Falling Slowly by Nina Alves
Prólogo
Há 690 anos, ocorreu a mesma coisa com uma garota chamada Prudence. Ela também não era uma Loup Garoux, ela nasceu para ser a mulher do líder de uma matilha.
Prudence era uma felizarda. Ela era a única da Romênia, e talvez do mundo inteiro, que não tinha esse gene, mas seus familiares eram Loup Garoux. O que significava que todos os outros líderes de outras matilhas se casavam com simples humanas, e o líder da matilha dela, seria seu marido. O problema era que Prudence era uma garota com forte personalidade.
Seus pais sempre estranharam o fato de que sua filha não se transformava, já que crianças conseguiam se transformar. Um dia sua avó convocou a família toda, mais a matilha deles, e os informou sobre uma lenda. A lenda dizia que esse acontecimento acontecia apenas na Romênia, mais especificadamente em Bucareste, lugar de origem dos Loup Garoux. A mulher que não carregasse esse gene, mas que fosse parte da família de Loup Garoux, seria a verdadeira mulher com quem o líder de qualquer matilha, de qualquer país deveria se casar.
Isso dependia da família da mulher. A família escolhia o líder mais forte, mais leal e com as melhores características para se casar com a mulher. E essa união geraria descendentes mais fortes dos Loup Garoux. Seria a união da coragem do líder com a delicadeza e poderes da escolhida. Os filhos seriam mais resistentes, corajosos, leais e carregariam os poderes que sua mãe tinha.
Prudence foi obrigada a se casar com o líder de sua matilha quando tinha 17 anos, mas antes da cerimônia ela fugiu. Ela saiu da Romênia e foi para Roma, onde se casou com o líder da matilha de lá. Ela engravidou de um casal, mas acabou morrendo no parto. A menina herdou o controle sobre o ar, a terra e a hipnose. O menino herdou o controle sobre a água e o fogo.
Quando eles estavam com seis anos de idade, e não tinham noção alguma de como controlar seus poderes, os pais de Prudence os acharam em Roma, e os mataram, alegando que eles não eram os verdadeiros herdeiros deles. O marido de Prudence, vivenciando as mortes de seus amores, se mata.
Depois da morte dele, a história se completa. O amor deles era tão grande, que depois de 690 anos, a escolhida só poderia se casar com o seu “destinado”, e assim seus filhos seriam descendentes reais dos pais. Caso a escolhida se casasse e tivesse filhos com outro líder, que não fosse o seu “destinado”, os filhos nasceriam com irregularidades. Eles poderiam nascer cegos, poderiam faltar membros, como um braço ou uma perna ou poderiam ser humanos normais, o que era a pior hipótese para os Loup Garoux. E era por isso que a escolhida não podia carregar o gene dos Loup Garoux, porque se ela carregasse os filhos também nasceriam com irregularidades.
Capítulo 1
Tentei alcançar a minha mala em cima do guarda-roupa, mas não consegui. Antes que eu pegasse uma cadeira, Fred apareceu, e com seus 1,96 de altura pegou facilmente a mala.
– Obrigada, Fred. – disse pegando a mala de suas mãos.
– De nada, . Você sabe que eu faço tudo que me pedir. – ele disse sorrindo.
– Eu sei, e agradeço. Mas você tem que entender que nós não podemos ficar juntos. – disse me lembrando de toda a história.
– Eu entendo, mas não aceito. E eu me lembro todos os dias de que eu não fui feito para você, e nem você para mim. – suspirou derrotado.
– Você sabe que se não tivesse essa coisa de “destinado”, eu te escolheria, não sabe? – perguntei me aproximando dele.
– Sei disso. Mas só de pensar em você com outro, eu morro, Liv. – ele disse abaixando a cabeça.
– Não diga isso, Fred. Você é o segundo homem mais forte que eu conheço. O primeiro é o meu pai. – falei levantando sua cabeça, colocando um dedo de uma mão de um lado de sua boca, e fazendo o mesmo com outro dedo. Depois estiquei sua boca com meus dedos e vi um sorriso, mesmo forçado surgir.
– Eu sempre consigo fazer você sorrir. – falei tirando as mãos de seu rosto e sorrindo.
– Você sempre vai me fazer sorrir. – ele disse dando um sorriso que tirava meu fôlego.
– Eu te amo. – falei o abraçando.
– Eu também te amo, minha menina. – ele falou apertando o abraço levemente.
– Eu não queria ir embora, mas eu preciso. Meu coração não está aqui. – disse saindo do abraço e vendo os olhos do líder da matilha se encher de água.
– Eu sei, . E eu vou sentir sua falta. Muita falta. – ele disse enxugando uma lágrima que caiu em seu rosto moreno.
– É amanhã. – disse triste.
– Estados Unidos, não é? – ele perguntou.
– La Push, exatamente. – respondi. – O líder de lá deixou que eu ficasse na aldeia deles.
– E você já sentiu algo por ele? – perguntou apreensivo.
– Não. Nós nos falamos por e-mail. Mesmo assim, eu não senti nenhuma conexão entre nós.
– Como eu vou sobreviver sem você? É muito longe daqui.
– Você vai encontrar a sua alma gêmea. Eu tenho certeza. – disse aproximando meu rosto do dele.
Apesar dele não ser o meu verdadeiro amor, eu o amo. Como eu costumo dizer, o amo com a minha alma, já que meu coração pertence a um homem que eu nunca vi.
Ele juntou a sua boca com a minha e me beijou. Um beijo delicado, sem brutalidade. Ele me pegou no colo e me colocou na cama, sem parar o beijo. Fiquei passando as mãos em seu cabelo, até a hora que ele tirou sua camisa, e eu pude admirar uma das vantagens de ser um lobo.
Acordei sentindo um braço em minha barriga, e me lembrei do acontecido. Senti-me culpada por ter feito sexo com o Fred no meu último dia em Bucareste, principalmente quando eu sabia que isso iria fazer com que ele se apegasse mais ainda a mim. Não era como as outras vezes, que nem foram tantas, apenas duas. Eu estava partindo para achar o meu amor, quando eu sabia que iria deixar um homem que me amava aqui.
Apesar de nunca ter me arrependido de ter feito isso com o Fred, o homem com quem eu perdi minha virgindade, eu me arrependi agora. Ao vê-lo dormindo tranquilamente e com uma expressão feliz no rosto. Ele era sete anos mais velho do que eu, que tenho 17 anos. Mas para um homem com 24 anos, ele era bem responsável, amável, carinhoso, e por isso era o líder da matilha daqui. O motivo pelo qual eu nunca me arrependi, era que eu não tinha certeza de que queria ir embora.
Tirei seu braço de minha barriga e fui até meu banheiro, tomei um banho e saí dali, vendo que Fred ainda dormia. Ao passar pelo guarda-roupa, vi a mala no chão, e logo depois as nossas roupas. Ignorei isso e abri uma porta do guarda-roupa, e coloquei uma roupa qualquer, depois vestiria uma roupa quente, já que o clima de La Push não era um dos mais agradáveis.
Fui até a minha cama e me sentei, passando a mão pelo cabelo do Fred. Ele abriu os olhos lentamente e quando me viu sorriu.
– Bom dia, preguiçoso. – falei sorrindo.
– Bom dia, flor do dia. – ele respondeu ainda sorrindo. E por esse momento eu me esqueci que tinha me arrependido.
– Você deve estar com fome, não é? – perguntei e ouvi seu estômago roncar. Rimos.
– Acho que você já sabe a resposta. – respondeu ainda rindo.
– Então tome um banho, se vista e nós iremos comer algo. Acho que mamãe já está preparando o café da manhã. – disse me levantando da cama e pegando uma toalha para ele.
– Eu sinto o cheiro das torradas daqui. – ele disse pegando a toalha da minha mão e entrando no banheiro depois.
Peguei nossas roupas do chão, e coloquei perto da porta, para levar lá para baixo para colocar na máquina. Coloquei minha mala em cima da cama e abri o guarda-roupa. Observei-o e comecei a arrumar minhas roupas nela. Antes que eu terminasse, o Fred saiu do banheiro com uma roupa extra, que ele sempre carregava, caso ele se transformasse e voltasse para a forma humana fora de casa.
– , você... – ele parou de falar ao me ver arrumando a mala. Olhei para ele e me senti mais culpada.
– Eu não... Desculpe. – falei tentando me desculpar.
– Tudo bem, uma hora isso ia acontecer. Você vai terminar de arrumar agora? – me perguntou.
– Não. Vamos tomar café primeiro. – falei pegando as roupas na porta e saindo do quarto.
Terminei de me arrumar, e acho que estava bem, uma roupa quente (Link), eu diria. Peguei minhas duas malas e desci. Não estavam tão pesadas, graças a um de meus poderes. E não era super força, eu conseguia copiar habilidades, conhecimentos e poderes de qualquer indivíduo que esteja perto de mim, ou seja, como eu fiquei perto do Fred a noite toda, e a manhã também, eu peguei a super força, e a super audição. Mas daqui a três dias isso passa, já que eu vou estar longe dele. Coloquei as malas na sala, e chamei pelo meu pai, que ia me levar ao aeroporto. Minha mãe estava angustiada, e quando meu pai chegou a sala ele estava a mesma coisa. Ele me ajudou com uma mala, e saímos de casa. Vi o carro estacionado na rua, e vi Fred, Dominic, Liam e meu irmão, o Greg. Eles estavam encostados no carro, e quando nos viram se desencostaram. Fred veio até mim, pegou a mala da minha mão. Colocou no porta malas quando meu pai abriu, e entrou no carro depois que eu entrei. Percebi que todos os garotos iam no carro e me espantei.
– Eu quero saber como quatros garotos vão aqui atrás. Esse carro não é tão grande assim. – disse olhando o interior do Opala preto. – Eu acho que vou ter que ir no seu colo, mãe. – falei brincando.
– Você vai no meu colo, . – Fred disse.
– E que garoto vai no colo de que garoto? – perguntei rindo.
– Eu acho que a gente poderia ter colocado o Dominic no porta malas, ele é o mais novo de nós. – Liam disse entrando no carro.
– Um minuto para eu rir. – Dominic disse do lado de fora. Ele fez silêncio e seu rosto continuou o mesmo. – Não consigo. Não foi engraçado o suficiente.
– Dominic, vai no colo do Liam. – Fred disse enquanto eu me sentava no seu colo.
– Como assim, Fred? Tá de sacanagem, né? – Liam perguntou.
– É uma ordem, Liam. – ele respondeu autoritário. – Ou você quer ir no porta malas?
– Tudo bem, tudo bem.
– Tudo bem para você, que vai ficar sentado no macio do banco. Eu vou ter que sentar em cima de você, e arriscar bater a cabeça no teto quando a gente passar por um quebra molas. – Dominic disse sentando no colo de Liam.
– Você vai bater a cabeça no teto passando em quebra molas ou não, Dom. – disse rindo.
– Não vou gastar sessenta segundos tentando rir com essa, . – ele disse. Depois meu irmão entrou no carro e nós fomos para o aeroporto.
Chegando lá, fiz o check-in e depois fui para a sala de espera. Senti um aperto no coração quando ouvi meu voo sendo anunciado.
– Filha, promete que vai mandar e-mail, carta, qualquer coisa que diga que você está bem? – minha mãe perguntou chorando.
– Eu prometo mãe. Te amo. – falei abraçando ela. – Também te amo, pai. Não se esqueça disso. – falei abraçando meu pai depois da minha mãe.
– E você, seu palhaço. Tome conta da mamãe e do papai, se não eu venho aqui para te estrangular. – falei de brincadeira com o Greg.
– Não se preocupe, sua chata. Eu vou cuidar deles muito bem. – ele disse me abraçando. – Te amo, chata. – ele sussurrou.
– Também te amo. – respondi querendo chorar. Olhei para os três garotos ou homens na minha frente, e uma lágrima caiu. Abracei o Dominic primeiro, ele era como meu segundo irmão. Estava sempre comigo, e tinha a minha idade.
– Se cuida, maninho. – disse o abraçando fortemente.
– Você também. Qualquer coisa me liga, e eu acabo com qualquer palhaço que se meter com você. – ele disse rindo.
– Awn! Obrigada, Dom. Eu te amo. – falei saindo do abraço. Olhei para o Liam e sorri, com os olhos cheios d’água. Ele me abraçou.
– Eu vou sentir sua falta, sua mandona. – ele disse.
– Eu também vou sentir sua falta, seu sem graça. – falei dando um beijo na bochecha dele, e recebendo outro de volta. Olhei para o Fred, e ele estava do mesmo jeito que eu, se segurando para não chorar e alagar o aeroporto. Ele tentou dar um sorriso, mas tudo que conseguiu foi fazer uma cara triste.
– Eu te amo, . Por favor, não se esqueça disso. – ele disse quando me abraçou.
– Eu te amo com a minha alma, Fred. Não se esqueça disso. Mesmo que eu encontre o amor da minha vida lá, a minha alma sempre vai te amar. – disse chorando.
– Tem uma coisa que eu quero te dar. – ele disse se desvencilhando do abraço e pegando uma caixinha preta pequena e abrindo-a. Vi um anel de ouro com uma delicada pedrinha de diamante nele. Era um solitário, ou quase isso.
– Eu não sei o que dizer, Fred. – disse perplexa.
– Aceite, apenas isso. – ele respondeu.
– É claro que eu ia aceitar, não sou doida de não aceitar esse anel lindo! – disse pegando o anel.
– Deixa que eu coloco. – ele pegou o anel da minha mão e guardou a caixinha com a outra. Pegou minha mão direita e colocou no dedo anular, o do lado do mindinho.
– Muito obrigada, Fred! De verdade. – disse sorrindo.
– De nada, minha menina. – ele disse e me deu um beijo na testa.
Ouvi a última chamada do meu voo sendo anunciada e me despedi rapidamente deles. Peguei minha mochila e fui para o portão do meu voo. Olhei para trás e vi que começaria uma nova vida.
Capítulo 2
Depois de mais de quinze horas dentro de um avião devido às conexões, ouvi a voz de uma mulher avisando que eu estava finalmente sobrevoando o céu americano. Ou o céu de Seattle. Ela pediu que nós colocássemos o nosso cinto e todas aquelas baboseiras que as aeromoças pedem quando nós estamos prestes a pousar. Quando o avião parou, todos os passageiros começaram a se levantar e deram aquela esticada, sabe? Até eu me espreguicei. Saí do avião com dor na bunda, de tanto ficar sentada, e fui com a minha vizinha de cadeira, para pegar as bagagens. Ela se chamava Heather, a minha vizinha de cadeira, não a bagagem. Tinha cabelos loiros, típica americana, só que seus cabelos eram encaracolados por natureza, e olhos verdes. Segundo ela, a sua família a obrigou a vir para cá, para passar uns dias com sua avó. Ela me deu o número do seu celular, caso eu estivesse entediada. Enfim, ela era legal, e eu tive quinze horas para saber disso. Quando conseguimos pegar as nossas bagagens, avistei um homem alto e moreno, com uma placa com meu nome. Despedi-me da Heather e fui até ele.
– Oi... Eu sou a . – falei.
– Ah! Eu sou o Sam. Prazer . – ele disse abaixando a placa e me cumprimentando.
– Eu confesso que não sabia que você ia me buscar. Eu achava que ia pegar um táxi ou algo do tipo. – comentei.
– Bom, minha mulher, a Emily, disse que seria falta de educação deixar você ir sozinha. – ele disse e seus olhos adquiriram mais brilho.
– Então me lembre de agradecê-la depois por isso. – disse caminhando até a saída do aeroporto com Sam ao lado.
– Deixa que eu carrego. Devem estar pesadas. – ele disse pegando as malas da minha mão.
– Elas não estavam tão pesadas antes. Mas, que horas são? – perguntei confusa por causa do fuso horário.
– São dez pras duas. – respondeu Sam, colocando as malas no porta malas de um carro meio velhinho, mas bem cuidado.
– Da manhã? – perguntei com os olhos arregalados.
– Não! Da tarde. – ele respondeu rindo.
Entramos no carro, e cinco minutos depois Sam preencheu o silêncio.
– Você tem que saber de muitas coisas, principalmente as coisas que estão acontecendo em Forks. – ele disse.
– Algo importante? – perguntei.
– Já passamos por coisas piores. – respondeu.
– Ah, sim. Mas se precisarem de ajuda, vou estar disponível. – disse.
– Ajuda? Mas você disse que não se transformava e tal...
– Sim, ajuda. Eu não me transformo, mas também não sou inútil.
– Mas pode ser muito perigoso para uma garota que não sabe dos riscos. – ele disse.
– Perigoso como? – perguntei.
– Existem vampiros em Forks. – ele disse.
– Vampiros? – perguntei.
– Isso. Você não sabia da existência deles?
– Sim, sabia. O castelo do Drácula e tal. Mas não têm vampiros em Bucareste. Em outros lugares da Romênia talvez... Talvez pelo medo deles, já que lá tem mais lobos reunidos do que pessoas em supermercados.
– São muitos lobos? – ele perguntou me olhando.
–Muitos mesmo. – respondi.
–Enfim, esses vampiros não são como os outros. Eles são vegetarianos.
– Vegetarianos? – perguntei rindo.
– Eles bebem sangue animal. Inacreditável, não é? E nós temos um pacto com eles. Eles não podem atravessar as nossas terras e não podem transformar ninguém nem fora nem dentro delas.
– É, aceitável.
– Só que as coisas ficaram complicadas. O líder da outra alcatéia, o Jacob, era apaixonado por uma garota, a Bella. Só que ela amava o Edward, um vampiro desse clã que lhe falei. Edward se casa com a Bella, e ela engravida dele. – ele disse.
– Como? É, pelo visto eu escolhi a cidade certa. – disse. – Eu pensei que vampiros fossem estéreis.
– E eles são. Com uns aos outros, mas com humanos não. Esse filho estava matando a Bella, já que ele era metade humano e metade vampiro. Ele precisava de sangue, e a Bella cada vez mais ficava mais frágil. Quando o bebê nasceu, Edward a transformou. E acredite, Jacob quase morreu quando soube disso. Só que ele sofreu imprinting com a criatura que ele queria matar. A filha da Bella. – Sam me explicou.
– Imprinting? Tipo, amar para toda a eternidade, ou algo assim? – perguntei.
– Exatamente. Depois disso, ele fica fazendo rondas em Forks, para ficar perto do bebê, e de vez em quando a Bella trás Reneesme para La Push. – ele disse.
– Mas não é proibido vampiros irem para as suas terras? – me confundi.
– E é. Mas digamos que ela tem o crachá de permissão. – falou. – Estamos em Forks. – ele disse. Virei para o lado e vi árvores e mais árvores.
– Nossa, isso é bem diferente de lá. – disse.
– Sua cidade é muito urbanizada? – ele perguntou.
– Bom, como é a capital da Romênia, é bastante urbanizada, mas tem algumas florestas. E como ninguém vai lá, nós caçamos por lá. – respondi. – Nós não, eles.
– Você nunca os acompanhou em uma caçada? Ou nem ao menos ficou no mesmo lugar que eles?
– Eu só fui lá uma vez. Tinha seis anos de idade, e minha mãe percebeu que eu não conseguia me transformar. Desde então eu nunca mais fui lá. Aqui só chove, né?
– Sim. Vá se acostumando. – ele disse.
– Eu prefiro frio a calor. Então, eu acho que ficarei bem. – falei olhando a estrada. – Nós estamos indo para La Push agora? – perguntei.
– Aham. A nossa alcatéia não é muito grande, ainda mais quando houve a separação para outra alcatéia, mas não se preocupe quanto aos vampiros.
– Ah, não estava preocupada. Sam, eu vou ficar na sua casa, não é? – perguntei incomodada.
– Esse foi o combinado. – respondeu.
– Então, eu acho que vou arrumar um emprego e vou alugar uma casa. Na aldeia mesmo. Eu não quero ficar alugando você e a Emily. – disse.
– Que isso, . Você não irá nos alugar. E eu até gosto disso, porque a Emily não irá ficar sozinha quando eu estiver fazendo a ronda.
– Entendi. – falei.
– Estamos quase chegando. E provavelmente os garotos estarão dentro da minha casa, comendo alguma coisa. Falando em comer, você deve estar morrendo de fome.
– A comida do avião é horrível! – disse rindo.
– Então eu acho que a Em vai ter que fazer mais comida. Os garotos são um bando de esfomeados.
– Eu sei como é. Lá em casa também era assim.
– Você sente saudade deles? – Sam me olhou.
– Sinto. É como se eu estivesse deixando uma parte da minha vida, sabe?
– Sei. Quando eu me afasto da Emily também me sinto assim.
– Você sofreu o imprinting com ela? – perguntei.
– Sim. Mas é uma história longa. Depois te contamos. Chegamos. Não ligue para a simplicidade da casa. – ele falou estacionando o carro na rua.
– Pode deixar. – disse saindo do carro com minha mochila.
– Pode entrar, não fique com vergonha. – ele disse pegando minhas malas.
– O que? Não. De jeito nenhum! A casa é sua. – falei esperando ele trancar o carro.
– Se insiste. – ele abriu a porta e um cheiro de torradas e bacon invadiu minhas narinas. Os garotos, uns cinco, pararam de comer e olharam para a porta.
– Sam! Você tá perdendo as torradas da Emily. – um garoto moreno e alto disse. Mas espera. Todos eram morenos e altos. Depois da fala desse garoto, outro garoto, que estava ao seu lado bateu em sua cabeça.
– Olha o que você falou, seu idiota!
– Não falei nada demais. – ele revidou.
– Parem vocês dois! A chegou, e vocês a cumprimentam assim? – Sam perguntou.
– Ah, foi mal . – o primeiro garoto disse. – Eu me chamo Quil.
– Prazer, . Eu sou o Jared. – outro garoto disse.
– Eu sou o Embry. – o garoto que bateu na cabeça do Quil disse.
– Eu sou o Paul. – um garoto se levantou e me cumprimentou.
– Isso sim é cumprimentar alguém. – Sam falou.
– Não implique com eles, Sam. Eu estou acostumada. – falei rindo.
– Eu sou o Seth. – um garoto menor falou.
– E eu sou a Emily. Prazer, . – ela disse me abraçando.
– Bom, podem me chamar de . – falei.
– Eu vou colocar suas malas no quarto de hóspedes, que é no final do corredor, tudo bem? – Sam perguntou.
– Tudo. – respondi.
– Enquanto isso, venha comer. Eu preparei mais torradas com bacon. Espero que goste. – Emily disse me puxando para a famosa cozinha americana.
– Tá brincando? Eu amo! – falei sentando em um banquinho e começando a comer uma torrada.
– Você não é uma loba mesmo não, ? – Seth me perguntou. Era mais fácil me lembrar dele, já que ele parecia ser o mais novo.
– Não. – respondi.
– E o que você veio fazer aqui? – Paul me perguntou.
– Paul! – Sam o repreendeu quando voltou do quarto.
– Eu também quero saber, ué. – Jared falou.
– Tudo bem. Eu não ligo. Bom, sabe aquele lugar que você quer muito, muito ir, mas nunca soube o motivo disso? Então. É isso. Eu não sei o que estou fazendo aqui, mas sei que eu queria vir para cá. E pra mim isso é o bastante. – respondi.
– Uou! Fiquei emocionado! – Quil disse fingindo que enxugava algumas lágrimas, e isso me lembrou o Dominic.
– Bem meninos, se vocês me dão licença, eu vou arrumar minhas coisas. Até mais. – falei saindo da cozinha e indo para o “meu” quarto.
Abri uma mala e peguei meu netbook. Apesar de odiar essa versão pequena, é bom quando se viaja. Liguei-o e coloquei em uma mesa que tinha no quarto. Vi que a Internet estava com sinal, e abri meu e-mail. Nenhum novo. Resolvi mandar um email para o meu irmão.
Irmão,
Estou mandando esse e-mail para avisar que cheguei sã e salva. Fale para a mamãe que ela não precisa ficar mais preocupada.
Conheci uma garota americana no avião. Ela sentou do meu lado e é legal. Depois que cheguei a Seattle, eu vi o Sam, o líder da alcatéia daqui, e ele também é muito simpático. Apesar de parecer briguento. Conheci também os garotos da alcatéia dele. Eles são engraçados, e me lembram vocês. O Sam me lembra o Fred, o jeito mandão dele em relação aos garotos. Conheci outro garoto também, da outra alcatéia. E o mais emocionante vem agora. Existem vampiros em Forks. Vampiros! E o mais inacreditável, eles são vegetarianos! Ou seja, eles bebem sangue animal. Mas não se preocupe comigo. Estou bem. E os outros, como estão?
Sinto a falta de TODOS vocês.
Beijos, .
Acabei de mandar o e-mail, e desliguei o computador. Não estava cansada, tinha dormido algumas horas, ou talvez muitas, no avião. Eu queria conhecer Forks. E principalmente, os vampiros. Nunca vi um vampiro, mas pelo que sempre me disseram, eles eram criaturas maravilhosas. Comecei a arrumar minhas roupas no armário, e quando terminei, peguei minha toalha e fui para o banheiro que tinha dentro do quarto. Saí do banheiro, coloquei uma calça jeans e uma blusa de mangas, e minhas sandálias de dedo.
Abri a porta do quarto e não ouvi nenhum barulho. Andei até a sala e vi a Emily lendo um livro.
