PRÓLOGO
Minha respiração se acelerou, mas ele parecia bem seguro sobre o que iria acontecer em seguida. Ele era tão confiante que me deixava tonta. Gentilmente ele se inclinou olhando diretamente em meus olhos. Eu estava hipnotizada com a profundidade daquele olhar. Delicadamente ele colocou a mão na minha nuca entrelaçando os dedos de leve no meu cabelo. Eu fechei os olhos apreciando a sensação que seu toque me transmitia.
Pela primeira vez eu me sentia fora do controle da situação. Nossos quadris se movimentavam numa dança de esfrega. Eu ia pirar a qualquer momento, mas ela tirou a sua boca da minha e repousou a cabeça em meu peito, tentando acalmar a respiração. Abracei-a apertado enquanto estava arfante também. Encostei o rosto em seus cabelos e o cheiro suave me acalmava. Fiz um carinho inocente em toda a extensão do seu braço. Mas eu queria mais... eu queria ela toda.
Ai, ai!!! Meus difíceis 16 anos. Eu não sei se realmente devo reclamar, até porque a minha parte racional grita o tempo todo na minha cabeça 24 horas por dia que EU NÃO TENHO DO QUE RECLAMAR! E eu não tenho argumentos para contestar isso, porque é fato, e como dizem por aí – contra fatos não existem argumentos.
Eu moro na ensolarada Salvador, Bahia terra linda, Brasil. Meus avôs maternos eram de Vancouver, Canadá, país que faz fronteira com os Estados Unidos, mas se instalaram no Brasil na juventude e quando conheceram Salvador nunca mais quiseram voltar. Sorte a minha. Detesto frio! A verdade é que amo o sol, apesar de quase nunca me expor a ele, mas a sensação de tê-lo em minha pele é revigorante. Eu nunca havia saído daqui, onde eu nasci, cresci e criei raízes. Eu amava minha terra.
Meus avôs saíram de Vancouver, segundo minha mãe por motivos desconhecidos. Meu voinho já havia falecido, mas minha avó estava internada em uma clínica de luxo. Ela tinha delírios constantes sobre monstros sanguinários e sabia contar histórias de vampiros como ninguém, mas de um tempo pra cá ela estava fazendo das histórias que ela tanto contava realidade. Era assustador ver as suas crises. Na maioria delas ela gritava coisas sobre vampiros malditos e lobisomens infernais. Era extremamente angustiante ver uma pessoa que a gente ama fora do controle de sua própria mente.
Na verdade também tenho muita sorte de pertencer a uma família extremamente amorosa. Meu pai, o senhor excelentíssimo Jhon , me dá amor, atenção, carinho e dinheiro. Sim, dinheiro. Ele tem bastante. Ele é dono de uma rede de supermercados presente em todos os estados da região nordeste. A Rede de Supermercados Atacadista e Varejista Nordestão. Ele também trabalha com exportações de produtos alimentícios cultivados no nordeste, mas o principal produto de exportação é o dendê.
Mas nem sempre foi assim. Eu peguei o tempo da vaca gorda. Quando eu nasci, as coisas já eram maravilhosas. Meu irmão Jeremy é dez anos mais velho do que eu e até os nove morou no subúrbio com meus pais, enquanto os negócios se solidificavam e expandia. Meu pai sempre pregava a humildade, principalmente pelo fato dele ter dado duro pra chegar aonde chegou.
Ele e minha mãe se separaram quando eu e minha irmã gêmea Katherine tínhamos exatamente 10 anos, mas não foi traumático ou coisas do gênero, foi até bem amigável e em total comum acordo. Doutor Jhon, meu pai, e Dona Elisabeth, minha mãe, são amigos até hoje. Kathy mora com minha mãe. Não temos tanto contato e não somos ligadas como dizem que os gêmeos são. Gostamos da independência, apesar de sermos idênticas. Hoje em dia eu quase não tenho contato com ela. Ela é o meu oposto. É doce, dengosa demais, estudiosa, a filha que orgulharia qualquer mãe.
