7 de outubro de 2012

Doce vingança by Vasquez

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Capítulo 1



O sol quase não aparecia, as nuvens acidentadas o cobria com maestria e o vento gelado abraçava as ruas de Londres.

Completamente protegido em um quarto luxuoso do mais aclamado clube de homens da cidade, Sir Edward fora despertado com mordidas pelo corpo, sentindo a maciez da seda envolta de seus pulsos, lhe dando uma pressão estimulante.

– Hum... Vejo que acordou do longo desmaio – comentou o homem sorrindo, ainda sonolento.

Sua torturadora, era a bela Kate Denali, que vestia apenas um Robe de seda preto mal fechado, dando uma visão perfeita de seus dois montes duros com bicos rosado.

– Finalmente pude despertar do cansaço em que o Senhor fora o responsável! – Disse enquanto vislumbrava o corpo nu do homem a sua frente.
Dona do clube, ela era desejada por vários, talvez por sua altivez, ou quem sabe por ser comparada ao Cisne Prateado devido ao seu cabelo louro platinado, e sua formosura encantadora.

– Sinto-me terrivelmente péssimo, espero que pretenda se comportar de maneira perversa comigo! – disse Edward num tom brincalhão, enquanto admirava as curvas da loira.

– Pode ter certeza, milorde – disse ela com a voz musical e cadenciada, digna de uma atriz da mais alta estirpe.

– Estou em suas mãos, minha cara.

Kate pegou um chicote que estava na cabeceira da cama, segurando em suas extremidades, arfou ao vê-lo, seu corpo nu, convidativo e musculoso, estirado sobre os lençóis brancos; dava uma bela visão de seu pênis, perfeitamente ereto e duro, por toda sua extensão, sobressaindo no pêlo negro e crespo de suas virilhas.

Como ele conseguia ser tão viril e desejoso?

– Sabes que em certos momentos até aprecio objetos como este, mas acredito que nesse caso mereça algo mais criativo! – comentou desafiante.

Apesar de sempre saciar suas parceiras até o apagamento momentâneo como acontecerá com Kate, Edward há muito tempo não se sentia satisfeito o bastante em suas experiências, por isso sempre as estimulava o máximo que podia.
Denali andou pelo quarto pensativa, deixando o objeto fino e negro escorregar pelo seu corpo.
O que poderia fazer para surpreendê-lo?
O que faria esse lendário sedutor libertino se lembrar dela?

Nesse momento olhou um jarro com rosas vermelhas, sorriu quando uma idéia maldosa lhe rompeu a mente.

Andou malignamente até seu objeto desejado.

– Pela forma que seus lábios se abriram, penso que a criatividade lhe atingiu! – comentou Edward sarcástico.

A loira gargalhou alto enquanto retirava uma flor e se encaminhou até a cama, se sentando no estomago do homem excitado, deixando que sua vulva alagada se contraísse ao contado.
Gemeu e passou as pétalas pelo rosto do homem enquanto rebolava, naquele pedaço da carne ardente, escorrendo seu dedo pelo talo da flor, até que um espinho a fez gemer mais alto.

– Hum... me furei! – comentou fazendo um bico sexual.

– Deixe-me ver... – comentou Edward fingindo preocupação, entrando propositalmente na brincadeira que a jovem iniciou.

Ela estendeu seu dedo indicador que possuía uma pequena gota de sangue.

– Que espinho cruel! – comentou enquanto dava beijos no local e a encarava com olhos ardendo em desejo.
– Você nem imagina o quanto ele pode ser cruel! – sussurrou enquanto pegava a flor que estava jogada em seu peito musculoso e começou a acariciá-lo com o talo cheio de espinho.

A sensação do espinho passeando pelo seu corpo deixava-o arrepiado, ainda mais com a mulher latejante se esfregando delicadamente em seu estomago, descendo por sua intimidade, se demorando um pouco no local, para enfim descer por sua coxa, deixando seu pênis ereto a sua disposição.

Com uma leveza surpreendente Kate levou a parte espinhosa da flor e acariciou a sensibilidade do homem a sua disposição o fazendo arfar diante do ato.

Ela o fez gemer alto quando acariciou sua glande para logo em seguida chupá-lo com volúpia.

Edward fechou os olhos entregando-se a habilidade incontestável de Denali. Com os lábios, a língua e os dentes, ela se deliciava naquele membro pulsante, provocando-o a tal ponto que ele hesitava em render-se ao prazer.

– Isso por acaso é um teste? – a questionou gemendo.

Ainda o provocando com os espinhos, retirou sua boca do pênis ereto e o encarou sorridente.

– Fico me perguntando até onde milorde conseguiria resistir!

– Adoraria lhe mostrar copulando com a senhorita... Sabes não sou egoísta... E assim como eu, merece se divertir! – lhe respondeu provocante.

Kate com a cabeça inclinada pra trás deu uma sonora gargalhada.

– Creio que fica complicado para o senhor, nessas circunstâncias, fazer exigências! – respondeu

– Serio? – Com os braços ainda atados atrás da cabeça, Edward girou subitamente e esticou uma perna, envolvendo com ela a coxa de Kate. Apanhada de surpresa, puxando-a pra cima dele.

– Bem, já que insiste... –Kate se estendeu sobre ele, de modo que seus seios acariciassem o seu rosto.

Ele conseguiu prender com a boca o bico de seu mamilo esquerdo, Kate suspirou profundo. Edward, controlando seus próprios apelos sexuais, começou a excitá-la, chupando e mordiscando de leve a ponta do seu seio.

Gemendo, de forma desesperada ela levantou os quadris e começou a esfregar-se nele com uma intensidade voraz.

– Milorde, por favor...

– Por que por favor? – contestou ele com ar de ofendido, mas sorrindo. – Pelo que me lembro... E a senhorita que está no domínio.



Ela se reergueu, ajustando a fenda necessitada sobre o ponto rígido. Edward podia sentir os pêlos crespos de sua vulva úmidos de excitação.



– Isso... Cavalgue-me.



Kate o montou, engolindo o membro bem dotado de Edward com um suspiro de satisfação. Ele inclinou cabeça para trás, soltando um grito ao senti-la macia, úmida e palpitante. Então, levantou os quadris e mergulhou mais fundo naquela fenda escorregadia, fazendo-a gemer ainda mais alto e reagir ao ato, até atingirem um ritmo invejável pra qualquer atleta.



Edward combinava seus movimentos com os dela, dedicando-se a proporcionar-lhe prazer, até que a lúbrica e ardente mulher que o montava foi tomada pelo desejo. Retorcia-se... em fogo... subindo e apertando-se contra ele com uma selvageria animal.

Com um grito incoerente, ela atingiu o êxtase, trêmula e sem fôlego.

Mesmo depois que ela se deixou cair sobre ele com um suspiro, Edward prolongou o momento, permitindo que as pulsantes convulsões se esvaíssem, antes que ele próprio se perdesse.

Inclinando-se para trás ante o explosivo desejo, permitiu que sua luxúria o controlasse.

Ao recuperar os sentidos, viu que Kate ainda estava estirada sobre ele, com a respiração irregular em sua pele suada e fria, e que os lenços de seda lhe apertavam os pulsos, causando-lhe desconforto.

– Você me faria um favor?

Com esforço, ela se levantou para desatar os nós e voltou a cair entre os travesseiros, com os olhos pesados.

– Disseram – murmurou ela num tom de admiração – que você era um homem de paixões legendárias. “Perverso e maravilhoso”, diziam. Agora posso testemunhar que a fama não era exagerada. Mesmo assim, não esperava que você fosse... Tão atencioso.

– Sua reputação igualmente não lhe faz justiça, Kate. Você é a fantasia de todo homem.



– Então, meus serviços foram do seu agrado, milorde?



– Sexualmente satisfeito, embora não plenamente saciado – Edward respondeu com um murmúrio que poderia ser tomado como concordância. Realmente, o desempenho dela não deixava a desejar, pelo contrário, o levando a acreditar que se tratava de algo que estava nele mesmo.



Toda Londres a achava fascinante, a ponto de seus favores serem disputados em duelos. Se ela fosse incapaz de satisfazer a inquietação que recentemente vinha fermentando dentro dele, bem, então quem seria essa mulher?



Edward abriu os olhos e viu que ela o estudava. Sem dúvida, estava calculando que remuneração poderia esperar dele – casa, carruagem, criados, jóias.

– Compreendo – começou ela, com cuidado – que atualmente você não tem encargos com uma amante, não é mesmo?

– E como você poderia não saber disso? – replicou ele secamente, referindo-se ao escândalo provocado pelo fim de sua última ligação amorosa.

– Esse foi durante dias o tema das conversas na cidade.

– Alguns comentários provavelmente receberam retoques.

– Talvez. Mas, ainda assim, deve haver alguma verdade nos boatos.

– O que exatamente você andou ouvindo?

– Que, quando você dispensou Lady Stanley, ela ameaçou atirar-se no Tâmisa, e que você se ofereceu para conduzi-la até o cais em seu próprio coche.

– Simplesmente me ofereci para levá-la para sua casa. Ela estava muito perturbada – disse ele, rindo ao se lembrar do fato.

– Imagino que essas cenas devem aborrecê-lo – disse Denali. – Isso acontece comigo. Você não deve apreciar nem um pouco ver nobres damas desmaiando à sua frente e declarando-lhe seu amor eterno.

– Posso lhe garantir que aquela dama não estava apaixonada por mim.



– Diz-se ainda que milorde partiu muitos corações femininos. - Em resposta, ele apenas murmurou algo indefinível.



Com um gesto sensual, Kate afastou da testa uma mecha de cabelo que se soltara, dizendo:



– Moral da história: não entregue seu coração a um libertino.



– Sábia filosofia – disse Edward com os olhos frios, suavizados pelo costumeiro sorriso torto – mas eu acrescentaria: jamais entregue seu coração.




{...}

– Pensei que jamais fosse sair daquele lugar!

Mal Edward adentrou em sua casa escutou a voz de sua irmã mais velha.

A beleza era algo indiscutível na família Cullen, Sir Edward Cullen era alto, cabelos cobre, um olhar esverdeado e sedutor, possuía lábios finos e expressivos, e quase sempre deixava a barba por fazer. Era alto e tinha o corpo levemente definido, devido a exercícios matinais.

Rosália era a beleza angelical em pessoa, cabelos dourado, olhos azuis, lábios carnudos e uma pele de porcelana invejável, assim como seios fartos, cintura fina, fazendo com que simples vestidos ficassem glamorosos, deixando as mulheres da sociedade londrina enfurecidas, pois era nítido os olhares masculinos em sua direção.

– Estou vendo um anjo? Será que já morri? – disse Edward fingindo surpresa ao vê-la.

– Você sabe que comigo galanteios não servem! – brincou a jovem Condessa Thompson sorridente fazendo seu irmão gargalhar.

– O que posso fazer se a mais bela e encantadora das mulheres, a única que poderia domar este coração nascerá sendo minha irmã? – fez uma feição desolada.

– Uma cena digna de teatro! – comentou o Conde Thompson que até então estava “escondido”.



Emmett Thompson era um senhor de 34 anos, musculoso e viril, brigou com o mundo por causa de sua escolha, porém sempre fora decidido e determinado, jamais se deixou influenciar por qualquer comentário sobre a jovem que escolhera como sua esposa, ganhando o respeito e admiração de seu cunhado, que apesar de ser 5 anos mais jovem, deixava qualquer senhor pra trás quando o assunto era conquista feminina e financeira.



– Caro Conde nem ao menos o vi! – respondeu com uma aceno de cabeça cordial.



– O que esperava, cortejando minha senhora?! – respondeu sorrindo.



Uma brincadeira típica dos dois, que deixavam a todos enojados.

– Vocês dois com esse comportamento infantil já me deixaram em situações embaraçosas! – falou a condensa sorrindo.

– Situações estas que se divertiu! – lhe disse o conde beijando delicadamente o topo de sua cabeça.

– Confesso, é impagável as expressões aterrorizadas das senhoras dignas e nobres da região! – respondeu à loira fazendo os dois homens de sua vida gargalhar.

Como já se passava do meio dia acabaram por almoçarem juntos.

– Fiquei sabendo que Alice está voltando pra cidade! – comentou Rosálie assim terminou sua comida e limpou os lábios com o guardanapo de tecido.

Edward a encarou por alguns minutos.

– Sim. – deu um suspiro – Acredito que já esteja na hora de lhe arrumar um marido.

Alice Cullen era uma donzela de 17 anos, possuía uma beleza angelical e doce como o de sua irmã, porém seus cabelos longos e finos eram negros e seus olhos azuis como o céu.

A jovem passou grande parte de sua vida em Alcester, Four Lions onde a família Cullen possuía uma quantidade considerável de terra, podendo assim expandir o cultivo de rosas.

– E o que ela acha disso? – questionou a loira firme.



Sir Cullen lhe lançou um sorriso zombeiro.



– Cara irmã, Alice não tem que achar nada. Já decidi, assim que chegar contrato uma dama de companhia para auxiliá-la. – respondeu com altivez.



– Acredito que não seja o momento... – comentou a loira fugindo do olhar de seu irmão.



Edward vagou seus olhos entre o conde e sua irmã, se questionando o que havia de estranho com eles.



– Não com minha irmã tendo contado com sua nova companheira!

Assim que Rosálie complementou sua frase Sir Cullen compreenderá o medo de sua irmã, porém não mudara de idéia.

Como ele suspeitara o assunto se espalhou rapidamente pela cidade.

Definitivamente o barão iria começar a se arrepender do dia em que se meterá em sua família.

– Sabia que tinha algo por trás de sua aparição repentina!

– Sempre que posso venho lhe ver! – retrucou a jovem levemente ofendida.

– Não sem avisar!

Um silêncio perturbador se estalou no local, até que Edward decidiu quebrá-lo.

Estendendo sua mão até segurar firme a de sua irmã ele fez sua irmã encará-lo.

– Sei o que estou fazendo. – lhe deu um sorriso meigo – E assim como cuidei de você irei cuidar de Alice!

– Eu espero! – disse Rosálie sorrindo triste para seu irmão.

{...}

Olhou seu relógio, já passava das 16:00 horas, o colocou em seu palito e começou a andar de um lado a outro, ele não gostava de atrasos.

Inferno!

Seguiu até a cozinha e fora incomodar Esme, uma senhora de idade rechonchuda que trabalhava há três anos para o jovem Cullen, mas que o tratava com tanto cuidado que parecia bem mais tempo.

– Não se preocupe, Sebastian irá trazê-la! – disse enquanto colocava as verduras na água para preparar a sopa que serviria mais tarde.

Sebastian era seu cocheiro e homem de confiança, sabia que se fosse preciso iria trazê-la nem que fosse amarrada.

Silenciosamente encheu um copo com água e o tomou agressivamente.

Que estava acontecendo com ele?

Por que esse nervosismo todo?

Por que essa pressa em conhecê-la?

Seguiu até seu escritório e fora tentar examinar mais uma vez os relatórios que estavam em sua mesa.

Foi então que o som característico de seus cavalos puxando seu carro o chamou sua atenção. Levantou-se e espiou da janela.

Viu Sebastian sair da carruagem, abrir a porta e estender sua mão, ajudando-a a sair do carro.
dward arfou com fez quando a viu pela primeira vez em Hyde Park.

Era de uma beleza delicada que o fascinava.

Sua pele branca como a neve era perfeita para ressaltar seus olhos negros levemente puxados, seus lábios finos e avermelhados, seu nariz pequeno e afilado, seus cabelos negros preso em trança simples, com alguns fios soltos e encaixavam, formando sua sutil perfeição.

Ele sorriu ao vê-la, desejando que o momento em que ela iria implorar pelo seu toque chegasse!



Capítulo 2


O vento gélido ia de encontro à face da doce , seus olhos inchados a deixava em uma aparecia decadente, ainda mais com o seu cabelo mal arrumado, em uma trança feita as presas.

Olhou para a fachada com melancolia, pois embora fosse uma magnífica residência na moderna Mayfair, ela era de Sir Cullen, e isso já bastava para fazer da tristeza a sua companhia.

Com um nó na garganta, colocou o capuz da capa escondendo seu rosto e os fios negros de seu cabelo.

Olhou em volta temendo ser vista, uma lady de respeito não visitava o lar de um cavalheiro, ainda mais um que possuía a distinta reputação de lorde Cullen.

Entretanto o seu receio se foi após alguns segundos, lhe pareceu bobo e sem propósito, a essa altura toda a cidade já tinha conhecimento do que seu pai fizera na noite passada.

E estava ali não só para visitar, e sim para se instalar.

Suspirou pesadamente e com o resto de orgulho próprio que ainda possuía caminhou lentamente em direção aos degraus de mármore até a majestosa porta principal.

Um mordomo lhe recebeu, e com uma postura admirável inclinou seu braço para que a jovem seguisse em direção ao salão principal.



Como não tinha opção aceitou a oferta sem pestanejar.

Ao entrar no salão deixou cair o capuz, abismando-se com a elegância do local, que revelava bom gosto e riqueza. Sorriu internamente, pois algo dentro dela gritava com uma certeza irritante de que as portas do inferno não teriam sido mais atraentes.

Odiava aos nobres libidinosos, pois sabia que eram crápulas de primeira classe. Ainda mais quando se tratava de lordes que eram integrantes da tão conhecida Liga do Demônio, uma corporação de depravados, da classe nobre e burguesa de Londres.



E é claro que Sir Edward Cullen era membro participante da corporação, sendo ele o presidente.

Mas o que poderia ela fazer?

Ainda ontem estava organizando seu enxoval, idealizando o dia em poderia se tornar mãe, e hoje, estava sendo jogada ao precipício, sem garantia alguma de sair inteira.

Momento depois passos lhe chamaram atenção, apareceu no salão um jovem cavalheiro, era moreno e alto, a roupa que lhe cobria lhe caia muitíssimo bem, e apesar de se inclinar cortesmente era perceptível que a inspecionava atrás de seus óculos.

Por um segundo chegou a imaginá-lo como Lorde Cullen, porém o achou simplório demais.

– Lady ? Sou Billy Black, secretário de sua senhoria.

Sorriu timidamente e acenou positivamente com a cabeça. Pelo menos por hora estava livre do impudico.

– Vamos, milady. Tem a bondade de me seguir?

Com certo receio subiu a ampla escada, passando por um corredor decorado com quadros caríssimos, até parar em frente a uma porta que logo o secretário abriu e lhe apresentou como sendo “seu” aposento.

observou ao entrar que o local era amplo, com uma decoração requintada em cor branca e dourada, com moveis de rico mogno. No centro havia um enorme leito cujas roupas estavam bem esticadas.

Sentiu acelerar os batimentos de seu coração, pois no momento em que avistou a cama se imaginou com outro alguém ao seu lado.

Respirou fundo.

Toc Toc

tremeu de susto.

Ao se virar se deparou com a criatura mais linda que já vira na vida encostado na porta com os braços cruzados e com um sorriso torto nos lábios, olhando-a faminto.

Deu um só passo pra trás e se deteve bruscamente.

Ela nunca o virá, porém teve total convicção que estava frente o frente com o perverso cavalheiro que mudará sua vida.

Ele possuía a aparência de um deus grego que somado a sua fama e ao fato de estarem sozinhos num aposento intimo fez seu coração acelerar ainda mais.

Será que ele iria exigir que ela se deitasse como ele agora?

pouco sabia sobre a intimidade de um casal, e o que tinha conhecimento, fora o que seu pai lhe disse pela manhã, depois da noticia de que a tinha perdido em uma mesa de jogo.

Fechou os olhos em um sinal de fraqueza, querendo apagar o que vivenciou horas atrás e quando os abriu encontrou duas esmeraldas vivas lhe encarando.

– Te perturbo lady ?

Engolindo seco fez um esforço sobrenatural para lhe respondeu.

– Certamente não... Somente gostaria de saber a quem estou dirigindo a palavra!

Ele sorriu abertamente e com passos lentos se aproximou da jovem, sempre com o um olhar intenso e devastador, como sinônimo de uma ameaça do que estava por vim, ainda mais quando desceu seu olhar para examinar seus seios, ela sentiu como se tivesse sido tocada, lhe arrepiando a pele.

Ficou imóvel e conteve a respiração enquanto seu elegante dedo riscava um atalho leve como uma pluma para o vulnerável local.

Que sensações eram essas? Perguntou-se .

Ela tentou fechar os olhos, porém não conseguiu, mordendo nervosamente o lábio inferior viu-o contemplando-a durante uns momentos.

– Acredito que sabes quem sou... Porém como é de bom tom... Sir Edward Cullen.

suspirou pesadamente.

Percebendo que ela ficara em silencio, Edward a examinou com curiosidade, se questionando quando em sua vida esteve tão excitado com a simples presença de uma mulher.

Em sua rápida analise, duvidava que fosse uma tola.

Era evidente sua timidez e seu decoro, porém devido à família que pertencia imaginava que a jovem já deveria estar acostumada aos escândalos, e que já deveria ser perita no quesito.

Um pai leviano e incapaz de se manter longe das apostas, uma irmã viúva a beira da ruína devido ao marido depravado, eram uns dos comentários mais bondosos que ouvira.

Definitivamente os ’s carregavam a vergonha sobre os ombros.

Porém algo em seu olhar a deletava, o fazendo questioná-la.

– Teme-me, lady ?

– Considerando a fama do senhor, seria muito imprudente de minha parte não temer.

Ele sorriu, apreciando o fato dela ser verdadeira, entretanto sentiu uma pontada de desgosto.

Às vezes ser temido era fabuloso, entretanto no quesito luxuria, temer era uma opção descartada.

– Não tem razões para ter medo de mim. – falou sorridente.

– Disse o lobo faminto ao cordeiro. – com a cabeça inclinada pra trás Edward gargalhou abertamente.

Estava certo, quase nunca errava em ler uma pessoa, era tímida e recatada, de certo modo inexperiente, porém não tola, e sua afiada língua lhe provava isso.

Sobressaltou-se quando ele levantou lentamente a mão para tocar sua bochecha acariciando o local de um modo devastadoramente intimo, como se conhecessem a um longo tempo.

. – Cullen pronunciou seu nome com doçura, em um tom que era como uma carícia por todo o seu corpo.

Ela elevou o olhar e seus olhos se encontraram por um segundo, olhou seus lábios e se sentiu inerte, e antes mesmo que pudesse se conter, pensamentos impróprios tomaram conta de sua mente, mas como não reparar, ele tinha uma formosa boca, com uma aparência chamativa, mais até que qualquer morango vermelho e suculento.

Ficou rígida enquanto ele se inclinava lentamente para tocar sua boca com delicadeza sobre a dela.

O contato foi leve e rápido, um simples roçar de sua carne contra a carne dele, entretanto ela sentiu como se a marcasse. Estremeceu, e quando ele levantou a cabeça, ela pôde ler a satisfação em seus olhos esverdeados.

Com sinal propositalmente descuidado, Edward deu um toque na gola de sua capa.

– Deve esta sentindo calor com tanta roupa. Não necessita disto, verdade?

Sua voz era uma melodia rouca, como uma suave carícia.

Ela o olhou confusa incapaz de compreender ou formular uma pergunta.

– Tiraria a capa por mim?

– Por quê?

– Porque desejo verte.

O medo a abraçou terrivelmente. E como era de se esperar ele percebeu, pois a olhou atentamente, esperando... Deixando-a confusa.

O que ele faria? Ela não sabia o que esperar, o que pensar, sobre um famoso libertino, porém fazia pouca diferença, uma vez que, tinha ganho o privilégio de despi-la se assim o desejasse.

Com os dedos trêmulos, desabotoou os botões de sua capa lentamente, chegando a ser ridícula a forma desengonçada que agia.

Ainda indecisa, não soube o que fazer assim que se viu livres dos botões que prendiam a vestimenta, porém antes que se decidisse, dedos firmes agarrou o tecido de seus ombros, o fazendo escorregar pelos seus braços e o deixou suavemente sobre a mesa.

– Confesso minha decepção – murmurou enquanto examinava seu singelo vestido de lã merina cor rosa. - Prefiro muito mais trajes elegantes, um que seja capaz de fazer justiça ao contorno presente no corpo feminino. – Avaliou-a por mais alguns segundos - Bem resolveremos este pequeno problema mais tarde. Vem, sente-se comigo um momento.

Agarrou-a com firmeza pelas mãos e a conduziu a espreguiçadeira. se sentou rígida, conteve o fôlego e sentiu que seu coração pulsava agitado. Iria requerê-la ali mesmo, naquele momento?

O rosto de Edward estava perto do seu, cada traço daquele homem agia como um poderoso magnetismo, e antes que pudesse pensar em fugir, encontrou-se olhando sua boca, aquela boca chamativa e de formato cativante.

Edward se sentiu ainda mais excitado, porém permaneceu imóvel.

Era ciente de seu desejo por ela, assim como do risco que correria se agisse de forma precipitada, até porque, queria tê-la, não violentá-la, ele jamais esteve em cima de uma mulher sem que a mesma não o desejasse.

O que o levava para um único caminho: SEDUÇÃO.

Seu instinto masculino e sedutor lhe dizia que ela ainda estava com medo... O que demonstrava o quão vulnerável era.

Enfim seu controle seria posto a prova, pois com ela deveria avançar devagar, aguardando o dia em que decidisse responder com liberdade. Entretanto, sabia, a conquista do tesouro final valeria apena o esforço.

Decidiu que ela merecia um momento só, porém antes iria começar a sua campanha, para domar seus medos e conquistar sua confiança, antes que suas sombrias imaginações a dominasse, fazendo dele cada vez mais um mostro malvado e pervertido.

E não haveria melhor forma de convencê-la do que a fazer provar um fragmento do prazer que podia lhe dar, de modo que começasse a ver que, ele não era o diabo que pintavam.

O doce aroma de invadiu seu olfato, mas com férreo domínio se obrigou a controlar seus desejos.

– Quer me olhar, querida?

Ela acessou a contra gosto e ele prosseguiu naquele tom inebriante.

– Certo. Sou igual a você, nunca enfrentei uma circunstância tão particular. Teremos que improvisar.

se assustou, imaginava que ele já teria armado tal ato com outras donzelas, olhou em seus olhos buscando algo que o desmentisse, mas o que viu foi algo quente e terno naqueles olhos que acalmavam-na de seu pânico, de uma forma estranha.

– Queria voltar a te beijar. Negar-me-ia um beijo?

Ela viu tudo a sua volta rodar.

– Dá-me alguma opção, milord?

– Claro que sim. – Sorriu – Quero que a senhorita entenda uma coisa, jamais irei tocá-la sem seu consentimento. A escolha sempre será tua.

buscou por mentiras em seus olhos novamente, mas não encontrou
nenhuma. Ele estava prometendo não tomá-la contra sua vontade.

Talvez tivesse sido sincero.

Ao ver que não respondia, acariciou sua bochecha.

– Têm uma pele suave como pétalas de rosa...

Passou o polegar pela sua boca provocando-a. Algo dentro dela gritava para que mover-se, fugir de sua proximidade, mas outra parte de seu ser, se sentia maravilhada pela intensidade de seu olhar, e por algo que ela não compreendia.

Edward colocou os dedos pelos lábios úmidos e separados, deixando-a fora de orbita.

– O que responde, pequena ? - Inclinou o rosto da moça para ele - Me beijará?

Sua voz a confundia, era uma caricia envolvente que enfraquecia suas defesas.

Tinha o conhecimento de que era necessário proteger-se daquele homem e, entretanto... Estava desejando por algo que não sabia exatamente o que era, somente desejava que não deixasse de tocá-la.

– Sim... — murmurou.

Ela nem ao menos se deu conta das palavras saindo por seus lábios, porém antes que pudesse se corrigir, ele agarrou-a pelo rosto com suavidade, com infinita ternura, a fazendo esquecer de seu protesto.

observou encantada como suas pestanas escureciam seus olhos, os deixando-o mais atraente, seu fôlego deslizou pelos seus lábios e logo sua boca se posou na dela com a lenta e segura pressão da experiência.

Sentiu-se alienada por uma onda de sentimentos quentes e inexplicáveis. O beijo era um lânguido e íntimo conhecimento de sua boca que levava sua respiração.

Ao vê-la tão entregue, Edward introduziu a língua entre seus dentes em uma invasão dominadora.

O sabor dele era adorável. Ela pressionou instintivamente o peito do homem com as mãos sentindo os firmes músculos sob os dedos, o calor de seu peito, e percebeu o aroma extremamente masculino que ele tinha, quente e almiscarado.

Sua língua brincava em uma dança lenta, calma e erótica enquanto continuava com os toques macios de seus dedos.

sentiu vagar em um mundo desconhecido, onde só existia o seu gosto de encontro ao seu, sua suave acaricia em seu rosto, sua nua clavícula, seu ombro...

Um momento depois seus dedos desciam sobre o decote quadrado de seu vestido. Ela ficou tensa, o que ele estava pensando em fazer? Porém antes de processar sua pergunta interna, sentiu seu sutiã sendo empurrado para baixo, deixando seus duros e empinados seios sobre sua camisa e espartilho.

– Não tema, pequeno cordeiro... – ouviu sua melodiosa voz longínqua, tranqüilizando-a.

Edward inclinou lentamente a cabeça, seguiu com seus lábios o caminho que tinham percorrido seus dedos, e suas suaves carícias a fascinavam.

Agitou-se enquanto ele baixava sua camisa.

Sentiu sua respiração de encontro ao seu seio... E de repente ficou rígida.

O que aconteceria agora?

Ficou sem fôlego, jamais imaginou algo assim, ele beijou seus seios lentamente, lhe provocando sensações desconhecidas que estava sentindo. Suspiro pesadamente ao ver que ele sugava seu seio. Não pôde evitar a vergonhosa sensação, o descarado calor que sentia...

Quando o homem passou delicadamente sua língua em seu sensível mamilo, se estremeceu.

Embriagada pelas sensações se assustou quando sentiu um pulsar entre suas coxas.

O que ele estava fazendo com ela? Questionou-se abobalhada.

Percorreu com maestria seu suave monte com seus lábios, sugando-o.

Edward seguiu excitando-a, brincando com seus seios através de sua vermelha e quente língua.

se curvou para ele, desejando cada vez mais a sensação que estava sentindo, um prazer que acendia todo seu corpo.

Gemeu diante do ato.

Ao ouvi-la, Edward deixou de saborear seu mamilo, olhando-a ainda mais faminto, voltando a encarar sua boca para domá-la com um beijo quente e sôfrego cuja inesperada fúria provocou nela um gemido de satisfação.

Apoiou de modo involuntário as mãos contra os ombros de Edward querendo mais do que ele estava lhe oferecendo.

Porem subitamente, lorde Cullen pareceu pensar melhor e, de modo inexplicável, interrompeu o beijo.

Encostou sua testa contra a dela e soltou uma satisfatória gargalhada.

Uma onda de vergonha tomou conta de .

Ela não poderia ter permitido que aquilo acontecesse, agiu como uma leviana, somente uma rameira cometeria tal pecado.

Cullen inspirou profundamente, mas sua voz rouca surgiu em um tom frio.

– Me perdoe. Por um momento me deixei levar.

o olhou atentamente, porém não conseguiu compreender o sorriso que via em seus lábios.

Foi então que a realidade a invadiu, desviando seu olhar do de lorde Cullen, procurou rapidamente organizar seu desordenado sutiã, com uma dificuldade desanimadora, fazendo com que Edward a ajudasse.

Assim que estava vestida descentimente, desviou sua face, olhando ao longe pela enorme janela do quarto.

Edward se levantou.

– Seria interessante discutirmos os detalhes de “nosso” futuro —disse com ar despreocupado.

Depois de alguns segundo ela o encarou novamente.

– Como quiser.

Quando ele a olhou, percebeu que seus olhos tinham perdido o calor de momentos antes, e decidiu que chegara o momento de deixá-la com seus pensamentos.

– Chamarei uma criada para lhe ajude - ofereceu ele.

– Posso perfeitamente cuidar de mim mesma, milord.

– Acredito que não seja necessário continuarmos com os títulos, o que achas?
Meu nome é Edward, e prefiro que me chame assim.

– Muito bem..., Edward

– Eu gosto desse som em seus lábios.

Foi impossível Edward segurar um sorriso provocador, fazendo-a recordar da intimidade que protagonizaram, deixando-a vermelha.

Percebendo a vergonha dominando-a Edward agiu

– Esteja segura que não quero lhe fazer mal —murmurou

– Somente desejo seduzir-te.

Ela engoliu seco, temendo que tudo aquilo resultasse em sua ruína.

Edward se aproximou e beijou delicadamente sua mão, nunca deixando de olhar em seus olhos.

– Espero-te para a ceia!

Lhe presenteou com um sorriso torto e se retirou do quarto, deixando-a atormentada com seus pensamentos.

Assim que saiu do quarto que disponibilizou para a jovem, Edward seguiu até seu dormitório, deixou seu corpo encostar-se na parede e fechou fortemente seus olhos enquanto recordava o sabor, a sensação de seus delicados seios... E sua própria reação... Um simples abraço o tinha deixando louco, excitado de modo selvagem... Esteve a ponto de perder a cabeça...

Edward se excitou ainda mais enquanto imagens da mulher vagavam diante de seus olhos e sua mente... Foi impossível não imaginá-la nua em sua cama, se curvando de deleite, enquanto ele explorava os mistérios de seu corpo fogoso... Sim, ela era fogosa, somente precisava ser despertada, e ele não teria problema algum em fazê-lo!

– Tome cuidado – sussurrou pra si mesmo, cuidadoso com as sensações quentes que passavam pelo seu corpo e mente.

Porém algo o deixava inquieto, o que diabos ela tinha de tão especial?

A tinha desejado assim que a viu pela primeira vez, porém tinha em mente que era somente a vingança que o dominava, mas depois de beijá-la, de saboreá-la... Algo o fez mudar de pensamento...

Ele a queria, o seu corpo a desejava, pulsava quente e necessitado por ela.

Edward temeu que talvez sua atitude se revelasse contra ele.

Será que devia realmente sentir arrependimento? Será que deveria voltar atrás.

Porém era tarde demais pra voltar atrás, agora teria que enfrentar as conseqüência, pois desejava sua entrega, seu corpo quente e disponível sob o seu, desejava ouvir seu nome saindo de seus lábios, desejava-a... Essa era a cruel e saborosa verdade.

– Realmente é um prêmio que vale a pena ganhar, meu pequeno cordeiro!

Edward sorriu torto, o jogo da conquista o fascinava, se deliciaria em lhe ensinar a satisfazer os desejos de um homem!

[...]


As horas passaram com uma rapidez assustadora, arregalou os olhos ao avistar o céu de Londres completamente escurecido, o que deixava o clima ainda mais gélido, ajudando a deixá-la mais apreensiva.

O tempo estava se esgotando, logo teria que ficar novamente frente a frente com Lorde Cullen, o pavor do que poderia fazer e o que poderia acontecer penetrava sua mente, sem qualquer aviso.

No pouco tempo em que estivera com ele, aprenderá uma lição de alta relevância: era um terrível engano apreciar seus detalhes muito de perto, pois seu perfil era masculinamente estonteante, o que combinado a sua melodiosa voz, mandava embora sua razão e princípios que lhe foram passados.

Em outras palavras, se tornará uma rameira da pior estirpe.

TOC TOC

O som assustou-a, se virou lentamente, avistou a porta de madeira respirando fundo.

Com passos lentos e trêmulos se aproximou da porta abrindo-a lentamente.

Um suspiro de aliviou saiu de suas narinas, o que não passou desapercebido pela jovem colaboradora de Edward, a mesma que mais cedo lhe trouxera água quente para sua limpeza.

– Milady, Sir Cullen mandou chamá-la.

analisou-a mais uma vez, loira, traços delicados em uma face arredondada, corpo miúdo, e podia apostar que era bem magra, uma vez que, a roupa de serviço azul escura que usava deixava qualquer uma mais encorpada.

Será que já havia se deitado com Lorde Cullen? Perguntou-se mais uma vez.

lhe sorriu tremula.

– Obrigada, diga que estou indo.

A jovem fez uma reverência e se retirou.

Assim que fechou a porta do quarto escorregou pela madeira, sentando-se no chão e abraçando os joelhos.

O que aquele libertino estava pensando em fazer?

Era a única coisa que navegava em sua mente.

No andar principal, Edward sorriu quando Judith lhe contava cada detalhe da reação de .

Lorde Cullen era um conhecedor nato da espécie conflituosa que atormentava a maioria de seus amigos.

Ela estava confusa, e isso era o seu primeiro passo vitorioso, não demoraria muito para tê-la debaixo de si.

– Espero que este sorriso brincando em seus lábios não seja algo maldoso que pretenda fazer!

Rose estava posicionada confortavelmente no sofá, ao lado de seu companheiro, Conde Thompson.

Ambos analisavam Lorde Cullen cuidadosos, temiam pelo “fim” da jovem . Tinham quase certeza, ela não sairia nada feliz dessa história.

– Ora, porque me tomas?

O sorriso nos lábios de Edward era malignamente cínico.

Rosálie revirou os olhos e nada disse.

– Doce Rose, não diga que esteja tentada em ajudar uma ? Esteja certa, irei tratá-la melhor que alguém rameira, melhor do que uma descendente daquele ser impuro mereça.

A saliva desceu rasgando pela garganta da condensa, as lembranças até pouco tempo a perturbavam, seu irmão estava certo, nenhum merecia qualquer consideração.

Mas porque ela estava receosa?

Porque o futuro da jovem que nem ao menos conhecia, que não tinha qualquer estima a deixava entristecida?

Passos se aproximando trouxe-a de volta, olhou a face de seu irmão, um sorriso discreto estava presente.

Talvez se encarasse lady todo aquele sentimento desapropriado sumisse de dentro de si.

– Que formosa estas lady !

Assim que chegou a sala percebera duas pessoas a mais no ambiente. Suspirou, olhou-o firme, fingindo altivez.

– Obrigada.

Entretanto teve certeza, da maneira que sua voz escorregou pelos seus lábios, não enganaria nem cego.

– Adoraria que conhecesse dois ilustres convidados! – comentou Edward.

Com passos seguros e dominadores, aproximou-se de , envolvendo sua cintura com um de seus longos e fortes braços, direcionando-a ao centro do salão.


– Estes são: Conde e Condensa Thompson!

Emmett educadamente se curvou diante da jovem, enquanto Rosálie analisava qualquer movimento que saísse da .

A surpresa invadiu , soube pelo seu pai quem eram os Thompson, e jamais idealizou que o diabólico Cullen lhe apresentasse a sua irmã e seu cunhado.

O que isso queria dizer?







Capítulo 3



estava encostada na parede com o olhar fixo na entrada da casa, observando Sir Edward se despedir de sua irmã e do conde Thompson.



Apesar da mesa de mogno ser imensa, com um par de altos candelabros de prata enfeitando o centro, jogos de cristal, porcelana da China, e uma comida divinamente perfeita, a noite não fora nada animadora, não pelos cavalheiros, que até tentaram com suas gargalhadas e assuntos leves alegrar a noite, entretanto o olhar analisador de Rosálie sobre deixará a jovem ainda mais perturbada, procurando forçar sorrisos e expressões amistosas durante todo o jantar.



Quando o casal resolverá deixar a casa, Lady teve que conter um suspiro de alivio, pois não poderia garantir nem a si mesma o controle de seus atos se a condensa continuasse lhe olhando daquela maneira.



Com o intuito de mandar embora este incomodo que sentira a noite toda buscou em sua mente algo que pudesse ocupar-se, o que acabou sendo um grande erro, pois a única coisa que se fixou em seus pensamentos fora o quanto o belíssimo smoking azul que Sir Edward usava moldava sua silhueta esbelta e musculosa.



se sentia atraída por ele sem nem ao menos entender o que isso significava, cruzou a elegante sala em silêncio, tentando evitar que seus olhos o capturassem por mais alguns minutos, pois não poderia garantir domínio de seus atos.



Como pôde se tornar manipulável em algumas horas?



Se havia algo que poderia se orgulhar, era de sua personalidade forte, porém agora fugia como uma gata medrosa e acuada.



Fechou os olhos e suspirou pesado por alguns segundos, assim que os abriu virá um lindo jarro com rosas brancas, deixando o local ainda mais exuberante.



Aproximou-se, e instintivamente inspirou o cheiro que emanava da linda planta, era um perfume inebriante e a maciez das pétalas era melhor que a seda verde que estava lhe cobrindo.



– Você gosta das rosas, ?



A jovem levou um susto quando uma voz diabólica se apropriou do ambiente.



Assim que se recuperou encarou o ser a sua frente.



– Muitíssimo.



observou Edward se aproximando, seu pulso acelerou vergonhosamente.



– Talvez algum dia lhe mostre o quanto rosas são fascinantes!



O silencio se instalou por mais alguns minutos, Lorde Cullen analisava-a cuidadosamente, tentando capturar qualquer resposta ou sinal.



– Qual é sua avaliação sobre minha irmã? - Perguntou com uma despreocupação que parecia fingida.



Ela vacilou não desejando demonstrar seu desconforto.



– Muitíssimo requintada.



Edward lhe sorriu como se lesse nas entrelinhas tudo que quisera esconder, seguiu até a mesa e encheu duas taças de vinho, aproximou-se de e lhe estendeu uma educadamente.



analisou a atitude de Sir Edward e se lembrou da conversa que ouvirá a algum tempo entre duas criadas em sua casa.



– O vinho é parte de sua emboscada para seus avanços?



Ele a examinou por um longo momento, segurando-se para não gargalhar.



– Lhe garanto belo cordeiro, quando chegar o momento não necessitarei de vinho para isso.



E sorriu terno e encantador dominou seus lábios o deixando ainda mais tentador.



– Até porque desejo-te em pleno domínio de seus sentidos... – Levantou sua taça e engoliu uma boa quantidade, para lhe sorrir e completar o que estava lhe dizendo - É melhor para desfrutar o momento.



Um constrangimento dominou .



– Lhe diverte meu constrangimento, milord? Agrada-te zombar de mim?



Ela pensou que o famoso libertino fosse se aproveitar de sua resposta para lhe zombar mais uma vez, entretanto ele se aproximou da campainha para chamar o mordomo que lhe recebera mais cedo.



– Tenha a bondade de fazer vir à senhora Wilson, Seth.



– Certamente milord – repôs o majestoso mordomo.



aguardou perguntando-se por que ele mandou chamar essa senhora, quem era ela, o que tinha haver com a conversa?



Assim que a senhora chegou parecia surpreendida.



– Chamou-me, milord?



– Milady está é Esme Wilson minha governanta – voltou-se para a senhora Wilson – Tem a chave do quarto de lady ?



– Sim, milord. - Tirou o gigantesco molho que carregava em sua cintura. – Levo as chaves de todos os aposentos da casa.



– Pode entregar-me, por favor?



O que a governanta iria fazer? Fez o que sua senhoria pedira.



– É a única chave do quarto? – perguntou Lorde Cullen



– Sim, milord.



– Obrigado, Esme, isso é tudo. – o sorriso meigo que saíra dos lábios de Edward para a governanta não passou desapercebido por Lady .



Será que a senhora Wilson era uma de suas amantes? Perguntou-se , entretanto duvidou quando analisou a governanta.



O que aconteceu entre eles? O porquê desse carinho estampado no olhar de ambos?



– Com licença! – disse Esme se retirando do salão.



Assim que ficaram sozinhos, Edward estendeu sua mão a com a chave dependurada.



– Guarde em seu poder belo cordeiro!



Ela não estava acreditando no que estava acontecendo, buscou em seu rosto algum indício de estivera enganando-a, mas não o encontrou.



Edward lhe sorriu amavelmente.



– Será a ultima vez que repetirei isso. Não precisa temer nenhum ato forçado de minha parte. Posso ter numerosos defeitos e alguns pecados, entretanto nunca forçaria uma mulher que não me deseje.



Ainda receosa capturou a chave.



Edward se aproximou para tocá-la, que por sua vez estremeceu-se diante de contado singelo em sua bochecha, olhando-a intensamente.



– Só sou um homem, não um monstro – murmurou roucamente – Chegara o dia em que me aceitara, o dia em que não irá enxergar um lobo em meu lugar.



Deu-lhe um beijo rápido em sua bochecha rosada e com um suspiro pesado sentou-se em seu sofá.



– Vá dormir. – lhe disse enquanto analisava qual seria sua reação.



– Dormir? – perguntou alarmada.



Edward revirou os olhos.



– Sozinha. É livre para ficar sozinha. Não te pedirei para compartilhar seu leito. – lhe sorriu diabolicamente – Aguardarei até que me convide.



Temendo que mudasse de idéia lhe desejou boa noite e seguiu até seu aposento, certificando-se de fechar bem a porta, tudo o que não queria era que algum mal entendido ocorresse.



Olhou em volta, os abajures estavam acesos iluminando seu leito, os lençóis bem arrumados eram um convite para abraçar seu sono, como se pudessem mandar embora qualquer desconforto que sentia.



Entretanto, a única coisa que conseguia fazer era tentar amenizar o calor que estava sentindo. Seguiu até as cortinas, abriu-as deixando que a luz da noite adentrasse o ambiente.



Durante algum tempo permaneceu diante da janela, observando o silencioso jardim lá em baixo e deixando que a paz acalmasse seus nervos.



Por fim se voltou e apagou os abajures.



Na semi-escuridão tirou o vestido e vestiu uma camisola de cambraia, perguntando-se secamente o que pensaria Damien de sua modesta camisola.



Com um balançar de cabeça buscou afastar esse pensamento.



Deitou-se em sua cama e vagou no dia tumultuado que passou, sem ao menos perceber o sono lhe envolveu da pior forma possível, pois a primeira imagem que dominou o que era pra ser seu refúgio fora ele, Lorde Sir.



Edward a olhava intensamente, como se pudesse apagá-lo fechou seus olhos, porém assim que os abriu o viu tão perto que não pôde fugir de seu beijo.



Era apaixonado, doce e ardente. Tinha o poder de deixá-la sem ar, fazer seu corpo amolecer como açúcar derretido...



Ao despertar, seu corpo pulsava com um desconhecido calor.



Colocou em sua face suas mãos tremulas por alguns minutos, escutando o som da madeira sendo queimada para aquecê-la.



Abriu seus olhos e avistou a luz da lua entrando pela enorme janela aberta iluminando o quarto, fazendo-a perceber algo jogado ao travesseiro ao seu lado.



Analisou. Era uma linda rosa vermelha, com pétalas tão vivas que a fascinou. Sorriu incrédula, será que estaria dormindo?



Olhou em volta e nada encontrou a não ser o silencio dominador.

Tentou dormir, entretanto os minutos se passaram e nada conseguirá. Olhou a linda rosa que segurava firme em suas mãos e tentou imaginar como ela fora parar ali.



Garantiu-se que a porta estava fechada, olhou em volta e não encontrou nada que deletasse outra entrada, avistou a altura das janelas, não havia indícios de escadas ou qualquer outro instrumento que pudesse ser usado para invadir seu leito.



Como aquela rosa fora parar ali?



Cansada de tentar imaginar abriu a porta de seu leito e com passos cuidadosos passou pelo corredor e desceu as escadas, seu objetivo era seguir até a cozinha e tentar lhe preparar um chá calmante, entretanto seu objetivo fora quebrado.



- Deseja uma taça de brandy, cordeiro?



estava tão preocupada em acalmar-se que não havia percebido Lorde Cullen apoiado diante da lareira acesa da sala, com um roupão azul escuro.



Sem deixar de olhá-la levou uma taça aos lábios, seus movimentos eram suaves e sensuais.



olhou-se percebendo que seu robe estava aberto, nervosamente o fechou.



– Não, somente desejava um chá ou um pouco d’água – suspirou – Desejas algo milord?



– Surpreender-te-ia se te dissesse que desejo companhia?



Ela olhou-o especulativa e ele lhe sorriu.



– Por que não vem aqui comigo junto ao fogo? Não quero que fique doente ou coisa assim.



Com certo cuidado aproximou-se dele.



Sir Edward sorriu fraco, tomou um pequeno gole de seu brandy.



– Costume cumprir minhas promessas . Não há nada que temer.



Olhou em sua face com um cuidado excessivo, se controlando para não lhe implorar pelo toque de seus lábios.



Desviou seu olhar e analisou seus atos:



Primeiro ganhou o direito de tê-la até quando desejar, fazendo com que ela fosse obrigada a aceitar aquela situação insustentável, fazendo jus a imagem de libertino diabólico, porém desde que chegará em sua casa deixou que ela escolhesse cada avanço.



Será que havia deixando escapar alguma coisa?



O olhou curiosa, buscando qualquer resposta nas duas pedras verdes que tinha em sua face.



– Não te temo – respondeu sincera.



– Mas não confia em mim – lhe deu um sorriso fraco, dando continuidade a conversa.



– O que esperavas? A forma como meu “ganhou” já diz tudo.



– Tenho que te convencer do contrário. Por longos segundos o silêncio se instalou no local – Enquanto isso...me fará companhia?- pediu galanteador novamente



mordeu seu lábio inferior um tanto confusa



– Te prometo que esta noite não me sinto inclinado à sedução. Tudo o que quero de você é um pouco de conversa.



Ao ver que ainda vacilava, trocou de tática.



