PRÓLOGO
As correntes ferem meus pulsos, a fome e a sede dominam meu corpo. O cheiro de mofo se mistura com o do sangue, deixando um aroma horrível no ambiente. Mas eu já me acostumei. Em meses que estou aqui, nunca comi nada além de comida podre e agua da chuva, que pingava bem em cima da minha cabeça.
A porta abre e eles entram, trazendo-o consigo. Ele não para de se debater, suas roupas estão completamente rasgadas e repletas de sangue devido às tentativas falhas de escapar desses homens. .
- O que você está fazendo aqui? - Pergunto quase sem forças, espero que ele tenha me ouvido. .
- Eu precisava achar você – Respondeu jogado no chão. .
- Eu disse para ninguém vir atrás de mim. – Continuei, tossindo e cuspindo o sangue que se alojou na minha boca. .
- Não fique assim queridinha – Um dos brutamontes pegou no meu rosto sem nenhuma delicadeza. – Ele chegou bem na hora de mais um show... – Ele disse bem perto do meu rosto. Juntei um pouco da força que eu tinha e cuspi sangue na sua cara. .
- Vai em frente – Encarei-o com ódio, levando um tapa forte na cara, fazendo uma linha fina de sangue escorrer da minha boca. .
- Vadia, você ainda não aprendeu a lição? – Ele pegou no meu pescoço apertando-o com força, vai deixar marca, assim como os vários cortes que fizeram no meu corpo nesses 4 meses. Meu ar está indo embora... Morte por asfixia... Que lindo. .
- Pare! Será que não está vendo que ela mal se aguenta de olhos aberto seu idiota? – Gritou David com raiva. Sua súplica adiantou, em partes. O canalha me soltou, fazendo com que meu corpo voltasse a ficar pendurado pelos pulsos novamente enquanto tossia, numa tentativa de recuperar o ar, e cuspia sangue sem parar. Porém ele foi em direção a , dando-o um soco no estomago. .
- Não! – Gritei – É comigo que você tem problemas, não com ele... – Terminei de falar, agora bem baixo, já que usei todo o meu folego para gritar. .
- Calada vagabunda! Eu vou me divertir um pouco com ele, antes de acabar de uma vez por todas com você. – Ele gritou de voltou a socar . Fecho meus olhos e fico com a cabeça baixa. Nunca me senti tão culpada na minha vida. Sim, culpada. Tudo o que ele está passando é minha culpa. Deixo uma lágrima solitária cair só com esse pensamento. E em seguida várias começaram a sair. A cada gemido de dor que ele soltava, mais as lágrimas insistiam em cair. .
- Vamos querida, abra esses olhinhos e veja como seu “amorzinho” está... – Fiz o que ele mandou e levantei minha cabeça, encarando . Seu rosto estava completamente machucado e sangue saia avidamente de seu nariz, supercílio e boca, se espalhando rapidamente por sua roupa. Não resisti e deixei uma ultima lagrima cair. O canalha viu meu momento sensível e sorriu orgulhoso, dando mais um soco em , que se curvou para frente e cuspiu mais sangue. .
- Chega! – Gritei com todas as minhas forças, quando vi que levaria outro soco. – Termine logo com isso, sou eu que mereço não ele. .
- Pois bem – Ele fez um aceno com a cabeça e seus capangas, que vieram na minha direção e desprendendo-me das correntes, deixando que meu corpo fraco despencasse para o chão. – Vamos , levante, onde foi parar uma das melhores espiãs do país? – Ele disse, exaltado. Tentei me levantar, mas o máximo que consegui foi ficar apoiada em minhas mãos. – Vamos irmãos, levantem-na para que eu possa terminar o serviço. – Seus companheiros pegaram em meus cotovelos e me deixaram suspensa, como um animal pronto para o abate. Ele deu um meio sorriso e puxou a arma da cintura, apontando-a para mim. – Dê adeus para o seu namoradinho... – Olhei para Andrew, que me encarava com os olhos tristes e desesperados. .
“Eu te amo“ Apenas mexi meus lábios, não exista mais folego que me deixasse falar. .
