que eu via em volta do exército Volturi flamejou, mais brilhante do que antes. Eu não suportava ver Edward atravessar sozinho o espaço branco e vazio – mas também não podia suportar ter Renesmee um passo mais próxima de nossos adversários. As necessidades contrárias dilaceravam; fiquei tão paralisada que parecia que meus ossos poderiam espatifar com a pressão.
Vi Jane sorrir enquanto Edward passava da metade da distância, quando ele ficou mais perto deles do que de nós.
Aquele sorrisinho presunçoso foi o bastante. Minha fúria chegou ao auge, mais intensa até do que o violento desejo de sangue que senti no momento em que os lobos se comprometeram com aquela guerra condenada. Eu sentia na língua o gosto da loucura – sentia-a fluir por mim como uma onda de puro poder. Meus músculos se contraíram, e eu agi automaticamente. Lancei meu escudo com toda a força de minha mente, arremessando-o pelo espaço impossível do campo – dez vezes minha melhor distância – como um dar¬do. O esforço me fez bufar.
O escudo explodiu de mim como uma bolha de pura energia, uma nuvem de aço líquido. Pulsava como um ser vivo – eu podia senti-lo, do ápice às pontas.
Agora o tecido elástico não se retraiu; nesse instante de força bruta, vi que a reação que senti antes era criação minha – estivera me prendendo àquela parte invisível de mim, em autodefesa, subconscientemente hesitando soltá-lo. Agora o liberava, e meu escudo explodiu uns bons cinquenta metros sem nenhum esforço, e usei apenas uma fração de minha concentração. Eu podia senti-lo se flexionar como qualquer outro músculo, obediente à minha vontade. Eu o empurrei, modelei-o em uma forma oval longa e pontiaguda. Tudo sob o escudo de ferro flexível de repente era parte de mim – eu podia sentir a força vital de tudo que ele cobria como pontos de um calor luminoso, centelhas deslumbrantes de luz que me cercavam. Lancei o escudo adiante, até a beira da clareira, e respirei aliviada quando senti a luz brilhante de Edward dentro de minha proteção. Mantive-me ali, contraindo aquele novo músculo de modo que envolvesse Edward, um manto fino, mas inviolável, entre seu corpo e nossos inimigos.
Mal se passou um segundo. Edward ainda andava até Aro. Tudo tinha mudado completamente, mas ninguém percebera nada, a não ser eu. Uma risada sobressaltada escapou de meus lábios. Senti os outros olhando para mim e vi os olhos negros e grandes de Jacob me encarando como se eu tivesse enlouquecido.
Edward parou a pouca distância de Aro, e percebi com certo dissabor que, embora certamente pudesse, eu não devia evitar que aquele diálogo aconte¬cesse. Esse tinha sido o objetivo de todos os nossos preparativos: conseguir que Aro ouvisse nosso lado da história. Era quase fisicamente doloroso fazer isso, mas, com relutância, fiz meu escudo recuar e deixei Edward exposto de novo. A disposição para rir desapareceu. Concentrei-me totalmente em Edward, pronta para protegê-lo imediatamente se algo desse errado.
O queixo de Edward projetou-se com arrogância, e ele estendeu a mão para Aro como se estivesse lhe conferindo uma grande honra. Aro parece deliciado com a atitude dele, mas seu prazer não era universal. Renata tremulava nervosa na sombra de Aro. As rugas na testa franzida de Caius eram tão profundas que parecia que sua pele translúcida, friável, ficaria permanentemente vincada. A pequena Jane mostrou os dentes, e ao lado dela os olhos de Alec se estreitaram, concentrados. Adivinhei que, como eu, ele estava preparado para agir assim que fosse necessário.
Aro cobriu a distância sem interrupção – mas, francamente, o que ele teria para temer? As sombras imensas dos mantos cinza mais claros claros – os lutadores musculosos como Felix – estavam a poucos metros. Jane e seu dom de queimar podiam lançar Edward no chão, retorcendo-se em agonia. Alec podia deixá-lo cego e surdo antes que ele pudesse dar um passo para Aro. Ninguém sabia que eu tinha o poder de impedi-los, nem mesmo Edward.
Com um sorriso imperturbável, Aro pegou a mão de Edward. Seus olhos se fecharam de pronto e os ombros se curvaram sob a enxurrada de informações.
Cada pensamento secreto, cada estratégia, cada insight – tudo o que Edward tinha ouvido nas mentes dos que o cercavam no último mês – agora eram de Aro. E mais além – cada visão de Alice, cada momento de silêncio com nossa família, cada imagem na mente de Renesmee, cada beijo, cada toque entre mim e Edward... Tudo agora também era de Aro.
Sibilei de frustração e o escudo se moveu com minha irritação, alterando a forma e contraindo-se em torno dos nossos.
__ Calma, Bella – sussurrou Zafrina.
Trinquei os dentes.
Aro continuava a se concentrar nas lembranças de Edward. A cabeça de Edward curvou-se também, os músculos de seu pescoço enrijecendo enquanto ele lia de volta tudo o que Aro tirava dele, e a reação de Aro a tudo aquilo.
O diálogo de duas vias, mas desigual, continuou por tempo suficiente para que até a guarda ficasse inquieta. Murmúrios baixos percorreram a linha até que Caius ladrou uma ordem de silêncio. Jane estava avançando aos poucos, como se não conseguisse evitar, e o rosto de Renata estava rígido de aflição. Por um momento, examinei aquele escudo poderoso que parecia tão apavorado e fraco; embora ela fosse útil a Aro, eu podia ver que ela não era uma guerreira. Sua função não era lutar, mas proteger. Não havia nela nenhum desejo de sangue. Crua como eu era, sabia que se fosse entre mim e ela, eu a bloquearia.
Voltei a me concentrar enquanto Aro endireitava o corpo, os olhos abrindo-se, a expressão pasma e cautelosa. Ele não soltou a mão de Edward.
Os músculos de Edward relaxaram ligeiramente.
__ Viu? – perguntou Edward, a voz aveludada e calma.
__ Sim, eu vi, deveras – concordou Aro, e surpreendentemente ele qua¬se parecia se divertir. – Duvido que deuses ou mortais pudessem ver com tanta clareza.
Os rostos disciplinados da guarda mostraram a mesma incredulidade que eu sentia.
__ Deu-me muito o que refletir, jovem amigo – continuou Aro. – Muito mais do que eu esperava. – Ele ainda não soltara a mão de Edward, e a atitude tensa de Edward era a de quem ouve.
Edward não respondeu.
__ Posso conhecê-la? – perguntou Aro, quase suplicante, com um in¬teresse ansioso e repentino. – Nunca imaginei a existência de uma coisa dessas em todos os meus séculos. Que acréscimo à nossa história!
__ Do que se trata, Aro? – perguntou Caius antes que Edward pudesse responder. Bastou a pergunta de Aro para que eu puxasse Renesmee para meus braços, aninhando-a protetoramente em meu peito.
__ Algo que você jamais sonhou, meu amigo pragmático. Reflita por um momento, pois a justiça que pretendíamos aplicar não é mais válida.
Caius sibilou de surpresa com as palavras dele.
__ Paz, irmão – advertiu Aro, tranquilizador.
Isso devia ser uma boa notícia – eram as palavras que esperávamos, a chance que nunca julgamos de fato possível. Aro tinha ouvido a verdade. Aro admitira que a lei não fora infringida.
Mas meus olhos estavam fixos em Edward, e vi os músculos de suas costas enrijecerem. Repassei mentalmente a instrução de Aro para Caius refletir e percebi o duplo significado.
__ Vai me apresentar sua filha? – perguntou Aro a Edward novamente. Caius não foi o único que sibilou com esta revelação.
Edward concordou, relutante. E, no entanto, Renesmee havia conquis¬tado tantos outros! Aro sempre pareceu o líder dos anciãos. Se ele ficasse do lado dela, poderiam os outros agir contra nós?
Aro ainda segurava a mão de Edward, e ele agora respondeu a uma pergunta que o resto de nós não ouvira.
__ Creio que um meio-termo a essa altura certamente é aceitável, nessas circunstâncias. O encontro se dará no meio.
Aro soltou sua mão. Edward se virou para nós, e Aro se juntou a ele passando um braço casualmente sobre o ombro de Edward, como se fossem grandes amigos – mantendo contato o tempo todo com a pele de Edward. Eles começaram a cruzar o campo até o nosso lado.
Capitulo 11
Toda a guarda começou a acompanhá-los. Aro ergueu a mão negligente¬mente sem olhar para eles.
__ Esperem, meus caros. É verdade, eles não nos causarão mal algum se formos pacíficos.
A guarda reagiu mais abertamente do que antes, com rosnados e silvos de protesto, mas se manteve no lugar. Renata, mais presa a Aro do que nunca, gemeu de angústia.
__ Mestre – sussurrou ela.
__ Não tema, minha amada – respondeu ele. – Está tudo bem.
__ Talvez deva levar alguns membros de sua guarda conosco – sugeriu Edward. – Isso os deixará mais à vontade.
Aro assentiu como se fosse uma observação sensata que ele mesmo devia ter feito. Então estalou os dedos duas vezes.
__ Felix, Demetri.
Os dois vampiros estavam a seu lado num instante, com a mesmíssima aparência da última vez em que os vi. Ambos eram altos e tinham cabelos escuros, Demetri rígido e magro como a lâmina de uma espada, Felix imenso e ameaçador como uma maça com pontas de ferro.
Os cinco pararam no meio do campo nevado.
__ Bella – chamou Edward. – Traga Renesmee... e alguns amigos.
Respirei fundo. Meu corpo estava rígido, opondo-se à ideia de levar Re¬nesmee ao meio do conflito... Mas eu confiava em Edward. Àquela altura, ele saberia se Aro estivesse planejando alguma traição.
Aro tinha três protetores de seu lado do encontro, então eu levaria dois. Só precisei de um segundo para decidir.
__ Jacob? Emmett? – perguntei em voz baixa. Emmett, porque es¬taria morrendo de vontade de ir. Jacob, porque não suportaria ficar para trás.
Os dois assentiram. Emmett sorriu.
Atravessei o campo ladeada por eles. Ouvi outro rumor vindo da guarda ao verem minhas opções – evidentemente, eles não confiavam no lobiso¬mem. Aro levantou a mão, desprezando seu protesto outra vez.
__ Companhia interessante vocês têm – murmurou Demetri para Edward.
Edward não respondeu, mas um grunhido baixo escapou pelos dentes de Jacob. Paramos a alguns metros de Aro. Edward escapou de seu braço e juntou-se a nós, pegando minha mão.
Por um momento nos olhamos em silêncio. Então Felix me cumprimen¬tou num tom baixo.
__ Olá de novo, Bella. – Ele deu um sorriso arrogante ao mesmo tempo em que acompanhava cada movimento de Jacob com sua visão periférica.
Eu sorri obliquamente para o enorme vampiro.
__ Olá, Felix.
Ele riu.
__ Você está muito bem. A imortalidade lhe cai perfeitamente.
__ Muito obrigada.
__ Por nada. Pena que...
Ele deixou o comentário perder-se no silêncio, mas eu não precisava do dom de Edward para concluir a frase. Pena que vamos matá-la daqui a um segundo.
__ Sim, é mesmo uma pena, não é? – murmurei. Felix piscou.
Aro não prestava atenção a nosso diálogo. Ele inclinou a cabeça para o lado, fascinado.
__ Ouço seu coração estranho – murmurou ele com um tom quase mu¬sical. – Sinto seu cheiro estranho. – Depois seus olhos nebulosos passaram a mim. – Na verdade, jovem Bella, a imortalidade a tornou extraordinária – disse ele. – É como se tivesse sido feita para esta vida.
Assenti, agradecendo o elogio.
__ Gostou do meu presente? – perguntou ele, olhando o pingente que eu usava.
__ É lindo. Foi muita, muita generosidade de sua parte. Obrigada. Eu devia ter lhe mandado um bilhete.
Aro riu, deliciado.