Minha mãe é estilista, mas ela só cria modelos, não os costura. Ela nunca gostou de costurar. Ela e Kathy são as que mais reclamam do meu estilo “o mundo que se exploda”, mas de qualquer forma ambas me dão carinho, amor, boas conversas e dinheiro, mas estamos um tanto afastadas agora. Minha mãe é uma pessoa genuinamente alegre, faz piada de tudo e isso eu herdei dela, mas esses tempos ando tentando fugir de quem eu sou. Estou fazendo novas experimentações. Imagino que se meu irmão mais velho e super responsável, Jeremy, descobrir essas “experimentações” eu vou estar totalmente e completamente ferrada. Ele é super responsável, cabeça feita, gerencia os negócios junto a meu pai e ostenta uma namorada maravilhosa, a Joanna Larissa, que é igualzinha a ele. Na verdade eu não conseguiria imaginar meu maninho com outra pessoa. Eles estão juntos há anos e eu dou meu total apoio.
E eu... Bem. Eu sou até bonitinha. Tenho um cabelo bem grande, liso e impecavelmente preto e olhos tão negros quanto os cabelos. Na verdade sou muito parecida com Dona Elisabete e dizem também que sou escarrada e cuspida do meu irmão. Eca! Mas meu irmão é tão bonzinho e eu sou um tanto mimada e manipuladora, mas essas atitudes eu reservo pro meu irmão e meu pai, embora eu realmente não precise. Eles já me dão tudo que eu peço e nunca me negaram nada material ou afetivo, exceto quando eu pedi um castelo quando era criança, mas isso é aceitável. Eles me chamam de princesa e eu acho que isso subiu pra cabeça durante os tempos da minha infância. Hoje em dia o meu maninho tem me chamado de princesa dark devido a freqüência de roupas pretas que tenho usado e porque adoro Rock’n Roll.
Como eu disse, estou tentando mudar, mas não sei o que exatamente, porque aos 16 continuo tapada e virgem, mas ainda assim tenho muitos amigos bem loucos fora do meu “ambiente natural”.
Estudo na escola mais cara de Salvador e estou constantemente rodeada de barbies e kens. Alguns são esnobes, outros poucos são legais e diria até humildes, mas ainda assim são patricinhas e playboys. Talvez fosse disso que eu quisesse fugir, e então protestava com o preto e minha total falta de noção!
Eu sempre fui esquentada e de paciência curta e isso é um ponto contra aulas! Não tinha paciência pra aturar tantas horas diárias de professores chatos que se acham os donos da verdade falando o tempo todo, então cabular aula era meu grande escape. Esperava que Jeremy não descobrisse nunca, senão estaria lindamente ferrada em dobro. O estudo pra ele é fundamental e pra mim é um pé no saco, agora tem sido assim, e o pior de tudo é que se a diretoria da escola entrasse realmente em contato com meu pai, ele não me repreenderia, falaria que era da idade e passaria a mão na minha cabeça, mas Jeremy discursaria por horas, ou falaria uma única frase que me faria sentir extremamente culpada. Ele tinha as palavras certas que culminariam numa crise de consciência em mim. Eu faria a coisa certa por ele e era exatamente isso que eu não queria fazer!
*
*
*
Depois de cabular tanta aula eu pegava um buzão para encontrar a galera muito doida: Mofado, Skitter, Dandara, Pituca e Tyler, mais conhecido naquele meio como “Fumaça”(ele soltava mais fumaça que descarga de caminhão velho). Tyler era como eu, ambos tínhamos muito dinheiro e nenhuma vergonha na cara. Tínhamos boa família, pais amorosos, pessoas boas nos cercando, mas insistíamos em praticar coisas idiotas simplesmente por motivo nenhum. A gente sempre se encontrava na pista de Skate da Garibalde e eu já tinha caído tanto que aprendi por pura birra, porque se depois de tanta queda eu desistisse eu mesma me acertaria com uma skatada na cabeça. Lá era fácil fazer o que eu queria. Beber, fumar e há exatamente uma semana havia começado a cheirar, mas ainda estava pegando leve. Eu não fumava cigarros comuns, só fumava maconha, mas não acho que ficava muito doida pelo simples fato de meu pai e meu irmão ou até mesmo Berê, nossa governanta e minha avozinha de criação, nunca terem percebido nada, mas eu levava em consideração que era fácil manter segredos numa casa tão grande. A larica era disfarçável porque eu sempre comi demais, mais até do que meu irmão, mas minha barriga sempre foi lisa e eu tinha uma cintura fina, quadris acentuados e bumbum de brasileira. “Muito obrigada aos genes de meu pai por isso!”. Meu busto era proporcional ao corpo. Eu sabia que de certa forma eu era gostosa, além de ter um rosto bonito e bem parecido com o da minha mãe, mas as calças largas, o coturno e as camisas de banda folgadas e sempre pretas disfarçavam bem isso. Eu, , fugia de mim mesma e nem sabia o porque!
