10 de março de 2011

Jogo de Mentiras

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Jogo de Mentiras











Prologo


Deitada em cima de uma luxuosa cama de hotel. Completamente nua. Coberta apenas por dois milhões de dólares espalhados por cima de mim, observei Jacob se aproximar com duas taça de champagne nas mãos.

Estávamos comemorando os lucros do nosso último golpe – um milionário de oitenta anos, que eu havia enredado durante um mês, acabara deixando escapar a senha do cofre da sua casa. Coitadinho... limpei tudo o que podia.

- Um brinde, gata – ofereceu-me uma taça, e eu a peguei – a esse corpinho gostoso, tão lucrativo para nós dois...

Tocamos as taças, e demos generosos goles naquela bebida caríssima.

- Realmente... você anda muito preguiçoso ultimamente, Jake. – reclamei.

- Não tenho culpa se as velhotas estão cada vez mais espertas. – se explicou, puxando uma das minhas pernas até a altura de seus olhos. Derramou um pouco de champagne, que escorreu até a minha virilha. Em seguida passou a lamber a minha pele, por onde o champagne havia passado.

- Acho que agora já podemos parar. Temos o suficiente para vivermos como merecemos. – de fato, nossa recheada conta no banco, fruto de todos os golpes que havíamos cometido, não deixava a desejar em relação às fortunas famosas da América.

- Só mais um golpe, Gata... – ele pediu, assim que sua boca chegou ao fim do caminho que ele havia percorrido. Gemi de prazer.

- Já estamos muito visados, Jake... – falei, entre arfadas – Correremos o risco de sermos pegos.

- Já pensei em tudo. – ele sentou-se na cama, deixando-me temporariamente frustrada. Sabia que passaríamos o resto do dia satisfazendo um ao outro sexualmente, como sempre fazíamos - Tiramos proveito suficiente dos ricaços americanos. Chegou a hora de abalarmos as estruturas de outros países.

- Outro país? – questionei, confusa.

- Inglaterra, querida – ele falou, com falso sotaque britânico – Já até escolhi o pato da vez. Trouxe outras opções para discutirmos, é claro, mas esse aqui será o mais rico e mais fácil de todos...

Jogou uma foto para mim, e eu a peguei. Era um homem extremamente bonito. Pele clara, olhos verdes, sorriso charmoso. Além disso, parecia ter por volta dos vinte e cinco anos.

- Não sei... talvez seja jovem e bonito demais – desdenhei, ainda analisando a foto.

- Prefere os velhos caquéticos? – indagou, em deboche.

- São mais fáceis de enganar... – expliquei, olhando-o com reprovação.

- Esse coitado perdeu os pais e a noiva em tragédias. É daqueles tipos solitários e carentes... – afastou os dólares e as fotos espalhadas na cama, e se pôs entre as minhas pernas – será como roubar doce de criança...

Escolhíamos nossas vítimas sempre após intensas pesquisas. Velhos insatisfeitos com suas vidas patéticas. Filhinhos de papai sem experiência alguma na vida. Ou homens solitários, como parecia ser o caso. De acordo com o comportamento do cara, agíamos em seguida. Os mais velhos eram os mais idiotas. Quando não me davam tudo de mão beijada, por qualquer desculpa como doença na família ou dívidas, facilitavam que eu os roubasse, como na ultima vez. Na verdade não considerava como um roubo, apenas um pagamento pelas horas de sacrifício a que me submetia indo para a cama com eles. Os mais novos eram mais espertos. Tinha que passar um tempo a mais os embromando, até tomar tudo o que eu podia. Sempre dinheiro vivo, jóias, ou bens de fácil transferência. Nada que nos incriminasse.

- Não sei... – não consegui terminar o raciocínio. Jacob agora acariciava-me intimamente, e eu enlouquecia a cada toque.

- Só mais essa vez, Gata. Prometo. – falou, enquanto aprofundava seu toque. Agarrei as cobertas, contorcendo-me de prazer. Acabei pegando a foto do cara sem querer. Olhei-a mais uma vez.

- Qual o nome dele? – indaguei, enquanto Jacob se livrava de suas roupas.

- Edward Cullen.



Capítulo I - Vítima



Caminhando lentamente pelo centro hípico, procurava atenta a minha presa. Edward Cullen. Jovem. Solteiro. Incrivelmente bonito. Mas não era nada disso que me importava. Estava aqui, vestida com roupas de grife, assistindo a uma corrida idiota de cavalos, por que ele era simplesmente o segundo homem mais rico de Londres.


Advogado bem sucedido, herdou o escritório e a fortuna de seus pais há cinco anos atrás, quando morreram num acidente de carro. E mais, sua noiva morrera num assalto há mais ou menos um ano, no dia do seu casamento. Esse homem, cercado por tragédias, seria a vítima perfeita. Fragilizado e sozinho, certamente cairia em meus encantos.


Mais uma vez revistei a área reservada para onde me dirigia, e nada. À minha frente estavam as pessoas mais ricas de Londres. Conhecia a maioria deles, pelo menos dos homens, por fotos. Mas nenhum deles foi o nosso escolhido.


Edward era sozinho. Sua família se resumia a ele mesmo, já que não tinha nenhum parente próximo vivo. Tinha poucos amigos. Nenhum relacionamento amoroso. Concentrava-se apenas no trabalho. Era uma vítima perfeita.


Eu e Jacob havíamos passado os últimos dias o investigando secretamente, e já tínhamos todas as informações necessárias.


Com o binóculo em mãos, mirei Jacob na arquibancada da hípica. Sem dúvida era o homem mais bonito naquele lugar. Moreno, alto, forte... sua pele acobreada o destacava entre os demais. Ele piscou o olho e lançou-me seu sorriso safado de sempre. Aquele era o meu homem. Meu parceiro. Meu amante.


Jacob estava aqui para analisar as nossas possibilidades, de acordo com a reação do pato da vez, e também para garantir a minha segurança. Não foram poucas as vezes que nos surpreendemos com o comportamento nada “educado” de homens bem sucedidos. Mas com o tempo meu faro ficara aguçado. Sabia desde o primeiro encontro se a empreitada iria dar certo ou não.


Desviei minha atenção para a corrida que agora começava, quando uma rajada de vento levou consigo o lenço que envolvia o meu pescoço. Pus-me de pé, na intenção de apanhá-lo, mas me surpreendi quando levantei os olhos e encarei o homem mais lindo que havia visto na vida. Era ele. Edward Cullen. Mas as fotos que Jacob me mostrara não faziam justiça à sua beleza. Permaneci fitando-o por um segundo. Cabelos castanhos levemente acobreados, lindamente desarrumados. Olhos profundamente verdes. Traços perfeitos. Boca convidativa. Era alto e atlético. Vestia um suéter de uma marca famosa, e permanecia com o lenço estendido em minha direção. Olhava-me com os olhos tristes e serenos ao mesmo tempo.


Pela primeira vez fiquei insegura quanto ao nosso golpe. Por que Jacob foi escolhê-lo? Um homem daqueles com certeza tinha a mulher que quisesse.

- Com licença, senhorita, acho que isso lhe pertence... – estendeu ainda mais o lenço em minha direção. Não pude conter minha boca, que se abriu um pouco involuntariamente ao ouvir sua linda voz. E como se não bastasse, o cara era extremamente educado. Comparando-o com os velhos asquerosos que haviam sido minhas últimas vítimas, talvez fosse deliciosamente agradável enredar Edward Cullen em minhas teias.

- Obrigada! – respondi com a voz sedutora, recuperando o controle da situação. – Não é fácil encontrar homens cavalheiros hoje em dia... – joguei charme, sorrindo de maneira insinuante. “Que os jogos comecem...”, pensei.


- Talvez por que vocês mulheres prefiram os homens menos cavalheiros... – falou, e deu um sorriso torto, tristonho, mas não menos encantador.


- Não generalize as mulheres. Isso seria um erro gravíssimo. Somos tão complexas, que gostamos de homens de todos os tipos.


- Você tem razão. Talvez apenas as inglesas tenham se cansado de tanto formalismo.


- Sou americana, meu bem. Não sabe como sinto falta disso... – sorri mais uma vez, e estendi-lhe a mão para me apresentar – . Muito prazer.


Pegou minha mão e a beijou – . – repetiu o meu nome sorrindo. Olhou-me nos olhos – Edward. O prazer é tudo meu.


O pobre rapaz não tinha consciência, porém, de que eu já sabia seu nome e sobrenome. Sabia seu endereço. O volume de sua gorda conta bancária. Tinha noção das suas muitas propriedades. Seus gostos e passatempos. Sabia todo o seu passado, e provavelmente destruiria seu futuro.


Examinou o lugar com os olhos, depois voltou a atenção para mim.


- Posso me sentar com você? Não encontro nenhum conhecido...


Não pude conter o riso que se formou em meus lábios. Ele conhecia sim, muitas daquelas pessoas. Até seus sócios estavam sentados a algumas fileiras atrás. Foi o que faltava para que eu recuperasse minha autoconfiança.


- É claro – concordei.


Edward sentou-se elegantemente ao meu lado, e puxou o binóculo para examinar a corrida. Fitei-o com meus olhos astutos, como uma caçadora a examinar a sua presa. Com certeza Edward seria o homem mais lindo que eu já havia seduzido. De perfil, era quase impossível não admira-lo. Não só isso, meu corpo parecia reagir à sua presença, ansiando pelo mínimo contato que fosse entre nós dois. Eu o queria. Ele seria meu.


- Em quem apostou? – questionou de repente, interrompendo meus devaneios, ainda mirando a corrida.


- No número seis. – respondi cheia de confiança. Fizera minha lição de casa direitinho. Sabia que aquele era um cavalo bastante premiado.


- Hummm – analisou minha resposta – Boa aposta. Gosta de corrida de cavalos? – olhou-me com os olhos cheios de curiosidade.


- Na verdade não. – admiti. Se nossa conversa tomasse esse rumo, sabia que não estava preparada o suficiente. Havíamos escolhido a ocasião simplesmente por que tínhamos certeza de que ele viria, além de ser um dos poucos ambientes informais que freqüentava. Jacob arrancara todas essas informações de sua secretária, uma garota boba que ele seguira até o metrô um dia desses. Tenho certeza que até as roupas da fulana Jacob devia ter arrancado, embora não tenha me confessado esse detalhe - Vim acompanhar meu irmão mais velho, mas ele me abandonou para se juntar aos amigos na arquibancada... – apontei para Jacob, que conversava empolgado com dois caras ao seu lado, que com certeza tinha acabado de conhecer.


Aquilo era só parte do plano. Jacob gostava de manter um pouco de proximidade, por segurança, e nada melhor para justificar isso, do que fingir que éramos irmãos. Como se adivinhasse, ele olhou em nossa direção, e acenou alegremente. Sabia que aquela alegria era fruto de minha aproximação a Edward. Acenei em resposta.


A atenção de Edward voltou para os cavalos, mas eu a queria só para mim. Era hora de mostrar um pouco de pele. Tirei o casaco de cachemir branco que vestia sobre o vestido frente única florido, discreto e sensual. Joguei os cabelos para o lado e cruzei as pernas. Sorri satisfeita quando o vi me observar pelo canto dos olhos.


- O que traz essa americana, com nome italiano tão apropriado, a Londres? – ele questionou, encarando-me. Um garçom passou por nós, servindo bebidas. Edward pegou dois copos da bandeja e me ofereceu um. Aceitei-o, e antes de falar, dei um gole na bebida, deixando que uma gota escorresse sobre o meu lábio, a sugando sensualmente em seguida. Observei Edward instintivamente passar a língua sobre os lábios. Aquele truque sempre funcionava.


- Jacob veio abrir uma sede da empresa do nosso pai aqui em Londres. Como não nos desgrudamos, vim junto. – falei meu discurso mais do que ensaiado.


- Em que ramo sua família trabalha?