– Faz-me o favor ? – pediu com os braços estendidos.



Sentiu o seu pulso acelerar, estavam muito próximos, e temia o que o contado de sua pele poderia lhe causar. Respirou fundo e segurou sua mão.



Um leve tremor passou por seu corpo deixando-a desconcertada.





Edward a guiou até uma poltrona com enfeites que estava em frente a ele, e por alguns segundos esperou que lhe dissesse algo, porém tudo o que fizera fora beber seu brandy em silêncio enquanto contemplava as chamas.



se encontrou olhando-o com cautela.



A luz do fogo iluminava sua face, destacando toda sua beleza, deixando-a alucinada por sentir a textura de sua pele.



Não mentirá quando lhe dissera que não temia-o, entretanto estar com ele no auge da noite, somente com a luminosidade da lua e da lareira, era como testá-la ao limite, ou melhor, por em prova o resto de sua força de vontade.



E o silêncio ajudava e muito a isso.



Mas o que falaria? Nem ao menos conversar com ele fazia qualquer sentido. Fora obrigada em ser sua amante, em ceder a tudo que ele desejasse, não dialogar.



Suspirou pesadamente.



– Do que podemos falar? – perguntou cordial, porém tremula.



Ele levantou o olhar para ela.



– Por que não me fala de você? – disse serio.



– O que você gostaria de saber?



Deu de ombros.



– Algo que queira me contar. O que gosta de fazer?



– Para uma dama com um pai desregrado não resta muito do que gostar... – suspirou pesadamente.



Edward analisou-a por alguns segundos.



– Qual autor lhe agrada mais?



sorriu lindamente, de uma forma que o deixou fascinado.



– Os sonetos de William Shakespeare são incríveis... Faz-me recordar de minha mãe e do aroma das flores do jardim... – o encarou – Ela sempre levava a mim e Victoria a passeios pelo jardim para ler...



– Receio então que seu interesse pela leitura não tenha sido esquecidos pelas atitudes de seu pai – comentou Sir Cullen



ficou em silêncio, como se não pudesse concordar com ele, desviou seu olhar.



– Sim, herança de minha mãe! – lhe respondeu receosa.



– Sente falta dela? – questionou Edward instigando a conversa o máximo que podia.



– Muitíssimo...



Edward perceberá que ali era o ponto final e decidiu mudar o rumo sutilmente.



– Acho que lhe agradará a companhia de Alice, assim como você adora poesias.



olhou-o curiosa.



– Alice é minha irmã mais nova, tem 17 anos, irá ser apresentada a sociedade! – explicou-lhe Edward.



– E onde estas? – perguntou visivelmente curiosa e aliviada pela mudança de assunto.



– No interior, em uma de minhas propriedades, mas em alguns dias virá a cidade.



– Espero que lhe arranje um cavalheiro descente.



– Alguém diferente de mim? – perguntou Lorde Cullen sorrindo.



– Certamente é um bom começo.



Edward explodiu em uma gargalhada.



– Não faz rodeios, verdade?



– Porque deveria? – suspirou – Lamento que esteja decepcionando-te, mas não tenho prática nas artes do flerte e da paquera, sei ser apenas eu.



Edward riu abertamente.



– Doce cordeiro, não está me decepcionando, muito pelo contrário, sua ousada sinceridade é estimulante para uma lady.



– Sério? Humm... Isso significa que conhece muitas damas? Nossa como estou surpreendida.



Ele soltou uma nova gargalhada.



– Vejo que estou sendo um péssimo anfitrião. Por isso além de te dar a oportunidade de exercitar seu agudo talento comigo, pode fazer uso de minha biblioteca quando quiser.



– Obrigado. Aceitarei sua oferta... Sempre que não esteja utilizando-a. – ainda sorrindo continuou o assunto – Não imaginava que gostasse de leitura.



– Desfruto de muitos prazeres, querida.



– Assim o entendo... Conta com uma legião de prazeres. – respondeu irônica.



– O que ouviste exatamente?



– Por exemplo, que fundou com alguns colegas a Liga do Demônio, onde costuma praticar orgias e perversões.



– Concede-nos muito mérito... Não somos tudo isso, somente demos continuidade a liga fundada na época de nossos avôs.



– Então os boatos das orgias são falsos? – perguntou irônica



– Orgias? Um completo engano!



– Em seu caso acredito que não, milord.



Ele fez uma careta zombadora.



– Acredito que tenha te pedido para me chamar de Edward.



ignorou-o



– É certo que o custo de filiação é de quinze mil libras?



– Sim.



– Permitem que se façam sócias as mulheres?



Ele arqueou as sobrancelhas.



– No momento não, mas imagino que poderíamos fazer uma exceção. Está propondo ser convidada?



– Certamente que não —respondeu com um misto de divertimento e constrangimento. – Nunca me interessou a companhia de pervertidos.



– Será que nunca me imaginou como um homem normal? Sem a imaginem de um pervertido demoníaco.



– Não.



– Creio então que a muito a aprender sobre mim. – Lhe sorriu amigável – Irei adorar lhe ensinar a verdadeira face de Edward Cullen.



se perguntou em que sentindo ele se referia.



– Talvez você o consiga, entretanto espero que esteja ciente que uma Lady como eu fora ensinada a não cair nas mentiras de um pervertido como o senhor .



Um brilho diferente iluminou os olhos de Edward.



– Ah estou desolado.



– Duvido. Se estivesse, não teria tanta lábia.



Edward gargalhou por mais uma vez o que fez o pulso de acelerar. Era um engano permitir-se brincar com ele, por muito que pudesse desfrutar disso. Era muito vulnerável ao sensual encanto daquele libertino.



Rapidamente Edward ficou de pé.



ficou tensa ao ver que ele aproximava.



– Poderia continuar dialogando sarcasmos contigo, mas devo me retirar... Bem a menos que queira me convidar para passar a noite...



O intencionado silêncio deu a resposta.



– Muito bem. Foi um prazer, querida.



Beijou levemente sua mão e lhe deu as costas, deixando-a quente e ainda mais confusa.



Ela imaginou tudo, menos essa crescente intimidade, esse jogo que Sir Edward estava manipulando. era ciente, porém não era nem um pouco imune aos galanteios do libertino, tornando essa proximidade um perigo atraente.


Capítulo 4





Como de costume acordou cedo, o sol mal tinha dado o ar da graça quando se viu de pé com a rosa nas mãos imaginando como ela fora parar em seu quarto.



Deu um suspiro resignado, colocou-a junto às outras em um jarro que se localizava em cima de uma cômoda de mogno, seguiu até o lavatório e verificou que lhe faltava água para seu banho matinal, entretanto a pequena quantidade que possuía lhe era útil para sua higiene bucal.



Lavou seu rosto e quando estava pronta para buscar por auxilio leve batidas na porta chamou sua atenção.



Abriu-a e se deparou com uma das colaboradoras de lorde Cullen.



– Bom dia milady, trouxe água para sua limpeza! – lhe disse com um sorriso nos lábios.



avistou mais uma senhorita aparentemente mais jovem que a outra e sem dizer uma só palavra afastou-se da porta.



A duas adentraram em seu leito e seguiram até o lavatório, segundos depois a mais jovem se retirou.



– Milady, gostaria de minha ajuda?



encarou-a.



– Certamente, senhorita....?



– Judith Mayes, midady





[...]





Não estranhou ao chegar à sala de jantar e descobrir a mesa transbordando de comida, incluídos rins assados, presunto, ovos, pães-doces, bolos e geléia. Havia um criado disposto a ajudá-la, e para seu grande alívio não encontrou Edward.

Assim que o mordomo fez sua aparição, sentou-se e começou a se servir, surpreendentemente estava faminta, talvez fosse pelo fato de não ter se alimentado bem durante o jantar.



- Lorde Cullen já levantou-se? – perguntou tentando parecer indiferente.



– Sua senhoria saiu cedo, pediu-me para avisá-la que voltará assim que possível para lhe dá atenção.



Quase se engasga com o pedaço de pão em sua boca.



Doce ilusão. Pensou que estaria livre do libertino.



– Obrigada.



Assim que acabou seu desejum lady seguiu até a biblioteca da residência, se encantando com a grandiosidade e elegância do local.



Decidiu-se por poesias encontrando autores famosíssimos, como Edmund Spenser,Sir Philip Sidney, Andrew Marvell, John Milton, etc. se perdendo no tempo e espaço, se questionando como seria se Damien estivesse apreciando tanto conhecimento com ela, que nem ao menos notou a presença de Sir Edward analisando-a.



– Ficas tão graciosa divagando!



Sua voz rouca e sedutora era quase como uma caricia intima, fazendo seu pulso acelerar e seu corpo ansiar por mais.



Fechou seus olhos com força, depois o encarou.



– Estas me olhando há muito tempo? – questionou



Um sorriso diabólico surgiu nos lábios de Edward.



– Saber que aprecio sua delicada beleza a encanta? – retrucou.



piscou os olhos diversas vezes para depois encará-lo firme.



– Estas me olhando há muito tempo? – repetiu sua pergunta.



– Tempo suficiente para apreciá-la. Isso lhe encanta?



– Não, me desconcerta!



Ambos travaram um duelo mental, ficaram se encarando por longos minutos até que enfim desistiu.



– Desisto, considera-se o vencedor!



– Oh! Já cedeu aos meus encantos?



Era nítido o tom divertido na voz de lorde Cullen.



– NÃO, Milorde entendera errado... Estava me referindo ao duelo de olhares... Não a nosso... Nosso... Acordo! – explicou-se visivelmente atordoada.



Aproximou-se de Lady , colocou suas mãos em cada braço da poltrona, deixou sua face tão próxima a dela que podia sentir a sua respiração acelerada batendo de encontro a sua.



– Duelo de olhares? Acredito que você tenha entendido errado... – sua voz rouca deixou-a abobalhada – ...Estava somente apreciando cada detalhe de sua linda e delicada face...



Seus lábios roçaram-nos dela, deixando-a completamente rendida. Por puro instinto e desejo crescente, os abriu desejando um contado maior, um beijo mais profundo.



– ...És tão linda – Disse enquanto distribuía beijos por sua mandíbula, chegando ao lóbulo de sua orelha, mordiscando o local.



Um gemido baixo saiu dos lábios de lady , ela necessitava mais, precisava de muito mais. Levantou seus braços para puxá-lo, desejava senti-lo junto de si, entretanto encontrou somente o vazio.



Lorde Cullen já caminhava à saída “Estarei lhe aguardando” disse altivo, deixando-a confusa na poltrona, desejosa por mais.



passou as mãos nervosamente pelos cabelos, seu pulso ainda estava acelerado, e sua respiração entrecortada.



Deixou que seu corpo amolecesse na poltrona, fechou os olhos e forçou-se a pensar em outra coisa que não fosse os lábios do libertino que decidira atormentar sua vida ou em como Damien agiria vendo-a entregar-se dessa maneira.



Com muito custo, após alguns longos minutos sentiu-se calma novamente.



Levantou-se, guardou o livro que segurava antes da aparição daquele ser diabólico, passou as mãos pelo vestido e pela face algumas vezes até sentir-se segura. Respirou fundo e retirou-se da elegante biblioteca.



Quando chegou a sala o avistou apoiado na janela, olhando para seu lindo e pequeno jardim, como uma estátua, lindíssimo com um smoking preto que ajudava a deixá-lo ainda mais formoso.



Ele não pareceu reparar sua presença de início, embora estivesse segura de que era muito consciente. Quando falou em voz baixa, deixou-a surpreendida.



– Adoraria que me acompanhasse ao Regent Street!



assustou-se com o convite.



– Gostaria que me auxiliasse em algumas compras... Alice está chegando no final da semana, gostaria de presenteá-la – lhe explicou quando permaneceu calada divagando por seu passado recente.



– Certamente, será uma honra auxiliá-lo milorde!



Sir Cullen virou-se e olhando em seus olhos sorriu fraco.



– Quando decidirá me chamar pelo nome?



nada disse, somente o encarou firme, e agradeceu internamente quando o mordomo adentrou ao salão, seria trágico perder a batalha mais uma vez.



– Milorde! A carruagem está ao seu dispor!



– Obrigado



Edward se aproximou de e olhou-a por inteiro.



– Apreciaria que aproveitasse a viagem e escolhesse algo a sua altura – Delicadamente acariciou a face de Lady com as costas de sua mão para em seguida colocar um fio de cabelo solto trás de sua orelha - Algo que possa fazer justiça as suas preciosas curvas.



engoliu seco.



Edward lhe presenteou com um sorriso torto deixando-a ainda mais nervosa, para em seguida enlaçar seu pequeno e frágil braço ao seu, segurando-a firmemente, conduzindo-a até a carruagem que os aguardava.



O caminho foi silencioso, imagens do que ocorrerá na biblioteca passeavam pela cabeça de , e tê-lo tão perto dela fazia seu coração acelerar e seu cérebro puni-la.



Por que ele possuía o poder de desestruturá-la?



Antes que pudesse inventar qualquer resposta – pois tinha consciência que não encontraria argumento lógico para a questão – a carruagem parou e Edward com toda elegância a conduziu até a loja desejada.



Pararam em frente à Bernstock Speirs, a loja que produzia os chapéus mais elegantes de toda a Londres.



– Alice possui uma coleção de chapéus incríveis, certamente irá se encantar com as novidades. – comentou Edward segurando-a.



Quando pisaram na loja um jovem se prontificou a atendê-los, entretanto sentiu a primeira conseqüência do que se tornará sua vida. Os olhares em sua direção eram visíveis, assim como buchichos maldosos entre as senhoras, que propositalmente eram indiscretas.



Respirou fundo e ajudou Lorde Cullen em suas escolhas, tanto para a jovem Alice como para si.



Sentia-se constrangida, pois além de pagar por chapéus, vestidos e jóias, Edward não escondia seus comentários embaraçosos diante dos diversos espectadores.



Porém o momento mais delicado fora quando estavam no Fortnum & Mason, não soube dizer se Edward quisera adentrar o local propositalmente ou se fora uma simples coincidência.



Respirou nervosamente e abaixou a cabeça, era demais, dias antes estivera ali com seu pai a pedido de seu noivo, fora apresentada aos colaborados como futura dona do estabelecimento, e hoje não passava da amante de um libertino.



Sentiu que lágrimas traiçoeiras queriam sair por seus olhos, porém seu orgulho ajudou-a a resistir à tentação.



Edward parecia alheio a tudo, e como estava no local com o intuito de escolher perfumes, borrifava uma generosa quantidade em sua pele afim de escolher um que lhe agradasse.



– Hum... adorei este... misturado a sua essência natural... – sussurrou em seu ouvido após inspirar o cheiro doce que havia colocado em seu pescoço.



Sentiu seu rosto esquentar e em uma tentativa de se esconder dos olhares desviou sua face, para em seguida se arrepender.



Damien Mason os observava de longe, sua face parecia retorcida de ódio e sentiu-se suja e envergonhada.



Sem dizer uma palavra sairá em disparada para o carro de Edward, segurando-se para não chorar, entretanto seu orgulho próprio acabou sendo vencido, deixando que as lágrimas presas caíssem como enxurradas.



Edward com toda sua elegância comprou o perfume e ao longe cumprimentou o jovem Mason, para em seguida adentrar o carro e acalentar a jovem , que de tão fragilizada aceitou seu abraço de bom grado.



– Leve-nos para casa! – ordenou Cullen a Sebastian.





[...]





Havia acabado de passar as coordenadas de como gostaria que tudo estivesse para a chegada de Alice.



Quando se tratava de suas irmãs Edward era no mínimo exigente.



assistia a tudo com atenção. Por mais que ao longo dos dias Edward demonstrava-se um homem totalmente diferente do pervertido que imaginava, vê-lo preocupado com as acomodações de sua irmã mais nova a deixava intrigada.



– Quero muitas flores amarelas em seu leito. Alice as adora, e isso fará com que se sinta acolhida.



– Pode deixar Milorde. Cuidarei de tudo pessoalmente. E não esquecerei de abrir as janelas para deixar o aposento mais arejado. – lhe respondeu Esme.



Edward lhe passou mais algumas recomendações antes que a governanta pudesse enfim, fazer seu trabalho.



Um pouco agitado lhe serviu um vinho tinto, tomando um considerável gole para em seguida sentar-se de frente para , encarando-a com uma intensidade mortal.



– Não imaginava que o senhor fosse um irmão tão afetuoso! – comentou .



Ele lhe sorriu torto.



– Libertinos também tem sentimentos!



– Nunca achei que fosse diferente... Entretanto quais seriam os mais dominantes.



questionou-o sarcástica.



Edward se inclinou um pouco pra frente.



– Só há um jeito de descobrir...



Lorde Cullen levantou-se, tomou todo o vinho que continha em sua taça e voltou seu olhar para a jovem .



– ... Se quiser conhecê-los estarei em meu aposento!



Edward seguiu rumo ao seu leito, saiba que não iria procurá-lo, ainda havia uma enorme desconfiança dentro de si, ainda mais depois das compras que fizeram dias atrás, entretanto deixá-la intrigada fazia parte de seu jogo.



Seu jogo... Até quando agüentaria? Fazia dias que estava em sua propriedade, dias que não saciava seu desejo de homem, e podia jurar que a qualquer momento invadiria seu leito e iria lhe impor seu desejo.



Aos poucos começou a tirar cada peça de roupa até ficar completamente nu.



Ela era uma .



Porque infernos ele não agia descortês e rude com ela?



Uma voz distante o fazia lembra de tudo o que lhe aconteceu. Tudo o que aconteceu a sua família... Alice...



Como seria quando ela chegasse? Será que conseguiria ser cortes com ?



Suspirou pesadamente, desejando escolher um futuro digno para a caçula dos Cullens.



ainda não conseguia sair da poltrona, estava imóvel se perguntando quais sentimentos dominavam Lorde Cullen.



Os segundos se passaram, tornando-se longos minutos...



Não soube dizer ao certo quanto tempo ficou paralisada na poltrona, porém em um determinando momento seu corpo exausto pediu por descanso.



adentrou seu quarto, assim como todas as outras noites verificou a fechadura, certificando-se que estava devidamente trancada. Para em seguida avistar a flor branca que havia encontrado naquela manhã.



Desde que chegará sempre que despertava havia uma rosa no travesseiro ao lado.



Como ela iria parar ali ainda era um mistério, entretanto sempre que acordava e avistava a flor ao seu lado sentia algo enigmático e mágico dentro de si.



Poderia parecer estranho, mas as rosas a deixavam bem.



Retirou sua roupa, fez sua higiene e vestiu-se com sua camisola de seda.



Sorriu ao lembrar-se do dia quem fora com Edward às compras. Havia vestidos que jamais se imaginou dentro, eram tão justos e decotados que a deixava envergonhada.



Um nó se formou em sua garganta, Damien a vira ao lado do libertino, havia tanto ódio em sua face que a deixava amedontrada, do que ele seria capaz?



Antes mesmo de tentar imaginar algo acabou desistindo de entender seu ex-noivo ou seu futuro amante para se entregar aos braços do sono.



Quando finalmente despertou-se guardou mais uma flor depositada em seu leito, cuidou de sua higiene e com ajuda de Judith optou por um vestido rendado com um decote quadrado da cor verde, fez um coque simples e desceu para o desejum.



Hoje a jovem Alice chegaria, por isso não estranhou encontrar a condensa sentada a mesa do café junto ao Lorde Cullen.



– Bom dia!



os cumprimentou e sentou-se a mesa, Edward retribuiu o cumprimento e lhe presenteou com um belo sorriso nos lábios, entretanto Rosálie nada lhe disse e continuou agindo como se não a tivesse visto.



A manhã passou lenta, quase não falou e deixou-se vagar no que a chegada de Alice iria interferir em sua estadia forçada á propriedade de Edward.



Algo dentro de si temia a chegada da jovem...



Fora então que um barulho de cavalos chamou sua atenção, deixando em alerta.



Edward e Rosálie ansiosos apressaram-se em seguirem até a entrada, timidamente os seguiu analisando tudo o que ocorria. Avistou o mordomo junto ao cocheiro ajudarem a bela jovem a sair do carro.



Linda!



Não havia adjetivo melhor.



Mas o que poderia esperar?



Era uma Cullen, e pelo que já virá, a beleza se fazia presente em qualquer linhagem daquela curiosa família.



Usava um vestido rosa, simples e comportado, seu cabelo negro estava muito bem penteado com um coque feito por tranças e sua sutil maquiagem a deixava ainda mais bela.



Havia uma senhora bem vestida ao seu lado, segurava com certa delicadeza e pôde perceber que lhe sussurrava algo.



Após alguns segundos Alice chegara até a porta principal onde fora recebida com abraços calorosos de seus dois irmãos.



– Deixe-me vê-los! – pediu Alice.



Sua voz era tão delicada, que a tornou mais bela.



A jovem se afastou de seu irmão e com as pontas dos dedos tocava sua face, enquanto seus lindos olhos azuis vagam distantes...



Oh!



Ofegou internamente para o óbvio.



Era impressão sua ou a pequena Alice era cega?

Capítulo 5




Escondida no quarto Lady não sabia exatamente o que fazer.

O encontro dos Cullen foi tão intenso que a deixou constrangida, tornando-a uma intrusa.

Mas isso era a sua realidade. Era uma intrusa por tempo indeterminado naquela família.

Não disse uma só palavra e com passos lentos se escondeu em seu quarto.

Encolhida na cama, abraçou suas pernas e sentiu-se a vilã nessa confusão toda, afinal um homem que ama sua família como Lorde Cullen não iria quer sua humilhação por nada.

Tinha que haver uma explicação!

Mas qual?

Seu pai não lhe disse nada de concreto, simplesmente não lhe deu opção...


{...}

O dia nascerá como todos os outros, o céu acinzentado como de costume tornava o dia comum.

Doce ilusão...

Batidas apressadas deixou sobressaltada, ainda mais quando Lucia adentrará o local com a aparência um tanto perturbada.

– Milady...Vosso pai deseja lhe ver!

Lucia tremia levemente deixando preocupada.

– O que aconteceu? Posso ajudá-la?

A senhora de idade um tanto magricela e com traços enrugados, que ajudará Renée a cuidar de suas duas filhas, que passará muitas e muitas noites em claro desviou seu olhar, não tinha coragem alguma de encarar .

– Vosso pai lhe aguarda em seu aposento!

Não disse nada mais, se retirou do cômodo deixando-a visivelmente confusa.

Após alguns minutos a jovem fora de encontro ao seu pai, nem ao menos trocara de roupa e apressada adentrara o quarto sem bater, a “visita” de Lucia em seu aposento fizera agir de maneira impulsiva.

O barão estava sentado em uma poltrona avermelhada com desenhos arredondados em dourado olhando ao longe através da enorme janela com detalhes em branco desgastado.

estagnou ao vê-lo, entretanto segundos mais tarde aproximou-se devagar e com a ponta dos dedos tocou-lhe nos ombros.

– Meu pai. Deseja falar comigo? – perguntou receosa.

não lhe disse nada, nem ao menos olhou em sua face, entretanto levou sua mão de encontro aos delicados dedos de sua filha, apertando-os amavelmente.

Lady estranhou-se, não que seu pai tenha sido um rude grosso ao longo de sua vida, porém era fato que demonstrações de carinho e afeto não se encaixavam no papel ideal de um pai.

Na visão do barão um homem de família deveria dar aos seus filhos um pouco de conforto até poder arranjar-lhes um futuro promissor, que no seu caso seria um bom casamento.

Diferente de Victoria, se empenhou bem mais ao lhe arranjar um bom marido, afinal tinha aprendido a lição ao ver sua primogênita viúva dada à miséria, vendendo jóias e decorações.

E como estava desprovido financeiramente não tinha como ajudá-la. Afinal estava gastando enormidades com bailes, vestidos, casamento, entre outras coisas com .

O que o deixava tranqüilo, era o fato de Damien ser um burguês nato, podia não possuía titulo de nobreza, porém sua enorme fortuna o elevava a um nível altíssimo no que diz respeito a um marido. O que tornava a jovem uma donzela de sorte assim como seu pai, que certamente receberia o dote com algumas gratificações a mais.

– Me corta o coração vê-lo assim. Por favor, diga-me o que posso fazer para ajudá-lo! – murmurou com a voz carregada.

Demorou alguns segundos para que o barão levanta-se, deu alguns passos chegando à janela, olhando o pequeno jardim praticamente morto de sua propriedade.

– Passei está noite no clube

A voz de estava tão melancólica que deixara sua filha ainda mais comovida. Ele não precisava falar nada, entenderá tudo, mais uma noite de apostas, mais perdas, mais vergonha.

Fechou os olhos por algum tempo, imaginando qual seria a proporção dos equívocos que seu pai cometera dessa vez.

– O que perdemos? – perguntou tentando aparentar frieza.

virou-se de repente, deixando que sua filha olhasse sua face pela primeira vez naquela manhã.

Havia temor e isso a deixou alarmada.

– Sinto muitíssimo. Quero que compreenda, tudo estava indo tão bem. Havia conseguido uma quantia invejável. – Fechou os olhos e a encarou logo em seguida – Jamais pensei em perder o meu bem mais precioso.

não conseguiu entender muita coisa, porém notou que jamais virá seu pai tão honesto quanto aquele momento.

– Meu pai, diga-me, qual a gravidade de nossa situação?

sorriu fraco.

– Esta casa e toda a quantia que dispunha não me pertencem mais, do mesmo modo que você meu anjo.

As palavras penetraram no ouvido de , entretanto seu cérebro não conseguia raciocinar o que acabara de ouvir.

– Sinto muitíssimo, nunca fora minha intenção perdê-la.

A jovem olhou para seu pai perdida nas palavras que escutava. Nem ao menos demonstrou reação alguma quando se sentiu sendo abraçada.

– Perdoe-me, mas Damien será passado em sua vida. Agora quem terá o domínio sobre você será Sir Edward Cullen.

Afastou-se subitamente. Nem ao menos olhou para a face do homem transtornado a sua frente, correrá até seu aposento, trancando-se por lá, enquanto lagrimas caiam por sua face.

e Lucia tentarão fazer com que a jovem abrisse a porta, porém não se movia de sua cama.

Cansados de tentarem achar alguma solução buscaram por Victoria.

A primogênita da família não escondeu seu satisfação ao saber do ocorrido, assim como não se opôs a importunar sua irmã.

Com ajuda de Lucia encontrou a outra chave “perdida” do aposento, adentrou o local e assim que avistou encolhida na cama sorriu fracamente.

– Vamos, está começando a se atrasar! – a voz de Victoria preencheu o dormitório.

levantou a cabeça e avistou sua irmã se aproximando.

Usava um vestido alaranjado, justíssimo na silhueta e com o decote em V bem exposto. Seus cachos avermelhados bem definidos estavam presos em um coque no alto da cabeça, deixando seu pescoço esquio amostra. Os lábios estavam pintados de vermelho sangue e sua pele mais rosada que o habitual tornava sua aparência chamativa.

– Já não lhe disse que está começando a se atrasar. – repetiu impaciente.

– Não sei o que está falando. – lhe disse voltando-se para os lençóis.

Victoria agarrou-lhe pelo braço e com uma força desconhecida por Lady a fez levantar.

– Sinto muito, mas querendo ou não a realidade é que você não pertence mais aos s, por isso faça o que deve ser feito, arrume-se, se quiser lhe ajudarei.

não acreditou em uma única palavra de afeto forçada de sua irmã. Há muito tempo que Victoria deixara de ser doce e amora.

– Me solta!

– Não até agir como se deve!

– Quer dizer, agir como uma rameira? Assim como você o faz tão bem!

Antes que pudesse notar o ódio crescente na feição de sua irmã sua face viu-se quente diante da bofetada que levou.

– No final da noite mandarei buscar meu pai e Lucia, espero que torne as coisas mais fácies, pois seria ainda mais deprimente que os guardas fizessem valer os direitos de Lorde Cullen... Uma vez que, como a filha predileta que sempre foi não queira ver o barão ser preso por sua culpa... E ainda assim ser obrigada a cumprir o acordo!


{...}


Antes mesmo que pudesse notar a dor da lembrança invadiu-a com crueldade.

Porque sua irmã não poderia lhe demonstrar um mínimo de carinho?

Porque seu pai não poderia ser sensato uma única vez?

Quando pensará que sua vida fosse mudar, se vê num caminho nebuloso, sem chances de encontrar uma saída digna ao final.

Nem ao menos percebeu quando o sono dominou-a, e para sua total tranqüilidade, sem sonhos perturbadores ou pesadelos conflitantes, simplesmente o vazio de que precisava.

Quando acordou percebeu a luz da noite que adentravam pelas as janelas de seu leito. Olhou para o lado e virá mais uma rosa para sua coleção. Sorriu.

Levantou-se e com as mãos ajeitou o vestido amassado que usava, deu tapas leves em sua face e com a água disponibilizada em seu lavatório levou sua boca.

Estava faminta e nem sabia ao certo quanto tempo esteve dormindo.

Saíra de seu quarto e desceu as escadas com cuidado.

O ambiente estava tranqüilo, poderia ouvir ao longe o som de madeira sendo queimada.

Sentiu-se arrepiar.

Caminhou lentamente e sua visão confirmou o que seu instinto havia lhe sussurrado.

Lorde Cullen estava sentando em sua poltrona, a cabeça levemente inclinada pra trás, olhos fechados e em uma de suas mãos segurava uma taça com seu brandy.

Como de costume ficou perdida nas feições de Sir Edward, se questionando como ele conseguia ser tão perfeitamente lindo.

Sem aviso seus olhos se encontraram deixando-a envergonhada.

– Senti falta de sua sinceridade durante o dia .

Ela engoliu seco.

– Perdoe-me, pensei ser melhor deixá-los à vontade.

Edward balançou sua cabeça positivamente.

– Agradeço sua delicadeza, entretanto me sentiria honra que em próxima vez permaneça conosco.

O silencio se instalou entre eles por alguns segundos.

– Estou um tanto faminta... Receio que não haja problema em comer a está hora.

Não era mentira, porém naquele momento usará sua fome como fuga.
– Certamente.

lhe sorriu fracamente e se dirigiu a cozinha. Olhou em volta admirada com tamanha beleza. Os moveis em mogno combinados a cor branca a deixaram encantada, assim como as louças expostas, havia tanta porcelana e cristais que ofegou.

Definitivamente Sir Edward era um homem afortunado.

Sem esperar, caçou por algo comestível.

Encontrou ovos e bacon, sem demora os preparou e junto com um pedaço de pão serviu-se.

Foi impossível conter um gemido de satisfação diante da comida.

Assim que satisfez seu estomago procurou deixar tudo em ordem, seguindo até a sala principal, encontrando o vazio.

Caminhou pelo local e avistou a taça sob a uma mesinha próxima a poltrona da sala, seguiu até a janela e observou rapidamente a imagem da noite.

Até quando Lorde Cullen cumpriria sua palavra?

E o que mais a perturbava. O que ele queria dizer quando lhe comunicou que sentirá sua falta?

Sem pensar ou perceber seus dedos encontraram um cavalo jogado com as outras peças de um jogo de xadrez.

Mais cedo Rosalie e Edward mataram a saudade do passado jogando duas partidas equilibradas, entretanto como era de se esperar Edward ganhará as duas.

– Sabes jogar?

Assustou-se, pensou estar sozinha.

Olhou em direção a voz e o encontrou sorrindo torto pra ela.

– Então sabes jogar? – a questionou novamente.

Demorou alguns segundos até que compreendesse o que tinha nas mãos.

– Oh! Victoria sempre gostou, acabei sendo obrigada a aprender.

Ele aproximou-se, sua face ficou tão próxima a dela que temeu o que poderia acontecer, ou melhor, temeu por suas reações, pois não saberia dizer como poderia reagir com tal proximidade.

– Se importaria de jogar comigo?

Seus dedos acariciaram sua face levemente.

– Receio que não seja uma boa idéia!

A voz de Lady saíra ofegante e Lorde Cullen aproveitou-se. Levou seus lábios de encontro ao lóbulo de sua orelha e após mordiscá-la maliciosamente sussurrou “adoro apostas, se ganhar irei lhe conceder um desejo”

As palavras de Sir Cullen a fizeram se afastar.

Ele lhe sorriu, sabia que a isca tinha sido fisgada.

– E se perder? – questionou-o.

– Deverá me conceder um desejo.

buscou a razão, o que mais poderia perder?

Talvez se ganhasse pudesse ter uma chance de mudar o fim da historia.

– Qualquer desejo?

– Certamente!

sorriu e sem pestanejar sentou-se na cadeira e começou a arrumar suas peças, deixando Lorde Cullen satisfeito.

O silêncio se fez presente, e não era rompido nem pela movimentação das peças, estava muitíssimo concentrada, até porque essa seria a única chance de sair o menos marcada de toda essa confusão, e até quem sabe, pudesse explicar-se a Damien.

não era alheia ao jogo o que impressionou Edward, entretanto devido ao seu estilo, suas jogadas acabavam tornando-se previsíveis, fazendo com o que o jogo transcorresse do modo como ele desejava.

Quando seu bispo fora comido pelo cavalo de Lorde Cullen, não se impressionou, na realidade ele nem ao menos surpreenderá, deixando com a sensação certa de que logo estaria livre!

Após vários minutos o viu encurralado, somente um movimento dela acabaria com o jogo e poderia comemorar abertamente.

– Xeque-mate

Edward sem esperar fez sua próxima jogada.

– Xeque-mate

Demorou alguns segundos até que entendesse o que havia acontecido.

Olhando no tabuleiro perceberá que fora manipulada durante todo o jogo, indiscutivelmente o xeque-mate havia sido dele.

– É melhor que seu progenitor... Bem pelo menos no xadrez!

Esse comentário a fizera lembrar-se do porque estar ali, Lorde Cullen era conhecido como um ser demoníaco não somente na arte da sedução como também nos jogos.

– Pelo que saiba ganhara de meu pai no pôquer! – comentou atordoada.

– Certamente, entretanto o barão é um apostador nato, está presente em diversos jogos... E pelo que vi, no xadrez é melhor que ele... – suspirou – Eis uma nova duvida, como será jogando com cartas...?

abaixou a cabeça.

– Creio ter mais essa divida com o senhor... O que mais deseja de mim Milorde.

já estava se preparando para finalmente cumprir com o trato, quando ele a surpreendeu mais uma vez.

– Amanhã quando formos ao concerto de Lady Haidem desejo que destaque suas curvas com o vestido vermelho que lhe presenteei.

Os olhos de se arregalaram.

– Mas... Mas...

– Pensou que exigiria que deitasse comigo está noite? – assim que Lady confirmou sua suspeita ele lhe respondeu friamente – É incrível o pouco crédito que tenho com a senhorita!

Lorde Cullen levantou-se e sairá do salão com passos firmes, deixando-a sozinha e ainda mais confusa, entretanto quando chegará em seu leito sorrirá abertamente.

Definitivamente o verdadeiro xeque-mate estava se aproximando, e ele não via à hora de degustar a vitória.

Capítulo 6

Encostada na cama viu o dia amanhecer, nem ao menos notou que para um dia tipicamente londrino o sol nascera com tamanha intensidade que se atrevia a se apresentar como um velho amigo de todas as manhãs.

Judith com sua rotina diária ajudou-a com o anseio e sua vestimenta.

Entretanto decida a fugir de Lorde Cullen, pelo menos nas primeiras horas do dia decidiu-se por permanecer mais tempo trancafiada em seu leito.

Nem soube ao certo por quanto tempo permanecera ali, vagando em pensamentos confusos e conflitos internos, entretanto comandada pelo seu estomago, decidiu render-se, até porque, a essa altura Sir Edward já deveria estar longe, provavelmente em assuntos de negócios com seu Secretario, Billy Black.

Ou quem sabe deitado na cama de uma rameira qualquer...

Ao ter esse pensamento, Lady fechou bem os olhos, um sentimento estranho a dominou sem qualquer explicação lógica, deixando-a mais confusa do que estava.

Querendo a qualquer custo fugir de pensamentos tão errôneos, levantou-se e com passos rápidos seguiu a sala de jantar.

A mesa elegante ainda estava montada com louças de cristais e porcelana, que apesar de suas belezas delicadas sumiam diante da visão que fez seu abdômen falar, havia tanta comida que não sabia o que escolher para saciar sua necessidade.

Após alguns minutos optou por uma coalhada, devorando-a em segundos para desfrutar das outras tantas iguarias que havia ao seu dispor.

Assim que se sentiu satisfeita em uma tentativa de fugir dos próprios pensamentos, seguiu até a biblioteca, necessitava relaxar, e naquele momento o único meio seria distrair sua mente.

– Milady, acredito que se encantaria com os poemas de William Wordsworth – comentou uma voz dentro da biblioteca.

estagnou. Cuidadosamente aproximou-se e espiou pela brecha da porta.

– Certamente, entretanto necessito das belas e envolventes palavras de Shakespeare.

Alice...

nem ou menos necessitava vê-la, pois nunca em sua vida havia ouvido uma voz melodiosa como a dela.

– Milady, compreenda, faz-se necessário que conheça outras literaturas. Definitivamente é um desperdício que não desfrute das diversas opções que tenha disponível.

– Certamente, mas o que posso eu fazer? O interior de meu ser está clamando por Shakespeare!

sorriu diante do comentário que escutara, era cômica a forma como Alice tentava convencer sua dama de companhia.

Em uma tentativa de lhes dá mais privacidade, decidiu-se por se retirar, entretanto quando fechou à porta um leve barulho delatou sua presença.

– Quem está ai?

Alice perguntou altiva, o que deixou curiosa. Como ela soubera? Apesar de sua indiscrição a barulho fora mínimo, revirou os olhos e se recriminou pela falta de sua impudência antes de escancarar a porta e se apresentar.

, desculpe-me se atrapalho, estava somente fechando a porta para lhes dá mais privacidade.

estava parada no inicio da sala, com as duas mãos pra trás enquanto a dama de companhia analisava-a e Alice com os olhos em sua direção estudava suas palavras.

– Senhorita ... Serias tu a convidada de meu irmão?

assustou-se.

Edward não contara a verdade para Alice?

Sem saber ao certo o que dizer tentou mudar o rumo da conversa.

– Hum hum... E a senhorita seria o membro mais novo da família Cullen?

– Até que Edward resolva constituir uma família, carrego esse titulo!

Alice disse um tanto brincalhona, o que fez pensar se ela conhecia o verdadeiro Edward.

– Ou quando casar. – comentou , para arrepender-se logo em seguida, a feição desconfortável de Alice deixou-a desconcertada.

O silêncio se instalou na sala por alguns segundos, porém antes de inventar uma desculpa qualquer para sair, Alice a surpreendeu.

– Rosálie me disse que és linda, seria demais pedir para conhecê-la?

Não soube dizer o que a deixou paralisada, se fora saber que a condensa fizera um elogio ao seu respeito ou o pedido da jovem cega a sua frente.

Mordeu seu lábio inferior, num movimento aleatório olhou para a dama de companhia de Alice que lhe sorriu encorajando-a a atender ao pedido da senhorita em expectativa.

Com passos lentos aproximou-se da jovem que estava sentada de lado com as pernas dobradas, abaixou-se deixando sua face em uma altura facilitada para ser tocada e fechou os olhos.

Instantaneamente lembrou-se do momento da chegada de Alice, do momento em que a jovem reconhecia cada detalhe do rosto de seu irmão.

A Cullen nem ao menos precisou ser avisada, seus outros sentidos funcionavam tão bem que soube o exato momento que aproximou-se.

Cuidadosamente elevou seus dedos de encontro a face da senhorita temerosa e contornou cada detalhe de seu rosto, não deixando passar nem ao menos uma pequena espinha próximo a seu orelha esquerda.

– Não há como negar... És linda!

[...]

Lady estava parada diante do enorme espelho de seu leito, perguntando-se quando enfim teria coragem de se expor do modo como estava.

Nunca em sua curta vida se imaginou tão, tão, chamativa...

Essa não seria a palavra adequada, entretanto se considerava muito melhor que sua irmã, e palavras de baixo escalão não combinavam em nada com ela...

Deu um suspiro resignado.

Rameira e frívola podiam não combinar com seu interior, mas naquele momento em particular eram adjetivos certos, sentia-se nua.

Vestia um traje acinturado de cetim cor vermelho sangue, deixando suas curvas à vista, entretanto não se comparava ao seu decote, pois esse sim era desconcertante, com formato em V deixava mais que pequenas maças de seus seios amostra.

Seu cabelo escuro estava penteado em um coque simples tendo uma pequena fivela rubi estrategicamente ao lado de sua cabeça.

Sua face delicada possuía uma quantidade perfeita de maquiagem, deixando-a corada e com olhos destacados, entretanto sua beleza delicada e jovial permanecera.

Definitivamente um traje típico para atrair libertinos como Sir Edward.

Batidas na porta a deixou ainda mais apreensiva.

Estagnada olhou para o ponto de entrada com expectativa.

Tinha combinado com Judith que assim que fosse à hora ela voltaria e bateria na porta.

Já era hora de ir?

Fechou os olhos, buscando o controle de sua respiração.

As batidas cessaram, talvez tivesse mais algum tempo.

Esse pensamento há deixou um pouco tranqüila.

Entretanto assim que abriu os olhos petrificou.

Lorde Cullen estava com os olhos devoradores sobre ela, analisando cada detalhe, deixando-a nervosa e com a respiração ofegante, o que acabou sendo constrangedor, pois seus seios ficaram ainda mais em evidencia.

Edward com passos lentos aproximou-se, estendeu sua mão para ela que mesmo temerosa aceitou.

Sir Edward segurou firme sua mão e estendeu-a para logo em seguida rodá-la lentamente, buscando apreciar cada ângulo possível de Lady .

– Estás belíssima!

– Obrigada, também estás muito bonito!

“Como de costume” foi o que pensou, porém ficou quieta, não gostaria de imaginar o que Lorde Cullen faria se soube o quanto seu smoking preto lhe cai bem.

– Cada Lorde morrerá de inveja quando me vê ao seu lado...

tentou fechar os olhos, entretanto duas pedras esverdeadas prenderam seu olhar, deixando-a vulnerável as palavras e ao toque delicado que Lorde Cullen dava em sua face.

– E deixarei bem claro, que apesar do que está amostra... – Enquanto dizia cada palavra seu dedo deslizava por sua mandíbula, pescoço, colo e o vão amostra de seus seios, ficando perdidos por lá.

Aproximou-se ainda mais, com o dedo indicador acariciando o local e seus lábios mordiscando o lóbulo de sua orelha, dera mais um xeque-mate “Somente eu posso desfrutar!”

Respirou forte, pensou em lhe dá uma resposta ríspida, porém cada ato feito por Edward não lhe deu margem para nada além da aceitação, pois estava “embriagada”.

Percebendo o estado deplorável que se encontrava, beijos demorados começaram a ser distribuídos, primeiro em sua mandíbula; fazendo-a envolver seus largos ombros com seus pequenos braços, por seu pescoço; fazendo sua cabeça pender pra trás desejando mais, chegando em seu colo mordiscando o local com delicadeza fazendo-a gemer e apertá-lo com força.

Seus beijos começaram a subir, com seu braço esquerdo envolveu firme sua cintura os deixando mais próximos, e com sua mão direita agarrou-a pelo pescoço, trazendo sua boca próxima a sua.

– Me negaria um beijo ?

Sua voz sussurrada lhe causou um efeito de entrega ainda maior, e soube naquele exato momento que não lhe negaria nada o que pedisse.

Mordiscou levemente seu lábio inferior, para chupá-lo em seguida, fazendo-a gemer.

– Adoraria acariciar sua língua doce cordeiro!

Mordeu seu queixo e voltou a beijar sua mandíbula e seu pescoço “Quer provar de meu gosto novamente ?” perguntou enquanto acariciava-a com seus lábios libidinosos.

– Oh... Sim

Edward levantou sua cabeça novamente e olho-a nos olhos, sorrindo vitorioso, deixando claro que se ele desejasse já teria levado para seu leito sem qualquer sacrifício.

E antes que a consciência lhe atingisse novamente de forma possessiva seus lábios domaram o seu, sua língua se enroscava com a sua com tamanha facilidade que a assustava, e por mais que soubesse o quanto isso era loucura, queria mais.

Sentiu seu pescoço sendo apertado um pouco mais, enquanto sua cintura era abandonada, para sua mão livre levantar sua perna, envolver em sua cintura, para então ter a total liberdade de vagar por sua coxa e nádegas, por debaixo das camadas de seda e musselina de seu vestido...

Gemeu abafado em sua boca...

TOC TOC

Ficara petrificada.

Lorde Cullen nem ao menos pareceu se incomodar, pois continuou beijando-a até diminuir a intensidade para em seguida dar um, dois, três selinhos em sua boca e olhá-la nos olhos, antes de responder.

– Pois não!

Sua voz era altiva, não parecia estar nenhum pouco afetado.

– Perdoe-me atrapalhar, mas o Conde e a Condensa Thompson estão no salão principal e perguntam pelo senhor!

Seu polegar limpava o batom vermelho borrado na face de Lady , com uma feição divertida.

– Estaremos lá em minutos

Ambos escutaram passos se distanciando, deixando-os sozinhos novamente.

Com delicadeza retirou a perna da jovem que ainda o enlaçava, afastou-se e desapareceu no lavatório, voltando segundos depois com uma toalha úmida.

Aproximou-se novamente de Lady .

– Posso? – perguntou com a mão estendida.

balançou a cabeça positivamente.

Edward com cuidado limpou cada prova de seu beijou arrebatador, provocando pequenos arrepios por seu corpo. Quando estava pra se afastar novamente lhe segurou a mão.

– Posso lhe devolver o favor?

Seus olhos chocolates olhavam sua boca com uma fome tão intensa que Lorde Cullen segurou-se para não beijá-la novamente.

– Certamente

pegou a toalha úmida e passou pelos lábios e proximidades da face de Edward que estavam marcadas de vermelho, seus olhares permaneciam intensos.

– Preciso descer... não se atrase! – disse-lhe Edward assim que viu-se “limpo” deixando com seus pensamentos.

[...]

Edward não ficara muito em casa, até porque sua irmã e seu cunhado estavam lá por Alice, assim que descera não se demoraram pra seguirem até o concerto.

Entretanto ficaram tempo suficiente para o olhar especulador de Rosálie sobre a deixasse incomodada.

Será que Alice lhe dissera a verdade?

Durante todo o caminho permanecera calada, e Edward nada disse, optou por lhe dá esse tempo, afinal a noite seria um tanto agitada.

Não era um concerto formal, mas tinha conhecimento que a maior parte da sociedade nobre de Londres estaria ali, afinal Lady Haidem era uma das senhoras mais respeitáveis da cidade

Assim que chegaram ficou fascinada com o local.

Era uma residência de veraneio, localizada ao norte de Hyde Park, rodeada por jardins incríveis, emanando um perfume único, e devido ao dia esplêndido os donos da casa aproveitaram a beleza do local para realizarem o concerto ao ar livre.

Eles montaram um belo palco sobre a grama, onde jovens desconhecidos e alguns poucos famosos demonstravam o que eram capazes.

Assim que chegaram todos os presentes os encararam.

engoliu seco enquanto Edward apertou sua mão delicadamente.

Quando ela lhe olhou ele lhe lançou um sorriso acolhedor.

O senhor e a senhora Haidem os receberam como todos os outros. Se havia algo marcante no casal era a discrição diante de uniões escandalosas como o deles.

Acomodaram e assistiram ao concerto, às vezes Edward lhe fazia um comentário qualquer o que a fazia sorrir.

Quando se acabaram os artistas o bufê fora disponibilizado e muitos grupos começaram a se formar.

– Lorde Cullen! – um homem alto, moreno aproximou-se. Ele deveria ter uns trinta anos e estava acompanhado de uma jovem loira muito bonita...

Talvez fosse sua esposa.

– Lorde Carter – Edward o cumprimentou.

– Oh, por favor, até parece que não somos conhecidos de longas datas!

Ambos sorriram como se escondessem algo.

– Como vão as noites no clube Aro? Perdendo alguns trocados?

– Apesar do meu parceiro de jogo ter sumido, ando ganhando mais do que perdendo.

– Ando ocupado, minha irmã Alice está na cidade!

– Soube da novidade. Mas poderia aparecer alguém dia desses no clube, afinal és o presidente.

– Tendo Kate como companhia não deveria sentir saudades minhas – lhe respondeu Edward sorrindo.

– Oh, lamento informar tenho habilidade em outra coisa, não em jogos! – percebeu naquele momento que a jovem enlaçada ao Lorde Carter deveria ser uma impudica.

Aro Carter, era um libertino tão famoso quanto Edward, deveria ter se lembrado desse detalhe.

– E que habilidades! – comentou Lorde Carter de forma dissoluta.

Os três sorriram, e perdida no assunto desviou o olhar. Podia não compreender a que habilidades eles se referiram, mas sabia que nada de puro e digno poderia sair daqueles três.

Eles falaram outras besteiras que pioraram assim que fora apresentada.

– Será demais pedir que nos trouxessem uma bebida? – disse Kate coquete e delicada, gesticulando, referindo-se a ela e .

– Oh, por mim não precisam se incomodar! – disse desconcertante.