__ Foi só uma coisinha que eu tinha por perto. Pensei que podia comple¬mentar seu novo rosto, e vejo que acertei.
Ouvi um leve silvo vindo do centro da linha dos Volturi. Olhei por cima do ombro de Aro. Humm. Parecia que Jane não estava satisfeita com o fato de Aro ter me dado um presente. Aro deu um pigarro para recuperar minha atenção.
__ Posso cumprimentar sua filha, adorável Bella? – perguntou-me com doçura.
Era o que esperávamos, lembrei a mim mesma. Reprimindo o impulso de fugir dali com Renesmee, dei dois passos lentamente em sua direção. Meu escudo ondulou atrás de mim como uma capa, protegendo o restante de mi¬nha família enquanto Renesmee ficava exposta. Parecia um erro terrível.
Aro veio ao nosso encontro, o rosto radiante.
__ Mas ela é excepcional – murmurou ele. – Tão parecida com você e com Edward. – E, mais alto: – Olá, Renesmee.
Renesmee olhou para mim rapidamente. Eu assenti.
__ Olá, Aro – respondeu ela formalmente com sua voz aguda e res¬soante.
Os olhos de Aro estavam perplexos.
__ O que é isso? – sibilou Caius de trás. Ele parecia enfurecido pela necessidade de perguntar.
__ Meio mortal, meio imortal – anunciou Aro a ele e ao restante da guarda sem desviar seus olhos encantados de Renesmee. – Concebida e tra¬zida à luz por esta recém-criada enquanto ainda era humana.
__ Impossível – Caius zombou.
__ Acha então que eles me enganaram, irmão? – A expressão de Aro era de muita diversão, mas Caius se retraiu. – O coração que você está ouvindo também é um truque?
Caius fechou a cara, parecendo contrariado, como se as perguntas gentis de Aro fossem golpes.
__ Calma e cuidado, irmão – alertou Aro, ainda sorrindo para Renes¬mee. – Sei quanto você ama sua justiça, mas não há justiça em agir contra esta pequenina singular por sua ascendência. E há muito o que aprender, muito o que saber! Sei que você não compartilha meu entusiasmo por co¬lecionar histórias, mas seja tolerante comigo, irmão, e eu acrescentarei um capítulo que me espanta com sua improbabilidade. Viemos esperando ape¬nas justiça e a tristeza de falsos amigos, mas veja o que ganhamos! Um novo conhecimento sobre nós mesmos, nossas possibilidades.
Ele estendeu a mão para Renesmee, em um convite. Mas não era isso que ela queria. Ela se afastou de mim, esticando-se, para tocar o rosto de Aro com a ponta dos dedos.
Aro não reagiu com o choque que quase todos tiveram a essa demons¬tração de Renesmee; ele estava acostumado com o fluxo de pensamento e lembranças de outras mentes, como Edward.
Seu sorriso se ampliou e ele suspirou de satisfação.
__ Brilhante – sussurrou ele.
Renesmee relaxou em meus braços, seu rostinho muito sério.
__ Por favor? – ela perguntou a ele. Seu sorriso tornou-se gentil.
__ É claro que não desejo machucar seus entes queridos, preciosa Renesmee.
A voz de Aro era tão reconfortante e afetuosa, que me convenceu por um segundo. Mas então ouvi os dentes de Edward ranger e, atrás de nós, o silvo de ultraje de Maggie com a mentira.
__ O que me faz imaginar – disse Aro, pensativo, parecendo não ter ciên¬cia da reação a suas palavras anteriores. Seus olhos passaram inesperadamente a Jacob, e em vez da repulsa que os outros Volturi mostraram pelo lobo gigante, os olhos de Aro eram cheios de um desejo que eu não compreendia.
__ Não funciona assim – disse Edward, a neutralidade cautelosa distanciando-se de seu tom subitamente áspero.
__ Foi só uma ideia errante – disse Aro, avaliando Jacob abertamente. Então seus olhos moveram-se lentamente pelas duas filas de lobisomens atrás de nós. O que quer que Renesmee tenha mostrado a ele, tornou os lobos re¬pentinamente interessantes.
__ Eles não nos pertencem, Aro. Eles não seguem nossos comandos dessa maneira. Estão aqui porque querem.
Jacob rosnou de forma ameaçadora.
__ Mas parecem muito ligados a você – disse Aro. – E à sua jovem par¬ceira e à sua... família. Leais. – Sua voz acariciou a palavra com suavidade.
__ Eles têm o compromisso de proteger a vida humana, Aro. Isso os torna capazes de coexistir conosco, mas não com você. A não ser que esteja repen¬sando seu estilo de vida.
Aro riu.
__ Só uma ideia errante – repetiu ele. – Você sabe muito bem como é isso. Nenhum de nós pode controlar inteiramente nossos desejos subcons¬cientes.
Edward fez uma careta.
__ Sei como é isso. E também sei a diferença entre esse tipo de ideia e o tipo que tem um propósito por trás. Nunca daria certo, Aro.
A imensa cabeça de Jacob virou-se para Edward, e um gemido fraco escapou por seus dentes.
__ Ele está intrigado com a ideia de... cães de guarda – murmurou Edward. Houve um segundo de silêncio mortal, então o som de rosnados furiosos vindos de toda a matilha encheu a grande clareira.
Houve um brusco latido de comando – de Sam, imaginei, embora não me virasse para olhar – e a queixa foi interrompida, transformando-se em um silêncio agourento.
__ Imagino que isso responda à pergunta – disse Aro, rindo de novo. – Este bando escolheu seu lado.
Edward sibilou e se inclinou para a frente. Segurei seu braço, perguntando-me quais seriam os pensamentos de Aro para que ele reagisse com tama¬nha violência, enquanto Felix e Demetri agachavam -se em sincronia. Aro os dispensou de novo. Todos voltaram à atitude anterior, inclusive Edward.
__ Há muito o que discutir – disse Aro, o tom subitamente o de um homem de negócios assoberbado. – Muito o que decidir. Se vocês e seu pro¬tetor peludo me derem licença, meus caros Cullen, devo conferenciar com meus irmãos.
Aro não foi até a guarda angustiada que esperava do lado norte da clareira; em vez disso, acenou para que o seguissem.
Edward começou a recuar imediatamente, puxando meu braço e o de Emmett. Voltamos, apressados, de olho na ameaça que avançava. Jacob re¬cuou mais lentamente, o pelo dos ombros se eriçando enquanto ele arrega¬nhava as presas para Aro. Renesmee agarrou a ponta de sua cauda, e a segu¬rou como uma guia, obrigando-o a ficar conosco. Alcançamos nossa família no mesmo instante em que os mantos escuros cercaram Aro de novo.
Agora só havia cinquenta metros entre nós e eles – uma distância que qualquer um de nós podia saltar em uma fração de segundo.
Caius começou a discutir com Aro imediatamente.
__ Como pode tolerar esta infâmia? Por que estamos aqui, parados e impotentes, diante de um crime tão ultrajante, encoberto por uma fraude tão ridícula? – Ele mantinha os braços rígidos ao lado do corpo, as mãos formando garras.
Perguntei-me por que ele não tocava Aro para partilhar sua opinião. Já estaríamos vendo uma divisão em suas fileiras? Será que tínhamos tanta sorte assim?
__ Porque é tudo verdade – disse Aro calmamente. – Cada palavra dita. Veja quantas testemunhas estão prontas para dar prova de que viram essa criança miraculosa crescer e amadurecer no pouco tempo em que a co¬nhecem. Que sentiram o calor do sangue que pulsa em suas veias. – O gesto de Aro abarcou Amun, de um lado, e Siobhan, do outro.
Caius reagiu estranhamente às palavras tranquilizadoras de Aro a partir da menção da palavra testemunhas. A raiva desapareceu de seu rosto, substituída por uma fria maquinação. Ele olhou para as testemunhas dos Volturi com uma expressão que parecia um tanto... nervosa.
Eu também olhei para a turba furiosa e imediatamente vi que a descrição não era mais válida. O frenesi de ação tinha se transformado em confusão. Conversas aos sussurros fervilhavam pela multidão tentando encontrar sentido no que acontecera.
Caius tinha a testa franzida, imerso em pensamentos. Sua expressão especu¬lativa alimentou as chamas de minha raiva abrasadora ao mesmo tempo em que me preocupava. E se a guarda agisse novamente a um sinal invisível, como fizera em sua marcha? Ansiosa, examinei meu escudo; parecia tão impenetrável quanto antes. Eu o flexionei num domo baixo e amplo que cobria todo o nosso grupo.
Podia sentir as fluidas agulhas de luz onde estavam minha família e meus amigos – cada um deles um cheiro especial, que eu imaginava, com a práti¬ca, ser capaz de reconhecer. Já conhecia o de Edward – era o mais brilhante de todos. O espaço a mais em volta dos pontos luminosos me incomodava; não havia barreira física ao escudo, e se qualquer um dos talentosos Volturi entrasse debaixo dele, ele protegeria só a mim. Senti a testa enrugar enquanto puxava com cuidado a armadura elástica para mais perto. Carlisle era o mais distante; puxei o escudo centímetro por centímetro, tentando envolvê-lo com a maior exatidão possível.
Meu escudo parecia querer cooperar. Ele abraçou seu corpo e, quando Car¬lisle se moveu para o lado, para ficar mais perto de Tanya, o elástico se esticou com ele, atraído por sua centelha. Fascinada, puxei mais fios do tecido, passando-o em volta de cada forma cintilante que era um amigo ou aliado. O escudo prendeu-se a eles de boa vontade, movendo-se quando eles se moviam.
Só um segundo tinha se passado; Caius ainda estava deliberando.
__ Os lobisomens – murmurou por fim.
Com um pânico repentino, percebi que a maioria dos lobisomens estava desprotegida. Eu estava prestes a estender o escudo até eles quando percebi que, estranhamente, ainda podia sentir suas centelhas. Curiosa, recolhi o escudo até Amun e Kebi – na extremidade mais distante de nosso grupo –- ficarem de fora com os lobisomens. Quando eles ficavam do outro lado, suas luzes desapareciam. Deixavam de existir, naquele novo sentido. Mas os lobos ainda eram chamas brilhantes – ou melhor, metade deles. Humm... Eu o estendi novamente, e assim que Sam estava sob a cobertura, todos os lobos eram centelhas brilhantes outra vez.
Suas mentes deviam ser mais interconectadas do que eu imaginava. Se o alfa estivesse dentro de meu escudo, as demais mentes ficavam tão protegidas quanto a dele.
__ Ah, irmão... – Aro respondeu à declaração de Caius com um olhar de dor.
__ Defenderá essa aliança também, Aro? – perguntou Caius. – Os Filhos da Lua têm sido nossos inimigos mais amargos desde a aurora dos tem¬pos. Nós quase os levamos à extinção na Europa e na Ásia. E, no entanto, Carlisle estimula uma relação familiar com essa enorme infestação... sem dúvida numa tentativa de nos destronar. Melhor para proteger seu estilo de vida distorcido.
Edward pigarreou e Caius o fuzilou com os olhos. Aro colocou a mão fina e delicada no rosto como se estivesse constrangido pelo outro ancião.
__ Caius, estamos no meio do dia – observou Edward. Ele gesticulou para Jacob. – Estes não são Filhos da Lua, obviamente. Não têm nenhuma relação com seus inimigos do outro lado do mundo.
__ Vocês criaram mutantes aqui – cuspiu Caius.
O queixo de Edward enrijeceu e relaxou, e então ele respondeu, tranqüilamente:
__ Eles nem são lobisomens. Aro pode lhe contar tudo sobre isso, se não acredita em mim.
Não são lobisomens? Olhei pasma para Jacob. Ele ergueu os ombros imensos e os soltou, dando de ombros. Ele também não sabia do que Edward estava falando.