- Meu pai possui uma agência de publicidade nos Estados Unidos. Estamos expandindo os negócios para a Europa. – não era à toa que tínhamos escolhido essa mentira. Edward não se envolvia com atividades de publicidade. Suas empresas eram discretas, e tinham um departamento próprio para isso. Desse modo, não corríamos o risco de sermos desmascarados.


- Então a intenção de vocês é permanecer aqui, ou apenas abrir o negócio e retornar para os EUA? – ele indagou, bastante interessado. Demorei um pouco para responder, propositalmente, enquanto ele mexia nos cabelos, parecendo apreensivo com a minha resposta.


- Bem... Jacob tem intenções claras de permanecer em Londres. Estamos hospedados no London Hotel enquanto ele não encontra um apartamento – fitei-o com os olhos insinuantes – e eu... preciso avaliar os atrativos que me aguardam aqui....


- Espero que já esteja se sentindo atraída... por Londres... – me respondeu também de maneira insinuante, enquanto dava um gole em sua bebida.


- Não imagina o quanto... – provoquei, me aproximando um pouco mais. Podia até sentir o doce hálito de sua respiração, o que me deixava com água na boca.


Nesse momento todos ao nosso redor ficaram de pé, chamando nossa atenção e liberando-nos do olhar um do outro. A corrida estava acabando. E o meu cavalo havia ganhado.


- Ganhei! – gritei empolgada, levantando os braços. Será que aquilo era um presságio do que estaria por vir? Esperava que sim. Sem pensar duas vezes, joguei-me nos braços de Edward – Eu ganhei! – continuei. Ele pareceu surpreso com minha atitude, mas retribuiu ao abraço.


Percebi que todos ao nosso redor estavam me encarando com certa recriminação. Lembrei-me do formalismo inglês que Edward havia citado. Virei-me para fitá-lo, e ele me olhou com o sorriso mais lindo que havia visto em seus lábios até agora. Na verdade nunca havia visto um sorriso daqueles em toda a minha vida. Senti-me tonta por um instante. Talvez fosse seu cheiro delicioso... ou o calor do seu corpo próximo ao meu... algo me instigava a não solta-lo dos meus braços. A beijar sua boca, que parecia tão deliciosa, e me entregar a ele por inteira.


Ainda hipnotizada por sua beleza, revezado meus olhares entre o verde de seus olhos e o vermelho dos seus lábios tentadores, senti braços fortes envolverem minha cintura, e voltei a mim. Meu corpo sentiu falta do calor do seu assim que nos afastamos.


- Ganhamos, maninha! – Jacob exclamou, beijando minha bochecha.


- Ganhamos – respondi, também atribuindo duplo sentido àquela palavra.


- Pena que fomos nós e uma centena de pessoas... – Jacob bufou, apontando para as muitas pessoas sorridentes que se dirigiam aos guichês para cobrar os lucros com as apostas.


- O importante é ganhar, não acha? – Edward falou de repente, lançando-me um olhar que queria dizer muitas coisas.


- É verdade... – concordei, sorrindo. – ah... deixe-me apresentá-los. Edward. Jacob – apontei um, depois o outro, e ambos se cumprimentaram.


- Temos que ir, Bela... – Jacob falou, olhando falsamente para o relógio. Aquilo indicava que ele achara que Edward já estava caidinho, e que deveria correr um pouco atrás de mim. Alguns homens precisavam de facilidade, outros mereciam algumas complicações para manter o interesse. Em parte adorei saber que Jacob achara que Edward estava interessado por mim, mas ao mesmo tempo não queria despedir-me dele. Não ainda.


- Já?! Acho que vou ficar mais um pouco... – dei de ombros, e Jacob lançou-me rapidamente um olhar irritado. Edward estava prestando atenção em mim, então não percebeu.


- Posso levá-la, se quiser... – Edward ofereceu.


- Infelizmente temos mesmo que ir... – Jacob se antecipou, antes que eu dissesse alguma besteira.


- Quando posso vê-la novamente? - Edward questionou, se aproximando de mim.


- Sabe onde me encontrar... - sussurrei em seu ouvido, e depositei um beijo de leve em seu rosto. Foi difícil resistir. Meu corpo queria muito mais do que aquilo, mas felizmente consegui virar-me de costas e seguir com Jacob, sem dar-lhe a chance de dizer algo mais.


Agora a sorte estava lançada. Se Edward viesse atrás de mim, demonstraria que estava realmente interessado, e as coisas seriam mais fáceis, como eu e Jacob supomos. Caso ele não tomasse a iniciativa, não havia importância. As coisas seriam mais complicadas, mas ao final eu conseguiria o que queria. Nenhum homem havia resistido aos meus encantos. E Edward não seria o primeiro. Ele seria meu. Ele e toda a sua fortuna.


Quando já estávamos próximos à saída, não pude me conter, e acabei me virando para tentar vê-lo uma ultima vez. Qual não foi a minha surpresa, ao perceber que Edward estava no mesmo lugar onde havíamos nos despedido. Com as mãos enfiadas nos bolsos da calça, e agora de óculos escuros, pareceu-me ainda mais charmosos do que antes, se é que isso era possível. Mesmo seus olhos estando cobertos pelos óculos, tive quase certeza de que ele olhava na minha direção.


Na verdade eu queria que ele estivesse olhando para mim. Queria que ele me visse, apenas, e não visse a mais ninguém. Por que ele mexia tanto comigo? Por que sentia a necessidade de retornar para perto dele... de continuarmos nossa conversa para que eu pudesse conhece-lo melhor? De sentir nossas peles se tocarem mais uma vez... de conhecer o sabor de seus lábios, que deveria ser tão delicioso? Isso nunca havia acontecido comigo antes.


Pelo visto aquele jogo não seria perigoso apenas para Edward. Mas não havia volta. Muitos interesses estavam em questão. Acima do meu súbito interesse por ele, estavam os nossos planos – meu e de Jacob.


Capítulo II - Conquista



- Pode me dizer o que diabos aconteceu com você? – Jacob exigiu, assim que entramos em nosso Porshe recém comprado – Não entendeu os meus sinais?


- Claro que entendi. Só acho que precisava de um pouco mais de tempo com ele... – falei, olhando para a rua pela janela. De fato, parecia que tínhamos ficado juntos apenas por cinco minutos. Não era o suficiente.


- O otário já caiu direitinho na sua... – disse, enquanto dava a partida no carro – ele é daqueles filhinhos de papai, que tem tudo o que quer. Ficará louco se você dificultar as coisas um pouquinho... Em pouco tempo comerá na sua mão – concluiu, sorrindo maquiavelicamente satisfeito.


- Acho que está se precipitando. Tive pouco tempo com ele. Não pude tirar nenhuma conclusão. E ele não me pareceu um mauricinho mimado...


Antes que eu pudesse concluir, Jake me interrompeu – Gostou dele, não foi?! – questionou com malícia, apertando a minha coxa com uma das mãos, enquanto a outra permanecia no volante.


- Não seja ridículo! Só não quero que corramos nenhum risco – expliquei, alterada. Alterada por que de certa forma Jacob tinha razão, embora eu não quisesse admitir.


- Confessa que gostou dele, safada! – ele continuou, agora passando a mão por baixo do meu vestido.


- Argh! – retirei sua mão, aborrecida, e virei-me para a janela novamente.


- Só estou brincando, Gata! Por que esse nervosismo todo? – exigiu.


- Por que deveríamos estar aproveitando o dinheiro que temos, ao invés de tentando dar mais um golpe. Não estou com um bom pressentimento...


- Relaxa, . Não confia mais no seu taco? – debochou.


- Confio. Só não acho que seja mais necessário corrermos esse risco...


- Quanto mais, melhor... – deu seu sorriso safado, enquanto suas mãos voltavam para debaixo do meu vestido.


Passamos o resto da tarde conhecendo os pontos turísticos da cidade. Desde que tínhamos chegado a Londres, há quinze dias atrás, só nos ocupamos da vida de Edward. Agora aproveitaríamos o tempo livre para comemorar o sucesso do primeiro encontro.


Por instantes, esqueci-me do que realmente havia nos trazido para cá. Era a primeira vez que viajávamos para fora do país, então estávamos extremamente empolgados. Os olhos de Jacob brilhavam ao conhecer cada novidade, e eu pensava o quanto valia a pena, nesses momentos, tudo o que havíamos passado... Porém também me perguntava como seria nossa vida se tivéssemos tomado rumos diferentes...


Mas eu não imaginava minha vida sem Jacob. Desde sempre ele fora a pessoa mais próxima a mim. Conhecíamos um ao outro melhor do que a nós mesmos. Não era só o sexo e o dinheiro que nos unia. Eu e Jacob éramos parecidos. Tínhamos planos e uma vida inteira em comum... Sabia que não éramos perdidos de amor, mas éramos as únicas pessoas que importavam um para o outro.


Para meu alívio, o resto do dia passou agradavelmente rápido. Na companhia de Jacob, Edward passou poucas vezes por minha mente. Embora mantivéssemos certa discrição em pública quanto ao nosso relacionamento, para evitar qualquer problema futuro, não deixávamos de demonstrar às escondidas que estávamos loucos para voltar para o quarto do hotel. Beijos e carícias furtivas sempre apimentavam nossa louca relação.


Ao voltar para o hotel, mal as portas do elevador se fecharam, Jacob prensou-me contra a parede, estendendo uma de minhas pernas e pondo-a em volta de sua cintura. Ocupou-se em distribuir beijos e mordidas em meu pescoço, e eu beijei sua orelha sensualmente, enquanto minhas mãos acariciavam seu corpo.


- Quanto tempo aposta dessa vez? – sussurrou em meu ouvido. Jacob adorava apostar em quanto tempo os idiotas correriam atrás de mim.


- Dois ou três dias... – supus, ajeitando-me, já que o elevador em breve chegaria ao nosso andar – E você?


- Hoje mesmo o coitado ligará para você... – abraçou-me por trás, para não correr o risco de que alguém surpreendesse sua excitação aparente. – Por isso vou aproveitá-la bastante antes que ele o faça... – mordeu o meu pescoço, fazendo com que meu corpo se esquentasse ainda mais.


Qualquer pessoa de fora acharia nosso relacionamento insano. Como alguém em sã consciência se divertiria com a idéia de sua mulher ir para a cama com outro cara?! Mas para nós não se tratava de sentimentos. Era apenas parte do negócio.


Eu não suspirava, relembrando-me dos momentos íntimos que passava com os outros homens. Na maioria das vezes era quase uma tortura. Mas era necessário para que eu e Jake nos divertíssemos depois.


Assim que entramos no quarto, Jacob virou-se para mim com um sorriso presunçoso.


- Estou na dúvida no que devo escolher como pagamento... – apontou para um lindo buquê de rosas vermelhas que estava sobre a mesa. Corri para apanhá-lo.


Entre as flores, encontrei um bilhete em um papel elegante, escrito à mão com uma caligrafia impecável. Jacob se aproximou para ler comigo o que havia escrito.


“Sei exatamente onde lhe encontrar. No saguão do hotel, em meia hora.


Edward Cullen.”


Fiquei alguns segundos com o bilhete nas mãos, tentando assimilar o que acabara de ler. Jacob se jogou na cama, e cruzou os braços atrás da cabeça.


- Você poderia usar aquele vestido decotado vermelho. Ele ficará louco quando te ver... – observou.


- Como ele conseguiu colocar essas flores aqui? – indaguei. Cheirei o buquê, enquanto lembrava-me do seu lindo sorriso de mais cedo. Um sorriso acabou escapando de meus lábios.


- Fácil. Deve ter subornado algum empregado. Mais uma prova de que o riquinho pensa que pode comprar tudo e todos... – observou, sentando-se na cama.


- Não sei se devo ir... Você não disse que eu deveria dar uma de difícil? – indaguei. Na verdade me sentia estranhamente insegura. Edward realmente mexia comigo. Além disso, nunca nenhum homem havia feito algo parecido para mim. Estava começando a ficar com medo de me envolver mais do que eu poderia me permitir.