– Será um prazer! – Lorde Carter beijou as costas das mãos de Kate e em seguida olhou pra – Aproveite, você tem as armas necessárias – Olhou descaradamente para seu corpo deixando-a corada – Faça Edward seu escravo.

arregalou os olhos diante do comentário. Edward lhe sorriu e beijou seu pescoço “Volto logo”.

Ele e Aro distanciaram-se deixando as duas um pouco sozinha.

Kate analisava-a calada enquanto ainda digeria o que lhe aconteceu.

– Vejo que além de companhia inadequada anda usando vestimentas vis.

Mesmo sem olhar soube de quem vinha essa voz, já havia escutado ela muitas vezes. Virou-se lentamente e se deparou com Jéssica Mason.

– Jéssica...

– Por favor, pra você sou Milady Mason, não temos mais vinculo algum para esse tipo de intimidade.

engoliu seco. Era a irmã mais nova de Damien, a irmã que sempre fora contra sua união como uma dama sem recursos consideráveis.

– Desculpe-me Milady, não fora minha intenção constrangê-la dessa forma.

– Certamente, acredito que ainda esteja aprendendo como agir em seu novo lugar na sociedade.

estava a ponto de chorar quando Kate a surpreendeu.

– Um lugar que acredito invejar, até porque não é uma Lady qualquer que possa usar um vestido desses de forma tão esplendorosa como Lady .

Jéssica olhou furiosa para Kate.

– Como se atreve a dirigir a palavra a mim?

– Que eu sabia estávamos aqui apreciando a noite até que a senhorita veio nos incomodar...  Talvez quisesse uma conversa mais picante e esteja com medo de admitir!

Jéssica Mason ainda abriu a boca para lhes dá alguma resposta, porém tudo que conseguiu fora bufar de raiva e se retirar do local pisando forte.

Kate sorriu vitoriosa.

– Não ligue para o que os outros falam!

– Obrigada Lady Denali.

– Por favor, comigo não precisa desse tipo de formalidade. – lhe sorriu amável.

– Como quiser... Kate – lhe sorriu.

– Sei o quanto isso tudo pode ser difícil... – sorriu, um sorriso amável que a fez lembrar de momentos memoráveis com Victoria.

[...]

Depois do desagradável encontro com Jéssica a noite fora agradável, acabou descobrindo que os preconceitos que possuía estavam evitando que ela se divertisse durante a noite.

Acabou descobrindo que os três juntos eram imbatíveis no quesito entretenimento, pôde dizer com certeza que nunca em sua vida rira tanto.

E seu pequeno problema com Jéssica e todas as outras damas pudicas presentes tornaram-se insignificantes.

Assim que chegou à residência de Lorde Cullen como sempre ele fora um cavalheiro, lhe preparou um chá e a fizera tomar para sonhos mais agradáveis.

Segurando-lhe a mão fizeram todo o percurso até seu aposento.

– Obrigado pela noite

Lorde Cullen lhe deu um beijo demorado no canto de seus lábios e quando estava para se retirar colocou sua mão esquerda em seu pescoço.

Com a ponta dos dedos acariciou a face de Edward, parando em seus lábios.

– Deseja algo mais ?

Lady sorriu apreciando a forma que a voz de Edward saíra.

– Certamente. Gostaria de um...

Engoliu seco, constrangida.

– Gostaria de um..? – Edward lhe perguntou com a voz ainda mais rouca.

passou a língua pelos lábios ressequidos.

– Seria inconveniente lhe pedir um beijo?

Sua face corou rapidamente, Edward lhe sorriu.

– De forma alguma.

– E me daria?

– Só há um meio de descobrir.

respirou fundo, estava nervosa, jamais se imaginou agindo de forma lasciva.

– Edward, poderia dar-me um beijo de boa noite?

Sua respiração acelerou, seu colo subia e descia apressado.

Vitorioso! Assim que ele estava se sentindo, além de lhe pedir um beijo ainda o chamara pelo primeiro nome.

Delicadamente emoldurou a face de com suas mãos, com seu polegar direito acariciou seus lábios que se abriram, beijou algumas vezes seu lábio inferior para enfim unir sua boca experiente com a carne tremula de Lady .

O beijo fora possessivo, entretanto fora rápido.

Antes mesmo de conseguir apreciar o momento como deveria Lorde Cullen se distanciou.

– Se precisar a porta de meu quarto estará aberta! – fora o que disse antes de se vira e deixá-la ali, parada, desejando mais que um rápido beijo.

CAPÍTULO 7


Mais uma noite sem dormir direito.

Já fazia uma semana que Lady não via Lorde Cullen, e nem ao menos pudera se despedir, pois depois do beijo de boa noite perdera horas decidindo-se se iria ou não até seu quarto que nem notara que o dia amanhecera, demorando-se ao se vestir, perdendo a chance de encontrá-lo pela manhã.

Naquele mesmo dia, quando a noite abraçou a cidade de Londres, descobrira que houve um problema com as plantações de rosas e Edward tivera que se ausentar.

Desde então a sua falta gritava dentro dela.

O que estava acontecendo?

Tudo o que desejava era poder experimentar do sabor de Lorde Cullen novamente.

Pra piorar seus sonhos não tornavam as coisas mais fácies, pois quando despertava se via suada e imaginando Lorde Cullen completamente despido.

Não sabia ao certo porque tinha esse tipo de desejo, porém por algum motivo desconhecido ele lhe fazia sentido...

Mas apesar de todo esse conflito interno e a falta de respostas Lady tivera uma semana divertida.

Sua amizade com Alice se fortaleceu de tal maneira que a assustava, era normal que lesse todas as manhãs para a jovem, e pela tarde cuidavam do pequeno jardim ou estufa, tocavam piano ou inovavam na cozinha.

Os risos faziam parte do dia-a-dia da casa e a dama de companhia de Alice, Sarah Norman quase não ficava presente.

Entretanto quando Rosálie aparecia se retirava, deixando-as a sós e torturando-se com seus sentimentos lascivos. Naquela manhã tudo parecia seguir pelo mesmo curso, assim que acordara seu viu melancólica, enquanto segurava à rosa nas mãos – as rosas nunca deixaram de chegar, sempre que despertava do pouco descanso que conseguia ter as encontrava ao seu lado – Sua cabeça vagava em busca de respostas.

Quem as colocava ali?

Chegou a ter certeza que era Lorde Cullen que de algum modo invadia seu leito na madrugada e lhe presenteava com a flor, mas já fazia dias que ele estava longe, e as rosas nunca deixaram de chegar.

Suspirou frustrada.

Cansada de tentar imaginar qualquer resposta aceitável, levantou-se, cuidou de sua higiene e com ajuda de Judith se vestiu. Não estava como muita fome, mas apreciou a companhia de Alice de tal maneira que acabou comendo mais do que gostaria.

- Hum..., o que leremos hoje? – perguntou pronta pra ajudar Alice no caminho até a biblioteca.

A pequena Cullen lhe sorriu um tanto culpada.

- Perdoe-me se não lhe avisei.

- Do que estás falando?

- Tomei a liberdade de falar com Sebastian, adoraria dá um passeio pela cidade! analisou-a e suspeitou desse interesse súbito em um passeio.

Entretanto não podia culpá-la, já havia chegado há dias e nunca saíra para nada das paredes da residência dos Cullens.

- O que exatamente quer conhecer?

- Soube que há uma praça belíssima na cidade, adoraria ir até lá.

- A qual se refere?

- Ah, acho que já esteve por lá, Parque Regent.

nada disse, porém acabou fazendo o que sua mais nova melhor amiga lhe pedira, e juntas seguiram para o mais novo parque da cidade.

A pedido de Alice Sebastian ficara no coche enquanto as duas se distanciavam, sentido a leve brisa londrina. Após alguns minutos Alice pedira para se sentarem, para então surpreender .

Jamais imaginou Alice lhe pedindo esse tipo de favor.

- Você estava me usando por todo esse tempo? – Lady a questionou depois de alguns segundos.

- Não, de forma alguma, sinto afeição por você, sua companhia é a mais adorável que já tive em toda minha vida.

Apesar de saber que a jovem Cullen ao seu lado não enxergava nada, quando olhou em seus olhos a sensação que teve fora que a pequena mulher cega havia enxergado mais do que qualquer um que já conhecera.

- Imagino que a vida não lhe tenha sido justa... Não sei exatamente o que ocorre entre você e meus irmãos – Deu um suspiro – Pra ser sincera prefiro nem saber... Entretanto espero que confie em mim, que acredite que estou sendo honesta, jamais lhe usaria desta maneira!

desviou os olhos da pequena Alice e ponderou tudo o que escutara da jovem. Suspirou resignada.

- Acredito que não possa haver ninguém que consiga lhe dizer não.

Alice lhe deu um largo sorriso.

- Acredite, há alguém, e você o conhece.

tentou imaginar quem seria essa criatura determinada, porém não conseguiu imaginar ninguém, o que acabou fazendo Alice gargalhar.

- Sir Edward Cullen!



{...}




Alice havia se cansado do longo passeio que fizeram pela manhã que acabou se retirando para seu leito no inicio da tarde, deixando Lady sozinha com seus pensamentos, o que acabou sendo um grande perigo.

Sir Edward Cullen era o tema principal e mais nebuloso da Ária de sua opera mental. Conseguia imaginá-lo com toda sua altivez e dominância. Conseguia até escutar o som de sua voz.

Onde ele estaria?

O que estaria fazendo?

Será que pensava nela?

Frustrada por se pegar divagando por lagos tão obscuros retirou-se de seu leito, necessitava desesperadamente ocupar sua mente, e que lugar seria mais estratégico para conseguir este objetivo se não a biblioteca?

Certamente ali encontraria um refugio seguro para seus pensamentos.

Entretanto deveria saber que o caminho até seu alvo não seria nada fácil.

Assim que abrira a porta se deparou com o elegante corredor vazio, pena que não percebera antes que esse ato a levaria a um destino diferente.

Sem que pudesse controlar, seus olhos se prenderam em um leito mais a frente, sentiu seu pulso acelerar assim como uma idéia conflituosa se emprenhar em sua mente. Balançou sua cabeça rapidamente como se fosse capaz de apagar tal pensamento, chegou até mesmo a dá alguns passos rumo a escada, porém não encontrou forças suficientes para seguir em frente.

Antes mesmo de chegar à metade do caminho desejado já havia se entregado ao primeiro obstáculo que encontrara no caminho.

Cuidadosamente seguiu em direção ao leito de Lorde Cullen, trêmula abriu a porta do inferno.

Encostada na porta fechada do aposento de Edward seu viu espantada, tudo era tão diferente do que imaginava.

O chão era de mármore, havia duas cadeiras douradas próximas da um das duas enormes janelas, os móveis eram de mognos e não passou despercebidos os jarros de porcelanas com rosas brancas e vermelhas espalhados pelo cômodo. Para completar, toda a decoração mesclava em amarelo-dourado e branco-neve dando requinte e elegância ao ambiente.

Caminhou lentamente pelo local, analisando cada canto. Passou pelo leito de Lorde Cullen e o imaginou deitado em um sono calmo e profundo. Mordeu seu lábio inferior diante da imagem, sentou-se na cama e com as pontas dos dedos sentiu a maciez de tecido que o envolvia.

Sem que ao menos percebesse se imaginou ali, deitada ao seu lado, entregue em seus braços...

Por Deus! O que esse libertino estava fazendo com sua mente?

Fechou os olhos e ficou perdida em seus tumultos internos. O que poderia ela fazer para voltar a ter o controle sobre seus pensamentos? Foi quando se decidiu por ir embora, definitivamente a idéia de ir até lá não fora nada positiva.

Acabou voltando para seu leito.



{...}



A pedido de Alice no dia seguinte fez o que lhe cabia, saíra bem cedo e pegou o que era necessário para que a Cullen pudesse continuar com seu plano.

Lady ainda achava tudo uma loucura, temia com o que pudesse acontecer com a jovem, temia pela reação de Lorde Cullen, pois o pouco que conhecia dele deixava claro o sentimento protetor em relação às irmãs.

Assim que voltou para a residência dos Cullen passou por todos desapercebida, ninguém nem ao menos notara o envelope que ela escondia nas costas.

Correndo adentrou o aposento de Alice que ainda encontrava-se deitada.

- ?

A voz da jovem estava um tanto preguiçosa.

- Como ainda consegue ficar na cama há essa hora?

A pequena lhe deu um sorriso meigo.

- Não dormir bem à noite...

Lady preocupou-se, entretanto decidiu-se por ficar atenta, se fosse algo grave tinha a esperança de que a própria Alice lhe contasse.

- Não é pra menos – deu um suspirou e sentou-se na beira da cama de Alice – Você tem certeza que quer continuar com isso? Temo que seja uma decisão precipitada... Talvez fosse melhor pensar mais no assunto!

Alice voltou a lhe sorrir.

- Também pensaria assim se estivesse em seu lugar. – apalpou o colchão até encontrar as mãos de e apertá-las carinhosamente – Entretanto é o único modo de eu ser feliz! Eu preciso tentar.

A face de Alice se iluminou de tal modo que não pode lhe negar, leu cada palavra da carta que fora buscar e juntas começaram a decidirem o que fariam sem que ninguém na casa pudesse perceber algo.

Seria difícil, entretanto por algum motivo desconhecido sentia-se em divida com a jovem.

O resto da manhã passou rápido, acabaram se ocupando em poesias que nem ao menos notaram que Alice já deveria estar se arrumando, afinal Rosálie esperava-a para um tarde de compras no Regent Street.

Assim que ficara sozinha na imensa residência vagou pelos cômodos sem saber ao certo aonde ir, até que finalmente parou na cozinha, vendo a governanta com várias empregadas preparando quitutes caprichados para o habitual chá das cinco, até porque Rosálie deixou claro que estariam de volta a tempo.

- Posso ajudá-la? – perguntou tímida.

Esme parou o que estava fazendo e a encarou.

- Milady porque não vá se entreter na estufa, na biblioteca, ou no piano? – Respondeu-lhe educadamente.

deu um suspiro.

- Desculpe se atrapalhei!

A virou-se, e quando estava retirando-se Esme a tocou levemente no ombro.

- Milady peço que me compreenda, Lorde Cullen deixou bem claro que deveríamos tratá-la como uma hóspede ilustre, imagine o que ele faria se soubesse que esteve nos ajudando com a comida?

lhe sorriu.

- Naturalmente iria agir de forma desnecessária com vocês, e juro que não gostaria que isso acontecesse.

- Obrigada Milady!

Esme voltou aos seus afazeres enquanto seguiu seu conselho, fora se entreter no piano, transportando para cada nota seu sentimento contraditório e confuso, deixando transparecer na canção melancolia romântica como se encontrava.

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Concentrada em seu intimido fechou os olhos, pois aquele momento o que mais necessitava era se reconhecer, se encontrar, para assim poder descobrir o caminho que deveria tomar.

“Oh senhor, ajude-me, me dê uma luz. O que devo fazer?”

Pediu em pensamento, alheia a tudo o que acontecia a sua volta, que nem ao menos percebera a chegada do homem que pouco a pouco se tornava o centro de seus pensamentos.

Lorde Cullen no momento em que saíra do coche escutara fascinado a melodia, dando-lhe uma previa do que veria assim que adentrasse o salão de musica, pois era óbvio que somente poderia estar no piano, uma vez que, Rosálie se recusava a tocá-lo e Alice a muito não tinha esse privilegio.

Entretanto nada poderia tê-lo lhe preparado para o que aconteceria assim que seus olhos a encontrassem, pois seu corpo jamais sentiu-se tão inerte com uma visão antes.

usava um vestido rosa claro, o decote não era generoso, seu cabelo preso em uma simples trança e sua face sem maquiagem deixava claro sua inocência e delicadeza.

Sua concentração era nítida, seus lindos olhos fechados e o sorriso que pouco a pouco nascia daqueles lábios fizeram Edward petrificar-se na entrada.

Não havia nada demais, entretanto havia a beleza mais sublime e encantadora em todos os simples movimentos que vazia.

Quando finalmente a música chegou ao fim se virou deparando-se com Sir Edward encarando-a.

Ambos não falaram nada, simplesmente se olharam, sem qualquer pressa ou curiosidade.

Após alguns minutos Edward caminhou lentamente na direção de que por sua vez não fizera esforço algum para mover-se, somente apreciou cada movimento daquele libertino que a confundia.

Quando estava próximo o suficiente Edward acariciou a face da jovem com a costa de sua mão direita, para então descansar a palma de sua mão na lateral do rosto de Lady , passeando seu polegar nos finos e delicados lábios de .

- Toque pra mim?

A voz de Edward saíra roucamente, fazendo tremer diante daquele som inebriante e másculo.

Sem ao menos entender ela atendeu seu pedido se pestanejar. Relutante, afastou-se do contato caloroso que a pele de Edward possuía e sentou-se novamente em frente ao instrumento.

Enquanto seus dedos encontravam cada nota seu pulso acelerava em expectativa, o que estaria Lorde Edward achando? Estaria apreciando?

Tinha medo de que ele não gostasse, ou que talvez errasse alguma nota retirando a beleza e perfeição da melodia.

Foi então que algo inesperado aconteceu.

Sir Edward sentou-se no banco, no pequeno pedaço atrás dela, deixando seu corpo colado ao dela, beijando delicadamente seu ombro, fazendo com que perdesse a concentração.

- Quer que continue? – lhe perguntou em seu ouvido.

Demorou alguns segundos, mas lhe respondeu.

- Sim!

- Então continue tocando, pare somente no momento em que não desejar minhas caricias!

respirou fundo e fez o que lhe foi pedido.

Edward sorriu, e lentamente lhe beijou o pescoço, mandíbula e o lóbulo de sua orelha enquanto suas mãos sábias caminhavam pelas curvas de uma ofegante.

Enquanto os lábios venenosos de Edward moviam-se em seu no pescoço, uma de suas mãos pousou aberta no seio direito da jovem, para em seguida ajustar-se de acordo com o atraente monte, acariciando-o lentamente.

Entregue ao prazer apoiou sua cabeça no peito de Edward, dando a ele mais liberdade para explorar seu corpo e lutando para não deixar de tocar uma só nota.

Com a outra mão Edward começou a acariciar o seio que estava “livre” tirando gemidos entre cortados de .

Vendo a face da jovem próxima a sua, inclinou-se em sua direção, prendendo a boca tentadora de na sua, que o aceitou, abrindo sua boca para ele, recebendo seu beijo ardente até lhe faltar ar nos pulmões.

- Você está me matando – suspirou – Me matando deliciosamente.

Edward se encantou com o comentário da jovem, por mais que soubesse que esse dia chegaria, ouvir ela lhe dizendo cada palavra fez nascer dentro dele uma fúria apaixonante.

Beijou-a novamente, e sem qualquer delicadeza pressionou os seios de com intensidade, ele já os tinha sentido antes, sabia o quanto eram macios e perfeitos, queria com todo ardor beijar e lamber cada pedaço de Lady .

Sem entender como, ouviu o tecido de sendo rasgado, deixando seus seios devidamente expostos a ele, os tocando, sentiu o magnífico volume, sentiu sua auréola excitada, sentiu sua respiração ofegante...

Entretanto ele necessitava conhecer o desconhecido!

- Lembre-se, se parar eu paro! – Edward sussurrou em seu ouvido.

respirou fundo, juntando todas as forças que podia para continuar tocando cada nota, apesar de Lorde Cullen estar levantando sua saia, apesar de saber que isso poderia arruiná-la de vez, apesar de saber que sua sanidade poderia ser perdida, ela queria suas caricias.

- Eu quero tocar você... Apenas tocar você!

não sabia ao certo o que pensar ou dizer, simplesmente se forçou a continuar tocando a melodia, deixando acontecer o que quer que Edward decidisse.

Um grito abafado pelo som do piano saiu dos lábios de quando Edward levantou uma de suas pernas afastando-as para em seguida abrir os colchetes de sua calça, e assim descansar a mão sobre sua intimidade úmida, fazendo seu corpo estremecer e seus dedos errarem uma nota da musica.

Edward lhe mordeu o pescoço enquanto uma de suas mãos lhe acariciavam os seios e a outra encontrava a fenda entre os lábios de sua vagina. Ela jamais imaginou poder sentir tamanho prazer em um lugar tão intimo, porém quando ele começou a acariciá-la tudo o que ela conseguia fazer era pedir por mais.

- Tão macia e doce... És encantadoramente perigosa !

Sem que ao menos entendesse o motivo seu quadril começou a movimentar-se, palavras desconexas começaram a sair por seus lábios e a melodia que tocara antes a muito deixou de acontecer, pois do piano saía somente uma melodia horrorosa e desconhecida.

- Goze para mim, minha doce Milady! - Pediu Edward.

Ela não sabia o que isso queria dizer, a única coisa que sabia era que necessitava de algo, mas não sabia exatamente o que.

Foi então que tudo explodiu a sua volta, ela não pode mais continuar a tocar o piano, seu corpo estremeceu intensamente, e a única coisa que conseguia sentir eram as caricias em sua intimidade, cada vez mais ardentes reacendendo a deliciosa sensação por mais vezes, fazendo-a gritar.

Edward lhe beijou a boca enquanto retirava suas mãos do molhado e ardente monte de Vênus, segurando-a pelo quadril e virando-a, para sentá-la em seu colo, de frente para ele.

Ela sentiu um grande volume de encontro a sua intimidade e ofegou alto, Edward emoldurou sua face com suas mãos e lhe beijou os lábios de forma rude. lhe agarrou a nuca, necessitava de mais, muito mais...

Lorde Cullen segurando seu quadril começou a movimentá-la, provocando um contato dissoluto entre as duas intimidades.

- Oh.. Por favor... – gritou .

Edward lhe chupou os seios, mordiscando levemente sua auréola, fazendo-a se agarrar firme em seus cabelos gritando por mais, movimentando seu quadril descontroladamente.

- Me toque... Tenha-me! – gritou novamente.

Era tudo o que ele necessitava ouvir para seguir em frente.

Com dificuldade começou a abrir os botões de sua calça, ele iria tê-la, e saber que ela o desejava tão intensamente, tornava o momento mais fascinante!

- Vou buscar seu casaco Milady!

Ao longe Edward ouviu a voz de Sarah, dama de companhia de Alice.

Um medo inesperado passou pelo corpo de Edward. Sua irmã não podia vê-los, entretanto ouvia como ninguém, e tudo o que ele não gostaria era de outra pessoa ouvir o que somente ele poderia, os gemidos de deveriam ser somente para ele e ninguém mais, principalmente uma de suas irmãs.

Sem qualquer explicação prévia Edward a retirou de seu colo, segurou-a pelo braço e começou a tentar arrumá-la, escondendo a parte rasgada do vestido com seu casaco.

- Edward eu...

Antes que completasse alguma coisa ele a calou com um beijo.

- Alice está próxima, mas tarde conversamos... Se ainda quiser! – lhe disse delicadamente.

Afastou-se de e fechou sua calça, passou a mão pelo rosto, respirou fundo e seguiu ao encontro de Alice, deixando Lady queimando na sala de música, completamente perdida, pois ainda queria por algo que nem ao menos sabia o que era.

CAPÍTULO 8


O fato de ter optado por “desaparecer” ajudou Edward a se manter controlado.

Os últimos dias foram um tormento, jamais se imaginou sentir tanto a falta de alguém que conhecera em tão pouco tempo.

Em vários momentos do dia se via lembrando de seu sorriso, seus gestos, seu cheiro...

O que isso queria dizer?

Ele ainda não sabia a resposta com total certeza, entretanto já se via em um futuro totalmente diferente do que ele imaginou.

- Vai ficar belíssima com o vestido que escolhi – comentou Rosálie.

Apesar de estar com o pensamento distante, ele ainda conseguia escutar longe o que suas irmãs discutiam, e mesmo estando calado e com uma expressão alheia ao que acontecia a sua volta, as duas não notaram nada de estranho com o irmão.

Até porque ele sempre agia dessa forma quando o assunto era as novidades da moda.

Felizmente antes de escurecer Rosálie fora embora – afinal tinha uma casa e um marido para cuidar e já passara muito tempo longe – E como passou parte do dia caminhando sua irmã mais nova acabou se retirando cedo, deixando-o sozinho a espera de .

Um suspiro acabou saindo sem que Lorde Cullen pudesse segurar, ele nunca havia tocado uma carne tão terna e convidativa antes, ainda podia sentir a palpitação de prazer no clitóris de Lady , ainda podia ouvir o seu pedido para possuí-la...

Somente alguns minutos a mais e ele estaria passeando dentro de como sempre desejou.

Porque Rosálie não resolvera escolher mais vestidos com Alice?

Tomou um gole de seu brandy e viu à hora por mais uma vez, já passara das duas, e apesar de desejar estar divertindo-se com seu corpo necessitava de descanso, afinal amanhã logo cedo deveria resolver assuntos que ficaram pendentes com Billy.



{...}



O sol já adentrara o quarto de Lady há algum tempo, entretanto ela se via entretida, olhando seu corpo nu, a mordida em seu pescoço, através do enorme espelho que havia em seu dormitório.

A noite passou de forma demorada, e mesmo buscando por resposta não conseguiu encontrar nada que lhe pudesse ser útil para compreender o que havia acontecido na sala de musica.

Ele a tocou tão deliciosamente, que a única coisa capaz de fazer no momento, fora gritar por mais, fora permitir que ele continuasse o que estava fazendo.

Entretanto nada disso lhe fazia sentindo...

No dia em que veio para a residência de Sir Edward seu pai lhe deixou claro que deveria agüentar as dolorosas investidas de Lorde Cullen, que a dor iria fazer parte do momento, mas que logo ele a deixaria livre, e isso era o que verdadeiramente importava.

Fechou os olhos, e sem poder evitar as lembranças a dominaram...

Ela necessitava de respostas, mas quem poderia ajudá-la?

Não conhecia ninguém que pudesse confiar, ninguém que lhe escutaria sem julgar ou reprimir.

Frustrada olhou para sua cama, seu vestido rosa ainda estava estirado no colchão, e o rasgo na parte superior, mesmo distante, era visível.

Caminhou lentamente, aproximando de seu leito, deixou que seu corpo caísse no colchão, deitando-se de lado, enquanto seus dedos passeavam pelo tecido rasgado.

Não soube dizer ao certo por quanto tempo ficara perdida, mas batidas na porta lhe trouxeram para a realidade.

- Milady, estás acordada?

pensou na possibilidade de continuar calada, entretanto já conhecia Judith o suficiente pra saber que logo encontraria uma forma de adentrar seu leito para saber se tudo estava realmente bem.

Pegou o vestido, rapidamente o escondeu em seu armário, em seguida cobriu-se com um robe negro, para enfim abrir a porta de seu aposento.

- Milady, perdoe-me se incomodo, entretanto a senhorita não se alimenta desde ontem. Não necessita de algo?

lhe lançou um sorriso forçado, não fora comer porque sua mente estava explodindo de curiosidade e culpa, e tudo o que não precisava era de alguém lhe regulando.

Fechou seus olhos por alguns segundos e com toda força que possuía dentro de si, fora gentil.

- Necessito de um chá.

- Irei providenciar!

Assim que Judith se retirou, voltou a se trancar em seu quarto, seguindo para o lavatório, talvez um banho lhe ajudasse a esquecer Lorde Cullen.

Olhou para o relógio e apressou-se, necessitava ajudar Alice, ela havia lhe prometido e apesar de não concordar iria cumprir sua promessa, talvez ela estivesse certa, talvez não tentar fosse pior.

Judith não se demorou em lhe servir um belo chá com torradas, e mesmo não estando com vontade se alimentou bem, para em seguida vestir-se, pentear e arrumar os cabelos, não se esquecendo de passar uma quantidade considerável de pó no rosto, afinal suas olheiras estavam perceptíveis.

Olhou-se no espelho e mesmo com uma vestimenta razoavelmente comportável sentia-se nua.

Suspirou resignada e retirou-se de seu leito, talvez se não se olhasse ficasse mais fácil não pensar nas sensações que sentira. Por sorte não encontrara ninguém no caminho e conseguiu retirar-se da residência sem qualquer transtorno, assim como chegar ao local combinado fora fácil e sem grandes problemas.

- Milorde! – lhe cumprimento.

Estavam na parte escondida do parque. Entretanto estava tremendo, temia em ser vista com outro homem sozinha.

- Milady! – o jovem rapaz lhe cumprimentou lhe entregando mais um envelope e recebendo um em troca. – Mande lembranças minhas a Lady Cullen.

nada disse, acenou timidamente com a cabeça e se afastou, olhando para os lados temerosa.

Quando estava distante o suficiente encostou-se no tronco de uma enorme árvore, respirou profundamente, esperou até que seu corpo parasse de tremer, para enfim voltar para a residência dos Cullens.

- Lady !

Assustada seguiu seu olhar na direção do som que havia lhe chamado para deparar-se com Kate Denali sorridente.

- Lady Denali! Com passos elegantes Kate se aproximou de , olhou para a jovem atenta, analisando sua face cuidadosamente.

- Imagino que a noite na residência de Lorde Cullen fora agitada com sua volta!

não entendera completamente o que Kate queria dizer com esse comentário, entretanto um sorriso ligeiramente diabólico não lhe passou desapercebido, fazendo com que a mente de Lady trabalhasse rapidamente, encontrando a resposta que esteve procurando desde ontem.

- Kate preciso de sua ajuda!



{...}



Lorde Cullen escutava atento a tudo o que sua governanta lhe passava.

Não estranhou-se com a fato de e Alice terem afeição uma pela outra, soube desde o começo que assim seria, entretanto temia o resultado dessa amizade.

até agora não demonstrava nada que pudesse apontar como repugnante, nada que fizesse Edward lembrar-se que ela tinha o sangue dos .

Mas ainda não havia se convencido por completo, conhecia as estratégias sujas de sua família, por isso temia que ela ainda não houvesse retirado a mascara que lhe cobria.

- Acreditas que os sentimentos de sejam verdadeiros? – perguntou para Esme.

A governanta lhe sorriu.

- Já vi muita coisa em minha vida e lhe digo sem medo, tem um carinho forte e verdadeiro por Alice!

Edward deu um suspiro forte.

- Pode ser... Porém não é certo que as duas saiam juntas.

Esse era outro ponto que lhe preocupava.

Sir Cullen nunca sem incomodou com os comentários ao seu respeito ou sua família, entretanto era consciente que para conseguir um bom casamento a dama necessitava de uma reputação limpa.

Nunca se esquecera o quanto fora difícil encontrar um marido descente para Rosálie, sua família fora muito manchada no passado e temia que histórias antigas acabassem caindo aos ouvidos de Alice, não sabia como sua irmã reagiria ao saber da verdade.

Ainda havia outro fator.

Não havia uma só alma que duvidasse em seu poder de sedução, logo, todos não titubeavam em acreditar que Lady era uma convidada diária em seu leito desde o primeiro dia em que entrara em sua residência.

O que pensariam ao vê-la juntas?

Com um passado escandaloso e um presente duvidoso ficaria quase impossível encontrar um novo conde Thompson.

- Temes que a reputação nada descente que Lady adquiriu estando ao seu lado atinja sua irmã? – o questionou Esme.

Edward lhe sorriu amargamente.

- Conversarei com elas. Onde estão?

- Alice esta em seu leito com Sarah, já saíra assim que despertou.

Edward arregalou os olhos surpreso.

- Saiu? Pra onde fora?

- Bem, ela não nos disse nada, porém Sarah comentou comigo uma conversa que escutara dela com Alice. – Esme suspirou – comentou que fora ao parque ontem, e isso a deixou mais calma, acredito que ela tenha voltado ao parque hoje!

Edward pensou sobre o que escutara e decidiu que antes de tomar qualquer decisão falaria com , afinal ela não era sua prisioneira e duvidava que fosse fugir, pois isso lhe custaria muito claro.

- Obrigado pelo excelente relatório Esme.

- Pode contar comigo sempre que precisar!

- Tenho certeza que sim. Em relação aquele nosso outro assunto, tudo ocorreu bem?

- Sem problemas!

Como sempre fazia ao ser ajudado por Esme, Lorde Cullen lhe entregou uma quantia considerável em dinheiro. E sem dizer mais nada se retirou, necessitava deixar algumas coisas claras para Alice.



{...}



Kate Denali processava o que havia escutado de Lady com todo cuidado.

mordia os lábios nervosamente, olhou em volta e percebera que a praça estava completamente vazia, o que de certa forma tornava as coisas mais fácies.

- O que quer saber exatamente?


Como se estivesse despertado de uma hipnose momentânea Kate lhe questionou ainda sobre o efeito da incredulidade.

- Não sei... Temo que tenha cometido um pecado ao deixá-lo me tocar de forma vergonhosa.

Denali tentou a todo custo conter sua gargalhada, entretanto o comentário de a pegou de surpresa tornando impossível segurar-se.

- Essa sociedade cheia de regras mentirosas e imundas acaba por nos confundir. – Kate lhe disse assim que estava recuperada.

- Não entendo... Kate sei que estou sendo uma estúpida...

- Não repita isso! – Denali cortou-a ríspida. – Preste atenção não estava rindo de você e sim de toda essa nojeira que tentam empurrar em nossas vidas!

olhou-a confusa, o que acabou fazendo Kate lhe sorrir amigavelmente.

- Creio que Lorde Cullen tenha encontrado sua parceira perfeita!

- Como?

- Sir Edward é um gentleman, até mesmo com damas impudicas como eu, entretanto lhe deixar no controle é algo impossível de acreditar... Ah não ser que....

Lady Denali se calou, deixando na expectativa.

- A não ser que...? – a questionou.

Kate ficou calada por alguns segundos, pesando internamente se deveria ou não lhe dizer suas suspeitas.

- Nada! – por fim resolver por guardar suas suspeitas dentro de si.

deu um suspiro resignado.

- Estou tão perdida... – sussurrou tristemente.

Kate lhe segurou as mãos firmes e lhe encarou nos olhos.

- O que aconteceu entre você e Lorde Cullen não fora pecado, fora carnal, e pelo que sabia sensações carnais nem sempre são sinônimos de erros mundanos – sorriu fracamente – Considere-se uma Lady de sorte, são poucas as que sentem um orgasmo na primeira vez que um homem lhe toca.

ficou ainda mais confusa.

Orgasmo?

O que seria isso?

- Não se preocupe, tens um delicioso professor para lhe ajudar a descobrir o que nos és escondido, basta que se permita ser ensinada!

- Ser ensinada?

- Milady, jogue seus medos no Tâmisa, se permita ser guiada por Lorde Cullen, pois assim acabara ganhando em qualquer situação!

- O que queres me dizer com isso?

- Em toda Londres todos possuem a certeza que estas desfrutando de noites libidinosas com Edward, e como seu “amante” obtém uma fama invejada pelos homens da cidade, assim que se ver livre da aposta poderá conquistar uma vida bem melhor do que imaginas, do que já teve nos melhores anos dos , basta que seja uma aluna dedicada, e aprenda com o mestre como uma mulher deve se comportar no leito de um homem.

- Deixar-me ser guiada por suas vontades... – murmurou ruborizada.

- Descobrir um mundo ainda mais inebriante do que o de ontem, basta que se permita navegar no desconhecido! – lhe disse Lady Denali sorridente com outro pensamento lhe dominando.

Talvez nem todas tenham a sorte que ela teve, pois se estivesse certa, logo veria Sir Edward preso em sua própria armadilha, logo seria testemunha de uma união que daria o que falar.



{...}



A conversa com Kate deixou-a inclinada a fazer algo que jamais imaginou ser capaz.

Teria ela se tornado tão detestável como sua irmã?

Sorriu fracamente.

Não, jamais seria capaz de se tornar tão suja e desprezível como Victoria.

Olhou-se no espelho por mais uma vez, nesta noite não estava usando espartilho nem combinação, usava somente uma camisola de seda rosa e um robe branco também de seda com alguns lanços na frente.

Não descera para o jantar, depois que entregara o envelope a Alice voltara para seu aposento e perambulou por várias horas decidindo se seguiria ou não o conselho de Lady Denali.

Olhou o relógio e percebera o quão tarde estava, já passava das 2 da manhã.

Durante dias tinha lutado para não ceder aos avanços de Edward, mas essa noite tinha perdido a batalha.

A lembrança de suas mãos em seu corpo a enchia de um doce e doloroso desejo que era completamente desconhecido para ela. Ele a tinha levado a um lugar inesquecível, desejosa por mais, tornando-se uma estranha para si mesma.

Suspirou temerosa e por fim optou por jogar seus medos e conflitos no Tâmisa e seguir em frente como Denali lhe disse pra fazer.

Saíra de seu leito e com passos lentos, porém decididos, seguira para o aposento de Lorde Cullen, respirou fundo para então tentar a sorte e abrir a porta do quarto.

Estava aberta!

Já deveria ter imaginado, ele já havia lhe alertado sobre esse fato antes.

Adentrou e encostou a porta.

O aposento estava escuro, com exceção do leito de Edward, pois os dois candelabros iluminavam o local com total perfeição.

Ele estava lá, deitado, tinha as mãos enlaçadas sob a cabeça e um lençol branco de seda até os quadris, sua respiração estava calma e sua feição serena.

Enquanto ela sustentava pensamentos vergonhosos ele dormia tranquilamente, fora o que pensou , entretanto ela estava enganada, demorou, mais finalmente percebera que Lorde Cullen não dormia, estava acordado e a observava cuidadosamente.

O fôlego lhe faltou.

Manteve o olhar preso no dele, pois sabia, tinha total certeza que esta noite se entregaria aos caprichos de Sir Edward, da forma como ele sempre desejou: Ela estaria pedindo por ele!



Capítulo 9




O silencio que no começou era acolhedor começara a tornar-se perturbador, fazendo com que tomasse coragem e falasse.

– Perdoe-me, não queria despertá-lo. – era visível seu nervosismo.

Ele se apoiou sobre os cotovelos e olhou-a mais intensamente.

– Não há porque se desculpar, não estava dormido. – deu-lhe um sorriso – Bem talvez esteja enganado e esteja sonhando. É um sonho, cordeiro?

O som de sua voz lhe causou um frio que lhe passou por toda sua coluna.

– Não, não sou um sonho. – lhe respondeu tremula.

– Adoraria comprovar isso, se incomodaria em aproximar-se? – relutou-se no começo, porém acabou cedendo, afinal havia se decidido por um ponto final em toda essa confusão.

Com passos lentos aproximou-se, podia reconhecer o som de sua própria respiração no silêncio do quarto. A proximidade a fez olhá-lo melhor.

O lençol cobria a parte inferior de seu corpo, mas não escondia absolutamente nada da forma máscula do seu peito bem definido, sua magra e dura cintura, assim como o ventre liso.

Ao perceber que havia estagnado enquanto seus olhos navegavam por seu peito e abdômen, Lorde Cullen levantou-se, deixando o lençol que lhe cobria parte do corpo esquecido no colchão, com dois passos aproximou-se e delicadamente pegou sua mão impulsionou-a lentamente a sentar-se junto a ele.

Durante um longo momento não disse nada, pois sabia o quanto esse passo havia lhe custado. Depois daquela noite já não haveria como voltar atrás.

Seus dedos encostaram suavemente em seus cabelos, acariciando-os, ele nunca os tinha visto tão livres antes.

– Seu cabelo é tão macio... Ah... Como sonhei me envolvendo nele tantas vezes.

continuou em silencio, encarando o homem sedutor e envolvente. Ele continuou suas caricias, deslizando sua mão por seu braço.

– Espero que não esteja assustando-te? – murmurou.

– Eu... Suponho que... Um pouco.

– Acredite! Você me assusta também... Com sua beleza... Sua inocência... Temo em tomar alguma atitude precipitada... Que a faça afastar-se de mim...

Agarrou sua a mão e a apoiou sobre seu peito nu, lhe fazendo sentir o firme batimento de seu coração.

– Percebe o quanto mexe comigo? O que um simples contato de sua pele me causa?

continuou calada, analisando cada palavra que Edward lhe falava com cuidado.

– Não te pressionarei, não fiz isso antes e não vou fazê-lo agora. Prometo-lhe que faremos o que você desejar, nada mais.

Ela olhava-o fascinada, pois sabia que estava lhe dizendo a verdade, de uma forma que não poderia explicar, simplesmente sabia.

– Eu... Não sei... O que fazer. – respirou fundo – Você me ajuda?

Um belo sorriso torto apareceu na boca de Sir Edward.

– Me sentirei muito honrado. – respondeu roucamente.

Para em seguida segurar sua mão, beijá-la demoradamente e depositá-la em seu peito

– Apenas me toque .

Guiada por ele, percorreu seu corpo, acariciando-o, insegura, com as mãos tremulas, sentindo os duros músculos de seu peito e seu liso ventre lhe despertar um calor familiar.

Vacilou quando a palma de sua mão se aproximou de sua virilha. Não soube o que pensar quando viu algo ereto entre suas coxas.

– Só sou um homem – murmurou. – Sinta-me. Descubra o quão poderosamente me excita.

Perdida, sem saber o que esperar, fora guiada por sua mão máscula encontrando sua palpitante ereção, fechando com os dedos dela sob o tecido de seu pijama.

Sem entender o porquê, esse contado acelerou ainda mais sua respiração. Cuidadosamente, Edward segurando sua mão, a colocou dentro de sua calça, para em seguida estimular-se com a delicada e macia mão de Lady .

A carícia era uma dança calma, entretanto ardente, ofegava alto, tocá-lo intimamente era uma experiência um tanto quanto... Confusa?! Estava tão perdida que não conseguia encontrar palavras que pudesse explicar seus sentimentos enquanto o tocava.

Lentamente Lorde Cullen deslocou sua mão mais a abaixo, no quente saco que havia sob seu grosso membro...

Depois, de um modo inesperado, deixou-a livre.

– Estou ao seu dispor, faça o que bem entender!

engoliu seco.

O que faria?

Não tinha experiência alguma, entretanto sem que entendesse o porquê sua mão ganhou vontade própria, e de forma libidinosa acariciou o corpo de Edward.

Sua curiosidade a dominou.

Conduziu suas mãos ao cós de sua calça, puxando-a para baixo, percebendo o que desejava ele arqueou seu corpo levemente, para enfim ficar completamente nu.

olhou cada pedaço do corpo exposto de Lorde Cullen, viu a grande e grossa extensão que estava acariciando, respirou fundo e levou seus dedos novamente ao pênis de Edward, saboreando a deliciosa sensação que era tocar aquela dura, quente, pulsante e lisa carne do corpo esplendoroso do homem a sua frente.

– Sim... Toque-me.

Ao ouvir o som rouco de sua voz, uma confiança tomou conta de fazendo-a aumento o ritmo de sua caricia.

Ela viu Edward inclinar a cabeça pra trás, percebeu que o ritmo de sua respiração acelerou, para então soltar um grito.

Constrangida tirou suas mãos de Lorde Cullen, olhando-o assustada.

– Perdoe-me, não queria fazer-te mal!

Ele riu com certa dificuldade.

– Longe disso, suas belas mãos têm um poder magnífico, pode enlouquecer um homem com suas caricias meu doce cordeiro.

não soube ao certo o que lhe responder, abaixou seu olhar, estava visivelmente envergonhada, entretanto ele estava decidido a lhe demonstrar o quanto os prazeres carnais poderiam ser inesquecíveis.

Levou seu polegar até seu busto, passando seu dedo delicadamente sob o tecido que lhe cobria. Sem que pudesse evitar seu mamilo deu sinal de vida.

– Sua camisola. – insinuou-se cuidadosamente – Permita-me este prazer?

Ela havia enlouquecido ou ele estava mesmo pedindo para despi-la?

vacilou, nunca havia passado em sua cabeça se expor por completo a ele, nunca se imaginou em uma situação tão embaraçosa.

Entretanto uma coragem desconhecida lhe dominou, levantou-se da cama, ficando de frente a ele.

Aos poucos os dedos de Sir Edward foram desfazendo os laços de seu robe. Quando terminou, usou os polegares para retirá-lo através de seu ombro.

Ela usava uma camisola rosa, o tecido era tão fino que ele podia apreciar as curvas de Isabela perfeitamente. Entretanto necessitava vê-la por inteiro.

Segurando seu desejo de tocá-la, abaixou-se, segurando a ponta da camisola de que estava tocando seus pés, para então devagar ir revelando cada pedaço da carne feminina a sua frente.

ofegou nervosa, pôde ouvir um suspiro que podia definir como de admiração vindo de Edward, porém a vergonha falou alto dentro de si, fazendo com que usasse suas mãos para cobrir-se, porém Lorde Cullen carinhosamente as segurou.

– Deixe-me olhar... És ainda mais perfeita que em minha imaginação.

Cuidadosamente Edward envolveu seus seios, tocando-os com tanto cuidado que a deixou confusa e com o pulso acelerado.

Suas mãos a tocavam com tanta amabilidade que a única coisa capaz de fazer no momento fora fechar os olhos e permitir-se ser guiada por ele.

– Tens o seio mais belo que já vi. Altos e exuberantes... – Suspirou – E que mamilos delicados... São como botões de rosas...

Delicadamente beijou um de seus seios, para então abocanhá-lo com dominância, fazendo-a agarrá-lo pelo cabelo.

Ele a sugava com tanta vontade que a fez querer mais, a fez querer reviver as sensações explosivas que sentira um dia antes em seus braços.

– Me toque... Como ontem...

Não soube como, mas o seu desejo saiu por seus lábios, fazendo Lorde Cullen abandonar seus seios, para então lhe beijar a boca, enquanto suas mãos vagavam por seu corpo com possessividade.

Sem quebrar o beijo ele a fizera sentar-se no colchão, segurou firme suas mãos, para enfim abandonar sua boca.

Ele olhou-a nos olhos, e delicadamente seus beijos foram descendo, passando por seu colo, seios, barriga e...

– Oh Deus...!

Ele estava entre suas pernas beijando-a sob os caracóis de seus cabelos íntimos.

– Oh Edward... Isso é tão errado!

Ele agiu como se não a tivesse escutado, continuou acariciando-a suavemente com seus lábios, sem deixar que se afastasse.

– Vamos para o inferno! – gritou novamente com a respiração vacilante.

Foi impossível para Edward não sorrir diante de um comentário tão inocente.

Ele não era dado a provar qualquer mulher de forma tão intima, para desejar tal ato era necessário estar com uma sede ardente, e nesse caso em especial era visível sua necessidade.

Lorde Cullen a beijou novamente, para em seguida passar sua língua pela fenda de sua feminilidade, fazendo-a gritar e contorcer-se de puro deleite.

Delicadamente, usando suas mãos, Edward afastou as coxas de Lady ainda mais, apertando-a deliciosamente, deixando sua intimidade totalmente exposta a ele.

Sua maligna língua movimentava-se de forma mortal, subia e descia por toda a extensão feminina revelada, deixando somente uma saída para , agarrar-se ao lençol e gritar diante de tanto prazer.

Entretanto ele ainda não estava satisfeito.

Com a ponta de sua língua adentrou-a promiscuamente, enquanto sua boca lhe chupava de forma arrebatadora, levando-a cada vez mais a picos altíssimos de prazer, deixando-a fraca e desnorteada, para então explodir em sua boca.

Seu corpo ainda tremia de tanto êxtase quando sentira os lábios de Edward passeando por sua carne, para em fim repousar em seus lábios.

Sua respiração ficou ainda mais danificada, era demais, depois de conhecer as estrelas, ainda sentia-se quente, e ficara ainda mais ardendo quando sentiu o peso de seu corpo másculo sob o seu, quando seu peito apertou-lhe seus mamilos e sua extensão lhe tocou o ventre.

Ele continuou a beijá-la enquanto suas mãos navegavam pela lateral de seu corpo.

– Quer que eu pare? – Perguntou Edward roucamente com a boca próxima a sua – Ainda consigo segurar-me.

Ela suspirou profundamente.

– Não... Não te detenha.

Era tudo o que precisava ouvir. Era tudo o que ele queria ouvir.

Beijou-a novamente, ainda mais voraz lhe causando mais um estremecimento de entrega.

Suas mãos pareciam estar em toda parte, fazendo com que renascessem as aprazíveis sensações de desejo que sentira momentos antes. Com avidez, tocou-lhe seus seios, para então abandonar sua boca e inclinar-se sob um de seus dois montes.

Com uma deliciosa pressão fechou a boca em torno de seu duro casulo, fazendo arquear-se gritando por mais. Ele seguiu lambendo-a apaixonadamente, enquanto sua inquieta mão encontrava caminhos já conhecidos, com uma lentidão arrebatadora.

Há muito que ela já estava úmida e preparada, porém Lorde Cullen não teve pressa de lhe explorar com paixão.

Novamente separou suas coxas introduzindo seus dedos nos molhados cachos de sua vulva reencontrando seu lindo e latejante ponto de prazer.

estava muito sensível, com seu simples toque gritou alto, tendo força somente para pedir que continuasse.

Cruel e experiente acariciou-a com o polegar, enquanto deslizava facilmente um dedo por sua carne quente, estremecida e virginal. Ela se debateu diante de seu toque, sentia que reencontraria as estrelas uma segunda vez aquela noite.

Com mais ardor Lorde Cullen lhe introduziu um segundo dedo, movimentando-os preguiçosamente, com toques escorregadios descobrindo-a de seu ponto mais secreto.