__ Meu caro Caius, eu o teria alertado a não insistir nesse ponto, se tivesse me contado seus pensamentos – murmurou Aro. – Embora as criaturas se considerem lobisomens, elas não o são. Um nome mais preciso para elas seria transfiguradores. A opção pela forma de lobo foi puramente fortuita. Podia ter sido urso, falcão ou pantera, quando aconteceu a primeira transformação. Essas criaturas nada têm a ver com os Filhos da Lua. Elas meramente herda¬ram essa habilidade de seus pais. É genético... Eles não dão continuidade a sua espécie infectando outros, como fazem os lobisomens.
Caius olhou para Aro com irritação e algo mais – uma acusação de trai¬ção, talvez.
__ Eles conhecem nosso segredo – disse ele.
Edward parecia prestes a responder a essa acusação, mas Aro foi mais rápido.
__ Eles são criaturas de nosso mundo sobrenatural, irmão. Talvez ainda mais dependentes do sigilo do que nós; não podem nos expor. Cuidado Caius. Alegações falsas não nos levam a lugar nenhum.
Caius respirou fundo e assentiu. Eles trocaram um longo olhar, cheio de significado. Pensei ter entendido a instrução por trás da advertência de Aro. Acusa¬ções falsas não iam ajudar a convencer as testemunhas de nenhum dos lados; Aro estava alertando Caius a passar para a estratégia seguinte. Perguntei-me se o motivo por trás da aparente tensão entre os dois anciãos – a má vontade de Caius em partilhar seus pensamentos com um toque – seria Caius não se importar com a exibição tanto quanto Aro. Se a carnificina esperada não seria tão mais essencial para Caius do que uma reputação imaculada.
__ Quero falar com a informante – anunciou Caius abruptamente e vol¬tou seu olhar para Irina.
Irina não prestava atenção na conversa de Caius e Aro; seu rosto estava retorcido de agonia, os olhos, fixos nas irmãs, enfileiradas para morrer. Em seu rosto estava claro que agora ela sabia que sua acusação fora totalmente falsa.
__ Irina – ladrou Caius, insatisfeito por ter de se dirigir a ela. Ela levantou a cabeça, assustada e amedrontada.
Caius estalou os dedos. Hesitante, ela saiu da margem da formação Volturi para ficar de frente para Caius de novo.
__ Parece que você cometeu um erro em suas alegações – começou Caius.
Tanya e Kate inclinaram-se para a frente, ansiosas.
__ Desculpe-me – sussurrou Irina. – Eu deveria ter me certificado do que estava vendo. Mas eu não fazia ideia... – Ela gesticulou desamparada na nossa direção.
__ Meu Caro Caius, você esperaria que ela adivinhasse em um instante algo tão estranho e impossível? – perguntou Aro. – Qualquer um de nós teria feito a mesma suposição.
Caius agitou os dedos para silenciar Aro.
__ Todos sabemos que você cometeu um erro – disse ele bruscamente. – Eu me referia a suas motivações.
Nervosa, Irina esperou que ele continuasse, então repetiu:
__ Minhas motivações?
__ Sim, para vir espioná-los, antes de tudo.
Irina se encolheu com a palavra espionar.
__ Estava insatisfeita com os Cullen, não é verdade?
Ela voltou seus olhos infelizes para Carlisle.
__ Estava – admitiu.
__ Porque...? – incitou Caius.
__ Porque os lobisomens mataram meu amigo – sussurrou ela. – E os Cullen não me permitiram vingá-lo.
__ Os transfiguradores – corrigiu Aro em voz baixa.
__ Então os Cullen tomaram o partido dos transfiguradores e contra nossa própria espécie... contra o amigo de uma amiga, até – resumiu Caius.
Ouvi Edward deixar escapar um som de repulsa. Caius estava verificando sua lista, procurando uma acusação que pegasse. Os ombros de Irina enrijeceram.
__ Era assim que eu via.
Caius esperou novamente e sugeriu:
__ Se quiser fazer uma queixa formal contra os transfiguradores... e os Cullen, por apoiarem seus atos... esta é a hora. – Ele abriu um sorrisinho cruel, esperando que Irina lhe desse a próxima desculpa.
Talvez Caius não entendesse as famílias de verdade – as relações baseadas em amor, e não apenas no amor pelo poder. Talvez ele superestimasse a força da vingança. O queixo de Irina empinou-se e seus ombros se endireitaram.
__ Não, não tenho nenhuma queixa contra os lobisomens, nem contra os Cullen. Vocês vieram aqui para destruir uma criança imortal. Não existe nenhuma criança imortal. Esse foi meu erro, e assumo total responsabilidade por ele. Mas os Cullen são inocentes e vocês não têm motivos para perma¬necer aqui. Sinto muito – ela nos disse, e então se voltou para as testemu¬nhas dos Volturi. – Não houve nenhum crime. Não há motivo válido para ficarem.
Enquanto ela falava, Caius ergueu a mão, e nela havia um estranho objeto de metal, entalhado e decorado.
Era um sinal. A reação foi tão rápida que todos assistimos em aturdida incredulidade enquanto acontecia. Antes que houvesse tempo para reagir, estava acabado.
Três dos soldados Volturi saltaram para a frente, e Irina foi completa¬mente obscurecida por seus mantos cinza. No mesmo instante, um horrendo guincho metálico rasgou a clareira. Caius deslizou para o meio do alvoroço cinza, e o guincho chocante explodiu numa chuva assustadora de centelhas e línguas de fogo. Os soldados fugiram do inferno repentino, saltando para trás e imediatamente reassumindo suas posições na linha perfeitamente reta da guarda.
Caius permaneceu sozinho ao lado dos restos em brasa de Irina, o objeto de metal em sua mão ainda lançando um jato espesso de fogo na pira.
Com um pequeno estalo, o fogo que esguichava da mão de Caius desapareceu. Um arquejo percorreu a massa de testemunhas atrás dos Volturi. Estávamos horrorizados demais para emitir qualquer ruído. Uma coisa era saber que a morte viria com uma velocidade feroz e irreprimível; outra era vê-la acontecer.
Caius deu um sorriso frio.
__ Agora ela assumiu toda a responsabilidade por seus atos.
Seus olhos dispararam para a nossa linha de frente, tocando rapidamente as formas paralisadas de Tanya e Kate.
Naquele segundo eu entendi que Caius não havia subestimado os laços de uma verdadeira família. Essa era a trama. Ele não quisera arrancar a queixa de Irina; o que ele queria era que ela o desafiasse. Uma desculpa para destruí-la, para inflamar a violência que enchia o ar como uma névoa espessa e combustível. Ele havia riscado um fósforo.
A paz tensa daquela reunião já oscilava mais precariamente do que um elefante numa corda bamba. Assim que a luta começasse, não haveria como pará-la. Ela só aumentaria até que um lado estivesse inteiramente extinto. Nosso lado. Caius sabia disso.
E também Edward.
__ Detenham-nas! – gritou Edward, saltando para agarrar o braço de Tanya enquanto ela se atirava na direção do sorridente Caius com um grito enlouquecido de puro ódio. Ela não conseguiu se livrar de Edward antes que Carlisle passasse os braços em sua cintura, prendendo-a.
__ É tarde demais para ajudá-la – argumentou ele com urgência enquanto ela lutava. – Não lhe dê o que ele quer!
Kate foi mais difícil de conter. Gritando sem dizer nada, como Tanya, ela deu o primeiro passo do ataque que terminaria com a morte de todos
Rosalie estava mais perto dela, mas, antes que Rose pudesse imobilizá-la com uma gravata, Kate lhe aplicou um choque tão violento que Rose no chão. Emmett agarrou o braço de Kate e a derrubou, depois recuou, baleando, seus joelhos cedendo. Kate se levantou, e parecia que ninguém poderia detê-la.
Garrett atirou-se sobre ela, jogando-a no chão novamente. Ele passou os braços em torno dos dela, segurando com força os próprios punhos. Vi o cor¬po dele agitar-se em espasmos enquanto ela lhe aplicava choques. Os olhos de Garrett rolaram nas órbitas, mas ele não a soltou.
__ Zafrina – gritou Edward.
Os olhos de Kate ficaram vagos e seus gritos transformaram-se em gemi¬dos. Tanya parou de lutar.
__ Devolva minha visão – sibilou Tanya.
Desesperada, mas com toda a delicadeza que consegui, eu empurrei meu escudo ainda mais contra as centelhas de meus amigos, retirando-o cuidado¬samente de Kate enquanto tentava mantê-lo em torno de Garrett, formando uma membrana fina entre eles.
E então Garrett tinha o controle de si mesmo outra vez, segurando Kate na neve.
__ Se eu a deixar levantar, vai me derrubar de novo, Kate? – sussurrou ele. Ela rosnou em resposta, ainda se debatendo cegamente.
__ Ouçam-me, Tanya, Kate – disse Carlisle num sussurro baixo mas intenso. – A vingança não as ajudará agora. Irina não ia querer que desper¬diçassem a vida dessa maneira. Pensem no que estão fazendo. Se os atacarem, todos vamos morrer.
Os ombros de Tanya desabaram com a dor, e ela se recostou em Carlisle, buscando apoio. Kate finalmente ficou imóvel. Carlisle e Garrett continuaram a consolar as irmãs com palavras insistentes demais para parecerem recon¬fortantes.
E minha atenção se voltou para os olhares que pesavam sobre nosso mo¬mento de caos. Pelo canto do olho pude ver que Edward e todos, exceto Carlisle e Garrett, estavam em guarda novamente.
O olhar mais pesado vinha de Caius, olhando com uma incredulidade enfurecida Kate e Garrett na neve. Aro também observava os dois, descrença era a emoção mais forte em seu rosto. Ele sabia o que Kate podia fazer. Tinha sentido sua potência por meio das lembranças de Edward.
Será que ele entendia o que estava acontecendo agora – via que meu escudo tinha adquirido força e sutileza muito além do que Edward sabia que eu era capaz de fazer? Ou ele pensava que Garrett tinha aprendido sua própria forma de imunidade?
A guarda Volturi não tinha mais aquela atenção disciplinada – estava agachados, esperando para lançar o contra-ataque no momento em que fizéssemos a investida.
Atrás deles, quarenta e três testemunhas observavam com expressões muito diferentes daquelas que tinham ao entrar na clareira. A confusão se transformara em desconfiança. Todos ficaram abalados com a destruição relâmpago de Irina. Qual fora o crime dela?
Sem o ataque imediato com que Caius havia contado para distraí-los de seu ato temerário, as testemunhas Volturi se viram questionando exatamente o que estava acontecendo ali. Aro olhou para trás rapidamente enquanto eu observava, seu rosto traindo-o com um lampejo de irritação. Sua necessidade de uma plateia havia se voltado contra ele.
Ouvi os murmúrios silenciosos de alegria de Stefan e Vladimir com o desconforto de Aro.
Aro, obviamente, estava preocupado em manter sua auréola, como dis¬seram os romenos. Mas eu não acreditava que os Volturi nos deixariam em paz só para salvar sua reputação. Depois que terminassem conosco, certa¬mente abateriam também suas testemunhas. Senti uma compaixão estranha e repentina pela massa de estranhos que os Volturi trouxeram para nos ver morrer. Demetri os perseguiria até que eles também estivessem extintos.
Por Jacob e Renesmee, por Alice e Jasper, por Alistair e por todos aqueles estranhos que não sabiam o que lhes custaria aquele dia, Demetri tinha de morrer.
Aro tocou de leve o ombro de Caius.
__ Irina foi punida por dar falso testemunho contra esta criança. – Então essa era a desculpa deles. Ele continuou: – Talvez devamos voltar à questão que nos interessa.
Caius endireitou o corpo e sua expressão endureceu, tornando-se impene¬trável. Ele olhava à frente, sem nada ver. Seu rosto lembrou, estranhamente, o de uma pessoa que tinha acabado de saber que fora rebaixada.
Aro adiantou-se, Renata, Felix e Demetri automaticamente movendo-se com ele.