- Você irá... – Jacob levantou-se, e caminhou em minha direção – mas não passará a noite com ele. Não ainda... – tirou as rosas da minha mão e as depositou na mesa. Virou-me em direção ao banheiro – O que está esperando? Tem meia hora... – deu um tapinha no meu bumbum, impulsionando-me a reagir.


Meia hora depois eu descia o elevador sentindo-me estranhamente nervosa. Olhei-me mais uma vez no espelho, na esperança de recuperar minha confiança. Vestia um tubinho azul, extremamente justo, um pouco curto, mas nada vulgar, momentaneamente coberto por um sobretudo nude. Usava um par de brincos de diamantes – presente de um otário qualquer – e scarpins. Meus cabelos estavam presos em um coque levemente desarrumado, com alguns fios soltos para dar certo charme. A maquiagem não muito pesada completava o visual. Definitivamente estava preparada para o que Edward propusesse.


Assim que as portas do elevador se abriram, pude vê-lo. Escorado em uma das pilastras do saguão do hotel, estava absurdamente lindo, vestido com um elegante casaco preto, calça também preta e uma blusa branca. Olhou-me com seus olhos verdes, como sempre penetrantes, e um sorriso torto de arrasar qualquer coração. Como um homem podia ser tão lindo daquele jeito? Era extremamente injusto com todos os demais...


Aproximei-me, com o coração acelerado e as mãos suando. “Se controle, . Ele é um idiota qualquer, como todos os outros...”, tentei me convencer, sem sucesso. Só quando fiquei frente a frente com ele percebi que segurava uma rosa como as demais que havia deixado em meu quarto.


- Bela, como sempre... – disse com sua voz melodiosa, assim que finalmente o alcancei. Desorientei-me mais uma vez com seu sorriso torto.


- Fiz você me esperava por muito tempo? – questionei a primeira coisa que passou em minha mente. Será que ele passara a tarde inteira me esperando no saguão do hotel?... Percebi que teria que redobrar minha discrição quando estivesse com Jacob.


- Somente por minha vida inteira... – falou olhando em meus olhos, e me entregou a rosa. Pisquei os olhos sem palavras. Será que ele era um príncipe encantado, que desapareceria a qualquer momento por ser fruto da minha imaginação?... – Pronta para se encantar por Londres? – indagou, oferecendo-me sua mão. Trêmula, a peguei sem pensar duas vezes. Já estava totalmente encantada.


Esperava uma enorme limosine na entrada do Hotel a nos aguardar, mas me surpreendi mais uma vez ao ser conduzida por Edward até um Volvo prata. Como o cavalheiro que era, abriu a porta do passageiro – no lado esquerdo, conforme a mão inglesa - e eu entrei no veículo. Sentei-me, e permaneci especulando sobre o carro e seu visual relativamente simples para um milionário. Não comentaria sobre isso, é óbvio, para não causar nenhuma suspeita.


Assim que Edward adentrou ao veículo, seu perfume tomou conta do ambiente. Aspirei-o, tentando fixa-lo na memória. Quanto tempo levaria para completarmos nosso golpe?... Surpreendi-me, imaginando maneiras de prolongar os planos.


- Aonde vamos? – indaguei, mordendo o lábio inferior em curiosidade.


- Se eu contar, não terá graça... Mas garanto que vai adorar! – respondeu com seu sorriso torto de sempre.


Seus lindos olhos prenderam os meus por alguns instantes. Ah... Claro que eu iria adorar que ele me levasse para qualquer lugar do mundo... Desviei meu olhar para a janela, ou não responderia por mim. Lembrei-me de que Jacob instruiu-me a não ser nada fácil.


Enquanto Edward dirigia pelas ruas de Londres, repensava meus planos para a noite.


Ele provavelmente não tinha nenhum relacionamento por estar acostumado a mulheres do mesmo tipo – riquinhas, mimadas e sem graça. Então mostraria a ele que eu era diferente. E que o diferente poderia ser muito, muito melhor.


Mas como agir de forma fria e pensada, quando meu coração palpitava apenas por sua presença próxima a mim?


Nesse caso tomaria medidas estremas. Pela primeira vez seria apenas . Será que isso seria suficiente para fisgá-lo? Não sabia ao certo, mas deixaria meus instintos me conduzirem.


- Está mais calada... – ele observou, estreitando os olhos ao me examinar.


- Ansiosa... Estou apenas ansiosa! – disfarcei. Mas não deixava de ser verdade. – Não vai mesmo me dizer para onde vamos? – cruzei os braços, não contendo minha curiosidade. Ele sorriu mais uma vez lindamente.


- Já disse que é surpresa... – estendeu a mão e afagou meu rosto de leve. Seu simples toque inquietou ainda mais meu coração. Quase fechei os olhos para desfrutar do contato entre nossas peles, mas consegui me conter, afinal ele não podia perceber o quanto me afetava.


Finalmente Edward estacionou o carro, e não pude acreditar na incrível vista que despontava à nossa frente quando desci do carro. Ele me levara a um belo restaurante, localizado às margens do rio Tamisa, de frente para a Tower Bridge. Fitei-o, abobalhada, e ele mais uma vez avaliava a minha reação, agora com um sorriso presunçoso.


- Você joga pesado, garoto... – o provoquei, enquanto dava a volta no carro e parava ao seu lado.


- Não viu nada, ainda... – devolveu, entrelaçando nossos braços para adentrarmos ao restaurante.


A noite com Edward transcorreu agradavelmente. Ele se mostrava cada vez mais encantador, e eu me via ainda mais enfeitiçada. Seus modos eram elegantes, e sua fala e gestos extremamente charmosos, como se não bastasse toda a sua beleza. Não fiz por menos. Tratei de acentuar todos os atributos que a natureza havia me dado.


Assim que entramos no restaurante, um garçom aproximou-se para nos auxiliar, e aproveitei o momento para tirar o casaco vagarosamente, revelando meu corpo aos poucos. Em troca, recebi um “Como consegue ficar ainda mais linda?” de Edward.


Foi a única vez que previ a sua reação. No geral, Edward me surpreendia com seus comentários, recheados com um humor crítico e inteligente, que percebi lhe ser peculiar. Nesses momentos, sorria com vontade, demonstrando que, ao contrário das frias inglesas, demonstrava abertamente meus sentimentos – na verdade nem todos, mas disso ele não precisava saber. Jogava os cabelos, mordia os lábios, sorria sensualmente... Todo esse jogo de sedução já fazia parte do meu DNA.


Agora saboreava minha sobremesa, passando a colher entre os meus lábios vagarosamente. Edward não comia mais, apenas me observava.


- O que achou da noite? Correspondi às suas expectativas? – questionou de repente, inclinando-se na mesa em minha direção. Terminei de saborear a sobremesa antes de responder.


- Na verdade não gosto de criar expectativas quanto ao que pode ou não acontecer no futuro. Vivo o agora, da melhor maneira possível... – Edward estreitou um pouco os olhos, avaliando a minha resposta - Mas respondendo à sua pergunta... Estou adorando nossa noite juntos. E não só pela vista maravilhosa, pelo jantar delicioso, ou pela conversa agradável – inclinei-me em sua direção também – estou adorando principalmente descobrir mais sobre você...


Sorriu torto, parecendo surpreso com minha resposta – É verdade? O que conseguiu descobrir até agora? – questionou.


- Hummmm – refleti um pouco. Sabia muitas coisas sobre ele, é verdade, mas hoje descobrira o que pesquisas ou terceiros não nos mostravam – Você não é tão sério quanto aparenta. Talvez haja assim para manter certa distancia das pessoas... – ele cruzou os braços, me observando com os olhos estreitos – E gosta de verdade do seu trabalho, já que fala tão empolgado sobre ele. É observador e muito, muito perspicaz... – o que me deixava em alerta, pois qualquer passo em falso seria muito perigoso – É um pouco fechado, já que conversamos a noite inteira, mas não me revelou nenhum fato mais íntimo... Acho que por isso é um pouco solitário, já que também não comentou nada sobre amigos ou família. Não gosta de ostentar o que tem, pois seus hábitos e
comentários refinados demonstram que é uma pessoa de posses, mas não anda em um carro de luxo, ou me levou para um restaurante caríssimo. Tem muito bom gosto, para flores, lugares e pessoas... – sorri presunçosamente - Só não consegui descobrir por que se aproximou de mim tão rapidamente... – conjecturei, mais para mim mesma. Encarei-o, e percebi surpresa que um sorriso brincava em seus lábios.


- Também descobri muitas coisas sobre você... – contrapôs.


- É verdade? – questionei, surpresa e temerosa.


- Huhum – confirmou, olhando-me intensamente.


- Por exemplo... – o incentivei, apreensiva com o que ele poderia falar.


- Bem... Você é muito segura de si, talvez a mulher mais segura que tenha conhecido em toda a minha vida, mas às vezes parece insegura feito uma criança, como agora... – falou sorrindo debochadamente, e eu me ajeitei na cadeira, pois estava segurando a borda da mesa de tão apreensiva que estava com o que ele havia descoberto sobre mim – É extremamente espontânea, mas em alguns momentos parece medir cada palavra cuidadosamente. Tem uma alegria de viver que nunca encontrei em outra pessoa. E por falar nisso... O som do seu sorriso é o mais lindo que já ouvi em toda a minha vida. Se acordasse todos os dias o ouvindo, também me tornaria mais alegre. – corei um pouco com sua declaração, imaginando-me acordando em sua cama todos os dias - Já consigo ler cada emoção que transparece em seu rosto... Quando está curiosa morde os lábios.

Quando está pensativa, põe um dedo no queixo. Se constrangida, desvia o olhar como está fazendo agora. Consegue enlouquecer qualquer homem com um simples gesto... Sei tudo isso sobre você, mas ainda sinto que me esconde muitas, muitas coisas... Mas não se preocupe. Tenho certeza de que percebeu que luto de verdade por aquilo que quero. Então não vou desistir, até desvendar cada um de seus segredos...


- Acabei de acrescentar mais uma característica à lista. – o interrompi, sorrindo forçadamente, para mudar o rumo da conversa. Não gostaria que ele descobrisse os meus segredos. Com certeza não olharia para mim tão intensamente como fazia agora. Pelo contrário, teria nojo de mim, e isso me causava uma repentina tristeza.


- É mesmo? – indagou, com um sorriso brincalhão. Confirmei com um aceno – E qual seria?


- Presunçoso. Você é extremamente presunçoso – o provoquei, com a sobrancelha arqueada. Ele gargalhou alto em resposta.


- E por que pensa dessa maneira?


- O coração de uma mulher é como um oceano de segredos. Se mergulhar muito fundo, corre o risco de não voltar à superfície... – falei olhando em seus olhos profundamente. No fundo, era como se minhas palavras fossem um alerta para ele: “Cuidado, sou perigosa!”. Mas não tinha coragem de explicitar essas palavras. Temia demais que ele se afastasse de mim.


Edward levantou-se de sua cadeira, caminhou lentamente em minha direção, e se agachou até que nossos olhares, que não se desgrudaram em um instante, ficassem na mesma altura. Pôs uma mexa de meus cabelos atrás da minha orelha, o que me fez arrepiar dos pés à cabeça.


- Pois eu quero é me perder em seus mares misteriosos... – balbuciou cada palavra lentamente.


Seu rosto, próximo demais ao meu, era um convite para que eu satisfizesse o meu desejo de provar o gosto de seus lábios. Seu hálito delicioso aguçava ainda mais a minha vontade. Mas aquela não era a hora nem o lugar. Nosso primeiro beijo deveria ser marcante, e talvez nos conduzisse para passos além...