– Oi. Tá quieta aí. – disse me sentando ao lado dela no sofá.
– Pois é, os meninos foram fazer alguma coisa com o Sam. E eu sobrei. – ela disse fechando o livro.
– Sobrou nada! Você está comigo. Tá comigo tá com Deus! – falei. – Mas então. O que tem de bom para fazer aqui? – perguntei.
– Nada demais. Ah, o Sam vai reunir hoje os garotos mais a Leah e o Jacob, os que não estavam aqui, para poder te apresentar a eles, formalmente. – ela falou.
– Que horas? – perguntei.
– Acho que a noite. – ela respondeu.
– E o que nós vamos fazer até lá?
– Não sei. O que quer fazer?
– Que tal uma volta? – perguntei.
– Por mim, sem problemas. Vou pegar um casaco e já volto. – ela disse e saiu da sala.
– Sam? – ouvi uma pessoa entrar na casa, e me virei.
– Quem é você? – perguntei para o estranho extremamente bonito.
– Eu que pergunto. – ele disse me olhando nos olhos.
– Jake! – Emily disse com um casaco na mão e indo abraçar o garoto.
– Emily, quem é ela? – ele perguntou desviando o olhar.
– Ela é a . – ele voltar a me olhar. – O Sam não te disse sobre ela? – ela perguntou. Ele assentiu.
– Disse, eu que estou voando. Prazer, Jacob. – ele disse.
– Prazer. Eu sou a . – disse.
– Mas você sabe... Ela sabe sobre nós? – ele perguntou para Emily.
– Sei sim. – respondi.
– O Sam vai apresentá-la para o pessoal hoje. – ela disse.
– Ele pediu para que eu viesse para cá, mas ele não está... – falou confuso.
– Ele deve ter se esquecido de falar a hora. Ele marcou às sete da noite aqui em casa. – ela falou.
– Ah, então ele deve ter se esquecido mesmo. Depois a gente se fala. Foi um prazer, . – ele disse abrindo a porta.
– Espera! Jake, você poderia mostrar a ela La Push? Não me entenda mal, . É que eu preciso fazer a comida, porque quando esses garotos chegarem, eles estarão mortos de fome. – ela disse se desculpando.
– Ah, Emily. Não precisa Jacob, mesmo. Eu posso te ajudar a preparar a comida. Até porque eu vou ficar aqui de graça, então tenho que ajudar de alguma maneira. – falei.
– Bom, eu estou sem nada para fazer, então se não quiser ver La Push, vou ficar aqui. – ele disse fechando a porta e indo para a sala.
– Vai com ele, . Eu não preciso de ajuda. – ela disse indo para a cozinha.
– Não, Emily. Amanhã eu posso ver La Push inteira. E eu quero ajudar. – falei seguindo ela.
– Tudo bem. – respondeu. Ela fez três potes de lasanha. Enormes! Quando acabamos me joguei no sofá, e vi que o Jacob estava quase dormindo do outro lado do sofá.
– Emily, o Jacob está quase dormindo. Não seria melhor se ele fosse para casa, ou algo do tipo? – perguntei.
– Coitado, deve estar morrendo de cansaço. – ela falou olhando-o. – Eu vou acordá-lo.
– Não! Qualquer coisa ele pode dormir na minha cama. Se ele for como eu, até chegar a casa dele, ele já vai ter perdido o sono. – falei.
– Não tem problema para você? – perguntou.
– Nenhum. Mas como a gente vai colocar ele lá?
– Não sei. – rimos. – Jake, acorde. Jake! – sussurrou.
– Hnn... – ele resmungou. – Eu quero dormir.
– Levante, Jacob. – falei e ele se levantou, de olhos fechados. Eu e Emily o apoiamos nos nossos ombros e fomos até meu quarto, que ainda bem, não era muito longe. Ele se jogou na cama, e nem se mexeu antes de sairmos de lá.
– Nossa, ele é sempre assim?
– Geralmente ele tem estado assim. A Reneesme é bem brincalhona, só que ela não passa as maiorias das noites acordada, então o Jake faz o que pode. – ela disse se sentando no sofá.
– Ah... – falei.
– Em! – o Sam entrou gritando na casa.
– Shiiiu! – falamos em uníssono.
– Hã? – ele perguntou.
– O Jake está dormindo no quarto da . – Emily falou.
– Ah, sim. Por quê?
– Ele chegou cedo aqui, e acabou dormindo no sofá. – falei.
– E vocês o levaram até o quarto? – continuou perguntando.
– Sim. – falamos juntas de novo.
– Como? – ficou intrigado.
– Eu pedi para ele levantar, ele levantou e nós o levamos até o quarto. – falei sem me importar.
– Tão fácil assim? O Jacob não acorda tão fácil... – ele deixou a frase no ar.
– Mas foi isso que aconteceu. Sam, que horas as pessoas vão chegar? – perguntei.
– Não vai ser uma festa, . Os mais velhos da aldeia vão vir aqui te conhecer, algumas outras pessoas e mais a Leah. – falou.
– Tudo bem, mas que horas? – perguntei.
– Marquei com ele às sete. – ele disse olhando para o relógio. – São seis horas. Legal. Tem alguma coisa para comer, Em? – ele perguntou.
– Eu vou tomar banho. Tchau! – falei indo para o meu quarto. Quando entrei nele me lembrei do Jacob, mas o ignorei. Peguei minha toalha, e entrei no banheiro.
Quando estava terminando o banho lembrei que não tinha pegado nenhuma roupa, sujou! Saí do Box, me enrolei na toalha e abri a porta do banheiro lentamente, verificando se o Jacob ainda dormia. Como ele estava virado para o outro lado, saí do banheiro e corri até o armário, tentando fazer nenhum barulho. Peguei uma saia de cintura alta marfim, ou bege, uma blusa branca e um colete preto. Antes que eu conseguisse pegar minhas roupas íntimas, ouço uma voz.
– Mas o que...? – me virei e dei de cara com Jacob. Ele estava sentado na cama com a mão na cabeça e me olhando, confuso.
– Er... – aposto que devo ter corado. – Você pode se virar para o outro lado, por favor? – perguntei.
– Você vai se trocar aqui?
– Não! Pode por favor, se virar? – perguntei novamente.
– Tudo bem... – ele se virou e eu peguei uma calcinha e um sutiã, e saí correndo pro banheiro. Maldita cabeça de vento. Agora ele deve estar pensando que eu sou uma retardada, ou algo pior. Coloquei minha roupa (link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=26779688&.locale=pt-br), e saí do banheiro. Ainda bem que o Jacob não estava mais lá. Ouvi algumas risadas vindas da sala, e terminei de passar meu batom.
N/a: Olá garotas! Agradeço a todas vocês pelos comentários, eles são muito importantes para que eu continue a escrever. Até a próxima! Nina.
Capítulo 3
Cheguei à sala e vi o Sam, Jacob, Paul, Embry e a Emily, rindo de algo. Os três últimos meninos citados me olharam, e eu devo ter corado de novo.
– Oi, de novo, meninos... – falei me sentando no sofá, ao lado do Paul.
– Está bonita, . – Embry me elogiou.
– Obrigada, Embry. – falei. – Que horas essa comida vai sair Emily? Estou com fome! – brinquei.
– Viu?! Ela também está com fome. – Paul disse. – E eu também estou com saudade da Rachel. – reclamou.
– Ela deve estar chegando, Paul. Não apresse a minha irmã. – Jacob falou.
– Você namora a irmã do Jacob? Que legal... – falei.
– Ele sofreu imprinting por ela. – Jacob disse.
– Ah, o Sam me explicou o que é isso. E você Embry? Também já sofreu o imprinting? – me virei para o Embry.
– Não. Ainda não. – ele falou.
– Assim que tem que ser. – sorri.
– E você, ? – Jacob me perguntou. Meu sorriso se desfez, e eu me lembrei do Fred. Da sua expressão tranquila e feliz enquanto dormia. Do seu sorriso, e do seu abraço.
– ? ! – Sam me chamava.
– Ah, me desculpem. Eu... Eu estava viajando. – falei sem graça.
– Eu pensei que você estava passando mal, ou algo do tipo. Que susto. – Emily disse.
– Ela pareceu a Alice agora, perdendo o foco da visão. – Jacob disse.
– Alice? Que Alice? – perguntei.
– Uma vampira. O Sam te contou sobre os Cullen? – Embry falou.
– Sim, contou. – respondi. – Mas o que eu tenho a ver com essa Alice?
– Ela pode ver o futuro, e quando isso acontece, ela perde o foco da visão. – Jacob falou.
– E como você sabe, já que ela não consegue ver nada com um de nós por perto? – Paul perguntou.
– A Nessie me mostrou. É uma coisa muito estranha e sinistra de se ver. – respondeu.
– Nessie é? – perguntei.
– A Reneesme, minha impressão. – respondeu.
– Ah, é. Tinha me esquecido. – comentei.
– Enfim, ela vai vir aqui hoje. Eu não sei por que, mas ela quer te conhecer. – ele disse dando de ombros.
– Quer? – arregalei os olhos.
– E você avisa que ela vai vir aqui agora? – Sam perguntou.
– Você não estava em casa antes, e agora que eu acordei. – ele se explicou.
– Quem mais? – Emily perguntou.
– A Bella, e talvez o Edward. – Jacob disse.
– Mas por que ela quer me conhecer? – me perguntei.
– Também quero saber. – respondeu me olhando de um jeito estranho.
– Pessoal, chegamos! – Seth disse entrando na casa do Sam com uma garota logo atrás, e uma mulher mais velha.
– Olá, . – Seth me cumprimentou.
– Oi Seth. Tudo bem? – perguntei e ele assentiu, indo cumprimentar os outros. Olhei para minha frente e vi que a garota me encarava. Dei um sorriso tímido e fui cumprimentá-la.
– Oi, sou a . Prazer. – estendi minha mão, e quando vi que ela não ia fazer o mesmo, recolhi minha mão.
– Oi. Sou a Leah. – ela disse friamente.
– Oi! Nossa, eu estava ansiosa para te conhecer. Sabe, a única mulher do bando. Deve ser difícil... – falei e ela me olhou com uma cara estranha, mas riu.
– É realmente difícil. Ninguém me entende. – ela disse.
– Enfim, você é a irmã do Seth? – perguntei.
– Sim, e eu sou ciumenta. – avisou.
– Hã? Ah, tudo bem. Eu não estou interessada nele... – tentei me explicar, mas todos começaram a rir. – O que? O que houve? – fiquei confusa.
– Ela fez isso de palhaçada. Prazer, sou Sue Clearwater. – a mulher mais velha disse.
– Ah, oi Sue! Bom, eu acho que você já deve saber o meu nome... – falei.
– Sei sim, querida. Bom, vou ajudar a Emily a colocar a mesa. – ela disse e saiu de perto.
– Mas é sério, eu não estou interessada no seu irmão mesmo não. E mesmo se eu estivesse não seria assim que as coisas andariam... – falei.
– Relaxa, eu estava de brincadeira. O que você está fazendo em La Push? No fim do mundo? – antes que eu respondesse, Quil, uma criança, Jared,duas garotas e dois garotos, mais jovens que Seth, entraram na casa.
– Iam começar a comer sem nos esperar? Que coisa feia. – Quil disse, pegando a criança no colo. Uma criança muito fofa por sinal.
– Claro que não. Seríamos incapazes de fazer isso. – Paul disse indo ao encontro de uma garota com cabelos negros e pele morena.
– , essa é a Claire. Minha pequena. – Quil disse me mostrando a criança que estava em seu colo. Ela tinha cabelos negros e aparentava ter uns dois ou três anos.
– Sua filha? – perguntei espantada.
– Não. – ele me respondeu e me olhou significativamente. Não! Tudo bem que o Jacob sofreu imprinting com uma criança, mas mesmo assim era estranho.
– Oi, tudo bem, Claire? – perguntei sorrindo.
– Tudo sim. O Quil disse que você era bem legal. – ela respondeu sorrindo.
– Ai, que coisa fofa, Quil! Posso te dar um abraço? – perguntei a ela, que assentiu ainda sorrindo. A peguei no colo e a abracei, recebendo um beijo na bochecha em troca.
– Você é muito linda, Claire. Quando crescer quero ser bonita que nem você. – falei.
– Eu deixo, mas só se você prometer que não vai gostar do Quil. – ela disse olhando para ele, que ainda nos observava.
– Ah, eu prometo. O Quil é seu, e de mais ninguém! – falei rindo. Ela assentiu e me deu outro abraço antes de voltar pro colo do Quil.
– Eu me apaixonei por ela. – falei para a Emily.
– Ela é encantadora, e eu sou a tia dela. – ela disse.
– Sério? Nossa, você é uma tia de sorte. – falei.
– ! Deixa eu te apresentar a minha namorada, a Kim. – Jared me apresentou a sua namorada, e depois da apresentação, percebi que a outra garota que tinha entrado na casa junto deles, era a irmã do Jacob, a Rebecca.
– Eu gostaria de me desculpar por aquele momento no quarto. Eu ainda estava com sono. – ele disse sem jeito.
– Ah, tudo bem. Eu tinha me esquecido de pegar as roupas... – falei.
– E obrigado por ter me deixado dormir no seu quarto. – ele falou sorrindo tímido.
– Sem problemas. – falei dando um sorriso.
– Eu acho que eles chegaram. – Sam disse, e eu vi Jacob ir até a porta.
Fiquei do lado da Emily, e vi um casal entrar com um bebê no colo. Jacob foi até eles e pegou a garota no colo. Fiquei olhando os dois, até que ela se virou para mim, e sorriu. Sorri de volta e acenei.
–Bella, Edward! – Seth disse indo falar com eles.
– Como está, Seth? – o homem, no caso o Edward disse.
Fui conversar com a Emily, mas quando me virei ela não estava lá. Ela estava conversando com a Bella.
– Animada? – Leah perguntou.
– Eu? Ah, aqui parece ser bem legal. E tem praia, não é? – perguntei.
– Eu to falando de conhecer os vampiros. – ela disse, e nesse momento a Bella e o Edward nos olharam. Fiquei sem graça, e dei um meio sorriso. Leah saiu de perto de mim, e Edward veio com Bella até mim, e me cumprimentaram.
– Você é a , não é? – ele perguntou. Fiquei chocada com a beleza deles, e me esqueci de responder. Ele deu um sorriso de lado, e eu me lembrei que ainda estava na Terra.
– Isso! , eu. – falei corando.
– Prazer , eu sou o...
– O Edward, e você a Bella. Vocês são casados. É, eu sei. O Sam me disse tudo o que acontece aqui em La Push... Ou Forks. – me confundi no final da frase.
– Ou os dois. – Bella disse em tom brincalhão.
– É. – assenti.
– Você não cheira como os outros lobos, . – Edward disse franzindo o cenho.
– Ah, me chamem de . Mas eu não cheiro como os outros lobos, porque eu não sou uma loba. – respondi.
– Não? – Bella perguntou.
– Não. O Sam vai explicar tudo isso quando os mais velhos daqui chegarem. Eu acho que eles já estão chegando. – falei, e percebi que já tinha adquirido a super audição dos lobos daqui. Ouvi a porta se abrir, e vi um homem de cadeira de rodas, parecido com um índio, novidade, entrar e logo atrás, outro homem, um pouco baixo e moreno.
– Billy e Quil! – Sam disse indo cumprimentá-los. Pedi licença para os vampiros e fui até lá.
– Billy e Quil, esta é a . – Sam falou. Eu os cumprimentei e sorri.
– A famosa . – Billy disse.
– Famosa? Que isso... – falei. – Você é o pai do Quil?
– Não, sou o avô dele. – ele disse simpaticamente.
– Ah sim... – falei.
– Gente, eu queria que vocês se sentassem em algum lugar, que eu vou começar a explicar tudo. – Sam falou. Sentei-me no braço do sofá, e olhei para a sala. Ela estava cheia. Cada um estava sentado em algum lugar.
– Primeiro eu gostaria de agradecer a Bella e o Edward por terem vindo. E a Reneesme também. – ele falou. – Estamos reunidos para dar boas vindas à , que é de Bucareste, Romênia. Ela é da família de lobos, mas... Eu acho melhor ela explicar essa história. – ele disse e sentou no chão.
– Eu preciso levantar? – perguntei para as pessoas, e elas riram.
– Fica aí mesmo, . – Jared disse.
– Eu levanto. – falei. Levantei-me e fiquei na frente de todos.
Comecei a explicar tudo, desde o começo, e de vez em quando surgiam algumas perguntas.
– Outra pergunta? – perguntei quando acabei de explicar.
– Você só pode se casar com o líder de alguma alcatéia? – Embry perguntou.
– Sim. É assim que a lenda é. – falei.
– Os únicos líderes daqui são o Sam e o Jacob. Os dois já sofreram imprinting. – Paul disse.
– Um transmorfo pode sofrer imprinting duas vezes. É como se você tivesse sentindo uma dor muito forte no pé, e esfaqueasse a sua mão para que a dor no pé diminuísse. Ou seja, uma dor mais forte vai fazer com que a outra dor fosse apenas uma picada. E no contexto dos lobos, um lobo sofre um imprinting, mas depois de um tempo, ele conheceu a , e se ele se apaixonar por ela, e ela o mesmo, o imprinting que ele teve antes, desaparece. Pelo simples fato de que eles dois foram feitos um para outro, independente de qualquer coisa, até de outra pessoa. E também porque o amor deles vai ser muito mais forte, e muito mais resistente do que o amor do primeiro imprinting. – Billy explicou.
– Então o Jake ou Sam podem se apaixonar pela , e deixar o imprinting deles de lado? – Leah perguntou.
– Não é bem assim. O amor deles não vai vir com o tempo. Simplesmente vai vir. Esse amor foi construído entre eles mesmo antes deles nascerem. Por isso que eles são predestinados. E quando eles se tocam ou se vêem pela primeira vez, eles sentem um pequeno choque. Ou uma coisa parecida a isso. – ele continuou explicando.
– Eu não vou me casar com o Sam, Emily. Fique tranquila. Não senti nenhum choque. – brinquei. Todos na sala riram de volta.
– Mas e o Jake? – a Reneesme perguntou.
– Nenhum choque. – eu e o Jacob falamos em uníssono.
– Alguma outra pergunta? Confesso que estou me sentindo uma professora. – brinquei.
Depois da sessão ‘perguntas’, o pessoal foi comer, menos os vampiros e a Reneesme. Peguei meu prato, cheio, e me sentei ao lado dela, que estava no colo da Bella.
– Eu sou a Reneesme. Não tivemos tempo de sermos apresentadas. – ela disse dando um sorriso angelical.
– Eu sei quem você é. O Jacob me disse sobre você. Eu sou a , mas me chame de . – disse a ela.
– Você gosta do Jake? – ela me perguntou de repente.
– Eu não tenho motivos para não gostar dele, Reneesme. Então sim, eu gosto. – respondi.
– Mas de qual jeito? – me perguntou.
– Nessie, você não está com fome, querida? – Bella perguntou, me livrando da pergunta que sua filha tinha feito.
– Não, mamãe. – ela respondeu colocando as duas mãos no rosto de sua mãe. Estranhei, mas não perguntei nada.
– E você nem me avisou. Mas tudo bem. – Bella disse.
Jacob se sentou no chão, de frente para Bella e Reneesme, e começou a comer.
– Jacob, senta aqui. Eu já estou acabando. – falei para ele.
– Não precisa, . Quer dizer, . – disse com vergonha.
– , não . – ri. Levantei e pedi que ele se sentasse, e assim ele o fez.
Fui para a cozinha, que estava cheia, devido aos garotos que só sabiam comer. Lavei meu prato e me sentei no banco, ao lado do Embry.
– E aí, gostando da lasanha? Eu ajudei a preparar. – puxei assunto.
– Hmm... Tá muito boa! – respondeu de boca cheia. Ri.
– Se livrou dessa, hein?! Se eu ainda estivesse comendo, você estaria lascado. – falei ainda rindo.
– Você não sente nojo? – perguntou assustado.
– Eu convivi dezessete anos com um bando de garotos ao meu redor, Embry. Quando isso acontece, você aprende a parar de ter nojo de certas coisas, como isso. Eu até entrava na brincadeira. – respondi me lembrando.
FLASHBACK ON 4 ANOS ATRÁS
Estava na varanda da parte de trás da minha casa com Dominic, Liam e o meu irmão. Nós estávamos almoçando, quando de repente, o Dom me chamou.
– , olha aquele passarinho. – eu olhei para o lugar que ele tinha apontado, mas não tinha nenhum passarinho. Quando olhei para o Dom, ele arrotou. Mas não foi apenas um arroto, foi ‘O arroto’.
– DOMINIC! Seu nojento! – o repreendi. Ele e os outros dois começaram a rir.
– Eu ouvi isso, Dominic. – Fred disse chegando à varanda. No mesmo instante, os garotos pararam de rir. – Ela é uma garota, portanto, não é obrigada a ver isso. – completou.
Ele pegou uma cadeira e se sentou ao meu lado esquerdo. Eu virei para o Dominic, que estava ao meu lado direito, e ele olhou. Abri a boca e ele viu todos os alimentos que estavam nela.
– ! Isso não vale! Você viu o que ela fez, Fred? – Dom perguntou a ele, e ele fez que ‘não’ com a cabeça.
– Ainda não aprendi a estar em dois lugares ao mesmo tempo. – respondeu. – Mas eu imagino o que ela deve ter feito. Bem feito para você, Dominic. – completou me olhando.
– Então ela você protege, mas eu não? Legal. – ele disse.
– Ela é uma garota, Dom. É normal elas fazerem isso com a gente. Mas seria falta de educação da nossa parte tratá-las do mesmo jeito. – falou sorrindo, ainda me olhando. Antes que eu conseguisse resistir, abri a boca e olhei para o Fred, já que ele ainda me olhava.
– AH NÃO! – ele disse fechando os olhos depois que me olhou. Comecei a rir, depois de ter engolido o que tinha em minha boca, claro. Tentar rir com a boca aberta não dá muito certo, acreditem.
FLASHBACK OFF
– Ainda bem que você não tem ataques. – ele falou, sem estar com a boca cheia.
– Eu não sou fresca, Embry. Às vezes eu sou sim... – disse.
– Amanhã vai fazer o que? – perguntou Leah, se aproximando de mim.
– Eu estava querendo conhecer La Push. – respondi.
– Então é só mostrá-la a praia, Embry. – ela disse rindo.
– Eu quis dizer La Push, Forks e Seattle. – falei.
– Não tem nada em Forks, então pula essa parte.
– Ah, deve ter alguma coisa. – fiz bico.
– Tem supermercado, lojas de esportes, restaurantes, que na verdade são mais bares que restaurantes. – ela disse.
– Eu quero ver a cidade, Leah. As árvores, os prédios. – respondi.
– Lá não tem prédios. – Embry disse.
– Tudo bem, as casas! Agora não venham dizer que não tem casas, porque tem sim! – falei.
– Se você se contenta vendo as casas, tudo bem... Vá ver as casas de Forks. – Leah disse. Olhei para ela, que deu de ombros.
– Eu quero fazer alguma coisa amanhã. Eu não vim para cá à toa. – falei emburrando. – Já sei! Vou chamar a Heather. – falei, me lembrando dela.
– Quem? – Embry e a Leah perguntaram juntos.
– A garota que se sentou do meu lado no avião. Ela é bem legal. Ela me deu o número do celular dela caso eu estivesse sem nada para fazer. Só que ela mora em Seattle. Algum de vocês sabe dirigir? – expliquei.
– Não. O Jake sabe, pede a ele, ou ao Sam. Mas eu acho que amanhã à tarde o Sam vai fazer a ronda. – Embry disse.
– Ah, então deixa. Eu não quero atrapalhar o Jacob. – falei.
– Não quer me atrapalhar com o que? – ele surgiu do nada, ficando ao meu lado.
– Que susto! – coloquei a mão no coração.
– Desculpe. – ele me olhou.
– Tá tudo bem. Mas não é nada não, deixa pra lá. – dei de ombros.
– Ela quer ver uma amiga que mora em Seattle, e como só você e o Sam sabem dirigir, um de vocês poderia levá-la lá. – Embry disse.
– O Sam vai fazer a ronda amanhã, não é Embry? – ele perguntou, e Embry assentiu. – Eu acho que posso te levar amanhã sim, . – Jacob falou.
– Se não for incômodo. Eu não quero atrapalhar. – falei.
– Você não vai atrapalhar. – respondeu como se fosse óbvio.
– Eu também quero ir. Faz tempo que eu não saio com garotas, para me divertir. – Leah disse.
– Eu não tenho carro, Leah. Eu tenho uma moto. – Jacob disse.
– Eu posso pedir o carro do Sam emprestado para você dirigir. Ele confia em você, certo?
– É, ele deve deixar. – Leah falou.
– Mas você se intrometeu na conversa, Leah. Nem quis saber se a quer a sua companhia lá. – Jacob falou.
– Se você não quiser tá tudo bem. Eu entendo. – Leah disse se antecipando.
– Claro que eu quero. – os repreendi. – eu vou pedir ao Sam o carro ainda hoje, caso eu não o encontre em casa amanhã. Falando em casa, eu vou ter que procurar um trabalho. – falei.
– Trabalho? Pra que? – Leah perguntou.
– Depois me avise, vou ficar com a Nessie. – Jacob falou saindo de perto de nós.