__ Para cobrirmos todos os aspectos – disse ele –, gostaria de falar com algumas de suas testemunhas. Protocolo, vocês sabem. – Ele agitou a mão com desdém.
Duas coisas aconteceram a um só tempo. Os olhos de Caius se concentraram em Aro e o sorrisinho cruel voltou. E Edward sibilou, as mãos fechando se com tanta força que parecia que os ossos dos nós dos dedos romperiam a pele dura como diamante.
Eu estava desesperada para perguntar a ele o que se passava, mas Aro estava muito perto para ouvir o mais leve sussurro. Vi Carlisle olhar ansioso para Edward, e então seu rosto enrijeceu.
Enquanto Caius tropeçava em acusações inúteis e tentativas precipitadas de incitar à luta, Aro devia ter pensado numa estratégia mais eficaz.
Aro caminhou como um fantasma pela neve até a extremidade esquerda de nossa linha, parando a uns dez metros de Amun e Kebi. Os lobos próxi¬mos se eriçaram, coléricos, mas se mantiveram no lugar.
__ Ah, Amun, meu vizinho do sul! – disse Aro calorosamente. – Faz muito tempo que não me visita.
Amun estava imóvel, ansioso; Kebi uma estátua ao lado dele.
__ O tempo pouco significa; nunca percebo sua passagem – disse Amun com os lábios imóveis.
__ É verdade – concordou Aro. – Mas quem sabe tem outro motivo para se manter afastado?
Amun nada disse.
__ Pode tomar muito tempo de nosso tempo organizar recém-chegados em um clã. Sei bem disso! Sinto-me grato por ter outros para lidar com o tédio. E fico feliz que seus novos acréscimos tenham se adaptado tão bem. Eu teria adorado ter sido apresentado a eles. Sei que você pretendia me procurar em breve.
__ É claro – disse Amun, o tom tão sem emoção que era impossível dizer se havia medo ou sarcasmo em sua voz.
__ Ah, ora, agora estamos todos juntos! Não é maravilhoso?
Amun assentiu, o rosto inexpressivo.
__ Mas o motivo para sua presença aqui não é tão agradável, infelizmente. Carlisle o chamou para testemunhar?
__ Sim.
__ E o que você testemunhou?
Amun falou com a mesma frieza e falta de emoção.
__ Observei a criança em questão. Quase imediatamente ficou claro que não se tratava de uma criança imortal...
__ Talvez devamos definir nossa terminologia – interrompeu Aro –, agora que parece haver novas classificações. Por criança imortal você se refere, é claro, a uma criança humana que foi mordida e assim transformada em vampira.
__ Sim, é o que quero dizer.
__ O que mais observou sobre a criança?
__ O mesmo que você certamente viu na mente de Edward. Que a criança é biologicamente dele. Que ela cresce. Que ela aprende.
__ Sim, sim – disse Aro, uma ponta de impaciência no tom amisto¬so. – Mas, especificamente nas poucas semanas em que esteve aqui, o que você viu?
A sobrancelha de Amun se franziu.
__ Que ela cresce... rapidamente.
Aro sorriu.
__ E acredita que devamos permitir que ela viva?
Um silvo escapou por meus lábios, e eu não fui a única. Metade dos vampiros em nossa linha ecoou meu protesto. O som era um chiado baixo de fúria que pairou no ar. Do outro lado da campina, algumas testemunhas dos Volturi fizeram o mesmo ruído. Edward recuou e me conteve, passando a mão em minha cintura.
Aro não se virou para o ruído, mas Amun olhou em volta, inquieto.
__ Não estou aqui para fazer julgamentos – ele se esquivou. Aro riu levemente.
__ Apenas a sua opinião.
O queixo de Amun se ergueu.
__ Não vejo nenhum perigo na criança. Ela aprende ainda mais rapida¬mente do que cresce.
Aro assentiu, refletindo. Depois de um instante, ele se afastou.
__ Aro? – chamou Amun. Aro girou.
__ Sim, meu amigo?
__ Já dei meu testemunho. Não tenho outros interesses aqui. Minha par¬ceira e eu gostaríamos de partir agora.
Aro sorriu calorosamente.
__ Claro. Fico feliz que tenhamos podido conversar um pouco. E sei que nos veremos novamente em breve.
Os lábios de Amun eram uma linha reta enquanto ele inclinava a cabeça, reconhecendo a ameaça maldisfarçada. Ele tocou o braço de Kebi, e então os dois correram rapidamente para a margem sul da campina e desapareceram em meio às árvores. Eu sabia que eles não parariam de correr por um bom tempo.
Aro deslizava de volta, seguindo para a direita de nossa fila, seus guardas rondando-o, tensos. Ele parou diante da imensa forma de Siobhan.
__ Olá, minha cara Siobhan. Está linda como sempre.
Siobhan inclinou a cabeça, esperando.
__ E você? – perguntou ele. – Teria respondido a minhas perguntas da mesma forma que Amun?
__ Sim – disse Siobhan. – Mas talvez eu acrescentasse um pouco mais. Renesmee entende as limitações. Ela não coloca os humanos em risco... Ela se mistura melhor do que nós. Não oferece nenhuma ameaça de nos expor.
__ Não consegue pensar em nenhuma? – perguntou Aro com gravidade. Edward grunhiu, um ruído baixo e violento do fundo da garganta.
Os olhos carmim e nebulosos de Caius se iluminaram. Renata estendeu o braço protetor para o mestre.
E Garrett libertou Kate a fim de avançar um passo, ignorando a mão de Kate enquanto, dessa vez, ela tentava alertá-lo. Siobhan respondeu lentamente.
__ Acho que não o compreendi.
Aro recuou um pouco, casualmente, em direção ao resto de sua guarda. Renata, Felix e Demetri estavam mais próximos do que sua sombra.
__ Não houve nenhuma infração à lei – disse Aro numa voz apazigua¬dora, mas cada um de nós podia perceber que viria um porém. Reprimi a raiva que tentava se apoderar de minha garganta e libertar meu rosnado de desafio. Transferi a fúria para meu escudo, espessando-o, certificando-me de que todos estivessem protegidos.
— Nenhuma infração à lei – repetiu Aro. – No entanto, isso assegura que não haja perigo? Não. – Ele sacudiu a cabeça gentilmente. – Esta é outra questão.
A única resposta foi o endurecimento de nervos já tensos, e Maggie, na extremidade de nosso grupo de lutadores, sacudiu a cabeça com uma raiva lenta.
Aro andava de um lado para o outro, pensativo, parecendo flutuar em vez de tocar o chão com os pés. Percebi que cada passo o colocava mais próximo da proteção de sua guarda.
__ Ela é única... Completa e impossivelmente única. Seria um desper¬dício destruir algo tão maravilhoso. Em especial quando podemos aprender tanto... – Ele suspirou, como se hesitasse continuar. – Mas existe perigo, um perigo que não pode ser ignorado.
Ninguém respondeu a essa afirmativa. Fez-se um silêncio mortal enquanto ele continuava o monólogo, como se falasse consigo mesmo.
__ Que ironia que à medida que os homens avançam, que sua fé na ciência aumenta e controla seu mundo, mais livres fiquemos de ser descoberto. No entanto, à medida que nos tornamos cada vez mais desinibidos por sua descrença no sobrenatural, eles se tornem tão fortes em suas tecnologias que se desejassem, poderiam realmente representar uma ameaça para nós até destruir alguns de nós.
"Por milhares e milhares de anos, nosso segredo tem sido mais uma questão de conveniência, de comodidade, em vez de segurança real. Este último século, cruel e furioso, deu à luz armas com tal poder que colocam em risco até os imortais. Agora nossa condição de mero mito na verdade nos protege dessas criaturas fracas que caçamos.
"Esta criança impressionante," ele ergueu a palma da mão como se para pou¬sá-la em Renesmee, embora estivesse a quarenta metros dela, quase dentro da formação Volturi, "se pudéssemos conhecer seu potencial... saber com absoluta certeza que ela poderia sempre continuar abrigada na obscuridade que nos pro¬tege... Mas nada sabemos do que ela se tornará! Seus próprios pais temem por seu futuro. Não podemos saber no que ela se transformará."
Ele parou, olhando, primeiro, para nossas testemunhas, depois, para as dele. Sua voz convencia como a de alguém dilacerado pelo que dizia. Ainda olhando para suas testemunhas, ele voltou a falar.
__ Só o conhecido é seguro. Só o conhecido é tolerável. O desconhecido é... uma vulnerabilidade.
O sorriso de Caius se ampliou cruelmente.
__ Está se estendendo demais, Aro – disse Carlisle numa voz fria.
__ Paz, amigo. – Aro sorriu, o rosto tão gentil, a voz tão suave como sempre. – Não vamos nos precipitar. Vamos examinar a questão de todos os aspectos.
__ Posso propor um aspecto a ser considerado? – solicitou Garrett num tom equilibrado, dando outro passo à frente.
__ Nômade – disse Aro, dando sua permissão.
O queixo de Garrett se ergueu. Seus olhos focalizaram a massa acotovela¬da no fim da campina e ele falou diretamente às testemunhas dos Volturi.
__ Vim aqui a pedido de Carlisle, assim como os outros, para testemunhar – disse ele. – Isso, certamente, não é mais necessário, com relação criança. Todos vemos o que ela é.
"Fiquei para observar outra coisa. Vocês." Ele apontou para os vampiros cautelosos. "Dois de vocês eu conheço... Makenna, Charles... E sei que muitos outros também são errantes, nômades como eu. Que não respondem a ninguém. Pensem com cuidado no que vou lhes dizer agora.
"Esses anciãos não vieram para fazer justiça, como lhes disseram. Tínha¬mos essa desconfiança, e agora isso foi provado. Eles vieram, equivocados, mas com uma desculpa válida para seus atos. Vocês os veem agora procurar desculpas frágeis para continuar sua verdadeira missão. Vejam como lutam para encontrar uma justificativa para seu verdadeiro propósito... destruir esta família aqui."
Ele gesticulou na direção de Carlisle e Tanya.
__ Os Volturi vieram eliminar o que veem como uma concorrência. Tal¬vez, como eu, vocês olhem para os olhos dourados deste clã e se surpreendam. É difícil entendê-los, é verdade. Mas os anciãos olham e veem algo além de sua estranha opção. Eles veem poder.
"Testemunhei os laços que unem esta família – notem que digo família, e não clã. Esta gente estranha, de olhos dourados, nega sua própria nature¬za. Mas será que em troca encontraram algo que vale mais, talvez, do que a mera satisfação do desejo? Estudei-os um pouco enquanto estive aqui, e me parece que intrínseco a este forte laço familiar – o que o torna possível – é o caráter pacífico dessa vida de sacrifício. Não há agressividade, como todos vimos nos grandes clãs do sul, que cresceram e diminuíram tão rapidamente em suas rixas desvairadas. Não há a intenção de domínio. E Aro sabe disso melhor que eu."
Olhei o rosto de Aro enquanto as palavras de Garrett o condenavam, esperando, tensa, uma reação. Mas a expressão de Aro era apenas educada¬mente divertida, como se esperasse que uma criança em um acesso de pirraça percebesse que ninguém estava prestando atenção nela.
__ Quando nos disse o que estava por vir, Carlisle garantiu a todos que não nos chamou aqui para lutar. Estas testemunhas – Garrett apontou para Siobhan e Liam – concordaram em vir para reduzir o avanço dos Volturi com sua presença, de modo que Carlisle tivesse a oportunidade de apresentar seus argumentos.
"Mas alguns de nós se perguntavam", seus olhos passaram pelo rosto de Eleazar, "se ter a verdade a seu lado seria o suficiente para Carlisle impedir a assim chamada justiça. Os Volturi estão aqui para proteger a segurança de nosso segredo ou para proteger seu próprio poder? Eles vieram destruir uma criação ilegal ou um modo de vida? Eles ficariam satisfeitos quando o perigo se revelasse nada mais do que um mal-entendido? Ou levariam a questão adiante, sem a desculpa da justiça?