Afaguei seu rosto, enquanto as palavras me fugiam totalmente. Edward fechou os olhos, e desfrutou do meu toque. Como alguém sabia tanto sobre mim em apenas uma noite? Ele não era como os outros, uma vítima totalmente indefesa, a mercê das minhas vontades. Pelo contrário, Edward participava do jogo em pé de igualdade.


- Aonde vamos agora? – questionei de repente, e ele abriu seus lindos olhos cor de Esmeralda.


- Vou levá-la para ver as estrelas... – falou com um sorriso safado, e levantou-se, acenando para um garçom para pedir a conta.


Mais uma vez fiquei sem palavras. O que Edward queria dizer com aquilo? Será que eu havia me enganado... Será que ele era exatamente como Jacob o havia descrito? Isso serviu para recompor um pouco do meu autocontrole. Eu não me entregaria tão facilmente, se era isso que ele imaginava.


Durante o trajeto para onde quer que ele estivesse me levando, conversamos alegremente sobre amenidades. Finalmente eu tinha o domínio das minhas emoções – pelo menos em parte – então conseguia disfarçar o nervosismo que sentia, sem deixar de jogar charme.


Falamos sobre as diferenças entre a vida nos Estados Unidos e na Inglaterra, e mais uma vez descobri algo sobre ele. Edward tinha muito orgulho de seu país, de suas tradições e costumes. Prometeu-me visitar quando eu voltasse para os Estados Unidos, e me esforcei para sorrir convincentemente. Quando voltasse, ele provavelmente não desejaria me ver nunca mais.


De repente Edward dobrou em uma rua sem asfalto, ladeada por imensas árvores. Subiu uma pequena ladeira e parou o carro.


- As estrelas... – apontou para frente, com um sorriso zombeteiro nos lábios.


Olhei o mirante à nossa frente, e não pude deixar de corar, constrangida pela má idéia que fizera dele. Desci do carro, ainda sem jeito, e caminhei até nos encontrarmos na frente do veículo. Edward passou a mão por minhas costas, e me puxou para mais perto de si. Caminhamos até o mirante.


- Pensou bobagem, não foi? – sussurrou no meu ouvido, arrepiando-me dos pés á cabeça. Sorri constrangida. Como realmente pensara isso dele?


Escorei meus braços no mirante, e Edward colou seu corpo no meu, por trás, me envolvendo em seus braços. Recostei minha cabeça em seu peito, e permanecemos em silêncio por um longo momento. Dali tínhamos uma visão privilegiada para quase toda a Londres. A cidade era ainda mais bonita à noite. E eu podia até me imaginar passando os meus dias por aqui...


Edward deslizou seu nariz sobre meu pescoço, fazendo-me mais uma vez arrepiar. Começou a beijar-me de leve. Na nuca. No pescoço. Nos ombros. Meu corpo já estava completamente em chamas. Suas mãos pressionavam-me cada vez mais contra si. Assim que seus lábios encostaram em minha orelha, fechei os olhos, e desfrutei do momento. Edward mordiscou o lóbulo da minha orelha, depois passou sua língua por toda a extensão. Um gemido involuntário escapou de meus lábios.


Gentilmente Edward me virou de frente para si, me segurando pela cintura. Nos encaramos intensamente mais uma vez. Joguei meus braços sobre seu pescoço, e permaneci olhando em seus olhos.


- Ainda vai resistir à tentação? – perguntou, aproximando seu rosto do meu.


- Eu fujo da tentação... – pus um dedo em seus lábios, e ele me encarou surpreso – mas bem devagar para que ela me alcance...


Acariciei seus lábios com os dedos, e quando encarei-o novamente, seus olhos pareciam em chamas. Labaredas verdes, loucas para me consumir. Sem demora, Edward capturou meus lábios com os seus, de forma intensa e delicada ao mesmo tempo. Mordiscou meu lábio inferior, e minha boca se abriu automaticamente, para receber sua língua ansiosa. Nossas línguas entrelaçaram-se, ávidas por misturar nossos gostos. Seus lábios macios ditavam o ritmo dos nossos beijos, e eu o seguia prazerosamente.


Meus dedos entrelaçaram-se em seus cabelos, o puxando ainda mais para mim, enquanto seu corpo pressionava-me cada vez mais contra a parede do mirante. Nossos corpos estavam tão colados, que pude sentir sua excitação brotar contra meu ventre. Nesse momento minha respiração saiu entrecortada, e Edward pareceu perceber. Suas mãos subiram lentamente pela lateral do meu corpo, até envolverem meu rosto. Seus lábios tocaram os meus mais uma, duas, três vezes, depois encostamos nossas testas, ainda ofegantes.


- Não se preocupe. Não vou estragar esse momento perfeito com minha pressa masculina. Quero que tenha certeza de que ainda vou lhe desejar amanhã de manhã. Apenas não consigo disfarçar o quanto a quero agora...


Deitei minha cabeça em seu peito, e deixei que seus braços me envolvessem protetoramente. Ouvi seu coração se acalmar, pensando em uma maneira de dizer o quanto também o desejava sem parecer vulgar. Eu não poderia fazer isso. Deveria seguir os planos, e tentar adiar o sexo para mais dois ou três encontros à frente, mas como fazer isso quando meu corpo clamava pelo dele? Se ele quisesse, me entregaria aqui e agora mesmo. Mas o melhor era permanecer quieta, e aproveitar o fato de Edward ser um perfeito cavalheiro.


Permanecemos namorando durante o resto da noite, abraçados a contemplar as luzes de Londres. Beijávamos-nos, nos acariciávamos, conversávamos... E era tudo tão surreal! Jamais havia passado por essa situação antes...


Perdi a virgindade muito nova, e os homens sempre passaram por minha vida apenas com um interesse: sexo. Ninguém havia estado comigo pelo simples prazer de desfrutar da minha companhia, como Edward fazia agora. Parecia que eu vivia um conto de fadas.


Depois que vimos o sol nascer, deitados sobre a grama do mirante entre beijos intensos, chegara a hora de voltar à realidade. Assim que me despedi de Edward em frente ao hotel, sentindo seus lábios macios e deliciosos se juntarem aos meus uma vez mais, parecia que eu despertava de um sonho perfeito. Mas havíamos combinado de nos encontrar mais tarde, o que ainda me deixava nas nuvens.


Estava envolvida em uma áurea tal de encantamento, que respirei aliviada quando percebi que Jacob não estava no quarto do hotel. Se o encontrasse, tenho certeza de que acabaríamos transando, já que eu não tinha nenhuma desculpa para me negar a ele. O que eu diria? Que o único a quem desejava no momento era Edward?! Que o meu coração traiçoeiro estava se rendendo aos seus encantos?


Sozinha, poderia dormir tranquilamente, e sonhar com meu príncipe encantado...