– Estás preparada para mim... – Edward assim como estava afetado, entretanto ela estava tão alheia que não percebera a vulnerabilidade do homem que a tocava.

Cuidadosamente, Edward posicionou-se entre suas coxas, deitando-se sob , para então suavemente passear a sedosa cabeça de seu membro nas dobras da , deixando-a rígida.

“As coisas deveriam acontecer dessa maneira?” Era o que a jovem se perguntava desnorteada.

– Doce cordeiro... Relaxe... Se não gostar juro.... Juro que paro.

Ela fechou os olhos, instintivamente abriu-se ainda mais para ele e gemeu alto quando ele encostou seu membro latejante em seu clitóris.

Ele continuou com a brincadeira por mais algumas vezes, fazendo-a gritar frustrada, pois ainda sentia-a como se faltasse algo, para então tudo ficar perfeito.

– Diga... Diga que me quer! - com dificuldade ainda conseguia manter-se controlado, entretanto sabia que estava com os segundos contados.

– Sim! – lhe respondeu ofegante.

Com um grito rouco e dominante foi-se todo seu controle, ele a penetrou fundo, e apesar de saber, apesar de perceber que ela era pura, intocada, seu desejo era tamanho que não pode segurar-se.

Ela sentira uma pontada dolorida, porém estava tão necessitada, tão molhada e ardente que a dor logo se transformou em prazer. Podia senti-lo quente, grosso e cheio dentro dela e tudo o que desejava era querê-lo ainda mais, pois agora estava sentindo-se completa, preenchida...

Ambos gemiam, dançavam inebriados, de forma louca e apaixonante, fazendo crescer o prazer em cada investida, até que por fim explodiram.

O jorro de sêmen navegava dentro de , misturando-se com seu próprio liquido de prazer lhe fazendo delirar.

Delicadamente Edward saíra de dentro dela, deixando-a com uma sensação estranha de... Vazio... Para deitar-se ao seu lado e envolver seus fortes braços em seu corpo tremulo e ofegante.

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Aos poucos voltara à realidade, adorando o calor que o corpo de Edward lhe transmitia.

– Nunca tinha dado conta de que as estrelas fossem tão maravilhosas.

Um sorriso iluminou os olhos de Edward.

Em sua lamentável inocência ela não sabia que o ato amoroso pudesse ser tão poderoso.

E para ser sincero, tampouco ele.

A exaustiva intensidade de seu clímax o tinha assustado, nem em seus tempos vergonhosos da puberdade perdera o controle dessa maneira, lhe confirmando o que já desconfiava, uma só vez com ela não bastaria.

Carinhosamente ele a cobriu com o lençol junto a si.

Com o corpo enfraquecido, ela permitiu que seu rosto descansasse em seu ombro, fazendo-o reacender seu desejo por ela.

O que tinha começado como uma sedução carnal se converteu em um suave cortejo... Um cortejo que estava decidido a prosseguir, afinal adoraria presenciar o despertar sexual de sua nova amante.

Pressionou os lábios contra seus cabelos, fazendo-a suspirar ante seu suave contato.

Era tudo tão estranho e novo para ela, sentia-se acariciada, protegida, enquanto ficava sonolenta em seus braços, tornando impossível não sonhar com seu corpo másculo em movimentos devassos, guiando-a cada vez mais a picos de prazer.

Assustada despertou-se, percebendo que ainda estava sobre a proteção de seus braços, permaneceu imóvel por um instante.

Ele havia ganhando, finalmente conseguira o que queria. Ela não sabia o que aconteceria consigo agora.

Mas não podia lamentar sua derrota, e isso a deixava surpresa, pois ele havia lhe apresentado uma parte apaixonada de si mesmo que nunca tinha sabido que existia.

E por mais que estranhasse, não sentia vergonha de si mesma e muito mesmo sentia-se impudica como sua irmã, pois a única coisa que podia dominar sua mente era a magia que sentira, era a deliciosa caricia de suas mãos e seu língua, a forma como o sentira dentro de si...

A lembrança veio tão forte que sentou-se no leito, cobrindo seus seios com o lençol, olhando em volta a procura de suas roupas.

Entretanto estava enganada por mais uma vez, Lorde Cullen não dormia e percebendo o que pretendia fazer roçou seus dedos em sua costa nua, fazendo-a estremecer.

– Perdoe-me – murmurou insegura.

– Por quê? – perguntou roucamente.

– Não tive a intenção de despertá-lo!

Como resposta gargalhou deliciosamente.

– Não estava dormindo, entretanto se estivesse adoraria ser despertado por uma Lady como você.

Ela virou-se lentamente para olhar sua face, a luz da lua o deixava ainda mais belo.

Delicadamente ele agarrou seu queixo num gesto íntimo e imensamente protetor.

– Fica comigo...!

Acariciou seu rosto e logo deslizou a mão por seus lábios, fazendo-a jogar a cabeça pra trás, dando-lhe mais liberdade, pois estava apreciando a magia de seu contato.

A carícia seguiu mais abaixo, tocando-lhe em seus seios fazendo seu coração saltar, seu corpo inflamar e o lençol que lhe cobria deslizar.

O que ele tinha de tão poderoso?

Sem qualquer explicação, com um simples toque de suas mãos sentia-se febril e entregue.

Percebendo seu estado, Edward envolveu suas mãos em seu cabelo e a fez deitar ao seu lado, beijando-a nos lábios de forma calma, para acelerar o ritmo e deixá-la sem fôlego. Fazendo-a assustar-se consigo mesma.

Ele arqueou as sobrancelhas.

– Tornei a te assustar?

– Suponho que só estou... Quei... Queimando.

Edward olhou-a docemente, pressionando seu corpo ao dela, fazendo-a sentir seu pênis latejante.

– Suponho que não sejas a única!

Ouviu-a suspirar

– Desejo-te tanto... Como jamais poderia imaginar!

– Você... Deseja-me? – ela estava tremula.

Ele seguiu passando os dedos por seu corpo, lhe causando uma onda de estremecimentos.

– Imensamente - respondeu sinceramente. Com a ponta dos dedos acariciou lentamente um de seus mamilos. – Desejo-te desde o momento em que te vi pela primeira vez no Hyde Park.

Ela assustou-se com sua declaração.

– Nunca imaginei. Pensei que desejava me mandar para o inferno depois que conseguisse o que queria.

– Isso foi até provar sua doce boca... – Passeou seu polegar novamente por seus lábios. – Poderia te fazer encontrar as estrelas durantes horas.

Ela vacilou.

– Horas?

Em seu tom havia tanto surpresa como duvida.

Edward sorriu divertido.

– Temo-me que minha reputação como amante acaba de ser injustamente manchada.

Ela se esforçou por reprimir um sorriso.

– Injustamente? Tens certeza Milorde?

– Necessita de provas, milady?

– Iria zangar-te muito se te dissesse que sim?

A risada de Edward estava impregnada de uma doce ternura que fora difícil para não comover-se e queimar ainda mais.

– Realmente magnífico. Muito bem meu doce cordeiro, já que insiste, colocaremos a prova minha resistência.

Ela não pôde encontrar fôlego para responder, pois seus lábios estavam esmagados pelo dele.

Definitivamente iria se familiarizar com as estrelas, e para seu total assombro a idéia lhe pareceu esplendorosa!


(Cap. 10) Capítulo 10


Como se o universo estivesse em êxtase, o sol ainda permanecia calmo, adentrando a janela e iluminando a costa nua de como uma mãe amorosa e serena desperta seu rebento.
Entretanto seu corpo estava molhe e mesmo que o sol a chamasse tudo o que gostaria era simplesmente se aconchegar nos lençóis e adormecer ainda mais, sentindo o cheiro do homem que a fez descobrir os caminhos irresistíveis da luxuria.
A noite fora longa e proveitosa, quando voltaram a dormir o céu estava começando a se iluminar com o sol dando adeus as estrelas que tanto se familiarizou.
Como se pudesse fugir da claridade, seus delicados braços envolveram o travesseiro escondendo sua face. Entretanto havia mais alguém no leito que tinha outro pensamento em mente.
Edward analisava-a a algum tempo, sorriu ternamente quando deixou que o sol adentrasse seu aposento e viu sua linda Lady minutos depois escondendo-se.
Entretanto nada fora mais encantador do que tê-la em seus braços, velando seu sono, desejoso por fazer parte dele.
Deu um suspiro resignado.
Ele soube, soube no exato momento em que a invadiu que tudo havia mudado, soube enquanto ouvia sua respiração calma e as batidas regulares de seu coração que só havia um som mais belo que aquele.
Seus gemidos de prazer.
Definitivamente o que ele mais temeu acontecera.
“Derrotado” olhou-a novamente se perdendo em suas curvas nuas. Caminhou lentamente, sentou-se na ponta do leito, aproximando-se dela e com a ponta dos dedos navegou por suas coxas, nádegas e costa. Com os lábios passeando lentamente na região de seu ouvido permitiu que ela se arrepiasse com sua respiração antes de mordicá-la lentamente.
Sorriu, pois a resposta de seu corpo feminino fora imediato ao seu toque, ela estava arrepiada.
– Está na hora belo cordeiro – sussurrou tentando em vão segurar o riso.
– Deixe-me dormir... – murmurou sonolenta.
– Irei ficar desolado se me negar seu despertar!
– Estou cansada... O senhor levou embora minhas forças...
Edward sorriu divertido.
Mordeu delicadamente seu ombro e começou a distribuir beijos por seu pescoço e costa, tentando a todo custo se abster de sua nudez feminina.
– Vamos. Cuidei. Para. Que. Em. Nosso. Almoço. Nada. Faltasse.
Disse cada palavra lentamente enquanto lhe beijava e lhe acariciava com suas mãos másculas maliciosamente. Incrédula abriu os olhos com certa dificuldade e lhe sorriu timidamente.
– Cuidou de minha refeição?
– Não. Cuidei de nossa refeição. Afinal estou faminto, não estas cordeiro? – lhe respondeu docemente.
As atividades durante a noite deixaram-na cansada, entretanto seu estomago reclamava atenção.
Como ela poderia negar o obvio?
– Sim.
Edward levantou estendendo sua mão para , ajudando-a a levantar-se.
Assim que ela estava de pé em sua frente ele ajudo-a a vestir seu robe branco. Foi impossível para ela não ruboriza, afinal era a primeira vez que ficava tão exposta a um homem em pela luz do dia. Como o gentleman que era, não fizera comentário algum, simplesmente emoldurou sua face com suas mãos e beijou seus lábios docemente, apreciando o contato singelo.
Ele a conduziu a uma sala escondia em seu quarto, ela se perguntou como não havia reparado nessa saleta quando viera aqui na primeira vez, fora quando se lembrou do porque, estava tão alheia a tudo que sua mente só conseguia imaginá-lo.
Suspirou.
– Algum problema? – a questionou.
Ela pesou se deveria ou não lhe contar a verdade, entretanto logo esse questionamento esvaiu-se.
Havia uma mesa redonda no centro da saleta, não pode dizer se era pequena ou grande, pois o que lhe chamou atenção fora a enorme quantidade de comida.
– Definitivamente estas com fome! – comentou abobalhada fazendo Edward gargalhar.
O almoço fora agradável, se alimentaram exageradamente, conversando sobre coisas banais. Por vários momentos ela se viu o admirando, assim como se viu rindo abertamente de algo que lhe falava.
O tempo passou rapidamente, deixando-a espantada, nunca em sua vida, nem mesmo nos momentos mais terno que passara com sua mãe, se vira tão livre e em paz como naquelas horas.
Edward deixou-a sozinha para que pudesse limpar-se, pois deveria ir para se leito e arrumar-se, afinal ele lhe fizera uma proposta um tanto quanto peculiar e tentadora, convidara-a para sair pela noite de Londres.
Estava temerosa, pois não sabia o que esperar. Quando se viu vestida – ainda com as vestimentas do dia anterior – saíra de seu lavatório e avistou o homem usando somente uma calça preta.
No momento em que se “ausentou” ele começou a despir-se, e como se fosse algo natural não se absteve com sua presença ficando completamente nu em sua frente. Aproximou-se e lhe beijou os lábios rapidamente.
– Não se demore – sussurrou delicadamente.
engoliu em seco.
Viu se distanciar e quando pensou que sua visão finalmente se veria livre da perdição viu-o parar bruscamente, como se estivesse se lembrado de algo.
... Sei que não deveria lhe falar sobre isso, mas devido os últimos acontecimentos acredito que seja necessário.
Pelo tom de sua voz ela temeu o que ele fosse lhe dizer.
– Diga.
Esperou curiosa, entretanto Lord Cullen levantou seu dedo indicador lhe pedindo tempo, sumindo em seu lavatório, para em seguida voltar segurando algo de seda da cor do sangue.
– Acredito que não sabes o que seja isso? – disse aproximando-se pegou o objeto e analisou-o.
– Nunca vi nada parecido... Parecem... Esponjas.
– Isso mesmo, entretanto estão encharcadas em vinagre, no entanto podemos encharcá-las também com brandy.
– Porque estas me mostrando e dizendo-me estas coisas? – perguntou analisando o objeto mais de perto.
Viu que talvez houvesse uma dúzia de pequenos retângulos de esponja marinha, cada um com um fino cordão costurado em extremo.
Edward deu um suspiro.
– O que sabes sobre gravidez? – a questionou desconfortável.
A jovem arregalou os olhos, sabia muito pouco sobre o assunto. Entretanto fora inevitável que lembranças de um passado recente a dominasse.
...
A saia de seu vestido azul claro se levantou suavemente devido o seu rodopio, seu riso era tão doce e feliz que Lucia sorria docemente enquanto admirava sua “menina”.
Um pouco tonta de tanto rodar pelo aposento acabou desabando em seu leito, com a respiração ofegante e os olhos brilhando de tanta alegria.
Soube a pouco pelo Barão , que Lorde Mansen a escolheu, pediu a permissão e benção de seu pai para torná-la sua senhora.
Lucia ainda sorrindo aproximou-se, sentou próximo a ela e aconchegou sua cabeça em seu colo, acariciando-a com ternura. Lentamente sua respiração voltou ao normal e uma súbita tristeza a invadiu.
– Adoraria tê-la comigo neste momento! – disse enquanto uma lágrima solitária escorrida de seu olho esquerdo.
– Acredite, ela está! – respondeu Lucia.
A perda de sua mãe ainda a afetava, na realidade estava convicta que jamais em sua vida conseguiria deixar de sofrer a sua ausência.
Depois de alguns minutos levantou-se e se sentou de frente a Lucia, olhando-a nos olhos.
– Tens certeza?
– Sobre o que?
– A minha mãe... Dela esta sempre ao meu lado...
A senhora magricela, com os cabelos brancos e rugas por todo o rosto sorriu confiante e meiga.
– Sempre, e creio que ficará fascinada quando vê-la cheia de lindos herdeiros!
Um largo sorriso apareceu na face da jovem.
Filhos!
Adoraria ter muitos, encher sua casa de alegria e dá ao seu marido a satisfação máscula, que lhe seria exigida.
– Quero muitos, muitos, muitos filhos Lucia.... – gargalhou imaginando-se mãe. Fora então que uma realidade lhe confundiu.
– Lucia... Como poderei gerar meus pequeninos?
A senhora que a muito lhe era como uma mãe corou, na realidade sabia muito pouco do assunto, pois depois de uma semana de casada seu marido viera a falecer e nunca mais outro homem a tocou, tornando uma mulher solitária e dedicada a família que lhe ajudou, dando-lhe moradia, comida e um emprego.
– Não te preocupes com isso meu anjo, Lorde Mason saberá como agir... Só precisas ter ciência que os seus lindos bebês virão através de um contado intimo entre vocês!
piscou confusa, entretanto deixou o assunto pra depois, naquele momento em especial ela somente queria apreciar a sensação de estar prometida, de estar noiva.
....
– Assim que meu... Meu noivado com Damien estava acertado... Lucia revelou-me que os bebês são gerados através de um contado bastante intimo....
não conseguiu continuar, seu corpo tremeu de medo e nervoso. As peças começaram a se encaixar.
Estaria ela grávida?
Ofegou.
– Você acha que posso....
começou a questioná-lo, entretanto Edward a cortou.
– Pouco provável... Logo saberemos... Entretanto não vamos dá sorte ao... hipotético novamente!
– O que queres dizer? – Ela ainda tremia.
– Esta esponja do modo como lhe falei serve pra nos precavermos! – Edward esperou um pouco para então continuar – Deve ser colocado no canal feminino antes do ato amoroso ser consumado e ao impedir a passagem, evitam que se estabeleçam as sementes masculinas, conseqüentemente o surgimento de bebês.
– No mesmo lugar que..... – não sabia como continuar, sua inexperiência tornava as coisas ainda mais difíceis.
– No mesmo local que a penetrei intimamente queres dizer? Ela confirmou ruborizando-se ainda mais, abaixou sua face, olhá-lo a deixava-a mais amedrontada. - Sim, é lá que as esponjas devem se estabelecer. – Ele confirmou e deu um suspiro – Deveria ter pensado nisso ontem à noite.
Observou Edward um pouco distante, imagens de seu passado lhe vieram com violência, mordeu os lábios, respirou fundo novamente, para mais calmo voltar sua atenção para a jovem.
– Se tiver dificuldade me agradará te mostrar como se usam.
Ela podia imaginar perfeitamente como se usavam.
A idéia de Edward lhe ajudando com algo tão indecoroso lhe recordou seu papel como sua amante, assim como a forma que fora parar em sua casa, quebrando a magia em que se encontrada desde que se entregou a ele.
Ele sempre deixou tudo bem claro, desejava-a, era somente seu corpo que lhe chamava atenção.
Então porque ela se sentia traída?
Entretanto, ele tinha razão.
O escândalo de uma gravidez fora do matrimônio seria ainda mais penoso do que o rotulo de amante.
– Creio que posso cuidar desse assunto sozinha.
Pegou o objeto e se retirou do aposento de Edward dirigindo-se para o seu leito, deixando-o confuso.
O que ele fizera de errado?
{...}
já havia escutado sobre os jardins de Vauxhall, o esplêndido lugar era famoso por seus espetáculos de verão como por seus passeios coberto de cascalho e bordejados de árvores iluminadas com grinaldas de luzes vermelhas e douradas.
Jamais imaginou que pudesse ser tão belo.
Aquela noite, o concerto musical contava com uma grande orquestra e com cantores, ajudando a deixar tudo ainda mais mágico e perfeito.
Assim que o espetáculo chegou ao fim, Edward a levou ao camarote superior para jantarem tranquilamente. Apesar de ainda sentir uma sensação de mal-estar depois do assunto sobre gravidez, quis esconder seu desconforto de Lord Cullen e sentir novamente um pouco da paz que sentira antes.
Em uma tentativa vã de disfarçar, bebeu mais do que agüentava. Talvez por isso se sentisse um pouco enjoada quando um grupo de seis cavalheiros passou por seu camarote.
Estavam acompanhados de duas mulheres que, pelos escandalosos cortes de seus vestidos, não pareciam serem nada respeitáveis.
Quando avistaram Edward, aproximaram-se.
– Lorde Cullen é sempre um prazer revelo! – disse um dos rapazes.
Edward fez uma mensura cortes.
– Digo o mesmo!
Os rapazes olhavam curiosos, deixando-a ruborizada.
– Nós estamos indo percorrer os antros de Londres, não desejas nos acompanhar? – questionou outro de seus “amigos” devorando-a com os olhos.
– Temo que devo recusar - respondeu Edward com ira, aos olhares maliciosos destinados a – Ou não notaram que estou em companhia?
– Traz ela também! Quanto mais melhor!
Falou o aparentemente mais jovem do grupo, com os olhos entreabertos, comeu com o olhar o seio de .
Ela sentiu-se suja.
Estava sendo cortejada por seres impudicos descaradamente. Era a segunda vez naquele dia que a realidade lhe atingia cruelmente.
Lorde Cullen era um maldito libertino e ela sua amante que fora conquistada graças a uma jogada única e histórica.
Entretanto manteve a aparência, fingiu um sorriso e olhou para Edward.
– Adoraria conhecer os antros londrinos. Poderia ser altamente... Educativo.
– Não acredito – retrucou ele ficando rígido.
– Por que não? – perguntou ela tentando aparentar frieza – O que pode haver de tão terrível?
– Não seria bom se lhe vissem em um lugar mundano.
sorriu debochada, era irônico que justamente ele estivesse preocupado por sua reputação.
– Ouvi dizer que esses lugares auxiliam damas disfarçadas, algumas usam máscaras para ocultar sua identidade.
Ele assustou-se.
– Como soubera disso?
– Esquecera quem é minha irmã? Ou de que família pertenço?
O silêncio se instalou por alguns segundos, de alguma forma Edward pareceu ofendido e ela quase se desculpou por uma discussão inútil que somente serviria para humilhá-la ainda mais.
– Obrigado, mas estamos cansados, logo voltaremos para casa! – disse Edward educadamente retirando seus amigos de perto de .
Ela enfureceu-se.
O que se passava na mente de Edward?
Tudo seria mais fácil se ele agisse cruelmente e lhe apresentasse de uma vez a sujeira que seria seu abrigo depois que fosse embora da residência dos Cullens.
E agora que ele já havia conseguido o que tanto desejava – Ela implorou por ele – Temia que a qualquer momento ele a jogasse na rua.
– Irá levar-me? – o questionou.
– Não te interessaria conhecer tal estabelecimento, asseguro-te isso.
– Acredito que deveria me ser permitido julgá-lo por mim mesma. Além disso, o que importam meus sentimentos ou reputação para você?
A ira brilhou sobriamente em seus olhos enquanto a olhava.
Porque ela deveria ser tão impetuosa?
– Creio que seus amigos não me negariam tal passeio! – insinuou olhando para o grupo que ainda estava próximo.
Edward fechou os olhos e respirou fundo por alguns segundos, para encará-la mortamente.
– Já que insisti, conhecera o mundo que jamais gostaria que conhecesse!


(Cap. 11) Capítulo 11



Durante todo o caminho que percorreram juntos ao clube mais aclamado e elegante da cidade, Edward permanecera calado, em sua mente era inaceitável a doce e inocente em um antro de dissolutos como um bordel. (n/a: isso é porque ele não conhecesse o bordel da Jane kkkkk)
Entretanto não poderia julgá-la, ele abrira a porta de um novo mundo, nada mais natural que ela o quisesse conhecer em todas suas facetas. Não sabia como reagiria, na realidade ainda nem conseguiu responder pra si mesmo como fora difícil se controlar quando seus amigos a comiam com os olhos.
Ele sempre apreciou esse tipo admiração por parte de seus colegas, era algo que o estimulava, expor uma linda donzela que lhe fazia favores prazerosos na cama.
Em um grito silencioso dizia “Eu sou esplendoroso, pode olhar, mas pegar somente quando não quiser mais”
Porque justo com ela tudo era tão diferente?
Apertou seus lábios ao reconhecer aquele sentimento pouco comum para ele. Até aquele dia, jamais se imaginou perdido, sem saber como agir. Se ao menos ela esperasse um pouco, ele necessitava acostumasse com essa conflituosa novidade dentro de si, para depois tomar alguma atitude a respeito, até porque como ela mesma o lembrou, era uma .
– Encontraremos aqui com seus amigos? - perguntou ela interrompendo seus pensamentos.
Ele esboçou um sorriso cínico.
– Pelo que conheço deles creio que se dirigiram há um lugar especializado em açoitamento. – olhou-a nos olhos – Duvido que tenha algum desejo de ser sacudida com varas ou urtigas para levá-la até as estrelas.
– Não – respondeu rapidamente com pavor.
Enxergar o medo em seus olhos o fez se questionar se estava fazendo certo em atender seu pedido, porém acabou optando por deixá-la tomar a decisão.
– O salão de Kate é conhecido por suas diversões mais que por suas perversões.
– Kate Denali? – perguntou.
Ele não lhe respondeu com palavras, simplesmente acenou positivamente, mergulhando em seus pensamentos até que finalmente chegaram ao seu destino.
Com bruscas batidas na porta Edward anunciou sua chegada. Ele ainda não acreditava que estava levando-a até um local tão peculiar como aquele, entretanto não teve escolha – Sim, tinha direito legalmente sobre ela, entretanto sempre conduziu sua vida, deixando que as pessoas a sua volta fizerem o mesmo na medida do possível. Tudo bem que quando se tratavam de suas irmãs ele era bem mais cauteloso, porém era o homem mais liberal de toda Londres, e não seria diferente com nesse quesito – ela ameaçou procurar outro acompanhante se ele se negasse, e somente uma inocente hipótese o torturava.
Além do fato de temer sua reação, pois ali não encontraria jogos de sedução, e sim, depravação pública por pervertidos que tanto ela repudiava.
Foram recebidos e conduzidos imediatamente por um mordomo em uma sala de espera e saudados pessoalmente por Lady Denali que os recebeu primeiramente com incredulidade para depois saldá-los amigavelmente.
– Estou intrigada, em que devo a honra de presenças tão ilustres? Edward a presenteou com um sorriso encantador que ocultou seus sentimentos oscilantes em relação à .
adoraria conhecer uma casa como a sua. Nós gostaríamos de observar durante um tempo, se pudermos é claro.
– Oh... Naturalmente – respondeu Kate analisando curiosa.
Definitivamente ela seguira seus conselhos bem até demais. Temia pela conseqüência de tal ato, entretanto pode observar mesmo que escondido uma exaltação no olhar de Edward, que a deixou fascinada.
– Necessitarão de algum quarto em particular? – sorriu maliciosa e resolveu brincar com ambos – Talvez alguma companhia? Creio que seria fácil encontrar um ou dois jovens para distraí-la?
Edward apertou os lábios.
– Acredito que escolheremos mais tarde nosso prazer. Enquanto isso seria aconselhável alguma medida de discrição. Tem uma máscara para ?
– Certamente.
Não demorou muito para Kate providenciar e entregar-lhes as máscaras.
– Deseja que os acompanhem? – perguntou Kate segurando o riso.
– Não é necessário.
– Como desejar. Se precisar de algo a mais é só me dizer.
Kate retirou-se deixando seus nobres e amigáveis clientes livres em seu estabelecimento.
Sem dizer uma palavra, Edward a conduziu pela sala de espera até um quarto. Abriu a cortina que havia na parede lhe apresentando uma janela de vidro que permitia olhar sem serem vistos, onde havia um elegante salão com mobílias douradas e detalhes em vermelho, com algumas jovens vestidas em trajes transparentes, sentadas em várias poses sensuais que exibiam vantajosamente seus atributos.
– Aqui é onde os clientes escolhem as suas companheiras e seu espetáculo particular para passar a noite – explicou Edward com uma voz indiferente.
– É somente isso que vestem? – Perguntou tremula.
Edward fingiu um sorriso.
– São vestimentas apropriadas para o tipo de espetáculo. Kate é exigente, aqui é possível satisfazer diversas fantasias, desde virginais a mulheres experiente, assim como “freiras” ou “governantas”, “Duquesas” ou “Rainhas”. Entretanto o mais caro é o exuberante harén de devassas.
Fez uma pausa para perceber sua reação.
– É muito possível que haja um harém esta noite. Você gostaria de ver o encantador espetáculo, cordeiro?
ficara calada, pra ser honesta pouco sabia do que esperar sobre o que ele lhe dissera.
Ele percebeu seu desconforto, a bebida já não lhe dava tanto apoio, e esperançoso que a jovem mudasse de idéia, conduziu-a a um amplo hall.
– Existem salas que se usam em grupos, para quem gosta de dividir ou se expor – Olhou-a arregalar os olhos – Porém na parte superior há quartos privativos que dão maior privacidade.
estava a ponto de gritar e lhe implorar que a levasse embora de uma local tão indigno, porém o resto de seu orgulho que já estava em ruínas não a permitiu cometer tal ato.
Continuaram passeando pelo estabelecimento, parando em outro quarto. Este possuía uma janela com uma pequena visão que dava para o salão principal.
Havia um aroma de incenso como se fosse um doce convite para se aproximarem.
Nada poderia tê-la lhe preparado para aquela visão.
O exótico cenário consistia em um palácio oriental com ostentosas cortinas transparentes e fumaças ao redor.
Havia vários homens nus, suas roupas árabes estavam espalhadas pelo chão, enquanto algumas mulheres balançavam seus corpos nus como bailarinas serviçais de grandiosos marajás.
Também havia moças que lhes satisfaziam, chupando-os ou lhes masturbando com ajuda de azeite, para depois penetrá-las. deu passos para trás com o rosto envergonhado.
Era assim que as coisas funcionavam?
O único homem que tinha visto despido fora Edward e isso na noite anterior, olhar tudo aquilo a assustou.
Ela nunca poderia passar por isso!
O que seria de sua vida quando Edward não quisesse mais seu corpo?
Para onde iria?
Só tinha certeza de uma coisa, Victoria jamais a aceitaria.
Ele arqueou uma sobrancelha, esperou que ela lhe pedisse para irem embora, entretanto o silencio prevaleceu. Conduziu-a ao quarto mais próximo, olhou através da janela e logo retrocedeu para que ela pudesse olhar.
– Neste espetáculo o tema é Novo Mundo.
engoliu em seco, porém com passos lentos aproximou-se avistando a proa de um navio, iluminado por tochas ao fundo enquanto o restante do salão era um replica do já ouvirá dizer sobre o “novo mundo” em sua essência.
As mulheres nuas estavam atadas a mastros do navio e troncos falsos de árvores.
Ao longe, na proa avistou um homem com o rosto avermelhado pelo esforço e com as nádegas contraindo-se ferozmente entre as brancas coxas da mulher.
Em uma falsa pedra, avistou três homens com uma mulher amarrada pelas mãos, enquanto um acariciava seus seios, outro a penetrava por trás e o ultimo pela frente.
Mas próximo outra mulher também amarrada, porém em um tronco, apanhava com chicote enquanto outro homem a penetrava violentamente.
levou suas mãos de encontro a sua face, segurando-se para não chorar.
– Aqui um homem pode desenvolver suas tendências perversas sem conseqüências. E as damas aventureiras podem receber pelo prazer de ser uma das cativas.
fechou os olhos sentindo repugnância.
– Aprenderia as técnicas da escravidão – acrescentou Edward friamente. – Se seu amante acaso gostar de tais prazeres.
Ela fez uma careta ao se recordar de sua posição em relação à Lorde Cullen, por mais uma vez ele deixara bem claro o seu papel.
Quando a conduziu ao último quarto, se armou de coragem para o que pudesse enfrentar.
– Este é simplesmente o cenário de um baile – comentou.
A sala estava mais iluminada que as anteriores, com luz de várias luminárias que se refletiam nas paredes e espelhos. Os trajes e objetos masculinos estavam atirados desordenadamente pelo chão enquanto que em outro assoalho, onde poderíamos encontrar os músicos e seus instrumentos, via-se um mar de corpos nus.
Os convidados pareciam trocar de casais com freqüência sem qualquer discriminação. não conseguiu olhar pra tal cena por muito tempo, acabou saindo rapidamente da janela.
Ao observar sua resposta, Edward não pode conter dentro de si uma grande sensação de alívio. Pelo menos não era tão impudico para corrompê-la em apenas uma noite para que pudesse presenciar uma orgia com indiferença.
Inclusive sob sua máscara era evidente ver o quanto estava escandalizada.
– Já viu o suficiente? – Perguntou Edward em tom desafiante.
Ela assentiu.
– Nunca tinha imaginado que pudesse haver tantos tipo de depravação.
Ele esboçou um sorriso.
, nem sequer começou a ver depravação. Em Londres há centenas de casas como esta. Só nesta rua pode encontrar qualquer tipo de perversão sexual... Torturas, homens que desfrutam com homens e inclusive com bestas...
– E você é o príncipe da depravação – observou ela atordoada.
Edward sentiu crescer novamente sua ira.
– Em realidade, meus gostos são bastante singelos. Minha única necessidade é uma mulher disposta que me excite adequadamente... Como você bem descobriu na noite passada.
Citar a noite passada, fez com que sentisse uma forte necessidade de conseguir aquela paz novamente.
– Creio que já acabaste talvez esteja na hora de irmos. – Disse segurando-a pelo braço.
– Verdade que há mais? – disse desafiante liberando-se de seu braço. – Não me disse que há habitações privadas? Sem dúvida que não deixarei perder esta oportunidade. Ou de repente se tornaste medroso?
Nesta ocasião, o sorriso do Edward foi de granizo.
– Muito bem, cordeiro, se insisti ... Aguarda aqui um momento que falarei com Kate.
Deixou-a sozinha no quarto, na realidade, mesmo o querendo intimamente como ontem, gostaria de fugir da realidade que se encontrava, e repudiou-se por não se dá por vencida e pedir que fossem embora.
Olhou a orgia que se passava a sua frente e tremeu.
Pelo menos lhe consolava saber que a depravação acima não podia ser tão ofensiva como as escandalosas cenas que já tinha presenciado.
Ela estava tão absorta que só deu conta da presença de Edward quando o som de sua voz invadiu seu ouvido.
– Prepararam-nos um quarto – disse.
nada disse, esperou que ele se aproximasse para conduzi-la ao andar superior da casa. O corredor seguiu a decoração do restante do salão, o dourado e o vermelho estavam tão vivos que denunciavam o antro de pecado que era.
Assim que chegaram ao quarto que prepararam para eles, Edward a fez passar para o interior e fechou a porta atrás deles. Ela olhou com curiosidade ao seu redor.
O quarto pouco iluminado era espaçoso e elegante, decorado em branco com toques de púrpura. A grande cama que dominava o centro do aposento, tinha lençóis de cetim negro com um par de cintas de seda atadas a cada um dos quatro postes.
Uma grande quantidade de objetos estranhos estava amostra em uma mesa ao lado do leito. aproximou-se curiosa, chegou até mesmo a tocar.
– Estes são algumas variedades de pênis e acessórios que alguns apreciam! – comentou Edward fazendo encará-lo assombrada. – Os que estão a sua disposição são pênis de marfim liso e de tartaruga marinha, bolas de cristal, varas de montar e garrafas de azeite.
olhou novamente para os objetos e piscou os olhos confusa, pois em sua mente não conseguia entender como aqueles acessórios eram usados.
– Quer que Kate ponha um robusto moço a seu serviço? Sem dúvida tem algum servente ou dois que se desfrutarão realizando um serviço tão especial.
A fria pergunta era absurda e repugnante, fazendo respondê-lo a altura.
– E se te dissesse que sim?
Pelo canto dos olhos viu como ele apertava a mandíbula.
– Diria que cruzar com uns desconhecidos poderia ser uma experiência interessante.
virou-se, fechou os olhos e apesar de estar se corroendo por dentro continuou com o tom de voz indiferente.
– Bom saber. Possivelmente o faça – replicou ela.
Infelizmente por estar de costa não vira o brilho de ira nos olhos de Edward que a advertiam do perigo de brincar com fogo. Ela respirou fundo.
– Estes quartos têm janelas observadoras?
– Estou seguro que sim, mas esta noite me asseguraram a intimidade.
– Talvez seja a hora de chamarmos nossa companhia! – disse temerosa.
Onde ela estava com a cabeça?
O que faria se ele continuasse atendendo seus desejos absurdos e sem propósito.
– Agora não me sinto precisamente disposto a compartilhar.
Mãos fortes abraçaram-na por trás.
Como ele aproximou-se sem que ela percebesse? Fora a pergunta que povoou a mente de . Porém antes que pudesse entender ou pelo menos começar a encontrar alguma resposta, ele virou sua face, segurando-a pela nuca, beijando-a, com ardor e dureza.
Suas línguas lutaram e logo se uniram acendendo a febre da paixão dentro ambos.
Os lábios dele eram famintos, desumanos, enquanto as mãos soltavam os botões de seu vestido, fazendo-o cair facilmente, expondo seus seios a sua boca possessiva.
Ele se inclinou sobre ela chupando seus tensos mamilos até obrigá-la a soltar leves gemidos, não deixando que suas mãos parassem de trabalhar, despido-a completamente. Quando esteve completamente nua, conduziu-a para a cama e a deitou-a sobre lençóis negros de cetim. Naquela postura, surpreendeu-lhe descobrir um espelho no teto.
Podia ver-se a si mesmo e todos os segredos de seu corpo. Sua pele neve formava um cru e erótico contraste com o cetim negro.
– Assim pode verte enquanto recebe prazer – lhe explicou Edward em voz baixa e rouca, porém dura.
Sem qualquer explicação ele tomou uma das cintas de seda e começou a atar seus punhos na pilastra da cama.
olhou-o assustada.
– Não creio que voltará a ser tímida agora? – desafiou-a. – Pediu por isso, me obrigou a isso, agora é sua oportunidade de se deleitar e descobrir o quanto um bordel e um libertino podem ser educativos!
Ela ergueu o queixo diante de seu sarcasmo.
Estava temerosa, entretanto estava igualmente ardendo, e de uma forma incompreensível, confiava nele.
– Só espero que a experiência seja agradável – replicou ela devolvendo o desafio.
Edward sorriu friamente, embora seus olhos ardessem.
– Prometo-te fazer o impossível. Completou sua tarefa atando o outro punho, para então prender seus calcanhares. Ela o observou enquanto ele ia para a mesa, retornava com um pênis de marfim e se sentava a seu lado na cama.
Seu ardente olhar percorreu seu corpo nu tocando-a intimamente.
– Esta é minha fantasia, doce cordeiro, te ter a minha mercê.
Sua voz era rouca e maliciosa. Quando sentiu a fria carícia do marfim, por seu corpo, sua pele arrepiou-se. O objeto navegou por seu montículo, subindo por seu abdômen, passando pelo vão de seus seios e acariciando lentamente seus finos lábios.
– E este é um dos meus sonhos... Ter minha masculinidade mergulhando em sua boca.
não soube ao certo o que pensar, tudo era tão erótico que a deixava atordoada.
– Mas antes é necessário que aprenda como satisfazer-me, meu delicioso cordeiro!
fechou os olhos, e respirando fundo buscou por ar.
– O primeiro passo sei que sabes fazer como ninguém – Sussurrou Edward, levando sua mão livre para os seios de – Oh tens as mãos tão mágicas.....
Um grito rouco saiu pelos lábios de quando ele apertou seu mamilo esquerdo.
– Sabes, um homem adora ser acariciando intimamente com as mãos de uma mulher... Entretanto com a boca... – Lhe chupou o lóbulo de sua orelha fazendo-a soltar outro grito – ...Com a boca é muito melhor...
Ela morreria, tinha certeza sobre isso, seu corpo suava e seu coração acelerava ainda mais.
– Por isso, seja uma aluna aplicada e preste atenção em como me levar ao delírio... – Mordeu levemente sua mandíbula – Alterne beijinhos leves e beijos molhados de baixo para cima de toda a extensão.
Ela não sabia ao certo se atendia seu pedido, afinal aquilo que estava em sua boca era um objeto impudico, que estava sendo usado para lhe transformar em uma devasse como as que viu durante todo o percurso pelo salão de Kate.
Entretanto o que pôde ela fazer?
As mãos mágicas de Edward estimulavam seus seios de tal maneira que quando deu por si estava beijando exatamente como ele lhe ordenou o pênis de marfim.
– Oh... Isso... Muitíssimo bem... - Sua mãos deixaram seus seios a fazendo resmungar. Edward sorriu perverso, descendo sua mão para o seu monte de Vênus. - Vamos vê se merece uma nova recompensa... – Sussurrou enquanto brincava com seus dedos por sua fenda. – ...Enrijeça os lábios no formato do pênis e com movimentos ritmados chupe-o por alguns instantes.
abriu os olhos atordoada.
Deu de cara com o espelho, ou seja, com sua intimidade sendo tentada por dedos mágicos. Ela queria que ele acariciasse-a, que a levasse para as estrelas novamente. Sem outra alternativa, continuou seguindo suas instruções.
– Como aprendes rápido... – pressionou seu clitóris fazendo-a se contorcer – Agora doce cordeiro quero apreciar a imagem de sua suave língua subindo e descendo por todo o pênis, entretanto é importante que se concentre na glande, é a parte mais sensível e, conseqüentemente, a que dá mais tesão. Chupe a cabeça do pênis como se fosse um precioso mel, alternando lábios, língua e beijos...
Ela nem ao menos pensou dessa vez, passou sua língua pelo marfim do objeto e antes mesmo que terminasse de atender seu pedido pode sentir um dedo lhe sendo introduzido.
– Agora delicadamente raspe seus dentes sobre a região... – Ela assim o vez e ganhou mais um dedo lhe penetrando – Assim doce cordeiro.... Continue assim....
Ele estava controlando-se para não mandar aquele instrumento para longe para enfim colocar seu membro dentro de sua deliciosa boca, porém segurou-se, ainda não era o momento.
– Não se esqueça dos testículos, as duas e delicadas bolas... Jamais devem ser esquecidas! – lhe disse roucamente, esperando que ela chupasse a região que lhe disse para lhe introduzir mais um dedo.
Seu corpo tremia, ele sabia que a qualquer hora ela explodiria, porém ainda não era o momento. Parou bruscamente tudo que estava fazendo e voltou a acariciar seu corpo com o pênis de marfim, fazendo-a resmungar frustrada, ela queria seus dedos invadido-a.
Entretanto toda sua frustração fora embora quando sentiu o acessório em seu montículo no ponto mais elevado de suas coxas, roçando-o eroticamente contra sua carne, fazendo-a se remexer impaciência, enquanto suas coxas se estendiam instintivamente, cada vez mais famintas de suas carícias.
Sem apressar-se, roçou a fenda feminina com a ponta do marfim, com cuidado de não tocar a delicada pele interior do próprio sexo.
– Edward... – rogou ela.
– Paciência, cordeiro. Desejo que esteja completamente preparada.
Estava preparada. No espelho podia ver os amadurecidos lábios aparecendo sob seus úmidos cachos púbicos brilhando com seus próprios sucos de prazer e entrega.
Durante vários minutos, ele seguiu brincando com ela, deslizando o marfim por sua cálida e escorregadia vagina, ungindo-a com o meloso líquido que gotejava de seu próprio corpo.
Sua mão livre reencontrou duros mamilos tocando neles ligeiramente. Ela vibrava de necessidade quando ele por fim reduziu suas carícias.
– Você gostará de sentir isto... Deslizou a ponta do marfim lentamente em suas escondidas profundidades.
exalou um suspiro de satisfação, um suspiro que se converteu em um gemido quando ele começou a mover em seu interior o pênis de marfim retirando-o quase tudo e logo empurrando cuidadosamente de novo dentro de sua quente e densa vagina.
– Não é bastante excitante se sentir forçada a experimentar prazer, cordeiro?
Era enormemente excitante. O delírio corria por seu sangue.
Quando ele afundou mais profundamente o instrumento no estremecido interior de seu corpo, se retorceu com os braços e pés presos em suas ataduras, com seus músculos internos agarrando firmemente o pênis de marfim.
Ele acelerou seu ritmo e com uma das mãos acariciava e apertava seus vibrantes e excitados seios. Ela ardia de necessidade. Seu coração batia forte com a deliciosa explosão que estava por vim, para então Edward parar novamente.
Ela abriu os olhos desconcertada e o encontrou olhando-a. Com um sorriso em seus lábios ligeiramente zombador.
– Não quero dividir seu prazer com nada nem ninguém... Se importa em me esperar Cordeiro?
Deixou o pênis dentro dela, enquanto se levantava da cama.
desejou matá-lo.
Como pôde fazer isso com ela?
Como pôde parar de forma tão cruel?
A erótica imagem do espelho mostrava uma mulher nua à beira da loucura, com a pele acesa, os mamilos bicudos, as brancas coxas brilhando com sua própria umidade.
Edward compreendia perfeitamente o que estava fazendo deixando-a em tão intensa necessidade. O olhar do homem permaneceu fixo no seu enquanto, de pé junto a ela, despia-se. A luz fraca do abajur tingia os duros e planos músculos de seu corpo e sua sombria e formidável ereção.
Quando a tremula ponta se levantou para seu ventre, tremeu com o enorme e latente tamanho. Sua carne interior agarrou desesperada o grosso marfim que tinha entre as pernas.
Quase podia sentir Edward dentro dela, e como o desejava desesperadamente. Grandiosamente nu, magnificamente excitado, ele juntou seus corpos sobre os lençóis de cetim e retirou o pênis de marfim de dentro de .
– Prefere o de verdade ou não? – perguntou encostando a ponta de seu pênis em seu clitóris.
– Sim – respondeu ela com voz áspera, totalmente impaciente.
Ele podia ver que estava cheia, tão escorregadia e disposta. Sentia a cabeça latejando em sua virilidade medindo a entrada e gemia grosseiramente, ansiosa para recebê-lo.
– Cuidou-se como lhe pedir?
fechou os olhos. Claro que ela tinha-o feito, não sabia o que esperar e antes que lhe chamasse de rameira ou coisa pior atendeu seu pedido e podia sentir dentro de si as esponjas que evitariam a chegada de um bebê.
– Sim!
Nada mais importava, ele penetrou-a tão profundo que compreendeu que estava perdida, pois seu corpo desde a noite anterior ganhara um dono absoluto.
O corpo dele arremeteu enquanto onda atrás de onda de estremecidos a percorriam e ela cedia a um grande êxtase. Edward conseguiu um ligeiro controle. Antes havia lhe dito a verdade: com não necessitava brincar e nem de instrumentos sexuais para sentir desejo. Nunca tinha necessitado.
Com ela sentia uma brilhante agitação de prazer. Ela era uma febre em seu sangue, um desejo em sua alma. Disse a si mesmo que desejava, desejava marcá-la como posse dele, como algo próprio somente seu, até porque seu maior apresso era a primitiva necessidade de uni-la a ele.
Tomou-a com frenético ardor, arremetendo até o fundo, cada investida implacável, desenfreada. Ele conseguiria que ela nunca se esquecesse dele e que o recordasse com desespero, de modo que nunca pudesse querer deitar-se com outro homem, somente ele...
A respiração de Edward se acelerava em violentos e rápidos ofegos enquanto se afundava uma e outra vez nela, que se arqueava, a cada golpe. Até que explodiu, deixando-o fascinado pela alegria que o invadiu, fazendo-o apertar os dentes deixando-se invadir pela loucura.
Seu corpo se contraiu enquanto um selvagem gozo estalava-se em seu interior e, com um ataque final, desabava-se sobre ela agitado. Tudo fora ainda mais intenso que a outra noite.
Será que seria sempre assim?
Ficaram imóveis durante um longo momento, esgotados, até que seus corações começaram a se regularizar, o que deixou Edward alarmado, pois ouvira um som abafado.
Levantou a cabeça surpreso, tinha os olhos fechados, mas as lágrimas reluziam em seu ruborizado rosto massacrando seu coração.
– Fiz-te algum mal?
Ela nada disse, simplesmente deixou suas dores pra si.
, diga algo por favor?
O desespero era visível na voz de Lorde Cullen. Ela abriu os olhos.
– Absolutamente – respondeu com uma voz embargada, pois acabara de descobrir que as coisas poderiam se tornar ainda pior.
Estaria ela apaixonada por Sir Edward Cullen?