"Já temos a resposta a todas estas perguntas. Nós a ouvimos nas palavras enganadoras de Aro – temos alguém com o dom para saber essas coisas com certeza – e a vemos agora no sorriso ávido de Caius. Sua guarda é apenas uma arma irracional, um instrumento na busca de domínio de seu senhores.
"Assim, agora há mais questões, questões a que vocês devem responder. Quem os governa, nômades? Vocês respondem aos desejos de alguém, além dos próprios? São livres para escolher seu caminho ou os Volturi decidirão como vocês vão viver?
"Eu vim testemunhar. Fico para lutar. Os Volturi não se importam com a morte da criança. O que eles buscam é a morte de nosso livre-arbítrio."
Ele se virou, então, para encarar os anciãos.
__ Então venham, é o que digo! Não vamos mais ouvir racionalizações mentirosas. Sejam francos em seus propósitos, como somos nos nossos. De¬fenderemos nossa liberdade. Vocês a atacarão ou não. Decidam agora e deixem que essas testemunhas vejam a questão verdadeiramente em debate aqui.
Mais uma vez ele olhou para as testemunhas dos Volturi, os olhos sondan¬do cada rosto. O poder de suas palavras estava evidente na expressão deles.
__ Talvez queiram considerar se juntar a nós. Se pensam que os Volturi os deixarão viver para contar esta história, estão enganados. Seremos todos destruídos – ele deu de ombros –, ou talvez não. Talvez estejamos em pé de igualdade, mais do que eles acreditam. Talvez, finalmente, os Volturi tenham encontrado adversários à altura. Mas eu lhes garanto: se cairmos, vocês cairão.
Ele terminou seu discurso acalorado recuando para o lado de Kate e então deslizando numa postura semiagachada, preparado para o ataque. Aro sorriu.
__ Um belo discurso, meu amigo revolucionário.
Garrett manteve a postura de ataque.
__ Revolucionário? – ele grunhiu. – Contra quem estou me rebelando, posso perguntar? Você é meu rei? Quer que o chame de mestre também, corno sua guarda de sicofantas?
__ Paz, Garrett – disse Aro com tolerância. – Apenas me referi à sua época de nascimento. Pelo que vejo, ainda é um patriota.
Garrett o olhou furioso.
__ Indaguemos a nossas testemunhas – sugeriu Aro. – Ouçamos seus pensamentos antes de tomarmos nossa decisão. Digam-nos, amigos – e ele voltou as costas despreocupadamente para nós, andando alguns metros na direção de sua massa de observadores nervosos, agora ainda mais próxima da beira da floresta –, o que pensam de tudo isso? Posso lhes garantir que a criança não é o que temíamos. Assumimos o risco e deixamos a criança viver? Colocamos nosso mundo em perigo para preservar essa família intacta? Ou o sincero Garrett tem razão? Vocês se unirão a eles numa luta contra nossa súbita busca de dominação?
As testemunhas responderam a seu olhar com expressões cautelosas. Uma mulher pequena de cabelos pretos olhou brevemente o louro ao seu lado.
__ Essas são nossas únicas opções? – ela perguntou de repente, o olhar cintilando de volta a Aro. – Concordar com vocês ou lutar contra vocês?
__ É claro que não, minha encantadora Makenna – disse Aro, parecen¬do horrorizado com o fato de que alguém pudesse chegar àquela conclusão. – Você pode ir em paz, é claro, como fez Amun, mesmo que discorde da decisão do conselho deliberativo.
Makenna olhou o rosto do parceiro de novo, e ele assentiu minimamente.
__ Não viemos para lutar. – Ela parou, soltou o ar, então disse: – Esta¬mos aqui para testemunhar. E nosso testemunho é que esta família condena¬da é inocente. Tudo o que Garrett afirmou é a verdade.
__ Ah! – disse Aro com tristeza. – Lamento que nos veja dessa manei¬ra. Mas essa é a natureza do nosso trabalho.
__ Não é o que vejo, mas o que sinto – disse o parceiro louro de Ma¬kenna num tom alto e nervoso. Ele olhou para Garrett. – Garrett disse que eles têm formas de identificar mentiras. Eu também sei quando estou ouvin¬do a verdade e quando não estou. – Com olhos assustados, ele se aproximou da parceira, esperando pela reação de Aro.
__ Não tenha medo de nós, amigo Charles. Não há dúvida de que o pa¬triota acredita de fato no que diz. – Aro riu de leve e os olhos de Charles se estreitaram.
__ Este é nosso testemunho – disse Makenna. – Agora vamos partir.
Ela e Charles recuaram lentamente, só nos voltando as costas depois de os perdermos de vista nas árvores. Outro estranho começou a se retirar da mesma maneira, depois mais três dispararam atrás dele.
Avaliei os trinta e sete vampiros que ficaram. Alguns pareciam confusos demais para tomar a decisão. Mas a maioria parecia estar totalmente ciente do rumo que o confronto assumia. Calculei que estavam desistindo da vantagem de uma saída antecipada em favor de saber exatamente quem os caçaria depois.
Eu tinha certeza de que Aro via o mesmo que eu. Ele se afastou, retornando à sua guarda com um passo comedido. Parou diante deles e lhes falou em tom claro.
__ Somos em menor número, meus queridos – disse ele. – Não podemos esperar ajuda externa. Devemos deixar esta questão sem uma solução para nos salvar?
__ Não, mestre – sussurraram eles em uníssono.
__ A proteção de nosso mundo vale a possível perda de alguns de nós?
__ Sim – sussurraram. – Não temos medo.
Aro sorriu e virou-se para seus companheiros de mantos negros.
__ Irmãos – disse Aro sombriamente –, há muito o que considerar aqui.
__ Deliberemos – disse Caius com ansiedade.
__ Deliberemos – repetiu Marcus num tom desinteressado.
Aro nos deu as costas de novo, ficando de frente para os outros anciãos. Eles se deram as mãos, formando um triângulo de mantos negros.
Assim que a atenção de Aro se voltou para a muda deliberação, outras duas testemunhas desapareceram silenciosamente na floresta. Desejei, para o bem deles, que fossem rápidos.
Era agora. Com cuidado, soltei os braços de Renesmee de meu pescoço.
__ Lembra o que eu disse a você?
Lágrimas encheram seus olhos, mas ela assentiu.
__ Eu amo você – sussurrou ela.
Agora Edward nos observava, os olhos topázio arregalados. Jacob nos olha¬va pelo canto de seus grandes olhos escuros.
– Eu também amo você – eu disse, depois toquei seu medalhão. -Mais do que minha própria vida. – E lhe dei um beijo na testa.
Jacob gemeu, inquieto. Fiquei na ponta dos pés e sussurrei em seu ouvido:
__ Espere até que eles estejam totalmente distraídos, depois corra com ela. Vá para o lugar mais longe daqui possível. Quando estiver o mais distan¬te que conseguir a pé, ela terá aquilo de que vocês precisam para continuar por ar.
O rosto de Edward e Jacob eram máscaras quase idênticas de pavor, apesar do fato de um deles ser um animal.
Renesmee estendeu a mão para Edward e ele a pegou nos braços. Eles se abraçaram com força.
__ Foi isso que escondeu de mim? – sussurrou ele por cima da cabeça e Renesmee.
__ De Aro – sussurrei.
__ Alice?
Assenti. Seu rosto se retorceu com compreensão e dor. Teria sido aquela a expressão em meu rosto quando eu finalmente reunira as pistas de Alice?
Jacob grunhia baixo, um som áspero que era tão regular e ininterrupto quanto um ronronar. Os pelos de seu dorso estavam eriçados e os dentes, expostos.
Edward beijou a testa e ambos os lados do rosto de Renesmee, depois a colocou no ombro de Jacob. Ela subiu com agilidade em suas costas, agarrando-se aos pelos, e se acomodou facilmente no espaço entre os ombros imensos.
Jacob virou-se para mim, os olhos expressivos cheios de agonia, o grunhi¬do ainda rasgando seu peito por dentro.
__ Você é o único a quem poderíamos confiá-la – murmurei para ele. – Se você não a amasse tanto, eu não suportaria isso. Sei que pode protegê-la, Jacob.
Ele gemeu de novo e baixou a cabeça para encostá-la em meu ombro.
__ Eu sei – sussurrei. – Eu também amo você, Jake. Você sempre será meu padrinho.
Uma lágrima do tamanho de uma bola de beisebol caiu no pelo avermelhado embaixo do olho. Edward inclinou a cabeça no mesmo ombro onde tinha colocado Renesmee.
__ Adeus, Jacob, meu irmão... meu filho.
Os outros não estavam alheios à cena de despedida. Seus olhos estavam fixos no silencioso triângulo negro, mas eu sabia que estavam ouvindo.
__ Não há esperanças, então? – sussurrou Carlisle. Não havia medo em sua voz. Só determinação e aceitação.
__ Há esperança, definitivamente – murmurei. Pode ser verdade, eu disse mim mesma. – Só sei de meu próprio destino.
Edward pegou minha mão. Ele sabia que estava incluído. Quando eu disse meu destino, não havia dúvida de que me referia a nós dois. Éramos as metades de um todo.
A respiração de Esme, atrás de mim, era entrecortada. Ela passou por nós tocando-nos o rosto, e foi se colocar ao lado de Carlisle e segurar sua mão. De repente, estávamos cercados por murmúrios de adeus e eu te amo.
__ Se sobrevivermos a isso – Garrett sussurrou para Kate –, eu a seguirei a qualquer lugar, mulher.
__ Agora é que ele me diz isso – ela murmurou. Rosalie e Emmett se beijaram rápida mas apaixonadamente.
Tia afagou o rosto de Benjamin. Ele sorriu para ela, alegre, pegando sua mão e a segurando junto a seu peito.
Não vi todas as expressões de amor e dor. Uma súbita e latejante pressão do lado externo de meu escudo me chamou a atenção. Eu não sabia de onde vinha, mas parecia que era dirigida às extremidades de nosso grupo, a Sio¬bhan e Liam particularmente. A pressão não causou danos, e então se foi.
Não houve alteração nas formas silenciosas e imóveis dos anciãos em de¬liberação. Mas talvez houvesse algum sinal que eu perdera.
__ Preparem-se – sussurrei aos outros. – Está começando.
Capitulo 12
__ Chelsea está tentando romper nossos laços – sussurrou Edward. – Mas não consegue encontrá-los. Ela não consegue nos sentir aqui... – Seus olhos pousaram em mim. – Você está fazendo isso? Sorri sinistramente para ele.
__ Estou cobrindo todos.
Edward se afastou de mim de repente, a mão estendida para Carlisle. Ao mesmo tempo, senti um golpe muito mais agudo contra o escudo, onde envolvia protetoramente a luz de Carlisle. Não doeu, mas também não foi agradável.
__ Carlisle? Você está bem? – arquejou Edward freneticamente.
__ Sim. Por quê?
__ Jane – respondeu Edward.
No momento em que ele disse aquele nome, uma dúzia de ataques pre¬cisos nos atingiram em um segundo, golpeando todo o escudo elástico, mi¬rando em doze diferentes pontos brilhantes. Eu me contraí, certificando-me de que o escudo não estava danificado. Não parecia que Jane fora capaz de perfurá-lo. Olhei em volta rapidamente; todos estavam bem.
__ Incrível – disse Edward.
__ Por que não estão esperando a decisão? – sibilou Tanya.
__ Procedimento normal – respondeu Edward bruscamente. – Em ge¬ral, eles incapacitam os que estão em julgamento para que não possam fugir.
Olhei para Jane, do outro lado, encarando nosso grupo com uma incredulidade furiosa. Eu tinha certeza de que, além de mim, ela nunca vira alguém permanecer incólume a seu ataque feroz.