Capítulo 3 - Partida
Acordei-me extremamente bem disposta no outro dia. Já se passava e muito do meio-dia, então eu tinha que me apressar.
Edward e eu havíamos combinado de nos encontrar, mas os planos dessa vez ficariam por minha conta. Ele não perdia por esperar...
Jacob ainda estava esparramado sobre a cama, dormindo profundamente. Nem mesmo vi a hora que havia chegado da noitada... Deixei um bilhete avisando que talvez nem voltasse hoje, troquei de roupa e saí voando do hotel.
Assim que estacionei na frente da imensa mansão, meu queixo caiu. Mesmo tendo visto a casa de Edward por fotos, ao vivo parecia muito mais impressionante.
As barras de ferro dos imensos portões não escondiam o lindo jardim que se sobressaía em frente à casa. Mal desliguei o carro, os portões se abriram automaticamente. Parecia que alguém estava me esperando...
Dei a partida no veículo, e segui por entre o colorido do jardim de Edward. Era de tirar o fôlego.
Finalmente parei em frente à porta da casa, e respirei fundo mais uma vez. Minha jogada seria arriscada, então eu deveria me preparar para a reação de Edward.
Em nossas pesquisas, descobrimos que em tempos atrás Edward era apaixonado por futebol. Torcedor fanático do Chelsea, até hoje era um dos mantenedores do clube.
Sempre freqüentava todos os jogos com um grupo seleto de amigos, ocupando suas cadeiras cativas no estádio. Mas depois da morte de sua noiva tudo mudou. Nem mesmo aos jogos de futebol ia mais.
Antes de dormir, pensei no que poderíamos fazer hoje. Queria que fosse algo marcante, então resolvi arriscar. Comprei os ingressos para o jogo do Chelsea contra o Manchester, roupas oficiais, liguei para Edward marcando de busca-lo em sua casa, e aqui estava, morrendo de medo do que ele acharia disso tudo.
Sei que levantaria suspeitas. Com certeza ele se perguntaria como eu teria descoberto isso. Mas o mistério fez parte do meu charme ontem à noite, não fez? Então agora seria tudo ou nada.
Desci do carro cheia de confiança. Antes que eu tocasse a campainha, Edward abriu a porta. Será que ele sempre seria lindo de tirar o fôlego desse jeito?! Olhou-me dos pés à cabeça com um sorriso torto nos lábios e as sobrancelhas arqueadas.
- O que significa isso tudo? – questionou, olhando-me mais uma vez. Eu vestia um casaco do Chelsea, gorro e cachecol oficiais.
- Significa que vamos assistir a um jogo, oras... – rebati, em tom de brincadeira.
- Ah... pensei que iríamos sair... – mexeu nos cabelos, parecendo sem jeito. Finalmente consegui desviar os olhos do seu rosto perfeito para analisá-lo por inteiro. Vestia uma blusa de botões preta e calça jeans. Despojado e elegante, seria uma pena ter que faze-lo trocar de roupas.
- E vamos... – entreguei o pacote que segurava para ele – ou achou que eu perderia a chance de conhecer um estádio de futebol de verdade?
Edward examinou o conteúdo da sacola desconfiado. Havia uma blusa e um casaco, também do Chelcea. Olhou-me com a mesma expressão desconfiada. Sorri inocentemente em resposta.
- Voce não está brincando, está? – perguntou, tirando as roupas da sacola.
- Claro que não! – sem cerimônia, fui o empurrando para dentro da sua própria casa – Apresse-se, ou o jogo já terá começado quando chegarmos.
Ele não demonstrou resistência, e já ia caminhando em direção à escada, quando de repente virou-se na minha direção.
- Espera um momento... como descobriu para que time eu torço? – exigiu, cruzando os braços.
- Só conto se fizer o que eu mandar! – também cruzei os braços, esperando que ele fosse se arrumar. Bufou derrotado, e subiu as escadas pisando firme.
Enquanto Edward se arrumava, pude observar a casa por dentro. Parecia impossível, mas era ainda mais incrível. A decoração era clássica e sofisticada ao mesmo tempo, e toda em tons claros. Com certeza Edward era o homem mais rico que eu já havia conhecido.
- Aceita alguma coisa, senhorita? – levei um susto, quando uma senhora de aparência simpática apareceu atrás de mim de repente.
- Não. Obrigada. – respondi sem jeito.
Aproximei-me da lareira da sala, onde algumas fotos estavam enfileiradas. A senhora me seguiu. O que ela ainda fazia aqui? Não disse que não queria nada...
Em todas as fotos Edward estava acompanhado de um casal tão lindo quanto ele. Deveriam ser seus pais. Os três pareciam uma família extremamente feliz.
- Essa casa era cheia de sorrisos, senhorita... – a senhora falou mais uma vez. Olhei-a, esperando que continuasse. – infelizmente esses tempos se foram... – respirou fundo – quem sabe meu menino não volte a ser feliz de novo... – seus olhos dessa vez pareciam cheios de esperança.
- Por que pensa assim? – questionei, curiosa.
- Por que há muito tempo não o via sorrindo como quando chegou hoje de manhã...
Tive que desviar meu rosto dos seus olhos sinceros. Se soubesse que planejava causar-lhe ainda mais dor, não teria tantas esperanças desse jeito.
- Meu nome é Esme. Cuido da casa e de Edward desde que nasceu.
- Me chamo . Muito prazer!
- Vou deixa-la à vontade...
Esme se retirou da sala, mas suas palavras ainda continuavam martelando em minha cabeça. Eu não tinha o direito de faze-lo sofrer ainda mais...
Inconscientemente, caminhei em direção à porta. O que diabos eu estava fazendo aqui? Minha vida não mudaria em nada se desse mais um golpe. A vida de Edward, entretanto, poderia ficar ainda mais triste.
Mas no meio do caminho, os passos de Edward descendo a escada me interromperam. Virei-me e observei como ele ficava ainda mais lindo de azul. Simplesmente não tinha mais forças para me afastar.
- Satisfeita? - indagou, um pouco aborrecido.
- Ainda não...
Encerrei a distancia entre nós dois, entrelacei meus dedos em seus cabelos, e o puxei para colar nossos lábios. Ah, que saudade daqueles lábios...
As mãos firmes de Edward apoiaram-se em minha cintura puxando meu corpo contra o seu, enquanto nos beijávamos. Não havia volta. Eu sabia que, mesmo que tivesse saído por aquela porta, voltaria atrás dele mais cedo ou mais tarde. E não era apenas o seu dinheiro que me motivava...
Edward me guiou, sem quebrar o beijo, até encostar-me ao corrimão da escada. Nossas línguas dançavam em nossas bocas, no ritmo intenso dos nossos corações acelerados. Eu o puxava desesperadamente cada vez mais para mim. Mais uma vez senti sua masculinidade pulsar contra mim, enquanto uma de suas mãos habilmente passeava pela lateral do meu corpo, e a outra embrenhava-se em meus cabelos. Minhas pernas já estavam tremulas pela excitação que percorria o meu corpo. A idéia de abandonar meus planos iniciais já começava a se tornar tentadora...
- Desistiu de assistir ao jogo? - sussurrou em meu ouvido ofegante, como se lesse meus pensamentos.
- É claro que não! – retomei o controle repentinamente. - Agora vamos logo, pois já estamos atrasados. – “foco, !”, me repreendi internamente.
- Você fica irresistível de azul... – falou enquanto atravessávamos a porta. Sorri com a coincidência de nossos pensamentos – e é só por isso que não estou me opondo.
- Nada disso, mocinho. Voce vai, por que hoje EU estou no comando. – se Edward pensava que eu era dobrável, como as outras, estava muito enganado – e por falar nisso... – caminhei até a porta do motorista do meu carro. – Hoje sou eu quem dirijo!
Mais uma vez ele não protestou. Pelo contrário, um sorriso brincava em seus lábios enquanto entrava no carro. Feliz da vida, dei a partida no carro. Pelo visto meus planos estavam dando certo.
Graças à terrível mão inglesa, chegamos ao estádio em cima da hora. Confusa, estanquei o carro um milhão de vezes, mas não abri mão da minha dignidade para deixar que ele dirigisse. Durante o trajeto, Edward morria de rir cada vez que eu fazia alguma bobagem no transito. Posso até jurar que ele me ensinou um caminho mais longo para chegar ao estádio, já que o GPS muitas vezes indicava ruas diferentes.
Assim que chegamos, Edward se dirigiu rapidamente até uma outra entrada do estádio, mas o detive.
- O que pensa que esta fazendo? – continuei o segurando.
- Tenho algumas cadeiras reservadas... – ele começou a explicar.
- Nada disso! – abri os dois ingressos em minha mão livre, e um sorriso enorme – assim não vai ter a menor graça... – reclamei.
Ele bufou um pouco, mas me seguiu.
Após enfrentarmos a fila, como todas as pessoas ali, seguimos para os nossos lugares, bem próximos ao campo. Na verdade tão próximos que fiquei com medo de ser atingida por alguma bolada. Em poucos segundos o jogo havia começado.
- Você pelo menos está entendendo alguma coisa do que esta se passando no campo? – ele indagou.
- É claro... que não! – falei com a cara mais cínica do mundo.
- Não gosta de corrida de cavalos nem de futebol, mas os assisti... – supôs, com os olhos estreitos.
- Não sou preconceituosa, meu bem. Gosto de conhecer coisas novas! – ufa! Essa tinha sido por pouco.
- E quanto a mim? Já me conhece o suficiente?
- Hummm... Ainda não. Preciso de um pouco mais de tempo... – falei com a voz manhosa.
- Sem problemas, então. Terá todo tempo do mundo! – seus olhos brilhavam enquanto me encarava sorrindo.
Apesar de o estádio estar extremamente lotado, em momentos como esse parecia que estávamos apenas nós dois. Seus braços me envolveram protetoramente, e nos beijamos mais uma vez.
Aos poucos Edward foi se soltando. Se levantava quando havia algum lance perigoso, ou quando seu time fazia uma boa jogada – apesar de eu continuar sem entender nadinha -, reclamava com o árbitro, cantava algumas músicas com a torcida... Ao ver sua carinha feliz, percebi o quanto aquilo estava fazendo bem a ele.
- Está gostando do jogo? – questionou animado durante o intervalo.
- Claro! Um monte de marmanjos correndo atrás de uma bola... Interessantíssimo! – zombei.
- O que prefere? O futebol de brutamontes que vocês assistem lá nos Estados Unidos? – ironizou.
- Cadê as líderes de torcida? Cadê os cachorros-quentes? E o show no intervalo? – reclamei, em tom de brincadeira.
- Esse é o futebol de verdade – apontou para o campo - assistimos ao espetáculo, não nos distraímos com bobagens... – se defendeu. Eu simplesmente adorava provoca-lo. Seu maxilar contraído e sua sobrancelha arqueada mexiam ainda mais comigo.
- Mas há algo que jamais encontraria nos Estados Unidos. Algo que esta fazendo toda a diferença...
- O que? – perguntou, ainda um pouco emburrado.
- Você!
Quando dei por mim, nossas bocas já estavam unidas em mais um beijo daqueles. Uma de minhas pernas estava sobre seu colo. Uma de suas mãos acariciava minha barriga por dentro do casaco. Nós dois já estávamos pegando fogo!
Ouvimos algumas reclamações das pessoas próximas, mas eu, sinceramente, não estava nem aí. Pelo visto a noite de hoje estava prometendo!
Tudo parecia conspirar ao meu favor. O time de Edward vencera, e agora saíamos do estádio, ele com um sorriso de orelha a orelha.
- Não acredito no que os meus olhos estão vendo! – viramos os dois ao mesmo tempo, para encarar um sujeito enorme que se embrenhava por entre as pessoas vindo em nossa direção – Edward! É voce mesmo, cara?!
- Claro que não, Emmet! Esqueceu que o Edward tem um irmão gêmeo? – apesar do tom seco de sua piada, podia perceber um pouco de brincadeira entre os dois.
- Cara! Que saudades dessa sua simpatia! – Emmet o puxou para um abraço – na verdade quase o esmagou entre os seus braços. Finalmente ele me percebeu atrás de Edward. - Uau! Voltou em grande estilo... – soltou Edward tentando recuperar o fôlego e estendeu a mão para mim – Emmet! O prazer será todo seu, gata...
Não pude deixar de sorrir com sua gracinha e retribuir o cumprimento. Mas antes que eu me apresentasse, Edward se pos ao meu lado, me puxando pela cintura.
- Ela se chama , e já estamos de saída... – tentou se virar, mas Emmet parecia não desistir nunca.
- Espera aí, cara. A gente não se vê a um zilhão de anos e é assim que você me trata? – pareceu realmente ofendido.
- Ok, Emmet... o que você quer? – Edward questionou. Os olhos de Emmet brilharam, vitoriosos.
- Você sabe... ganhamos a partida, então... festa de sempre, no lugar de sempre...
- Com as pessoas de sempre... – Edward desdenhou.
- Pelo visto, não mesmo... – Emmet me olhou da cabeça aos pés.
- Temos outros planos, Emmet. Mas obrigado pelo convite!
- Espera! – detive Edward – Na verdade ainda não temos nenhum plano... Uma festa parece ser uma boa idéia! – fiz cara de pidona, acariciando o colarinho de sua camisa. Na verdade a idéia de uma festa era perfeita, levando em conta que meu projeto atual era tirar aquela máscara de seriedade do rosto de Edward.
- Não sei... – respondeu, parecendo indeciso.
- Combinados, então! Vejo vocês mais tarde! – Emmet se despediu alegremente, e sumiu entre as pessoas.
Caminhamos até o carro em silencio. Edward continuava pensativo, acho que talvez se decidindo se continuaria vivendo em completa reclusão, ou se abriria-se para o mundo de uma vez.
- Ok! Vamos para essa bendita festa! – falou assim que abri o veículo. Pulei em seu braço de felicidade – com uma condição... – tomou as chaves da minha mão – eu dirijo!
Não me opus, e entrei alegremente no banco do passageiro. Festa para mim significava: diversão, bebida, dança... ou seja, uma maneira mais do que eficaz de deixar Edward completamente louco!



Capítulo 4 - Festa



Com Edward assumindo o volante, em poucos minutos estacionávamos o carro em frente ao bar luxuoso onde deveria estar acontecendo a festa.


Saímos do carro, e eu fiquei a observar as pessoas vestidas com as cores do time de Edward que adentravam ao bar. A festa não parecia aberta a todos, isto estava claro pelo fato de ter um segurança enorme bloqueando a porta do bar. E nem era uma festa para qualquer um, já que ele selecionava os que podiam ou não entrar apenas olhando-os, como se conhecesse todos os freqüentadores.


Edward se pôs ao meu lado, pegando em minha mão, e me puxou em direção ao bar.


- Espero não me arrepender disso. – balbuciou, talvez para si mesmo.


- Boa noite, Sr. Cullen, há quanto tempo! – o segurança o cumprimentou.


- Boa noite, Phill – Edward o cumprimentou rapidamente, e adentramos à festa.


Dentro do bar, o ambiente parecia ainda mais requintado. Algumas mesas estavam distribuídas pelo salão, onde grupos diferentes se aglomeravam e eram servidos pelos garçons que não paravam de passear pelo lugar com suas bandejas cheias. Um telão enorme transmitia os melhores lances do jogo, enquanto os grupos pareciam discutir sobre eles. A luz baixa e uma música de fundo deixavam o ambiente interessante.


- Eu disse que não era nada de mais... tem certeza de que não quer ir para outro lugar? – Edward sussurrou em meu ouvido.


Apesar de estarmos de mãos dadas, o que já era suficiente para que meu corpo reagisse, me arrepiei dos pés à cabeça quando seus lábios se aproximaram do meu ouvido. Eu realmente não tinha controle sobre mim perto dele. A idéia de nós dois juntos, de preferência sem roupa alguma, em qualquer outro lugar, se tornava cada vez mais e mais interessante.


- Edward! – Emmet nos viu de longe, e se levantou de onde estava vindo em nossa direção - Não acredito que voce veio, cara! – nos cumprimentou.


- Nem eu, Emmet, nem eu. – Edward comentou, enquanto seus olhos percorriam o ambiente, como se encontrasse em cada rosto um motivo para não estar ali. Aquilo estava me intrigando.


- Os caras disseram que eu estava mentindo quando falei que encontrei no jogo. Quero só ver as caras deles...


- Estamos muito bem aqui, Emmet. Pode deixar. – Edward o cortou, de forma fria. Ele nunca havia agido daquela maneira com ninguém em minha frente.


- Tudo bem, mano. Fiquem à vontade. – Emmet disse, e saiu sem jeito.


- Por que o trata dessa maneira? Ele pareceu ser uma pessoa legal. – o defendi.


- Esse é o problema de Emmet. Ele é legal demais, com todos, inclusive com os que não merecem – Edward disse de forma dura, e percebi que finalizando o assunto. Guardaria aquelas informações para explora-las em outro momento.


- Venha. Esqueça essas bobagens, e vamos apenas nos divertir. – O puxei pela mão até o balcão das bebidas.