Continua...
Eu moro na ensolarada Salvador, Bahia terra linda, Brasil. Meus avôs maternos eram de Vancouver, Canadá, país que faz fronteira com os Estados Unidos, mas se instalaram no Brasil na juventude e quando conheceram Salvador nunca mais quiseram voltar. Sorte a minha. Detesto frio! A verdade é que amo o sol, apesar de quase nunca me expor a ele, mas a sensação de tê-lo em minha pele é revigorante. Eu nunca havia saído daqui, onde eu nasci, cresci e criei raízes. Eu amava minha terra.
Meus avôs saíram de Vancouver, segundo minha mãe por motivos desconhecidos. Meu voinho já havia falecido, mas minha avó estava internada em uma clínica de luxo. Ela tinha delírios constantes sobre monstros sanguinários e sabia contar histórias de vampiros como ninguém, mas de um tempo pra cá ela estava fazendo das histórias que ela tanto contava realidade. Era assustador ver as suas crises. Na maioria delas ela gritava coisas sobre vampiros malditos e lobisomens infernais. Era extremamente angustiante ver uma pessoa que a gente ama fora do controle de sua própria mente.
Na verdade também tenho muita sorte de pertencer a uma família extremamente amorosa. Meu pai, o senhor excelentíssimo Jhon , me dá amor, atenção, carinho e dinheiro. Sim, dinheiro. Ele tem bastante. Ele é dono de uma rede de supermercados presente em todos os estados da região nordeste. A Rede de Supermercados Atacadista e Varejista Nordestão. Ele também trabalha com exportações de produtos alimentícios cultivados no nordeste, mas o principal produto de exportação é o dendê.
Mas nem sempre foi assim. Eu peguei o tempo da vaca gorda. Quando eu nasci, as coisas já eram maravilhosas. Meu irmão Jeremy é dez anos mais velho do que eu e até os nove morou no subúrbio com meus pais, enquanto os negócios se solidificavam e expandia. Meu pai sempre pregava a humildade, principalmente pelo fato dele ter dado duro pra chegar aonde chegou.
Ele e minha mãe se separaram quando eu e minha irmã gêmea Katherine tínhamos exatamente 10 anos, mas não foi traumático ou coisas do gênero, foi até bem amigável e em total comum acordo. Doutor Jhon, meu pai, e Dona Elisabeth, minha mãe, são amigos até hoje. Kathy mora com minha mãe. Não temos tanto contato e não somos ligadas como dizem que os gêmeos são. Gostamos da independência, apesar de sermos idênticas. Hoje em dia eu quase não tenho contato com ela. Ela é o meu oposto. É doce, dengosa demais, estudiosa, a filha que orgulharia qualquer mãe.
Minha mãe é estilista, mas ela só cria modelos, não os costura. Ela nunca gostou de costurar. Ela e Kathy são as que mais reclamam do meu estilo “o mundo que se exploda”, mas de qualquer forma ambas me dão carinho, amor, boas conversas e dinheiro, mas estamos um tanto afastadas agora. Minha mãe é uma pessoa genuinamente alegre, faz piada de tudo e isso eu herdei dela, mas esses tempos ando tentando fugir de quem eu sou. Estou fazendo novas experimentações. Imagino que se meu irmão mais velho e super responsável, Jeremy, descobrir essas “experimentações” eu vou estar totalmente e completamente ferrada. Ele é super responsável, cabeça feita, gerencia os negócios junto a meu pai e ostenta uma namorada maravilhosa, a Joanna Larissa, que é igualzinha a ele. Na verdade eu não conseguiria imaginar meu maninho com outra pessoa. Eles estão juntos há anos e eu dou meu total apoio.