FIM DO CAPITULO

(Cap. 12) Capítulo 12


O sol estava escondido por entre as nuvens carregadas, nada de novo, um típico dia londrino. olhava pela janela, escondida por entre as cortinas, enquanto lágrimas silenciosas escorriam por sua face.
Imagens da noite anterior passavam por sua mente sem qualquer piedade, deixado-a cada vez mais presa ao sentimento de impotência.
Amante de um libertino, fora o que havia se tornado, e para complicar ainda mais as coisas, era totalmente deprimente tornar-se uma amante fragilizada, permitindo que seu coração fosse domado de tal maneira, a ponto de temer que fosse irrevogável.
Ele não a queria!
Somente desejava seu corpo!
Até quando isso bastaria?
Era o que ela repetia a si mesma, fazendo com que as lágrimas descessem como um desembocar de um rio. Batidas na porta chamaram sua atenção, porém ela estava tão sensível navegando pelos segredos de sua mente que nem ao menos se deu ao trabalho de mover-se.
, sei que estas ai! Por favor, deixe-me entrar!
Alice...
Fechou seus olhos com força, estava em falta com sua amiga e esse fato fazia-a sentir-se pior ainda.
Apressadamente secou as lágrimas da face, respirou fundo e seguiu para abrir a porta de seu leito. Assim que a porta se abriu vira a imagem de um anjo.
Era isso que a doce e pequena Alice era, um anjo que viera do céu para deixar a vida de quem se aproxima um pouco menos complicada.
– Perdoe-me, estava terminando de me arrumar – disse com a voz rouca pelo choro.
Alice não era tola ao ponto de acreditar em tal desculpa, entretanto fez-se de desentendia e fingiu acreditar no que ela lhe dissera.
– Sem problemas. – sorriu amigavelmente – Adoraria sua companhia para o dejejum em meu aposento. – comentou, pedindo discretamente sua companhia.
suspirou derrotada.
– Estou lhe devendo não é mesmo? – falou tristemente.
– Tudo bem, conseguir arranjar-me por esses dias! – comentou Alice.
analisou sua amiga e se torturou ainda mais, Lady Cullen tinham problemas mais graves que o seu, e tudo o que conseguia era alimentar sentimentos egoístas.
– Sara não desconfiou de nada? – perguntou.
– Não, sei como cuidar-me – deu um sorriso fraco – Assim que fiquei impossibilitada de ver que nossa situação financeira não era das melhores, tive que aprender a cuidar-me sem preocupar meus irmãos ainda mais.
Essa informação deixou assustada, ela jamais imaginou os Cullens com problemas financeiros. Assim como não imaginou que algum dia Alice viu o sol.
– Mesmo assim, não esqueci que hoje devo me encontrar com “ele”, mais tarde sairei para ajudá-la. – disse em uma tentativa de mudar de assunto, pois não queria ser indelicada.
– Mais tarde, porque agora irá me fazer companhia, não é mesmo? – a questionou Alice.
Um sorriso mesmo que simplório surgiu nos lábios de .
– Sem dúvida alguma, terei o maior prazer em lhe acompanhar!
{...}
Uma típica reunião de libertinos.
O clube masculino mais famoso de toda Londres estava com atividades interessantes naquela manhã. A residência de Jasper Whitlock estava recepcionando cavalheiros de interesse comum.
O grande salão cor de esmeralda estava decorado com pétalas de rosas da cor do pecado, com um vermelho vivo e chamativo, enquanto Lordes pervertidos estavam sentados apreciando o espetáculo.
No cenário, cinco belas mulheres estavam com os calcanhares amarados em uma imensa cama, enquanto dançavam eroticamente, expondo seus corpos nus, entrelaçando suas pernas em posturas extravagantes, masturbando-se para a deleite de 8 pervertidos.
Ou melhor, para o deleite de sete, pois Edward, estranhamente, permanecia sem alterar-se.
Em outros momentos, Tais prazeres teriam curado-o rapidamente, ao menos por um tempo, de seu aborrecimento. Em anos anteriores tinha desfrutado e muito desses encontros particulares, ele mesmo tinha dirigido as farras.
Entretanto, agora tinha assistido aquele ato por uma única razão: fugir de .
Diziam que o melhor modo de um homem esquecer uma mulher em era desfrutar-se dos provocadores lábios e acolhedoras coxas de outra.
Edward entrecerrou as pálpebras tratando de dissipar a lembrança da última noite com ...
Que diabos estava acontecendo?
Nunca tinha tido dificuldades para encontrar companheiras. Tinha descoberto que a maioria das mulheres, nobres, comuns, casadas ou virginais, estavam dispostas a serem domadas por ele.
O sexo era para Edward uma arte perfeita. Nunca permitia que afetasse suas emoções.
Exceto com seu doce cordeiro.
Ficou tenso, podia ainda sentir o impulso de seus suaves quadris. Penetrá-la era prazeroso, exaustivo, antes nunca tinha estado tão perdido por uma mulher.
Por Deus!
Sua paixão tinha chegado muito longe!
Um estalo de acidentadas gargalhadas masculinas o devolveu ao presente fazendo-o consciente do lascivo espetáculo que tinha diante de si.
A profunda e familiar inquietação invadiu Edward que torceu a boca com desagrado.
Talvez não fosse tão pervertido e depravado como e ele mesmo acreditavam que fosse. Sem dúvida era um libertino. Mas aquelas lascivas diversões estavam, cada vez menos atrativas.
Seu rosto devia mostrar sua insatisfação, pois seu anfitrião, Lorde Jasper, sentou-se a seu lado.
– Não parece estar desfrutando do espetáculo, meu amigo.
– Pelo contrário – mentiu Edward - Estou fascinado com a esbelta ruiva.
Whitlock sorriu divertido.
– Como de costume, demonstra excelente gosto. Vem da França. É filha de um aristocrata falido. Só sabe umas palavras em inglês, mas seus talentos são assombrosos.
Edward fingiu um sorriso.
– Grandes elogios, vindo de um homem dedicado à depravação.
– Certamente. Entretanto estou curioso, como andas com a bela ? - Perguntou Jasper.
– O que queres saber?
Apesar de permanecer com a voz fria, e postura indiferente, por dentro estava borbulhando de raiva.
– Sabemos o quanto odeia todos os s, e prometera a seus amigos mais “próximos” uma pitada da diversão – Jasper sorriu – Mudara de idéia ou ainda a compartilhara com seus amigos?
Sentiu um ciúme feroz com o pensamento de compartilhar com outros homens.
– Ainda não decidi, qualquer coisa aviso! – lhe respondeu com certa dificuldade.
Apesar de tentar parecer indiferente, Whitlock pareceu não acreditar, mas não rebateu a mentira. Em lugar disso, levantou uma mão e fez gestos para a ruiva que estava em cena.
Edward a observou enquanto se aproximava.
Tinha uns olhos arredondados, um pouco distante, sem dúvida tinha sido drogada com algum narcótico para ficar mais fácil a tarefa de aceitar as perversões dos cavalheiros.
Edward a observou mais atentamente, dando conta de que era mais jovem do que tinha suposto.
– Dedica-te a saquear berços, Jasper? – perguntou.
Seu amigo deu de ombros.
– Tem dezoito anos. asseguro-te que não me aproveito da situação. Está muito bem paga por seus esforços, terá o suficiente para viver com comodidade durante um ano. E se não a tivesse encontrado, teria sido outro.
Enquanto a moça se instalava em seu colo com um sorriso sonhador, Edward pensou em , imaginou-a passando por tal exposição. Uma dor desconhecida passou por seu peito.
A jovem nem ao menos notou que Lorde Cullen estava com o pensamento longe, negando qualquer aviso do corpo feminino que o chamava.
Ela se abriu em seu colo, levando seus bicudos mamilos para sua boca, requerendo sua atenção mais intimamente.
– Estás entregue a seus prazeres. – lhe disse Jasper sorridente, retirando-se.
Esfregou-se nele com ardor. Tinha sabor de vinho doce, entretanto ele, em lugar de excitar-se, teve que armar-se contra uma estranha e repentina aversão.
Confuso e perdido, Edward a agarrou pelo braço, deixando o espetáculo para trás conduzindo-a para cima, para um quarto. Ela estava meio alheia, porém quando ele a jogou na cama e lhe cobriu sua nudez, um olhar confuso lhe dominou.
Seus colegas ficariam pasmos ao vê-lo rejeitar tal beleza, mas ele tinha descoberto novos limites para sua depravação.
Não podia aproveitar-se daquela moça. Em lugar disso, ordenaria a seu secretário que visse o que podia fazer para encontrar uma classe distinta de emprego.
– Dorme, pequena – murmurou Edward, plenamente consciente da ironia de sua ação.
Havia ele se tornado um salvador da virtude feminina?
Comprovou então outra desagradável realidade.
Antes de , nunca se teria preocupado tanto pelo destino de uma jovem.
Talvez fosse o momento de descobrir exatamente o que estava acontecendo dentro de si.
{...}
Já havia se passado do meio dia quando voltou para a residência dos Cullens, conseguiu sem problemas pegar mais um envelope para Alice.
Sentiu-se melhor, afinal, conseguiu atender o desejo de sua adorável amiga. Entretanto como a jovem não se sentiu bem por causa de uma leve tontura, Sara decidiu por deixar Alice descansar, fazendo com que ficasse sozinha.
Tentando aliviar seus pensamentos, decidiu-se por passar um tempo na estufa, sentindo o delicioso perfume das rosas e apreciando a textura das pétalas.
Foi impossível não lembrar-se das rosas que por todas as manhãs apareciam em seu leito, eram tão belas como a da estufa.
Mas quem poderia lhe presentear com tais rosas?
Enquanto estava perdida em pensamento Edward analisava-a a alguns momentos.
Lorde Cullen chegou a tempo de vê-la caminhar até a estufa, e de forma incontrolável pôde sentir sua masculinidade pulsar desejosa por ela.
Cansado de analisá-la, silenciosamente aproximou-se da jovem, acariciando-a simples e sensualmente, roçando uma de suas mãos sob seu cabelo e nuca.
– Senti sua falta! – murmurou Edward verdadeiramente.
ainda estava fragilizada com as descobertas que fizera, porém mesmo a contra gosto se virou para olhá-lo, apreciando seus traços firmes e viris.
– Pena que eu não possa dizer o mesmo – lhe respondeu.
Ele notou a frieza de sua voz, ficou imóvel, com expressão indecifrável.
– Deduzo que está chateada por causa de nosso passeio, ainda me pergunto o porquê do choro.
– Claro que não - mentiu ela.
Edward sorriu irônico, decidindo por trilhar em outros caminhos.
– É perigosa para meu controle. Desejo-te mil vezes ao dia. Respondeu-lhe sincero.
Sua reunião mais cedo lhe dera uma ampla oportunidade de depravação e libertinagem.
Entretanto o dominou mesmo a distância. Contemplou-a em silencio por um longo momento.
– Não quero vê-la sofrer . Seu choro é torturante demais – suspirou sofrível – Desejas que te deixe?
– E se te digo que sim?
– Então tratarei de te convencer para que troque de idéia.
Um fogo dominador estava presentes nos olhos de Lorde Cullen, fazendo-a desejá-lo ainda mais, revelando a grande tensão sexual existente entre os dois.
Ela era sua amante, comprada e paga para isso. Essa tinha sido sempre a desagradável verdade entre ambos. Mas não era obrigada a estar com Edward, isso ele sempre deixou claro.
– Como sabes, me convencer não é tão fácil. – respondeu um tanto afetada.
Só um simples toque ela se desfazia. E aquele momento era a prova disso. O sutil roçar de seus dedos em sua carne a fascinava, a fazia tremer.
Suas carícias desciam por sua garganta, junto à sua espinha, prosseguiram sob o sutiã de seu vestido branco para a crescente excitação de seus seios.
– Tens certeza doce cordeiro? – murmurou enquanto seguia acariciando-a brandamente.
acelerou o ritmo de sua respiração. Com o propósito de resistir, mas era inútil pensar em escapar. Para falar a verdade, não desejava fazer isso.
Quando ele roçou seus mamilos sob o tecido com os dedos, o calor esquentou seu corpo.
Já estava queimando!
Ele sabia exatamente o efeito que causavam sua carícia. Fixou seu olhar no dela enquanto, levantava sua peça de roupa e apoiava a mão em seus quadris, a poucos centímetros do centro de seu desejo.
Ele estava utilizando os prazeres do próprio corpo de contra ela.
– Sabes o que me deixaria feliz? – perguntou. Um dedo acariciou-a perversamente por suas dobras. - Eu e a senhorita, sozinhos, em minha propriedade no interior... – lhe sussurrou provocante, mordiscando seu queixo e intensificando a caricia.
– Diga, me deixaria feliz dessa maneira?
Um dedo escorregou por sua vulva molhada facilmente, contorceu-se de desejo e fora incapaz de lhe dar outra resposta.
– Tudo o que desejar... – murmurou involuntariamente.
viu brotar o fogo nos olhos do homem que a dominava, sua expressão decidida a fazia estremecer, embora ele não movesse nem um músculo.
Com involuntária fascinação observou-o abrir a calça, deixando exposto, revelando, sua excitação. Tinha uma expressão dura, seus olhos brilhavam com intensidade quando se inclinou sobre ela.
– Desejo-te. Agora. – O puro desejo escurecia sua voz rouca – Desejo sua suavidade estreitando-se e estremecendo-se em torno de minha masculinidade.
Inclinou-se e tomou-a com as mãos a cabeça dela. Sua boca se uniu sobre a de , que reprimiu um gemido quando ele começou a acariciar seus lábios com os seus.
Sentia enfraquecer-se cada vez mais, era tão prazeroso...
Não protestou quando ele levantou sua vestimenta até sua cintura, sentiu seu denso membro, suave como veludo, pressionado contra sua coxa.
Seus lábios ardiam sob seu beijo profundo e penetrante enquanto seu corpo se estremecia com a promessa daquela carne quente e rígida lhe proporcionando uma sensação de agrado. enlaçou seus braços no pescoço de Edward e choramingou, necessitava dele para aliviar seu inexplicável desejo.
Ele sentiu a fera resposta de seu beijo e ardente expôs seu lindo seio esquerdo, apalpando-a com ferocidade, chupando sua língua perversamente, prendendo a jovem cada vez mais na teia do prazer que ele lhe proporcionava.
– Me diga que não me deseja... – murmurou brandamente – Me Diga que não deseja que te penetre.
Ela não podia dizer-lhe tal coisa. Desejava-o, desejava-o muitíssimo. Desejava que a amasse e que a enchesse...
Ao ver que não respondia, pressionou suas coxas e se uniu a ela, penetrando-a dura e profundamente, encontrando-a úmida, quente e acolhedora.
Ouviu-a reprimir um gemido de agonia e prazer quando seu poderoso membro a encheu. Adentrando-a estreitamente, começou a mover-se, retirando-se e atacando de novo até que ela arqueou e lançou um grito, indefesa, perdida em seu próprio desejo.
Edward tampou sua boca com suaves e selvagens sons compartilhando seu desespero, sua primitiva necessidade.
Ajudando-o ela o envolveu com suas pernas e se levantou com sua ajuda, sentando-se em uma pequena bancada. Ele a penetrou ainda mais profundamente, dominado pelo cego desejo.
Minutos mais tarde, enquanto ela se agitava em pleno clímax, ele se estremeceu e lhe presenteou com sua semente em um estalo de êxtase explosivo.
Seus roucos gemidos misturando-se com os gritos de , enquanto se retorcia contra ela eram o retrato perfeito do prazer e submissão que um impunha ao outro.
Ele nem ao menos se preocupou se ela estaria ou não com as esponjas, simplesmente a quis como nunca antes desejou outra mulher. Durante um longo momento permaneceu ali, respirando com violência, com o rosto submerso na doce fragrância de seu cabelo.
Por fim afastou-se, emoldurando sua face atordoado e sedento ao impulso de lhe beijar carinhosamente os lábios.
– Amanhã sairemos logo cedo, entretanto a quero comigo, está noite em meu leito! – lhe disse dominador.
não sabia ao certo o que lhe dizer ou pensar, temia por essa viagem, porém aceitou a oferta de bom grado.
FIM DO CAPITULO

(Cap. 13) Capítulo 13


Sua noite fora bem ativa, Lord Cullen requereu sua atenção até as quatro da madrugada, só a deixando em paz quando lhe garantira que não agüentaria viajar pela manhã se ele continuasse com seus galanteios.
Assim que pequenos raios de luminosidade da manhã atravessaram com dificuldade o céu nublado de Londres, Edward a fizera se levantar e arrumar-se.
Quase não pode se despedir de sua adorada amiga. Porém viajara tranqüila, ontem conseguiu lhe entregar mais um envelope que lhe dava esperanças de mudança.
Não sabia ao certo por quanto tempo Edward pretendia ficar longe, entretanto tinha certeza que voltariam logo, pois percebeu uma ruga de preocupação na face do libertino quando soube do mal estar de sua pequena irmã.
Na realidade ela pensou que ele fosse desistir, quase o ouviu pronunciar que a viagem estava cancelada, porém Alice fora mais rápida, conseguindo que os planos não fossem alterados.
não soube dizer se ficara feliz ou amedrontada. Uma parte de seu ser estava radiante, somente a idéia de estar em seus braços, acolhida em seu calor e proteção fazia seu coração acelerar.
Porém existia outra parte de seu ser, aquela que não sabia ao certo o que esperar daquele libertino, que parecia misterioso e transparente ao mesmo tempo.
Embalada pelo balanço da carruagem, se permitiu relaxar sobre as almofadas de veludo, com a cabeça aconchegada no peito quente e acolhedor de Edward. Já haviam se passado sete horas que estavam viajando. Tinham falado pouco durante o trajeto do norte de Londres, entretanto, qualquer palavra seria desnecessária.
Com os pensamentos distantes, porém ciente do corpo feminino colado ao seu, Lorde Cullen olhava pelo guichê a paisagem de Warwickshire.
Era um mosaico de campos de cultivos e pradarias verdes esmeraldas salpicados com cerca feita de plantas. Um pouco mais distantes, cavalos de tiro avançavam pesadamente por caminhos estreitos passando junto dos rebanhos de gado que pastavam tranqüilamente.
Nem souberam ao certo por quanto tempo ficaram vagando, porém assim que sentiu que o veículo reduzia sua marcha e deixava a estrada principal para tomar uma avenida bordejada por majestosos frutos, levantou-se.
– Chegamos – informou Edward com um sorriso acolhedor.
A carruagem rodeou uma curva deixando-a sem respiração. Evidentemente, Forbidden Flowers não era tão somente a mansão familiar de um rico cavalheiro: era um lugar de imponente beleza.
Havia um brilhante lago no centro do parque, que por sua vez estava salpicado com arvoredos de castanhas, coroando uma ligeira elevação, via-se uma esplêndida e imponente mansão construída com granito dourado.
No instante em que o veículo se deteve, correram para ele vários moços e criados. Enquanto Lorde Cullen ajudava-a a desembarcar da carruagem, esta se viu saudada pela doce fragrância de rosas que impregnava o suave ar de final de tarde.
– Deve estar cansada da longa viagem – disse com voz bastante forte como para que seus criados o ouvissem. – Farei com que levem imediatamente seus baús em seu quarto, e mais tarde uma alimentação leve e apetitosa.
– Obrigado, milord. Eu gostaria de descansar um pouco da viagem.
Acompanhou-a pela escada de mármore até o interior da casa, onde se encontraram com outra equipe mais formal, estavam bem vestidos e com sorrisos graciosos nos lábios.
– Boa noite! – disse Edward que logo fora respondido com cordiais movimentos – Está é Lady , minha convidada mais que especial, quero que a tratem como tratariam a dona da casa.
As palavras de Edward deixaram os empregados assustados, coitados foram pegos de surpresa que nem puderam conter o assombro em suas feições, porém nenhum deles ganhara a feição desconcertada e espantada de .
Lorde Cullen fingira que não vira nada, riu internamente e continuou, apresentou todos os empregados a e a encaminhou até seu aposento.
– Somente essa noite lhe darei privacidade.Deve estar cansada. Porém amanhã dormira comigo em meu aposento!
Beijou-lhe os lábios demoradamente e deixou-a sozinha, com seus pensamentos, conflitos e desejos.
{...}
pensou que devido à viagem fosse desabar na cama, entretanto mesmo bem alimentada e com o corpo cansando, fora dormir pouco antes de o dia clarear.
E claro que sonhou com seu adorado e amado libertino, pois acordou com batimentos acelerados e suor escorrendo por sua face.
Fechou os olhos e suspirou derrotada.
Por Deus, até quando agüentaria!
Após alguns minutos necessários para tomar conta de sua mente, levantou-se e fora ao lavatório, este bem mais elegante e ostentoso que o de Londres, uma vez que, o dourado reluzia dos principais objetos, assim como o mármore e as finas porcelanas se destacavam.
Limpou-se e vestiu-se, da maneira que sabia que ele apreciaria, explorando bem o decote.
Sem dar-se conta de que boa parte da manhã já havia passado caminhou até a sala de jantar para encontrar uma grande quantidade de comida a sua disposição.
Com o estomago roncando, alimentou-se, apreciando cada delicioso quitute abobalhadamente faminta.
Assim que terminou ficara perdida, o que iria fazer?
Porém passos conhecidos aproximando-se foram o suficiente para fazer sumir essa questão em sua mente.Ele não precisava falar, para reconhecê-lo somente era necessário que ele respirasse.
Sentiu suas mãos na lateral de seus braços deixando seu coração vacilante, sentiu sua respiração em seu pescoço deixando-a arrepiada, para em seguida depositar um beijo em sua mandíbula fazendo-a tremer.
– Boa tarde! – sua voz rouca e divertida a fizera suspirar altivamente.
– Boa tarde? – o questionou atordoada.
Começou acariciá-la no pescoço e mandíbula com a ponta de seu nariz.
– Já passa das duas, o que me faz acreditar que seja boa tarde!
– Oh... Perdoe-me, demorei a dormir...! – disse envergonhada.
Foi impossível para Edward não gargalhar, ela não entendeu sua atitude, afastou-se dele para olhá-lo questionadora.
– Doce cordeiro, não me olhe assim! Simplesmente foi impossível conter-me, até porque sabia que demoraria a levantar, depois da viagem cansativa e da noite prazerosa...
Lorde Cullen aproximou-se e beijou-a nos lábios.
– E porque é tremendamente tentador vê-la corar!
mordeu seus lábios e abaixou a cabeça. Edward analisou-a por alguns segundos até que fez o que viera decidido a fazer.
– Assim que me informaram de seu despertar, mandei que preparassem dois cavalos, adoraria poder levá-la para passear, o que acha da idéia?
piscou os olhos por várias vezes, confusa, porém acabou assentindo.
Edward a conduziu para fora da mansão, os dois cavalos que ele dissera estavam à vista. Ele ajudou-a a mondá-lo, de lado como uma verdadeira dama, ela não sabia muito sobre montaria, há algum tempo que não cavalgava, porém ele fora paciente, explicando tudo detalhadamente.
Não demorou muito para que ela sorrisse encantada com a linda visão das terras Cullen e os comentários adoráveis que ele não cansava em lhe lançar.
Quando avistou a enorme plantação de rosas ofegou. Edward não dissera nada, simplesmente a levou até o cenário apaixonante das rosas que silenciosamente dizia mais dele do que ela poderia imaginar.
Quando chegaram ajudou-a a descer e com os braços entrelaçados guiou-a pelas trilhas entre as rosas vermelhas.
– Você conhece tudo por aqui? – perguntou perdida.
– Não se preocupe cordeiro, ando por essas terras bem antes delas me pertencerem!
ficou calada, por algum motivo essa informação parecia irreal. Continuou caminhando, escutando tudo o que ele lhe dizia, explicando sobre a terra, sobre as rosas, sobre o perfume...
– Assim como a maioria das flores as rosas necessitam de calor por pelo menos 6 horas, por isso acaba sendo espetacular que cultivemos uma grande quantidade com tão boa qualidade.
– Talvez seja por causa dos outros cuidados! – comentou visivelmente interessada em conhecer um pouco mais do mundo de Lorde Cullen.
– Certamente. Temos outros aliados como a terra, que deve estar bem drenada, capaz de prender a umidade para enriquecer o composto orgânico, assim como ter cuidados extras como regar bem em dias secos para mantê-las hidratadas, e algo mais, digamos... Um segredo que aprendi com meu pai.
– Então as rosas são paixões de família? – perguntou.
– Sim. Meu pai era um botânico apaixonado!
Pegou um alicate cortou um talo de uma bela rosa, limpou-a retirando os espinhos e ofereceu a jovem , aproximando-se dela, beijando-a no pescoço e colo.
– Ele assim como eu descobrira que tanto as mulheres como as rosas têm espinhos, mais em seu verdadeiro interior são cálidas, doces e frágeis, necessitam de cuidados para exalarem o perfume divinamente encantador que somente as duas possuem.
gemeu adiante de suas palavras e caricias, até porque quando terminara de falar suas mãos estavam entre suas coxas, deixando claro o perfume que Lorde Cullen se referia.
Como Edward conseguira levantar seu vestido sem que ela percebesse?
– Céus, alguém pode aparecer! – disse ofegante enquanto os lábios do libertinho acariciavam os seus e dedos mágicos adentravam por suas dobras.
– Shiiii sinta, somente sinta como és cálida, frágil e doce, como a rosa que possui em sua mão! – disse pressionado seu clitóris com o polegar e o indicador.
gritou, porém logo se calou, sua língua encontrou um belo par para uma dança sensual e encantadora. A intensidade das caricias aumentaram, assim como o beijo que travam, logo ela se viu agradavelmente derrotada pela onde de prazer que recebera.
Demorou alguns minutos para que ela recuperasse o fôlego, Edward esperou calmamente, e a levou de volta para casa.
Eles chegaram ao entardecer, com um jantar muito bem elaborado esperando pelos dois. quase não comeu, ainda possuía o estomago cheio.
O que para Lorde Cullen acabou sendo perfeito, estava ansioso para desfrutar de momentos apaixonantes com seu cordeiro. Sem qualquer desculpa ou belas palavras a conduziu para seu quarto.
Entretanto travou-se, algo na feição de o deixou intricado.
– Adoraria saber o que se passa em sua mente! – murmurou abraçando-a por trás, podendo sentir um pequeno tremor no corpo feminino.
– Não entendo... Meu corpo reage as suas mãos com tanta facilidade que me assusta. – confessou.
Edward pensou no que poderia lhe dizer, entretanto teve outra idéia, algo que além de explicar o que tanto gostaria de saber, iria lhe proporcionar um enorme prazer.
Ele afastou-se e atravessou o quarto enquanto começava a delinear o show que esquematizou em sua mente.
– É porque doce cordeiro falta-lhe conhecer seu corpo... Fica difícil lutar se não conhece suas armas e suas fraquezas... – pegou uma rosa e sentou-se no sofá encarando-a ferozmente – Me deixa agir sem qualquer dificuldade!
Ela arqueou as sobrancelhas, não soube o que lhe dizer, nem ou menos entendera o que ele havia lhe falado.
Xeque-Mate!
Edward sorriu vitorioso.
– Aproxime-se. – pediu. Ela não sabia ao certo o que esperar, porém fez o que ele pedira, aproximou-se – Pare! – ela estava cerca de dois palmos de distância quando ele fez o segundo pedido.
O silencio se instalou no quarto.
– Retire cada pano que lhe cobre! – pediu.
– Como? – perguntou assustada.
– Cordeiro, estou aqui para lhe mostrar suas fraquezas para que saiba jogar com elas, tornando o jogo de sedução ainda mais atrativo, por isso tire cada peça de roupa lentamente, de modo que minha vista se prenda em seus encantos.
– Considera isto um jogo?
Edward lhe sorriu.
– Todo ato de amor é um jogo.
fez uma careta, perguntando se ela poderia algum dia tratar seus sentimentos por Edward de modo tão frio.
Entretanto o uso da palavra amor não lhe passou desapercebido, por isso, decidiu-se por tentar, com os olhos fechados retirou cada peça de roupa que lhe cobria, deixando deu corpo amostra.
Edward a observou faminto por alguns segundos.
– Se te propõe a conhecer o encanto de seu corpo terá que perder parte de sua vergonha.
Levantou-se, agarrou-a pela mão e a conduziu para frente do espelho de corpo inteiro, onde ela pôde ver seu reflexo.
Por trás, ele retirou as presilhas de seu cabelo acariciando seus sedosos fios até que caiu em brilhantes ondas sobre seus ombros. Ela abriu os olhos – estava afetada por seus carinhos – podendo ver o olhar masculino se movendo por seu reflexo.
– Tem um corpo delicioso, exuberante, esbelto e feito para o prazer. Não deveria pensar em ocultá-lo, ainda mais pra mim.
Seus olhos pareciam marcá-la onde se fixavam, ela se estremeceu quando ele colocou um dedo por seu braço em uma vagarosa carícia, deixando-a ainda mais atordoada.
– Não, querida, não feche os olhos novamente, te contemplas.
Afastou suas sedosas mechas, descobrindo o tentador mamilo e depositando um suave beijo em seu ombro.
– Olhe quão formosa és.
Sua voz era sensual e acariciava suas mãos.
Edward desceu seus dedos, roçando brevemente seu ventre, as curvas de seus quadris e coxas, para subir de novo e rodear seus seios plenos e exuberantes.Seus mamilos se endureceram e esticaram em resposta instantânea, enquanto ela ficava sem respiração, em um ofego sensual.
– Tem o corpo tentador – murmurou, procurou sua orelha e a tocou com a língua. – Por este apetitoso corpo um homem esqueceria inclusive seu próprio nome.
Um suave suspiro escapou dos lábios de enquanto ele se apertava contra suas costas, envolvendo-a em seu rico e luxurioso calor.
Não pode se conter e acabou fechou os olhos.
– Te observe cordeiro.
Ela obedeceu.
Com seu negro olhar cheio de paixão, observou como os suaves dedos acariciavam seus seios, levantando e definindo sua forma, acariciando os tensos mamilos com os polegares.
Quando ele se inclinou para beijar sua nuca, ela arqueou o pescoço, definitivamente estava entregue, não tinha como fugir, o ardor das carícias de Edward estalava por todo seu corpo enquanto ele mordiscava com os dentes sua sensível pele.
– Desejo te tocar por completo – sussurrou ele roucamente. – Beijar cada centímetro de seu corpo e fazê-lo meu, eternamente meu.
Seus lábios provocavam tremores de prazer. Reclinou-se totalmente contra ele desfazendo-se em seu calor, enquanto ele brincava com seus firmes mamilos, atiçando e esfregando seus tensos extremos até que doeram de prazer.
Era profundamente excitante, incrivelmente erótico, ela observava suas deliciosas manobras entre uma neblina de desejo, que nem ao menos poderia entender o que ele lhe falava.
Não conhecia a si mesma.
Conteve um gemido enquanto ele deslizava mais para baixo uma mão, com deliberada lentidão por seu estômago até os suaves cachos negros que cobriam sua intimidade.
O olhar de Edward se cruzou com o seu no espelho ao tempo que afundava seus dedos na quente e úmida suavidade que havia entre suas coxas, e acariciava sua carne molhada.
Ao vê-la choramingar, ele sorriu satisfeito. Parando bruscamente. Deixando-a frustrada.
Ela o viu se sentar novamente no sofá, esperando que o coração feminino desacelerasse.
– Fazer amor é uma arte, e você é a artista – observou Edward com seriedade, iniciando a segunda parte de seu plano.
– Acreditei que dizia que era um jogo. – disse ofegante.
Ele exibiu um sorriso.
– Não seja impertinente. Agora preste muita atenção...Todo seu corpo transmite uma linguagem sexual. O modo em que te move o modo em que responde a uma carícia pode fazer com que um homem se sinta como um rei ou o piores dos mendigos, isso depende do quanto se conhece, pois somente assim, poderá domá-lo definitivamente.
Ela olhava-o, tentando anular o fato de estar nua e ter olhos famintos em sua direção, infelizmente não compreendendo a intensidades daquelas palavras, não entendendo que o que se passasse ali poderia mudar o curso da vida de ambos.
Ele a chamou novamente segurando à rosa que havia sido esquecida, fazendo-a ficar mais uma vez a dois palmos de distância.
Seu devorador olhar a percorreu em toda sua extensão, desde seus reluzentes seios nus, até suas coxas. Então, com sedutor sorriso, levantou a rosa e roçou seus mamilos, excitando-a novamente até que se estremeceu. Logo foi mais abaixo e, devagar, passou as aveludadas pétalas pelos lábios de seu sexo.
inspirou profundamente ante aquela delicada sensação. Edward arrancou uma pétala e deu a ela.
– Agora toca em si mesma.
– Em mim?
– Te toca. – repetiu deixando claro seu desejo.
– Isto é decadente – sussurrou .
– Ainda não – murmurou Edward – Mas te prometo que o será. Imagine que são meus dedos que lhe acariciam clamando seu prazer.
Obedecendo a contra gosto agarrou a suave pétala e passou pelo lugar secreto, entre suas coxas. Bruscamente, sentiu em seu sangue o selvagem estremecimento de uma onda de excitação.
Com o olhar fixo nele, fazia o que lhe dizia, explorando um mundo de mistério proibido. O calor estourava em seu interior enquanto se acariciava com a pétala de rosa, deslizando pelo tenso clitóris, escorregadio por seu próprio prazer.
– Seus mamilos estão duros, querida. Significa que está te excitando?
– Sim..., mas não é o mesmo quando você me toca... – disse ofegante.
Edward sorriu.
– Sinto-me honrado. Continue.
Assim ela o fez, continuou acariciando-se por suas dobras, seguindo suas instruções, abrindo-se e penetrando-se um dedo, enquanto com sua outra mão dava atenção ao seu ventre e seios.
Ela entendera porque as mãos do libertino eram mágicas, ele sabia onde tocar-lhe para lhe deixar indefesa, entretanto mesmo depois de explodir em suas próprias mãos uma duvida pairava em sua cabeça.
Seria ela capaz de impedir seus avanços?
Sem separar dela os olhos, agarrou-se o grosso membro com a mão. O gesto era audaz e sexual e muito tentador.
– Estás satisfeita querida?
– Sim – sussurrou ela com a boca seca pela excitação.
– Vêem aqui.
O prazer formigava por todos seus nervos quando foi sentar-se junto a ele, entretanto Edward afastou-a dele, abrindo sua calça e expondo seu pênis latejante.
– Que tal minha aluna demonstrar o quão aplicada és?
Neste momento lembrança de quando foram à casa peculiar de Kate a povoaram.
respirou fundo e decidiu-se por mandar o medo e a vergonha embora. Ela passou com fascinação as mãos por seu tórax, acariciando seu peito firme e musculoso, explorando a escultura perfeita de seu corpo ágil, perfeito e elegante.
Logo deslocou mais abaixo a carícia, pelas coxas musculosas e, por fim, até sua plena ereção, prolongada, dura e disposta. Sentiu uma onda de luxúria flutuar em seu interior ante a sensação dele, recordando o delicioso prazer que ele sempre lhe proporcionava.
Seus dedos roçaram o magnífico membro, rodeando a suave e cheia glande, acariciando a aveludada dureza. Então deslizou sua mão para baixo para agarrar levemente o enorme membro maravilhando-se por estar tão firme e palpitante.
O olhar de Edward se converteu em fumaça enquanto sua respiração se acelerava.
– Sente agora como seu contato me faz tremer. Percebes como não és a única entregue...
Naquele momento Edward deixava claro que não somente tinha total ciência de seus sentimentos por ela, como também percebera que de certa forma era correspondido.
Entretanto a ingênua permaneceu no escuro em relação aos sentimentos do libertino, não se dando conta do obvio.
– Não posso esperar – sussurrou, sua voz suplicava.
– Pois não espere – replicou ele com um sorriso sensualmente perverso.
Ela não esperou por mais, o abocanhou com vontade, fazendo tudo aquilo que sua memória lhe permitia, sugou-o, lhe arranhou com o dente e lhe acariciou os testículo, fazendo-o gemer, agarrá-la pelo cabelo e explodir em sua boca.
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Ela estava totalmente envolvida por uma onde de prazer, tomou o sêmen de Edward com um luxuria estonteante, fazendo-o arder novamente.
Apaixonadamente a levantou, sentou-a em seu colo, esfregando-a em seu membro enquanto lhe beijava a boca.
– És a única! – sussurrou ele atordoado.
Sem esperar por mais a encaixou nele e deu um gemido de prazer enquanto sua vulva o absorvia, ele ajudando-a na dança do prazer levantou seus quadris, para descer novamente.
gritou, não podia suportar, aquele prazer inflamatório se estendia por todo seu corpo, instantâneo e devorador. Não demorou para que ambos alcançasse o prazer.
Com um forte gemido caiu para frente sobre ele, empurrando o rosto contra o quente ombro de Edward para afogar seu grito.
Quando por fim recuperou seus sentidos se encontrou estendida sobre ele fraca enquanto Edward colocava pra fora seu enorme e duro membro que ainda estava dentro dela. Beijou-lhe o ombro e lhe sussurrou pela segunda vez.
– És a única!
[...]
Já haviam se passado três dias.
nunca pensou o quanto poderia sentir-se feliz e realizada. Em nenhum momento chegou a questionar-se sobre o dia em que Edward a deixaria, pois ali, como ele, essa idéia parecia irreal.
Desde a primeira noite que passaram juntos em Forbidden Flowers, ela se demonstrou ainda mais tentadora, jogando com seu corpo de tal maneira que o prendia ainda mais nas teias da paixão.
Além de vários momentos prazerosos, Edward lhe proporcionava passeios encantadores, fazendo-a desfrutar de sua companhia como um gentleman e não somente como um libertino.
Os gemidos, gritos e risos enchiam o quarto por boa parte da manhã e noite, o êxtase que ambos estavam vivendo era visível. Abraçada a ele, com a cabeça em seu peito se permitiu acalmar-se, deixando sua mente vagar.
– O que tanto lhe distrai? – a questionou, acariciando seus cabelos. Ela suspirou.
– Nada de relevante! – lhe respondeu.
O silencio se instalou por alguns segundos, até que Edward a fez sentar-se, olhando em seus olhos.
, prometo-te que sempre serei sincero com você, mesmo que isso posso magoá-la algum dia, e espero que sejas sincera comigo, da mesma maneira.
Ela abaixou os olhos pensativa, para enfim tomar a decisão que ele gostaria.
– Algumas vezes durante esses dias você citou seus pais de forma carinhosa, porém percebi um pouco de amargura – levantou o olhar para encará-lo, porém ele nada demonstrou – O que realmente aconteceu com sua família?
Edward pegou sua mão amorosamente e com o olhar distante fora sucinto.
– Destruiu-se...
Ela olhou-o confusa.
– Não diga isso, tens duas irmãs incríveis!
Ele emoldurou sua face com suas mãos e lhe beijou os lábios. Suspirou e por fim decidiu-se por falar.
– Não vim de uma família rica, os Cullens não eram donos de terras ou algo parecido, meu pai era um simples botânico que ajudava a produzir belíssimas flores para seu patrão... O antigo dono dessas terras.
procurou não demonstrar o quanto essa informação a assombrava, estava curiosa e adoraria descobrir mais.
– Meu pai era um viúvo quando conheceu minha mãe. Diziam que sua beleza era única e encantadora. E realmente era. Eles se casaram, viviam bem, embora nunca tenham sido apaixonado um pelo outro, mas...
Definitivamente ele iria falar mais, porém batidas apressadas na porta espantaram a ambos.
Edward vestiu uma calça e cobriu-se com um robe negro de seda.
Enfurecido o libertino abrira a porta encontrando com seu secretario, em uma aparência nada agradável.
– Perdoe-me, mas Alice não esta nada bem!


Capítulo 14


N/A: Prestem atenção na Rosálie!!

O céu escurecido com gotas revoltas de chuva era o sinal de que a noite traria grandes emoções. Eram pouco mais das 6 da noite quando Lorde Cullen acompanhado de sua amante chegaram a sua residência em Londres.
Com passos largos e apressados adentraram o aposento de jovem Alice, entretanto ambos estagnaram, ela estava em um sono profundo, com a belíssima irmã Rosálie velando-a apreensiva e carinhosa.
A condessa estava acariciando cuidadosamente os cabelos de sua irmã enquanto lágrimas silenciosas caiam por sua face.
Era visível sua dor.
Assim que a loira viu seu irmão correu para seus braços chorando copiosamente. Edward não soube como teve forças para consolá-la, mas o fez, e agora ambos conversavam no leito do libertino enquanto cuidava da jovem debilitada.
A sempre linda Alice possuía uma aparência cadavérica, em poucos dias já havia perdido peso em demasia, talvez uns 8 Kg, suas olheiras estavam tão fundas que debaixo de seus olhos o roxo era visível à distância.
suspirou culpada, se questionando se talvez ela não tivesse ajudado as coisas seriam diferentes.
Olhou para o lado tentando fugir da imagem deprimente de sua amiga e acabou visualizando uma bacia, certamente estava ali para facilitar quando a jovem vomitasse, ato que soube esta sendo corriqueiro.
Lágrimas escaparam de seus olhos, como ela pode ser condizente com tudo isso?
Deveria saber que essa historia teria um fim diferente do que a jovem Alice imaginara.
Levantou-se decidida, fora na cômoda bem trabalhada de mogno pertencente a sua amiga, vasculhou algumas gavetas para enfim encontrar um dos envelopes que ela mesma havia lhe entregado.
Fechou os olhos e mordeu seu lábio inferior, Alice poderia odiá-la por isso, entretanto era o momento de Edward saber a verdade.
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Alguns quartos à frente Rosália já havia desabafado com seu irmão, lhe contando cada detalhe do que fora “obrigada” a assistir sua irmã sofrer.
– Não acredito que ainda não saibam o que esta acontecendo com ela! – disse Edward escondendo sua face com suas mãos.
– Não... O senhor Whitlock ainda não tem certeza do que pode está acontecendo, porém disse que suspeita de algo, mas que necessitava de alguns dias para a resposta.
No mesmo dia em que Edward e viajaram, Alice deu a primeira crise com vômitos e desmaios, por sorte Rosálie estava ao seu lado tomando a decisão de chamar o médico de confiança da família, Jasper Whitlock.
Ele poderia ser um libertino conhecido, porém apesar de ser jovem sua fama na medicina era imensamente superior.
Ele examinou Alice e demonstrou-se preocupado com o quadro clinico da jovem, entretanto por todos esses dias não dissera nada do que suspeitava, enrolando a todos com discursos médicos que ninguém compreendia.
– Ele já esteve aqui hoje? – perguntou Edward.
– Não, desde ontem pela manhã que não o vejo. Acredito que ainda venha, me garantira que hoje voltaria para vê-la. – respondeu a condessa.
Lorde Cullen fechou os olhos em um instante analisando os fatos que tinha conhecimento e decidiu-se por esperar a chegada de seu amigo para tomar qualquer decisão. Até porque estava perdido, não havia como lutar sem saber exatamente o que sua jovem irmã tinha de tão grave.
– Tudo bem, o melhor a fazer é esperá-lo!
Rosálie estranhou a atitude de seu jovem irmão, ele nunca fora assim, em outros tempos teria saído desesperado atrás de Lorde Whitlock em busca de respostas.
– Porque estas me olhando dessa maneira? – a questionou Edward.
– Apesar da ruga visível de preocupação é nítido o brilho em seus olhos. – comentou Rosálie, deixando nasceu um sorriso singelo e amável em seus lábios – Suponho que isso é reflexo da jovem hospede desde casa. Estou errada?
Foi impossível para Lorde Cullen não sorrir.
Levantou-se e caminhou até a janela, olhou para o céu escuro e fora tão verdadeiro com sua irmã, que a surpreendeu.
– Pode parecer loucura Rose, pode ser castigo divino, ou qualquer outra coisa... – Suspirou – Na realidade, neste momento motivos não me importam, pois eu a amo...
Rosálie sabia disso, ele não precisava lhe dizer o que era perceptível, entretanto ouvi-lo confirmar fora um choque.
– Talvez a ame desde o primeiro dia em que olhei sua face, e tenha negado este fato alegado luxuria e vingança – fechou os olhos – Mas agora negar é absurdo... Eu a quero minha, somente minha...
Abriu os olhos e virou-se encarando sua irmã, olhando-a intensamente.
– A quero com tanta força que não me importo que tenha o sangue sujo, simplesmente a quero do meu lado, carregando meu nome, gerando meus filhos, sendo a minha legitima e amada senhora!
A condessa paralisou diante da força das palavras ditas por seu irmão, porém aos poucos se sentiu refeita, pelo menos o suficiente para lhe dizer o que sonhou lhe falar algum dia.
– Certamente é uma mulher de sorte inimaginável, terá o melhor marido do mundo!
– Então não és contra?
– Contra? Oh meu irmão porque seria contra a algo que te faz bem? Chega de sofrimento, chega de magoa e dor, creio... Creio que nossos pais onde quer que estejam querem nossa felicidade e devem estar comemorando por enfim você ter encontrado a sua.
Rosálie seguiu de encontro a seu irmão, o abraçou carinhosa, depositou um beijo em sua bochecha e olhou em seus olhos.
– Entretanto tenho algo a acrescentar.
– Imagino o que seja, não te preocupes, irei lhe contar tudo, cada detalhe da cruel verdade da família .
Rosálie estava prestes a lhe dizer que não era exatamente isso, porém batidas na porta interrompeu o momento familiar e confidencial que estavam vivendo.
– Milorde, perdoe-me mais o senhor Whitlock deseja lhe ver!
Era Esme, até porque ninguém mais naquela residência teria a audácia de interromper uma conversa sua com Rosálie.
– Obrigado Esme, estamos descendo em alguns segundos.
Mesmo fragilizado por dentro e querendo o conforto do abraço de sua irmã por mais alguns segundos, decidiu-se por enfrentar de uma vez o que quer que fosse, podendo ser incerteza ou qualquer certeza cruel.
Sem saber que seu destino mudaria drasticamente seguiu com Rose de encontro a seu amigo.
estava segurando a maçaneta da porta quando escutou um gemido, assustada virou-se, encontrando uma Alice com olhar perdido e a mão no estomago.
Ela iria vomitar!
Desesperada deixou o envelope no chão e fora socorrer a jovem Alice, apoiando-a com seu braço e colocando o balde a sua disposição.
Assim que seu corpo havia exposto qualquer traço de comida pra fora limpou sua boca e a deitou confortavelmente em seu leito.
...? – disse sussurrando.
– Sim?
–Sinto ter estragado seu passeio... – disse em meio às lágrimas
– Não! Não diga isso! Eu que deveria pedir desculpas, não deveria ter aceitado o convite de seu irmão, assim como deveria ter o investigado antes de aceitar ajudá-la!
Alice fechou os olhos, não, ela ainda tinha esperanças.
– Você se mostrou uma amiga prestativa e leal... Lhe fiz um pedido, e você o atendeu, assim como sempre soube que meu desejo poderia trazer-me conseqüências desagradáveis... Certamente depois da tempestade as coisas iram se caminhar.... Adequadamente...
– Alice... – antes mesmo de terminar a frase a jovem Cullen a interrompeu.
– Não, não me venha com esse tom de piedade, nada demais esta acontecendo, sempre soube que corria o risco...
– Não entendes, já foi longe demais, já fomos longe demais, logo seus irmãos iram descobrir!
– Que seja, é a minha vida, minha decisão, por favor, não pense em me trair desde maneira!
Alice começou a chorar com um desespero angustiante, soluçando altivamente, sentia-se ainda mais perdida do que de costume, até porque, agora ela temia que seus atos fizessem dela um fardo eterno para seus irmãos.
Como estava debilitada, assim que conseguiu acalmá-la a jovem Cullen adormeceu.
Lady respirou profundamente por alguns segundos, caminhou lentamente até a porta e pegou o envelope, colocou em seu decote sem qualquer cuidado e saiu do aposento de Alice.
Estava decidida a seguir até o leito de Edward, não sabia o que faria, temia em trair sua amiga, porém temia ainda mais em perdê-la.
Gritos assustados deixaram suas dúvidas pra depois, levando-a até o salão principal, deixando-a assustada, jamais imaginou ver Lorde Cullen descontrolado da maneira que estava.
A acompanhante de Alice, a Sra. Sara estava com o pescoço sendo esmagado pelas mãos do libertino, enquanto Rosálie desesperada era controlada por Emmett.
Um rapaz loiro tentava argumentar com Edward, mas ele parecia não ouvir nada, estava em uma redoma de dor e ódio que era nítido em suas feições.
Como se estivesse acordando de um transe correu de encontro a seu amado impudico, segurando seu braço com uma delicadeza amável.
Edward poderia estar com seus sentidos distantes, entretanto reconhecia o toque de sua amada, o que o fez recuar.
Envolvendo-o carinhosamente com seus braços viu o que jamais imaginou em sua vida, aquele homem altivo estava chorando em seus braços como um menino amedrontado.
Como se estivesse perdido suas forças seu corpo recaiu sobre as curvas femininas, fazendo ambos desabarem no chão.
– Não tive culpa... Não sei de nada.... Juro que não sei – sussurrava Sara chorando com as mãos no pescoço sendo amparada por Jasper.
O que afinal estava acontecendo? Era o que se perguntava.
Consolou Edward até que ele se acalmasse.
– O que esta acontecendo? – perguntou sussurrando no ouvido de Edward.
– O que ela fez de mal... Porque queriam matá-la...? – respondeu o libertino.
sentiu-se confusa, a resposta de Edward não fora esclarecedora.
– Edward não estou entendendo – disse .
Entretanto ele nada disse.
Frustrada ela emoldurou seu rosto com suas delicadas mãos e tentou fazer com que ele a encarasse, sem sucesso, ele não agüentaria olhar em seus olhos depois do que ela o viu fazer.
Entretanto esse gesto mudara todo o curso dos acontecimentos, ao fugir do olhar reprovador que provavelmente lhe lançaria, o libertino acabou baixando a vista para seu colo, percebendo ali pequenos farelos negros e a ponta de um papel.
Engoliu seco paralisado, lembrando das palavras que seu amigo, minutos antes.
“- Pelos sintomas que ela apresenta e pela investigação que iniciei posso afirmar que a jovem Alice fora ludibriada por um homem que se considera um curandeiro. Ele costuma enganar pessoas com problemas de saúde, receitando produtos sem qualquer cuidado em troca de uma boa quantia em dinheiro.
– Certamente aproveitou-se da fragilidade da jovem no que diz respeito a sua debilidade na visão fazendo-a acreditar numa provável cura.
– Creio que ele não agira sozinho, como vocês mesmos me garantiram, ela não sai sozinha e a erva normalmente é ingerida através dos alimentos. Portanto alguém intencionalmente ou não estava ajudando-a a si matar, já que a erva da *mandrágora é maligna”
Sua cabeça dava voltas, sentia seu coração acelerar temeroso, porém decidiu por acabar de uma vez com a dúvida, levou seus dedos até o decote de e puxou de vez o papel que descobriu ser um envelope, fazendo cair no chão o pó do veneno que matava sua irmã pouco a pouco.
Em sua mente os misteriosos passeios de vieram à tona, como um quebra cabeça que somente necessitava de uma peça chave para ser desvendado.
Ela fingiu ser amiga de sua irmã para enganá-la e vingar-se dele!
Todos na sala viram, todos menos sabia o que isso significava realmente e todos menos ela entendeu a forte bofetada que levou na face, fazendo-a cair no chão.
– Sua rameira inescrupulosa!
sentia seu rosto arder para logo em seguida sentir-se sendo levantada por seus cabelos.
– Não nega o sangue pobre e sujo que tens! – gritou para jogá-la forte de encontro à parede. – Estou curioso, a idéia foi sua ou de seu amado pai? – perguntou, porém ela nada disse, acabou levando outra bofetada.
– PARA, para, por favor, eu não sei do que estas falando.... – disse chorando compulsivamente.
Ou vê-la chorando, encolhida, visivelmente amedrontada, ele sentiu uma dor forte em seu peito, jamais havia batido em uma mulher, e fizera isso justamente com a mulher que amava, que inexplicavelmente ama.
Mas como ele poderia agir diferente diante de tanto cinismo e maldade?
Alice era sua irmã!
Ele fechou os olhos, desejou que nada disse fosse real.
Rosálie surpreendendo a todos caminhou de encontro a , abraçando-a carinhosamente.
– Como conseguiu esse envelope? – perguntou com a jovem soluçando.
– Alice... Ela me pediu... Eu só fiz o que ela me pediu!
– Mentirosa! – gritou Edward.
Agitada Lady saíra dos braços de Rosálie e encarou o libertino de frente.
– Se pelo menos a enxergasse de verdade saberia o quanto ela sofre em não poder ver a luz do dia, se ao menos a escutasse saberia o quanto ela gostaria de olhar em sua face novamente, se a protegesse realmente com todo amor que diz possuir, saberia da verdade, mas não, porque a única coisa que sabe enxergar, escutar e proteger e essa prepotência cruel que carregas!
Edward aproximou-se, pegou-a pelo braço com força e olhou fundo em seus olhos.
– Oh a doce, pura e inocente ! Que belo discurso, pena que para você não serve, não é mesmo? És como seu pai, manipula a todos, faz-se de vitima enquanto és tão culpada quanto ele pela dor que ela sente!
nunca tinha visto tanto ódio no olhar do libertino, seu braço doía devido ao seu aperto e quando pensou que nada poderia ser pior, Edward a surpreendeu mais uma vez.
Com força a arrastou até a porta principal, retirando-a da casa, jogando-a no meio da rua, sem ao menos preocupar-se com a chuva que caia. Deixando-a jogada na lama.
– Lama, é esse o verdadeiro lugar de uma rameira!
Não dissera mais nada, simplesmente lhe deu as costas e voltou a sua residência.
– Esme providencie para que nada que pertença a ela fique nesta casa, essa rameira não pisa mais em minha propriedade!
Com passos largos trancou-se em seu quarto, para enfim poder usufruir da dor de ter sido enganado!
Rosálie ainda assustada continuou assombrando a todos.
– Esme arrume as coisas de , pelo menos o que seja necessária por hora!
– Perdoe-me, mas as ordens do senhor Cullen... – antes que Esme pudesse terminar seu discurso a condessa a interrompeu.
– Não irei repetir, sabes tão bem quanto eu que quando a verdade aparecer ele irá arrepender-se! Ou irá dizer-me que acredita que jogou baixo desta maneira?
A contra gosto Esme seguiu ao aposento que a jovem ocupava e fez o que Rosálie lhe pedira, enquanto a loira seguia pra fora da residência à procura de .
Lady ainda estava jogada na rua, o frio a envolvia cada vez mais e os soluços era seu único companheiro e amigo.
O conde Thompson seguiu sua senhora, pra ele, era inadmissível que Rosálie quisesse ajudar .
– Rose, você pode ficar doente! – disse Emmett segurando-a pelo braço.
– Eu não posso deixá-la! – gritou com a água fria descendo por sua face.
– Porque não, você viu, ela não presta!
– Não, sei que ela estava falando a verdade!
– Ela é uma , seu sangue não nega sua verdadeira face!
– Por isso mesmo acredito em sua inocência!
Sem lhe dizer mais nada a loira saíra do aperto de seu marido e fora de encontro a jovem.
Com cuidado aproximou-se e segurou firme a sua mão.
– Venha comigo, deixe-me te ajudar!
perdida como estava nada disse. Entretanto se deixou ser guiada pela loira que a colocou em sua carruagem.
As duas tremiam de frio, porém logo começaram a se aquecer com um cobertor que Emmett levou.
Após alguns segundos Esme apareceu com uma pequena bagagem, entregando a .
– Amanhã encaminho o restante!
– Mandarei que busquem! – respondeu Rosálie. Fechando a porta do veiculo – Podemos ir. – olhou pra – Não se preocupe, ficara em minha casa até resolvermos tudo.
– Ótimo, tudo o que queria, uma rameira em minha residência! – comentou Emmett fazendo sua esposa olhá-lo enojada.
sentiu mais uma lágrima descendo por sua face e decidida tomou a decisão que surpreendeu o Conde.
– PARE O CARRO!
!
– Condessa, tens a minha gratidão eterna pela ajuda, mas ela deve parar por aqui!
– Não, não ligue para meu marido, ele às vezes fala coisas sem propósito algum.
– Certamente nesse caso em especifico ele falou consciente. – disse abrindo a porta – Obrigada e cuide da pequena Alice!
Sem deixar que a condessa lhe dissesse mais nada Lady distanciou-se aos poucos. O carro ainda permaneceu parado por alguns minutos, o casal discutia intensamente, entretanto o conde ganhou, o carro partira, deixando-a sozinha no meio da rua, com sua pequena bagagem nas mãos.
Perdida e sem dinheiro caminhou pelas ruas da cidade por logos e dolorosos minutos, os relâmpagos ecoavam no céu na medida em que a chuva aumentava.
Completamente derrotada, a jovem sentou-se encolhida na calçada, esperando que a morte viesse lhe buscar. E de fato ela viria, se uma carruagem trazendo uma pessoa amiga não tivesse aparecido.