– Certo. É que eu não quero ficar aqui, sabe? Alugando o Sam e a Emily. – disse.
– Ah, fica lá em casa então! – Leah falou, sorrindo.
– Leah, eu não quero incomodar. – falei sem graça.
– Você não vai incomodar coisa nenhuma. – ela disse.
– Não sei, Leah. Depois conversamos sobre isso, ok?
– Tudo bem. – respondeu.
Fui até o Sam, que estava conversando com o Billy e o Quil avô.
– Licença. Sam, será que eu poderia conversar com você por um instante? – perguntei.
– Ah, claro . – ele disse, se levantando e indo para a cozinha, que agora estava vazia.
– Sam, você pode emprestar o seu carro amanhã para o Jacob? É que eu quero conhecer a cidade e a Leah também vai vir, daí como o Jacob só tem uma moto, fica difícil... – comecei a falar.
– Calma, . Mas como eu vou fazer uma ronda amanhã, tudo bem. Eu empresto. A chave vai ficar na mesa, ok? – falou.
– Obrigada Sam. – sorri.
– Vai sair amanhã? – Emily veio ao nosso encontro.
– Sim. E você vai junto. – falei, sorrindo.
– O que? Acho melhor não, . – ela disse.
– Vá com ela, Em. Amanhã eu vou ficar o dia todo fora de casa. Vai ser bom. – Sam falou, a abraçando.
– Viu?! – perguntei, erguendo uma sobrancelha.
– Tudo bem, eu vou com você. – ela disse, desistindo.
– Conosco. A Leah também vai. – comentei, saindo de perto dos dois.
Encostei-me à bancada da cozinha, e fiquei lá, observando os outros conversando e pensando na minha família.
– Você tem alguma habilidade? – Edward perguntou, do nada, me dando um susto.
– Tenho. Eu consigo adquirir os poderes e habilidades de outras pessoas com o tempo de convivência. – respondi. – Por exemplo, eu passei um dia inteiro com um lobo, e agora, eu já consigo ouvir e sentir tudo muito bem, devido ao super sentido deles. – falei.
– Só esse? – Edward perguntou.
– Não. Eu também consigo purificar o ar, ou uma mata. Digamos que o céu está poluído, eu posso o fazer ficar limpo. E se houver uma queimada numa mata, eu vou poder reconstruí-la, mesmo ela já estando desmatada. Não vou poder replantar as árvores, mas pelo menos vai queimar menos. – expliquei.
– E tenho outro também. Eu consigo me equilibrar em superfícies escorregadias ou em pequenas superfícies, sem nenhuma dificuldade. – terminei.
– Nossa. Você tem sorte. – ele disse. – Mas é que eu posso ler os pensamentos... – quando ele falou isso, eu fiquei intacta. Caramba, será que eu pensei algo que não devia?
– Mas eu não consigo ler o seu. Bom, eu também não conseguia ler os da Bella, mas talvez seja porque ela está bloqueando o seu pensamento.
– Como? – perguntei confusa.
– Quando ela era humana, eu não conseguia ler os pensamentos dela. Só depois que ela virou uma vampira, nós descobrimos que ela podia bloquear os pensamentos das outras pessoas, ou até mesmo deixar um raio de proteção para elas, caso alguém queira feri-las, ou algo do tipo. – explicou.
– Ah sim. Que legal. – respondi. – Mas eu não acho que ela está fazendo isso. Quero dizer, por que ela faria isso?
– Não sei. Talvez você tenha adquirido a habilidade dela. – comentou.
– É, pode ser. – dei de ombros.
– Bom, estou exausta. Não tive tempo para dormir desde que cheguei. – falei, me despedindo de todos que estavam presentes e indo dormir.
n/a: Meninas, me desculpem por esse capítulo. Está horrível. Eu sei :/ Mas eu juro que tentei escrever um melhor, porém não deu certo. No entanto, prometo a vocês que o próximo capítulo será bem melhor e com ação! Hahaha vocês não perdem por esperar. E será esclarecido o porquê do Jake e da PP não terem sentido nada ainda u.u Beeeeeijos!
Capítulo 4
Comecei a ouvir um leve barulho de água batendo na janela, e acabei acordando. Levantei-me e depois de fazer a higiene matinal, arrumei o quarto. Abri a janela, apenas para comprovar o que eu já sabia: Estava chuviscando, o que já era de se esperar de La Push.
Saí do quarto, e fui para a sala, encontrando a Emily fazendo torradas com ovos e bacon para o café da manhã. A cumprimentei, e me sentei no banco da cozinha.
– O que achou de ontem? – me perguntou.
– Ah, eu gostei. Foi bom explicar para todos o que eu sou. – respondi.
– E o Jake? – enruguei a testa.
– O que tem ele? – perguntei confusa.
– O que achou dele? – riu.
– Simpático... Bonito... É, simpático. – falei, com vergonha.
– Ah, você gostou dele! – falou, apontando com o dedo indicador para mim.
– Não. E mesmo se tivesse não adiantaria nada. Ele não é o destinado. A verdade é que eu estou começando a achar que eu não tenho nenhum destinado, sabe? É como se eu fosse uma frigideira, que não tem tampa, enquanto as outras panelas têm. – desabafei.
– Sabe, eu posso estar errada , mas tem algo entre vocês dois que me intriga. Pode parecer bobagem, mas o Jake não é de acordar fácil, ou algo do tipo. E com você, ele... Parecia que ele estava enfeitiçado pela sua voz, por isso se levantou e foi para o seu quarto facilmente. – comentou.
– Para de bobeira, Emily. Não é nada disso. Eu o achei legal e tal, mas... Eu acho que a pessoa certa para mim não está aqui... Eu acho que ela nem existe. Talvez eu tenha nascido com defeito, ou algo do tipo.
– Agora você que está falando bobeira! É claro que você tem a sua alma gêmea, digamos assim. Você ainda não a encontrou. Ou talvez não percebeu que a tenha encontrado. – falou, colocando um prato com o meu café da manhã na mesa.
– Como assim? – comecei a comer.
– É complicado. Talvez você conheça a pessoa que é o seu par, mas não a reconheceu como isso. – explicou, se sentando no banco a minha frente.
– Então... Será que eu... Mas a lenda diz que quando eu vê-lo, eu vou sentir algo por ele. Eu não senti nada por ninguém. Agora eu estou começando a achar que ele não está aqui. – suspirei.
– Vocês irão se encontrar um dia, só não apresse as coisas. – falou.
– É, tudo bem. Que horas vamos sair? – mudei de assunto.
– O Jake disse que vai almoçar aqui, e depois nos podemos ir, que tal? – perguntou.
– Ótimo. Vou dar um passeio na praia, não demoro. – falei, pegando um casaco e saindo de casa.
Quando botei meu pé para fora de casa, bateu um vento gelado em minha direção, me fazendo ranger os dentes. Fui seguindo o cheiro do mar, devido ao olfato dos lobos. Cheguei à praia, vendo um mar azul em minha frente. Caminhei até a beira mar e fiquei andando um pouco por lá, até me cansar e fazer o caminho de volta.
Me afastei um pouco da beira mar, e me sentei na areia. Meus pensamentos voaram até Bucareste, especialmente até Fred. Eu sentia falta dos meus pais, do meu irmão e dos garotos, mas o Fred... O Fred era especial. Ele era meu porto seguro. Se não tivesse essa coisa toda de destinado, era com o Fred que eu me casaria, era com ele que eu teria meus filhos.
Eu sei que minha família está sentindo minha falta, mas eu não faço ideia de como o Fred deve estar. Ele deve estar arrasado. Nós passamos ótimos momentos juntos. Momentos dos quais eu nunca vou esquecer.
Continuei pensando nele, quando ouço passos de alguém na areia, perto de mim. Olhei para trás, e dei de cara com o Jacob.
– O que está fazendo aqui? – me perguntou.
– Quis ver a praia. Ela é bem bonita. – comentei vendo-o se sentar ao meu lado.
– É... Mas raramente algumas pessoas vêem aqui. A gente tem outra forma de diversão. – falou, olhando o mar.
– Qual? – perguntei curiosa.
– A gente pula de um penhasco, e de lá ficamos nadando, essas coisas... – falou com naturalidade.
– Como? Espera... Defina: Vocês. – arregalei meus olhos.
– O meu bando e mais o do Sam. A Bella já pulou uma vez, mas não foi um pulo muito bem sucedido. – falou.
– Vocês são doidos. – olhei para ele, que olhou de volta para cá. Depois de cinco segundos ele perguntou:
– Quanto tempo pretende ficar aqui? – desviei meu olhar, e voltei a olhar o mar.
– Não sei. Na verdade eu não sei o que fazer. Estou sem rumo. – voltei a olhá-lo, dando um sorriso triste.
– Quem sabe um dia desses você descobre o que tem que fazer?
– Pode ser... Só espero que esse dia não demore muito para chegar. – falei, pegando na sua mão que estava estendida para que eu me levantasse.
– Não apresse as coisas, . – ele disse.
Quando estávamos perto da casa do Sam, pensei em algo para falar, já que o silêncio estava tomando conta de tudo.
– O tempo aqui é sempre ruim, não é? – perguntei a primeira coisa que veio na minha cabeça, e adivinhem: Merda, ou clichê, como preferirem. Falar sobre tempo é sempre clichê, e nessa situação foram os dois: Clichê e ridículo. Não tem mais nada para falar, vamos falar sobre o tempo. Tirando o fato que eu já sei como é o tempo aqui, mas talvez ele não saiba que eu sei.
– Sim, mas pensei que você soubesse como era o tempo aqui. – falou, chutando uma pedrinha que havia em sua frente.
– Eu sei... É que tava silêncio, então foi a única coisa que veio na minha cabeça para falar. – disse a verdade, rindo de mim mesma.
– Ah, acontece. Vamos mudar de assunto então. Aonde você quer ir hoje? – perguntou.
– Bom, conhecer isso tudo. Forks e Seattle. Pode ser? – olhei para ele, em dúvida.
– Pode. Quem vai?
– Eu, a Leah, a Emily e vou ligar para uma amiga que eu conheci no avião, ela mora em Seattle, então podemos nos encontrar lá.
– Má ideia. – comentou.
– O que? Ligar para minha amiga? – me confundi.
– Não. Levar a Leah e a Emily. Elas... – ele parou de andar e falar ao mesmo tempo.
– Que foi? – perguntei, não estava sentindo nenhum cheiro diferente ao nosso redor, então fiquei mais confusa.
– Vamos voltar para a praia. – falou, me pegando pelo braço e indo de volta para a praia.
– Mas o que...?
– Não seria bom falar sobre as duas na casa da Emily. – explicou.
– Entendi, mas o que você ia falar?
– Elas são primas, e antes do Sam sofrer imprinting pela Emily, ele namorava a Leah. – arregalei meus olhos, sem acreditar naquela história.
– Não...
– Sim... E quando ele conheceu a Emily, ele terminou tudo com a Leah, e ela ficou com muita raiva dele e da Emily. E até hoje ela só fala com os dois por obrigação. – se sentou na areia, me puxando para me sentar ao seu lado.
– Nossa, a Leah devia ter ficado arrasada. E a Emily deve se sentir super culpada, né?
– Não só a Emily, o Sam também. Mas eles dois não têm culpa. A Leah que é infantil demais. – falou, culpando a Leah.
– Não fale assim dela, Jacob. – o repreendi. – Como você se sentia quando via a Bella com o Edward? – perguntei.
– Mal, muito mal. – respondeu, parecendo entender um pouco o lado da Leah.
– Pois é, é sempre diferente quando acontece com os outros, até acontecer com a gente, não é mesmo?
– Nunca tinha pensado por esse jeito. Você tem razão. – desistiu. – E pelo visto esse é o jeito dela de encarar essas coisas, um jeito meio estranho e super irritante, mas mesmo assim é o jeito dela.
– Nós não somos iguais, então temos maneiras diferentes de lidar com uma dor, física ou não. – falei.
– Bom, agora podemos voltar, certo? To começando a ficar com fome. – falou se levantando e me ajudando.
– Por que eu não estou surpresa? – rimos de leve. – Podemos sim, também estou com fome.
Eu e Jacob colocávamos a mesa enquanto Emily terminava de esquentar a comida. Depois ela trouxe tudo para a mesa e começamos a comer.
– Você demorou , fiquei até um pouco preocupada. – Emily disse, começando a comer.
– Eu sei me desculpe. Mas é que eu encontrei o Jacob e ficamos conversando por lá mesmo. Aí depois ficamos com fome e viemos. – comentei.
– Ah sim. Tudo bem então. – respondeu, dando nos ombros.
– Tudo certo para mais tarde? – Jacob perguntou.
– Claro! – falei, parando de prestar atenção em minha comida e prestando atenção em Emily.
Ela parou de comer por um tempo e depois disse:
– Eu... Eu acho melhor não, sabe? Eu tenho que limpar a casa e fazer o lanche antes que os meninos cheguem, vão vocês. – terminou de falar e voltou a comer.
– Não. – falei. Os dois olharam para mim. – Eu não perguntei se você queria ir ou não. Isso não é uma democracia, Emily. Você vai e pronto. E até porque eu acho que você não sai de casa faz uns meses, certo? Pelo menos para passear. Não estou falando da quitanda que fica aqui perto. – disse, olhando para ela, que engoliu seco.
– É que eu e a Leah... Nós não nos damos muito bem. – explicou.
– Não me importo. Quem sabe hoje não seja o dia que vocês vão voltar a se dar bem? – perguntei, tirando meu prato da mesa e o levando para a cozinha.
– Tudo bem. Faz um tempo mesmo que eu não me divirto e saio para fazer compras. Nós vamos fazer compras, não vamos? – perguntou ela, toda esperançosa.
– Eu acho que o Jacob não vai se importar se fizermos algumas comprinhas, certo Jacob? – falei, me virando para ele, que olhava incrédulo para nós duas.
– Por favor, me digam que vocês não estão falando sério. – ele disse.
– Sim, estamos. – falei, dando um sorriso.
Fui para o meu quarto me arrumar, já que Jacob tinha ido para sua casa fazer o mesmo - mas antes pedi para que ele falasse com a Leah para começar a se arrumar também - e a Emily também foi se arrumar. Quando passei pelo computador não pude evitar não ligá-lo e checar meus e-mails. Havia um e-mail na caixa de entrada do meu irmão.
Olá, irmã querida.
Não sabe o quanto nós sentimos sua falta (Com ‘nós’ eu quero dizer todo mundo, até o Dominic). Mas pelo visto você está se divertindo, não é? Com vampiros e tudo nessa cidade. Quem diria hein?! Uma cidade tão pequena, mas tão esquisita! Ainda por cima com vampiros vegetarianos? Você tem que procurar saber se não tem cachorros falantes ou centauros por aí, vai que existe outra criatura mágica além dos vampiros e nós? Nunca se sabe. E por falar em vampiros, devo dizer que quando o Fred viu se e-mail, ele quase comprou uma passagem para aí. Eu o impedi, é claro. Disse que você sabia se virar sozinha, e que mesmo assim você não estava sozinha. Mas você sabe como ele é, ainda está com essa ideia maluca na cabeça, e não duvido de que um dia ele suma e no outro apareça por aí.
Mudando de assunto, como você está? Eu sei que você falou isso no outro e-mail, mas não custa nada perguntar de novo. Aliás, como vai a caça ao seu príncipe destinado? Acha que já o achou ou nada ainda?
Por aqui está tudo bem, nada de novo.
Espero as respostas.
Beijos, Greg.
Após ler e reler o e-mail, eu ainda não acreditava que o Fred faria isso. Quer dizer, eu acho que eu faria o mesmo por ele, mas mesmo assim é inacreditável. Decidi responder depois e fui tomar um banho quente, não aguentava mais o frio, mesmo gostando mais dele do que do calor.
Me arrependi de ter saído do Box quando terminei, mas já que eu tinha que sair de lá de qualquer jeito, o quanto antes melhor. Coloquei uma calça jeans qualquer, uma blusa listrada de manga, calcei minha bota marrom, coloquei meu casaco branco e peguei um cachecol(link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=30724956&.locale=pt-br) marrom claro antes de sair do quarto.
Chegando a sala, percebi que a Emily já estava pronta e devidamente agasalhada, e pelo visto o Jacob estava atacando a geladeira.
– Jacob, eu sinceramente acho que você está com a barriga furada. – brinquei com ele, que deu uma risada como resposta.
– Quem me dera. – falou, fechando a geladeira e pegando a chave do carro do Sam.
Fomos pegar a Leah, e quando estávamos perto de sua casa me lembrei da Heather.
– Droga! Esqueci de ligar para a Heather. Tomara que ela não tenha nada para fazer. – falei, pegando meu celular e ligando para ela.
– Alô? – perguntou.
– Heather, sou eu! , se lembra de mim? – perguntei.
– ! Claro que me lembro. O que te faz me ligar?
– Então, eu decidi sair hoje, sabe? Para conhecer Forks e Seattle. Estou com um amigo e mais duas amigas. Primeiro nós vamos ver Forks, e depois Seattle. Se você puder, você se arruma aí, e depois nos encontramos em algum lugar de Seattle. Que tal? – percebi que o carro parou e olhei para frente, imaginei que estávamos na casa da Leah, já que ela saía apressada de lá.
– Ah, tudo bem! A gente pode se encontrar na Lakeside Avenue. Tem uma Starbucks lá. Pode ser?
– Por mim beleza. Nos vemos lá. Beijos. – desliguei bem na hora em que a Leah entrava no carro, ao lado da Emily. As duas se acenaram suas cabeças e Leah se virou para mim.
– E aí, ? Tudo bem? Qual vai ser o programa? – ela perguntou.
– Tudo sim Leah. Então, era isso que eu ia falar. Uma amiga minha vai nos encontrar em uma Starbucks em Seattle, já que ela mora lá. Mas primeiro nós vamos conhecer Forks. – falei, animada.
– Você quis dizer que você vai conhecer Forks, né? Eu acho que nós conhecemos muito bem Forks. – Leah disse, entediada com o meu ânimo.
– Ah, qual é, gente! Se animem. Eu prometo que vai ser legal. Palavra de escoteira! – falei colocando minha mão esquerda sobre meu peito.
– Só quero ver. – Jacob disse, quase rindo.
– Você foi escoteira, ? – Emily perguntou.
– Ainda bem que não! Meus pais sempre foram normais, nunca tentaram me colocar em coisas assim. – dei uma pausa. – Até porque quando eu era criança, meus poderes ainda estavam fora de controle, então podia acontecer alguma coisa.
– Mas você tem muitos poderes? – dessa vez foi a Leah.
– Eu acho que sim, não sei pra que vou querer tantos poderes. Mas vamos falar de outra coisa, não quero falar sobre isso. – me acomodei no banco onde estava, ao lado do Jacob.
– Chegamos em Forks. – ele nos avisou, me fazendo olhar pela janela. Até agora não tinha visto nada de novo, e estava começando a acreditar na Leah.
– Vamos só passear de carro, não estou a fim de sair do carro agora. – disse, 0lhando as casas razoavelmente pequenas.
– Por acaso você adivinhou o que eu ia perguntar? – Jacob se virou para mim, estranhando algo.
– Não. Eu não leio mentes Jacob, e mesmo se eu lesse, eu acho que eu saberia se eu estivesse lendo uma. – falei, rindo.
– Ui grossa! – ele disse, rindo com todas nós.
– Eu tenho que concordar com a Leah, . Está chato. – Emily disse, olhando para mim pelo retrovisor que estava a minha frente.
– Viu, não sou só eu! – Leah exclamou.
– Tudo bem, e até eu concordo, está chato. Aqui não tem nada de bom. – cruzei os braços.
– Motorista, vamos para Seattle. – falei com Jacob.
– Motorista? Se for assim vocês vão ter que me pagar. – ele disse, pegando a estrada.
– Pagar? Se fosse assim você teria que comprar ingredientes lá para casa, não só você, como todos os outros. – Emily retrucou, calando Jacob.
– Ai, essa doeu! E aí, o que prefere? – Leah perguntou.
– Er... Essa é por conta da casa! – deu um sorriso amarelo e ligou o carro, pegando a rodovia principal para ir a Seattle.
– Vocês já comeram cheesecake? Ouvi falar que aqui nos Estados Unidos todos comem. – perguntei.
– Claro que sim! Todo americano já comeu cheesecake. Por que? – Leah falou.
– Eu nunca comi. Mas quero comer, mesmo não sabendo do gosto. É um desejo... – falei.
– Ih, tá grávida. – Jacob disse em tom de brincadeira.
– Há há. Muito engraçado. – falei séria.
Duas semanas haviam se passado desde o dia que cheguei a La Push. Nada demais tinha acontecido, devo acrescentar. E quanto a minha saída com o pessoal para Seattle, bom, tinha sido legal. Eles gostaram da Heather e tudo mais, mas nada de especial aconteceu. E todos os dias desde que cheguei aqui, fiquei perto do Jacob e dos meninos, quando eles não tinham ronda para fazer. Fui ficando muita amiga deles, o que é bom.
Eram quase quatro horas da tarde e eu estava de cara pra cima junto com a Emily. Os meninos estavam na ronda e nós aqui, sem fazer absolutamente nada. Mas o mais estranho era que só eu e ela estávamos na casa. Mais ninguém, porém, eu conseguia captar um sinal três pessoas.
– Emily, só nós duas que estamos aqui, certo? – perguntei.
– Sim, por quê?
– Eu nunca te disse isso, mas eu consigo captar sinais vindos das pessoas. É como se fosse um radar, sabe? Eu consigo captar o seu sinal, o meu e de outra pessoa. Mas esse está muito fraco para eu conseguir segui-lo. – falei de forma frustrada.
– Nossa, ! Mas será que não deve ter ninguém aqui perto de casa para você estar sentindo isso?
– Não sei. Além desse sinal, eu estou me sentindo estranha. Feliz, mas... Diferente. Como se algo fosse acontecer, sabe? Algo que nem todos vão gostar, mas que eu vou. – falei.
– Acho que só nos resta esperar pra que algo aconteça e que você saiba o que é esse sentimento. – ela respondeu.
– Eu estou ansiosa também. Como eu nunca estive em toda a minha vida.
– Fique calma e tudo se resolverá. – Emily se levantou do sofá e foi para a cozinha, ver se o frango estava assando direitinho.
(JACOB’S POV)
Estava terminando de fazer a ronda, quando Seth me chamou para ir à casa do Sam para lanchar. O que me lembrou da . Ela era diferente. Bonita, misteriosa. Eu só não gostava do ‘misteriosa’, não sabia o que esperar dela. Quando a vi de toalha, meu coração acelerou, mas eu tenho hormônios, então não liguei.
– Será que você pode parar de pensar na , por favor? – Leah me perguntou por pensamento.
– Desculpa, me desliguei um pouco. – dei de ombros.
– Mas, já que você tocou no assunto... Então quer dizer que você se sente atraído pela ? Bom saber disso.
– Leah, me deixe em paz, ok? Eu só a acho diferente, nada mais. Eu amo a Reneesme, você sabe disso. – falei por pensamento pra ela.
– Claro. Mas lembre-se do que seu pai te disse. Você pode sofrer imprinting de novo. – ela continuou, enquanto eu nem dava bola.
– Eu não senti, não sinto e nem vou sentir nada pela . Nós somos amigos, só isso. E pare de se interferir na minha vida. – disse isso mais para mim do que para ela.
Cheguei à casa do Sam e fui entrando. estava na sala, de cara pra cima, enquanto Emily estava na cozinha, pra variar.
– E aí, ? – dei dois beijos em sua bochecha e mandei um beijo no ar para Emily.
– Oi, Jake! Acabou de voltar da ronda? – perguntou, se ajeitando no sofá para que eu me sentasse ao seu lado.
– Sim, e pelo visto nós dois estamos entediados. – falei para ela, que riu.
– Jaaaake... – ela disse manhosa.
– O que você quer? – perguntei, sacando que ela queria alguma coisa.
– Vamos sair? – falou com os olhos brilhando.
– Para qual lugar? Você sabe que não muitas opções por aqui.
– Que tal cinema? Por favor! ‘Os Vingadores’ vai estrear e eu quero muito ver! De verdade. Você faria isso por mim? – ela juntou as mãos e inclinou o corpo.
Quase disse que faria tudo por ela, mas não sei da onde esse pensamento tinha saído, então me calei.
– C-claro! Também quero ver.
– Vamos chamar os meninos? Às vezes eles também querem assistir. – falou.
– Os meninos vão estar na ronda hoje à noite também. – falei, agradecendo aos meninos mentalmente por isso. E de novo, não sei da onde esse pensamento tinha saído.
– Poxa. Ia ser tão legal sairmos todos juntos. – ela fez uma cara triste.
– Estou me sentindo ofendido. A minha companhia é a melhor, ok? – levantei o rosto, com ar de superioridade.
– Eu não quis dizer isso, bobo. – deu a língua.
– Eu sei, é legal te ver irritada. – ri.
– Não, você nunca me viu e nunca vai querer me ver irritada, acredite. – ela disse, incomodada com algo.
– Enfim, isso não importa. – dei de ombros. – A que horas posso te pegar para irmos?
– Bom, que tal às 19h?
– Sem problemas. Ah, nós vamos de moto. Tem algum problema? – perguntei.
– De jeito algum. – sorri em resposta.