Nos sentamos lado a lado, e pedimos duas cervejas. Enquanto bebíamos, Edward tentava me explicar os lances que eram transmitidos no telão, e se divertia com minha expressão confusa.


Como o ambiente não estava frio, retirei o casaco, e o depositei sobre outro banco. Edward olhou-me dos pés à cabeça, com uma expressão de desejo. Eu vestia uma calça jeans extremamente colada, e uma blusa do Chelsea também colada, e propositalmente decotada.


Saltei do banco, e caminhei lentamente até ele. Me posicionei estrategicamente entre suas pernas, apoiando minhas mãos em suas cochas firmes. Não desgrudei meus olhos dos dele em um só segundo. Minha parte eu já tinha feito, agora era a sua vez de agir.


Edward não me decepcionou. Suas mãos me puxaram pela cintura, colando de vez os nossos corpos, e sua boca tomou a minha com vontade. Talvez o álcool o deixasse mais solto, não sei, mas estava adorando cada vez que suas mãos escorregavam sobre as minhas costas, e quase chegavam à parte superior do meu bumbum. Seus lábios pareciam ainda mais famintos do que antes.


Permanecemos assim, bebendo e nos curtindo por algum tempo, até sermos interrompidos por alguém.


- Ora, ora! Quem vemos aqui... Edward Cullen! – há um segundo atrás Edward estava sorrindo com algo que eu havia dito, e agora encarava alguém que havia falado atrás de mim com uma expressão de raiva.


Virei-me para ver quem era o alvo desse olhar, e me deparei com um rapaz loiro, de olhos azuis, com o cabelo muito bem arrumado. Deveria ser um riquinho mimado, do tipo que imaginava que Edward seria.


- Cai fora daqui, Mike. – Edward disse num tom grave que me surpreendeu mais uma vez.


- Se escondendo de nós, Cullen? – Mike falou num tom debochado, e pude ver mais três caras que se aproximavam de nós, com a mesma expressão de deboche. – ou será que queria esconder outra coisa?... – os olhos do loiro percorreram meu corpo, que ainda estava entre as pernas de Edward, mas agora de costas para ele e de frente para Mike. Edward saltou de repente do seu banco, ainda com as mãos em volta da minha cintura, e já ia me puxando para outro lugar, mas Mike o interrompeu, segurando em meu braço.


- Qual o seu nome, delícia? – perguntou para mim. Não respondi, mas ele também não me soltou, e pude ver que Edward reagiria a qualquer momento – Em outros tempos o Cullen compartilhava TUDO com os amigos, o que houve agora? – o provocou.


Não entendi suas palavras, mas podia sentir que se referiam a mim com o intuito de provocar Edward ainda mais. Como esperado, Edward reagiu ao seu comentário, e quando partiu para cima de Mike, me posicionei em sua frente para impedi-lo.


- Edward é homem demais para mim, se é que voce me entende – respondi à provocação no mesmo tom, antes que Edward fizesse alguma coisa - Então não sobra nenhum pedacinho de mim para uma coisinha como voce – finalizei, o fitando com desdém.


Se a vida havia me ensinado algo, era me defender apropriadamente de tudo e de todos. Nesse caso, defendia Edward, pois a atitude de Mike me enraiveceu como se tivesse se dirigido a mim. Edward já tinha problemas demais, tristezas demais, não precisava de um idiota atravessando o seu caminho. Surpreendi-me com o instinto de proteção que ele havia despertado em mim. Quanta contradição!


Enquanto pensava sobre isso, não pude deixar de rir com a cara de idiota que Mike havia ficado. Até seus próprios amigos tentavam conter sem sucesso os risinhos de deboche. Vermelho de raiva – ou de vergonha – Mike colocou seu rabinho entre as pernas e se afastou de nós. Ainda pude ouvir um “isso não vai ficar assim” saindo de sua boca. Mas não tinha medo dele. A única coisa que temia era ter estragado a nossa noite perfeita.


- Obrigada! – Edward sussurrou em meu ouvido, quando eles já haviam ido embora. Virei-me para encara-lo, mas não consegui reconhecer a emoção que transparecia em seus olhos.


- Alguém tinha que coloca-lo em seu lugar – respondi sorrindo, tentando suavizar o clima, mas Edward continuava a me encarar da mesma maneira.


- Então acha mesmo o que falou, ou disse aquilo só para aborrece-lo? – ele questionou, e percebi que minha resposta era de total importância para ele, pelo modo como me encarava.


Antes de responde-lo, pus suas mãos em minha cintura, e segurei seu rosto entre minhas mãos, aproximando meu rosto do dele.


- Sim. Desde que te conheci, não há espaço para mais ninguém, além de voce... – falei com toda a sinceridade que ainda me restava.


Mal terminei de falar, seus lábios capturaram os meus de forma intensa. Apesar do beijo maravilhoso, minha mente girava e girava, sem conseguir ordenar os pensamentos. O que eu queria dizer com aquilo? Meu corpo ainda poderia ser dividido entre ele e Jacob. Minha vida estava presa à armadilha que eu havia traçado para Edward. Mas havia algo meu de que ele agora era dono absoluto: dos meus pensamentos. Mais uma vez tive medo de que meu coração também estivesse exposto para ele em uma bandeja. E temi mais ainda que já fosse tarde demais.


- Percebeu agora por que evito lugares assim? – Edward perguntou ofegante, encostando sua testa à minha, enquanto recuperávamos o fôlego.


- Não pode deixar que outras pessoas decidam sua vida por voce. Que se dane o Mike ou todos os outros mauricinhos da sua laia! Aprendi que é melhor enfrentar as situações difíceis, do que simplesmente deixar de viver. – falei, ainda abraçada a ele. Deus! Como eu me preocupava com a sua felicidade! Isso não podia estar acontecendo.


- Voce não entende. – Ele disse, com um sorriso triste no rosto.


- Então me explique – pedi. Queria tanto entende-lo, e poder ajuda-lo de alguma forma. “Não, ! Quanto mais vulnerável ele estiver, melhor para voce”, me repreendi. Mas, como havia concluído antes, era tarde demais para tentar retomar meus planos iniciais.


- Um dia, quem sabe... – concluiu, acariciando meu rosto e me dando um beijo de leve.


Uma música começou a tocar um pouco mais alto do que as anteriores, e percebi um grupo de pessoas indo em direção ao centro do salão. Dançar era uma boa maneira de retomar a diversão da noite. Sem pensar duas vezes, sai puxando Edward pela mão em direção à aglomeração.


The Time (Dirty Bit)
Black Eyed Peas

I had the time of my life
And I never felt this way before
And I swear this is true
And I owe it all to you
Oh I had the time of my life
And I never felt this way before
And I swear this is true
And I owe it all to you

Dirty bit (2x)

I came over here to rock
Light a fire, make it hot
I don't wanna take no pictures
I just wanna take some shots

So come on, let's go
Let's lose control
Let's do it all night
Till we can't do it no more

People rocking to the sound
Turn it up and watch you pound
We gon rock it to the top
Until the roof come burnin down

Yeah it's hot in here
The temperature
Has got these ladies
Gettin freaky

I got freaky, freaky baby
I was chillin with the ladies
I ain't come to get buldgy
I came here to get crazy
I was born to get wild
That's my style
If you didn't know that
Well baby now you know now

Cos I'm having a good time with you
I'm telling you

I had the time of my life
And I never felt this way before
And I swear this is true
And I owe it all to you
Oh I had the time of my life
And I never felt this way before
And I swear this is true
And I owe it all to you

Dirty bit (2x)



O momento (parte obscena)
Black Eyed Peas

Eu tive o momento mais divertido da minha vida
E eu nunca me senti assim antes
E juro que é verdade
E devo tudo a você
Eu tive o momento mais divertido da minha vida
E eu nunca me senti assim antes
E juro que é verdade
E devo tudo a você

(Parte obscena) 2x

Eu vim aqui para arrasar
Tocar fogo, aumentar a temperatura
Eu não quero tirar foto
Eu só quero tomar umas doses

Então vamos, vamos nessa
Vamos perder o controle
Vamos fazer a noite toda
Até não aguentarmos mais

As pessoas estão dançando com a música
Aumente o som, quero ver você dançar
Nós vamos agitar até o fim
Até a casa cair

É, está quente aqui
A temperatura
Deixou essa mulherada
Pirando

Eu fiquei louca, louca, baby
Eu estava relaxando com as minhas amigas
Eu não vim pra aparecer
Eu vim pra perder a cabeça
Eu nasci pra ser selvagem
Esse é o meu estilo
Se você não sabia disso
Bem, amor, agora você já sabe

Porque eu estou me divertindo pra valer com você
Estou te dizendo

Eu tive o momento mais divertido da minha vida
E eu nunca me senti assim antes
E juro que é verdade
E devo tudo a você
Eu tive o momento mais divertido da minha vida
E eu nunca me senti assim antes
E juro que é verdade
E devo tudo a você

(Parte obscena) 2x


Enquanto andávamos por entre as pessoas, um momento de lucidez me ocorreu.


“Só essa noite”, pensei comigo mesma. Só essa noite, e nada mais. Era tudo o que eu podia dar, sem correr maiores riscos. Faria dessa noite a melhor da vida de Edward. Amanhã de manhã tudo seria diferente. Mas esta noite eu seria inteiramente dele.


No fundo eu sempre soube que não poderia resistir mais do que isso. Se ficássemos juntos um pouco mais de tempo, me apegaria a ele de forma irreversível.


Então passaríamos a noite juntos. Eu tentaria lucrar o que pudesse – ou não – e amanhã partiria da sua vida, para nunca mais voltar.


Talvez ele nem sentisse tanto ódio de mim, sabendo que lhe proporcionei momentos inesquecíveis. Ou talvez apagasse da sua memória tudo que estava prestes a acontecer. Mas para o meu bem e próprio bem dele, só poderia lhe oferecer isso: uma noite.


Jacob não ficaria nadinha satisfeito, mas era o melhor a se fazer. Meu coração estava balançado demais por Edward. Decidida, continuei andando com ele em meu encalço. Se o encarasse, ele veria as lágrimas em meus olhos por ter que deixa-lo em breve. Como pude deixar a situação chegar a esse ponto?!


Chegamos ao centro do salão, e afastei esses pensamentos momentaneamente. Queria apenas aproveitar nossos últimos momentos. Queria seduzi-lo. Queria desfruta-lo. Queria fazer tudo o que eu tinha direito e não tinha.


De costas, colei meu corpo ao seu, segurando-o pelo quadril, e rebolei no ritmo da dança. Para minha surpresa, Edward seguia habilidosamente o meu ritmo, distribuindo beijos e mordidas em meu pescoço. Suas mãos acariciavam minha barriga de forma sensual. Fechei os olhos, e aproveitei o contato entre nossos corpos.


Quando abri os olhos, percebi o grupinho de Mike a nos observar. Entre eles, estava Emmett, que se destacava dos demais por ter uma expressão divertida no rosto. Todos os demais me encaravam com luxúria. Estavam claramente morrendo de inveja de Edward. Isso explicava o que Edward havia dito sobre Emmett ser legal com quem não merecia.


Virei-me de frente para Edward, e joguei meus braços sobre seu pescoço. Não queria encara-lo, e pensar em nossa separação iminente. Fechei os olhos novamente, e o beijei quase que de forma desesperada. Uma de suas mãos entrelaçou-se em meus cabelos, enquanto a outra me puxava pela cintura com força. Já podia sentir seu membro rijo crescendo contra mim.


Jamais esqueceria o doce gosto de seus lábios. Jamais esqueceria seu cheiro tão peculiar. Jamais esqueceria o toque único de suas mãos. E isso só me fazia quere-lo mais e mais. Nossas línguas dançavam de maneira tão sensual, que tenho certeza de que já chamávamos a atenção de todos. Mas eu não estava satisfeita.