“Eu te amo” Ele me respondeu, enquanto deixava uma lágrima escorrer pelo seu rosto machucado. .
Fechei meus olhos e esperei pelo fim. Não muito tempo depois ouço dois tiros, abro os meus olhos rapidamente e vejo um corpo, que provavelmente estava na porta do esconderijo, cair no chão. Os capangas que seguravam, soltaram meu corpo e jogaram-me para a parede, fazendo com que eu batesse minha cabeça fortemente na mesma e depois no chão, deixando minha visão turva por conta da dor. Segundos depois outro tiro é ouvido. Alguém grita meu nome. Sinto algo perfurar meu peito e então tudo fica escuro. .
CAPÍTULO 1
A garota assistia a um filme com seus pais, ela estava deitada no colo de sua mãe, que passava lenta e carinhosamente, as mãos por seus cabelos. Seu pai sentava- se ao lado da mulher e mantinha um braço descansando nos ombros dela, enquanto sorria com a cena. Há muito tempo que a família não tinha um momento assim, o homem pensava.
Com o decorrer de pouco tempo, a respiração da garota ficou calma, fazendo o casal perceber que sua filha havia pego no sono. A mulher, então, coloca sua filha cuidadosamente sobre o sofá e vai até o outro, que tem dois lugares, junto com seu marido.
Os dois ficam assistindo televisão quando alguém soca a porta. O casal se encara aflito, pois sabem quem pode ser. A mulher levanta lentamente, olhando para a porta, e pega seu revolver em uma gaveta secreta em baixo do sofá. O homem pega uma manda que estava depositada no braço do sofá e cobre sua filha. Ao fazer isso, percebe que ela está acordada, mas permanecendo de olhos fechados. Então, já sabendo o que iria acontecer, chega no ouvido da filha.
- Amor, lembra o que o papai falou sobre o trabalho? – Ele perguntou baixinho. Mais uma batida na porta, só que desta vez, mais forte. A garota assentiu levemente. – Eles estão atrás da mamãe e do papai agora. E estão quase entrando em casa. O papai precisa que você fique quietinha e finja que está dormindo, independente do que aconteça. Tudo bem? – O homem terminou de falar. Depois de segundos a garota assentiu enquanto deixava uma lágrima cair por seus olhos. – Papai e mamãe te amam muito, não se esqueça disso. – Terminou, por fim, o homem, passando uma mão nos cabelos da filha e, aproveitando que estava abaixado, tateou o piso de madeira, procurando o taco falso que havia por ali. Assim que pegou sua arma e recolocou o pedaço do piso, deu um beijo nos cabelos da menina e se juntou a esposa, selando brevemente os lábios com os dela.
A mulher se separa do marido e vai cuidadosamente para a porta, dando um beijo na cabeça de sua filha ao passar pelo sofá. Quando ela chega a cerca de um metro da porta, essa se abre e três homens fortemente armados entram na casa, atirando. Ela consegue desviar de dois tiros que vieram em sua direção e atingindo, na perna, com uma bala o homem mais próximo, que cai no chão e acerta-a no pescoço, fazendo-a se encostar na parede e ir deslizando pelo mesmo até cair chegar ao chão de madeira. Seu olhar estava distante, ela podia sentir seu sangue sair lenta e dolorosamente pela ferida em seu pescoço. Aos poucos a mesma começa a ter a sensação de leveza, como se estivesse flutuando. Ela olhou uma ultima vez para seu marido, que a encarava com um olhar de despedida, e para sua filha, que fingia dormir naquele sofá. Por um momento se arrependeu de ter se tornado o que é hoje, mas se sua vida tivesse sido diferente, nunca teria conhecido seu marido e, por consequência, nunca teria sua filha, o fruto do amor de dois agentes jovens e apaixonados. E no momento seguinte nada mais importava, nada mais restava apenas um corpo de uma mulher, que mesmo tendo 36 anos de idade, fora muito feliz, e seu olhar distante e sem vida.