– Te vejo mais tarde então, . – dei uma piscada de olho para ela, dei tchau para a Emily e fui para casa, me esquecendo de esperar o Seth para irmos lanchar.
(JACOB’S POV OFF)
Duas horas se passaram desde que Jacob havia voltado para sua casa, então resolvi começar a me arrumar. Fui tomar banho e depois coloquei uma roupa simples (link: http://www.polyvore.com/cinema/set?id=56491656). Quando terminei de me arrumar fui pra sala, esperando por ele.
– Olha gente, tá toda chique. – Emily disse ao me ver.
– Uma vez na vida tenho que ficar bonita, não acha? – brinquei.
– Pare com isso, você chama atenção, é bonita. Ainda mais aqui. – ela falou.
– Como assim “ainda mais aqui”? – perguntei, confusa.
– Você é diferente, é europeia. Não americana, por isso que chama atenção. Não precisa te conhecer para saber que não é daqui. – explicou.
Na mesma hora a porta se abriu e Jacob entrou, sorrindo para nós.
– Boa noite, meninas. – ele veio em minha direção, me cumprimentar.
Me deu um beijo em um lado da bochecha, e do outro lado, o beijo pegou na trave, quase se transformando em um selinho mal dado. Meu coração começou a bater rápido. Ignorei o que havia acabado de acontecer e ele também, pelo visto. Foi cumprimentar a Emily.
– Pronta? – perguntou, se virando para mim.
Assenti em resposta. Peguei minha bolsa e soltei um beijo para Emily, que piscou para mim.
– Juízo, hein?! – ela disse, fazendo meu rosto corar, acredito.
– Não vou deixa-la fazer nada de errado, Em. – Jacob disse.
– Não foi nesse sentido que eu disse, mas tudo bem... Se cuidem! – Emily retrucou e eu abaixei a cabeça, com vergonha.
Jacob e eu saímos da casa e fomos em direção à moto dele.
– O que ela quis dizer com aquilo? – ele perguntou, confuso. Apenas dei de ombros, ainda com vergonha.
Capítulo 5
(JACOB’S POV)
– Jacob, você pode ir mais devagar, por favor? – me perguntou, agarrada em minhas costas.
– Você está com medo? – perguntei de volta, dando um risinho.
– Não, só tenho amor a minha vida. – ela respondeu.
– A gente não vai cair, relaxa. Sinta o vento nos seus cabelos e essas coisas de garotas...
Em dois segundos senti suas mãos desgrudarem das minhas costas. Pude ver seus braços esticados, como aquela personagem do filme que todas as garotas gostam, Titanic. Enquanto o seu capacete não estava mais em sua cabeça, estava entre nós dois.
– Pensei que você tivesse amor a sua vida. – falei, olhando para seus braços pelo retrovisor.
– E eu tenho, mas você disse pra eu relaxar. Então, estou relaxando. – falou, sacudindo a cabeça e deixando seus cabelos voarem ao vento. Detalhe: com os braços ainda esticados. Estaria mentindo se não tivesse achado que ela estava sexy daquele jeito.
– Não faça o que eu faço, muito menos o que eu falo, ok?
– Jacob, relaxa. Eu consigo me equilibrar muito bem em qualquer superfície. – recolheu os braços, e os apoiou no ferrinho de trás da moto.
– Não tente a sorte. Eu falei para a Emily que eu não ia te deixar fazer nada de errado quando ela pediu por juízo. – relembrei-a.
– Não é sorte! Eu tenho uma habilidade em relação a equilíbrio. Assim como vocês conseguem ouvir muito bem e tudo mais.
– Ahh...
– E Emily não estava se referindo à esse tipo de juízo, mas tudo bem.
– Como assim? – perguntei.
– Nada não, deixa quieto.
– Começou, agora termina. – ela bufou em resposta.
– Ela... – deixou a frase no ar.
– Ela? – a instiguei.
– Ela estava dizendo de um jeito romântico, não preocupado. – falou, rapidamente. Se eu tivesse um ouvido normal, provavelmente não iria entender.
– Romântico? – freei a moto bruscamente quando ouvi.
– É, romântico! Ela acha que nós temos alguma coisa... romanticamente. – ela saiu de cima da moto e ficou parada, ao meu lado, no meio da rua.
– Nós não temos nada. – disse mais para mim do que para ela.
– E você gosta da Reneesme. – ela disse, me lembrando daquele fato.
– Isso! – falei.
O que seguiu foram minutos de silêncio de ambas as partes. Ela provavelmente estava pensando em toda a situação, enquanto eu estava pensando nela. Em como ela estava bonita. Em como ela me atraía de um jeito que nem quando a Reneesme atingir a maioridade vai me atrair. Em como ela me deixava confuso quando estava perto de mim.
– Jacob, acho melhor nós voltarmos para casa. – falou, atrapalhando meus pensamentos.
– Tem certeza? Nós estamos quase chegando em Seattle. – falei, desapontado por ela querer ir embora.
– Tenho. – respondeu, convicta.
Por um tempo ficamos em silêncio, até eu sentir um cheiro desagradável. Um cheiro muito bem conhecido, infelizmente. Fiquei em alerta por mim e por ela. Não poderia deixar que nada acontecesse a ela.
– , sobe na moto. – falei enquanto descia da moto.
– Por que? – ela perguntou, confusa.
– Tem um vampiro aqui. – respondi, enquanto sentia todos os meus músculos ficarem tensos.
– Você está com medo? – perguntei de volta, dando um risinho.
– Não, só tenho amor a minha vida. – ela respondeu.
– A gente não vai cair, relaxa. Sinta o vento nos seus cabelos e essas coisas de garotas...
Em dois segundos senti suas mãos desgrudarem das minhas costas. Pude ver seus braços esticados, como aquela personagem do filme que todas as garotas gostam, Titanic. Enquanto o seu capacete não estava mais em sua cabeça, estava entre nós dois.
– Pensei que você tivesse amor a sua vida. – falei, olhando para seus braços pelo retrovisor.
– E eu tenho, mas você disse pra eu relaxar. Então, estou relaxando. – falou, sacudindo a cabeça e deixando seus cabelos voarem ao vento. Detalhe: com os braços ainda esticados. Estaria mentindo se não tivesse achado que ela estava sexy daquele jeito.
– Não faça o que eu faço, muito menos o que eu falo, ok?
– Jacob, relaxa. Eu consigo me equilibrar muito bem em qualquer superfície. – recolheu os braços, e os apoiou no ferrinho de trás da moto.
– Não tente a sorte. Eu falei para a Emily que eu não ia te deixar fazer nada de errado quando ela pediu por juízo. – relembrei-a.
– Não é sorte! Eu tenho uma habilidade em relação a equilíbrio. Assim como vocês conseguem ouvir muito bem e tudo mais.
– Ahh...
– E Emily não estava se referindo à esse tipo de juízo, mas tudo bem.
– Como assim? – perguntei.
– Nada não, deixa quieto.
– Começou, agora termina. – ela bufou em resposta.
– Ela... – deixou a frase no ar.
– Ela? – a instiguei.
– Ela estava dizendo de um jeito romântico, não preocupado. – falou, rapidamente. Se eu tivesse um ouvido normal, provavelmente não iria entender.
– Romântico? – freei a moto bruscamente quando ouvi.
– É, romântico! Ela acha que nós temos alguma coisa... romanticamente. – ela saiu de cima da moto e ficou parada, ao meu lado, no meio da rua.
– Nós não temos nada. – disse mais para mim do que para ela.
– E você gosta da Reneesme. – ela disse, me lembrando daquele fato.
– Isso! – falei.
O que seguiu foram minutos de silêncio de ambas as partes. Ela provavelmente estava pensando em toda a situação, enquanto eu estava pensando nela. Em como ela estava bonita. Em como ela me atraía de um jeito que nem quando a Reneesme atingir a maioridade vai me atrair. Em como ela me deixava confuso quando estava perto de mim.
– Jacob, acho melhor nós voltarmos para casa. – falou, atrapalhando meus pensamentos.
– Tem certeza? Nós estamos quase chegando em Seattle. – falei, desapontado por ela querer ir embora.
– Tenho. – respondeu, convicta.
Por um tempo ficamos em silêncio, até eu sentir um cheiro desagradável. Um cheiro muito bem conhecido, infelizmente. Fiquei em alerta por mim e por ela. Não poderia deixar que nada acontecesse a ela.
– , sobe na moto. – falei enquanto descia da moto.
– Por que? – ela perguntou, confusa.
– Tem um vampiro aqui. – respondi, enquanto sentia todos os meus músculos ficarem tensos.
(JACOB’S POV OFF)
– Um vampiro? Como você sabe? – perguntei, estava animada, ao invés de ficar com medo.
– Pelo cheiro. – ele falou, olhando para o lado esquerdo, onde tinham várias árvores.
– Então é esse o cheiro que eu estou sentindo? Um cheiro muito estranho? – indaguei.
– Você está sentindo o cheiro? – agora ele que perguntou.
– Eu tenho um olfato muito bom, graças a vocês. – falei.
– Tanto faz. Agora suba na moto. Por acaso você sabe como andar em uma?
– Não! Aonde você vai? - gritei, enquanto o via se afastar de mim e entrar na floresta.
Larguei o capacete no chão e o segui. Ele não tinha entrado muito, mas estava um pouco longe da beira da estrada. O cheiro estranho estava mais perto ainda de nós.
– Falei pra você subir na moto. – ele vociferou. Seu corpo estava tremendo.
– Eu não ia te deixar sozinho! – falei um pouco alto.
– Sai correndo. – ele falou, olhando pra frente.
Pude ver um homem alto e forte parado há uns dez metros de onde estávamos. Não sentia nenhum sinal dele e o seu coração não estava batendo. Assim que percebi que ele era o vampiro. Seus olhos brilhavam na noite e eram vermelhos, senti um arrepio percorrer o meu corpo no mesmo instante. A feição de seu rosto era macabra, como se estivesse prestes a nos matar. Na sua boca havia sangue.
Jacob se transformou em lobo e começou a correr na direção do vampiro, que também havia começado a correr. Agora o que eu estava sentindo era medo, medo por Jacob. E se o vampiro o machucasse? E se Jacob não sobrevivesse? Meu coração começou a bater rápido e achei melhor ajuda-lo.
Foquei toda a minha concentração no vampiro, que ainda estava correndo. Senti uma leve pressão na minha cabeça e então o morto-vivo começou a correr lentamente. Ele estava confuso, não sabia o que estava acontecendo. Eu iria comemorar depois, não podia me desconcentrar. Continuei olhando para ele, que continuava lento.
Rapidamente, Jacob o alcançou e pulou em cima dele. Ainda estava me concentrando no homem, que agora estava sem forças devido a mim. A pressão em minha cabeça não parava de aumentar. O vampiro e Jacob estavam se revirando no chão. De repente, vi uma cabeça ser arrancada e ser pisoteada, totalmente. Jacob estava a esmagando com suas patas. A pressão em minha cabeça tinha ido embora, mas a minha visão tinha ficado branca.
– Pelo cheiro. – ele falou, olhando para o lado esquerdo, onde tinham várias árvores.
– Então é esse o cheiro que eu estou sentindo? Um cheiro muito estranho? – indaguei.
– Você está sentindo o cheiro? – agora ele que perguntou.
– Eu tenho um olfato muito bom, graças a vocês. – falei.
– Tanto faz. Agora suba na moto. Por acaso você sabe como andar em uma?
– Não! Aonde você vai? - gritei, enquanto o via se afastar de mim e entrar na floresta.
Larguei o capacete no chão e o segui. Ele não tinha entrado muito, mas estava um pouco longe da beira da estrada. O cheiro estranho estava mais perto ainda de nós.
– Falei pra você subir na moto. – ele vociferou. Seu corpo estava tremendo.
– Eu não ia te deixar sozinho! – falei um pouco alto.
– Sai correndo. – ele falou, olhando pra frente.
Pude ver um homem alto e forte parado há uns dez metros de onde estávamos. Não sentia nenhum sinal dele e o seu coração não estava batendo. Assim que percebi que ele era o vampiro. Seus olhos brilhavam na noite e eram vermelhos, senti um arrepio percorrer o meu corpo no mesmo instante. A feição de seu rosto era macabra, como se estivesse prestes a nos matar. Na sua boca havia sangue.
Jacob se transformou em lobo e começou a correr na direção do vampiro, que também havia começado a correr. Agora o que eu estava sentindo era medo, medo por Jacob. E se o vampiro o machucasse? E se Jacob não sobrevivesse? Meu coração começou a bater rápido e achei melhor ajuda-lo.
Foquei toda a minha concentração no vampiro, que ainda estava correndo. Senti uma leve pressão na minha cabeça e então o morto-vivo começou a correr lentamente. Ele estava confuso, não sabia o que estava acontecendo. Eu iria comemorar depois, não podia me desconcentrar. Continuei olhando para ele, que continuava lento.
Rapidamente, Jacob o alcançou e pulou em cima dele. Ainda estava me concentrando no homem, que agora estava sem forças devido a mim. A pressão em minha cabeça não parava de aumentar. O vampiro e Jacob estavam se revirando no chão. De repente, vi uma cabeça ser arrancada e ser pisoteada, totalmente. Jacob estava a esmagando com suas patas. A pressão em minha cabeça tinha ido embora, mas a minha visão tinha ficado branca.
Acordei e não reconheci o lugar que eu estava. Parecia um quarto de hospital, mas não era. Pude ver pelas janelas inúmeras árvores e como o hospital de Forks não era perto da floresta - soube isso no tour que fiz com o pessoal por Forks e Seattle -, que eu estava em outro lugar. O mesmo cheiro estranho que senti na floresta com Jacob estava sentindo agora. Fiquei assustada. Será que vieram mais vampiros depois que aquele foi morto? E mataram o Jacob? Respirei fundo. Aquela hipótese não podia ser verdadeira.
A porta foi aberta. Um homem loiro e de aparência perfeita adentrou o local. Ele era um vampiro. Seus olhos não eram vermelhos que nem os do outro, eles eram âmbar.
– , eu sou Dr. Carlisle Cullen. Você está na minha casa, não se preocupe. – ele disse, amigavelmente.
– Aonde está o Jacob? – perguntei.
– Já deve estar voltando. Ele foi pra sua casa pegar umas roupas pra você. – respondeu.
– Eu acho que já posso sair daqui, né? – olhei para ele, que deu um sorriso.
– Pode sim, mas espere pelo Jacob. Enquanto ele não chega, eu gostaria de conversar com você sobre seus poderes.
– Carlisle, você vai assustá-la. – o vampiro Edward entrou no quarto, sendo seguido de Bella.
– Oi, . Está se sentindo bem? – a mulher perguntou, se aproximando de mim.
– Sim, obrigada.
– Olá, . Fico feliz por saber que está bem. Carlisle é o meu pai, meu criador. E eu lhe contei sobre seus poderes. – Edward falou.
– Ah, sim. E tenho mais poderes do que eu te falei naquele noite, Edward. – contei.
– Mais? – ele ficou surpreso.
– Sim. – concordei.
– ? – ouvi a voz de Jacob preencher o quarto. Ele estava de volta, com uma muda de roupas em suas mãos.
– Eu. – sorri.
– Você está bem. Graças a Deus! Tem certeza que você tá bem? Tá sentindo dor, tontura ou alguma coisa? Pode falar, Carlisle é médico. – Jacob disparou.
– Jacob, eu estou bem. Só quero saber como eu cheguei aqui. – falei.
– Claro. Então, depois que você desmaiou, eu fiquei doido. Foi quando eu lembrei que estava na forma de lobo e me comuniquei com o Seth, que estava fazendo patrulha junto com a Leah. Os dois se transformaram de volta e vieram com o carro da Sue me ajudar com você. E aproveitaram e me trouxeram uma roupa. Aí nós te trouxemos pra cá, pra Carlisle ver o que tinha acontecido. – explicou.
– Você desmaiou. Só não sei o motivo. – Carlisle disse.
– Eu sei. Eu estava contando ao Edward antes de você chegar que eu tenho mais poderes que ele pensava. Quando eu vi o vampiro, eu pensei que eu tinha que te ajudar, então...
– Então? – Jacob perguntou.
– Eu consigo reverter os poderes e habilidades dos outros. – falei de uma vez.
Olhei para Bella, Edward, Carlisle e Jacob. Todos estavam com os olhos arregalados, mas ainda esperando por explicações.
– Eu consigo fazer com que uma pessoa muito rápida, fique extremamente lenta. Ou com que uma pessoa muito forte, fique extremamente fraca. – expliquei.
– Foi por isso que ele estava correndo tão devagar? – Jacob perguntou. Eu assenti.
– E por isso que ele não conseguiu te machucar, porque eu estava o enfraquecendo. – falei.
– Isso é maravilhoso. Agora eu entendo o porquê de você ter desmaiado. Foi porque você tinha feito muito esforço. – Carlisle se pronunciou.
– Eu nunca tinha feito nada desse jeito na minha vida. Só quando eu era criança, mas porque eu não tinha aprendido a controlar esse poder. E também porque eu nunca precisei utilizá-lo na minha cidade. Então, quando eu usei naquele vampiro, eu fiz muita força pra poder fazer com que tivesse efeito. Só que eu fiquei cansada, depois de tanto esforço. – recostei minha cabeça no travesseiro.
– , lembra de quando eu te falei sobre a minha habilidade? E que eu não estava conseguindo ler sua mente? – Edward me perguntou.
Assenti.
– Acho que é por isso que eu não consigo ler sua mente. Você está revertendo a minha habilidade, mesmo que seja involuntariamente. – ele falou.
– Faz sentido, mas mesmo assim, por que eu faria isso, mesmo involuntariamente? – perguntei.
– Talvez seja porque seu próprio corpo sabe o que o Edward faz e essa é a sua proteção, é como se fosse um instinto. – Carlisle explicou.
– Eu gostaria de fazer alguns testes com você. De sangue, para começar. – Carlisle continuou.
– Eu acho melhor vocês saírem daqui. – Jacob falou para Edward e Bella.
– Claro. – Bella falou.
– E controlem o Jasper, por favor. – Jacob disse.
– Então, , eu tenho uma proposta pra você. – Carlisle disse, enquanto limpava meu braço no lugar onde a agulha entraria.
– Pode falar. – respondi.
– Como eu disse anteriormente, eu gostaria de fazer alguns testes, pra saber mais sobre você. Em troca, você treina com a gente. – explicou.
– Pra que eu iria treinar? – fiquei confusa.
– Nós precisamos saber quem era esse vampiro. Se ele era conhecido ou até mesmo um recém-nascido. E se ele for um recém-nascido, nós teremos mais problemas. E possivelmente vocês também, já que vocês o mataram.
– Entendi. Mas recém-nascido?
– São vampiros que acabaram de ser transformados. Eles são mais fortes, mais ágeis e têm mais sede. Só que não dá pra saber se ele era recém-nascido ou não. estava revertendo a agilidade e a força dele. – Jacob falou, olhando para Carlisle na última parte.
– E como ele era, fisicamente? – o médico perguntou, terminando de tirar a agulha do meu braço.
– Alto, branco, cabelos negros, olhos vermelhos e a boca suja de sangue. – falei, me lembrando dele.
– Bom, quer se trocar? – Jacob perguntou, entregando minhas roupas.
– O banheiro fica ali. – Carlisle apontou para uma porta do lado esquerdo do quarto. – Sinta-se à vontade para tomar um banho, se quiser. Tem toalhas limpas no armário.
– Obrigada. – falei, me levantando da cama e indo para o banheiro.
Eu estava horrível. Meu cabelo estava todo bagunçado, minhas roupas estavam sujas devido ao meu desmaio na floresta e meu corpo doía. Olhei para o meu rosto no espelho e não me reconheci. Eu estava com olheira debaixo dos olhos, que pareciam cansados. Em toda a minha vida, nunca tive olheiras. Alguma coisa estava muito estranha. Meu rosto estava mais fino, dando a entender que eu estava emagrecendo. O que não fazia sentido, já que eu estava comendo muito.
Decidi parar de me analisar e fui tomar banho. A sensação da água entrando em contato com o meu corpo era muito boa, me fazia relaxar. Aproveitei e lavei a cabeça, mas depois de tanto tempo no chuveiro, tive que sair. Os Cullen são ricos, mas isso não significa que eu posso abusar.
Peguei as roupas (link:http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65186180&.locale=pt-br) que Jacob trouxe e tive vontade de bater nele. O que ele estava pensando? Que eu sinto calor que nem eles? Tive que vesti-las mesmo assim. Coloquei as minhas roupas sujas dentro na mochila que Jacob trouxe as roupas limpas e saí do banheiro. O quarto estava vazio. Continuei xingando o Jacob até suas futuras gerações. Como ele pôde me deixar sozinha?
Criei coragem e saí do quarto. Fiquei perdida no segundo seguinte. A casa era enorme, tinham portas e portas. Tive que ir seguindo o cheiro de Jacob, que era o único transmorfo na casa. Cheguei ao topo da escada e pude ver várias pessoas reunidas na sala. Fui descendo calmamente, enquanto estremecia. Até dentro de casa fazia frio. E ficar de pernas e braços de fora não ajudava em nada.
Pude perceber que eles estavam falando sobre o vampiro que Jacob matou. Era essencial que todos ficassem alertas, que isso poderia ser uma vingança dos Volturi. Fiquei confusa, não sabia quem eram os Volturi, mas resolvi não perguntar. Quando eles acabaram de falar, se viraram para mim.
– , o resultado vai sair na terça, ok? – Carlisle disse. Assenti.
– , não fomos apresentadas ainda. Eu sou Alice. – uma vampira meio baixinha e com cabelos curtos me disse.
– Prazer, Alice. – dei dois beijos em sua bochecha.
– E esse é o meu marido, Jasper. – um homem mais alto que ela apareceu e eu o cumprimentei.
– Eu sou o Emmett, e essa é a minha mulher, Rosalie. – um vampiro extremamente alto e forte falou. Em seguida uma mulher muito bonita me cumprimentou.
– Prazer em conhecer todos vocês. – falei, sorrindo.
– Bem que o Jacob tinha falado, dá pra perceber a diferença em metros. – uma mulher com rosto simpático disse.
– Eu sou Esme, . Mulher do Carlisle. – ela veio me abraçar.
– Prazer, Esme. Mas diferença, que diferença? – perguntei, cruzando os braços.
– Jacob havia me dito que você é europeia e isso realmente é óbvio. Seus traços são bem característicos de uma pessoa europeia, principalmente da Romênia. – ela falou.
– Como assim?
– Seu queixo é bem delineado, seus olhos chamam muita atenção. E eu só não fui atraída por eles quando você chegou aqui, porque você estava desmaiada. Mas na hora olhei para suas sobrancelhas, elas complementam o que os seus olhos querem dizer. – continuou, quando viu que eu estava com dúvida. – Você é uma lutadora.
Ao final, já tinha ficado vermelha, de tanta vergonha. Ninguém nunca havia me dito aquilo.
– Obrigada, Esme. – sorri.
– , Carlisle estava falando de uma proposta que ele lhe fez. Então, você aceita? – Jasper quem falou.
– Se for preciso, sim. – falei.
– Ótimo! Que tal amanhã, às dez? Aí você fica para o almoço. – Alice falou, quase dando pulinhos.
– Então vamos, ? – Jacob se pronunciou, levantando do sofá e chegando perto de mim.
– Vamos. Até mais tarde. – acenei para os vampiros.
Jacob colocou suas mãos ao redor da minha cintura e me guiou até a porta. Estremeci pelo seu contato físico, já que eu estava gelada de tanto frio. Quando fui para fora da casa, meus dentes começaram a ranger. Eram quase oito horas quando Jacob parou a moto e encontramos o vampiro. Então agora, pelas minhas contas, estava de madrugada.
– Você está com frio? – ele perguntou, enquanto subia na moto que estava na frente da casa.
– Morrendo de frio seria o termo correto. – falei, subindo em seguida atrás dele.
– Esqueci que você não é como a gente, me desculpa. – disse, tocando a minha coxa esquerda para sentir minha temperatura. Ela estava gelada. Mas, ao toque dele, ela tinha esquentado um pouco. Porém, tinha sido rápido. Minha coxa tinha voltado a congelar.
– Tem como você me abraçar? Eu sei que não vai melhorar muito, mas já é alguma coisa. – ele disse, aumentando o tom de voz, como se estivesse chateado.
– Óbvio que vou! Só estava me ajeitando. – falei, abraçando-o logo em seguida.
Ele ligou a moto e partimos para La Push. Cada vez mais sentia mais frio. Agradeci por Forks não ser tão distante quanto Seattle de La Push. Fechei os olhos e encostei minha cabeça nas costas do Jacob. Em cinco minutos havíamos chegado à casa de Sam e Emily, já que Jacob estava a mais de 100 km/h. Desci da moto e, ao invés de me despedir dele, falei:
– Jacob, não sei se é pedir demais, mas...
– Mas? – perguntou, me olhando.
– Tem como você passar a noite comigo? – vi o olhar dele de surpresa e terminei de falar – É porque toda vez que eu fecho os olhos eu vejo os olhos vermelhos do vampiro e é horrível a sensação.
No segundo seguinte ele desligou a moto e saiu da mesma, entrando comigo na casa. Fomos direto para o meu quarto.
– Eu só vou trocar de roupa, fique à vontade. – falei, me trancando no banheiro.