FIM DO CAPITULO

*Mandrágora: Em algumas crenças antigas a erva da mandrágora era cultivada para exaltar alguns deuses, e sim, ela é maligna.

(Cap. 15) Capítulo 15



A cama macia e os lençóis acolhedores não amenizavam em nada seu sofrimento.
Já haviam se passado quase uma semana que havia deixando a residência de Lorde Cullen, e ainda era desconhecido para ela o que realmente acontecera.
As lágrimas silenciosas ainda lhe faziam companhia, as duas bofetadas que levara ainda ardiam em sua pele, porém o olhar acusatório que ele lhe lançava fora mais doloroso, ao menos a dor de cabeça e a febre haviam desaparecido.
– Com licença Milady, trago seu desejum!
Uma mocinha com olhos grandes e azuis, com a pele levemente rosada e um sorriso gracioso a fizera voltar para sua realidade.
Quando ela poderia imaginar que após sua retirada da vida de Edward estaria neste lugar, sendo acolhida como uma hospede ilustre?
A jovem colocara uma bandeja media de prata em seu colo, contendo um copo com suco, uma fatia de mamão e um prato fundo com algum mingau qualquer.
sentia seu estomago pesar, era como se ele estivesse cheio e nada que lhe trouxessem serviria. Tentou afastar a bandeja, porém a jovem na permitiu.
– Perdoe-me, mas tenho ordens para lhe fazer comer – pegou a colher mergulhou no liquido branco e encarou com uma determinação invejável – Posso ser pequena milady, porém sei meios de lhe alimentar, e posso lhe garantir que não será nada agradável!
– Não tenho fome!
– Imagino, depois de sua doença é natural que ainda esteja debilitada e sem fome, porém para se curar totalmente é necessário que se alimente!
Doença?
É poderia dizer que estava doente, seu coração sangrava como nunca antes, mas o que poderia dizer a essa menina? Que dificilmente se curaria com qualquer comida que lhe obrigassem ingerir?
Não, definitivamente não era o começo, pois quem melhor que as garotas de Kate para saber sobre o mal que os homens são capazes de fazer?
Sem questionar aceitou o alimento que recebia, forçou seu organismo a aceitá-lo e assim que deixou a jovem satisfeita conseguira ficar sozinha com seus pensamentos melancólicos.
O tempo passou rapidamente, sem que ela desse conta fora incomodada novamente por mais uma das garotas de Kate, desta vez lhe trazendo seu almoço, tentou esquiva-se por mais uma vez, porém não teve sucesso.
A tarde também passara rapidamente e antes que a noite caísse sua amiga lhe cedeu à honra de sua companhia.
– Soube que se alimentou bem! – comentou Kate sentando-se na beira da cama, segurando as mãos de .
– Que opção tinha, suas garotas sabem amedrontar... – disse com a voz morta e o olhar distante.
Kate segurou sua mão com mais força, fazendo com que a encarasse.
– Não vou enganá-la, sempre existirá cicatrizes, mas aos pouco conseguirá suportar e ludibriar essa dor.
– Ele me batera Kate, disse coisas vis sobres mim... Tão de repente que não consigo compreender... Tudo estava indo tão encantadoramente bem...
Com delicadeza a jovem cortesã limpou as lagrimas da amiga.
– Alice Cullen fora enganada pelo falso medico que lhe prometera a cura, lhe fornecia ervas prejudiciais a saúde, tendo base crenças infundadas, em troca de dinheiro ou sei lá o que. Edward com ajuda de seu amigo descobrira tudo, e como carregava a erva fora fácil deduzir que serias a culpada.
A verdade parecia tão inaceitável para que a deixara sem palavras.
?
– Como soube disso tudo?
– Quando a encontrei jogada no meio da rua, graças ao meu cocheiro que a reconheceu, soube que tinha algo errado nesta historia, procurei investigar, conseguir que Billy Balck me contasse o que havia acontecido.
– Ele me odeia... Eu o amo desesperadamente ele me odeia!
Kate gostaria de lhe dizer que estava enganada, porém devido os acontecimentos preferiu por ficar calada.
eu confio em você, acredito que sejas realmente inocente, entretanto ficaria mais confiante se me garantisse que és inocente como seus olhos me gritam!
– Eu não sabia... Alice me pedira ajuda e eu ajudei... Rezei tanto para que ela conseguisse...
Com as palmas das mãos escondera sua face chorando copiosamente, sendo abraçada por Kate de forma tão materna que a assustou.
– Obrigada... És tão minha amiga que me deixa sem opção a não ser agradecer...
– Não é nada, só to retribuindo o que um dia fizeram por mim!
olhou-a confusa.
– Minha inocente amiga, o que pensas-te? Minha vida nunca fora fácil, não fora escolha seguir por estes caminhos, fora minha única opção...
O olhar de Kate ficara distante, como se o passado voltasse, abraçando-a fortemente.
– Meu pai não tinha posição ou dinheiro, morávamos na casa destinada aos empregados, minha mãe falecera em meu nascimento. Apesar das dificuldades éramos felizes e possuía o melhor pai de toda Itália... Entretanto quando completei 13 anos ele viera a falecer... Sem qualquer pessoa para me proteger o patrão de meu pai abusou-me para em seguida jogar-me na rua... Quase morri sem comida ou vestimenta para aquecer-me, porém uma senhora com uma bondade impar me ajudou...
Kate olhou para e sorriu.
– Ela era linda, a mais procurada cortesã de Gênova, deu abrigo e ensinou-me a lhe dar com o destino que fora me imposto. Por isso, levou-me a Paris, fora onde aprendi a ser o que sou, assim que consegui seguir com minhas próprias pernas ela se fora e eu decidir-me por conhecer Londres, conseguindo arrancar dos Lordes ingleses o máximo de conforto possível...
Uma única lagrima caíra pela face de Kate, que logo disfarçou, limpando o vestígio e levantando.
– Não fazia idéia que és Italiana! – comentou assombrada.
– Preciso me arrumar, logo estaremos lotados, amanhã conversaremos mais! – Disse Kate querendo fugir o mais rápido possível da presença de sua amiga.
A última coisa que precisava no momento era vê-la desabar, sempre era assim que agia quando seu passado vinha à tona, foi como disse à lady , conseguira ludibriar a dor, mas jamais conseguiu esquecer.
Deu um beijo carinhoso na bochecha de e se retirou.
{...}
Durante toda noite não dormira, a sua história e a de Kate tinham tanto em comum....
Será que ela seria capaz de agir com sua amiga e aceitar a única opção que lhe fora dada?
Abraçou seu corpo e olhou para a janela, apesar de ser manhã o sol não dera o ar da graça, o clima natural de sua cidade parecia seu interior, nublado e escuro.
Como de costume chorou, silenciosamente e sozinha!
Estava tão mergulhada em sua própria infelicidade que nem ao mesmo se deu conta da presença de Kate, só notando a presença da cortesã quando ela a envolveu em seus braços.
– Acredites, não és o fim do mundo!
– Certamente, mas provavelmente seja o meu!
Denali a abraçou ainda mais forte e permitiu que ela afundasse em sua tristeza o máximo que poderia, pois somente assim seria capaz de ajudá-la a erguer sua cabeça novamente.
– Estive pensando... O que achas de fazermos uma viagem?
Lady assustou-se, será que Kate queria tão cedo introduzi-la a vida que vivia?
– Kate, eu aprecio sua ajuda, mas temo que talvez ainda não esteja preparada pra dá esse passo...
A cortesã arregalou seus olhos surpresa.
– Certamente não endentara nada do que lhe disse, estou lhe convidando para ir comigo a uma propriedade que me pertence, nada de festas ou homens... Somente duas amigas com seus pensamentos e suas tormentas!
abaixou a cabeça envergonhada.
– Perdoe-me!
– Tudo bem. – Levantou o rosto de e lhe lançou um sorriso amigo – O que me diz da idéia?
– Com ficará sua... Casa?
– Não há com que se preocupar, tenho uma pessoa de confiança que cuidara do estabelecimento com tanto cuidado como eu! Então o que me diz?
pesou as palavras da amiga e suas dores, talvez ficar longe a ajudasse.
– Digo que... – olhou para sua amiga e lhe sorriu tristemente – Aceito sua oferta!
{...}
jamais imaginou que a propriedade de Kate ficara tão longe.
A viagem fora feita de navio, quando embargou e olhou-se distanciando de sua cidade, do local que possuía todas as lembranças de sua vida sentiu-se em migalhas, partir definitivamente mudaria seu interior, somente não poderia afirmar se mudaria para o seu bem ou para seu mal.
Sentiu lágrimas descendo por seus olhos até o momento em que o oceano fora sua única vista.
– Venha, deixe-me levá-la até seu camarote! – disse Kate abraçando-a.
Ela se deixou guiar e fora para seu camarote, à viagem duraria alguns dias e tinha esperanças que quanto mais longe estivesse do libertino sua dor iria amenizar.
No navio os dias eram praticamente os mesmo, todos olhavam pra ela e pra Kate como se fossem alguma doença contagiosa, entretanto nem ela ou sua amiga se importavam.
Como estavam na primeira classe desfrutavam da rotina como todos os outros, missa, passeios ao convés, aulas de artes, chá das cinco e lindíssimos bailes.
forçava-se a participar de tudo, era o mínimo que poderia fazer a Kate, dar-lhe um pouco de companhia. Com isso os dias acabaram passando rapidamente, e nem mesmo as tropas napoleônicas que ameaçavam um provável ataque aos ingleses deram o ar da graça.
Ao descer do navio vendo um mar de pessoas a espera de entes queridos se viu procurando por ele, desejando que ele estivesse ali, a sua espera!
Triste ilusão que somente a fizera sofrer ainda mais.
Caminhando lentamente com ajuda de Kate se dirigiram ao carro que estava à espera das duas.
Enfim haviam chegado a território italiano.
O sol estava forte comparado com o londrino, jamais vira sol mais belo que aquele.
– Nem dá pra acreditar que o sol está nos recebendo desta maneira nesta época do ano! – comentou Kate.
– Por quê?
– Apesar de estarmos no mediterrâneo, ainda esta um pouco longe do verão, com certeza é um dia atípico, talvez as terras italianas estejam lhe dando as boas vindas!
sorriu, quem sabe, não seria um pressagio do que poderia estar por vim?
{...}
A residência italiana de Kate não era tão luxuosa e chamativa como a sua em Londres.
Os tijolos amostrada davam um ar de simplicidade e charme ao local que fizera como que se sentisse muito bem. Todos os cômodos eram claros e espaçosos sem objetos chamativos e glamorosos, e diferentemente dos jardins londrinos, todos os canteiros e hordas eram devidamente separados.
Kate fabricava vinhos, seu vinhedo era lindo e extenso, surpreendeu-se quando soube de sua amiga que ela estava preparando-se para abandonar a vida que lhe deu o sustento por tanto tempo.
“Não terei curvas belas pela eternidade, prefiro me retirar estando em alta, mantendo-me de outra forma e quem sabe conseguir constituir uma família, do que viver até definhar nesta vida que além de cruel é injusta!”
Definitivamente Denali era uma criatura surpreendente!
Pena que ela não merecesse nem um pouco desta amizade, uma vez que, apesar de todo o esforço de sua amiga, sua tristeza só aumentava.
O que aconteceria com ela afinal?
Seria ela capaz de esquecê-lo? Ou quem sabe ludibriar a dor que sentia?
Ainda deitada na cama, num quarto que era como mergulhar no oceano de tão azul, chorou silenciosamente, implorando a Deus por alguma solução inesperada.
Na sala principal Kate estava atarantada, como ele soubera que estavam ali?
– Por favor, Kate, necessito lhe falar!
– Creio que não sejas o momento, ainda esta dolorida!
– Por isso mesmo, sinto, ela precisa de mim, precisa me ouvir!
O silencio se instalou.
O que afinal ela faria?
Indecisa fechou os olhos ponderando os fatos.
– A muito que necessitamos desta conversa, lhe imploro que não me negues isto!
Kate suspirou altivamente.
– No andar superior, segundo aposento a esquerda! – disse por fim.
O homem visivelmente atormentado, porém muito bem alinhado aproximou-se da cortesã e beijou-lhe a mão delicadamente.
Com uma pressa visível não demorou muito para que chegasse ao aposento desejado.
havia acabado de levantar-se, envolveu seu corpo com um robe branco, pensando como poderia fazer para tornar seu dia menos sofrido, quando uma leve batida na porta chamara sou atenção.
Helena... Com sempre a criada que fora destinada para ela vinha lhe ajudar todas as manhãs.
– Entre!
Ela pode ouvir o ranger da porta se abrindo, ouviu quando fora trancada e mesmo de costa um medo lhe afligiu, sabia que não era Helena.
Um perfume conhecido invadiu seus sentidos rapidamente, seu coração acelerou, e mesmo relutante virou-se para encará-lo.
– Oh...!
O silencio se instalou no aposento, sentiu-se ainda mais perdida.
O que faria agora?
Nem ao menos conseguia encontrar palavras para serem ditas.
– Como me encontrou.... O que estas fazendo aqui? – disse ofegante, estava tremendo!
Ele nada disse seus olhos inchados a delatavam, ela esteve chorando, esteve sofrendo.
Lady balançou a cabeça atordoada, engoliu seco e retirou uma força inexistente dentro de si, caminhou em direção a porta, se necessário iria expulsá-lo. Entretanto mãos fortes a detiveram.
http://www.youtube.com/watch?v=8FuYe5dwNYM&feature=related
– Não faças isso, sabes que me deve esta conversa!
Ela fechou os olhos, ele estava certo, mas o que ela poderia lhe dizer?
– Perdoe-me, mas o que queres que lhe diga? Sabes tão bem quanto eu como tudo acontecera...
Delicadamente, com a ponta dos dedos ele tocou sua face, acariciando-a levemente.
– Eu deveria ter lutado!
– O que poderias fazer?
– Ter levado-a para longe daquele maldito libertino!
Ela abriu os olhos encarando-o, ele possuía o mesmo tom apaixonante e acinzentado de sempre, podia sentir sua respiração forte de encontro a sua face e pode ver perfeitamente cada traço de sua face já esquecida por sua memória.
– Oh Damien... Um belo sonho, que não nos serviria de nada... Não seriamos felizes, jamais conseguiria sabendo as conseqüências que meu pai sofreria!
Ele mordeu seus lábios com força e fechou os olhos.
– Que seja, não poderemos saber jamais.... Mas ainda há uma chance...
olhou-o triste.
– Chance?... – sorriu fraco – Creio que devo lhe informar que além de me tornar sua amante, o libertino levou embora meu coração... Não há mais chances para mim.
Uma lágrima solitária descera por sua face.
– Minha cara sempre soube que assim seria!
assustou-se.
– Lorde Cullen és bom no assunto, sabes seduzir como ninguém, quando lhe vi em Fortnum & Mason soube que com você não seria diferente!
– Então o que queres de mim? Rir?
– Jamais! Quero apenas que sejas minha como me fora prometido!
Um choque passou por seu corpo ao ouvir o que seu ex noivo havia lhe dito.
– Não quero mais correr contra a verdade de meu coração, posso ser rodeado de pessoas, mais em minha alma tive e tenho somente você!
Antes que ela ao menos pudesse colocar seus pensamentos em ordem, lábios famintos tomaram os seus!
Seria esta a ajuda divina que estava recebendo?
Ela não sentira seu corpo queimar, nem ao menos sentira a ponto de desfalecer, entretanto abrira sua boca, recebendo a sedenta língua de Damien, fazendo o que se esperava que fizesse, segurou o cinto de seda de seu robe e pediu aos céus ajuda para fazer o que fora ensinada!


N/A: Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Será que nossa “inocente” caiu na cama com Lorde Mason???????????

Mais essa pra minhas adoradas leitoras me responderem kkkkkkk.......

Bem a primeira fase se encerra por aqui, uma grande passagem de tempo irá ocorre, posso adiantar que a voltara mudada para Londres e um contos de fadas (a minha maneira) irá acontecer com a doce Alice.... Coitada a pobre merece....

Beijocas

(Cap. 16) PRÓLOGO 2ª FASE

Gênova, Julho de 1806

O sol dava os primeiros sinais de sua chegada, a cidade do mediterrâneo estava vivenciando um verão intenso, o verde estava tão vivo que era impossível não ficar encantado com a beleza do local.
Entretanto naquele dia, para uma Lady em especial a cidade teria tudo para ser ainda mais encantadora.
– Precisamos que empurre! – sussurrou sua fiel amiga!
Por toda a noite ela sofrera, estava chegando o tão sonhado momento, seu bambino chegaria ao mundo.
– Não sei se agüento, sinto minhas forças esvaindo-se! – disse atordoada. Fazia mais de duas horas que estava esforçando-se.
– Não diga isso, irás consegui! – respondeu-lhe sua amiga segurando firme sua mão.
Ela respirou fundo, e assim que mais uma contração a afligiu juntou todas as suas forças e empurrou como jamais imaginou-se ser capaz, dando um grito estrondoso e agonizante.
Sentiu-se desfalecer, seu corpo estava mole e tudo o que desejava neste momento era apagar-se, entretanto um choro ecoou pelo leito deixando-a emocionada.
Sua amiga com um pano úmido limpou sua face carinhosa como sempre fora ao longo dos meses.
– E un ragazzo! (É um menino) – disse a parteira limpando a criança.
Após alguns minutos a mais nova mamãe estava como seu filho nos braços, enquanto lagrimas desciam por sua face.
– Chiamare il padre (Chamarei o pai) – disse a parteira já se retirando.
As duas amigas se olharam rapidamente.
– No, il padre no queste (Não, o padre não estas) – disse sua amiga.
A senhora de idade olhou as duas duvidosa, entretanto acabou se retirando com sua auxiliar, sem qualquer comentário.
O silencio instalou-se no local, a criança sugava o leite de sua mãe enquanto as duas se encaravam.
– O que faremos ? – disse Kate visivelmente abalada – Achas que ele merece saber que tens um filho?
– Não sei... Só sei que nunca vi criança mais bela que esta!
_______

(Cap. 17) Capítulo 1

N/A: Prestem atenção no final do cap.....!!!!!!!

Londres, Maio de 1807
O céu estava nublado e dele caia uma chuva fina, o que não era nenhuma novidade para o clima londrino.
Nas ruas as pessoas caminhavam tranquilamente, as carruagens transportavam os grandes senhores e senhoras da cidade para suas obrigações e nas lojas o movimento era intenso.
Nem parecia que o país estava sofrendo uma forte pressão napoleônica.
Misturado a esse cotidiano uma carruagem em especial fazia seu trajeto sem nem ao menos ser notada, passava pelas ruas enquanto seus passageiros, ou melhor, uma passageira em especial analisava cada canto da cidade com uma expressão indiferente.
Seu marido segurava firme sua mão enquanto olhava-a preocupado, se não fosse por problemas políticos – Os franceses dominaram as terras italianas – não teriam saído de Genova, um local seguro, onde sua esposa não era julgada.
Entretanto essa desculpa era uma mascara para sua real preocupação, temia que a forte ligação que sua senhora possuiu por um certo libertino fosse forte o suficiente para arrebentar os laços e segredos que os prendiam.
Delicadamente beijou-a na mão chamando sua atenção.
– Estas bem? – perguntou carinhosamente.
A jovem olhou-o nos olhos e lhe sorriu docemente.
– Melhor do que pensei que poderia estar!
Ele lhe devolveu o sorriso.
Um suspiro fraco chamou atenção de ambos, o pequeno Heitor dormia calmamente nos braços de sua ama Helena!
se inclinou em sua direção e acarinho a face rechonchuda e rosada do bambino visivelmente encantada.
Seus cabelos eram negros, seus olhos tão verdes que era impossível não repará-los e quando sorria apareciam duas belas covinhas.
Ela estava tão perdida pela beleza do bebê que somente deu-se conta que havia chegado quando o cocheiro abriu à porta do coche, deixando amostra a fachada de sua nova residência.
Como o gentleman que era, Lorde Mason saíra do veiculo para em seguida estender a mão para sua senhora e ajudá-la a sair da carruagem.
O verde claro da fachada era marcante e combinava perfeitamente com o mármore da escada e com a enorme porta de madeira escurecida.
Antes mesmo de seu acostumar com a entrada de sua residência sentiu-se sendo levantada, deu um grito espantado e sentiu sua face esquentando quando deu-se conta do que Damien estava planejando.
– Oh Damien! Por favor...
– Nem ouse em tentar me impedir, estou agindo como seu marido e quero que todos vejam quem a partir de hoje mandará nesta casa!
Ela nunca tinha o ouvido falando desta maneira, ele sempre fora amável e condescendente, nunca, em nenhuma vez tinha se recusado a ouvi-la ou atender seu pedido, podendo ser ele simples e sem propósito.
Decidiu-se por permanecer calada, era o mínimo que poderia fazer depois do tanto ele fizera por ela e por Kate Denali.
O que seria atender seu desejo uma única vez?
Sem falar que estava adorando ser tratada desta maneira.
Quando adentraram a residência os empregados estavam na sala, um ao lado do outro, distantes, mas a frente havia a mãe de Damien e duas de suas três irmãs, não demonstraram nenhum desagrado em suas feições por vê-la ali.
sentiu-se melhor, afinal todos em Londres tinham ciência do que lhe acontecera, Damien deixou isso bem claro quando fora procurá-la em Genova.
“Assim que soube o que aquele sedutor lhe fizera, procurei por você em cada canto da cidade, e por sorte conseguir informações de onde estaria com uma cortesã do estabelecimento de Kate”
Lorde Mason a colocou no chão, fora recebida com carinho pelas mulheres Mason que estavam presentes, até mesmo fizeram questão de lhe apresentar cada um dos empregados, assim como lhe contarem rapidamente como era a rotina da casa.
– És a nova dona da casa, a partir de amanhã suas ordens serão leis! – lhe disse Jane Mason, mãe de Damien.
Jane Mason era esbelta, seu cabelo era negro e seus olhos azuis, sua boca carnuda e nariz afilado. Usava um comportado vestido azul, com renda branca dando um charme especial a vestimenta.
Suas filhas não eram diferentes, pele clara, cabelos escuros e olhos azuis.
– Obrigada Milady...
– Não, nada de formalidade entre nós, sou sua “mãe”, lembra-se? – lhe disse Jane segurando suas mãos delicadamente.
– Tudo bem... Jane!
– Isso, assim fica bem melhor!
– Agora se me permitem deixe-me finalmente conhecer meu neto!
Jane seguiu em direção a Helena e retirou à manta que cobria a face do jovem, lágrimas invadiram seus olhos, finalmente morreria feliz, os Mason tinham um herdeiro homem depois de Damien.
– Vou esperá-lo despertar para segurá-lo. Não é bom atiçá-lo. – olhou para seu filho – Quando eras pequenino assim, quando acordavam-no dava um trabalho enorme para enfim aquietar-se!
Lorde Mason aproximou-se a abraçou sua velha mãe com afago.
– Teremos muito tempo para matar saudades minha mãe. Entretanto agora e Heitor precisam descansar!
– Oh, claro. Nos falaremos no jantar!
Despediu-se dos empregados educadamente e de sua nova família e se retirou da sala com seu marido indo para seu aposento.
O leito destinado a ela era arejado e de um bege claro, com a cama espaçosa com lençóis macios e brancos.
Assim que adentraram ouviram um murmúrio inquieto, sorriu, caminhou lentamente e o colocou em seu colo. Ele ainda dormia, entretanto se continuasse sendo levando de um lado a outro logo despertaria um tanto irritado.
Damien sorriu diante da cena que via, apesar de não ter qualquer parentesco com o pequeno, todos que os viam não duvidavam do imenso carinho que irradiava de seus olhos para ele.
o colocou no berço que já havia sido instalado no seu aposento e de longe olhou para Damien.
Nenhum dos dois disse uma só palavra, talvez até falassem algo se Helena não aparecesse com as coisas do bebê.
– Acredito que és hora de deixá-la descansando, qualquer coisa meu leito fica ao lado do seu – lhe disse dando-lhe um demorado beijo na testa, em seguida beijou a palma de sua mão e depositou na face de “seu” filho.
Quando por fim seu marido retirou-se seguiu até seu lavatório, retirou sua roupa mergulhou na enorme banheira que uma das empregadas da casa lhe preparou.
Tudo estava transcorrendo de maneira pacifica e calma, entretanto uma pergunta que ainda não havia obtido resposta atormentava-a, afinal porque não estava feliz?
No quarto Helena arrumava as coisas do pequeno Heitor enquanto cantarolava em italiano uma música para o jovem.
Poderia parecer loucura, porém ele sempre dormia bem quando cantarolavam para ele.
– Com licença, mas apreciaria que me ajudasse com as coisas dos senhores, tem tantas malas e baús, não sei o que pertence a quem! – comentou Irina, a governanta da casa.
– Certamente! – lhe disse Helena, depois de confirmar que Heitor dormia tranquilamente.
Assim que o quarto se viu vazio, Lady Jessica conseguiu o que queria quando mandou Irina pedir ajuda a serviçal de .
Jéssica quando soube do casamento de seu irmão eles já haviam se casado há um bom tempo, Heitor até mesmo já havia nascido, o que acabou fazendo com que a jovem lady suspeitasse que a rameira Swan estava dando um golpe em seu irmão.
Caminhando lentamente fora até o pequeno leito da criança que dizem ser seu sobrinho olhando-o atentamente a face do jovem.
Assim que adentrou o seu aposento a imagem de Jéssica próximo do bebê deixou-a apavorada, seu coração apertou-se, ela jamais iria permitir que a raiva que sua nova irmã sentia dela transpassasse para a criança.
Juntou toda suas forças e mascarou sua feição, demonstrando um orgulho e força que duvidava ter dentro de si.
– Posso saber o que queres? – disse .
Jéssica assustou-se, virou-se lentamente e encarou uma que matava-a com o olhar, engoliu seco e refez sua aparência prepotente.
– Certamente. Vim somente conhecer meu suposto sobrinho.
lhe sorriu forjando uma simpatia.
– Agora que o já conheceu, lhe peço que nos deixe a sós!
Jéssica fez que não a escutou virou-se novamente olhando para a criança.
– Sabes, até agora não encontrei nada de meu irmão nele... – falou enquanto se preparava para pega-lo.
apressou-se, com passos rápidos alcançou Lady Mason e segurou firme seu braço.
– Só irei lhe dizer uma única vez, fique longe dele!
Jéssica estremeceu, porém permaneceu cínica e prepotente.
– Oh, finalmente estas mostrando à verdadeira Swan!
– Mason, pra você sempre serei Mrs. Mason.
– Podes enganar meu irmão, mas a mim, a mim essa cara de puritana não disfarça a rameira que és!
apertou ainda mais forte seu braço e sua voz saíra rude a ponto de fazer Jéssica encolher-se com todo seu orgulho.
– Fico feliz que não tenha enganado-a, assim fica mais fácil para você entender que se fizeres algo com mio bambino, irei me certificar para que permaneça só, sem marido e lar para mandar, ficando eternamente sob as ordens da Mrs. Mason... Oh não é que sou eu!
Sem qualquer piedade a tirou de seu aposento, jogando-a para fora de seu leito.
Fechou a porta sem lhe dizer mais uma só palavra e segurou seu choro, não iria se permitir chorar. Com os olhos fechados começou a controlar sua respiração até que um choro a fez despertar.
Caminhou lentamente em sua direção e o pegou no colo.
– Shiiii... estou aqui... Estas seguro!
[...]
Estava deitada em seu leito, podia ouvir o vento fino passando por entre as cortinas, podia sentir-se cada vez mais enterrada na solidão que se fechou, e mesmo depois de tanto tempo era impossível não perguntar a si mesma onde sua amiga estaria?
Lágrimas vagarosas caiam por sua face, a culpa ainda lhe feria até a alma.
Como não percebeu o que estava por vim?
O que teria mudado se tivesse contado a seus irmãos a verdade?
Ouviu a porta de seu quarto sendo aberta, passos fortes estavam se aproximando, um lado de sua cama estava sendo afundando, um aperto cálido em seus dedos que sempre deixava seu coração aquecido e um cheiro almiscarado que lhe inebriava.
Jasper...
– Como a mais bela de minhas pacientes se encontra hoje? – lhe perguntou mesmo vendo a resposta em suas feições.
– Ainda mergulhada na dor da culpa... – sussurrou.
Lorde Whitlock emoldurou a face de Alice com suas duas mãos limpando suas lágrimas com seus polegares.
– Me dói vê-la sofrer desta maneira, queria tanto ajudá-la... Mas não vejo como fazê-lo.
Ela fechou os olhos, permitiu que a sensação de paz lhe dominasse por alguns segundo e lhe sorriu fracamente.
– Acredites, o senhor por todo esse tempo me ajuda...
Ele se acomodou mais no leito da jovem e a posicionou em seu peito acariciando seus cabelos, deixando que suas lágrimas caíssem, fazendo o máximo que podia para amparar sua dor. Até que por fim seu choro angustiado cessou.
– Soube que a condessa esteve aqui ontem! – comentou Jasper depois que sentiu que ela estava melhor.
– Sim... Esteve aqui para discutir mais uma vez com meu irmão... Grande novidade há quase dois anos que só escuto discussões e conversas estranhas...
Lorde Whitlock beijou o topo de sua cabeça.
– Pensei que essa idéia de se envolver na política melhorasse seu gênio... Mas pelo jeito, nem mesmo o Rei Jorge III pode consertá-lo.
Alice sorriu.
– Pelo menos agora ele fala comigo.
– Sobre o que? Como derrotar os franceses?
– Não sei... Não presto atenção em nada do que diz!
Jasper gargalhou divertido.
– Faz muito bem.
Alice suspirou.
– Eu queria tanto meu irmão de volta!
Lorde Whitlock apertou-a em seus braços sussurrando uma cantiga qualquer, permitindo que a jovem relaxasse em seu calor até seu apagamento momentâneo.
Assim que sua respiração acalmou-se e viu-a mergulhada em um sono que provavelmente seria reconfortante devido seu sorriso, aconchegou-a nos lençóis e retirou-se.
Sentiu-se inquieto, já deveria ter se acostumado, esse sentimento de perda sempre lhe golpeava quando a deixava.
Beijou-lhe a cabeça e saíra do aposento da jovem atordoado com os sentimentos conflitante que insistiam em crescer dentro de si.
[...]
– Pode ser até mesmo Lady Jane, pode ser o Rei, não o quero sozinho! – disse um tanto agitada para Helena.
– Perdoe-me milady! – disse Helena com a cabeça baixa.
a olhou e respirou fundo.
– Eu que deveria pedir-lhe desculpas... – aproximou-se de Helena e segurou sua mão – Tenho ciência de seus cuidados com Heitor, é visível seu carinho...
– Lhe prometo milady, nunca mais o deixarei sozinho com qualquer pessoa desta residência, a não ser Lorde Mason ou a senhora.
– Obrigada... Agora vá arrumar suas coisas e espairecer, a viagem fora cansativa, deixa que eu cuido do pequeno!
Helena fez uma mensura e retirou-se do aposento.
O pequeno Heitor estava sentado no leito de brincando com algo macio, levando a sua boca e mordendo furiosamente.
– Estas se divertindo? Hum...? – disse jogando-se na cama mordendo carinhosamente o pé do pequeno.
O tempo passava rapidamente quando estavam juntos, por eles poderiam ficar assim eternamente!
– Prometo-lhe, sempre lutarei por você! – sussurrou enquanto Heitor bagunçava seu penteado.
Milady Mason gargalhava intensamente, os dentes do menino estavam nascendo e neste momento em especifico ele mordia a face de lhe causando cócegas.
– Uma das cenas mais lindas que já vi! – comentou Damien sorrindo.
assustou-se, mas assim que vira seu marido sorriu delicadamente.
– Veja Heitor, veja quem veio entrar na brincadeira! – disse colocando o pequeno em seu colo de frente para “seu pai”.
– Hum... Acredito que teremos mais pessoas para entrar em nossa brincadeira!
A senhora Mason levou sua sobrancelha questionando-o, quem poderia juntar-se a eles?
Jane Mason?
Se fosse a mãe de seu marido certamente a brincadeira perderia a graça, ela não conseguiria agir naturalmente.
Damien abriu a porta ainda mais e deixou que Kate Denali adentrasse o aposento com lágrimas nos olhos.
sorriu amplamente, levantou-se junto com Heitor e abraçou-a demoradamente.
Há dois meses que não se viam. Kate tivera que voltar a Londres, problemas em seu estabelecimento o motivaram a isso, entretanto não havia um só dia em que não pensasse em e o pequeno Heitor.
– Deixe-me ver como ele esta?! – pediu Kate quando estava mais controlada.
O pequeno Heitor choramingou um pouco, porém logo se acalmou no colo de sua madrinha, que cantarolava ternamente pra ele.
Damien sem ser visto retirou-se, deixando que as duas amigas matassem a saudade uma da outra.
Após vários minutos o jovem adormeceu o que permitiu para que as duas conversassem tranquilamente.
– Como estas tudo por aqui? Alguém desconfia de algo? – perguntou Kate acariciando a face do jovem.
morreu seu lábio inferir
– Jéssica Mason... Ela não engoliu nossa história, acabamos discutindo mais cedo.
Kate sentiu-se amedrontada, temia pelo que aconteceria com o jovem Heitor se a verdade fosse jogada ao vento.
– Ela jamais pode saber a verdade , isso seria humilhar nostro bambino, imagine o que seria ele crescer sendo julgado por toda a sujeira que o envolve!
colocou as mãos na face.
– Eu sei... tenho ciência do quanto ele sofreria... Porque achas que aceitei me tornar uma Mason?
Kate a olhou com lágrimas nos olhos.
– Você é bem mais digna que eu... Jamais poderei esquecer-me de seu ato de amor pelo pequeno... És digna da felicidade minha cara!
segurou as mãos de sua amiga e lhe sorriu.
– Não, nos somos digna da felicidade!

FIM DO CAPITULO

N/A:
Ahhhhh

Que dialogo esse da Kate e da PP???????

E ai, o que acharam???

O q posso dizer é que os segredos começarão a ser revelados....

Pq Alice ficou cega?? E pq o nome da Rose ficou manchado???

Saberemos no próximo cap....

O segredo do Emmett e do Eward???

Entre o cap 3 e 4....

E quem diabos colocava as rosas no quarto da Bella???

E a verdade q a Rose e Esme escondem????

Hum.... tbm n ira demorar....
Bjokas


Capítulo 18


MÚSICA

Não passavam das três da manhã, as nuvens carregadas ecoavam sua fúria pelo céu, escurecendo ainda mais a cidade, deixando-a bem mais fúnebre e fria que de costume.
Com um copo carregado de uma quantidade considerável de whisky nas mãos, Lorde Cullen não parecia notar o vento gélido de encontro ao seu corpo nu, continuava olhando para a rua, com pensamentos conflituosos e distantes.
Ele forçava-se a pensar nos problemas políticos e econômicos que o país vivenciava, chegou até mesmo a se oferecer para os pequenos confrontos que ocorreram para defender os países amigos, entretanto sua amizade com Jorge III acabou por atrapalhar seus planos de suicídio ocasional.
Fechou os olhos enquanto engolia o gosto amargo da bebida, sem ao menos se importar com o olhar cravado em suas costas, somente tentando encontrar uma maneira de esquecê-la.
– Sabes o que acho?
Uma voz feminina o questionou.
Ele nada disse, continuou imóvel sem nem ao menos olhá-la, ele tinha total ciência de sua opinião, e embora ficasse inclinado a aceitá-la como verdade os fatos eram provas mais que suficientes para suas palavras serem ignoradas.
Com passos lentos aproximou-se de Lorde Cullen, abraçou-o por trás e depositou um beijo casto em seu ombro!
– Sofrer sem provas válidas não é uma atitude inteligente!
Edward retorceu sua face, e acabou tomando uma quantidade ainda maior do whisky, deixando o copo completamente vazio.
– Havia provas, eu mesmo comprovei!
– Às vezes enxergamos coisas demais, pelo que sei nem ao menos questionou sua irmã sobre o ocorrido, e ainda pior, nem ao menos esperou que ela lhe explicar-se.
Uma risada irônica saiu pelos lábios de Lorde Cullen.
– Certamente o seu encontro com Rosálie não fora construtivo!
Ela pegou o copo de sua mão e se afastou, devido às varias noites que passaram juntos sabia que quando ele ficava imóvel e pensativo necessitava de varias doses de álcool em seu organismo para adormecer.
– A condessa é muito peculiar... Digamos bem diferente das senhoras distintas que a sociedade vangloria!
Edward virou-se e arqueou as sobrancelhas olhando-a de costa enquanto lhe servia mais uma dose, coberta com um robe fino de seda, bege claro a ponto de ser transparente, deixando amostra cada curva de seu corpo feminino.
– Assim como a belíssima baronesa a minha frente! – comentou.
Nathalia Crosewski era uma jovem viúva, possuía uma herança invejável, definitivamente casar-se como o Barão Crosewski além de prazeroso – pois ela o amava – estava lhe sendo muito útil, afinal, não precisaria casar-se novamente para se manter, e seu titulo lhe assegurava uma confortável posição social, mesmo tendo escancarado seus encontros com Lorde Cullen, que aconteciam há pouco menos de 1 ano.
Além do que, sua beleza era fascinante, seus olhos verdes eram tão intensos que junto ao seu cabelo castanho que sobressaia em sua pele clara como neve, deixava sua aparência doce e angelical, seus lábios avermelhados eram tão chamativos que lordes de toda a Londres sonhavam com eles, seu corpo pequeno junto a sua fina cintura deixava-a lindamente bem com ou sem vestimenta alguma.
Uma verdadeira encarnação do pecado.
Delicadamente aproximou-se de Edward, lhe entregou o copo e deu-lhe um beijo delicado em seus lábios.
– Etiqueta de conduta... Hum... Odeio! – disse risonha.
Ele elevou sua mão para a face da baronesa e acariciou-a.
– Em seu caso, seguir qualquer norma de etiquete seria um ultraje a sua perfeição!
Lady Crosewski gargalhou divertida, nem mesmo seu marido apreciava sua atitude um tanto quanto libertária, só mesmo um pervertido seria capaz de aceitá-la desta maneira.
– Creio que estas cansado, precisas dormir!
Seu olhar tornou-se divertido, definitivamente ele não precisa dormir, ele precisava esquecê-la, e iria para mais uma tentativa nos braços e na cama da baronesa.
Sem lhe dizer uma só palavra puxou-a para um beijo selvagem e dominador, roubando-lhe o ar, deixando-a arfando, naquele momento tudo o que importava era que iria afundar-se nela para enfim entregar seu corpo ao cansaço.
Uma bela e rotineira maneira de ambos esquecerem as cicatrizes do amor.
{...}
Antes mesmo das oito, Lorde Cullen já havia chegado a sua residência, passou no aposento da irmã e lhe falou rapidamente como nos últimos tempos, se trancou em seu leito e permitiu-se relaxar em sua cama.
Não sabia ao certo porque desde esta madrugada sentia-se mais melancólico do que de costume.
Tomou um banho demorado e chamou por Esme, necessitava de ajuda com suas roupas, logo teria uma reunião importante com o rei e deveria estar bem arrumado.
Esme estava ajudando-o a se vestir quando seu leito fora invadido por um trovão loiro.
– Deixe-nos a sós! – gritou Rosálie para a governanta.
– Fique! – retrucou Lorde Cullen para Esme.
– Estas me desafiando meu irmão?
– Que eu sabia estas em meu aposento, adentrou cheia de si, a desafiadora aqui és tu!
– Jura! Então o que me diz do fato de ter induzido o meu marido a me trancafiar em minha casa? Desde quando tens o direito de interferir em minha vida?
– Desde o dia em que começou a interferir na minha!
O silencio se instalou entre eles, Esme sorria internamente, de certa forma para ela seria melhor que a relação dos dois ficasse estremecida.
– O papai ficaria envergonhado do homem que você se tornou! – gritou Rosálie quebrando o silencio. – Eu tenho vergonha de você!
– Melhor ter me tornando um homem duro, do que uma mulher vendida! – retrucou.
A baronesa estagnou, definitivamente essas foram as piores palavras que seu irmão havia lhe dito.
Atordoada virou-se e decidiu que não havia outra coisa a fazer a não ser se afastar de Lorde Cullen.
– Rose... – chamou pela irmã, com a voz demonstrando arrependimento.
– Você nunca vai entender não é mesmo? E sabe por que você nunca vai entender? Por que você meu irmão não sabes o que é o amor, e pelo jeito jogou fora a única chance de descobrir!
Falou retirando-se do aposento as presas, querendo com toda força sumir, desaparecer!
Edward ouviu suas passadas diminuírem, se afastarem e por fim ouviu o coche indo embora.
Esme o analisou calmamente para em seguida continuar com seu serviço.
– Pare! – pediu, mas sua governanta não o atendeu – Eu já disse para parar! – gritou a segurando pelo braço e jogando-a para fora de seu aposento.
Desnorteado esfregou suas mãos por sua face, ele jamais deveria ter dito o que disse a sua irmã!
Atordoado começou a jogar contra a parede e no chão, vários objetos de decoração de seu quarto, gritando feito um louco, desejando fugir de sua realidade, de seu passado.
–--
Sua casa estava uma verdadeira confusão, a chuva mesmo estando relativamente calma deixava rastro por todos os cômodos.
Definitivamente as telhas não estavam ajudando-os a se protegerem.
Alice chorava jogada na cama feita de palha, há dias que sua irmã de cinco anos passava mal deixando Rosálie e ele bem preocupados, seu corpo quente era um sinal de que as coisas não estavam indo bem, e pra deixar tudo ainda pior não possuíam dinheiro para se alimentarem, imagina chamar um medico!
Com sua roupa rosa encardida e com remendos, Rosálie tentava ajudá-la sempre passando um pano úmido na testa de sua irmã, tentando abaixar a febre.
Edward como todos os dias, saiu pela cidade em busca de qualquer trabalho, em busca de algo que lhe pudesse ser útil para ajudá-la. Mas nada conseguiu.
O silencio dominou a residência por alguns segundos.
– Ficas com ela? Creio ter a solução! – disse Rose com o olhar distante.
– O que queres dizer? Como assim tens a solução?
Ela caminhou até seu irmão e beijou seu bochecha, sem dizer mais nada retirou-se.
Sumiu por um dia inteiro, ele ficou preocupado, jamais ela havia sumido por tanto tempo, e a febre de Alice não abaixava de modo algum.
Ele pensou em sair à procura de Rosálie. A forte ligação que possuía com sua irmã mais velha era tão intensa que sentia seu coração apertado, sentia que ela estava sofrendo.
Alice adormeceu, sua febre era tão forte que ela delirava diante de tanto sofrimento.
Edward desesperado encheu uma bacia com água e mergulhou dentro dela com sua irmã, a pequena Cullen se debatia em seus braços enquanto clamava por sua mãe.
A noite fora longa e sofrida, mas logo nas primeiras horas da manhã Rosálie apareceu.
Ela mal encarou seu irmão, adentrou junto de um homem que fez várias perguntas sobre Alice, apresentando-se como um médico.
– Sua febre parece esta controlada por hora – disse examinando-a – Acredito que seja uma forte infecção que vem matando a muitos pela região.
Edward temeu ao ouvi-lo, ele prometera para sua mãe, ele prometera cuidar de suas irmãs, ele não poderia falhar.
– Mas há um modo de salvá-la? – perguntou temeroso.
– Sim.... Já havia imaginado que pudesse ser isso ao... – Olhou sorrindo para Rosálie – Sua irmã ir me procurar e descrever a situação.
Pegou sua maleta e remexeu por alguns segundos, retirando 3 vidros de remédio.
– Ela precisa tomar uma colher de cada um desses pela manhã e pela noite. – entregou a remédio a Edward – Se quando a medicação acabar ela não tiver melhora, peça para Rosálie me procurar.
Nesse momento Edward descobrira o que havia acontecido.
Rosálie vendeu-se para o Doutor Laurent Willard por uma noite, um famoso médico de Londres, em troca ele conseguiu salvar a vida de Alice, embora os remédios fortes demais tenham prejudicado a visão de sua irmã de forma permanente.