Quebrei o beijo sem qualquer aviso, e puxei Edward novamente por entre as pessoas. Ele colou seu corpo ao meu, talvez na tentativa de esconder sua ereção, e me seguiu sem dizer uma palavra sequer.


Assim que estávamos fora da vista de todos, o joguei contra uma parede, e voltei a beija-lo, faminta por mais e mais dele. Mordisquei seu lábio inferior, depois desci os beijos de seu queixo até o pescoço. Minhas mãos, ávidas por sentir cada centímetro do seu corpo, deslizaram sobre seus braços fortes, depois sobre seu peitoral, seguindo por seu abdome, até chegar exatamente onde eu queria. Sem qualquer pudor, desci os dedos sobre seu membro, acariciando-o por cima da calça. Um gemido de prazer irrompeu por seus lábios.


- Voce quer me deixar louco, não é?! – indagou ofegante.


- Exatamente! – sussurrei em seu ouvido, depois mordi o lóbulo de sua orelha.


Em um instante eu o dominava, ditando as regras daquele jogo, e no outro era ele quem me prensava contra a parede, segurando meus braços entre suas mãos sobre minha cabeça. Arfei de prazer.


- Pois eu quero fazer o mesmo com voce – respondeu em meu ouvido, e depois sua língua começou uma tortura deliciosa em minha orelha.


Involuntariamente meus quadris arqueavam-se, buscando por um contato maior entre nós. Ele percebeu meu desespero, e sem demora levantou uma de minhas pernas, envolvendo-a em seu quadril. O contato maior entre nossos sexos, mesmo sob nossas roupas, era enlouquecedor.


Suas mãos soltaram meus braços, que caíram inertes pela laterais do meu corpo, e envolveram mais uma vez a minha cintura. Também sem cerimônia, subiram por minha barriga, até envolverem totalmente os meus seios. Contorci-me com seu toque firme, enquanto ele continuava a distribuir beijos e mordidas em lugares estratégicos.


- Vamos embora daqui! – sussurrou em meu ouvido, e tive forças apenas para concordar com um aceno.


Eu que imaginava proporciona-lo prazer como nunca, estava a mercê de suas habilidades. Edward poderia fazer o que quisesse de mim.


Nos ajeitamos, e rapidamente estávamos dentro do seu carro, correndo à toda velocidade para um lugar qualquer, onde ele pudesse me possuir de uma vez por todas.


Enquanto Edward dirigia, não pude deixar de admira-lo, tentando fixar cada um de seus traços em minha memória. Mas eu não podia voltar atrás. Essa seria nossa primeira e única vez juntos. Meus planos estavam traçados, e amanhã de manhã Edward se arrependeria por ter confiado em mim.


Folhetim
Chico Buarque
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que é o maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim


Capítulo 5 - Virada



Reconheci o caminho para a casa de Edward, e me senti feliz internamente. Ele não levaria uma qualquer para passar a noite em sua casa. Pelo que sabia, não era do seu feitio receber mulheres em sua residência. Então eu era realmente uma pessoa importante para ele. Tentei afastar esse pensamento da minha mente, já que a partir de amanhã eu não teria mais tanta importância em sua vida.


Logo estávamos atravessando a porta da casa de Edward lado a lado. Assim que a porta se fechou, me surpreendi ao ser suspendida do chão. Edward havia me colocado em seus braços, e com um sorriso encantador subia as escadas. Joguei meus braços sobre seu pescoço, e aproveitei para distribuir beijos em seu pescoço, perigosamente exposto próximo à minha boca.


Depois de subir a escada às pressas comigo em seus braços, Edward abriu uma das várias portas enfileiradas em um imenso corredor com o pé, e depois de adentrarmos ao cômodo, a fechou da mesma maneira. Apesar de não haver luz artificial, a luz da lua adentrava pela janela e iluminava o ambiente de maneira perfeita. Edward não estragou o clima, e caminhou comigo ainda em seus braços em direção a uma cama enorme que se posicionava no meio do quarto.


Deitou-me sobre ela, e permaneceu me observando por alguns segundos. Um friozinho de ansiedade correu em minha barriga, e nesse momento senti como se estivesse diante de um homem pela primeira vez. Havia planejado proporcioná-lo diversas formas diferentes de prazer naquela noite. Mas olhando-o me observar percebi que estava totalmente a mercê de suas vontades.




Sem desgrudar os olhos dos meus, Edward posicionou-se sobre mim, e tomou meus lábios com os seus. Rapidamente nossas roupas foram retiradas, e nossas peles entravam em contato de forma quase explosiva. Suas mãos acariciavam meu corpo, como se em reconhecimento, e eu fazia o mesmo. Nossas línguas, quando não estavam unidas, percorriam a pele um do outro, saboreando nossos gostos.


Edward era um amante perfeito. Cada toque, cada sussurro, cada beijo, tudo nele me levava à loucura.


Suas mãos firmes me puxaram de repente, me pondo sentada em seu colo. Entrelacei minhas pernas em seu quadril, e o contato entre nossos sexos nos fez gemer de prazer. Seus lábios quentes caminharam de meus lábios até o meu colo, e quando finalmente envolveram um dos meus seios, uma onda de prazer me inundou. Sua língua dançava sobre meus seios habilidosamente, o que me deixava cada vez mais pronta para recebê-lo. Mas eu também queria prová-lo.


Puxei o seu rosto para beijá-lo uma vez mais, e senti que era o momento de sentir o seu sabor. Desci meus beijos sobre seu pescoço, peito e abdome. Quando cheguei em sua virilha, ele arfou. Sorri de satisfação.


Envolvi seu membro em minhas mãos e o estimulei, para depois deslizar minha boca por toda a extensão. Com as habilidades que eu tinha, em poucos segundos Edward já se contorcia de prazer sob mim. Eu também delirava, afinal seu gosto era delicioso, e seu tamanho era impressionante.


Quando percebi que seu gozo estava prestes a vir, Edward me surpreendeu, afastando-me delicadamente, para depois se jogar sobre mim na cama. Seus lábios devoraram cada centímetro do meu corpo, e assim como eu fizera antes, chegaram até minha intimidade. Nunca havia provado tanto prazer quanto o que Edward me proporcionava, enquanto sua língua saboreava meu sexo.


Ele então se afastou um pouco para por um preservativo, e depois colou nossos corpos novamente. Era maravilhoso senti-lo tão próximo a mim. Fechei meus olhos quando senti seu membro sendo posicionado em minha entrada, mas ele não continuou.


- Abra os olhos, – ele pediu, sua voz rouca me deixando ainda mais excitada, e obedeci.


Não deveria ter aberto meus olhos.


Edward invadiu meu corpo com avidez, e percebi muitas emoções passarem em seu rosto enquanto ele me possuía. Prazer, desejo, ternura, e uma pontada de desespero. Todas essas emoções pareciam refletir o que provavelmente transparecia em meus próprios olhos. A cada investida, Edward me proporcionava um prazer inimaginável. A cada segundo que se passava, o queria mais e mais para mim. Cada vez que me tocava com carinho, a vontade de retribuir aumentava. E tudo isso só me deixava mais desesperada por ter que deixá-lo na manhã seguinte. Por que eu simplesmente não queria que aquilo acabasse.


Suas investidas se tornaram cada vez mais e mais intensas, e atingimos juntos o ápice do prazer. Ele se livrou da camisinha, e logo colou seu corpo ao meu, posicionando-nos de conchinha na cama. Agradeci aos céus por não ter que encará-lo naquele instante, já que eu estava chorando em silencio. O tempo que levei para me acalmar foi o tempo que ele levou para se recuperar, e logo me puxou para si, possuindo-me uma vez mais.


E assim passou-se o restante da noite. Nossos corpos se fundiram duas, três, quatro vezes mais. Edward parecia nunca estar satisfeito, e eu queria aproveitar ao máximo aqueles momentos. Por fim desabamos exaustos, entregando-nos ao sono.


Abri os olhos e me espreguicei sobre a cama macia. Em poucos segundos minha mente reconheceu o lugar. Eu estava na casa de Edward.O quarto estava escuro, já que as cortinas haviam sido fechadas. Retirei os lençóis que me cobriam, e me levantei.


Procurei Edward pelo quarto, mas não o encontrei. Caminhei até a outra parte do quarto e avistei uma mesa incrivelmente bem abastecida com todos os tipos de alimentos típicos de um bom café da manhã inglês. Aproximei-me, e percebi uma rosa vermelha em cima de um bilhete.


Infelizmente tive alguns compromissos de trabalho. Sinto muito não te-la acordado, mas não tive coragem. Voce parecia um anjo enquanto dormia. Não me despeço, pois ainda quero encontra-la aqui quando eu voltar.Edward Cullen.



Poderia existir um homem tão perfeito como Edward Cullen? Não. Não existia. E principalmente, eu não o merecia. Lembrei-me instantaneamente que eu estava aqui com um objetivo, então deixei o bilhete e a flor na mesa, para me concentrar no que deveria fazer.


Antes de qualquer coisa tomei um bom banho no banheiro de Edward – tão imenso quanto todos os cômodos da casa -, vesti minhas roupas, e me fartei com o delicioso café da manhã que havia sido preparado para mim. Fiz tudo lentamente, talvez tentando adiar ao máximo pensar no que eu faria.


Mas não havia jeito. Sempre soube que aquele era um caminho sem volta, então deveria assumir as conseqüências dos meus atos. Nesse caso seria ter que esquecer Edward para sempre, e agüentar a raiva de Jacob. Quando à segunda parte, poderia ser até amenizada, caso minha noite se tornasse produtiva de alguma maneira.


Era a hora de a fria a calculista reassumir o controle. Edward estava perdido para mim. Nunca o teria, então era melhor remediar a situação de alguma forma. Revistei seu quarto com os olhos, em busca de algo valioso, mas nada achei, além de relógios e produtos eletrônicos. Eu e Jacob não éramos ladrões pés-de-chinelo. Como ele sempre dizia, o investimento deveria ter retorno considerável. Se ele soubesse como me sentia recompensada apenas pelo privilégio de ter conhecido Edward...


Não. Eu não tinha coragem de fazer isso com ele. Edward havia me dado demais, apenas por me tratar como alguém realmente especial. E ele já sofreria quando eu o deixasse sem nenhuma explicação, depois de tudo o que vivemos ontem à noite. O que eu faria? Jacob teria vontade de me matar, mas eu simplesmente não conseguiria fazer algum mal a Edward.


Sem pensar duas vezes, peguei minha bolsa, juntei todas as minhas coisas, e saí correndo do quarto de Edward. Quando dobrei o corredor em direção à escada, esbarrei em alguém. Ofegante, percebi que era Esme, a governanta da casa de Edward.


- Bom dia, senhorita! Aonde pensa que vai? – perguntou, enquanto se abaixava para pegar algumas peças de roupa que haviam caído no chão com o nosso encontro súbito.


- Bom dia... – respondi ofegante, abaixando para ajudá-la – Me desculpe...


- Não se preocupe. – tirou as roupas das minhas mãos gentilmente. – Mas não estava indo embora, estava? – indagou novamente.


- Tenho um compromisso. Preciso ir... – me justifiquei, mentindo, como sempre.


- Meu menino ficará muito triste... – ela lamentou – Mandou que eu fizesse um almoço especial. Sabe há quanto tempo ele não almoça em casa? – exigiu.


- Sinto muito. Mas tenho mesmo que ir... – porque afinal eu estava me explicando?


- Deixe ao menos eu chamar um táxi para você. – ela pediu.


- Não se preocupe, vim de carro ontem...


- Ah... sinto informá-la, mas o pneu do seu carro amanheceu vazio. Deve ter furado ontem à noite Não se preocupe, o motorista de Edward ira consertá-lo mais tarde.


Olhei para ela, sem acreditar na minha falta de sorte. Será que a velha estava mentindo? Mas ela não tinha motivos para isso. Eu era a mentirosa da estória, não ela.