Peguei meu pijama - que não era de manga comprida, porque a noite dentro de casa não era fria – e o coloquei. Saí do banheiro e encontrei Jacob sem camisa e sem bermuda, só de boxer. Ele estava de costas pra mim e colocava suas roupas na poltrona ao lado da janela. Fiquei sem graça ao vê-lo assim, mas ignorei o pensamento e a provável cor vermelha no meu rosto. Ele se virou para mim e naquele momento tive a certeza que estava corada. Foquei meus olhos nos olhos de Jacob, e não no seu abdômen ou em outro lugar.
– Você me disse para ficar à vontade. – ele disse, dando os ombros e ainda parado, olhando para mim. Ri de leve.
– Sem problemas. – dei de ombros. – Você já me viu só de toalha, então estamos quites.
Fui para a cama e Jacob me acompanhou. Agradeci mentalmente a Sam e Emily, por terem colocado uma cama maior do que uma de solteiro, mas menor um pouco do que uma de casal. Fui para debaixo do edredom e Jacob fez o mesmo. Fiquei surpresa quando ele passou seu braço esquerdo por debaixo da minha cabeça, me fazendo ficar mais perto ainda dele. Enquanto ele estava deitado de barriga pra cima, eu estava de lado virada para ele. Encostei minha mão esquerda em seu peito e ele suspirou.
– Obrigada. – sussurrei.
– Por?
– Por ter me levado para a casa dos Cullen. E também por ter enfrentado o vampiro.
– Não foi nada. E eu que tenho que te agradecer. Você me ajudou com o vampiro. – sussurrou de volta.
– Grande ajuda a minha, desmaiei como uma tola, isso sim.
– Se você se visse como eu te vejo... – ele falou baixinho, mas por causa da nossa aproximação, pude ouvir.
– E como você me vê? – perguntei, me levantando um pouco e olhando em seus olhos. Eles já estavam me encarando.
– Você é mais forte, mais engraçada, mais inteligente, mais bonita e sexy do que pensa. – ele disse, dando um pequeno sorriso ao dizer os dois últimos adjetivos.
– Se você diz... – coloquei minha cabeça no seu braço novamente.
– É verdade. – ele falou, encerrando o assunto e começando a fazer um carinho nos meus cabelos.
– Você reclama que está com frio, mas lavou o cabelo. – ele disse, rindo de leve.
– Eles estavam sujos de terra da floresta. – torci o nariz. – Jacob...
– Você pode, por favor, me chamar de Jake? – perguntou.
– Desculpa, eu esqueço. Jake – dei ênfase no apelido dele – você acha que eu preciso mesmo treinar a minha habilidade?
– Sim, . Nós não sabemos da onde veio aquele vampiro, e se ele for mesmo um recém-nascido, significa que tem outro vampiro por aí, que o criou.
– Hoje, mais tarde, você vai ficar na ronda? – perguntei.
– Sim. O Seth e a Leah ficaram ontem, então eu fico hoje. Por quê?
– Porque eu não queria ir pra casa dos Cullen sozinha. Tudo bem que eu os conheço, mas eu não sou amiga deles. E também não quero almoçar com todos me olhando, vai ser estranho e desconfortável. – falei.
– Sim, desconfortável vai ser. – ele riu. Provavelmente me imaginou almoçando com oito vampiros ao redor, me observando.
– Mas relaxa, eles são legais. E se der, peço pro Seth ficar no meu lugar, ele vai entender. – completou.
– Obrigada. – bocejei.
Acomodei meu corpo na cama, dando um pouco de espaço pro Jake ficar mais confortável. Ele continuou com o braço embaixo da minha cabeça, porém ficamos de frente um para o outro.
– Boa noite, Jake. – sussurrei.
– Durma bem, . – sussurrou de volta.
A porta foi aberta. Um homem loiro e de aparência perfeita adentrou o local. Ele era um vampiro. Seus olhos não eram vermelhos que nem os do outro, eles eram âmbar.
– , eu sou Dr. Carlisle Cullen. Você está na minha casa, não se preocupe. – ele disse, amigavelmente.
– Aonde está o Jacob? – perguntei.
– Já deve estar voltando. Ele foi pra sua casa pegar umas roupas pra você. – respondeu.
– Eu acho que já posso sair daqui, né? – olhei para ele, que deu um sorriso.
– Pode sim, mas espere pelo Jacob. Enquanto ele não chega, eu gostaria de conversar com você sobre seus poderes.
– Carlisle, você vai assustá-la. – o vampiro Edward entrou no quarto, sendo seguido de Bella.
– Oi, . Está se sentindo bem? – a mulher perguntou, se aproximando de mim.
– Sim, obrigada.
– Olá, . Fico feliz por saber que está bem. Carlisle é o meu pai, meu criador. E eu lhe contei sobre seus poderes. – Edward falou.
– Ah, sim. E tenho mais poderes do que eu te falei naquele noite, Edward. – contei.
– Mais? – ele ficou surpreso.
– Sim. – concordei.
– ? – ouvi a voz de Jacob preencher o quarto. Ele estava de volta, com uma muda de roupas em suas mãos.
– Eu. – sorri.
– Você está bem. Graças a Deus! Tem certeza que você tá bem? Tá sentindo dor, tontura ou alguma coisa? Pode falar, Carlisle é médico. – Jacob disparou.
– Jacob, eu estou bem. Só quero saber como eu cheguei aqui. – falei.
– Claro. Então, depois que você desmaiou, eu fiquei doido. Foi quando eu lembrei que estava na forma de lobo e me comuniquei com o Seth, que estava fazendo patrulha junto com a Leah. Os dois se transformaram de volta e vieram com o carro da Sue me ajudar com você. E aproveitaram e me trouxeram uma roupa. Aí nós te trouxemos pra cá, pra Carlisle ver o que tinha acontecido. – explicou.
– Você desmaiou. Só não sei o motivo. – Carlisle disse.
– Eu sei. Eu estava contando ao Edward antes de você chegar que eu tenho mais poderes que ele pensava. Quando eu vi o vampiro, eu pensei que eu tinha que te ajudar, então...
– Então? – Jacob perguntou.
– Eu consigo reverter os poderes e habilidades dos outros. – falei de uma vez.
Olhei para Bella, Edward, Carlisle e Jacob. Todos estavam com os olhos arregalados, mas ainda esperando por explicações.
– Eu consigo fazer com que uma pessoa muito rápida, fique extremamente lenta. Ou com que uma pessoa muito forte, fique extremamente fraca. – expliquei.
– Foi por isso que ele estava correndo tão devagar? – Jacob perguntou. Eu assenti.
– E por isso que ele não conseguiu te machucar, porque eu estava o enfraquecendo. – falei.
– Isso é maravilhoso. Agora eu entendo o porquê de você ter desmaiado. Foi porque você tinha feito muito esforço. – Carlisle se pronunciou.
– Eu nunca tinha feito nada desse jeito na minha vida. Só quando eu era criança, mas porque eu não tinha aprendido a controlar esse poder. E também porque eu nunca precisei utilizá-lo na minha cidade. Então, quando eu usei naquele vampiro, eu fiz muita força pra poder fazer com que tivesse efeito. Só que eu fiquei cansada, depois de tanto esforço. – recostei minha cabeça no travesseiro.
– , lembra de quando eu te falei sobre a minha habilidade? E que eu não estava conseguindo ler sua mente? – Edward me perguntou.
Assenti.
– Acho que é por isso que eu não consigo ler sua mente. Você está revertendo a minha habilidade, mesmo que seja involuntariamente. – ele falou.
– Faz sentido, mas mesmo assim, por que eu faria isso, mesmo involuntariamente? – perguntei.
– Talvez seja porque seu próprio corpo sabe o que o Edward faz e essa é a sua proteção, é como se fosse um instinto. – Carlisle explicou.
– Eu gostaria de fazer alguns testes com você. De sangue, para começar. – Carlisle continuou.
– Eu acho melhor vocês saírem daqui. – Jacob falou para Edward e Bella.
– Claro. – Bella falou.
– E controlem o Jasper, por favor. – Jacob disse.
– Então, , eu tenho uma proposta pra você. – Carlisle disse, enquanto limpava meu braço no lugar onde a agulha entraria.
– Pode falar. – respondi.
– Como eu disse anteriormente, eu gostaria de fazer alguns testes, pra saber mais sobre você. Em troca, você treina com a gente. – explicou.
– Pra que eu iria treinar? – fiquei confusa.
– Nós precisamos saber quem era esse vampiro. Se ele era conhecido ou até mesmo um recém-nascido. E se ele for um recém-nascido, nós teremos mais problemas. E possivelmente vocês também, já que vocês o mataram.
– Entendi. Mas recém-nascido?
– São vampiros que acabaram de ser transformados. Eles são mais fortes, mais ágeis e têm mais sede. Só que não dá pra saber se ele era recém-nascido ou não. estava revertendo a agilidade e a força dele. – Jacob falou, olhando para Carlisle na última parte.
– E como ele era, fisicamente? – o médico perguntou, terminando de tirar a agulha do meu braço.
– Alto, branco, cabelos negros, olhos vermelhos e a boca suja de sangue. – falei, me lembrando dele.
– Bom, quer se trocar? – Jacob perguntou, entregando minhas roupas.
– O banheiro fica ali. – Carlisle apontou para uma porta do lado esquerdo do quarto. – Sinta-se à vontade para tomar um banho, se quiser. Tem toalhas limpas no armário.
– Obrigada. – falei, me levantando da cama e indo para o banheiro.
Eu estava horrível. Meu cabelo estava todo bagunçado, minhas roupas estavam sujas devido ao meu desmaio na floresta e meu corpo doía. Olhei para o meu rosto no espelho e não me reconheci. Eu estava com olheira debaixo dos olhos, que pareciam cansados. Em toda a minha vida, nunca tive olheiras. Alguma coisa estava muito estranha. Meu rosto estava mais fino, dando a entender que eu estava emagrecendo. O que não fazia sentido, já que eu estava comendo muito.
Decidi parar de me analisar e fui tomar banho. A sensação da água entrando em contato com o meu corpo era muito boa, me fazia relaxar. Aproveitei e lavei a cabeça, mas depois de tanto tempo no chuveiro, tive que sair. Os Cullen são ricos, mas isso não significa que eu posso abusar.
Peguei as roupas (link:http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65186180&.locale=pt-br) que Jacob trouxe e tive vontade de bater nele. O que ele estava pensando? Que eu sinto calor que nem eles? Tive que vesti-las mesmo assim. Coloquei as minhas roupas sujas dentro na mochila que Jacob trouxe as roupas limpas e saí do banheiro. O quarto estava vazio. Continuei xingando o Jacob até suas futuras gerações. Como ele pôde me deixar sozinha?
Criei coragem e saí do quarto. Fiquei perdida no segundo seguinte. A casa era enorme, tinham portas e portas. Tive que ir seguindo o cheiro de Jacob, que era o único transmorfo na casa. Cheguei ao topo da escada e pude ver várias pessoas reunidas na sala. Fui descendo calmamente, enquanto estremecia. Até dentro de casa fazia frio. E ficar de pernas e braços de fora não ajudava em nada.
Pude perceber que eles estavam falando sobre o vampiro que Jacob matou. Era essencial que todos ficassem alertas, que isso poderia ser uma vingança dos Volturi. Fiquei confusa, não sabia quem eram os Volturi, mas resolvi não perguntar. Quando eles acabaram de falar, se viraram para mim.
– , o resultado vai sair na terça, ok? – Carlisle disse. Assenti.
– , não fomos apresentadas ainda. Eu sou Alice. – uma vampira meio baixinha e com cabelos curtos me disse.
– Prazer, Alice. – dei dois beijos em sua bochecha.
– E esse é o meu marido, Jasper. – um homem mais alto que ela apareceu e eu o cumprimentei.
– Eu sou o Emmett, e essa é a minha mulher, Rosalie. – um vampiro extremamente alto e forte falou. Em seguida uma mulher muito bonita me cumprimentou.
– Prazer em conhecer todos vocês. – falei, sorrindo.
– Bem que o Jacob tinha falado, dá pra perceber a diferença em metros. – uma mulher com rosto simpático disse.
– Eu sou Esme, . Mulher do Carlisle. – ela veio me abraçar.
– Prazer, Esme. Mas diferença, que diferença? – perguntei, cruzando os braços.
– Jacob havia me dito que você é europeia e isso realmente é óbvio. Seus traços são bem característicos de uma pessoa europeia, principalmente da Romênia. – ela falou.
– Como assim?
– Seu queixo é bem delineado, seus olhos chamam muita atenção. E eu só não fui atraída por eles quando você chegou aqui, porque você estava desmaiada. Mas na hora olhei para suas sobrancelhas, elas complementam o que os seus olhos querem dizer. – continuou, quando viu que eu estava com dúvida. – Você é uma lutadora.
Ao final, já tinha ficado vermelha, de tanta vergonha. Ninguém nunca havia me dito aquilo.
– Obrigada, Esme. – sorri.
– , Carlisle estava falando de uma proposta que ele lhe fez. Então, você aceita? – Jasper quem falou.
– Se for preciso, sim. – falei.
– Ótimo! Que tal amanhã, às dez? Aí você fica para o almoço. – Alice falou, quase dando pulinhos.
– Então vamos, ? – Jacob se pronunciou, levantando do sofá e chegando perto de mim.
– Vamos. Até mais tarde. – acenei para os vampiros.
Jacob colocou suas mãos ao redor da minha cintura e me guiou até a porta. Estremeci pelo seu contato físico, já que eu estava gelada de tanto frio. Quando fui para fora da casa, meus dentes começaram a ranger. Eram quase oito horas quando Jacob parou a moto e encontramos o vampiro. Então agora, pelas minhas contas, estava de madrugada.
– Você está com frio? – ele perguntou, enquanto subia na moto que estava na frente da casa.
– Morrendo de frio seria o termo correto. – falei, subindo em seguida atrás dele.
– Esqueci que você não é como a gente, me desculpa. – disse, tocando a minha coxa esquerda para sentir minha temperatura. Ela estava gelada. Mas, ao toque dele, ela tinha esquentado um pouco. Porém, tinha sido rápido. Minha coxa tinha voltado a congelar.
– Tem como você me abraçar? Eu sei que não vai melhorar muito, mas já é alguma coisa. – ele disse, aumentando o tom de voz, como se estivesse chateado.
– Óbvio que vou! Só estava me ajeitando. – falei, abraçando-o logo em seguida.
Ele ligou a moto e partimos para La Push. Cada vez mais sentia mais frio. Agradeci por Forks não ser tão distante quanto Seattle de La Push. Fechei os olhos e encostei minha cabeça nas costas do Jacob. Em cinco minutos havíamos chegado à casa de Sam e Emily, já que Jacob estava a mais de 100 km/h. Desci da moto e, ao invés de me despedir dele, falei:
– Jacob, não sei se é pedir demais, mas...
– Mas? – perguntou, me olhando.
– Tem como você passar a noite comigo? – vi o olhar dele de surpresa e terminei de falar – É porque toda vez que eu fecho os olhos eu vejo os olhos vermelhos do vampiro e é horrível a sensação.
No segundo seguinte ele desligou a moto e saiu da mesma, entrando comigo na casa. Fomos direto para o meu quarto.
– Eu só vou trocar de roupa, fique à vontade. – falei, me trancando no banheiro.
Peguei meu pijama - que não era de manga comprida, porque a noite dentro de casa não era fria – e o coloquei. Saí do banheiro e encontrei Jacob sem camisa e sem bermuda, só de boxer. Ele estava de costas pra mim e colocava suas roupas na poltrona ao lado da janela. Fiquei sem graça ao vê-lo assim, mas ignorei o pensamento e a provável cor vermelha no meu rosto. Ele se virou para mim e naquele momento tive a certeza que estava corada. Foquei meus olhos nos olhos de Jacob, e não no seu abdômen ou em outro lugar.
– Você me disse para ficar à vontade. – ele disse, dando os ombros e ainda parado, olhando para mim. Ri de leve.
– Sem problemas. – dei de ombros. – Você já me viu só de toalha, então estamos quites.
Fui para a cama e Jacob me acompanhou. Agradeci mentalmente a Sam e Emily, por terem colocado uma cama maior do que uma de solteiro, mas menor um pouco do que uma de casal. Fui para debaixo do edredom e Jacob fez o mesmo. Fiquei surpresa quando ele passou seu braço esquerdo por debaixo da minha cabeça, me fazendo ficar mais perto ainda dele. Enquanto ele estava deitado de barriga pra cima, eu estava de lado virada para ele. Encostei minha mão esquerda em seu peito e ele suspirou.
– Obrigada. – sussurrei.
– Por?
– Por ter me levado para a casa dos Cullen. E também por ter enfrentado o vampiro.
– Não foi nada. E eu que tenho que te agradecer. Você me ajudou com o vampiro. – sussurrou de volta.
– Grande ajuda a minha, desmaiei como uma tola, isso sim.
– Se você se visse como eu te vejo... – ele falou baixinho, mas por causa da nossa aproximação, pude ouvir.
– E como você me vê? – perguntei, me levantando um pouco e olhando em seus olhos. Eles já estavam me encarando.
– Você é mais forte, mais engraçada, mais inteligente, mais bonita e sexy do que pensa. – ele disse, dando um pequeno sorriso ao dizer os dois últimos adjetivos.
– Se você diz... – coloquei minha cabeça no seu braço novamente.
– É verdade. – ele falou, encerrando o assunto e começando a fazer um carinho nos meus cabelos.
– Você reclama que está com frio, mas lavou o cabelo. – ele disse, rindo de leve.
– Eles estavam sujos de terra da floresta. – torci o nariz. – Jacob...
– Você pode, por favor, me chamar de Jake? – perguntou.
– Desculpa, eu esqueço. Jake – dei ênfase no apelido dele – você acha que eu preciso mesmo treinar a minha habilidade?
– Sim, . Nós não sabemos da onde veio aquele vampiro, e se ele for mesmo um recém-nascido, significa que tem outro vampiro por aí, que o criou.
– Hoje, mais tarde, você vai ficar na ronda? – perguntei.
– Sim. O Seth e a Leah ficaram ontem, então eu fico hoje. Por quê?
– Porque eu não queria ir pra casa dos Cullen sozinha. Tudo bem que eu os conheço, mas eu não sou amiga deles. E também não quero almoçar com todos me olhando, vai ser estranho e desconfortável. – falei.
– Sim, desconfortável vai ser. – ele riu. Provavelmente me imaginou almoçando com oito vampiros ao redor, me observando.
– Mas relaxa, eles são legais. E se der, peço pro Seth ficar no meu lugar, ele vai entender. – completou.
– Obrigada. – bocejei.
Acomodei meu corpo na cama, dando um pouco de espaço pro Jake ficar mais confortável. Ele continuou com o braço embaixo da minha cabeça, porém ficamos de frente um para o outro.
– Boa noite, Jake. – sussurrei.
– Durma bem, . – sussurrou de volta.
Abri meus olhos e senti a respiração de Jake na minha nuca. Olhei para a janela e vi que já estava de manhã. Virei meu corpo para encarar Jake e vi que ele estava mais próximo do que pensei. Agora nossas respirações se encontravam. Fiquei observando seu rosto, que estava tranquilo. Uns dois minutos depois ele foi acordando e à medida que ele abria os olhos, fui me distanciando dele. Para me parar, ele agarrou minha cintura e me impediu de ficar longe dele.
– Bom dia. – dei um pequeno sorriso.
– Bom dia. Dormiu bem? – perguntou, me analisando.
– Sim. Obrigada por ter dormido aqui.
– Não precisa agradecer. Por mim eu faria isso de novo. – disse, olhando para minha boca em seguida.
– Você é ainda mais bonita quando acorda. – completou.
– E você está cego, com certeza. – afirmei.
Em resposta ele me puxou para perto de si. Engoli em seco, sua mão fazia carinho na minha cintura. Depois ele passou para os meus braços e voltou para a minha cintura. Ficou assim durante minutos. Não pude evitar e coloquei uma mão em seu cabelo, o acariciando também. Durante todo o tempo não desviávamos o olhar um do outro.
Ele começou a chegar a sua boca mais para perto e eu fiz o mesmo. Seus lábios encontraram os meus, mas nossas línguas não chegaram a se tocar. Ficamos dando selinho um no outro enquanto nossas pernas estavam enroscadas umas nas outras.
Quando íamos aprofundar o beijo, alguém bateu na porta. Afastamo-nos rapidamente e ficamos um do lado do outro, sem contato físico. A porta abriu e Emily entrou, ficando confusa ao ver Jacob ali.
– Eu perdi alguma coisa? – quando íamos responder, ela nos interrompeu. – Pior, eu atrapalhei alguma coisa? – arregalou os olhos.
– Não... – fui falar, mas ela falou na frente.
– Eu vou embora, não quero atrapalhar nada! – dito isso, ela fechou a porta, nos deixando sozinhos e rindo.
– Que vergonha! – falei, tapando meu rosto com minhas mãos.
– , para com isso. Não foi ela que disse que a gente tem alguma coisa romanticamente? Então. – Jake falou, se aproximando de mim e distribuindo beijos pelo meu rosto.
– Mesmo assim. Eu acho melhor a gente levantar. – ia me levantar, mas Jake me puxou e caí na cama, em cima dele.
– E eu acho melhor a gente ficar por aqui mesmo. – ele disse, indo me beijar.
– Mas a gente não pode! Eu tenho que ir pra casa dos Cullen. – desvencilhei-me dele e levantei. Ele bufou em resposta.
– Tudo bem. Só mais um beijo, então. – Jake se aproximou de mim e me abraçou.
Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e o beijei. Agora nossas línguas se tocaram. O beijo não tinha sido lento como o outro. Ele era caloroso, quente...
Jake puxou minhas pernas para sua cintura e me levou para a cama. Eu fiquei em cima dele, que estava sentado. Passei minhas unhas pelas suas costas enquanto ele passava as mãos pelas minhas. Paramos de nos beijar para respirarmos e foi aí que percebi o que ele tinha feito.
– Boa tentativa, mas não vai dar certo. – falei, saindo de cima dele e indo para o banheiro.
– Droga! – ele disse, rindo.
Tomei banho e quando terminei, fui para o quarto, vendo Jake deitado na cama, com a cabeça apoiada nos braços.
– Você gosta de brincar com o meu autocontrole, não gosta? – ele perguntou, me olhando.
– Para com isso e vai tomar banho. – falei, pegando umas roupas e esperando para ele entrar no banheiro e se trocar.
– Eu não tenho roupa aqui. Vou tomar o café da manhã com você e vou para casa. Depois te busco aqui pra te levar para a casa dos Cullen.
– Então tá. – fui para o banheiro me trocar. Coloquei a roupa (link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65391160&.locale=pt-br) e saí do banheiro. Não encontrei Jake ali, então saí do quarto.
– Bom dia. – dei um pequeno sorriso.
– Bom dia. Dormiu bem? – perguntou, me analisando.
– Sim. Obrigada por ter dormido aqui.
– Não precisa agradecer. Por mim eu faria isso de novo. – disse, olhando para minha boca em seguida.
– Você é ainda mais bonita quando acorda. – completou.
– E você está cego, com certeza. – afirmei.
Em resposta ele me puxou para perto de si. Engoli em seco, sua mão fazia carinho na minha cintura. Depois ele passou para os meus braços e voltou para a minha cintura. Ficou assim durante minutos. Não pude evitar e coloquei uma mão em seu cabelo, o acariciando também. Durante todo o tempo não desviávamos o olhar um do outro.
Ele começou a chegar a sua boca mais para perto e eu fiz o mesmo. Seus lábios encontraram os meus, mas nossas línguas não chegaram a se tocar. Ficamos dando selinho um no outro enquanto nossas pernas estavam enroscadas umas nas outras.
Quando íamos aprofundar o beijo, alguém bateu na porta. Afastamo-nos rapidamente e ficamos um do lado do outro, sem contato físico. A porta abriu e Emily entrou, ficando confusa ao ver Jacob ali.
– Eu perdi alguma coisa? – quando íamos responder, ela nos interrompeu. – Pior, eu atrapalhei alguma coisa? – arregalou os olhos.
– Não... – fui falar, mas ela falou na frente.
– Eu vou embora, não quero atrapalhar nada! – dito isso, ela fechou a porta, nos deixando sozinhos e rindo.
– Que vergonha! – falei, tapando meu rosto com minhas mãos.
– , para com isso. Não foi ela que disse que a gente tem alguma coisa romanticamente? Então. – Jake falou, se aproximando de mim e distribuindo beijos pelo meu rosto.
– Mesmo assim. Eu acho melhor a gente levantar. – ia me levantar, mas Jake me puxou e caí na cama, em cima dele.
– E eu acho melhor a gente ficar por aqui mesmo. – ele disse, indo me beijar.
– Mas a gente não pode! Eu tenho que ir pra casa dos Cullen. – desvencilhei-me dele e levantei. Ele bufou em resposta.
– Tudo bem. Só mais um beijo, então. – Jake se aproximou de mim e me abraçou.
Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e o beijei. Agora nossas línguas se tocaram. O beijo não tinha sido lento como o outro. Ele era caloroso, quente...
Jake puxou minhas pernas para sua cintura e me levou para a cama. Eu fiquei em cima dele, que estava sentado. Passei minhas unhas pelas suas costas enquanto ele passava as mãos pelas minhas. Paramos de nos beijar para respirarmos e foi aí que percebi o que ele tinha feito.