–---
As lágrimas silenciosas desciam por sua face, sempre que se lembrava destes momentos de sua vida uma dor esmagadora rasgava seu peito.
Soluçou com uma criança que dia já fora.
Desejou como há muito tempo não desejava o colo de sua mãe, seu doce cantar quando as coisas não iam bem.
E adormeceu encolhido no chão, entre os cacos de vidro, mergulhado na dor da saudade, saudade de sua mãe, saudade de suas irmãs e principalmente saudade da única mulher que amou.
{...}
– Vamos, Edward acorde! – pedia uma voz feminina. – Venham me ajudem!
Ele pode sentir seu corpo sendo levantado, pode sentir-se sendo colocado no colchão macio e acolhedor, assim como sentiu suas roupas sendo retiradas.
– Confesso que não é nada agradável retirar roupa masculina! – murmurou uma voz conhecida fazendo-o por fim despertar.
– O que inferno estas fazendo Jasper? – comentou ainda com a vista turva.
– Enfim resolvertes despertar!
Fora então que começou a sentir varias pontadas em seu corpo, fechou os olhos e depois de alguns segundos o abriu, para encontrar seu corpo ensangüentado, com vários objetos cortantes em sua pele.
– Oh inferno! Inferno! Inferno!...
– Se repetires essa horrível palavra mais uma vez irá se arrepender Edward! – lhe disse a voz feminina outra vez.
Nathalia!
– Oh eu adoro quando me fazes arrepender! – disse com a voz cortando, afinal Jasper estava retirando vários pedaços de vidro e porcelana de seu corpo.
A baronesa não se importou que as pessoas no aposento tivessem escutado seu comentário deselegante, entretanto estava terrivelmente preocupada com seu incidente, afinal, ninguém deita num mar de vidros porque é agradável.
Caminhou lentamente, aproximando-se dos dois e apertou sem piedade o braço do Lorde que gritou de dor.
– Definitivamente não irá gostar do modo que lhe tratarei se não lhe comportar Milorde!
Jasper sorriu, certamente Lady Crosewski era uma dama que sabia como impor respeito!
Lorde Cullen resmungou algumas vezes, mas deixou-se ser cuidado sem qualquer empecilho.
– Ele precisa de um banho, é necessário colocar um pouco de permaganato! – disse para Esme, porém que respondeu fora a baronesa.
– Por favor, providencie a água e tudo que Lorde Whitlock pedir, quem cuidara desses ferimentos serei eu! – disse olhando para Esme que estremeceu amedrontada.
Certamente essa seria bem mais difícil de manusear que .
Irritada Esme fizera o que lhe fora pedido.
Assim que todos os deixaram a sós, a baronesa com uma toalha limpava Lorde Cullen que reclamava das dores agudas por seu corpo.
Mais tarde quando Esme encheu a banheira com água morna, Nathalia fizera a mistura com o permaganato e ajudou Edward, lavando todas as feridas.
Quando ele estava vestido e deitado na cama ela enfim quebrou o silencio.
– Se queres dar cabo a sua vida, encontre uma maneira mais eficaz, infelizmente essa não fora bem sucedida!
Ele nada disse, olhou para ela e sem qualquer explicação abraçou-a forte, querendo somente sentir-se querido, sem qualquer apelo sexual, somente sentir-se querido!
– Diga-me, diga-me como posso ajudá-lo meu amigo! – pediu visivelmente preocupada.
– Cante, somente, cante pra mim!
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Capítulo 19


Com as cobertas macias envolvendo-a ela tentava esconder do homem ao seu lado a dor que a cortava.
Mãos fortes envolviam sua cintura demarcando como dele, e de certa forma ele não estava errado, ela pertencia a ele.
Respirou fundo.
Porque tudo estava correndo para esse caminho?
Porque tudo estava se tornando tão difícil?
– O que tanto lhe preocupa? – perguntou seu marido demonstrando toda sua preocupação.
– Nada demais...
Antes mesmo dela terminar de responder ele a virou de frente, analisando atentamente cada traço de sua face.
– Seus olhos estão inchados, você esteve chorando e não tente esconder a verdade!
– Não... Não... é nada!
Ele fechou os olhos, sentiu-se um inútil, a mulher que amava estava sofrendo e ele não conseguia com que ela se abrisse com ele imagina ajudá-la!
Totalmente dominador ele uniu seus lábios aos delas, percorrendo suas mãos pela lateral do corpo que ele tanto deseja, deixando que sua intimidade dura e necessitada encostava na sua feminilidade.
Quando o ar lhes faltou ele continuou com seus beijos na pele quente de sua mulher, a mulher que definitivamente ama.
– Por favor... Não esconda nada de mim! – ele sussurrou implorativo para em seguida deslizar suas mãos para o monte de Vênus entre as pernas de sua senhora.
Totalmente alheia a tudo, totalmente distraída de sua dor ou desconforto que sentiu por toda madrugada ela abriu-se mais para ele, desejando seu doce e ardente toque.
Com dedos mágicos ele pressionava seu clitóris enquanto um de seus dedos a provocava em sua entrada.
– Eu te amo.... Te amo tanto.... Nunca se esqueça disso... Sou seu... Completamente seu... – ele sussurrou pequenas declarações em seu ouvido, deixando-a inebriada.
Com a delicadeza de um homem das cavernas retirou o fino tecido que lhe cobria os seios, salivando acariciou a mediana elevação com a língua, fazendo-a gemer um pouco mais alto.
Totalmente entregue, suas pequenas mãos descansadas em sua cabeça pressionava a boca de seu homem em seu seio, querendo muito mais, desejando tê-lo dentro de si.
Com paixão ele depositou um dedo dentro dela, como resposta sua esposa gritou, implorando por mais.
Seu dedo fazia movimentos circulares, entrando e saindo da carne feminina e molhada, enquanto seu polegar continuava pressionando o inchado botão de prazer.
– Eu quero senti-la envolvendo-me, pressionando-me... – disse-lhe com dificuldade, fazendo-a gritar.
– Sim.... Oh eu também quero... – respondeu-lhe queimando.
– Diga.... Digas que és minha, digas que me ama.... – pediu introduzindo mais um dedo, acelerando o movimento e mordiscando o bico sensível de seu seio.
Como resposta as suas caricias ela arqueou seu corpo, completamente vencida aos toques que recebia de seu homem.
– Eu.... Eu.... – gritou alto quando ele lhe introduziu mais um dedo.
– Você o que...? – questionou-a provocando seu corpo com seus dedos e lábios.
Ela queria tanto lhe responder mais seu clímax que a cada vez mais se aproximava impediu-lhe de falar qualquer coisa.
Com uma devassidão ardente ela explodiu.
Seu corpo fora relaxando aos pouco, assim como sua respiração, mesmo ainda estando tão desregulada.
Porém seu marido não lhe deu mais tempo, com um desejo latente terminou de rasgar sua roupa, deixando-a completamente nua, para em seguida retirar sua blusa e calça, deixando que ela visualizasse o quanto ele estava afetado.
Com o olhar escuro sentou-se e chamou por ela, que prontamente atendeu.
Quando se aproximou de seu marido seus delicados dedos acariciaram sua face, de joelho com as pernas apertadas em cada lado do corpo másculo, beijando delicadamente os lábios do homem que amava.
– Eu amo você... Amo cada pedaço de você.... Apesar de às vezes me irritar... Apesar de às vezes não concordarmos... Eu te amo do jeito que és! – lhe respondeu apaixonada.
Ele já havia escutado suas declarações milhares de vezes, entretanto toda vez que ela lhe dizia que o amava, algo dentro de si explodia.
Com amor e paixão ele puxou-a pela nuca para um beijo devorador, enquanto posicionava seu membro em sua fenda, abrindo passagem para o paraíso.
Assim que o beijo chegou ao fim, suas testas coloram, assim como seus olhos, que não se desgrudaram em momento algum enquanto dançavam apaixonados.
Ambos explodiram juntos, sintonizados, completos e com todo cuidado ele abraçou sua mulher amavelmente demonstrando por ela nesse pequeno gesto o tanto que era especial.
– Agora que estas mais relaxada podes enfim me dizer o que esta acontecendo?
Sem explicação aparente ela começou a chorar, era como se uma ferida esquecida tivesse sido cutucada.
– Edward.... Oh Emmett, eu não sei mais o que faço com ele!
{...}
Já havia passado algumas horas, a condessa Thompson estava sentada na biblioteca tentando ler algum livro que a fizesse esquecer a maldita dor que atormentava sua família há anos.
Entretanto nada fazia seu coração sangrando parar de doer.
Fechou o livro e se permitiu afundar-se cada vez mais no dia em que demonstrou-se amar tanto sua irmã que esqueceu-se completamente se si.
–--
Ela ainda não acreditava que essa idéia poderia ter passado em sua cabeça, com passos apressados vagava pelas ruas sujas de Londres totalmente alheia ao que acontecia a sua volta.
Alice, Alice, Alice, a pequena Alice....
Era a única coisa que sussurrava em sua cabeça, focava-se nela, procurava se esquece dos outros, procurava esquecer principalmente dela mesma.
A chuva molhava seu corpo sem piedade e ela agradecia aos céus por isso, estava sendo mais fácil esconder a dor de suas lágrimas.
Seu corpo tremia intensamente, o frio era doloroso, mas ela agüentaria firme, sua mãe lutou por eles e ela estava fazendo o mesmo, estava lutando por sua família, lutando por sua pequena irmã.
Parou em frente a uma grandiosa casa, respirou fundo varias vezes e então tomou coragem, com uma expressão decidida passou pelo portão de grade e bateu na porta de madeira.
Não demorou muito para um jovem – o mordomo – abrir a porta e olhar espantado para ela.
– Sinto, mas não temos abrigo! – lhe informou.
– Não estou à procura de abrigo.... – sorriu triste – Simplesmente tenho um assunto a tratar como o Doutor Willard.
Ele olhou visivelmente confuso para a jovem, entretanto logo pode compreender.
Aquela não seria a primeira e nem a ultima a pedir ajuda ao medico mais conhecido da cidade.
– Podes adiantar o assunto, Lorde Willard não gosta de ser incomodado por pedidos.... – pensou um pouco até encontrar uma palavra – irrelevantes.
– Deixo-o julgar se meu assunto com ele é ou não irrelevante!
– Já lhe disse, só posso anunciá-la se souber do que se trata, tendo em vista que nunca a vi nesta residência.
Rosálie respirou fundo, ela não poderia perder tempo.
– Diga a Lorde Willard que minha irmã esta muito mal, que ela precisa de seus serviços e que eu Rosálie Cullen mesmo não tendo dinheiro algum estou disposta a lhe pagar com meu corpo, o corpo que tantas vezes ele cobiçou!
O mordomo assustou-se, ele jamais pode imaginar conhecer alguém tão direta.
Ele deu espaço para ela entrar.
– Espere aqui, vou ver se ele podes lhe atender.
Ele desapareceu na imensidão da residência que reluzia diante de tanto dourado.
O frio ainda lhe dominava, mas a coragem e amor a sua irmã eram a sua força para seguir em frente.
Depois de um tempo interminável o mordomo voltou e pediu que o acompanhasse.
Ele aceitou, disso ela não tinha duvidas, mas mesmo assim, foi doloroso saber que ele aceitou e que certamente aquele empregado estava lhe guiando para as próximas horas mais terríveis de sua vida.
Cada passo que dava era como se perdesse um pedaço do que sobrou de sua felicidade, o que seria dela ao sair dessa residência?
Ela não sabia, mas se sua felicidade fosse o preço a ser pago pela saúde de sua irmã, ela pagaria com todo amor!
Assim que chegaram a ultima porta o mordomo a abriu, gesticulando com os braços para que ela adentrasse. Ela o olhou, viu em seus olhos a compaixão e soube que ele via nos seus a dor.
Mordeu seus lábios e fechou os olhos, mas não desistiu, segundos depois estava dentro do aposento do medico com a porta fechada.
– Ora, ora, se não és a durona Rosálie! – comentou sarcástico.
Certamente estava se lembrando de tantas vezes que ouvirá o famoso não ou pior, deveria estar lembrando das tantas vezes que ela lhe gritou NUNCA SEREI SUA!
Ele caminhou em sua direção e olhou em seus olhos.
– Diga, qual a sua proposta!
– Quero que salves minha irmã, lhe dou meu corpo esta noite e quero que salves minha irmã.
Ele ouviu atentamente cada palavra que ela disse.
– Diga-me, o que exatamente ela tem?
– Ela esta como febre forte, não baixa de modo algum.... Já estas delirando.... Ninguém que conhecemos sabe como nos ajudar!
– Feito. – respondeu de supetão.
Ela sentiu dois grandes sentimentos, nojo pelo que estava fazendo, e alivio porque tinha conseguido alguém que pudessem lhes ajudar.
– Vamos Rose, tire esta roupa que estas usando, quero ver o que me pertence esta noite! – disse sorrindo.

–--
Foi impossível essa lembrança não fazer seu coração doer, foi impossível para ela segurar as lágrimas.
Ela nunca se arrependeu de seu ato, o fato de ainda ter Alice consigo é a prova de que ela fez o que podia para salvá-la, e se pudesse voltar ao tempo faria tudo novamente.
Entretanto a forma como seu irmão sempre tratou seu ato de amo a machucava, o fato de saber que aquele homem sujo a usou a enjoava e o fato de saber que o homem que mais amava não fora o primeiro e único a tocá-la a deixava triste.
Permitiu-se chorar, desabar como a muito não fazia e esqueceu do mundo.
Ao longe seu marido a via sofrer e uma onda de irá tomou conta dele, ele a amava demais, e apesar de ser grato ao seu cunhado por ter encontrado sua felicidade, ele não poderia perdoá-lo por fazê-la sofrer assim.
Decidido e apressado ordenou que seu cocheiro o levasse até a casa de seu cunhado, isso tinha que acabar de uma vez.
Assim que chegou fora grosso como ninguém jamais o tinha visto.
– Onde estás Edward? – Questionou
– Está no escritório, vou chamá-lo... – entretanto antes de Judith terminar de lhe dizer algo o conde já havia desaparecido.
Adentrou o escritório com fúria, nem ao menos olhou para seu cunhado e já despejou sua raiva.
– Sei que lhe devo, entretanto a muito cumprir a parte do meu trato, casei com Rosálie, infelizmente não tenho culpa de ter me apaixonado por ela, então chega, não vou mais fazer o que me pedes, não vou mais magoar a mulher que amo!
Lorde Cullen levantou o olhar para seu cunhado deixando que ele olhasse a feição de um homem destruído.
– Ela se casou Emmett, ela se casou e tem um filho meu!
O conde assustou com o que acabara de ouvir.
– O que estas dizendo? Quem se casou? Quem tens um filho seu?
tens um filho nosso, um pequeno Cullen, é o desgraçado do Mason que o cria como dele!
Gritou dando um murro na mesa, esquecendo por completo o seu corpo marcado de vidro.
{...}
Quando estava mais calma Rosálie levantou-se, limpou sua face e seguiu até a sala de jantar, olhou a mesa bem surtida e sentiu-se faminta.
– Meu marido?
– Saiu faz um tempo Milady!
Ela pensou que seria interessante esperá-lo, porém decidiu-se por comer, apreciando cada grão e pedaço da carne.
Antes mesmo de terminar o conde Thompson chegou, dando-lhe um beijo na face.
– Fico feliz que esteja melhor!
– Sabes que tens bastante culpa nisso.
Ele lhe sorriu amável. Sentou-se na mesa e começou a servir-se, fazendo companhia a sua senhora.
– Peço desculpas se não esperei, estava faminta!
– Fico feliz que não tenha esperado, desde ontem que não comias nada!
Continuaram a comer calados, às vezes olhando para o outro tentando descobrir qual pensamento lhe afligiam.
Assim que terminaram Rosálie não se conteve.
– Onde esteve, normalmente quando sai assim me diz onde estava quando chega.
Ele se levantou, foi de encontro a sua mulher, estendeu sua mão para a jovem e a trouxe para o contato de seu corpo, beijando o topo de sua cabeça.
– Fui ver seu irmão.
O silencio se instalou no local.
– Como ele esta? – perguntou depois de alguns minutos.
– Queres mesmo saber?
– Sim!
– Machucado, depois da ultima briga de vocês ele ficou fora de si, quebrou varias coisas do quarto e acabou dormindo em cima de porcelanas e vidros despedaçados.
Ela se afastou de seu marido e olhou-o com os olhos cheios de lágrimas.
– Mas... ele esta bem?
– Jasper cuidou dele, entretanto...
– Oh Deus... Ele não esta com nenhuma infecção não é mesmo?
– Não, bem pior.
As lágrimas desceram pela face da baronesa, como louca ela se afastou de seu marido e estava descida a ir vê-lo quando Emmett a segurou.
voltou!
Ela estagnou.
– O que disse?
– Seu irmão esta bem pior porque voltou, casada, e com outro homem cuidando de um pequeno Cullen!



N/A:Queridas.......

me desculpem o atraso...

bjocas

obrigada desde já pelos comentarios.... e bjocas a tds.......



Capítulo 20


andava de um lado a outro, estava nervosa, temerosa, podia imaginar as conseqüências que recairia a Heitor se alguém descobrisse a verdade, entretanto ela não poderia se negar a vê-la, afinal, ainda se lembrava muito bem do ato carinhoso que a condessa lhe deu naquela fatídica noite.
Enquanto todos a julgavam ela fora a única que não a questionou sobre o envelope, enquanto todos desejaram que ela ficasse longe a condessa fora a única que quis lhe estender a mão.
Entretanto nada disso apagava o fato dela ser irmã de Edward.
E se ela falasse algo a Lorde Cullen?
Por muitas vezes presenciou o amor dos Cullens, ela não duvidava que Rosálie estivesse ali a pedido de seu irmão.
E se Lorde Cullen descobrisse a verdade, qual seria sua atitude?
– Milady, ser quiseres eu posso descer e falar com a Condessa Thompson – lhe disse Helena.
– Não, essa é uma conversa minha, não é digno fugir! – disse atordoada.
Helena olhou para sua senhora e viu aflição em seus olhos, ela pouco sabia da história, mas tinha ciência de que aquela conversa poderia ser negativa.
– Só lhe peço que não saia deste aposento com Heitor, o melhor a se fazer é poupá-lo!
– Como desejar!
respirou fundo e contou alguns poucos segundos antes de tomar coragem e descer.
Cada passo que dava parecia que havia um peso enorme em seus pés.
Assim que chegou à sala a viu sentada, seus longos e loiros fios de cabelo estavam presos em um coque elaborado, fechou os olhos e lembranças tomaram conta de sua memória.
Entretanto logo mandou para longe qualquer lembrança que pudesse fazê-la desmoronar, essa definitivamente não seria a melhor forma de encontrar com um Cullen.
Tomou coragem e em seus últimos passos mostrou-se amadurecida, forte e decidida.
Assim que escutou os passos aproximando-se Rosálie levantou-se e virou-se paraencontrar com uma mulher muito diferente da que ela se lembrava.
Sua expressão não tinha qualquer traço de doçura e inocência, estava bem maquiada, o que destacava cada perfeição de sua face. Seu vestido azul com detalhes brancos era comportado, não mostrava seu colo, entretanto marcava sua silueta de forma brilhante.
A condessa perdeu em sua mente qualquer palavra que poderia dizer, afinal, aparentemente aquela não era a pessoa que fora encontrar.
– Condessa Thompson, é um prazer recebê-la em minha casa.
– Prazer? Tens certeza? Creio que uma pessoa com o sangue Cullen não seja tão prazeroso para você receber!
– Oh, não digas isso, sabemos muito bem que não sou eu que tenho problemas com sangue ou coisas do tipo, não costumo recair os pecados de um em outra pessoa!
Lady Thompson sorriu.
– Não, a que conheci não seria capaz de tal ato, entretanto como não conheço Lady Mason, não posso concordar ou afirmar nada.
Um duelo de olhares se estendeu por alguns minutos, uma tentava arrancar da outra verdades escondidas.
– Tão cedo e nossa casa já esta sendo invadida pelos Cullens?
Jessica Mason!
virou-se e olhou para sua “irmã” com um falso sorriso nos lábios.
– Acredito que quiseste dizer, “sua” casa, pois que eu saiba essa residência agora é minha!
Jessica quis matá-la naquele momento, suas feições retorceram de ódio, e quando estava prestes a responder agiu com rapidez.
– Tenha o prazer de me acompanhar Condessa, na sala temos visitas indesejáveis!
Rosálie nada disse, aceitou a oferta e a seguiu, deixando uma Jessica irritada.
Chegaram em uma enorme biblioteca, acomodou sua “convidada” e sentou-se de frente pra ela.
– Deves passar belas horas neste cômodo – comentou Rosálie.
– Não, ainda não tive tempo com certas distrações desde que cheguei!
– Compreensível, mudou-se faz pouco tempo, e ainda tens um filho para cuidar!
sentiu-se gelar, ela sabia que os rumores de sua chegada fossem espalhar-se rapidamente, entretanto tinha esperanças que a existência de Heitor fosse demorar mais um pouco, antes de ser o novo comentário da cidade.
– Realmente, um filho nos consome muito tempo, talvez fosse interessante tentar tê-lo!
Rosálie sorriu triste.
– Creio que Deus não queira me dar tamanha graça.
Lady Mason sentiu-se péssima, era obvio que já haviam tentado tê-lo.
– Perdoe-me, não quis ser indelicada!
– Será?
calou-se.
– Entendo-te melhor do que possa compreender, sei o quanto és difícil ser julgada...
– Duvido que possa entender-me. Mas também isso não importa, o que realmente interessa-me é que seja direta e digas o que deseja! – Disse cortando o que a Condessa iria dizer.
A condessa olhou-a cuidadosamente e decidiu-se por ignorá-la.
– Quando tinha 14 anos vendi meu corpo em troca de cuidados médicos para a minha irmã que estava morrendo, fui julgada por todos como uma rameira, todos, até mesmo meu irmão... – a condessa respirou fundo tentando segurar as lágrimas – Isso dói, mas nada no mundo, nenhum julgamento cruel pode ser maior que ver minha doce Alice sorrindo... Não conseguimos salvar sua visão, mas conseguimos mantê-la viva...
– Eu..
– Não, eu ainda não terminei – Rosálie respirou fundo – Amo a minha família, herdei isso de meu pai, entretanto não sou de fingir não ver algo somente para proteger alguém de meu sangue, sou de amar, sou de perdoar, não de acobertar ou mancomunar, por isso antes de julgar-me por ser irmã de quem lhe fez mal, tente enxergar-me, como um ser humano que lhe entende mas do que possa compreender.
sentiu-se confusa, encarou a condessa por alguns minutos e a viu chorar silenciosamente.
– Perdoe-me, não quis ofendê-la.... É que mesmo depois de tanto tempo as lembranças ainda me torturam!
– Estas perdoada, como lhe disse, entendo essa dor!
–É, infelizmente entendes!
Rosálie lhe sorriu amigavelmente.
– Sabes, tínhamos uma vida incrível, não éramos ricos nem tínhamos pequenas posses, nossos pais não eram apaixonados, entretanto éramos felizes, nunca faltava comida a mesa, ou vestimentas – A condessa sorriu para o vazio – Lembro-me que quando tinha péssimos sonhos meu pai ficava ao meu lado até que dormisse e quando acordava e ele não estava ao meu lado havia sempre uma linda rosa que simbolizava sua presença.
Lágrimas silenciosas desciam pela face da jovem.
– Muito tempo depois quando ele se fora e ficamos sem teto, pois nosso patrão não via interesse algum de manter-nos, viemos para Londres onde mesmo nossa mãe tendo um emprego, as dificuldades passaram a se mostrarem cada vez mais presentes, ainda mais depois da vinda de Alice meses depois da morte de nosso pai...
jamais soube ao certo nada sobre os Cullens, Edward uma certa vez começou a contar a história de sua família, porém fora interrompido e sua curiosidade não fora saciada.
Será que agora finalmente conseguira entender o que se passou com os Cullen’s?
– Enquanto nossa mãe trabalhava, vivíamos em um casebre, Edward como o homem da casa aos 13 anos cuidando de mim e Alice que mal tinha 1 ano, como dinheiro que nossa mãe nos dava, naquela época ela não era tão conhecida, conseqüentemente o dinheiro era pouco...
olhava atentamente para a face de Lady Thompson, vendo sua dor, seu sofrimento.
– Sempre que nossa mãe vinha nos ver ela repetia o ato de nosso pai, levava para cada um de nos uma rosa... Então uma certa vez perguntei a ela o porque das rosas, e ela me disse: “Momentos antes de seu pai falecer ele disse-me, que se as coisas se tornassem difíceis demais e eu ou qualquer um de vocês precisassem dele para conseguir seguir em frente, iríamos encontrar a força necessária em cada rosa que desabrochasse”. Ela não precisava dizer mais nada, naquele momento entendi que cada rosa que ela nos dava era uma forma de nos dizer, força que estou com você!
emocionou-se com as palavras que escutava de Rosálie, sentia-se ainda mais ligada a jovem condessa e uma completa idiota por tê-la tratado de maneira rude e debochada.
Sorrindo a Condessa retirou de sua pequena bolsa de pano uma rosa branca e estendeu para .
– Força, estou com você, como sempre estive!
estagnou por alguns minutos, o que ela queria dizer como isso? Não poderia, ou poderia?
– Era você o tempo todo? – perguntou a senhora Mason.
eu entendia a dor que estava sentindo desde o primeiro momento, mandar que Esme colocasse as rosas em seu quarto quando estava dormindo fora a forma sutil de lhe dizer isso!
– Mas como ela conseguia entrar? E como conseguiu que ela fizesse isso sem ninguém saber? Ou todos sabiam? – perguntou atordoada.
– Esme sempre tem mais que uma chave extra, e fazer com que ela atendesse um pedido meu tão simples sem que ninguém soubesse não fora tão difícil.
pegou a rosa e chorou com uma criança, ela sempre estivera ao seu lado, como não fora capaz de perceber isso antes?
– Obrigada pela amizade, mesmo que não tenha lhe dado a resposta que mereça!
, sentimentos nos damos ao próximo sem cobranças ou necessidade de volta, meu carinho e confiança em você sempre foram verdadeiros, entretanto isso não quer dizer que sejas obrigada a retribuir-me!
– Como eu nunca lhe enxerguei verdadeiramente?
– O que importa agora é saber se você consegue finalmente me enxergar como uma amiga!
pensou no que ela disse, e fora inevitável para ela não esbarrar na mesma conclusão.
– Sim, lhe enxergo e lhe tenho como minha mais nova amiga!
Rosálie segurou firme a sua mão e lhe sorriu.
– Fico feliz, e como sua mais nova amiga, lhe peço que sejas verdadeira comigo, lhe peço que confie em minha total discrição e me diga se tenho ou não um lindo sobrinho!
sentiu seu coração acelerar, e mesmo tento medo do que isso poderia causar a Heitor, decidiu-se por ser verdadeira com que sempre esteve ao seu lado, decidiu-se por contar toda a verdade a Condessa Thompson.
{...}
Lorde Cullen estava sentado na magnânima poltrona que um dia pertenceu ao barão Crosewski, tomando uma enorme quantidade de álcool enquanto a baronesa olhava-o preocupada.
Já fazia algumas horas que Edward bebia sem dizer uma só palavra que fizesse sentido.
– Só gostaria de lembrar-lhe que ainda tens uma irmã depende de você, espero que seu cérebro não esteja divagando em algo inapropriado e sujo.
– E eu espero que fiques calada enquanto peço.
– Seu grosso estúpido, se queres silencio saia de minha propriedade, que eu saiba não lhe convidei, veio até mim implorando-me companhia!
– Não sei onde estava com a cabeça quando tomei tal atitude!
– Queres mesmo que lhe diga? Pois bem, estava com a cabeça na vagina de , torturando-se porque há um outro homem entre suas pernas, torturando-se porque fora um burro inútil que além de afastar-se da mulher que ama ainda perdeu a chance de ser pai, isso é, se o filho é mesmo seu!
Edward gargalhou sarcástico.
– Queres dizer o que? Que Lorde Mason a engravidou? – revirou os olhos despeitado – É bem capaz de ainda esta procurando pela feminilidade de !
– Ciúmes? – perguntou Nathalia divertida.
– Não sejas exagerada!
– Exagerada? – perguntou sarcástica – Simplesmente estou sendo honesta, coisa que ultimamente você não vem conseguindo.
– Não sabes do que diz!
– Tens certeza? Pelo que conheço bem da história, o senhor Milorde foge e teme enfrentar a verdade, penso eu, se não queres ser honesto comigo ou sua família sejas honesto consigo mesmo, lhe dê uma chance de ver essa triste história por outro ângulo.
– Outro ângulo?
– Será que alguma maldita vez desde que Jessica Mason fora lhe procurar para lhe contar essa história duvidosa, o senhor pensou no que seria a vida de com o seu filho se Lorde Mason não tivesse lhe estendido a mão?
Não, ele não havia pensado por esse ângulo, entretanto pouco importava, o seu papel era ir até ele, era dizer-lhe a verdade, enfrentar as conseqüências, ele nunca fora homem de fugir de suas responsabilidades, poderia não ser o homem que sonhou ser a antes de descobrir o que ela tramava, entretanto seria o pai que lhe ensinaram a ser.
– Não é um argumento que possa me convencer.
– Do mesmo modo que as histórias contadas por Jessica Mason não me convencem.
– O que queres dizer?
– Descubra por si só, entretanto gostaria que soubesse de algo importantíssimo, Lorde Mason não teve tantas mulheres como o senhor, mas as que deitaram em sua cama falam maravilhas, por isso caro amigo, eu não me confiaria muito se fosse o senhor, pois definitivamente ele sabe onde encontrar uma vagina!
Lorde Cullen jogou o copo de cristal na parede e olhou para a baronesa com fúria.
– Eras isso que planejava? Acabar com meu dia? – gritou e virou as costas dirigindo-se para fora da casa.
– Edward – gritou fazendo-o parar sem olhar pra ela – Da próxima vez que vieres aqui, traga consigo um belo conjunto de copos de cristais, pois de outro modo não entras em minha propriedade!
Edward saiu com passos furiosos, definitivamente não sabia onde estava com a cabeça quando fora procurar por Nathalia.
Furioso decidiu-se por ir para sua residência.
Assim que chegou não encontrou a paz que tanto desejou e sonhou, encontrou seu cunhado.
– O que queres Emmett?
– Rosálie fora ver ! – lhe disse de forma rude.
Edward sentiu uma ponta de inveja tornando sua raiva ainda maior.
– Deixastes ela cometer tamanha loucura? – gritou.
– Não grites comigo! – retrucou Emmett.
– Grito quantas vezes desejar, porque sabes tão bem quanto eu que estas em minhas mãos!
– Não, nos trocamos favores há muito tempo atrás, isso não lhe da o direito de brincar com minha vida!
– Jura! Então o que dirá minha sonhadora irmã se souber que seu marido somente casou-se com ela porque seu irmão impudico conseguiu convencer o Rei a atribuir seu titulo de Conde ao seu futuro cunhado?
Antes mesmo de qualquer um deles argumentar o destino tratou de fazer o seu papel.
– Ro Ro se? – gaguejou o Conde.
A loira estava na entrada da casa, lágrimas desciam por sua face demonstrando que infelizmente ela descobrira a verdade.


 Capítulo 21


Depois que Rosálie saiu de sua casa pode enfim extravasar, ou melhor, pode finalmente fazer o que desejou quando soube do modo sujo que Jessica havia jogado.
Subiu as escadas com fúria, definitivamente estava cansada de ser calma para manter a classe.
Sem ao menos bater na porta invadiu o aposento de Lady Mason.
No primeiro momento Jessica assustou-se, porém logo refez sua expressão cínica e zombou de “sua” irmã.
– Finalmente Heitor pode conhecer sua tia!
Neste momento perdeu o ultimo fio de controle que lhe restou, avançou em cima de Jessica, dando-lhe bofetadas seguidas, não deixando chance para que ela reagisse.
Os gritos de Lady Mason passaram a ser ouvidos por toda residência, não houve ninguém que lá estava que não assustou-se.
A primeira pessoa a chegar ao local fora Anne Mason, a caçula da família, a mais doce dos Mason.
– Santo Deus! – gritou Irina horrorizada ao ver sua patroa encurralada na parede do aposento apanhando como nunca.
– Não de um passo! – gritou Anne para Irina.
Anne amava sua família, incluindo Jéssica com todo seu veneno, entretanto negar o quanto estava feliz em assistir esse ato era negar o tamanho amor que possuía por cada um deles.
Assim que Lady cansou deixou uma Jéssica sem forças desabar no chão.
{...}
Damien fora chamado às presas, estava trabalhando quando seu mordomo apareceu com a feição atordoada, contando-lhe que e Jessica tiveram um serio desentendimento.
Ao chegar a sua residência o silencio o assustou, não havia ninguém na sala principal o que era algo raro. Subiu as escadas e ficou duvidoso, quem procuraria primeiro?
Como conhecia o suficiente sobre sua família decidiu-se por falar primeiro com .
Adentrou o aposento de sua esposa sem bater, vira Heitor sentado no chão brincando, enquanto Helena organizava as coisas do pequeno.
– Onde estas ?
– No banho milorde!
– Helena, leve Heitor para brincar na sala!
A jovem empregada saíra com o menino nos braços um pouco receosa.
Damien pensou em adentrar o lavatório, entretanto decidiu por esperar por ela no quarto. Sentou-se em uma poltrona perto do berço de Heitor e aguardou por sua senhora.
estava mais calma, definitivamente tomar um banho fora a melhor que poderia ter decidido.
Envolveu-se com um robe macio e fora ao seu aposento, necessitava da ajuda de Helena para vestir-se, entretanto assim que adentrou em seu leito encontrou somente o vazio.
– Mesmo estando de longe sinto o cheiro das rosas – comentou Damien.
Ela olhou-o assustada, ele não deveria esta no trabalho?
– Algum problema?
– Não sei, mas acredito que poderás me esclarecer o porquê de Paul ter indo buscar-me!
fechou os olhos, claro, por qual motivo ele estaria ali esperando por ela naquela hora do dia?
– Sinto muito por ter agido de forma tão impulsiva!
– Você agiu de forma impulsiva? Fiquei curioso, o que exatamente fez minha irmã para ter despertado este sentimento peculiar em você?
ficou atordoada, espera tudo dele – raiva, incredulidade e até mesmo violência – menos a curiosidade.
Afinal, ela tinha batido em sua irmã!
Ou será que ele desconhecia o pequeno detalhe de que a face de Jéssica estava um tanto quanto destroçada?
Mesmo estando confusa, decidiu-se por ser honesta.
– Rosálie Thompson veio conhecer seu sobrinho esta manhã! – A expressão de Damien mudou, ele estava incrédulo, era visível – Conhecer seu sobrinho! Entende a gravidade da situação Damien? Mesmo que ela não tivesse me confirmado eu já iria deduzir, Lorde Cullen sabe da existência de Heitor, e tem a total certeza que ele é seu pai!
Lorde Mason ficou surpreso, ele pensou que teriam mais tempo antes de Edward Cullen chegar a essa dedução.
– E pra deixar tudo ainda pior, sabes como ele chegou a essa conclusão? Sua irmã, Jéssica fora procurá-lo, lhe disse que tínhamos tido um filho e que você o criava como dele!
Ele olhou para a face de ainda mais assustado, porque diabos Jéssica agiria de forma desleal com ele?
– Sei que agir precipitadamente, deveria tê-lo esperado e deixando tomar alguma atitude... Mas quer saber de uma coisa, não é de hoje que sou ofendida por sua irmã, não é de hoje que ela tenta me destruir por sei lá qual motivo... Eu me sentir bem, me sentir leve e livre com cada bofetada que lhe dei, e mesmo que sua mãe a partir de hoje tenha ódio de mim, mesmo que você tenha ódio de mim eu não me arrependo!
Assim que ela terminou de lhe dizer tudo que estava entalado dentro de si, ele levantou-se e assim que se aproximou de sua esposa a abraçou protetoramente.
– Fico feliz que ao menos essa felicidade minha irmã fora capaz de lhe dá!
{...}
Lorde Cullen abriu sua correspondência e leu cada linha com cuidado, era bom saber que pelo menos alguma coisa em sua vida estava seguindo o caminho certo.
– Quero que fiques mais tempo dessa vez! – disse Edward a Esme que sinalizou o pedido positivamente.
Em silencio abriu a gaveta de seu escritório e retirou uma quantia considerável entregando a sua governanta.
– Continuo contando com seu sigilo e discrição.
– Com já lhe disse antes Milorde, estou ao seu dispor!
Ele acenou positivamente e pediu que ela se retirasse, o deixando sozinho com Billy.
– Não acredito que ainda vives essa mentira, pensei que a Condessa fosse tirar essa idéia de sua cabeça. – comentou seu secretario.
– Não me importo com o que acreditas, interessa-me somente saber que comprou o que ordenei.
Billy Black revirou os olhos.
– Não se preocupe, já mandei Sebastian entregar a baronesa um maravilhoso conjunto de taças de cristais e um lindo buque de rosas!
Com um sorriso nos lábios Edward pegou seu chapéu e sua bengala, estava na hora de por seu delicioso plano em ação.
Durante todo o caminho pensou em como a convenceria a apoiá-lo, estudou cada argumento que ela poderia usar e relembrou todas as possíveis respostas que ele poderia ter para convencê-la do contrario.
Assim que chegou à residência luxuosa de Nathalia Crosewski fora recebido pelo mordomo com todo requinte que a baronesa exigia de seus funcionários.
– A Baronesa Crosewski lhe aguarda em seu aposento Milorde!
– Obrigado – respondeu lhe entregando seu casaco, chapéu e bengala.
Subiu as escadas de madeira elaborada com elegância e se dirigiu ao aposento de sua amiga, confidente e amante.
Assim que abriu a porta a encontrou analisando dois lindos vestidos jogados em seu leito.
Com seu charme encantador Edward não disse uma só palavra, não antes de abraçá-la por trás e depositar um beijo em seu pescoço.
– Se achas que me vendo por um buque de flores está enganado – disse afastando-se de Lorde Cullen.
– Não pensei que fosses tão rancorosa! – comentou sorrindo.
Ela o encarou e retribuiu seu sorriso, tão cínico quanto ele.
– Digas logo o que queres Edward!
– Nossa depois de uma longa semana distantes não posso sentir saudades de seu corpo? – disse cinicamente.
– O conheço muito bem, não terias me mandando as taças e as flores porque estavas com saudades de copular comigo!
– Fico impressionado como me enxergas de forma tão negativa!
– Não mais que eu, podes acreditar.
Nenhum dos dois disse uma só palavra, era uma guerra que ambos estavam acostumados a travar, e ultimamente o vencedor era sempre a baronesa.
– Preciso de sua ajuda! – disse Lorde Cullen, fazendo com que ela gargalhasse.
– Dependendo do que sejas eu até aceito lhe ajudar – retirou o robe que lhe cobria – Venha, quero ver como andas seu poder de convencimento!
{...}
Alice estava eufórica como a muito não se encontrava, finalmente depois de dois anos iria sair de sua residência. No começo estava relutante com a idéia, mais seu médico e amigo fizera tanta questão que ela não pode lhe dizer não.
Sarah, sua dama de companhia, ajudou-a a escolher um lindo vestido, amarelo, sua cor preferida.
Era engraçado como a jovem Alice nunca fora capaz de esquecer a cor amarela, desde criança a luz do sol que por um milagre conseguia sair por entre as nuvens londrinas a fascinava.
Sorridente tomou um delicioso banho, vestiu-se e com ajuda de Sarah deixou seus cabelos com lindos cachos e sua pele rosada.
– Sejas honesta, como estou Sarah?
Sua dama de companhia lhe sorriu.
– Estas lindíssima Lady Cullen!
Sarah a amava como se fosse uma irmã, e vê-la sorrindo novamente depois de tanto tempo era reconfortante, se havia alguém que merecia um pouco de felicidade esse alguém era a pequena Alice.
Com delicadeza e paciência ela conduzia a jovem em cada passo, era engraçado esse ato, uma vez que Alice nunca precisou de ajuda para ser guiada, desde que a conheceu ficara surpreendida, ela era bem mais independente que muitas jovens que conhecera.
Assim que chegaram à sala Lorde Whitlock levantou-se, caminhou até a jovem Alice e beijou-a delicadamente as costas de sua mão.
– Estas linda! – disse-lhe roucamente, fazendo-a estremecer.
– Lorde Whitlock, posso fazer-lhe um pedido, antes de irmos? – perguntou receosa.
– Será um grande prazer atender um pedido seu, Lady Cullen!
– Adoraria poder conhecê-lo! – mordeu seu lábio inferior.
Jasper lhe sorriu, segurou delicadamente suas mãos e levou de encontro a sua face, apreciando o delicado contado de sua pele.
Pela primeira vez nesses dois anos Alice havia tocado em sua face, pela primeira vez ela havia enxergando-o fisicamente.
E para seu total espanto ele era bem mais lindo do que imaginavas!
{...}
Todos a aguardavam na sala conversando animadoramente enquanto viam o jovem e pequeno Heitor brincando.
– Tem certeza que será bom irmos? – perguntou Jessica Mason ao seu irmão.
Ele olhou-a intensamente por alguns segundos.
– Se tivesse duvidas sobre isso, serias a ultima pessoa que buscaria conselho! – respondeu de forma rude.
– O que lhe fiz meu irmão? Porque essa grosseria?
– Será que devo mesmo lhe dizer? Vais continuar fingindo ser inocente?
– Isto é uma calunia, jamais procurei um ser impudico como Lorde Cullen.
– Então procure outro cocheiro, porque meus colaboradores são fieis a mim – ele viu a face de sua irmã perde a cor – Tende destruir minha família novamente Jéssica que lhe prometo, terás a vida que nunca desejou a si!
Mesmo tendo acreditado em sua esposa, Lorde Mason sempre procurou se cercar de verdades, por isso investigou bem a historia, definitivamente Jéssica não teria como fugir da verdade.
Damien afastou-se de sua irmã e pegou seu pequeno herdeiro que lhe sorriu lindamente.
– Ele já lhe reconhece! – comentou Jane sorridente.
– Serias impossível ele não reconhecer! – comentou uma melodiosa voz ao fim da escada.
Lorde Mason lhe sorriu, apreciando a lindíssima visão de sua senhora com a vestimenta perolada que usava.
O decote sutil e a cintura bem marcada a deixavam ainda mais bela que de costume.
– Veja como a mamãe esta linda! – disse Damien a Heitor, deixando corada diante de tanto olhares em sua direção.
Ela fechou os olhos e quando os abriu novamente, por alguns segundo ela o viu, no lugar de Damien, ela viu o dono de seu coração.
Respirou fundo e fora de encontro a sua nova família, depositou um beijou em Heitor e o entregou a Helena, para enfim como os braços entrelaçados ao de seu marido ir ao primeiro evento social como Lady Mason!
{...}
A residência do Barão Williamson era distante do centro londrino, o verde envolvia a local deixando-o ainda mais fascinante, e a decoração em homenagem ao novo herdeiro do velho Williamson deixava o ambiente ainda mais charmoso com velas e flores.
O Barão Williamson já era um homem de idade, estava eu seu terceiro casamento, e somente agora com a jovem Caroline – que não possuía mais de 20 anos – conseguira ter um herdeiro, que para sua enorme felicidade era um robusto menino.
Em comemoração ao que todos julgavam milagre o barão chamou as famílias mais conhecidas de Londres para um chá em apresentação ao seu herdeiro, o futuro barão Williamson.
Toda a sociedade londrina fora convidada, incluindo a baronesa promiscua com o seu amante impudico.
O salão principal estava lotado quando Damien e chegaram.
– Damien! – saudou o barão animado.
– Lorde Alec – o cumprimentou educadamente.
– Damien eu o segurei em meu colo quando eras um bebê, não precisamos de formalidade – olhou para Jane Mason – Não estou certa Jane?
– Oh, claro que sim – sorriu e olhou para – O barão e meu marido eram muito amigos, quase irmãos! – olhou para o barão – Esta é minha nova filha, esposa de Damien!
– É um grande prazer finalmente conhecê-la, fiquei sabendo que tiveram um lindo herdeiro, será um prazer recebê-los em minha casa, acredito que nossos filhos poderão ser grandes amigos!
– Tenho certeza que sim Alec! – disse Damien sorridente.
– Fiquem a vontade, logo Caroline estará de volta com nosso rapaz, irão adorá-lo conhecer!
Caminharam juntos pelo salão, cumprimentando alguns conhecidos a distância, graciosos e sorridentes.
Foi então que uma gargalhada sobressaiu-se dentre tantas que acontecia ao seu redor, aquele som rouco e deliciosamente másculo invadiu seu tímpano de forma dominadora, devastando seu juízo.
http://www.youtube.com/watch?v=uGSdpSYTjLQ
(n/a: dedico esta musica para as duas adultas que não deixaram a adolescência ao crescerem, Mira e Dea... kkkkkkkkk....... td bem eu perdôo elas, fazer o que? Uma é minha amiga mais que querida e outra minha titia de coração)
Ela lutou, tentou segurar-se, entretanto seu olhar acabou indo de encontro ao homem que apesar de tudo que fizera ainda possuía seu coração.
Como um magnetismo, como uma força desconhecida ele sentiu sua presença, ele sentiu sua proximidade e a casou com o olhar.
Ambos se encontraram juntos, fazendo com que uma avalanche de sentimentos os dominassem, fazendo com que as lembranças os invadissem.
Eles tentaram, eles lutaram para desviar o olhar, para serem fortes o suficiente e evitar que a dor da saudade os comandassem.
Mas nada naquele momento, simplesmente nada poderia apagar o sentimento que transpareciam em suas faces, eles até poderiam negar, mas o fato era que ambos estavam incompletos.

Capítulo 22


Os segundos passavam e seus olhares não se desconectavam, juntamente com uma forte onda de sentimentos, uma onde de saudade que nunca ambos tinham sentido.
– Prefiro muito mais trajes elegantes, um que seja capaz de fazer justiça ao contorno presente no corpo feminino.
Era como se ele estivesse lhe dizendo cada palavra novamente, ela podia escutar sua voz da mesma forma como no primeiro dia em que se viram, frente a frente, no aposento que ele destinou a ela.
O que estaria ele pensando de seu traje esta tarde? Pensou Lady Mason.
Foi então que a triste realidade lhe atingiu, sentiu um braço forte rodeando sua cintura.
– Estas bem? – murmurou Damien em seu ouvido.
Relutante ela conseguiu acenar sua cabeça positivamente, entretanto seu olhar não conseguia desprender-se de Lorde Cullen.
– Vamos, será melhor se sairmos daqui!
Ela não teve forças, nem ao menos entendeu como ele conseguiu levá-la tão facilmente, mas ela foi, foi para longe de seu passado doce e atormentado.
Após alguns minutos ela percebeu onde estava e tremeu de pavor.
Porque Damien tinha que levá-la justo para aquele lugar?
O jardim da residência dos Williamson era simplesmente magnífico, tão magnífico que havia uma quantidade esplendorosa de rosas, rosas que a transportava para o passado.
Relutante ela fechou os olhos e sentiu-se sendo conduzida mais uma vez.
“- Então as rosas são paixões de família? – perguntou.
– Sim. Meu pai era um botânico apaixonado!
Pegou um alicate cortou um talo de uma bela rosa, limpou-a retirando os espinhos e ofereceu a jovem , aproximando-se dela, beijando-a no pescoço e colo.
– Ele assim como eu descobrira que tanto as mulheres como as rosas têm espinhos, mais em seu verdadeiro interior são cálidas, doces e frágeis, necessitam de cuidados para exalarem o perfume divinamente encantador que somente as duas possuem.
gemeu adiante de suas palavras e caricias, até porque quando terminara de falar suas mãos estavam entre suas coxas, deixando claro o perfume que Lorde Cullen se referia.
Como Edward conseguira levantar seu vestido sem que ela percebesse?
– Céus, alguém pode aparecer! – disse ofegante enquanto os lábios do libertinho acariciavam os seus e dedos mágicos adentravam por suas dobras.
– Shiiii sinta, somente sinta como és cálida, frágil e doce, como a rosa que possui em sua mão! – disse “pressionado seu clitóris com o polegar e o indicador.”