Provavelmente, não foi muito maduro de minha parte. Mas imaginei que Aro levaria meio segundo para deduzir – se é que já não rinha deduzido – que meu escudo era mais poderoso do que Edward imaginava; eu já trazia um alvo enorme na testa e não tinha sentido tentar guardar segredo do que eu podia fazer. Então abri um sorriso imenso e presunçoso para Jane.
Seus olhos se estreitaram e senti outra punhalada de pressão, dessa vez dirigida a mim. Arreganhei ainda mais os lábios, mostrando os dentes.
Jane soltou um rosnado alto e agudo. Todos pularam, até a guarda disci¬plinada. Todos, exceto os anciãos, que levantaram os olhos de sua conferên¬cia. O gêmeo de Jane pegou seu braço enquanto ela se agachava para atacar.
Os romenos começaram a rir em um antegozo sombrio.
__ Eu lhe disse que essa era a nossa hora – disse Vladimir a Stefan.
__ Olhe só a cara da bruxa – disse Stefan com uma risadinha.
Alec afagou o ombro da irmã, tranquilizando-a, depois a segurou sob o braço. Ele virou o rosto para nós, perfeitamente tranquilo, completamente angelical.
Esperei sentir alguma pressão, algum sinal do ataque dele, mas não senti nada. Ele continuava a nos olhar com o lindo rosto composto. Será que estava atacando? Estaria ele passando por meu escudo? Seria eu a única que ainda podia vê-lo? Apertei a mão de Edward.
__ Você está bem? – perguntei, engasgada.
__ Sim – sussurrou ele.
__ Alec está tentando?
Edward assentiu.
__ Seu dom é mais lento que o de Jane. Arrasta-se. Vai nos tocar daqui a alguns segundos.
Então eu o vi, quando tinha uma pista do que procurar.
Uma névoa clara e estranha se arrastava pela neve, quase invisível contra o branco. Lembrou uma miragem – uma leve deformação na visão, uma sugestão de tremor. Estendi meu escudo adiante de Carlisle e da linha de frente, temerosa de ter a neblina furtiva perto demais quando nos atingisse. E se conseguisse passar por minha proteção intangível? Deveríamos correr?
Um estrondo baixo ocorreu pelo chão sob nossos pés e uma lufada de ven¬to soprou a neve em súbitas rajadas entre nossa posição e a dos Volturi. Ben¬jamin também tinha visto a ameaça rastejante e agora tentava afastar a névoa de nós. Graças à neve, era fácil ver onde ele lançara o vento, mas a névoa nao reagiu de maneira nenhuma. Era como o ar soprando inofensivamente uma sombra; a sombra era imune.
A formação triangular dos anciãos finalmente se separou quando, com um gemido torturante, uma fissura funda e estreita se abriu em um longo zigue¬zague no meio da clareira. A terra se agitou sob meus pés por um momento. As correntes de neve mergulharam na abertura, mas a névoa a atravessou, por cima, tão intocada pela gravidade quanto fora pelo vento.
De olhos arregalados, Aro e Caius viam a terra se abrir. Marcus olhava na mesma direção sem emoção alguma.
Eles não falaram; também esperaram, enquanto a névoa se aproximava de nós. O vento gritou mais alto, mas não mudou o rumo da neblina. Jane agora sorria.
E, então, a névoa atingiu uma parede.
Pude sentir o gosto assim que ela tocou meu escudo – um sabor denso, doce e enjoativo. Lembrou-me vagamente o torpor da novocaína em minha língua.
A névoa espiralou para cima, procurando uma brecha, um ponto fraco. Não encontrou nenhum. Os dedos da neblina se retorciam para o alto e em torno do escudo, tentando encontrar uma maneira de entrar, e assim revelan¬do o tamanho impressionante da tela de proteção.
Ouviram-se arquejos de ambos os lados da fenda de Benjamin.
__ Muito bom, Bella! – aprovou Benjamin em voz baixa. Meu sorriso voltou.
Eu podia ver os olhos semicerrados de Alec, a dúvida em seu rosto pela pri¬meira vez enquanto sua névoa girava inofensiva nos limites de meu escudo.
E então entendi que eu podia conseguir. Evidentemente, eu seria a prio¬ridade número 1, a primeira a morrer, mas desde que me mantivesse firme, estaríamos em pé de igualdade com os Volturi. Ainda tínhamos Benjamin e Zafrina; eles não tinham nenhuma ajuda sobrenatural. Desde que eu conse¬guisse segurar.
__ Terei de me concentrar – sussurrei para Edward. – Quando chegar a hora do corpo a corpo, será mais difícil manter o escudo em volta das pessoas certas.
__ Eu os manterei afastados de você.
__ Não. Você precisa pegar Demetri. Zafrina os manterá longe de mim.
Zafrina assentiu solenemente.
__ Ninguém tocará esta jovem – prometeu ela a Edward.
__ Eu iria atrás de Jane e Alec, mas sou mais útil aqui.
__ Jane é minha – sibilou Kate. – Ela precisa provar do próprio remédio.
__ E Alec me deve muitas vidas, mas vou me contentar com a dele – grunhiu Vladimir do outro lado. – Ele é meu.
__ Eu só quero Caius – afirmou Tanya serenamente.
Os outros começaram a repartir os adversários, mas foram rapidamente interrompidos.
Aro, olhando calmamente a névoa ineficaz de Alec, por fim falou.
__ Antes de votarmos – começou ele.
Sacudi a cabeça com raiva. Eu estava cansada daquele teatro. O desejo de sangue me incitava de novo, e eu lamentava que ajudasse mais aos outros ficando parada. Eu queria lutar.
__ Permitam-me lembrá-los – continuou Aro – de que, qualquer que seja a decisão do conselho, não há necessidade de violência.
Edward rosnou uma risada sombria. Aro olhou para ele com tristeza.
__ Será um desperdício lamentável para nossa espécie perder qualquer um de vocês. Mas você especialmente, jovem Edward, e sua parceira recém-criada. Os Volturi ficariam felizes em receber muitos de vocês em nossas fileiras. Bella, Benjamin, Zafrina, Kate. Há muitas opções diante de vocês. Considerem-nas.
A tentativa de Chelsea de nos abalar oscilou impotente contra meu escu¬do. O olhar de Aro percorreu nossos olhos duros, procurando algum sinal de hesitação. Pela expressão dele, não encontrou nenhum.
Eu sabia que ele estava desesperado para manter Edward e a mim, para nos aprisionar, como tinha esperado escravizar Alice. Mas essa luta era gran¬de demais. Ele não venceria se eu vivesse. Eu estava tremendamente feliz por ser tão poderosa que não lhe deixava a possibilidade de não me matar.
__ Sendo assim, vamos votar – disse ele com visível relutância. Caius falou com uma pressa ansiosa.
__ A criança representa o desconhecido. Não há motivo para permitir que um risco desses continue a existir. Ela deve ser destruída, junto com todos que a protegem. – Ele sorriu na expectativa.
Reprimi um grito de desafio em resposta a seu sorriso cínico e cruel. Marcus ergueu os olhos despreocupados, parecendo olhar através de nós enquanto votava.
__ Não vejo nenhum perigo imediato. Por ora, a criança é suficientemen¬te segura. Podemos reavaliar depois. Vamos embora em paz. – Sua voz era ainda mais fraca do que os suspiros frágeis do irmão.
Ninguém da guarda relaxou suas posições com as palavras de desacordo. O sorriso de expectativa de Caius não se abalou. Era como se Marcus não tivesse falado.
__ Cabe a mim o voto de Minerva, ao que parece – refletiu Aro.
De repente, Edward enrijeceu a meu lado.
__ Sim! – sibilou ele.
Arrisquei uma olhada para ele. Seu rosto cintilava com uma expressão de triunfo que eu não entendi – era a expressão que um anjo da destruição deveria ter enquanto o mundo queimava. Linda e apavorante. Houve uma fraca reação da guarda, um murmúrio inquieto.
__ Aro? – chamou Edward, quase aos gritos, a vitória indisfarçada em sua voz.
Aro hesitou por um segundo, avaliando esse novo estado de espírito antes de responder.
__ Sim, Edward? Há mais alguma coisa...?
__ Talvez – disse Edward de modo agradável, controlando a empolgação inexplicada. – Primeiro, posso esclarecer uma questão?
__ Certamente – disse Aro, erguendo as sobrancelhas, agora só o inte¬resse educado na voz.
Meus dentes trincaram; Aro era sempre mais perigoso quando gentil.
__ O perigo que você prevê vindo de minha filha... ele tem origem intei¬ramente em sua incapacidade de deduzir como ela se desenvolverá? É esse o xis da questão?
__ Sim, amigo Edward – concordou Aro. – Se pudéssemos ter certeza de que, enquanto cresce, ela será capaz de permanecer escondida do mundo humano... de não colocar em risco a segurança de nossa obscuridade... – Ele se interrompeu, dando de ombros.
– Então, se pudéssemos ter certeza – sugeriu Edward – exatamente do que ela se tornará... então não haveria nem necessidade de um conselho deliberativo?
__ Se houvesse alguma maneira de estar absolutamente certo – con¬cordou Aro, a voz frágil um pouco mais estridente. Ele não entendia aonde Edward queria chegar. Nem eu. – Então, sim, não haveria o que debater.
__ E poderíamos nos despedir em paz, como bons amigos novamente? - perguntou Edward com um toque de ironia. Ainda mais estridente.
__ É claro, meu jovem amigo. Nada me agradaria mais.
Edward riu, exultante.
__ Então tenho algo mais a oferecer.
Os olhos de Aro se estreitaram.
__ Ela é absolutamente única. Seu futuro só pode ser conjecturado.
__ Não absolutamente única – discordou Edward. – Rara, certamente, mas não única.
Lutei contra o choque, a esperança repentina ganhando vida, pois ela ameaçava me distrair. A névoa de aspecto doentio ainda girava nos limites do meu escudo. E enquanto eu me esforçava para me concentrar, senti de novo a pressão perfurante em minha proteção.
__ Aro, poderia pedir a Jane que pare de atacar minha esposa? – per¬guntou Edward com cortesia. – Ainda estamos discutindo as provas.
Aro ergueu a mão.
__ Paz, meus queridos. Vamos ouvi-lo.
A pressão desapareceu. Jane arreganhou os dentes para mim; não pude deixar de sorrir para ela.
__ Por que não se junta a nós, Alice? – chamou Edward em voz alta.
__ Alice – sussurrou Esme, chocada. Alice!
Alice, Alice, Alice!
__ Alice! Alice! – murmuraram outras vozes à minha volta.
__ Alice – sussurrou Aro.
O alívio e a alegria violenta cresceram dentro de mim. Precisei de toda a minha força de vontade para manter o escudo no lugar. A névoa de Alec ainda procurava um ponto fraco – Jane veria se eu deixasse bu¬racos.
Então os ouvi correndo pela floresta, voando, aproximando-se o mais rá¬pido que podiam, sem nenhuma tentativa de manter silêncio.
Os dois lados ficaram imóveis, na expectativa. As testemunhas Volturi franziram a testa, novamente confusas.
Então Alice entrou bailando na clareira, vinda do sudoeste, e senti que a alegria de ver seu rosto novamente poderia me desconcentrar totalmen¬te. Jasper estava poucos centímetros atrás dela, os olhos atentos e ferozes. Logo depois deles vieram três estranhos; a primeira era uma mulher alta e musculosa, com cabelos escuros e desgrenhados – evidentemente Kachiri.
Tinha os membros alongados e feições das outras Amazonas, ainda mais pronunciados no caso dela.
Em seguida uma vampira de pele morena com uma longa trança de cabelos negros presos nas costas. Seus profundos olhos cor de vinho percor¬reram nervosos o confronto que tinha diante de si.
E o último era um jovem... não tão veloz, nem tão fluido em sua corrida. Sua pele era de um castanho-escuro inacreditável. Seus olhos cautelosos passaram feito relâmpago pela reunião, e eram da cor da terra. O cabelo era preto e trançado, como o da mulher, embora não tão comprido. Ele era lindo.