– Boa tentativa, mas não vai dar certo. – falei, saindo de cima dele e indo para o banheiro.
– Droga! – ele disse, rindo.
Tomei banho e quando terminei, fui para o quarto, vendo Jake deitado na cama, com a cabeça apoiada nos braços.
– Você gosta de brincar com o meu autocontrole, não gosta? – ele perguntou, me olhando.
– Para com isso e vai tomar banho. – falei, pegando umas roupas e esperando para ele entrar no banheiro e se trocar.
– Eu não tenho roupa aqui. Vou tomar o café da manhã com você e vou para casa. Depois te busco aqui pra te levar para a casa dos Cullen.
– Então tá. – fui para o banheiro me trocar. Coloquei a roupa (link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=65391160&.locale=pt-br) e saí do banheiro. Não encontrei Jake ali, então saí do quarto.
Emily, Sam e Jake estavam sentados na cozinha, comendo. Dei bom dia ao casal e me sentei ao lado do Jake e comecei a comer.
– Jake falou o que aconteceu. – Sam disse. – Você está bem? Digo, psicologicamente?
– Sim. Melhor do que hoje de madrugada. – falei. Emily pigarreou logo após.
– Desculpa por ter entrado sem bater, gente. – ela disse.
– Na verdade, você bateu, Emily. – Jake disse, contendo um riso.
– É, eu bati. Mas eu não devia ter entrado mesmo assim. Eu não sabia que você ia estar lá... – ela se referiu a Jake.
– Emily, nada aconteceu. – ri.
– Ainda bem. – suspirou. – Ficaria chateada se tivesse interrompido alguma coisa entre vocês. – deu um pequeno sorriso.
– Mas você interrompeu. – Jake afirmou.
Emily na mesma hora arregalou os olhos e Sam riu de leve.
– Jake! É mentira, você não atrapalhou nada. Pra falar a verdade, você ajudou. Eu tenho que ir pra casa dos Cullen daqui a pouco. – olhei para Jacob. Ele estava se divertindo.
– Estou brincando, Em. Sam valeu pela ajuda! Te vejo mais tarde. – Jake disse.
– Que tal você ir comigo lá pra casa e me esperar enquanto tomo banho pra depois eu te levar pra casa dos Cullen? – ele perguntou. Olhei para Emily e pude ler em seu rosto que ela queria saber de tudo.
– Tudo bem, eu vou com você. – falei.
Fui puxada pelo Jake até a porta, mas antes de fechá-la, me virei para Emily e soltei um “mais tarde”. Fomos andando até a sua casa a pé mesmo. Segundo ele, ela não era tão distante da casa de Sam.
– Eu pedi ao Sam para ficar de olhos nas redondezas por mim, enquanto eu fico com você na casa dos Cullen. – diz.
– Por isso que você o agradeceu? – perguntei. Senti minha sua mão direita agarrando a minha esquerda e entrelaçando nossos dedos.
– Sim. Então quer dizer que a Emily não atrapalhou nada mais cedo? – ele perguntou, chegando perto de mim o suficiente para cheirar meu pescoço e depositar um beijo ali. Senti a área formigar e me arrepiei.
– Não, já falei. Nós íamos nos atrasar se ela não tivesse batido na porta. – ri enquanto via seus olhos se arregalarem.
– Então você me deve uma. – ele falou.
– Eu não te devo nada. Por que eu te deveria alguma coisa?
– Tudo bem. Então ela me deve uma. – quando eu ia protestar, ele continuou. – Eu estava muito bem te beijando quando ela entrou em cena. E me atrapalhou.
– Você é muito implicante! – gargalhei.
– Eu sei que eu sou. – se vangloriou por isso.
Paramos em frente a uma casa parecida com a do Sam, parecia ser pequena e era simples, mas confortável. Jake me olhou, antes de abrir a porta, e sorriu. Sorri de volta. Para alguém que estivesse vendo a cena de longe, parecia sem sentido ele me olhar antes de abrir a porta, antes que eu conhecesse a sua casa. Mas não era. Nós estávamos ali, juntos, de mãos dadas e sem estabelecer algum tipo de relacionamento. Porém, isso era o suficiente. Eu estava prestes a conhecer a casa onde ele passara a sua infância toda, onde ele teve momentos felizes e momentos tristes. Um lugar que, para ele, era seu porto seguro. Onde seu pai se encontrava, para confortá-lo, fazer com que ele se sinta protegido, feliz e amado.
Para mim, uma casa era muito mais do que um lugar para você passar a noite. Uma casa era um lar, onde você passou por todos os tipos de problemas e sentiu vários sentimentos entrando em conflito. Era um lugar onde você passou por vários momentos. Felizes, tristes, revoltantes... Momentos que, quando você vai embora, eles vão sempre te acompanhar na sua memória. E você vai desejar revivê-los, só que é impossível. Então, para mim, conhecer a casa de Jacob era conhecê-lo de um jeito que nem com ele me contando tudo sobre a sua vida, eu vou conhecer.
– Jacob, por onde você se meteu? – Billy perguntou enquanto Jake entrava. Ele ainda não tinha me visto.
– Eu estava com ela. – ele disse, saindo da minha frente e pude ver Billy dando um leve sorriso. Depois ele ficou confuso.
– Oi. – falei com vergonha.
– Pai, eu sei que tem muita coisa que você quer saber. Então, vou deixar essa parte pra enquanto eu tomo banho. – ele se virou para mim e sorriu. Por isso que ele quis me trazer pra cá, para conversar com o pai dele. Idiota. Ele me deu um selinho e saiu, indo para algum lugar.
– Bom dia, . – Billy disse, apontando o sofá para que eu me sentasse. Concordei e me sentei ali.
– Eu sei que você deve estar se perguntando sobre que aconteceu. – falei enquanto mexia com meus dedos. Eu estava nervosa.
n/a: Olá, lindas! O que vocês acharam desse capítulo? Quero que comentem muito, porque toda vez que tem um comentário novo, meus ovários explodem de alegria, é sério! Hahaha Beijos e até a próxima e se preparem, porque as coisas vão ficar agitadas e loucas! xx
– Jake falou o que aconteceu. – Sam disse. – Você está bem? Digo, psicologicamente?
– Sim. Melhor do que hoje de madrugada. – falei. Emily pigarreou logo após.
– Desculpa por ter entrado sem bater, gente. – ela disse.
– Na verdade, você bateu, Emily. – Jake disse, contendo um riso.
– É, eu bati. Mas eu não devia ter entrado mesmo assim. Eu não sabia que você ia estar lá... – ela se referiu a Jake.
– Emily, nada aconteceu. – ri.
– Ainda bem. – suspirou. – Ficaria chateada se tivesse interrompido alguma coisa entre vocês. – deu um pequeno sorriso.
– Mas você interrompeu. – Jake afirmou.
Emily na mesma hora arregalou os olhos e Sam riu de leve.
– Jake! É mentira, você não atrapalhou nada. Pra falar a verdade, você ajudou. Eu tenho que ir pra casa dos Cullen daqui a pouco. – olhei para Jacob. Ele estava se divertindo.
– Estou brincando, Em. Sam valeu pela ajuda! Te vejo mais tarde. – Jake disse.
– Que tal você ir comigo lá pra casa e me esperar enquanto tomo banho pra depois eu te levar pra casa dos Cullen? – ele perguntou. Olhei para Emily e pude ler em seu rosto que ela queria saber de tudo.
– Tudo bem, eu vou com você. – falei.
Fui puxada pelo Jake até a porta, mas antes de fechá-la, me virei para Emily e soltei um “mais tarde”. Fomos andando até a sua casa a pé mesmo. Segundo ele, ela não era tão distante da casa de Sam.
– Eu pedi ao Sam para ficar de olhos nas redondezas por mim, enquanto eu fico com você na casa dos Cullen. – diz.
– Por isso que você o agradeceu? – perguntei. Senti minha sua mão direita agarrando a minha esquerda e entrelaçando nossos dedos.
– Sim. Então quer dizer que a Emily não atrapalhou nada mais cedo? – ele perguntou, chegando perto de mim o suficiente para cheirar meu pescoço e depositar um beijo ali. Senti a área formigar e me arrepiei.
– Não, já falei. Nós íamos nos atrasar se ela não tivesse batido na porta. – ri enquanto via seus olhos se arregalarem.
– Então você me deve uma. – ele falou.
– Eu não te devo nada. Por que eu te deveria alguma coisa?
– Tudo bem. Então ela me deve uma. – quando eu ia protestar, ele continuou. – Eu estava muito bem te beijando quando ela entrou em cena. E me atrapalhou.
– Você é muito implicante! – gargalhei.
– Eu sei que eu sou. – se vangloriou por isso.
Paramos em frente a uma casa parecida com a do Sam, parecia ser pequena e era simples, mas confortável. Jake me olhou, antes de abrir a porta, e sorriu. Sorri de volta. Para alguém que estivesse vendo a cena de longe, parecia sem sentido ele me olhar antes de abrir a porta, antes que eu conhecesse a sua casa. Mas não era. Nós estávamos ali, juntos, de mãos dadas e sem estabelecer algum tipo de relacionamento. Porém, isso era o suficiente. Eu estava prestes a conhecer a casa onde ele passara a sua infância toda, onde ele teve momentos felizes e momentos tristes. Um lugar que, para ele, era seu porto seguro. Onde seu pai se encontrava, para confortá-lo, fazer com que ele se sinta protegido, feliz e amado.
Para mim, uma casa era muito mais do que um lugar para você passar a noite. Uma casa era um lar, onde você passou por todos os tipos de problemas e sentiu vários sentimentos entrando em conflito. Era um lugar onde você passou por vários momentos. Felizes, tristes, revoltantes... Momentos que, quando você vai embora, eles vão sempre te acompanhar na sua memória. E você vai desejar revivê-los, só que é impossível. Então, para mim, conhecer a casa de Jacob era conhecê-lo de um jeito que nem com ele me contando tudo sobre a sua vida, eu vou conhecer.
– Jacob, por onde você se meteu? – Billy perguntou enquanto Jake entrava. Ele ainda não tinha me visto.
– Eu estava com ela. – ele disse, saindo da minha frente e pude ver Billy dando um leve sorriso. Depois ele ficou confuso.
– Oi. – falei com vergonha.
– Pai, eu sei que tem muita coisa que você quer saber. Então, vou deixar essa parte pra enquanto eu tomo banho. – ele se virou para mim e sorriu. Por isso que ele quis me trazer pra cá, para conversar com o pai dele. Idiota. Ele me deu um selinho e saiu, indo para algum lugar.
– Bom dia, . – Billy disse, apontando o sofá para que eu me sentasse. Concordei e me sentei ali.
– Eu sei que você deve estar se perguntando sobre que aconteceu. – falei enquanto mexia com meus dedos. Eu estava nervosa.
n/a: Olá, lindas! O que vocês acharam desse capítulo? Quero que comentem muito, porque toda vez que tem um comentário novo, meus ovários explodem de alegria, é sério! Hahaha Beijos e até a próxima e se preparem, porque as coisas vão ficar agitadas e loucas! xx
Capítulo 6
Havíamos chegado à casa dos Cullen e minhas mãos estavam suando. Antes de sairmos de cima da moto, a garotinha, Reneesme, apareceu na frente da casa, sendo seguida pela vampira Rosalie. Em um segundo, a conversa que eu tive com o Billy mais cedo me atingiu. Eu havia me precipitado ao me envolver com o Jacob. Era injusto da minha parte me envolver com ele, que ama a Reneesme, só porque eu estou sozinha. Não podia, de jeito algum, ter feito aquilo. Mas, pelo visto, eu era assim. Imprevisível, impulsiva e, o pior de tudo, egoísta.
Senti nojo de mim mesma. Como pude ser tão egoísta com essas pessoas? Fred veio a minha mente. E percebi que não havia um exemplo mais óbvio do meu egoísmo como a minha relação com ele. Nós nos envolvemos fisicamente por insistência dele, no início. Porém, nós continuamos por minha causa. Eu era fraca e inconsequente. Não pensei nos danos que eu causaria a ele quando fosse embora e achasse alguém que eu amaria por toda a minha vida.
E o mesmo aconteceu com o Jacob. Eu não pensei na dor que arrebataria aquela garotinha, que se importa tanto com o Jacob. Eu não pensei na confusão que Jacob sentiria quando se visse dividido entre ela e eu. Não pensei na raiva que Bella e Edward fossem sentir quando descobrissem o que aconteceu entre Jacob e eu.
E como eu iria explicar o que aconteceu entre nós, eu não sei. O que eu senti, quando o vi pela primeira vez, era inexplicável. Começo a achar que nem eu sei o que senti. Entretanto, posso dizer com toda a certeza que não senti nada de especial ao vê-lo. Havia achado ele bonito, como disse ao Billy, muito bonito, mas nada mágico. A frustração tomou conta de mim e eu fiquei sem graça de encarar a família da Reneesme.
– ? Vamos? – voltei de volta à realidade e ouvi Jacob me chamar.
Assenti, dando um sorriso que mais pareceu uma careta e fiquei surpresa quando fui puxada pelas mãos pela Reneesme, que parecia feliz em me ver.
Adentrei a casa sendo puxada por ela, que sorria. Cumprimentei Esme, Emmett e Rosalie, que estavam dentro de casa. Emmett me avisou que o resto do pessoal estava na parte de trás da casa.
– ! Fico feliz que realmente tenha vindo! – Jasper me disse. Sorri em resposta.
Dei olá para todos e em seguida Jasper me orientou.
– Então, eu estava pensando com o Edward sobre as suas habilidades. – ele disse.
– Nós achamos que você pode expandir seu poder. – Edward falou.
– Como assim? – fiquei confusa.
– Eu estava conversando com a Bella ontem e percebi que a habilidade de vocês podem ser parecidas. Antes ela só conseguia projetar o escudo em si mesma, mas depois dos treinos, ela conseguia projetar em várias pessoas. – Edward explicou.
– Vocês acham que eu consigo reverter as habilidades de várias pessoas ao mesmo tempo? – perguntei.
– Isso! Que tal experimentarmos? Mas vamos começar com um de nós correndo, primeiro. Edward vai você! – Alice disse, parecendo empolgada.
Um segundo depois, Edward se afastou o suficiente da gente, uns 50 metros e começou a correr na minha direção. Fiquei perdida por uns segundos, mas depois me concentrei nele. Me lembrei de inspirar lentamente e expirar do mesmo jeito, lentamente. Não podia forçar muito a barra, não sabia o que poderia acontecer se o fizesse. Eu poderia desmaiar de novo ou coisa pior. Entretanto, a dor de cabeça que tinha me assolado ontem não veio. Fiquei feliz. Rapidamente ele começou a ficar lento. Seu olhar transmitia surpresa e fascinação.
Ele estava quase chegando perto de onde estávamos, então eu parei de reverter sua habilidade.
– Isso é demais. Pra você. Porque pra mim é muito frustrante. – ele falou, cruzando os braços.
– Vamos tentar com duas pessoas correndo agora? – Jasper perguntou. Fiquei meio relutante em aceitar, eu não sabia se eu conseguiria aumentar meu poder. E isso levaria um tremendo esforço da minha parte.
– Se você sentir alguma dor de cabeça, só falar! – Alice pronunciou.
Agora eram Edward e Jasper que estavam longe de nós. Da mesma distância que Edward estava anteriormente. Fiquei preparada para começar a sentir uma dor quando eles começassem a correr. E eles começaram. Fechei os olhos e captei os sinais deles e inspirei. Abri os olhos lentamente e foquei minha visão nos dois.
Eu estava estática. Meus olhos estavam vidrados nos dois que corriam na minha direção. Sem aviso prévio, a velocidade deles diminuiu consideravelmente e Jasper ficou chocado. Ele tentou agilizar seus passos, ir mais rápido, porém o efeito foi totalmente o contrário. Parecia que ele estava em câmera lenta de tão devagar que estava. Edward estava do mesmo jeito. Ele tinha ficado mais lento do que da vez anterior. Fiquei surpresa e orgulhosa de mim mesma. Parei de me concentrar neles e inspirei novamente. Não senti dor alguma.
– Isso é realmente frustrante. – Jasper disse, quando estava perto de nós.
– , você percebeu que eles estavam mais lentos? – Alice perguntou.
– Percebi! Eu acho que eu me concentrei mais um pouco, já que eram dois, não um. – falei.
– E o que será que acontece com três? – Emmett perguntou, brincalhão.
Em seguida, Jasper, Edward e Emmett estavam longe de nós. Eu me foquei nos três rapidamente, de olhos fechados, me concentrando apenas nos sinais que eu captava que vinham deles. Dessa vez não abri meus olhos. Eu conseguia captar seus sinais perfeitamente, então não precisaria de contato visual. Me esforcei para realmente fazer com que eles não corressem na velocidade normal, tanto que comecei a ouvir expressões de surpresa. Abri meus olhos na mesma hora.
O que eu vi fora completamente inédito. Porém, extremamente rápido. No mesmo instante que eu vi, o efeito tinha acabado, porque eu tinha me desconcentrado. Eu estava boquiaberta, com os olhos arregalados e minha mente não estava processando nada. Comecei a rir, de puro nervosismo, é claro. Nunca pensei que eu fosse capaz de fazer algo como aquilo.
Os outros, ao meu redor, estavam me acompanhando nas risadas. Bella estava me parabenizando através de seu olhar para mim. Alice estava tão feliz quanto eu. E Jacob me olhava com uma mistura de orgulho e surpresa.
Quando eu abri meus olhos, naquele segundo, eu vi os três vampiros que estavam se oferecendo pra me ajudar totalmente parados. Como se eles tivessem virado estátuas e não pudessem se mover. Suas expressões eram de choque, surpresa.
– Como...? – Jasper balbuciou, quando chegou perto de nós.
– Eu não sei... – eu ainda estava maravilhada pelo meu feito.
– , você os paralisou. – Jacob me abraçou de lado.
– Será que você consegue fazer isso com uma pessoa só? – Rosalie se pronunciou.
– Não sei. Nesse momento eu não sei de várias coisas. Por exemplo, eu nunca soube que eu seria capaz de fazer com que alguém não se movesse só com a força do meu pensamento! – expliquei.
– Você é mais forte do que pensava. Na realidade, você é mais forte do que todos nós pensávamos! – Edward disse.
– Vamos tentar mais uma vez. Só que com uma pessoa só. Tente paralisá-la, . – Emmett falou.
Rosalie ficou um pouco longe de mim, só que na minha direção. Ela não iria correr até mim. Aquilo era pra ver se eu conseguiria paralisar uma pessoa sem que ela possa estar realizando movimentos brutos, tipo correr.
Olhei em seus olhos, depois fui percorrendo seu corpo. Não foi preciso muito tempo para saber que ela não conseguia se mover. Seus olhos a denunciaram. Eles estavam esbugalhados, como se fossem saltar das órbitas. Ela estava sorrindo, no entanto. Um sorriso de surpresa. Ela tinha me subestimado.
– É, você conseguiu. – ela falou quando voltou a se mexer.
– Parece que sim. – respondi.
– , nós temos que treinar muito ainda. – Jasper disse.
– Fico feliz que tenha descoberto coisas sobre você, . Mas que tal fazer uma pausa para o almoço? – Esme apareceu onde estávamos.
– Ainda bem. Meu estômago ia começar a roncar daqui a pouco. – Jacob falou.
– Eu já conseguia ouvi-lo roncando. – Rosalie disse.
Voltei da casa dos Cullen à noite com Jacob e eu não queria ir pra casa da Emily e ter que explicar algo que eu não sei o que aconteceu. Desci da moto, que estava parada em frente à casa do Sam e me virei para Jacob.
– Será que a gente pode conversar?
Ele me olhou surpreso por uns segundos e deu de ombros em seguida. Se apoiou na moto e cruzou os braços, me olhando.
– Não, não aqui. Lá na praia. – falei.
– Tudo bem. – ele respondeu seco.
Fomos andando até lá no silêncio. Eu não sabia o que dizer, porque não sabia como me sentia. Ele se sentou na areia, perto da beira-mar, e eu me sentei do seu lado.
– Pode falar agora. – disse.
– Eu... – suspirei – Me desculpe por ter te envolvido nessa situação. Eu não queria, juro que não! Mas eu não sei o que deu em mim...
Foi a segunda vez naquela noite que ele me olhou confuso.
– Sobre o que você está falando?
– Você sabe sobre o que. Sobre nós. – abaixei a cabeça. Nem sabia ao certo se existia um ‘nós’.
– Ah, isso. , eu sei que é estranho pra você. E acredite, também é pra mim. Só que tem algo que me puxa pra você e eu não sei o que é. Eu amo a Reneesme, mas quando eu penso em você, ela nem me vem à cabeça. Eu gosto de você. – ele falou, pegando na minha mão.
– Era disso que eu tinha medo. Eu também gosto de você Jacob, mas eu não sei se posso... Eu me preocupo com você, gosto de passar tempo com você, mas eu não sei se é o certo. Eu não posso cometer o mesmo erro de novo. – desabafei.
– O mesmo erro de novo? Como assim? – elevou a voz.
– Eu me envolvi com o alpha da minha alcateia. Eu o conheço desde criança. Quer dizer, ele me conhece desde criança. Nós crescemos juntos e viramos muito amigos. Mas de uns tempos pra cá, nós começamos a nos envolver fisicamente. E ele começou a gostar de mim, mesmo sabendo que ele não era o cara. E se eu fizer isso com você também, eu não vou me perdoar. – expliquei.
– Mas nós nos gostamos!
– Mas eu não sei se você é o certo pra mim. Jacob, você sabe da história toda. Você sabe que não é tão fácil assim! – comecei a me desesperar. Por que ele tinha que deixar tudo mais difícil do que já era?!
Logo depois ele pareceu se lembrar da história e suspirou.
– Então tá, eu não quero que você cometa o mesmo erro de novo e depois não possa se perdoar. – ele respondeu rancoroso e depois me deixou ali, sozinha.
Abracei minhas pernas e não tive vontade nem forças pra sair dali. Comecei a chorar.
Inicialmente por causa da minha relação com Jacob, se é que podia ser chamada daquilo. Depois a causa do meu choro foi por todas as complicações que sempre rondaram a minha vida.
Quando criança eu não podia sair pra brincar com as crianças normais, porque meus poderes eram descontrolados; Não podia sair pra floresta com a minha família, porque eu não era ‘um deles’; Não podia me envolver com qualquer garoto que eu gostasse porque não teria futuro. Eu nunca pude fazer o que realmente queria. Nunca. Desde pequena.
Meu choro foi ficando mais alto e minha visão mais embaçada. Deitei ali mesmo, na areia, em posição fetal. Cobri meu rosto com meus braços e adormeci.
Senti duas mãos ao redor do meu corpo e abri meus olhos devagar. Reconheci Sam. Acho que ele estava me levando para sua casa. Não fiquei acordada pra descobrir.
Espreguicei meu corpo na cama e abri os olhos. Olhei ao redor do quarto e fechei os olhos novamente. Já era outro dia e eu não iria para a casa dos Cullen. Nunca mais. Só se alguém estivesse morrendo e precisasse da minha ajuda. Mas acho que não precisariam da minha ajuda, então eu não precisaria ir para lá mais uma vez. Sou muito grata a eles por terem me ajudado a desenvolver e a descobrir coisas sobre as minhas capacidades que eu nem sabia que existiam, mas só.
A conversa com Jacob na praia ainda estava bem fresca na minha mente, então fiquei relembrando-a diversas vezes. Se antes eu não tinha vontade para sair da cama, agora que eu não saía mesmo.
Devo ter cochilado e acordado umas três vezes. Durante um bom tempo, porque quando olhei pela janela, o céu estava escurecendo. Sabia que não podia fugir de Emily nem Sam, mas só o pensamento de sair da cama e fazer esforço como andar, fazia meu corpo amolecer e doer ao mesmo tempo.
Apesar da minha barriga roncar de fome, eu não tinha movido nem um fio de cabelo. Como transmissão de pensamento, Emily apareceu na porta com uma bandeja com o almoço. Sorri de leve.
– Você precisa comer. – disse.
– Eu sei. – bocejei.
– Então trate de comer e depois quero que você me explique tudo o que aconteceu.
Fiz uma careta em resposta.
– O Jake apareceu aqui de manhã, procurando por você. Mas aí eu disse o que tinha acontecido e que você ainda não tinha saído do quarto, aí ele foi embora. Sem falar nada.
– Nós brigamos. – falei, começando a comer.
– Por quê?
– Porque eu tenho medo de machuca-lo também. Só a ideia de vê-lo triste me faz ficar triste. – expliquei.
– Você acha que vocês não podem ficar juntos, é isso? – perguntou.
– Sim.
– Eu acho que você está errada. – olhei para ela no mesmo instante. – Eu vejo algo em vocês dois que me intriga. Vocês combinam perfeitamente quando juntos. Eu estou falando sério, . – ela disse quando eu ri levemente.
– Já eu acho que você está vendo coisa onde não tem. – falei convicta. – Se fosse para eu sentir algo por ele, já era para eu ter sentido há muito tempo. – comecei a me irritar.
– Mas eu estou te dizendo: Você está errada! Eu não sei por que, mas você está errada. E quando você perceber que eu estava certa, você vai me agradecer! – Emily também se irritou e tirou a bandeja de perto de mim, já que eu já tinha terminado de comer e saiu do quarto.