E eu... Bem. Eu sou até bonitinha. Tenho um cabelo bem grande, liso e impecavelmente preto e olhos tão negros quanto os cabelos. Na verdade sou muito parecida com Dona Elisabete e dizem também que sou escarrada e cuspida do meu irmão. Eca! Mas meu irmão é tão bonzinho e eu sou um tanto mimada e manipuladora, mas essas atitudes eu reservo pro meu irmão e meu pai, embora eu realmente não precise. Eles já me dão tudo que eu peço e nunca me negaram nada material ou afetivo, exceto quando eu pedi um castelo quando era criança, mas isso é aceitável. Eles me chamam de princesa e eu acho que isso subiu pra cabeça durante os tempos da minha infância. Hoje em dia o meu maninho tem me chamado de princesa dark devido a freqüência de roupas pretas que tenho usado e porque adoro Rock’n Roll.
Como eu disse, estou tentando mudar, mas não sei o que exatamente, porque aos 16 continuo tapada e virgem, mas ainda assim tenho muitos amigos bem loucos fora do meu “ambiente natural”.
Estudo na escola mais cara de Salvador e estou constantemente rodeada de barbies e kens. Alguns são esnobes, outros poucos são legais e diria até humildes, mas ainda assim são patricinhas e playboys. Talvez fosse disso que eu quisesse fugir, e então protestava com o preto e minha total falta de noção!
Eu sempre fui esquentada e de paciência curta e isso é um ponto contra aulas! Não tinha paciência pra aturar tantas horas diárias de professores chatos que se acham os donos da verdade falando o tempo todo, então cabular aula era meu grande escape. Esperava que Jeremy não descobrisse nunca, senão estaria lindamente ferrada em dobro. O estudo pra ele é fundamental e pra mim é um pé no saco, agora tem sido assim, e o pior de tudo é que se a diretoria da escola entrasse realmente em contato com meu pai, ele não me repreenderia, falaria que era da idade e passaria a mão na minha cabeça, mas Jeremy discursaria por horas, ou falaria uma única frase que me faria sentir extremamente culpada. Ele tinha as palavras certas que culminariam numa crise de consciência em mim. Eu faria a coisa certa por ele e era exatamente isso que eu não queria fazer!
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Depois de cabular tanta aula eu pegava um buzão para encontrar a galera muito doida: Mofado, Skitter, Dandara, Pituca e Tyler, mais conhecido naquele meio como “Fumaça”(ele soltava mais fumaça que descarga de caminhão velho). Tyler era como eu, ambos tínhamos muito dinheiro e nenhuma vergonha na cara. Tínhamos boa família, pais amorosos, pessoas boas nos cercando, mas insistíamos em praticar coisas idiotas simplesmente por motivo nenhum. A gente sempre se encontrava na pista de Skate da Garibalde e eu já tinha caído tanto que aprendi por pura birra, porque se depois de tanta queda eu desistisse eu mesma me acertaria com uma skatada na cabeça. Lá era fácil fazer o que eu queria. Beber, fumar e há exatamente uma semana havia começado a cheirar, mas ainda estava pegando leve. Eu não fumava cigarros comuns, só fumava maconha, mas não acho que ficava muito doida pelo simples fato de meu pai e meu irmão ou até mesmo Berê, nossa governanta e minha avozinha de criação, nunca terem percebido nada, mas eu levava em consideração que era fácil manter segredos numa casa tão grande. A larica era disfarçável porque eu sempre comi demais, mais até do que meu irmão, mas minha barriga sempre foi lisa e eu tinha uma cintura fina, quadris acentuados e bumbum de brasileira. “Muito obrigada aos genes de meu pai por isso!”. Meu busto era proporcional ao corpo. Eu sabia que de certa forma eu era gostosa, além de ter um rosto bonito e bem parecido com o da minha mãe, mas as calças largas, o coturno e as camisas de banda folgadas e sempre pretas disfarçavam bem isso. Eu, , fugia de mim mesma e nem sabia o porque!
Continua...
Adoreeeei!!! Quer dizer que eu vou dar uns pegas no Damon?! Mais isso é bom pra mais de metro...
ResponderExcluirLouca pelo próximo, bjssss!!!
AAAAAAAAMEI , ESPERO ANSIOSAMENTE NOVA ATUALIZAÇÃO
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaaaah que chique!
ResponderExcluirContinuuua
ResponderExcluircontinuaaaa , please
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