- Pode pedir o táxi, então. – falei resignada – vou esperar no quarto – afinal não estava disposta a ficar na companhia daquela senhora intrometida.


- Ok. Vou ligar agora mesmo. – desceu as escadas sorrindo, enquanto eu voltava para o quarto quase chorando.


Quando dei de cara com o corredor, percebi que não fazia idéia de qual daquelas portas seria a do quarto de Edward. Respirei fundo e caminhei em direção à primeira. Verifiquei que não era esse o quarto, e pulei para o próximo, e para o próximo, até que abri uma porta e dei de cara com um cômodo que me chamou bastante atenção.


Era um quarto, ainda mais luxuoso que o de Edward. Em cima da cama havia uma foto enorme de um casal. Eram os pais de Edward. Mas o que chamou mesmo a minha atenção foi a quantidade de flores que estavam espalhadas pelo lugar. Havia flores na cabeceira, nas janelas, em uma mesa na ante-sala. Fechei a porta atrás de mim, e entrei ainda mais para examinar o ambiente.


Os móveis eram todos em tons claros, assim como o resto da casa, e havia fotos da família por todos os lugares. Olhei o closet ao fundo do quarto, e constatei boquiaberta que ainda estava repleto de roupas.


Aproximei-me de lá. Havia diversos ternos e vestidos de grifes finas enfileirados em cabides, além de sapatos e mais sapatos italianos. Um perfume peculiar tomava conta de todo o ambiente, misturando-se ao cheiro das rosas.


Uma caixa me chamou a atenção, posicionada em uma prateleira exclusivamente para ela. Era dourada, e totalmente trabalhada. Pelo pouco que conhecia sobre metais valiosos, parecia ser feita em ouro. Seu tamanho era mais ou menos o de uma caixa de sapatos, e em sua tampa fixavam-se dois corações entrelaçados.

Abri a caixa, e um som delicado encheu o quarto. Fiquei deslumbrada com a quantidade de jóias que ela guardava. Diamantes, pérolas, esmeraldas, rubis. Anéis, colares, pulseiras. Era o sonho de consumo de qualquer mulher. Era o sonho de consumo de qualquer golpista.


O meu celular tocou em minha bolsa, que estava na ante-sala do quarto, e o susto fez com que eu soltasse a tampa da caixa, e a música cessasse quando ela se fechou.


Caminhei até lá, e peguei o telefone. Olhei o visor, e constatei que era Jacob. Não podia ignorar, já que ele deveria estar louco por notícias.


- Oi, Jake. – atendi.


- Que desanimo é esse, garota? O riquinho não deu no couro? – debochou.


- Muito engraçado. Fala logo, pois tenho que desligar.


- Por que? Estão ocupados – sua voz parecia empolgada com a idéia – bufei em resposta – Tudo bem, tudo bem. Precisamos conversar sobre os planos. Aconteceram alguns imprevistos, então precisaremos fazer algumas mudanças.


Será que ele havia desistido? Senti uma breve esperança com a notícia. Breve por que de qualquer forma eu iria embora da vida de Edward. Mas pelo menos não causaria mais danos.


- Ok. Voltarei o mais rápido possível – respondi.


- E eu estou esperando. Beijo, delícia.


Não respondi, apenas desliguei o telefone e me virei para ir embora.


Mais uma vez dei de cara com alguém. Mas desta vez meu coração bateu ainda mais acelerado, já que era Edward. Como não percebi que ele havia entrado no quarto?!


- O que faz aqui? – questionou, com os olhos estreitos.


- Esse corredor é imenso. Já vasculhei meia dúzia de quartos e ainda não encontrei o seu – o que não deixava de ser verdade.


- Eu lhe mostro então – pegou em minha mão, e esse simples ato amoleceu meu corpo – mas antes... – me puxou para junto de si – quero um beijo.


Não me neguei, nem tinha forças para isso. Apenas senti seus lábios colando-se aos meus, sua língua roçando á minha, tentando memorizar aquela sensação.


- Vamos. – me puxou pelo braço para sairmos do quarto. Dei uma ultima olhada em direção à caixa dourada.


- Na verdade tenho que ir... – expliquei.


- Ouvi você dizer. Não quero parecer ainda mais intrometido, mas quem era ao telefone? Seu irmão? – questionou.


- Sim. Era Jacob. – respondi, enquanto voltávamos a caminhar de mãos dadas, mas desta vez em direção à escada.


- Algum problema entre vocês – perguntou, parecendo preocupado.


- Não é nada demais. É que Jacob é um pouco super protetor, então ficou preocupado por eu ter dormido fora – inventei. Na verdade ele tinha adorado.


- Sinto muito se lhe causei problemas – pediu . Era demais ver o quanto se preocupava comigo. – Posso levá-la depois do almoço. O que acha? – pediu.


Só mais um pouco. Só mais um pouco e você vai embora de vez. Não é demais pedir mais alguns momentos


- Tudo bem! – confirmei, e ele abriu o seu sorriso magnífico de sempre.


Assim como prometido, depois do almoço Edward me levou até o hotel. Não me arrependi por ter passado esses últimos instantes com ele. Pude ver o quanto Edward era cordial com seus empregados – na verdade os tratava como se fossem da família, e ainda pude desfrutar da sua companhia mais um pouco. Seu jeito carinhoso era encantador. Sempre me tocando, me beijando, reparando em cada uma das minhas reações. Seria um sonho tê-lo só para mim pelo resto da vida. E meu coração doía quando pensava que em breve iria deixá-lo.


Rápido demais ele estacionou o carro em frente ao hotel, e paralisei sem saber o que fazer. Seria mesmo a nossa despedida?


- Se quiser, posso descer e conversar com seu irmão. – falou acariciando minha mão, como perfeito cavalheiro que era. Talvez pensasse que Jacob

20 comentários:

  1. eita
    essa promete hein
    sou Team Jacob
    mas vou acompanhar msm assim

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  2. Esse golpe vai feder!
    Mas essa fic começou power!
    Eu, nuinha da silva, deitada em milhões de dólares com um homem gostoso me lambendo toda!
    Oh sonho de consumo de toda a mulher! aushauhsuhasuahus
    Tô vendo que vô me xonar pelo Eduzinho!
    A fic é TEAM quê?

    Kisses da Baby

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  3. Ok ameiii de mais essa fic
    E por favor diva
    Posta mais logo tá
    Kisses

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  4. OMG que medo de mim sou uma ladra!rsrsrs essa fic promete enh!! aguardando as att bjs

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  5. O.O ohhhhhhhw!!!
    Sou + team Jacob... + vou acompanhar a fic,ela promete!
    Posta logo o 2° cap se não eu puxo o seu lindo pézinho a noite e te levo pro inferno!!!!!
    Brinks,+ falando sério,NÃO DEMORA PRA POSTARRR,SOU NOVA D+ PRA MORRER!!!

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  6. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh *------*
    Já super gamei na sua fic *-*
    Essa fic promete...
    Já começou bombando esse prólogo, ja viciei!Pode contar comigo para ler sua fic...
    Posta logo pelo amor de deus!
    Bjos

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  7. Nossa eu e o Jake armando para roubar o dinheiro do Edward, acho que eu estou brindando muito com fogo e vou sair queimada, tenho certeza. Afinal, não vou ser eu quem vai roubar de verdade, vai ser o Edward que vai roubar o meu coração. Espero que o Jake aprenda, afinal, se ele me ama de verdade, vai parar com isso antes que seja tarde demais, antes que eu me apaixone pelo Edward
    Tá muito linda a sua fic,muito linda.]beijos

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  8. OPAAA
    Isso promete heeein
    Bom,to amando a fic diva,de verdade
    Posta logo tá
    Kisses

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  9. Que isso hein? Melhor que o prólogo... Gamei mais ainda *-*
    E que que foi aquilo meu deus? O edward para um viuvo,sozinho e "triste" estava beeeeeem....soltinho.
    Isso vai ser interessante (6' USHAUSHAUSHAUHSUAHSUA
    Posta logo por favor

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  10. aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh!!!!!
    por que edw tem que ser tão envolvente??
    continue nos surpriendendo, estou adorando, até a próxima.
    team edward e d++++
    bjs
    gina

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  11. AAA essa fic é TDB sou team Jacob mas essa fic esta prendendo tanto minha atenção 0-0 hehe nossa já estou começando a me encantar pelo Edward isso vai ser muito perigoso para os meus plano e do Jake mas vamos ver no q vai dar neh aguardando att bjs

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  12. Puts.... Edward ali animadinho e para pq nao qr estragar o momento?
    "Quero que tenha certeza de que ainda vou lhe desejar amanhã de manhã." Quer me matar? D:
    Eu quero um desses pra mim T-T
    Eu toda encantada pelo Ed... Logo no 1 encontro... Isso vai feder...

    Mulher, vc é mto diva *-* Sua fic ta me envolvendo de uma maneira... Que se vc deixasse de escrever eu iria na sua casa puxar seu pé no meio da noite... e Olha q estamos no segundo capitulo.
    Essa fic será a perdição da minha personagem e de mim msm na vida real.

    Nao pare pelo amor de deus, nem demore.

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  13. ESTA MASSSA D++++++++
    BJS

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  14. Tadinha da Esme... Ingenuidade né...
    Ui ui! Essa festa promete hein ahahahahhahaha

    Nao pare de postar... Se vc parar eu morro.

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  15. Oh,deus.
    Eu admito.Chorei com ele capítulo.
    Por que deus,eu tenho que fazer isso pro bem dele.Entendo,mais eu já to amando demasiadamente ele céus.
    Como isso foi acontecer.
    Espero que tudo ocorra bem,e bom vamos ver o que vai acontecer no próximo cap.
    Kisses.
    Amei o cap diva.Amo a fic
    ;*

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  16. Demorei,pq fikei sem net diva.DEsculpaa.
    Ain partiu meu coração.
    Vai ser mesmo nossa despedida?
    Lokinha pra saber
    Kisses

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  17. o cap está PERFEITO, cada vez mais emocionante. não nos deixe anseando por mais, poste logo...
    bjs GINA

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  18. Meu deus! Esse Edward é mto perfeito cara... Eu quero um desses pra mim *-*
    Hey, é impressao minha ou o capitulo nao ta finalizado?
    "Talvez pensasse que Jacob..." Que Jacob o q? Parece q ta faltando coisa...
    Enfim, o cap foi perfeito como sempre... Voce é demais mulher ^^

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  19. Olá Lari!!

    Vc não me conhece, mas eu já ouvi falar mto (bem) de vc!! Sou amiga da Lany, e ela sempre me recomenda algumas fics, e as suas figuram entre essas.Ansiosa como sou por ler, cá estou.
    Então, tenho que dizer que tbm escrevo alguma coisinha,como escritora sou mediocre, mas como leitora sou EXIGENTE!! Foi uma, mais que agradável, surpresa, ler essa sua estória. Normalmente qdo leio uma nova fic,limpo minha mente de todas as referencias anteriores pra não ter conflitos sabe? Até pq, como elas são normalmente baseadas em personagens pré-concebidos, a tendência é que eles tragam algo de suas personalidades...No caso da sua estória, isso não acontece, pelo menos em nenhum momento de todos os capitulos que li até agora, o que é lovável, pq sério, a mesmice me mata! --' kkkkkkkkk
    AMEI o tema, o enredo, o ritmo, as voltas e reviravoltas que encontrei aqui. Mtas vezes qdo leio, penso "Eu teria feito diferente aqui", não pq eu saiba o que estou fazendo, e sim pq sou metida mesmo..hdauhdushuhdsuahuh...Mas no caso da sua fic, eu não mudaria nem uma virgula do lugar!!! Ela é PERFEITA do jeito que é. Por isso, quero dizer PARABÉNS!!! E agradecer por vc compartilhar isso conosco.
    Espero ansiosa pelo próximo post, louca aqui pra reviver cada sentimento despertado em mim por essa fic, fantástica!

    Abraços e Beijos agradecidos,

    Key.

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