Bufei e joguei meu corpo na cama, voltando a me emaranhar nos cobertores. Acho que nunca passei tanto tempo sem fazer nada. Já estava de noite e eu não tinha nada pra fazer. Apesar de não querer fazer nada, o tédio estava tomando conta de mim e não aguentava mais ficar dentro do quarto. Mas também não queria ir pra sala e ficar com Emily e Sam me encarando.
Pensei em responder o último e-mail que meu irmão havia me mandado, mas fiquei sem saber o que responder e mudei de ideia. Achei melhor ir tomar banho. Lavei a cabeça, porque estava cheia de grãos de areia da noite passada. Demorei tempo o bastante para que meus dedos ficassem enrugados. Saí do banheiro enrolada na toalha e tomei um susto quando vi Jacob sentado na minha cama.
Meu coração bateu mais forte e minha respiração ficou ofegante. Não esperava vê-lo ali, principalmente depois do que aconteceu.
– Eu soube do que aconteceu ontem, depois que saí da praia. Eu não devia ter te deixado lá sozinha.
– A culpa foi minha, não sua. E além do mais, nada demais aconteceu. Não é como se eu tivesse sido atacada por um vampiro ou coisa do tipo...
– Nem brinca com isso. – ele me interrompeu. – Eu queria te falar também que entendo o seu lado. Sei que não é fácil pra você se envolver com alguém, sabendo que depois você vai ter que largá-lo.
– Obrigada por entender o meu lado. Fiquei sabendo também que você veio aqui hoje.
– É. Mas eu achei que você não iria querer me ver nem ver os Cullen, então fui embora. – ele se levantou da cama e ficou de frente para mim. Meu coração palpitou mais uma vez.
– Você estava certo. – abaixei meus olhos e vi meu corpo coberto pela toalha.
– Eu preciso colocar uma roupa... – falei, apontando para a toalha.
Imediatamente seus olhos percorreram o meu corpo lentamente, sua língua passou pela sua boca e depois ele mordeu a boca. Em um segundo ele soltou a respiração e me deu um aceno com a cabeça. Ouvi a porta se fechando. Ele havia ido embora.
Resolvi colocar um pijama mesmo, já que não sairia para lugar algum. Peguei o secador dentro do armário que eu tinha o colocado, quando desfiz minhas malas e liguei na tomada. Sentei na cadeira da cabeceira e fiquei passando o secador pelos meus cabelos.
Se eu dormisse mais uma vez com eles molhados, iria pegar uma gripe. E considerando o clima daqui, ela não iria passar tão cedo. Quando vi que eles estavam devidamente secos, guardei o secador e deitei na cama de novo. Queria acordar só no dia seguinte.
Uma batida. Duas batidas. Três batidas. Mais o meu nome. Alguém estava batendo na porta, mas eu estava muito drogada de sono para responder em alto e bom som. Então só consegui emitir um grunhido baixo.
A pessoa que fez aquilo abriu a porta do quarto, abriu as janelas e me chamou. Era a Emily.
– Vamos, levante. O dia hoje está lindo, o que é um milagre, então toma banho e vai dar uma caminhada na praia. – ela disse, puxando o cobertor para longe do meu corpo.
– Aaah...
– Ah nada! Estou esperando, ... – falou impaciente.
– Já estou indo, mãe. – frisei a palavra ‘mãe’ e ela riu.
Levantei da cama e fui para o banheiro fazer a minha higiene matinal. Quando voltei para o quarto, pensei em colocar um biquíni, já que estava fazendo sol e eu ia à praia. Coloquei uma roupa (link: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=67371025&.locale=pt-br) qualquer, mais o biquíni e saí. Encontrei a Emily na cozinha, pra variar, e ela me disse que o Sam havia saído. Comi alguma coisa e fui para a praia.
Quando cheguei lá, fui para perto da beira-mar e senti a água um pouco gelada nos meus dedos dos pés. Me afastei um pouco da água, tirei a roupa, ficando só de biquíni e coloquei a havaiana em cima da roupa, para que ela não voasse.
Entrei no mar, que não estava muito bravo e fiquei por lá. Era bom ficar na água, acho que me purificava. Devo ter ficado por um bom tempo, porque do nada o Embry apareceu. Ele estava me chamando para ir almoçar.
– Gostou de ficar de molho? – perguntou.
– Muito. Esse mar é bom. Como que não apareceram várias crianças aqui? – perguntei, colocando só o short e secando meus cabelos com a blusa.
– As crianças daqui não ligam pro mar. – deu de ombros.
– Quem mais tá na casa do Sam?
– Só a Emily. – respondeu. Dei um aceno com a cabeça, dizendo que tinha entendido.
– Você tá com fome? – me virei para ele.
Divertido, ele respondeu:
– Você está perguntando ao macaco se ele quer banana? – rimos.
– Você não devia estar na ronda?
– Hoje é meu dia de folga. – falou.
– Que coisa boa, hein? Acho que vou voltar pra praia depois do almoço, quer vir comigo?
– Praia? Vamos botar mais ação: Que tal pularmos de um penhasco? – sugeriu.
– Eu tenho medo de altura. – falei. – Pavor, na realidade.
– Mas não tem perigo, é só pular! – riu.
– Mas e se eu bater numa pedra quando eu já tiver pulado e morrer? – falei, desesperada.
– As chances disso acontecer são mínimas. – disse.
– E ainda tem chances disso acontecer?! Agora que eu não pulo mesmo! – neguei com a cabeça.
– Não é nada demais, ! Juro pra você. Eu te mostro exatamente o lugar onde você tem que pular. – quando eu ia interromper, ele falou – A gente vai pra lá depois do almoço.
Nada que eu disse adiantou, então fiquei apenas quieta. Cruzei meus braços e olhei para o Embry.
– Vamos? – perguntou.
– Ah, a gente vai a pé? – perguntei.
– Tem um jeito mais rápido de ir. – falou, mexendo as sobrancelhas. Demorei um pouco para perceber qual era o jeito mais rápido.
– Não. Não. De jeito nenhum!
– Por que não?
– Eu não vou montar em você! – gritei. Ele riu alto em resposta.
– Quando você fala desse jeito, parece outra coisa.
– É estranho, eu não vou ficar em cima de você enquanto você corre!
– Tudo bem, eu já entendi... Já volto. – ele saiu de perto de mim e menos de cinco minutos depois um lobo enorme, com pelos cinza com preto em alguns lugares.
Ele indicou seu tronco com a cabeça e eu revirei os olhos. Aquilo era ridículo!
– Já disse que não vou fazer isso! – expliquei. Ele soltou um pequeno rosnado para mim.
– Vira-lata! – bufei.
Desisti e sentei em cima dele, na verdade tive que deitar praticamente. Agarrei seus pelos e ele começou a correr. No início fechei meus olhos, mas depois os abri. Era muito legal ver os borrões da floresta passando por mim.
Em poucos minutos pude avistar o penhasco. Embry parou de correr e eu desci de cima dele. Ele foi para a floresta se transformar e eu fiquei ali, tentando apreciar a paisagem. Mas não dava, o penhasco era alto demais e a movimentação da água lá embaixo era um pouco agitada. Fiquei olhando de uma distância razoável, para que eu não caísse acidentalmente daqui de cima.
– Animada? – perguntou, voltando da floresta e aparecendo só de bermuda.
– Pra morrer? Claro que não!
– Você não vai morrer, relaxa. – ele colocou a camisa no chão e me olhou.
– É sério, eu estou com medo. – falei.
– confia em mim. Não vai acontecer nada com você. E se acontecer, eu vou estar do seu lado. – falou.
Mordi a boca e falei:
– Aonde exatamente eu tenho que pular?
Ele sorriu.
– Nessa direção. Mas não tem problema se você for pros lados. – apontou para baixo.
– Acho que eu estou pronta. – suspirei. Tirei a blusa e o short e coloquei do lado da camisa do Embry.
– Gostei de ver a animação. Eu vou pular primeiro pra...
– Não, eu vou primeiro. Se eu não for agora, não vou nunca mais! – falei e saí correndo na direção do penhasco. Pude ouvir Embry gritando meu nome.
Pulei no lugar onde o Embry falou que eu tinha que pular e comecei a gritar, de olhos fechados. Eu não era corajosa o suficiente para pular de olhos abertos. Sentia o vento nos meus cabelos e, com medo, abracei meus joelhos. Não demorou muito para que eu sentisse meu corpo se chocando com a água. Soltei meus joelhos e abri os olhos.
Ver o mar debaixo d’água daqui era totalmente diferente de vê-lo perto da praia. Nadei para cima e vi Embry me olhando assustado.
– Você é doida! – gritou.
– Eu sei. – ri. – Pula logo!
Em seguida ele pulou, vi que seus olhos estavam abertos e ele caiu, jogando água para todos os lados.
– Gostou? – perguntou quando voltou à superfície.
– Quero pular de novo, dessa vez com os olhos abertos. – falei.
– Então tá. – ele começou a nadar para a direita e eu o segui.
Tinha um pedaço de terra mais baixo por ali, que dava para subir e ir andando de volta até o penhasco.
– Vamos pular juntos? – ele perguntou. Assenti.
– Dessa vez, com os olhos abertos. – falei para mim mesma.
Saímos correndo e pulamos. Olhei para o lado rapidamente e pude ver Embry com a boca aberta e gritando. Também gritei. A adrenalina fazia meu corpo tremer. Mas não havia nada melhor do que ver tudo de olhos abertos.
O pôr-do-sol já estava no céu quando decidimos ir embora. Desejei ter uma câmera para gravar aquele momento. O céu estava lindo e eu tinha me divertido. Porém nós estávamos com fome. Coloquei a minha roupa enquanto Embry voltava para a floresta para se transformar.
Voltamos para casa rápido e eu estranhei quando vi um carro muito caro parado em frente à casa do Sam. Desci do Embry e olhei para ele. Seus olhos estavam confusos. Esperei ele voltar à forma humana para entrar na casa. Alguma coisa não me cheirava bem. Eu estava aflita e ao mesmo tempo ansiosa.
Abri a porta e vi o Dr. Carlisle dentro da casa, junto de Emily e Sam. Lembrei que hoje era o dia que saía o resultado do exame de sangue que fiz na casa dele. Será que tinha alguma coisa de errado comigo? Meu coração acelerou; Minhas pernas tremeram e minhas mãos começaram a suar.
– Oi... – balbuciei.
– Olá . O resultado do seu exame chegou. – ele disse sério.
– E? – apoiei meu corpo em Embry.
– Será que nós podemos conversar a sós? – perguntou, olhando para Sam, Emily e Embry.
– Fique à vontade. – Sam disse e logo depois eles saíram da sala e foram para fora de casa. Não é como se eles pudessem ir para outro lugar, devido ao tamanho da casa.
– O que... Qual é... Por acaso...? – tentei pronunciar uma frase, mas não deu certo.
Eu estava com medo do que ele ia falar. Achei melhor me sentar no sofá.
– , não tem nada de errado com você. Mas eu percebi uma coisa no exame e eu tenho que te falar. – ele falou, entrelaçando seus dedos.
JACOB’S POV ON
Eu estava fazendo a ronda quando Leah gritou meu nome. Tomei um susto. Ela também estava fazendo a ronda comigo, menos o Seth, que estava de folga.
– É o que, Leah? – perguntei carrancudo.
– É a . O Seth apareceu por aqui e disse que a está em estado de choque. Ela não está falando com ninguém e só chora. Acho melhor...
Não deixei ela terminar de falar, me transformei em humano na hora, coloquei a roupa que estava amarrada no meu tornozelo e comecei a correr para a casa de Sam. Meu corpo tremia, mas eu não podia me transformar em lobo. O terror tomou conta de mim. (Coloque para tocar: http://www.youtube.com/watch?v=WNiNHsYqd40)
Cheguei à casa de Sam e abri a porta. Não reparei que o carro do Carlisle estava estacionado. Sam, Embry, Paul, Seth, Quil e Jared estavam na sala. Todos assustados. Eles me olharam e abaixaram a cabeça na mesma hora.
– Onde ela está? – perguntei.
– No quarto. – Sam respondeu. Fui para lá correndo.
I see you there, don’t know where you come from
(Eu te vi ali, não sei de onde você vem)
Unaware of a stare from someone
(Inconsciente de que alguém te observa)
Don't appear to care that I saw you and I want you
(Não parece se importar que eu te vi, e que eu te quero)
What's your name 'cause I have to know it
(Qual é o seu nome? Por que eu preciso saber)
You let me in and begin to show it
(Você me deixou entrar e começa a mostrar)
We're terrified 'cause we're heading straight for it, might get it
(Estamos aterrorizados porque estamos indo direto ao ponto, podemos conseguir)
You been the song playing on the background
(Você foi a música tocando ao fundo)
All along but you're turning up now
(O tempo todo, mas você está aparecendo agora)
And everyone is rising to meet you, to greet you
(E todos estão ansiosos para conhecê-la, cumprimentá-la)
Eu entro no quarto e vejo na cama, abraçando os joelhos e Emily e Carlisle em volta dela. Emily estava a abraçando e Carlisle estava falando alguma coisa a qual não consegui identificar.
me olha e começa a chorar ainda mais. Meu coração para de bater por um segundo e eu tenho vontade de vomitar. Emily vem ao meu encontro e me abraça.
– Ela precisa de você, Jake. Mas cuidado... Eu não sei se você vai aguentar passar por isso de novo. – ela falou e saiu do quarto, sendo seguida pelo Carlisle, que estava com um olhar triste.
– ... – sussurrei. Ela me olhou com seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas. Fungou e enterrou a cabeça nos joelhos.
Turn around and you're walking toward me
(Você se vira e está andando até mim)
I'm breaking down and you're breathing slowly
(Eu estou desmoronando e você respirando lentamente)
You say the word and I will be your man, your man
(Diga a palavra e eu serei seu homem, seu homem)
Fui para perto dela e me sentei ao seu lado na cama. Toquei seu ombro calmamente e ela me abraçou. Seu choro, que antes estava alto, foi abafado pela minha camisa. Acariciei seus cabelos e repousei um beijo neles.
Say when and my own two hands
(Diga quando e as minhas duas mãos)
Will comfort you tonight, tonight
(Irão consolá-la esta noite, esta noite)
Say when and my own two arms
(Diga quando e os meus dois braços)
Will carry you tonight, tonight
(Irão carregá-la esta noite, esta noite)
– Me fala o que está acontecendo, pelo amor de Deus. – suspirei e alguns fios de cabelo dela voaram.
Como se tivesse tido o efeito oposto ao que eu queria, seu choro aumentou um pouco. Seus braços me apertaram um pouco mais e eu já não sabia mais o que fazer. Eu estava aflito e com medo. Continuei acariciando seus cabelos.
We're coming close and then even closer
(Estamos nos aproximando, e ainda mais perto)
We bring it in but we go no further
(Nos entrosamos, mas não vamos mais longe)
We're separate, two ghosts in one mirror, no nearer
(Estamos separados, dois fantasmas num espelho, distante)
Com toda aquela aflição, meus olhos começaram a lacrimejar. Sim, eu estava chorando. Eu não sabia o que esperar, mas eu sabia que não era nada bom o que estava acontecendo.
E então, como um baque, eu percebi. Eu estava com medo de perder a para o que quer que esteja fazendo-a chorar. Eu gostava dela o bastante para não querer ficar longe dela. E eu não iria. Eu não sei o que há entre nós dois, mas eu sei que é forte o bastante para me fazer chorar por ela.
Later on if it turns to chaos
(Mais tarde se isso virar o caos)
Hurricane coming all around us
(Furacão vindo em nossa direção)
See the crack, pull it back from the window, you stay low
(Percebo o estrondo, puxo pela janela, você permanece abaixada)
Come across you lost and broken
(Dá a impressão, você está perdida e quebrada)
You're coming to but you're slow in waking
(Você está vindo, mas está lenta, em alerta)
You start to shake, you still haven't spoken, what happened
(Você começa a tremer, você continua sem falar, o que aconteceu?)
Do nada ela se levantou, percebi que estava tremendo. Foi até o banheiro e lavou o rosto, sendo seguida pelos meus olhos atentos. Voltou para o quarto e respirou fundo. Já sentada na cama, cruzou as pernas e me olhou. Quando percebeu que eu estava chorando, seus olhos se encheram de lágrimas novamente.
– Por favor, não chora. – sussurrou.
They're coming back and you just don't know when
(Eles estão voltando e você não sabe quando)
You want to cry but there's nothing coming
(Você quer chorar mas não há nada vindo)
They're gonna push until you give in or say when
(Eles vão pressionar até você desistir ou dizer quando)
– Então me fala o que está acontecendo. – disse, limpando minhas lágrimas.
– Eu não sei como isso foi acontecer... – ela parou de falar e riu ironicamente. – Mentira, eu sei exatamente como isso aconteceu, mas eu fui burra. Eu não faço a mínima ideia do que vou fazer de agora em diante... – falou mais para si mesma do que para mim.
– Por favor, fala alguma coisa. Eu estou morrendo aqui! – implorei. Ela respirou, suspirou e olhou para cima.
– Eu... – passou as mãos nos olhos – Eu estou grávida, Jacob.
Now we're here, and it turns to chaos
(Agora estamos aqui, e isso virou o caos)
Hurricane, coming all around us
(Furacão, vindo em nossa direção)
Double crack throws you back from the window, you stay low
(Novo estrondo joga você de volta para a janela, você permanece abaixada)
Some of this was here before us
(Algo assim estava aqui antes de nós)
All of this will go after us
(Tudo disso irá depois de nós)
It never stops until we give in
(Isso nunca irá parar até que a gente desista)
Say when and my own two hands
(Diga quando e as minhas duas mãos)
Will comfort you tonight, tonight
(Irão consolá-la esta noite, esta noite)
n/a: Surprise, surprise?! E agora? Eu sei que vocês estão confusas com a repentina aproximação dos dois, mas para tudo há uma explicação. Não vou dizer mais nada, vou deixar que vocês falem. Beijos e até a próxima!
Capítulo 7
tinha acabado de dormir, literalmente, nos meus braços. Eu de algum
jeito consegui acalmá-la. Eu só não estava mais chocado do que ela
porque, bom... Acho que dá para entender o porquê disso.
Depois de me contar que estava grávida, eu fui abraçá-la. Ela estava totalmente destruída, dava para ver. Seu rosto estava inchado de tanto chorar, seus lábios, nariz e olhos estavam muito vermelhos e lágrimas grossas não paravam de cair. Isso não era nem o pior. O pior foi quando ela começou a sentir raiva de si mesma e começou a puxar os fios de cabelo de sua cabeça com força, como aquelas pessoas doidas nos filmes fazem. Ah, quase me esqueci da parte em que ela se xingou.
Repetindo, eu não sei exatamente o que eu falei para que ela conseguisse se acalmar, mas eu consegui. Então ela se deitou em sua cama e nem precisou me chamar para deitar ali com ela, eu já estava ao seu lado. Ela colocou sua cabeça no meu peito e ficamos ali, juntos. De vez em quando umas lágrimas caíam de seus olhos, mas ao invés de enxugá-las, as deixava cair na minha camisa e secar.
Aos poucos fui ouvindo seus batimentos cardíacos voltarem ao normal e sua respiração se estabilizando. Mas continuei afagando seus cabelos. Decidi sair dali, então. Com cuidado a retirei de cima de mim e depositei sua cabeça no travesseiro. Puxei a coberta para cima dela e fiquei ali a observando.
Era estranho pensar que há dois dias eu estava ali ao seu lado, dormindo com ela. Mais estranho pensar ainda que nós estávamos juntos. No mesmo instante em que me lembrei disso, uma sensação estranha percorreu o meu corpo. Como se eu sentisse a falta dela. Aproximei-me dela e beijei a sua testa. Em seguida saí do quarto.
Na sala encontrei Seth, Leah, Emily, Sam, Carlisle e mais os garotos que antes estavam ali. Todos olharam para mim aflitos. Eu não sabia o que falar. Apenas sentei no chão, ao lado do sofá e apoiei meus cotovelos nos joelhos.
– Jake, como ela está? – Emily perguntou com uma voz calma.
– Dormindo. – falei.
– O que vai acontecer? – Seth falou.
– Será que ela vai voltar para Bucareste? – Embry que perguntou dessa vez.
Arregalei meus olhos e falei para ele:
– Ela não vai voltar. Ela vai ficar aqui. – minha voz tinha saído dura e grossa e meu coração havia disparado.
– Mas não depende de você, Jake. E se o pai da criança quiser... – interrompi Seth.
– Eu não me importo com o pai da criança! Ela vai ficar aqui e ninguém vai conseguir levá-la embora! – dessa vez a minha voz tinha saído mais alta do que o normal. Bufei de raiva.
Ai de quem tentar tirar a daqui. Ela vai ficar aqui, com seus amigos. E sem falar que era o melhor para ela, por causa de Carlisle. Ele faria o parto dela.
– Acho melhor a gente ir. – Jared falou. Cinco segundos depois a maioria foi, exceto Leah, Embry e Carlisle.
– Eu quero saber o que vai acontecer, ela é minha amiga. – Leah disse logo após que Sam a pediu que se retirassem.
– Eu também vou ficar. – Embry deu de ombros.
– Carlisle, o que vai acontecer? – Emily perguntou ignorando a conversa de Leah, Embry e Sam. Olhei para o vampiro imediatamente.
– Eu não sei. Acredito que a gestação seja normal. – Carlisle respondeu.
E então, em um estalo, eu me lembrei do que tinha falado para a gente no primeiro dia dela aqui.
– Mas... Mas ela disse que se a criança não for do destinado, ela pode nascer deficiente. Tipo sem um braço, perna... Ou até mesmo morta! Será que a está correndo perigo? Quer dizer, se coisas ruins podem acontecer com o filho, será que podem acontecer com a mãe também? – disparei as perguntas.
– Jake, Jake, se acalma... – Embry me fez sentar no sofá.
– Jacob, eu não sei nada sobre a família da , sobre seus ancestrais, então não posso dizer nada. Mas eu ficarei de olho nela. E aconselho vocês a ligarem para os pais dela. Acho melhor eu ir. Liguem para mim, caso algo aconteça. – em seguida ele saiu.
– Quem vai ligar para os pais dela? – Leah perguntou aflita.
– Ela que tem que fazer isso. – falei.
– Jake está certo. Ninguém a não ser ela, pode contar. Temos que esperar até amanhã. – Sam disse.
– Qualquer coisa chame a gente. Vamos, Leah. – Embry e Leah saíram. Agora só restava eu.
– Jake, você quer alguma coisa? – Emily perguntou. Neguei com a cabeça.
– Na verdade, será que eu posso dormir aqui hoje? Eu fico no sofá mesmo. É que...
– Sem problemas, Jake. – Sam deu dois tapinhas em minhas costas.
– Eu vou pegar um travesseiro e lençol para você. – nisso Emily e Sam foram para o quarto.
Não passou muito tempo até que Emily voltasse. Ela arrumou o sofá para mim e me deu um beijo na testa de boa noite. Tirei a minha camisa, ficando apenas de bermuda. Não acho que seria legal se a Emily me visse de cueca.
Deitei no sofá e comecei a pensar sobre o que tinha acontecido. Ou eu sou azarento demais ou sou azarento demais. Era a segunda garota a qual eu gostava que estava grávida.
Parei para pensar no meu conceito de gostar. Bom, eu amava a Bella antes dela ter a Ness. Não sei se eu amo a . Ela é especial para mim, disso eu tenho certeza. Também tenho certeza de que se algo acontecer a ela durante essa gravidez, eu morro. É extremamente doloroso assistir alguém que você ama passar por algo tão complicado. Como a gravidez da Bella. Eu estava tão acabado quanto ela. Se Edward não tivesse a transformado, eu não sei o que seria de mim, da Nessie e muito menos do Edward.
A é uma daquelas pessoas que te cativa por serem alegres, simpáticas e engraçadas. Ela transmite energia para tudo e todos. Ela é doce e gentil. E não posso me esquecer de que é linda. Quando eu a beijei pela primeira vez em seu quarto, eu me senti feliz, quase completo.
Então eu acho que se você preocupa com uma pessoa a ponto de não saber o que vai acontecer caso aconteça alguma tragédia com ela, você a ama. Se você fica contente de estar perto dela, de conversar com ela, você a ama. Se você se sente feliz só de vê-la feliz, você a ama. Se você sente que vai morrer só de ver a pessoa chorando, agoniada e sem saber o que fazer e falar, você a ama. No final das contas, eu podia falar que amava a . Não sei se na mesma intensidade do meu amor pela Nessie, mas se não for, está chegando perto.
Depois de um tempo acabei pegando no sono, mas a luz da cozinha acendeu então eu acordei. Apesar de me sentir drogado de tanto sono, olhei para a cozinha para ver quem era.
– ? – minha voz saiu praticamente num sussurro.
– Jake? – se virou para o sofá, onde eu estava, e falou. – Eu não sabia que você estava aí. O que você está fazendo aqui? – me levantei e fui até ela.
– Eu não vou conseguir responder as perguntas. Para falar a verdade, nem ouvi direito o que você falou. O que você está fazendo? – perguntei a olhando.
– Bebendo água. Depois de eliminar tanta água do meu organismo, tenho que acrescentar tudo de novo. – apesar de parecer melhor, seu rosto ainda estava um pouco inchado e úmido.