O homem, ao ver sua mulher agonizando até a morte em sua frente, não pensa duas vezes e revida os tiros na direção dos invasores, sempre tomando cuidado com sua filha. A ultima coisa que ele queria era perder, além de sua mulher, sua filha. Ele dá uma última olhada
na menina e percebe por um momento rápido, que a mesma está com os olhos bem abertos, vendo tudo que estava ocorrendo. E foi bem nessa hora que um tiro atinge seu braço e o mesmo perde a força, derrubando seu revolver no chão. Um dos homens se aproxima do pai e pega-o pelos cabelos curtos, fazendo com que ele ajoelhasse.
A menina, assim que o homem se aproxima de seu pai fecha os olhos e finge dormir.
- Vejam só, meus irmãos, eles tem uma cria... – Um dos homens se aproximou dela e passou a mão levemente pela panturrilha da garota, por cima da manta. – Tão linda não é? Seria uma pena deixá-la sem se divertir um pouco, não? – Ele terminou de falar enquanto subia a mão para a coxa da garota.
- Não encoste na minha filha seu desgraçado. - Gritou o pai, tentando lutar contra o homem que o segurava, sem obter resultado. – Deixe-a longe disso, ela é apenas uma criança!
- Então é uma criança muito gostosinha não é? – O homem começou a passar a mão pela cintura da garota, parando no ombro da mesma. Local onde estava a barra da manta e puxou-a, deixando o corpo delicado de à mostra. O homem se aproximou do ouvido da menina e disse: - Vamo linda, levante. Sabemos que está acordada. – Dizendo isso pegou a pequena por um de seus braços e fez com que a mesma ajoelhasse na frente de seu pai, porém, deixando-a distante do pai.
- Irmão, que tal você se divertir um pouco com a linda? Afinal, você que descobriu onde eles moravam, tome-a como premio. – Falou o homem que segurava o pai de .
O brutamonte segurou a garota pelo pescoço e fez com que ela se levantasse. Foi, com a mão livre, para a blusa da garota, arrancando num puxão. da um grito, por conta do susto, e começa a chorar. O homem coloca a mão na boca dela, fazendo-a chorar em silêncio. Quando percebe que está mais calma, o homem retira a mão de sua boca e começa a descer para a sua calça de moletom, repetindo o movimento de 5 minutos atrás e arrancando a calça da garota, deixando-a apenas de roupas íntimas.
Vendo o que vai acontecer em seguida, da um chute nas partes baixas do homem, que se curva de dor, soltando a menina, que sai correndo em direção à porta, gritando por ajuda. Quando está a menos de dois metros da porta de entrada, vê o corpo de sua mãe e do bandido que a matou, ela segura as lágrimas e continua seu caminho. Porém é impedida pelo mesmo homem que a pouco estava se contorcendo de dor perto do sofá. Ele pega-a pelos braços, jogando-a bruscamente por cima de seus ombros, ignorando as tentativas de se livrar do aperto da pequena .
- Garota idiota, vou mostrar pra você o que acontece com quem mexe conosco. – Disse o homem, jogando a garota no sofá com força, fazendo-a sentir seu corpo inteiro doer. Ele se afasta minimamente e dá um forte tapa em sua cara, surgindo em seguida uma linha fina de sangue saindo do canto da boca. grita de dor e volta a chorar, dessa vez em silencio. Ela tinha que fazer alguma coisa, não podia os deixar fazerem aquilo com ela, principalmente com seu pai ao seu lado, olhando tudo o que acontecia, sem poder fazer nada.
começa forte e desesperadamente a gritar socorro, numa tentativa de um dos vizinhos ouvir e, quem sabe, chamar a policia. Ela leva um forte tapa na cara novamente e finalmente fica quieta. O homem segura-a com uma mão, e com a outra retira o sutiã da garota. Ela olha para o pai, como quem pede desculpas, e vê que ele mantém sua cara séria, como se nada estivesse acontecendo. É nesse momento que ela se lembra do que em que seu pai havia dito-lhe há alguns dias: “Independente do que aconteça conosco, nunca deixe que nenhum ‘desconhecido’ veja o que você sente. Nas horas em que estamos desarmados, a indiferença é a melhor arma contra essas pessoas.”. Na mesma hora, para de chorar, com certo esforço, e fica com a mesma expressão séria de seu pai.