Enquanto se aproximavam de nós, um novo som provocou ondas de choque pela multidão que assistia – o som de outro coração batendo, acelerado pelo esforço.
Alice saltou com leveza sobre os limites da névoa que se dissipava mas continuava tentando penetrar em meu escudo, e parou sinuosamente ao lado de Edward. Estendi a mão para tocar seu braço, e Edward, Esme e Carlisle fizeram o mesmo. Não havia tempo para outra recepção. Jasper e os outros seguiram-na através do escudo.
Toda a guarda observava, a especulação em seus olhos, enquanto os recém-chegados atravessavam a fronteira invisível sem dificuldade. Os musculosos, Felix e outros como ele, focalizaram os olhos repentinamente esperançosos em mim. Antes eles não tinham certeza do que meu escudo repelia, mas agora estava claro que não impediria um ataque físico. Assim que Aro desse a ordem, eles atacariam, tendo a mim como único alvo. Perguntei-me quantos Zafrina seria capaz de cegar e quanto isso os atrasa¬ria. Tempo suficiente para Kate e Vladimir tirarem Jane e Alec da equação? Era só o que eu podia pedir.
Apesar de estar absorto no estratagema que dirigia, Edward enrijeceu-se furiosamente em reação aos pensamentos deles. Ele se controlou e voltou a falar com Aro.
__ Alice procurou sua própria testemunha nas últimas semanas – disse ele aos anciãos. – E não voltou de mãos vazias. Alice, por que não apresen¬ta as testemunhas que trouxe?
Caius rosnou.
__ Já passou a hora das testemunhas! Dê seu voto, Aro!
Aro ergueu um dedo para silenciar o irmão, os olhos pousados no rosto de Alice. Ela avançou ligeiramente e apresentou os estranhos.
__ Estes são Huilen e seu sobrinho, Nahuel.
Ouvir a voz dela... era como se ela nunca tivesse partido. Os olhos de Caius se estreitaram enquanto Alice nomeava a relação entre os recém-chegados. As testemunhas Volturi sibilaram entre si. O mundo vampiro estava mudando, e todos podiam sentir isso.
__ Fale, Huilen – exigiu Aro. – Dê-nos o testemunho que foi trazida aqui para dar.
A mulher pequenina olhou nervosa para Alice, que assentiu, encorajan-do-a, e Kachiri pôs a comprida mão no ombro de Huilen.
__ Meu nome é Huilen – anunciou a mulher com clareza, mas em um estranho sotaque. Enquanto ela continuava, ficou evidente que tinha se preparado para contar aquela história, que treinara para isso. Fluía como uma familiar canção de ninar. – Há um século e meio eu vivia com meu povo, os mapuches. Minha irmã chamava-se Pire. Nossos pais a batizaram com o nome da neve nas montanhas por causa de sua pele clara. E ela era muito bonita... bonita demais. Um dia ela me falou, em segredo, do anjo que encontrou no bosque e que a visitava à noite. Eu a adverti. – Huilen sacudiu a cabeça, pesarosa. – Como se os hemato¬mas em sua pele não fossem advertências suficientes. Eu sabia que era o lobisomem de nossas lendas, mas ela não me deu ouvidos. Estava enfei¬tiçada.
"Ela me contou quando teve certeza de que o filho de seu anjo sombrio estava crescendo dentro dela. Eu não tentei dissuadi-la de seu plano de fugir... Eu sabia que até nosso pai e nossa mãe concordariam que a criança fosse destruída, e Pire com ela. Fui com ela para as partes mais escondidas da floresta. Ela procurou seu anjo demônio, mas não encontrou nada. Eu cuidei dela, caçava para ela quando suas forças lhe faltaram. Ela comia animais crus, bebia seu sangue. Eu não precisava de mais confirmação do que ela carregava no útero. Eu tinha esperanças de salvá-la antes de matar o monstro.
"Mas ela amava o filho que trazia no ventre. E o chamava de Nahuel, um felino da selva, quando ele ficou forte e começou a quebrar seus ossos. Mas ainda assim ela o amava.
"Não pude salvá-la. A criança veio à luz rasgando-a, e ela morreu rapi¬damente, implorando que eu cuidasse de Nahuel. Seu desejo de moribunda.. e eu concordei.
"Mas ele me mordeu quando tentei erguê-lo de sobre o corpo dela. Eu me arrastei pela selva para morrer. Não fui muito longe – a dor era dema¬siada. Ele me encontrou; a criança recém-nascida se arrastou pela vegetação rasteira até o meu lado e me esperou. Quando a dor passou, ele estava en¬roscado encostado ao meu corpo, dormindo.
"Cuidei dele até que foi capaz de caçar sozinho. Caçamos nas aldeias em volta de nossa floresta, sempre sozinhos. Nunca nos afastamos tanto de nosso lar, mas Nahuel queria ver a criança daqui."
Huilen curvou a cabeça quando terminou, e recuou, ficando parcial¬mente escondida atrás de Kachiri.
Os lábios de Aro estavam franzidos. Ele olhava o jovem de pele morena.
__ Nahuel, você tem 150 anos? – perguntou ele.
__ Uma década a mais ou a menos – respondeu ele numa voz clara, calorosa e linda. Seu sotaque mal era perceptível. – Não contamos.
__ E com quantos anos chegou à maturidade?
__ Cerca de sete anos após o meu nascimento, mais ou menos, eu já era adulto.
__ Não mudou desde então?
Nahuel deu de ombros.
__ Não que eu tenha percebido.
Senti um tremor repentino pelo corpo de Jacob. Eu não queria pensar naquilo ainda. Ia esperar até que o perigo passasse e eu pudesse me concentrar.
__ E sua dieta? – pressionou Aro, parecendo interessado, mesmo contra a vontade.
__ Principalmente sangue, mas como um pouco de alimento humano. Posso sobreviver com os dois.
__ Você foi capaz de criar uma imortal? – Quando Aro apontou Hui¬len, a voz dele ficou subitamente intensa. Voltei a me concentrar no escu¬do; talvez ele procurasse uma nova desculpa.
__ Sim, mas as outras não podem.
Um murmúrio de choque percorreu os três grupos. As sobrancelhas de Aro se ergueram.
__ As outras?
__ Minhas irmãs. – Nahuel deu de ombros de novo.
Aro o encarou irritado por um momento antes de se recompor.
__ Talvez possa nos contar o resto de sua história, uma vez que parece haver mais.
Nahuel franziu a testa.
__ Meu pai me procurou alguns anos depois da morte de minha mãe. – Seu rosto bonito se retorceu um pouco. – Ele ficou feliz ao me encontrar – O tom de Nahuel sugeria que o sentimento não fora mútuo. – Ele tinha duas filhas, mas nenhum filho homem. Esperava que eu me juntasse a ele como minhas irmãs.
"Ficou surpreso que eu não estivesse só. Minhas irmãs não eram vene¬nosas, mas se isso se deve ao gênero ou ao acaso... quem sabe? Eu já tinha minha família com Huilen e não estava interessado", ele torceu a palavra, "em mudar. Eu o vejo de tempos em tempos. E tenho uma nova irmã, que chegou à maturidade há uns dez anos."
__ O nome de seu pai? – perguntou Caius entredentes.
__ Joham – respondeu Nahuel. – Ele se considera um cientista. Acha que está criando uma nova super-raça. – Ele não tentou disfarçar a repulsa em seu tom de voz.
Caius olhou para mim.
__ Sua filha, ela é venenosa? – perguntou ele asperamente.
__ Não – respondi.
A cabeça de Nahuel se virou com a pergunta e seus olhos de teca se demoraram em meu rosto. Caius olhou para Aro em busca de confirmação, mas Aro estava absorto em seus pensamentos. Franziu os lábios e olhou para Carlisle, depois para Edward, e por fim seus olhos pousaram em mim.
Caius grunhiu.
__ Vamos cuidar da aberração daqui, depois seguiremos para o sul – ele exortou Aro.
Aro me olhou nos olhos por um momento longo e tenso. Eu não fazia ideia do que ele procurava, ou do que encontrou, mas, depois de me avaliar assim, algo em seu rosto mudou, uma leve alteração na disposição da boca e dos olhos, e eu soube que Aro havia tomado sua decisão.
__ Irmão – disse suavemente a Caius. – Não parece haver perigo. Esta é uma evolução incomum, mas não vejo ameaça. Estes semivampiros são muito semelhantes a nós, ao que parece.
__ Este é o seu voto? – perguntou Caius.
__ Sim.
Caius fechou a cara.
__ E esse Joham? O imortal tão adepto da experimentação?
__ Talvez devamos falar com ele – concordou Aro.
__ Detenham Joham, se quiserem – disse Nahuel, decidido. – Mas deixem minhas irmãs em paz. Elas são inocentes.
Aro assentiu, a expressão solene. E então ele se voltou para sua guarda com um sorriso caloroso.
__ Meus caros – disse ele. – Não lutaremos hoje.
A guarda assentiu em uníssono e abandonou a postura de ataque. A névoa se dissipou rapidamente, mas mantive meu escudo no lugar. Talvez esse fosse outro truque.
Analisei suas expressões quando Aro se voltou novamente para nós. Seu rosto era benevolente, como sempre, mas, ao contrário de antes, senti um estranho vazio por trás da fachada. Como se seus esquemas tivessem acabado. Caius estava visivelmente furioso, mas sua raiva agora se volta¬va para dentro; estava resignado. Marcus parecia... entediado; não havia outra palavra para descrevê-lo. A guarda mostrava-se impassível e disci¬plinada de novo. Não havia indivíduos entre eles, só o todo. Estavam em formação, prontos para partir. As testemunhas dos Volturi ainda estavam cautelosas; uma após a outra, elas se foram, dispersando-se pela floresta. Assim que seu efetivo diminuiu, os restantes se apressaram. Logo todos haviam partido.
Aro estendeu as mãos em nossa direção, quase como quem se desculpa. Atrás dele, a maior parte de sua guarda, assim como Caius, Marcus e as esposas misteriosas e silenciosas, já se afastavam rapidamente, a formação impecável de novo. Só os três que pareciam ser seus guardiões pessoais permaneceram com ele.
__ Fico feliz que tenhamos podido resolver tudo sem violência – disse ele com doçura. – Meu amigo, Carlisle... Que satisfação poder chamá-lo de amigo de novo! Espero que não haja ressentimentos. Sei que entende o fardo severo que o dever coloca em nossos ombros.
__ Vá em paz, Aro – disse Carlisle rigidamente. – Lembre-se, por fa¬vor, de que ainda temos nosso anonimato a proteger, e evite que sua guarda cace nesta região.
__ É claro, Carlisle – Aro lhe garantiu. – Lamento ser alvo de sua desa¬provação, meu querido amigo. Talvez, com o tempo, você vá me perdoar.
__ Talvez, com o tempo, se você provar que é nosso amigo de novo.
Aro baixou a cabeça, a imagem do remorso, e recuou de costas por um momento antes de se virar. Observamos em silêncio enquanto os quatro últimos Volturi desapareciam entre as árvores.
Tudo ficou muito silencioso. Eu não recolhi o escudo.
__ Acabou mesmo? – sussurrei para Edward. Seu sorriso era imenso.
__ Sim. Eles desistiram. Como todos os valentões, eles são covardes por baixo da arrogância. – Ele riu.
Alice riu com ele.
__ É sério, gente. Eles não vão voltar. Todo mundo pode relaxar agora.
Houve outro silêncio.
__ Mas que falta de sorte – murmurou Stefan. E então aconteceu.
Vieram os gritos. Uivos ensurdecedores encheram a clareira. Maggie bateu nas costas de Siobhan. Rosalie e Emmett se beijaram de novo – mais demorada e ardorosamente do que antes. Benjamin e Tia estavam presos nos braços um do outro, assim como Carmen e Eleazar. Esme segu¬rou Alice e Jasper num abraço apertado. Carlisle agradecia calorosamente aos recém-chegados sul-americanos que haviam salvado todos nós. Kachiri estava muito perto de Zafrina e Senna, as três com as pontas dos dedos entrelaçadas. Garrett levantou Kate do chão e a girou.