– Chorou outra vez? – perguntei. Não prestei atenção em nada do que ela tinha falado anteriormente, só quando ela disse que estava bebendo água.
– Sim. – ela virou seu corpo para o lado contrário ao meu, ficando de costas para mim.
Desse jeito eu não conseguiria ver seu rosto.
– Ei, ei, tá tudo bem. – coloquei minhas mãos em seus ombros.
Ela colocou o copo em cima da pia e apoiou suas mãos ali mesmo e suspirou. Senti que ela iria voltar a chorar, seus batimentos aumentaram, assim como sua respiração ficou mais rápida. Antes que alguma outra lágrima caísse, eu a abracei por trás. Ela ficou surpresa, mas depois se tranquilizou. Eu apoiava minha cabeça em seus ombros, e logo depois ela apoiou sua cabeça na minha.
– O que eu faria sem você? – perguntou.
– Tenho certeza de que você estaria se saindo muito bem. – falei. Mas não sei se era verdade. era muito forte e independente, mas não agora. Agora ela parecia estar sensível demais a qualquer coisa.
– Eu estaria chorando que nem uma doida até agora, Jake. – ela se virou e me olhou nos olhos. – Eu continuo te agradecendo, mas nunca fiz nada pra retribuir.
Revirei os olhos.
– Se você parar de falar besteira já estará me retribuindo. – ri de leve e ela me acompanhou. – Vem cá. – a puxei até o sofá.
– O que você está fazendo? – me perguntou.
– Fica aqui comigo. – falei.
– Tem certeza que eu que estou grávida? – ela olhou para mim engraçada.
– Não sou eu que vou ficar gordo, não. – respondi brincando. Ela arregalou os olhos e abriu a boca. Em seguida me deu um beliscão. Senti uma picada de mosquito no lugar.
– Eu não vou ficar gorda, eu acho... – ri com ela.
– Você vai ficar linda de qualquer jeito. – disse. Ela me olhou com carinho e beijou minha bochecha. Meu coração acelerou e eu abaixei a minha cabeça.
– Vem cá você, agora. – dessa vez ela que me puxou em direção ao seu quarto.
– O que você está fazendo? – imitei a sua pergunta e ela riu.
– Você realmente acha que vai dormir naquele sofá? Você é o dobro dele. – comentou.
– Tá bom, já entendi... – ia me deitando em sua cama, quando ela, já deitada, olhou para mim e disse:
– Pode ficar confortável, Jake. – sorriu. Sorri de volta. Tirei minha calça, ficando apenas de boxer.
Deitei na cama e ela se aconchegou ao meu lado. Era bom sentir o corpo dela perto do meu.
– Você já sabe o que vai fazer? – perguntei um pouco relutante. Não queria que ela se lembrasse disso, mas eu estava curioso. Ela suspirou.
– Acho que eu tenho que falar com o Fred primeiro. – murmurou. Assenti com a cabeça.
– Mas você vai ficar aqui, né? – perguntei. Ela me olhou confusa. – Você vai voltar para lá?
– Não sei. Eu não posso dar uma notícia assim pelo telefone! Mas eu também não quero ir para lá e enfrentar tudo isso sozinha. Quer dizer, eu sei que eu não vou estar sozinha, mas eu quero ficar aqui com vocês. – explicou.
– Amanhã a gente resolve tudo então. Já passou da hora de você ir dormir. – falei.
– O mesmo pra você. – rebateu.
Depois de me contar que estava grávida, eu fui abraçá-la. Ela estava totalmente destruída, dava para ver. Seu rosto estava inchado de tanto chorar, seus lábios, nariz e olhos estavam muito vermelhos e lágrimas grossas não paravam de cair. Isso não era nem o pior. O pior foi quando ela começou a sentir raiva de si mesma e começou a puxar os fios de cabelo de sua cabeça com força, como aquelas pessoas doidas nos filmes fazem. Ah, quase me esqueci da parte em que ela se xingou.
Repetindo, eu não sei exatamente o que eu falei para que ela conseguisse se acalmar, mas eu consegui. Então ela se deitou em sua cama e nem precisou me chamar para deitar ali com ela, eu já estava ao seu lado. Ela colocou sua cabeça no meu peito e ficamos ali, juntos. De vez em quando umas lágrimas caíam de seus olhos, mas ao invés de enxugá-las, as deixava cair na minha camisa e secar.
Aos poucos fui ouvindo seus batimentos cardíacos voltarem ao normal e sua respiração se estabilizando. Mas continuei afagando seus cabelos. Decidi sair dali, então. Com cuidado a retirei de cima de mim e depositei sua cabeça no travesseiro. Puxei a coberta para cima dela e fiquei ali a observando.
Era estranho pensar que há dois dias eu estava ali ao seu lado, dormindo com ela. Mais estranho pensar ainda que nós estávamos juntos. No mesmo instante em que me lembrei disso, uma sensação estranha percorreu o meu corpo. Como se eu sentisse a falta dela. Aproximei-me dela e beijei a sua testa. Em seguida saí do quarto.
Na sala encontrei Seth, Leah, Emily, Sam, Carlisle e mais os garotos que antes estavam ali. Todos olharam para mim aflitos. Eu não sabia o que falar. Apenas sentei no chão, ao lado do sofá e apoiei meus cotovelos nos joelhos.
– Jake, como ela está? – Emily perguntou com uma voz calma.
– Dormindo. – falei.
– O que vai acontecer? – Seth falou.
– Será que ela vai voltar para Bucareste? – Embry que perguntou dessa vez.
Arregalei meus olhos e falei para ele:
– Ela não vai voltar. Ela vai ficar aqui. – minha voz tinha saído dura e grossa e meu coração havia disparado.
– Mas não depende de você, Jake. E se o pai da criança quiser... – interrompi Seth.
– Eu não me importo com o pai da criança! Ela vai ficar aqui e ninguém vai conseguir levá-la embora! – dessa vez a minha voz tinha saído mais alta do que o normal. Bufei de raiva.
Ai de quem tentar tirar a daqui. Ela vai ficar aqui, com seus amigos. E sem falar que era o melhor para ela, por causa de Carlisle. Ele faria o parto dela.
– Acho melhor a gente ir. – Jared falou. Cinco segundos depois a maioria foi, exceto Leah, Embry e Carlisle.
– Eu quero saber o que vai acontecer, ela é minha amiga. – Leah disse logo após que Sam a pediu que se retirassem.
– Eu também vou ficar. – Embry deu de ombros.
– Carlisle, o que vai acontecer? – Emily perguntou ignorando a conversa de Leah, Embry e Sam. Olhei para o vampiro imediatamente.
– Eu não sei. Acredito que a gestação seja normal. – Carlisle respondeu.
E então, em um estalo, eu me lembrei do que tinha falado para a gente no primeiro dia dela aqui.
– Mas... Mas ela disse que se a criança não for do destinado, ela pode nascer deficiente. Tipo sem um braço, perna... Ou até mesmo morta! Será que a está correndo perigo? Quer dizer, se coisas ruins podem acontecer com o filho, será que podem acontecer com a mãe também? – disparei as perguntas.
– Jake, Jake, se acalma... – Embry me fez sentar no sofá.
– Jacob, eu não sei nada sobre a família da , sobre seus ancestrais, então não posso dizer nada. Mas eu ficarei de olho nela. E aconselho vocês a ligarem para os pais dela. Acho melhor eu ir. Liguem para mim, caso algo aconteça. – em seguida ele saiu.
– Quem vai ligar para os pais dela? – Leah perguntou aflita.
– Ela que tem que fazer isso. – falei.
– Jake está certo. Ninguém a não ser ela, pode contar. Temos que esperar até amanhã. – Sam disse.
– Qualquer coisa chame a gente. Vamos, Leah. – Embry e Leah saíram. Agora só restava eu.
– Jake, você quer alguma coisa? – Emily perguntou. Neguei com a cabeça.
– Na verdade, será que eu posso dormir aqui hoje? Eu fico no sofá mesmo. É que...
– Sem problemas, Jake. – Sam deu dois tapinhas em minhas costas.
– Eu vou pegar um travesseiro e lençol para você. – nisso Emily e Sam foram para o quarto.
Não passou muito tempo até que Emily voltasse. Ela arrumou o sofá para mim e me deu um beijo na testa de boa noite. Tirei a minha camisa, ficando apenas de bermuda. Não acho que seria legal se a Emily me visse de cueca.
Deitei no sofá e comecei a pensar sobre o que tinha acontecido. Ou eu sou azarento demais ou sou azarento demais. Era a segunda garota a qual eu gostava que estava grávida.
Parei para pensar no meu conceito de gostar. Bom, eu amava a Bella antes dela ter a Ness. Não sei se eu amo a . Ela é especial para mim, disso eu tenho certeza. Também tenho certeza de que se algo acontecer a ela durante essa gravidez, eu morro. É extremamente doloroso assistir alguém que você ama passar por algo tão complicado. Como a gravidez da Bella. Eu estava tão acabado quanto ela. Se Edward não tivesse a transformado, eu não sei o que seria de mim, da Nessie e muito menos do Edward.
A é uma daquelas pessoas que te cativa por serem alegres, simpáticas e engraçadas. Ela transmite energia para tudo e todos. Ela é doce e gentil. E não posso me esquecer de que é linda. Quando eu a beijei pela primeira vez em seu quarto, eu me senti feliz, quase completo.
Então eu acho que se você preocupa com uma pessoa a ponto de não saber o que vai acontecer caso aconteça alguma tragédia com ela, você a ama. Se você fica contente de estar perto dela, de conversar com ela, você a ama. Se você se sente feliz só de vê-la feliz, você a ama. Se você sente que vai morrer só de ver a pessoa chorando, agoniada e sem saber o que fazer e falar, você a ama. No final das contas, eu podia falar que amava a . Não sei se na mesma intensidade do meu amor pela Nessie, mas se não for, está chegando perto.
Depois de um tempo acabei pegando no sono, mas a luz da cozinha acendeu então eu acordei. Apesar de me sentir drogado de tanto sono, olhei para a cozinha para ver quem era.
– ? – minha voz saiu praticamente num sussurro.
– Jake? – se virou para o sofá, onde eu estava, e falou. – Eu não sabia que você estava aí. O que você está fazendo aqui? – me levantei e fui até ela.
– Eu não vou conseguir responder as perguntas. Para falar a verdade, nem ouvi direito o que você falou. O que você está fazendo? – perguntei a olhando.
– Bebendo água. Depois de eliminar tanta água do meu organismo, tenho que acrescentar tudo de novo. – apesar de parecer melhor, seu rosto ainda estava um pouco inchado e úmido.
– Chorou outra vez? – perguntei. Não prestei atenção em nada do que ela tinha falado anteriormente, só quando ela disse que estava bebendo água.
– Sim. – ela virou seu corpo para o lado contrário ao meu, ficando de costas para mim.
Desse jeito eu não conseguiria ver seu rosto.
– Ei, ei, tá tudo bem. – coloquei minhas mãos em seus ombros.
Ela colocou o copo em cima da pia e apoiou suas mãos ali mesmo e suspirou. Senti que ela iria voltar a chorar, seus batimentos aumentaram, assim como sua respiração ficou mais rápida. Antes que alguma outra lágrima caísse, eu a abracei por trás. Ela ficou surpresa, mas depois se tranquilizou. Eu apoiava minha cabeça em seus ombros, e logo depois ela apoiou sua cabeça na minha.
– O que eu faria sem você? – perguntou.
– Tenho certeza de que você estaria se saindo muito bem. – falei. Mas não sei se era verdade. era muito forte e independente, mas não agora. Agora ela parecia estar sensível demais a qualquer coisa.
– Eu estaria chorando que nem uma doida até agora, Jake. – ela se virou e me olhou nos olhos. – Eu continuo te agradecendo, mas nunca fiz nada pra retribuir.
Revirei os olhos.
– Se você parar de falar besteira já estará me retribuindo. – ri de leve e ela me acompanhou. – Vem cá. – a puxei até o sofá.
– O que você está fazendo? – me perguntou.
– Fica aqui comigo. – falei.
– Tem certeza que eu que estou grávida? – ela olhou para mim engraçada.
– Não sou eu que vou ficar gordo, não. – respondi brincando. Ela arregalou os olhos e abriu a boca. Em seguida me deu um beliscão. Senti uma picada de mosquito no lugar.
– Eu não vou ficar gorda, eu acho... – ri com ela.
– Você vai ficar linda de qualquer jeito. – disse. Ela me olhou com carinho e beijou minha bochecha. Meu coração acelerou e eu abaixei a minha cabeça.
– Vem cá você, agora. – dessa vez ela que me puxou em direção ao seu quarto.
– O que você está fazendo? – imitei a sua pergunta e ela riu.
– Você realmente acha que vai dormir naquele sofá? Você é o dobro dele. – comentou.
– Tá bom, já entendi... – ia me deitando em sua cama, quando ela, já deitada, olhou para mim e disse:
– Pode ficar confortável, Jake. – sorriu. Sorri de volta. Tirei minha calça, ficando apenas de boxer.
Deitei na cama e ela se aconchegou ao meu lado. Era bom sentir o corpo dela perto do meu.
– Você já sabe o que vai fazer? – perguntei um pouco relutante. Não queria que ela se lembrasse disso, mas eu estava curioso. Ela suspirou.
– Acho que eu tenho que falar com o Fred primeiro. – murmurou. Assenti com a cabeça.
– Mas você vai ficar aqui, né? – perguntei. Ela me olhou confusa. – Você vai voltar para lá?
– Não sei. Eu não posso dar uma notícia assim pelo telefone! Mas eu também não quero ir para lá e enfrentar tudo isso sozinha. Quer dizer, eu sei que eu não vou estar sozinha, mas eu quero ficar aqui com vocês. – explicou.
– Amanhã a gente resolve tudo então. Já passou da hora de você ir dormir. – falei.
– O mesmo pra você. – rebateu.
n/a: Eu sei que esse capítulo ficou curto, mas eu tive que deixá-lo assim mesmo :X Já comecei a escrever o capítulo 8 e para minha alegria, e a de vocês também, estou muito animada com o rumo da história. Ou seja, vou escrever frequentemente hahaha Só para vocês não se esquecerem: Comentem, por favor! Haha Beijos ;*
Uhullz, primeiro coments :D
ResponderExcluirAdorei floor, louca para ler o próximo ;)
Beijoos
Gostei muito da história, quero maais! *-*
ResponderExcluirAi meu Deus ...não sei o que esperar agora mais to mto ansiosa...esse alpha é quem hein???é o jake pode falar kkkkkk será qa PP vai ter um imprinting avassalador pelo gostosotudojacob hein hein hein :D ai flor to amando não demore pra postar hein esperando ansiosamente aqui..
ResponderExcluirbjoss
Gostei e fiquei super curiosa!
ResponderExcluirMal posso esperar para ler o próximo! :D
Bjos
Ain, ameeeei a estória!!
ResponderExcluirNão vou perder um capítulo pode acreditar.
A fic está DIVINAAAAAA, e a escrita esplêndida.
Amandoooooooo, bjssssss!!!
continuuuuaaaaaa pooor favoooooor, Eu ja li essa fic até essa parte em um outro siite, mas vc nunca mais att :/
ResponderExcluirMinha xará! hahahaha
ResponderExcluirParabééns pela história maravilhosa! Gostei muito e vou acompanhar com certeza! =]
Muito bom o capítulo. Esperando o próximo ansiosamente
ResponderExcluirmuito bom mesmo! To adorando a esquemática da história :D bjs
ResponderExcluirNuss, a PP nunca havia visto um vampiro? Isso foi uma grande surpresa... o que será que ela achará dos Cullens?
ResponderExcluirAdorandoooooo, bjsssss!!!!
adoreiiiii *-* será q ela vai se darr bem com os Cullens? to doida pra leer os proximoos capituloos
ResponderExcluiroiii otimá história mesmo\!!! Parabens e continua viuhhh!!
ResponderExcluirA PP ficou encantada com os vampiros, principalmente a beleza de Edward, até se esqueceu de falar. rsrsrsrs
ResponderExcluirE que lenda, heim?! A Reneesme já quiz logo saber se a PP sentiu algo pelo Jake. rsrsrsrrs Ela já sentiu o perigo. hehehehehe
O Flash back foi hilário, ela realmente sabe se defender das nojeiras dos meninos. rsrsrs
E quantos dons, heim?! Essa vai dar trabalho.
Amandoooooo, bjssss!!!!
adorei a fic,flor! to mto curiosa...
ResponderExcluirainda bem q vc deixou bem claro, que os lobos podem ter segundas impressoes... é bom ja saber, pra dps n ficar se perguntando: ué, mas e o outro? e tals....
bela atitude ;)
A Renesmee, pelo q eu li, ainda é criança... entao pq essa curiosidade de saber se a PP gosta do Jacob??? Ela só o vê como um irmao... Nao poderia sentir ciumes... Enfim.
Essa historia de obter o dom dos outros, ainda dará problemas... E talvez, algumas soluções tbm hahahahahaha
Louca por mais, bjs
Awn eu amei a fic please posta logo hahahaha
ResponderExcluirAwn eu amei a fic please posta logo hahahaha
ResponderExcluirEu to dando uma de Alice e vendo que essa fic promete hein, estou morrendo de ansiedade de saber o porquê a PP e o Jake não terem sentido nada e achei muito legal o negócio do segundo imprinting, mas será que isso pode acontecer uma terceira vez? só sei que essa fic vai dar muito pano pra manga, pff me senti uma velha depois dessa mais de qualquer jeito, parabéns essa fic tá ótima e você tem muita criatividade, vou estar esperando aqui ansiosamente pela a att
ResponderExcluirUm bjão e até o próximo cap *v*
Adorei a att flor! Mega curiosa pra saber o q vai acontecer com esses dois... Bjs
ResponderExcluirWow, parece que esse cinema promete! rsrsrs
ResponderExcluirE pelo visto, Emily tem razão, esses dois já sentem algo um pelo outro, só que ainda teimam em negar o fato. ¬¬
Estou adorandoooooo demais!!
Bjssss!!!
amri!!!! quero mais que estes dois fiquem juntos.... não gosto do jake com a meia -vapi... ainda mais que esta menina e uma graça... akakakakakakak
ResponderExcluirO que que é issooo! SUPER HIPER MEGA MASTER ansiosa pelo próximo cap oo' MAAAIS
ResponderExcluirnossa isso é q é capitulo é impressão minha ou alguma coisa DEMAIS vai acontecer hein?
ResponderExcluirMEGA ANSIOSA PELO PRÓXIMO CAP!!
BJÃO!!
Ah, adorei a fanfic.
ResponderExcluirUi, eu sou européia, cuidado americanas, kkkkkk'
Estou sentindo ótimos momentos para mim, \o/
Posta mais, a fanfic é divina e estou super curiosa!
Beijos, Mô.
Nossa tô simplesmente a mando a fic *.*. vou esperar o próx. cap.
ResponderExcluirO.M.G POSTA MAIS SE NÃO EU PIRO DE VEZ U.U
ResponderExcluirSuper daora esse poder de reverter as habilidades...Adorei!
ResponderExcluirE esses dois juntos? Sei la, eu achei q foi meio 'do nada' sabe? Tipo, ela sabe q ele tem um imprinting, qndo ele tavam quase se beijando ela podia ter mostrado alguma resistencia... Dps da Emily, parecia q nenhum dos dois tinha algum empecilho pra ficarem juntos... Sei la, foi meio estranho... Gostei dos dois juntos, mas essa é minha opiniao sobre o 'começo' deles... XD
Quero mais! Bj
MAAAAAAAAAIS KK Gosh, preciso loucamente de outro capítulo porque essa fanfic me fascina!
ResponderExcluirOmg!! Tinha que aparecer um vampiro para atrapalhar o passeio. ¬¬ Mas ele acabou se dando mal. Que poder estraordinário esse da PP, graças a esse dom o Jake deu um fim rápido ao sanguessuga. ^_^
ResponderExcluirHum, e agora a PP treinará com os Cullens?! Isso vai dar o que falar.
Ain, rolou um senhor beijo no meu moreno, uhuuuuu!!!
Renesmee sinto muito, mas seu lobinho foi fisgado. ;)
Adorandoooooooo demais, bjssssss!!!
Oiii! Olha só achei muito estranho esse negocio de segundo imprinting, porque sendo assim, ja não se torna imprinting, e sim um amor como o nosso que pode ser subsitituido por outro amor, sei lá. Fiquei sem entender mais ainda quando eles não sentiram nada quando se tocaram e tal... E agora, tipo, amei o carinho deles e como foi tudo de repente, mas acho que ta faltando algo, nao sei.. O que quero dizer é que mesmo com tudo isso sendo meio que complicado, estou amando a ficção, ela é diferente e atrativa! espero por att mais que em breve! bjs
ResponderExcluirTá muito perfeita!!! Meu Deus!!! E como assim o Jake e a PP se beijaram?? Eu amei, mas e a Renesmee?? Só eu que sinto que esse treinamento com os Cullens vai dar em alguma coisa importante? Só não sei se vai ser ruim ou boa... Três palavras: EU TO AMANDO. E mais três: QUERO MAIS ATT. bjj e parabéns por essa perfeição >.<
ResponderExcluirMuito legal. Tô amando
ResponderExcluirTô amando a história ! Espero que vc att bem rapidinho Nina, estou pra ficar louca de curiosidade kk
ResponderExcluirBeijos
Ahhhh, cuma assim eu tô grávida?! o.O
ResponderExcluirOmg, omg, omg... meu gzuis cristinho quando pensamos que já passamos por cada uma, lá vem mais uma bomba. ¬¬
Nossa, estava tão empolgada com meus poderes, me senti a tal. Uhuuu!!!
Depois eu me jogo aquele balde de água fria, eu tinha mesmo que me lembrar que não poderia dar certo com o Jake?! ¬¬
Ainda bem que eu tenho a Emily para me forçar a abrir os olhos, uma hora a ficha cai, não é possível. u.u
Ain, e nada como um bom mergulho de penhasco para relaxar a mente e receber a notícia de que estou grávida. Ahhhh, logo agora que eu encontrei o meu lobo estou esperando o filho de outro?! Ain, tadinho do meu lobinho. Mas espero que esse dois se entendam logo, já está mais que na cara que eles são os escolhidos, todo mundo já percebeu, só os atrasadinhos que não. ¬¬
Amandoooooooo demais, demais!!!
Bjksssssss!!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH . GRÁVIDA!!?!?!? EU SABIIA . na hora qe eu li foi o qe eu penseei . kkkkkkk. Bom Nina começei a ler sua fic hj. Gosto de começar qndo a fic ja está um pouco mais adiantada assim meu comentario pode ser mais que um simples: " Gostei, posta mais". kkkkkk . Bom entao la vaai... realmente a fic está boa . kkkk Adoreei prendeu bastante a minha atenção com essa coisa de "destinado" (adoooro) ainda mais sabendo qe eh com o Jake, isso me deixa muito feliiz. kkkkkk . Falando nisso qe cena eh aquela qndo eles dao o primeiro beijoo . Axeei liinda, super fofa *--* . To aguardado pra saber o qe eles vao fzer agora qe ela tah gravida . Será qe o Fred vai fzer uma visita em La Push . Ixi quero nem ver, ou melhor quero siim neeh . kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirBom estou adorando a fic, muito criativa vc.
Esperando o prox post. Beijooos
OMFG GRÁVIDA?!?!? Logo agora que a PP e o Jake tavam se acertando :(
ResponderExcluirDesculpe por comentar só agora,mas eu prometo que com as próximas att vou ficar comentando direto.
NOW... voltando o assunto anterior rs eu tenho que admitir que gostei dela ficar grávida dá um impacto na fic, Me senti TODA-TODA com os poderes e os Cullens me ajudando, o melhor foi a Rose que é difícil na queda, eu acho que ela gostou da PP.
Fico imaginando quando o Fred e quem sabe os outros do bando vão para La Push, vai ser muito emocionante já que ele ainda ama a PP, imagina o Fred e o Jake disputando a PP( tem quer ser uma sena muito engraçada rsrsrs)para tirar um pouco do TEEENSO.
Bom é isso vou contar os dias para a próxima att. Parabéns amo a sua Fic
Bjus.
Tô in love com a fic, mas essa notícia de gravidez me deixou totalmente surpresa e triste. POXAAAAAAAAAAAA VIDA, eu quero um filho do jacob :\\\\
ResponderExcluirParabéns pela boa escrita e criatividade Nina, vc tá arrazando nas fics hein? haha.
xoxo
Amei esperando os proximos capitulos ♥♥ (Posta Logo?
ResponderExcluirEita! Essa gravidez vai ser tensa hein... A criança vai vir com algum problema pelo que foi falado ne? Ou será q por ser com um alpha, msm que nao seja o Destinado, nao vai ter problema? Humm, curiosa pra saber. E as conclusões que o Jake chegou com seus devaneios, hein... Nessie que se cuide rs
ResponderExcluirAmeiiiiiii. Quero logo att. Perfeito!
ResponderExcluirNossa, que lindo! Você escreve muito bem... Estou totalmente apaixonada pela sua fic, não vejo a hora de mais...
ResponderExcluirEstou amando a sua fic!! Qdo voce posta o capitulo 8??? ;)
ResponderExcluirCoonnntinnuaaa Plaseeee <3 estou amando,quero saber o que vai acontecer to aqui me corroendo já kskskskks
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