Fora impossível de segurar-se, ela sabia que podia machucar Damien agindo dessa maneira, entretanto fora inesperado demais, fora forte demais, e deixar as lágrimas rolarem por sua face, era sua única chance de voltar a manter um pouco de sanidade.
E surpreendendo-a por mais uma vez ele a abraçou.
{...}
Em um compartimento da casa, Lorde Cullen andava de um lado a outro, seu coração ainda estava acelerado, sentia o suor escorrendo por todo seu corpo, demonstrando o quanto estava afetado.
Por quê? Porque ainda sentia-se dessa forma por ela?
Ele fechou os olhos e pode reviver um passado surpreendentemente encantador.
“Apaixonadamente a levantou, sentou-a em seu colo, esfregando-a em seu membro enquanto lhe beijava a boca.
– És a única! – sussurrou ele atordoado.
Sem esperar por mais a encaixou nele e deu um gemido de prazer enquanto sua vulva o absorvia, ele ajudando-a na dança do prazer levantou seus quadris, para descer novamente.
gritou, não podia suportar, aquele prazer inflamatório se estendia por todo seu corpo, instantâneo e devorador. Não demorou para que ambos alcançasse o prazer.
Com um forte gemido caiu para frente sobre ele, empurrando o rosto contra o quente ombro de Edward para afogar seu grito.
Quando por fim recuperou seus sentidos se encontrou estendida sobre ele, fraca enquanto Edward colocava pra fora seu enorme e duro membro que ainda estava dentro dela. Beijou-lhe o ombro e lhe sussurrou pela segunda vez.
– És a única!”

Decidido correu para a porta, ainda não sabia o que faria exatamente, mas sabia que faria alguma coisa, ele necessitava fazer alguma coisa.
Procurou-a por todo o local, sentia-se um completo idiota, entretanto ele necessitava olhá-la nos olhos, simplesmente necessitava.
Cansada de procurá-la, decidiu-se por refugiar-se no jardim e foi então que um ódio dominador se apoderou dentro de si.
Ela estava lá, entretanto não estava sozinha, e pra completar o detalhe mais dolorido de sua visão, ela possuía sua boca muito ocupada, beijando o homem que fingia ser pai de seu filho.
– Agora tenho mais certeza que antes, Damien sabe onde se encontra a feminilidade de ! – comentou a baronesa.
Edward olhou para a baronesa com ódio, entretanto em nenhum momento ela sentiu-se intimidade por ele.
– Não é a mim que tens que olhar dessa maneira, tens que dirigir esse olhar mortal a si mesmo. – carinhosa colocou a palma de sua mão na face do libertino. – Não enxergas que já esta passando dos limites? Você a quer, você a ama, pare de negar a si mesmo o direito da verdade.
Edward fechou os olhos atormentado.
– Errar não nos tira o direito de sermos honesto! – disse a baronesa.
Ele abriu os olhos e encarou os de Nathalia, nele era perceptível somente um sentimento, compaixão.
– Preste atenção, busque dentro de si o homem que deixou morrer, mesmo que seja por alguns segundos, assim quando conseguir tirar Damien de perto dela é a sua chance de entrar em cena – lhe deu um beijo em sua bochecha – Lute por você, lute pela sua vida, lute por sua felicidade.
Há muito tempo que Lorde Cullen não ficava sem uma resposta, mas o que poderia ele dizer?
Ainda confuso viu a baronesa distanciar-se e com total leveza aproximar-se de Lorde Mason, ele não podia escutar o que Nathalia estava lhe falando, entretanto a forma como ambos agiam o deixou intrigado, pareciam que se conheciam há algum tempo.
Fora então que por mais uma vez a baronesa o surpreendeu, ela conseguiu fazer com que Damien deixasse .
O que diabos ela teria falado?
E será mesmo que eles se conheciam?
Será que alguma vez Nathalia deitou-se com Lorde Mason?
De uma coisa ele tinha certeza, logo ele teria a resposta.
estava sozinha, ela jamais ouviu falar sobre a baronesa Crosewski, entretanto sua familiaridade com a família Mason era visível, e nas condições em que se encontrava emocionalmente, tudo o que ela mais desejava neste momento era ficar sozinha, e o desejo da baronesa em rever Jane Mason fora a melhor coisa que lhe aconteceu.
Pois pior do que ter visto Edward era ter que chorar por ele nos braços de Damien!
Caminhou lentamente em direção as rosas e delicadamente passeou suas mãos pelas pétalas, descendo pelo caule e conseqüentemente cortando-se.
O corte não fora grave, entretanto seu dedo sangrava como se fosse profundo.
– Até a mais bela das rosas tem o poder de ferir!
Seu coração acelerou, poderiam se passar anos, décadas, séculos, milênios, ela sempre reconheceria aquela voz.
O que faria?
Correria?
Fugir poderia ser tentador, entretanto cedo ou tarde ela teria que enfrentá-lo, não teria?
Enquanto travava uma batalha interna, Lorde Cullen agiu.
Pegou o lenço que trazia consigo e com um segurança aparente, segurou firme a mão de , fazendo ambos tremerem diante do toque.
Como um simples ato poderia tocá-los tão forte, na alma e coração?
Sem lhe dizer uma só palavra ele amarrou forte o lenço em seu dedo, estancando o sangue para em seguida levantar seus olhos, encarando-a intensamente, tentando ler o que se passava em sua mente.
Ela sentiu-se em outro mundo, sentiu-se flutuando no passado, revivendo cada palavra de sedução que ele lhe disse, cada toque malicioso e apaixonante que ele lhe dera, cada abraço reconfortante e cada conversa que tiveram, entretanto nada conseguiu apagar o seu olhar de ódio!
Ele a humilhou, nem ao menos a escutou, nem ao menos quis lhe dá a chance de explicar-se.
Com uma força desconhecida ela conseguiu tomar coragem e retirou suas mãos das dele.
– O que queres comigo? – perguntou raivosa.
– O que eu poderia querer Lady ? – perguntou com um sorriso nos lábios.
– Mason, Lady Mason, se não sabes sou uma mulher casada! – retrucou desafiante.
Ele gargalhou em resposta.
– Vejo que seu senso de humor continua o mesmo! – comentou zombeteiro.
– Não estou lhe contando piadas ou brincando Lorde Cullen, entretanto o que pensas não me interessa saber! – disse dando-lhe as costas.
Entretanto para o libertino a conversa ainda não havia chegado ao fim, rapidamente a pegou pelo braço e fazendo seus corpos se chocarem, deixando suas bocas próximas, tão próximas que um poderia sentir o hálito quente do outro.
– Duvido que ele lhe toque como eu, duvido que seu corpo lhe responda como a mim, duvido que não sentes saudades de me ter ao seu lado, e sabes porque sei de tudo isso?
– Me solta Lorde Cullen, deixe-me! – pediu tremula.
Sedutor ele passeou seus lábios por sua mandíbula, mordiscando o lóbulo de sua orelha.
– Por que é impossível que ele lhe deixe arrepiada dessa maneira... – sussurrou roucamente.
A respiração de acelerou, estava ofegando....
Como ele conseguia que ela ficasse assim tão facilmente?
Com a ponta de seu nariz acariciou a lateral de sua face, apreciando o cheiro que somente ela possuía, para enfim ficarem frente a frente, com seus lábios centímetros um do outro.
– Diga-me, não sentes saudade de nosso beijo? – passou a ponta de sua língua em seu lábio inferior – Me negarias um beijo Lady ?
Lady ? Não, ela não eras mais Lady , ele a matou quando a jogou na rua, quando a humilhou, ela agora era Lady Mason, e mesmo não amando seu marido como deveria, ela devia respeito ao homem que sempre provou amá-la.
Mesmo tremula e necessitada de desejo ela agiu decidida.
– Não! – o empurrou, fazendo-o largá-la assustado. – Eu não quero seu beijo, eu não quero você! – disse cada palavra segura e vagarosamente.
Um ciúme desconhecido tomou conta de sua mente.
– Já aprendeu como ser uma cortesã de luxo, não é mesmo? O que mais iria querer comigo?
– Sim, e aprendi com o pior dos crápulas! – retrucou controlando-se para não chorar. – E quer saber mais, quando o Damien me beija, quando ele me toca sinto-me maravilhada de uma forma que nunca conseguir com o senhor, é fascinante envolvê-lo com minha feminilidade, sinto-me completa!
Com raiva ele a pegou pelo pulso, machucando-a.
– Mentira!
– Eu grito de tanto prazer, eu clamo por mais, porque tê-lo dentro de mim é tão esplendoroso que nunca é suficiente! – disse sorrindo o ignorando.
Ele não tinha palavras que pudessem fazê-la parar mais sabia uma forma muito mais eficiente de controlá-la.
Sem deixar que ela continuasse com seu discurso mentiroso a puxou para seus braços e colou seus lábios aos dela, a princípio ela debateu-se, entretanto alguns segundos mais tarde ela viu-se completamente entregue a ele, em um beijo devorador.
Suas línguas dançavam, seus lábios acariciavam-se e seus braços os aproximavam-se cada vez mais.
Com ardor ele a levantou pelos quadris, como resposta ela o envolveu com suas pernas, fazendo com que a masculinidade viva do libertino encontrasse a feminilidade necessitada de .
Sem sabe para onde estavam indo, ou se havia alguém por perto, Lorde Cullen a encostou em um grande muro, deixando suas intimidades pressionadas uma na outra.
O ar faltou a ambos, o que acabou sendo uma excelente desculpa para Edward distribuir beijos pelo pescoço e colo de , enquanto esfregava-se nela sem pudor ou piedade, fazendo-a gemer.
Com habilidade puxou o decote de seu vestido para baixo, revelando seus seios, duros e sensíveis.
– Oh, nem mesmo a maternidade conseguiu acabar com a perfeição!
Heitor!
Fora como se uma onde de juízo voltasse a dominá-la.
Sentindo-se um lixo, voltou-se a debater-se contra Lorde Cullen, o deixando confuso.
Ela estava ardendo de desejo, ele não se enganaria a esse ponto, entretanto porque ela se negava a ir adiante?
Mesmo estando diferente do homem que já fora, afastou-se, um dos princípios que nunca quebrou fora o de possuir uma mulher sem que ela o desejasse.
Tremula arrumou rapidamente sua vestimenta, ela necessitava fugir, ir para longe do libertino, teria que ser forte por ela, por Heitor!
Sem lhe olhar nos olhos correu atordoada, entretanto Edward a segurou por mais uma vez.
– Diga-me, o que tanto temes?
– Deixe-me, quero somente viver com minha nova família, esqueça que existo, deixe-me em paz! – gritou com lágrimas descendo por sua face.
– Família? Como tem coragem de dizer que tens uma família? O que dirias meu filho ao descobrir que o privou de seu verdadeiro pai! – retrucou.
O coração de acelerou ainda mais.
– Não sabes o que estas falando!
– Negue-me, olhe em meus olhos, e quero vê-la dizer que ele não é meu filho!
– Ele não é seu filho Lorde Cullen! Pode ficar tranqüilo, o senhor não teve filho algum com essa rameira assassina! – gritou soluçando.
Ele levou um susto, o choque fora tão forte que facilmente ela conseguiu libertar-se, entretanto assim que se viu livre do libertino deparou-se com Alice Cullen e Jasper Whitlock.
O silencio se instalou, pensou na possibilidade de fugir sem que tivesse que dirigir uma palavra se quer para a doce Alice, entretanto Lorde Whitlock parecia ter outro planos.
– Querida, não acreditas quem esta em nossa frente! – disse Jasper risonho.
Edward ainda atordoado observava o que acontecia a sua frente.
– Diga-me! – pediu Alice curiosa.
! Creio que agora finalmente podes lhe pedir desculpas. – respondeu com uma expressão alegre na face.
estava petrificada, ela não sabia como agir ou o que falar.
A jovem Cullen saltou-se dos braços de Jasper e deu passos em direção a , a encontrou tão facilmente, era como se ela pudesse lhe ver, e quando finalmente seus dedos tocaram-na, ela permitiu que seu corpo caísse não chão.
– Perdoe-me, por favor, perdoe-me por tê-la envolvido em meus assuntos, perdoa-me por tê-la feito levar a culpa de algo que somente eu sou responsável, perdoa-me por não ter tido força suficiente para lhe proteger, por favor, perdoa-me....! – disse entre lágrimas, abraçada as pernas de Lady Mason.
Edward ofegou.
O que diabos foi que ele fizera?!


Capítulo 23

Os passos firmes e atormentados de passavam pelos cômodos de sua atual residência, ela não prestava atenção em nada, sua visão estava turva pelo choro e suas mãos trêmulas.
Porque ela estava se sentindo assim era um mistério, finalmente Edward descobrirá a verdade, não era para esta no mínimo aliviada por ter limpado seu nome?
Com raiva adentrou em seu aposento batendo a porta com força, diante do som Heitor acordou assustado e chorou temeroso.
Helena atordoada largou os objetos de Heitor que arrumava e se dirigiu ao berço do pequeno o pegando em seu colo de forma protetora e se retirando do leito, definitivamente necessitava ficar sozinha.
Assim que se viu só olhou para suas mãos e percebeu que ainda estavam trêmulas, se dirigiu ao espelho e sua visão era o sinônimo do caos, devido ao choro sua maquiagem estava borrada e seu belo penteado estava desfeito.
Fechou os olhos e sentiu-se suja, sentiu-se uma rameira!
Irritada consigo mesmo retirou com ira o vestido que lhe cobria, rasgando algumas partes ficando somente com sua roupa intima.
De forma inesperada a porta de seu aposento abriu-se e seu marido adentrou com a feição preocupada.
Assim que a vira quase nua ofegou, sentiu um fogo lhe dominando, entretanto quando seus olhos chegaram a sua face sentiu um aperto em seu coração.
Ele aproximou-se calmamente, emoldurou seu rosto com esmero, e beijou-a delicadamente nos lábios.
Ela não pode se conter, se jogou nos braços amáveis de seu marido soluçando intensamente.
– Shiii, acalme-se, estou aqui com você!
agarrou-se ao em seu marido como tamanha força que o assustou.
Ele correspondeu seu abraço, envolvendo-a carinhosamente em um aperto másculo.
– Por favor... Por favor... Não me deixe falhar... – ela sussurrou em meio aos soluços.
? Não estou lhe entendendo... Falhar em que? – perguntou um tanto confuso.
– Eu disse tudo a Rosálie Thompson, eu disse tudo sobre Heitor, e hoje quando eu o vi eu desejei que a verdade fosse outra.... Oh Damien eu quis tanto ele novamente....Eu o quis tanto que não pude resistir ao seu beijo, ao seu toque.... – sussurrou a ultima frase envergonhada.
Lorde Mason sentiu-se enrijecer.
No primeiro momento sua vontade fora deixá-la ali chorando sozinha por outro homem que só a fez sofrer, entretanto ela nunca o enganou, e ele sabia que voltar a Londres poderia acarretar desníveis emocionais, o que restava a ele somente lutar.
Com uma fúria dominadora ele a beijou, sugou sua língua com propriedade, demonstrando a ela o quanto a desejava, o quanto ele poderia ser seu homem, na vida e na cama.
Sem abandonar sua boca, guiou-a para seu leito, jogando-a nos lençóis de seda.
Ele olhou em seus olhos com uma ardência que ela nunca tinha visto antes, era como se ele estivesse marcando-a como sua propriedade.
Sem deixar seus olhares morrerem, Damien retirou sua roupa, ficando completamente nu diante de sua esposa.
ofegou e jurou que dessa vez ela não quebraria o encanto, dessa vez ela iria até o fim, afinal ela precisava de forças para seguir em frente, forças para encarar Edward novamente e poder lhe dizer um não definitivo, e essa força ela só conseguiria se finalmente deitasse com Lorde Mason.
Fechou os olhos e permitiu que as mãos de Damien retirassem sua roupa intima, que as mãos carinhosas de seu marido retirasse cada pano que a cobria, deixando-a exposta á ele.
Ela lembrou-se do dia em que ele fora lhe procurar, lembrou da forma como ela segurou firme o cinto de seu robe, como ela livrou-se de seu beijo e mandou que ele se afastasse, lembrou da forma como ela o rejeitou, mesmo ele lhe oferecendo uma proposta irrecusável.
Com uma força surpreendente ela abriu seus olhos, encarou o desejo de Damien ao observar seu corpo, e adorou saber que mesmo desejando outro homem, mesmo ainda amando outro homem, seu corpo respondia ao toque daquele que lhe deu e da a cada dia a mais sublime prova de amor, mesmo não sendo correspondido da forma que sempre mereceu.
Ao sentir seu toque em seu corpo nu navegou em mares desconhecidos, ao sentir seus lábios acariciar seus segredos lhe faltou ar, ao sentir a invasão de sua masculinidade em sua feminilidade mergulhou no mais ardente prazer, ao sentir seus corpos na mais deliciosa dança, afogou-se na prazerosa sensação, e por fim, quando gradativamente voltou a terra firme sentiu-se em uma verdadeira confusão.
{...}
Rosálie estava sentada na poltrona de seu leito, olhava as pessoas e carruagem passar e nada além de seus olhos se movimentavam, há dias que sua vida se resumia a um grande nada.
Quando ela vendeu-se por sua irmã todos os sonhos que construira como casar e constituir uma linda família morreram.
Eles eram pobres, não tinham condição de um dote e pra piorar ela perdeu sua inocência com um homem tão sujo que fizera questão de espalhar para toda Londres como e o quanto se divertiu em possuí-la.
Seu irmão no primeiro momento a desprezou, por dias fingiu que ela não existia, então sumiu, deixando-a sozinha com Alice.
Foram cinco dolorosas anos, pois sempre que saia para comprar algo às pessoas faziam questão de humilhá-la, entretanto tinha um lado bom, estavam mais aliviados economicamente, pois mesmo nunca mais indo vê-las todo mês uma enorme quantia em nome de sua mãe chegava em suas mãos, que logo duplicou, pois Edward de alguma forma conseguira enviar-lhe dinheiro.
No começo estranhou, pois ela sempre se questionava o que seu irmão fazia para conseguir essa enorme quantia todo mês?
Por muito tempo ela ficou sem essa resposta, entretanto quando ele voltara para buscá-las ela soubera o que realmente havia acontecido.
Edward fora trabalhar para um grande senhor, um lunático, na realidade um visionário, que com ajuda de alguns colaboradores – incluindo seu irmão – navegou para o continente africano em busca de sua nova riqueza, pois se antes ele investia em negros para o continente americano, agora ele investia em jóias para quem pudesse pagar por elas.
Edward Cullen logo se destacou dos demais, parecia ilusório, porém ele tinha faro para encontrar as pedras preciosas, se tornando o homem de confiança de seu senhor evitando que seus empregados o roubassem.
Apesar de ser tentado varias vezes, Edward nunca pegou nada que não lhe fora dado deixando seu patrão cada vez mais ligado a sua lealdade.
Gregório Adams após quatro anos firmando seu nome na venda de pedras preciosas, morreu de causas naturais, era um homem idoso, sem família próxima e amigos, não havia ninguém a quem deixar tanta fortuna, a não ser seus empregados.
E porque não deixar toda sua fortuna para um empregado especial?
Fora um susto a todos, principalmente a Edward que amanhecera infortunado e adormecera rico e poderoso.
Ele ainda viveu alguns meses na África adquirindo mais riqueza, entretanto não era tão avarento como Lorde Adams e havia pessoas que necessitava proteger e descarregar sua ira.
A primeira coisa que fizera ao chegar em sua terra, fora comprar o lugar onde vivera com sua família, Forbidden Flowers.
Sendo dono da propriedade que lhe trazia lindas lembranças ele fora buscar suas irmãs, enfim poderia dar a elas o que sempre mereceram.
Quando ele se encontrou com Rosálie a abraçou carinhosamente deixando-a feliz, e lhe sussurrando lhe prometera que lhe daria a vida mais bela que ela poderia sonhar.
No começo ela duvidou dele, porém logo seu irmão se infiltrou na nobreza inglesa, tendo contado com todos os lordes de nome e enfim lhe apresentando o então Lorde Thompson.
Emmett fora sempre tão galante, era herdeiro de uma grande fortuna e estava sendo um forte candidato o ganhar o titulo de nobreza.
As jovens Lady de nome ficaram alvoroçadas ao descobrirem o interesse de Lorde Thompson em casar-se, menos Rosálie, ela não chegou a sonhar com a possibilidade, mesmo que ele tenha demonstrado em certo interesse.
Ela podia lembrar-se do dia como se acontecesse naquele momento, tudo estava transcorrendo como sempre, ela estava em Londres, estava fazendo compras com Esme, quando chegara em casa seu irmão a recebeu com um lindo sorriso nos lábios a abraçando docemente.
Ele havia acertado seu casamento com Lorde Thompson, e três meses após sua esplendorosa união o titulo de Conde fora concedido pelo rei.
Agora ela sabia o porquê, seu irmão a vendeu.
Ela nunca pediu algo do tipo a Edward, afinal ela já havia entendido qual seria o seu destino, mas já que ele fez, porque ele jogava tão sujo?
Triste levantou-se, ele precisava conversar, e quem melhor que sua mãe para escutá-la?
Ela sabia, era ciente que Elisabeth Cullen não iria lhe da qualquer resposta, entretanto ela tinha esperanças que talvez, de alguma maneira ela pudesse lhe escutar.
{...}
Até aquele momento Alice não sabia ao certo como seu irmão conseguira manter a calma e sair da residência dos Williamson sem aprontar uma confusão.
Talvez o fato de ter descoberto o quão injusto fora o tenha deixando tão atordoado que nem ao menos notou quando saíra correndo sem dizer nada a deixando plantada de joelhos no chão.
Quando ele finalmente deu conta da realidade, pegou-a pelo braço, levando-a com força para sua carruagem.
Jasper ainda tentou socorrê-la, mas o que ele faria? Querendo ela ou não, sua vida “pertencia” ao seu irmão.
Durante todo o trajeto, Lorde Cullen nada lhe disse, nem ao menos a olhava, entretanto assim que chegaram em casa as coisas foram muito diferentes.
Segurando-a firme pelo braço jogou-a no sofá com força, nem ao menos se preocupando com o fato de que poderia machucá-la.
– Vamos, este é o infeliz momento em que você abre sua maldita boca! – gritou.
Alice não sabia o que fazer, nunca em sua vida seu irmão agira dessa maneira com ela, nunca ele havia lhe dito palavras tão sujas, fora impossível pra ela não chorar.
– Vamos Alice, diga logo de uma vez! – gritou novamente, fazendo-a tremer.
– Eu...eu... eu.... Sinto muitíssimo! – disse soluçando.
Com raiva Edward pegou um objeto de porcelana e jogou contra a parede, deixando-a se tremer ainda mais no sofá.
– Sentes muito? – gritou.
Sua ira era tamanha que ele não conseguia raciocinar direito, pegou-a pela lateral de cada braço, tão forte a fazendo chorar cada vez mais.
– Você arruinou a minha vida, por sua causa a mulher que amo esta com outro, por sua causa não estou com meu filho – gritou tão forte que sua saliva respingava na face de Alice – Mas isso eu já deveria saber, porque seu sangue é ruim, porque você não é uma legitima Cullen!
Assim que suas palavras chegaram ao fim, Alice não soube ao certo o que havia acontecido para que seu corpo caísse novamente no sofá, nem mesmo Lorde Cullen que se viu desnorteado no chão.
Lorde Whitlock agira rápido, assim que viu a forma como seu amigo tratava sua doce Alice uma fúria arrebatadora o invadiu, furioso fora na direção de Edward e lhe deu um belo soco o fazendo cambalear.
Entretanto pra ele somente um soco não serviria, Lorde Cullen merecia mais, com raiva Jasper lhe lançou outro golpe, e mais outro e mais outro, não perdoando seu amigo nem quando ele estava caído no chão, que de uma forma surpreendente aceitava cada golpe calado.
A baronesa que assistia a tudo em silencio não tomou uma só atitude, esperou que Lorde Whitlock terminasse seus golpes, pegasse Alice e a retirasse da residência.
Olhou para seu amante e fora a seu encontro.
– Vamos, irei cuidar de você! – lhe disse amável.
{...}
estava relaxada tomando um banho calmo com sais que Kate havia lhe apresentado há alguns anos.
Ela estava encostada no peito de Damien enquanto ele acariciava lentamente seu corpo, deixando-a entorpecida.
– Obrigada – sussurrou.
– Não eras bem a palavra que desejavas ouvir, mas aceitarei ela por enquanto – sussurrou mordicando o seu ouvido.
afastou-se de Damien e olhou em seus olhos, acariciou sua face e beijou seus lábios.
– Nunca lhe mentir, não vai ser agora que irei começar, ele roubou meu coração há algum tempo, entretanto ao me fazer sua fez-me perceber que ainda sou mulher, que ainda posso tremer diante de um toque, que mesmo ele marcando meu corpo, cada pedaço pertence a mim.
Ele sorriu triste.
– Agradeço sua sinceridade, e fico lisonjeado em saber que aprecia o contato de nossos corpos!
Ela lhe sorriu.
– Sim eu aprecio, entretanto isso não me faz deixar de amá-lo!
Ele a puxou pela nuca e com um beijo delicado, sugando seus lábios carinhosamente lhe sussurrou “eu sei, e por hora me contento com isso”.
Com suas mãos em seu quadril a fez se aproximar dele novamente, definitivamente ele entrou no jogo, e iria lutar com todas suas forças para ganhar.
{...}
No dia seguinte desprendeu-se dos braços de seu marido e sem que ele percebesse fez sua higiene e arrumou-se sozinha, escreveu um bilhete e deixou na cabeceira de seu leito, olhou atentamente para ele por alguns minutos e retirou-se.
Caminhou lentamente e assim que estava retirando-se de sua casa fora questionada.
– O que devo dizer quando perguntarem pela senhora? – perguntou Helena com um deposito cheio de mingau para Heitor.
– Não diga nada, Damien saberá o que dizer! – respondeu cortês.
Helena fez um sinal de concordância com a cabeça e já estava pra subir quando a chamou.
– Onde dormiram essa noite?
– Milady Jane Mason nos acomodou em dos aposentos vagos da residência! – lhe respondeu sorrindo.
– Perdoe-me, da próxima vez prometo ter cuidado!
– Milady, permita-me ser indiscreta?
– Claro, diga-me o que queres.
– Fique feliz que tenha finalmente se acertado com Lorde Mason, vocês fazem um belo par!
lhe sorriu e assentiu, sem dizer uma só palavra retirou-se da residência e pediu ao cocheiro que a levasse até o prostibulo mais glamoroso de Londres!
Assim que chegou ao local, seu coração acelerou, lembranças da primeira vez que estivera ali a deixaram atordoada.
Respirou fundo e batera na porta.
Logo fora atendida e a seu pedido – mesmo estando um pouco relutante – o recepcionista fora chamar Kate Denali.
Kate Denali surpreendeu-se quando fora informada de sua visita, temendo que algo tivesse acontecido com Heitor ou com sua amiga pedira que a mandassem subir.
Lady Mason sentia seus pés pesados, temeu a reação de sua amiga e assim que a viu e recebeu seu abraço sentiu-se uma amiga traidora.
– Perdoe-me, por favor, perdoe-me! – sussurrou .
– Acalme-se, por favor, acalme-se – lhe respondeu Kate.
afastou-se de seu abraço e totalmente atordoada despejou o quão fraca ela fora.
– Eu falhei, eu disse a Rosálie, eu contei a ela a verdade sobre Heitor, eu lhe disse que Heitor Mason é seu filho!


Capítulo 24


Esme trancou-se em seu leito, um aposento bem diferente do que ela já possuiu em um passado distante, fechou os olhos e voltou ao tempo, podia sentir o cheiro do perfume caro que usava, a maciez da seda que lhe cobria e o olhar amigo, o único que recebeu em toda sua vida.
–---
– Elisabeth tens certeza que és o melhor a ser feito? – perguntou com lágrimas nos olhos.
– Como posso saber? Oh Esme em minha vida a certeza nunca fora minha amiga, não serás agora que irei tê-la ao meu lado? – disse com os olhos entristecido.
– E seus filhos? O que serão deles?
– É por eles que estou indo, Peter és mão aberta, me pagara pela companhia muito bem, poderei ajudar meus rebentos ainda mais! – disse enquanto tentava não chorar.
– Mas vai para longe, talvez nunca mais os veja!
Com os sentimentos torturando-a Elisabeth afastou-se, deu pequenos passos rumo a janela do leito de sua melhor amiga e confidente e olhou para a rua.
Ah se ela pudesse voltar ao tempo....
Se ela pudesse ter feito as coisas diferentes, ao menos ela poderia ter o direito de tê-los ao seu lado.
Mas agora, depois de sua atitude impensada, tudo o que ela poderia almejar era a felicidade de seus filhos, que certamente seria longe de uma mãe com o nome sujo perante a sociedade.
Quem lhe daria emprego?
Qual homem aceitaria suas filhas como esposa?
Definitivamente o melhor caminho era se afastar.
Ao menos a pequena Alice não sentira tanto a sua ausência, e até mesmo Rosálie e Edward, pois os dois já estavam acostumados com sua falta.
Com uma dor que a rasgava ao meio ela fora de encontro a sua mesa de cabeceira, abriu-a e de lá retirou um pequeno caderno de couro grosso, o abraçou por alguns segundos e o estendeu a sua amiga.
– Quero lhe pedir um ultimo favor!
Esme atordoada olhou para o objeto e arqueou as sobrancelhas.
– Aqui estas escrito tudo de importante sobre a minha vida nos últimos tempos, tudo desde que cheguei a Londres, isto é o meu diário.
– E porque estas me mostrando isso? – perguntou Esme.
– Porque quero que guardes com você, quero que cuide dele como sua própria vida!
– Não, eu não posso!
– Sim, você pode, e vai fazer isso por mim, como uma ultima prova de amizade!
Esme pensou em se negar por mais uma vez, entretanto pelo olhar que sua amiga lhe lançou, ela soube que nada no mundo ira convencê-la do contrário.
Relutante pegou o objeto e chorou silenciosamente.
– Quero que daqui a alguns anos você entregue a um dos meus dois filhos mais velhos, eu sinto que eles irão precisar de mim, e temo não poder esta lá para ajudá-los! – disse Elisabeth entre soluços.

–----
Elisabeth naquele mesmo dia embargou com Lorde Peter, Esme ainda recebeu algumas cartas, até que o silencio se fez presente por um longo tempo.
Anos mais tarde, quando sua esperança de revê-la já havia morrido, Lorde Cullen a encontrou para lhe reapresentar sua mãe, agora morta para a vida.
Com lágrimas nos olhos Esme caminhou para debaixo de seu leito, deu um pequeno murro e um cofre se fez presente, com delicadeza retirou o diário de sua amiga, e com carinho abraçou o objeto.
Até quando ela seria capaz de esconder a verdadeira história de Edward?
Será que finalmente ele estaria preparado?
Será que os já tiveram o castigo que mereciam?
Esme estava perdida, confusa, sem direção, se pelo menos Elisabeth pudesse lhe ajudar.
{...}
Sentada na poltrona ao lado do leito de Lorde Cullen a baronesa velava seu sono.
Ela nunca o viu tão agitado antes, resmungava e se debatia por varias vezes, mas nem por uma só vez ela foi ao seu encontro, por nenhuma só vez ela fora lhe da um abraço acolhedor para tentar aliviar seu tormento interno, até porque ela era ciente que seu abraço não era o desejado por ele, pois naquele momento a única com o poder de aliviar seu sofrimento era a agora Mason.
Apesar de nunca ter conhecido-a, Nathalia sabia que ela jamais poderia ter feito algo tão repugnante do que fora acusada por Lorde Cullen, até porque como alguém que saiu do Barão poderia jogar assim tão sujo?
Suspirou.
Nem mesmo Victoria com todos os seus defeitos cruéis teria coragem, imagina a famosa e doce Bella!
Com os olhos fechados a baronesa entregou-se a lembrança da ultima vez que vira seu querido amigo.
–---
A Baronesa Crosewski estava coordenando uma recepção a pedido de seu marido, ela não sabia, mas aquela seria a ultima noite ao lado do barão.
Com um sorriso nos lábios, Nathalia comandava todos os seus empregados, explicava como desejava que os objetos fossem arrumados e se irritava quando não deixavam as coisas como ela pedia.
Quem disse que ser esposa de um barão fosse algo fácil, era porque fazia parte de uma classe inferior julgando-se ser um sofredor e um afortunado!
No meio desse tumultuado dia ela recebera uma visita que a deixou perturbada.
– Barão , é sempre um prazer recebê-lo, entretanto sinto lhe informar que estás adiantado! – disse a baronesa um tanto quanto irritada, mas tentando a tudo custo aparentar-se cortês e delicada.
– Perdoe-me baronesa, mas não tenho outra escolha, cometi o pior de todos os meus erros, e sinto que és a única pessoa que podes me ajudar! – lhe disse com os olhos marejados.
A baronesa assustou-se, o que ela poderia fazer pra ajudá-lo?
Ainda confusa o convidou para o escritório de sua residência e com toda paciência escutou cada palavra que o barão lhe dizia, deixando-a intrigada e comovida.
– Eu consegui errar novamente, antes errei com a mulher que sempre amei e agora eu consegui errar com minha menina, eu não sei o que será dela quando ele a abandonar, e por mais que eu queira não poderia ajudá-la, Victoria esta nos levando para longe, temo que nunca mais posso vê-la novamente. – disse com lágrimas escorrendo por sua face.
A baronesa não sabia o que lhe dizer, toda a historia que acabou de ouvir era um tanto quanto utópica, o amor era algo tão sublime e benéfico à vida de alguém, como as pessoas conseguiam transformá-lo em algo complicado e sujo?
– Por favor, diga-me que cuidará de minha menina, por favor, sou eu quem estou lhe pedindo Nathalia! – clamou com a voz carregada.
Com dificuldade ela olhou nos olhos do barão , e apesar de tudo ela vira o mesmo homem que defendeu sua família anos atrás, enquanto todos julgavam seu pai, enquanto todos o acusam de ladrão, enquanto todos estavam prontos para puni-lo, fora o único a lhe defender, fora o único a ir atrás de provas e encontrá-las, fora o único que jamais virou as costas a sua família.
– Anos atrás, enquanto todos acusavam meu pai de roubar jóias do rei, o senhor fora o único a esta ao seu lado, infelizmente meus pais não estão aqui para lhe estender a mão nesse momento, entretanto eles me ensinaram como ser grata com as pessoas....
– Não quero lhe pedir troca de favores, o que fiz pelos seus pais fiz por acreditar neles, não pensando em ganhar algo com isso! – Disse a cortando.
Nathalia lhe sorriu.
– Entendo, mas como estava lhe dizendo, isso não é uma retribuição, ajudar sua filha é uma das maneiras que estou podendo lhe dizer, muito obrigada por limpar o nome de minha família, assim como, deixar meus pais orgulhosos, pois certamente eles fariam o mesmo por sua filha, sendo ela uma ou não, afinal, que culpa ela tem nessa historia?

–---
Uma única lágrima solitária caiu dos olhos da baronesa.
Quando finalmente poderia cumprir com sua promessa?
A baronesa não agüentava mais, quando seu marido falecera por vezes pensou em induzir um encontro com ele, entretanto a única coisa que a mantinha viva era cumprir essa maldita promessa.
– Ainda estas ai?
Ela estava tão alheia a tudo o que acontecia a sua volta, que nem ao menos notou quando Lorde Cullen despertou-se.
– Alguém tem por juízo em sua cabeça, e devido aos últimos acontecimentos, creio que fiquei com este trabalho. – lhe disse sem nem ao menos levantar-se.
Edward fechou os olhos tentando encontrar algo que pudesse dizer, algo que pudesse amenizar todas as loucuras que cometera.
– Vamos ver até quando você ainda ficas ao meu lado! – murmurou.
Ela levantou-se e se dirigiu ao leito de Edward, segurou sua mão com força e olhou em seus olhos.
– Você é incrivelmente encantador, oh se meu coração já não estivesse morto, era capaz de esta totalmente em suas mãos, entretanto assim como és encantador, também és cruel és frio... – lhe sorriu tristemente – O grande problema nessa confusão é que vai haver um momento em que um lado de sua personalidade irá se sobressair, e se continuar alimentando esse ódio em seu coração, temo que o cruel irá ganhar a batalha.
– Eu não consigo, eu não consigo esquecer o que ele nos fez – fechou os olhos – Ele nos separou, ele a descartou!
– Sabes, se tens algo que deve tirar desta ultima tragédia é que escutar nunca faz tão mal como pode aparentar – acariciou a face de Edward – Tente, ou pelo menos pense a respeito, quem sabe ainda esteja em tempo de escutar o que os s tem a dizer, afinal toda historia tem dois lados.
Ele ficou em silencio, a baronesa inclinou-se e lhe deu um beijo casto em sua testa, como uma mãe protetora e amável, para enfim levantar-se.
– Não iras ficar comigo? – perguntou Edward percebendo que Lady Crosewski estava dirigindo-se a porta.
Ela olhou para seu amigo e arqueou a sobrancelha.
– Se já esquecera, comprastes cristais e me mandastes flores! – lhe disse sorrindo.
– Não creio que um baile seja mais apropriado! – disse com a feição triste.
– Oh, podes acreditar, um baile neste momento é mais que apropriado! – disse lhe piscando.
Ele soube que algo passava pela cabeça da baronesa, e como nunca ela falhou em nada que se propunha a fazer confiou inteiramente nela, afinal quando foi que ela esteve errada quando o assunto era ?
– Talvez tenha razão mais uma vez!
– Eu sempre tenho milorde, eu sempre tenho!
{...}
estava deitada em seu leito, apesar de ter sido horrível dizer toda a verdade a Kate ela sentia-se em paz.
Entretanto a dor ainda existia dentro de si, fechou os olhos com força e pode ouvir a voz de sua amiga sussurrando angustiante “você me prometera”.
Silenciosamente deixou que as lágrimas saíssem preguiçosamente de seus olhos e encontrassem o tecido de sua coberta, fazendo-a apertar ainda mais intensamente suas pernas que estavam envolvida pelos seus braços.
Quando menos esperava braços quentes e acolhedores a envolveram.
– Imagino que o encontro não fora muito bem! – sussurrou Lorde Mason.
– Não, a Kate me entendera, mas eu falhei Damien, eu falhei com minha promessa!
Com carinho Lorde Mason a virou de frente para ele, beijou seus lábios e lhe sorriu.
– Não digas isso, estas sendo incrível, uma verdadeira mãe para Heitor, protegendo-o de tudo e de todos, você não falhou uma única vez, nem como ele nem com ninguém!
estendeu sua mão para acariciar a face de seu marido.
– Obrigada, obrigada por me amar, por ser meu amigo e companheiro, jamais poderei lhe pagar como merece!
– Somente esqueça-o, esse seria o melhor pagamento que poderias me da!
Esquecê-lo?
Seria capaz de esquecer Edward Cullen algum dia?
{...}
Rosálie estava voltando de seu passeio, ou melhor, de sua “conversa” com sua mãe, agora ela sentia-se forte o suficiente para conversar com seu marido, afinal, algumas coisas precisavam ser esclarecidas.
Assim que adentrou em sua sala sentiu o ar pesado, era como se sua vida mais uma vez desse um mergulho num vulcão em erupção, devastando toda a calmaria e tranqüilidade.
Fechou os olhos e respirou fundo.
– Rose! – gritou Emmett com a voz desesperadora.
Ela levou seu olhar de encontro ao seu marido e o encarou firme.
– Por favor, digas que meu irmão não cometeu nenhuma loucura! – pediu.
Emmett não teve coragem de lhe dizer nada, afinal, Lorde Cullen cometeu sim mais uma loucura, e dessa vez fora ainda mais longe em seus rompantes furiosos.
– Digas, com quem foi desta vez? – perguntou Rosálie frustrada.
– Creio que o melhor que possas fazer é subir e tentar acalmar Alice, definitivamente ela precisa de você.
Com um nó na garganta Rosálie subiu as escadas apressada, quando já estava no corredor fora fácil encontrar o leito em que sua irmã se encontrava, os soluços de sua irmã a delatavam.
Assim que adentrou no leito a imagem que vira a machucou-a, Alice estava encolhida nos braços de Jasper, seu corpo tremia e suas mãos agarravam firmes o colarinho da blusa de Lorde Whitlock.
Ela quis matar seu irmão, pela primeira vez em sua vida ela desejou matá-lo.
Cuidadosa ela aproximou do leito, sentou-se na cama e tocou delicadamente o braço da pequena Cullen.
– Rose?? – perguntou visivelmente perturbada.
– Sim meu anjo, estou aqui!
Num impulso Alice saíra dos braços de Jasper e jogou-se nos braços da mulher que lhe fora mais que uma irmã, que lhe fora uma mãe, a apertando com força.
– Shiii, acalme-se! – pediu a condensa, segurando-se para não chorar.
– Ele me odeia Rose, ele jamais irá me perdoar, mas eu juro, eu lhe juro, nunca quis prejudicar o meu irmão, muito menos ! – disse Alice soluçando.
Rosálie levantou seu olhar para Jasper que lhe respondeu silenciosamente “Ele já sabe”.
Rosálie assentiu e beijou o topo da cabeça de sua irmã.
– Eu sei disso, e tenho certeza que Edward também sabe!
– Não, apesar de amá-lo muito ele jamais irá acreditar em mim, afinal, porque ele acreditaria em alguém como eu? Em alguém que nem se quer é uma Cullen!
– O que disse? – perguntou Rosálie atordoada.
Alice afastou um pouco de sua irmã e soluçando fora mais clara.
– Ele me disse, fora verdadeiro, eu não sou uma legitima Cullen, duvido que ele esteja mentindo, não com a intensidade de suas palavras... – respirou fundo com certa dificuldade – Estou certa, não estou? Ele não mentiu, não é mesmo Rose?
Nesse momento Rosálie sentiu-se perder o chão, definitivamente ela queria matar seu irmão!
Fechou os olhos e juntou todas as suas forças para ser honesta com sua irmã, já estava na hora de ser tirar toda essa sujeira fedida e jogá-la fora, estava na hora de acabar com as mentiras.
– Não, você não é uma Cullen, você é uma !


N/A: Ehhhhhh
E ai esse cap ajudou em alguma coisa???
O que sera q esta escrito nesse diario????
Vcs imaginavam q Nathalia era amiga do barão ????
Bem, q a Alice era uma a maioria já havia sacado..... aêeeee.....
Bom como estou boazinha..... ai vai um spoiler do q vcs podem esperar:
A baronesa ira descobrir que Elisabeth Cullen não morreu..... irá encontrar seu paradeiro e ficara assustada....... o que será que aconteceu com ela????
Entretanto não acaba por ia..... como a baronesa não se contenta com poucas verdade irá pressionar Rosálie..... e vai descobrir td a verdade....
Ahhhhh

O que será q ela vai fazer???????
Por hj é só... e prometo q o próximo cap tera uma grande revelação......

Comentem.......

Bjocas



26 comentários:

  1. OMG!!!!Que Edward é esse!!!!!Meu Deus pegando fogo aqui e a primeira a comentar( eu acho)Poste mais por favor!!!

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  2. Nossa!!!! Fic maravilhosaaaaaaa!!!
    Começou pegando fogo, diga-se de passagem. rsrsrs
    A escrita está perfeita. Estou adorandoooooo, bjssss!!!

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  3. esta fic é minha xodosinha! ahaha... sério, eu amooo ela e vou ler de novo, já que consegui postá-la aqui!!!!!!!!!!!!!!!! Uipiiiii!!!!
    Eu amoooooo este Sir Cullen!

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  4. Amando esta fic posta mais pfpfpfpf

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  5. Amando esta fic posta mais pfpfpfpf

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  6. Muito boa mesmo,posta mais

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  7. Leitora nova! Menina adorei essa fic! Posta mais por favor

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  8. Como vc me para nesse momento? Arrrrrrrrrgh! E o q foi aquilo no piano? ulaala hahahaha Essa fic é foda, cara... Adoro! Por favor, nao demore a postar. Bjs

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  9. O QUE FOI ESSE CAPITULO MEU DEUS? hahahahahahahahahaha Adorei! Completamente! Perfeito! Eu simplesmente adoro essa fic por ela ser diferente das outras... A sedução, o cortejo... Algo que no passado devia ser comum, mas que hoje em dia parece ser magnífico! Por favor, posta mais e logo, bjs

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  10. WOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW! Essa att foi simplesmente foda hahahahahhaha
    A curiosidade matou o gato, lembra-te agora cordeiro? hahahahhaha
    Aprendendo como fazer um oral com Sir Cullen hahahahahahhahaa
    Caraaaaaaa, me arramei nesse capitulo.
    Não... Pera! hahahahahahahhahaha
    Só não gostei dessa tal esponja... nao entendi mto bem, e pelo q entendi n gostei ¬¬
    Enfim, por favor. Poste mais logo, bjs

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  11. Adoro o modo como escreve as coisas hahahha fantasia a forma de dizer coisas sujas... hahahaha adoro!
    Adoro essa fic *-*
    O que será q vai acontecer nessa viagem hein? curiosa.
    Posta mais, bjs

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  12. Isso é mta maldade! Não entendi absolutamente nada! Tadinha da PP... É mta loucura, cara... o Edward tbm é mto burro né? Ela sequer sabia que ele tinha uma irmã cega... como ela iria fazer tudo isso? AFF!! E eu juro que eu prestei atenção na Rosalie, mas não achei nada suspeito. Posta mais logo, bjs

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  13. Sinceramente acho que a amiga seja a Kate, mas foi maldade parar nesse momento pq??? Tenho certeza absoluta que quando o Edward descobrir toda a verdade ele vai ficar desolado, mas bem feito tbm quem mandou ser burro??

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  14. Doce Kate... Um ombro amigo no meio dessa confusão. Juro que achei que fosse o Edward depois de ter descoberto tudo. Mas, agora faz sentido. O Ex noivo... que é um cretino de ir atrás dela pra transar... Não gostei, achei de mal tom. Pode até ser que ele esteja com boas intençoes, mas o que me pareceu foi que ele queria transar com ela, já que agora ela não ficaria de pudor... Espero estar enganada. Agora, muito tempo irá se passar? Quanto tempo é necessario para o Edward saber a verdade? AFF, que aflição. Posta logo, bjs

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  15. Uma criança... Sempre tem que ter rs. O que Edward faria se soubesse? Pq a Alice não conta que ela que induziu a PP a dá-la aquele remédio? Não vejo pq ela ainda não ter feito isso =/ Posta mais. bjs

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  16. Pq vc parou de att, sua fic é tão boa que eu sempre volto pra ler. Continua escrevendo não para não quero saber o que vai acontecer com a pp e o Edward. Beijuuus não pare de escrever essa fic maravilhosa.

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  17. MARAVILHOSA,SUA FIC E PERFEITA CADA PEDACINHO QUE LEMOS DELA DE ALGUMA FORMA MEXE COM O NOSSO IMAGINÁRIO ,NÓS CAUSANDO VARIADAS SENSAÇÕES,QUE SÓ MESMO LENDO UMA BOA HISTÓRIA PODE NÓS CAUSAR,NÓS SOFREMOS COM OS PERSONAGENS,NÓS AMAMOS COMO ELES,NÓS SE ALEGRAMOS COM ELES E FORA OUTRAS SENSAÇÕES MARAVILHOSAS QUE E BEM DIFÍCIL DE DESCREVER AGORA MAIS E FANTÁSTICO.

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  18. Eu sei que eu devia estar achando bem feito pro Edward, mas ele ama a pp. Ele agora devia ir atras dela pedir desculpas e tudo ficar bem, mas eu sei que não é isso que vai acontecer. Att o mais rapido que vc puder amo sua fic. beijuus

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  19. MARAVILHOSO CAPÍTULO,,COMO EU JÁ TINHA DITO A SUA FIC CONSEGUI PRENDER TODA A NOSSA ATENÇÃO,FAZENDO COM QUE FIQUEMOS LOUCAS POR MAIS UM CAPÍTULO.BEIJOS E POR FAVOR NÃO NÓS ABANDONE AMAMOS A SUA FIC.

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  20. Vish! Quantos segredos nessa historia hein... Credo! Fiquei com pena da Rose, pelo passado e pelo presente.
    Finalmente descobrimos quem deixava as flores... Nunca imaginaria.
    Posta mais, bjs

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  21. Aiiiii meu deus....que fic é essa hein to amando e que Edward é esse meu pai kkkk
    Por favor continua ta d+ e tem muitos segredos hein!
    Posta mais to anciosa

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  22. o Edward como sempre n sabe fazer algo decente. Ao inves de correr até ela, e falar somente sobre sexo e corpo, ele devia ter falar que ela n saia dos pensamentos dele. Ou sei lá. Finalmente ele soube da verdade. Vamos ver o q acontece agora

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  23. Caspitoide! O Heitor não é filho da PP? HEIN???? Então pq a Rosalie falou para o Edward q era filho dele com ela?
    Será q é filho dele COM a Kate? =O E a Alice não é uma Cullen? Oi? Mega confusa aqui. Poste mais logo, please

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  24. eu acho que a alice e erma da milady e heitor e filho do mason com a kate sera.............?

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