Ela continuou com a mesma expressão por muito tempo. não resmungou quando o homem começou a sugar seus seios, muito mesmo quando ele desceu a boca até a sua calcinha, arrancando-a sem dó, muito menos quando ele retirou sua calça e cueca e penetrou-a com seu membro. Ela simplesmente ficou calada, sem demonstrar nenhuma reação ao que acontecia ao seu redor. Quando o homem preencheu-a com o seu esperma e saiu de dentro dela, colocando suas roupas novamente, e deixando-a jogada no sofá, já tem a plena consciência de que seu fim está próximo, então ela apenas fica lá, parada, com sua cara de indiferença prevalecendo até o ultimo minuto.
O homem deixa-a lá, pega a arma que o mesmo deixou ao deu lado e aponta para o pai de .
- Ultimas palavras? – Pergunta o homem, com a arma alinhada com sua testa.
- , lembra-se do que eu te disse há alguns dias? Acrescente outra coisa: Apenas os mais íntimos merecem a sua confiança e ver suas emoções mais profundas. Ah, não se esqueça de acabar com esses desgraçados por mim, sei que você consegue gatinha. – Ele forçou o meio sorriso, tentando encorajá-la. Depois virou a cabeça para o brutamonte à sua frente. – Vamos, acabe logo com isso. Seja corajosa , sei que você consegue. – E logo veio o tiro. Seu pai caiu no chão morto e se segurou para que suas lágrimas não fossem derramadas. Agora não tinha ninguém, sua família estava morta. Nunca se sentiu tão sozinha como naquele momento.
O homem, ao conferir que o pai havia realmente morrido, vira, com a arma em mãos, até , com o intuito de dar o mesmo destino à menina. Porém é impedido pelo som de sirenes de policia. Avisando que em menos de 5 minutos, o bando estaria cercado.
- Merda. – Xingou o homem. – Me dê sua faca, irmão. – Pediu o homem, tendo sua ordem acatada. Aproximou-se de e fez apenas dois cortes. – Esse é para você nunca se esquecer do que fizemos com seus pais. – Disse cortando no vão entre seus seios, bem perto do seu seio esquerdo, onde geralmente fica seu coração. – E esse é para você lembrar que eu fui o primeiro que tive esse corpo só para mim. – Cortou logo abaixo de seu quadril. Fazendo isso, os dois homens arrombaram a porta dos fundos e fugiram, abandonando com seus pais, mortos, e o corpo de uma dos membros do bando.
Depois daquele dia, nunca mais foi a mesma. A garota alegre, saltitante, amorosa e com pais, deu lugar à garota fria, calculista, desconfiada e órfã. Suas cicatrizes ficaram em seu corpo, ela não deixou que os médicos tentassem apagá-las. Elas eram um lembrete do dia em
que seus pais foram brutalmente assassinados e do dia em que ela jurou a si mesma que independente do perigo que corresse, nunca mais deixaria ninguém passar pelo mesmo que
What??? Cadê o resto??? Buá buááá (chorando). Amei a fic, posta rapidinho, senão vou ter um ataque do coração. Parabéns pela escrita! É simplesmente perfeita flor... Até mais...
ResponderExcluirchocante..... tenho até pena destes caras... esta menina... não vai deixar barato.....
ResponderExcluirMeu Deus!! Quero uma morte bem dolorosa a esses malditos. Céus estou em choque até agora...
ResponderExcluirVc escreve muito bem e a história pelo visto vai ser esplêndida e é lógico que estarei acompanhando, pois quero assistir o fim magnífico que dará a esses miseráveis de uma figa. ¬¬ Ain, que ódio!! Ela era só uma criança e já passou por tanta coisa... Essas marcas serão o fim do maldito, ahh se vão... ele vai ter desejado nunca ter entrado e destruído os sonhos de uma garotinha. u.u
Amandoooo e, desde já, estou louquinha pelo próximo! ^_^
Bjinhossss!!!