Stefan cuspiu na neve. Vladimir trincou os dentes com uma expressão azeda.
E eu quase subi no lobo gigante e avermelhado para tirar minha filha de suas costas e apertá-la junto ao peito. Os braços de Edward nos envolveram no mesmo instante.
__ Nessie, Nessie, Nessie – entoei.
Jacob soltou sua metade gargalhada metade latido e cutucou minha nuca com o focinho.
__ Cale a boca – murmurei.
__ Vou poder ficar com vocês? – perguntou Nessie.
__ Para sempre – prometi a ela.
Nós tínhamos a eternidade. E Nessie ia ficar bem, saudável e forte. Como o semi-humano Nahuel, dali a cento e cinquenta anos ela ainda seria jovem. E todos estaríamos juntos.
A felicidade se expandiu como uma explosão dentro de mim – tão ex¬trema, tão violenta que não eu não sabia se sobreviveria a ela.
__ Para sempre – Edward fez eco em meus ouvidos. Eu não conseguia mais falar. Ergui a cabeça e o beijei com uma paixão capaz de incendiar a floresta. E eu nem teria notado.
Capitulo 13
Pov Edward
Voltamos pra casa comemoramos por ter conseguido um acordo com os Volturi. Estávamos todos felizes menos Jacob. E foi que eu reparei que estava demorando a chegar em casa, ela já deveria ter chegando antes mesmo da “guerra” começar.
Carlisle aproximou-se de Jacob e disse para ele ficar calmo por que em pouco tempo estaria entrando em casa e explicando o porque a demora, mas, de repente veio o seguinte pensamento em minha cabeça e q me fez franzir a testa:”EDWARD! Preste muita atenção no que eu vou te dizer. Quando eu estava voltando pra casa encontrei com os Volturi e agora estou indo pra Volterra, mas fique tranqüilo por que eu só estou indo pra lá para resolver de vez essa historia (n/a: a historia aki é sobre os Volturi sempre matar as pessoas c quem vc vive) de vez. E por favor não venham atrás de mim por que fazendo isso vocês vão me complicar.” Depois que eu ouvi isso todos estavam me encarando esperando que eu disse se algo, mas, a única coisa que eu fiz foi olhar para Carlisle que compreendeu e logo fomos para o escritório. Lá Carlisle disse:
_ O que aconteceu Edward?
Respondi:
_ foi com os Volturi para Volterra. Ela está ido para acabar de vez com a perseguição que ela vem sofrendo há anos.
Assim que acabei de dizer isso, Carlisle apertou sua mesa arrancando um pedaço que ficou em suas mãos e, no outro instante se transformou em pó. Ele disse:
_ Temos que busca-la.
Disse:
_ Ela falou que não podemos ir. Ela disse que fez um acordo com eles, que iria sem nenhuma resistência mas que voltaria pois não queria fazer parte da guarda.
Ele me respondeu:
_ Você não está entendendo? Eles querem isso mesmo. Eles vão aprisiona – lá e esperar que a busquemos, para que então haja um motivo para nos destruir como Caius sempre quisera fazer.
Saímos do escritório e fomos para a sala de jantar para uma reunião com todos os presentes em casa. Carlisle tomou a frente dizendo:
_ Nos superamos hoje uma luta contra os Volturi, e, provavelmente teremos que enfrenta-los novamente. E...
De repente Alice ficou estática e quando voltou ela disse:
_ Eles a Prenderam.
(N/A: Bom o capitulo ficou pequeno pelo fato de que estou em semana de prova ai as coisas complicam um pouquinho pra mim...espero q compreendam)
FIRST *-*
ResponderExcluirAdorei :) A fic parece ser bem envolvente estou ansiosa por mais!
Estou adorandoooo, com certeza estarei acompanhando, bjssss!!!!
ResponderExcluirJá adoreei o começo, vou acompanhar!
ResponderExcluirAmei a história, ja estou acompanhando, nao demore para postar novamente. kisses kisses
ResponderExcluirJacob sofreu o imprinting por mim? Mas sou uma vampira, como isso foi acontecer?
ResponderExcluirAin, estou amandoooo, mas com certeza esse envolvimento não será nada fácil, mas quem disse que o amor é simples e fácil?
Já estou louca pelo próximo, bjsss!!!
Bom como eu queria postar sempre que possivel esses capitulos eu to fazendo o mais rapido que posso e por isso eu quero deixar só esse pedacinho para vcs ficarem c mais vontade de ler:
ResponderExcluirCheguei próximo à cama de Jacob e disse:
_ Eu sei que não devo ter um cheiro nada agradável, mas, foi Carlisle quem pediu para que eu viesse aqui pra saber como você está. Então você ainda está sentindo alguma dor ou algo do tipo?
Ele ainda continuou me olhando por um tempo e só depois foi que ele me respondeu de forma seca:
_ Ficarei melhor quando você sair daqui.
Serio mesmo que eu ouvi aquilo? Sinceramente eu venho aqui numa boa engolindo todo meu orgulho pra esse cara falar isso comigo? Ham levantei na mesma hora e disse:
_ Pode deixar que se depender de mim você ficara melhor logo logo.
Sai fechando a porta do quarto e quando cheguei lá fora sem quere esbarrei em Seth que ao me ver disse:
_ Nossa será que é uma miragem ou você realmente está na reserva?
Responde dando uma cortada nele:
_ Não Seth é meu holograma que esbarrou de algum jeito em você.
Ele respondeu:
_ Nossa não ta mais aqui quem falou. Agora me responde, que mau humor é esse?
Respondi?
_ Pergunta para seu amiginho lá dentro que ele tem tempo de te responder porque se eu ficar mais tempo aqui eu juro que volto naquele quarto e requebro todas os osso dele.
Dito isso sai de lá com o seguinte pensamento: “Nunca mais na minha vida me aproximo de Jacob Black”.
bom é isso espero que vcs gostem e se tiverem alguma critica eu espero q vcs fiquem a vontade para faze-las
bjs e até embreve.
Estou gostando bastante.. estou um pouco confusa pois teve muitas coisas que não são explicadas na fic. Mas estou acompanhando. Parece que vai ter muita confusão. Ainda mais porque eu sou uma vampira e Jacob um lobo .. o problema é aquela velha historia " o imprinting serve de forma para manter a espécie..." e vampiros não tem como se reproduzir.. enfim isso mexerá muito com nossas cabecinhas.
ResponderExcluirNão demora para postar pleaseeeee. Bjinhoos*
Amora, dê uma olhada nos erros de portugues e na pontuação ta?
ResponderExcluircritica construtiva ;)
posta mais
Hum, sabia que o Jacob tinha sofrido o imprinting e pior que ele iria fazer de tudo para me afastar.
ResponderExcluirAinda bem que temos Seth como nosso amigo em comum. Ele ainda consegue colocar um pouco de juízo na cabecinha de vento do Jake.
Pelo visto ainda terá muita coisa para se desenrolar e estou morta de curiosidade.
Adorandoooo, bjsssss!!!!
q bom q vc está adorando. farei o possivel e o impossivel para q sempre q o site for atualizado possa ter um cap para vcs lerem e me descupe se eu sair um pouco fora da historia que ira envolver o amanhecer e se ue pular bastante parte do livro pq convenhamos q essa historia n tem q focar na Bella e Edward mas sim na pp e o Jake.
ResponderExcluirEspero q vcs estejam msmo gostando
Ela vai se tornar humana depois não é?????
ResponderExcluir*-*
anciosa pelo proximo cap.
Adorandoooo!!!
ResponderExcluirHum, será que a PP tem razão? Será que virá coisa boa no casamento da Bella?
Louca pelo próximo capítulo!!!!
Bjssss!!!
Comecei a ler hoje ,e já amei a sua fic...mas parece que a PP nem tah ligando pelo fato do Jake não querer ela.......quando é que eles vão se encontrar de novo????
ResponderExcluirMuito bem flor, voce é mt talentosa não precisei ler tudo pra chegar a conclusão. Pelo visto seu publico esta adorando, continue assim... Te amo demais, super beijo.
ResponderExcluirPosta mais!!! Muito Bom !!! Continua...!!
ResponderExcluirPosta mais!!! Muito Bom !!! Continua...!!
ResponderExcluirPosta mais!!! Muito Bom !!! Continua...!!
ResponderExcluirPosta mais!!! Muito Bom !!! Continua...!!
ResponderExcluirEu só passei aqui para avisar a vc que como eu n tenho o livro e n to concegindo fazer download na internet e a Bia ta c algum problema c a internet dele e talvez ja tenha viajado eu vou escrever o proximo cap. mas provavelmente vou pular mts partes q talvez até ficassem interessante mas vou ver se concigo fazer o dawnload de novo e... espero q vcs gostei do q vai sair
ResponderExcluirBom concegui fazer download do livro... agora vamos ver o q vai sair né?... espero q vcs gostem
ResponderExcluirSem querer ser chata mas ja sendo cade o post? To esperando ansiosa!
ResponderExcluirOwnt, por um minuto achei que o Jake fosse voar no meu pescoçinho. Hum, mas adoreeeeei o beijo. Será que ele enfim vai dar o braço a torcer?!
ResponderExcluirAdorandoooooo, bjssss!!!!
Ownt,acheei muito fofo!!
ResponderExcluirPosta Maiis !!
Que dom maravilhoso é esse o da PP.
ResponderExcluirAdoooooorei!!!
Até o Billy aceitou esse imprinting, só o Jake que é um cabeça dura, que não vê o óbvio. Aff, seria bom se acontecesse algo para que ele enfim enxergasse o quão certa a PP é para ele.
Adorandooooo, bjssss!!!!
Ain, que bom que o cabeça dura do nosso lobão enfim parou de ir contra o imprinting, demorou, mas enfim tudo está se acertando.
ResponderExcluirAdorandooooo, bjssss!!!
e os anjos cantam : ALELUIA (8'
ResponderExcluirMaiis foi lindoo !!
Fofo !!
Posta Maiis !
Bom n querendo ser chata mas ja sendo... Vcs me cobraram os capitulos e eles t'ao ai mas... cade os coments... :( ... Os comentarios nos d'ao animop para escrever e seria uma boa quando abrisse a minha fic e vesse alguns comentarios novos... N quiero q ninguem fique chateado mas [e q eu meio q fico triste sabe... [e como se minha historia n estivesse boa o suficiente... se for isso eu espero que vcs me digam...e sim eu sei q vcs devem estar sempre ocupadas e tals mas passar e deixar um coments eu ia agradecer... espero q vcs pensem nisso e q vcs n acheim ruim eu dizer isso... bjs!!!!
ResponderExcluirOwnt, onde a PP foi parar que não voltou? A guerra passou e ela não apareceu, será que aconteceu algo? Espero que não. Adorandoooo, bjssss!!!!
ResponderExcluirFic muito boom !!
ResponderExcluirPosta maiis !
Ain, meu Deus a PP está presa em Volterra?! Era só o que faltava, agora sim vai ter guerra.
ResponderExcluirAdorandoooooo, bjssss!!!!
amei vou ficar acompanhando, quero a tt please *-*
ResponderExcluirAmei a história, ja estou acompanhando, nao demore para postar novamente.
ResponderExcluirAdorei!kisses kisses
QUE HISTORIA LINDAAAA!!! AMEI!!! O JAKE SE DECLARANDO ME EMOCIONOU MUITO POR ISSO QUERO +++ PQ NÃO POSTA OS OUTROS CAPITULOS? ANEM...VIU? ANSIOSA. PARABENS PELA FIC BJINHOS.
ResponderExcluirMeninaaaa continua!!!
ResponderExcluirCara essa fanfic está ótima continue por tudo que é mais sagrado por favor
ResponderExcluir-Li Blair-