11 de julho de 2011

Metamorfose by Jéssica Yasmin

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Cap I – Sunday bloody sunday

Estava correndo sem a permissão de Sam, de novo.

Ele disse que eu não deveria me transformar e proibiu terminantemente que eu ultrapassasse os limites de Forks, mas eu queria vagar por um lugar desconhecido longe de tudo e de todos, ao menos desta vez.

Senti aromas completamente novos e então percebi que já estava chegando a Seattle. Será que eles viriam atrás de mim? Eu esperava sinceramente que não.

Continuei a correr sem rumo pela pequena floresta ao lado da pista, experimentando o gelado da noite começar. Eu não tinha frio, mesmo assim, notei a súbita mudança no clima que qualquer um era capaz de perceber. Diminui a velocidade até parar debaixo de uma árvore com aspecto envelhecido.

Tudo bem, só alguns minutos de descanso e eu voltaria a correr... Afinal, queria estar sozinha e para isso, provavelmente teria que cruzar as fronteiras para outro país. Deitei e coloquei a cabeça sobre as patas dianteiras. Eu tinha tanto o que pensar...

- , porque está fazendo isso de novo? Que droga!

Ah, não acredito! Jacob estava em minha cabeça. Notou minha falta muito mais rápido do que eu imaginava. Aposto que ele foi me procurar arrependido de ter dito tudo aquilo. Eu não queria que ele estivesse sofrendo, mas também não queria ter que olhar pra sua cara, não por enquanto.

Pensei no que respondê-lo e quando tentei colocar meus pensamentos em ordem pra lhe transmitir uma resposta coerente, uma onda de outros pensamentos furiosos e histéricos irromperam em minha mente, causando uma pontada dolorida no centro de minha testa.

Leah me dizia pra voltar, alegando que não queria ser a única garota novamente no meio daquela alcatéia de machos idiotas. Embry e Quil queriam saber onde eu estava, Brady e Collin estavam realmente tristes.

Sam ainda se perguntava por que eu consegui desobedecê-lo, Seth parecia entender que eu precisava de um tempo, e Jake... Bem, ele estava chateado comigo tanto quanto eu estava com ele.
Era exatamente por isso que eu queria sumir no meio do mundo de uma vez por todas. Era pedir demais poder sumir SOZINHA?

- , nem pense nisso. Volta, por favor, nós precisamos conversar!

- Nem adianta Jacob, porque não quero mais te ver. Acabou.

- Você sabe que nunca vai acabar .

- , eu ordeno que você volte. – disse Sam, num tom alfa autoritário. Os outros se calaram instantaneamente.

- Eu não sei por qual motivo Sam, mas não está mais funcionando comigo.

- Se você não vier, sabe que eu vou te buscar. – disse Jacob um tanto quanto desesperado e exausto. Quase podia ver seus olhos implorantes.

- Só me encontraria se eu quisesse Jake. Sabe que eu sou a melhor em apagar e confundir rastros. – estava certa de que ele ou algum outro ficaria totalmente perdido se viesse atrás de mim.

- Você não ousaria. E de qualquer forma, quer queira ou não, eu ainda sou o seu impriting e saberei de ti aonde quer que vá.

Ele estava convicto. Não precisou de muito para quebrar minha armadura como... Como sempre.

Desliguei-me assim que virei humana novamente e me vesti devagar sem realmente querer refletir sobre os últimos acontecimentos. Mas eu teria que fazer isso, alguma hora. Então sentei escorada ao tronco velho, sentindo as folhas caídas e a terra úmida em contato com minhas pernas parcialmente descobertas.

Jacob estava certo. Ele já devia estar sentindo o meu cheiro e minha energia. Eu não ia mais me mover, estava sem forças, sonolenta e faminta... Sim, nós íamos mesmo ter uma D.R, mas não hoje. Esta noite eu o olharia com um enorme desprezo (isso se por acaso eu conseguisse) e então deixarei que me carregue para casa. Cuidar bem é dever da minha alma gêmea, certo?


Alma gêmea... É engraçado porque às vezes eu duvido que sejamos mesmo feitos um para o outro. Ele e eu somos tão diferentes e ao contrário do que todos pensam, nosso impriting não ajudou em muita coisa, quer dizer... O nosso amor é totalmente irracional e incondicional, entretanto, não somos mais pacíficos por causa disso.

Pode ser porque este é o primeiro caso entre lobos do mesmo bando... Só sei que costumamos brigar bastante. Eu sou teimosa, orgulhosa, crítica e autoritária. Ele também. Então nós vivemos praticamente entre tapas e beijos.

É verdade que as borboletas no estomago, o calafrio e as correntes elétricas quando ele fala rouco, me toca ou me beija são uma das coisas que mais gosto nesse processo todo, mas não devo negar a parte em que não sei se consigo lhe dar com todos os seus defeitos. Jacob é autoritário demais e eu digo que ele não pode mandar em mim, simplesmente não pode e nem vai.

Aliás, esse foi o motivo da nossa briga. A possessividade e o ciúme exacerbado dele me sufocam tanto, que eu tive que fugir pela 3ª vez pra tentar esquecer o que ele me disse depois de uma “ceninha” desnecessária. Essa é a primeira que me afasto tanto, simplesmente porque as palavras foram bem mais ásperas.

Cortaram-me tão profundamente quanto um papel pode cortar... Uma ferida fina e tão dolorida. Como pode uma única palavra partir um coração de inúmeras formas?

Tudo começou (ou piorou consideravelmente) quando passei a ver pessoas que Jake gostaria muito de matar. Tudo não passa de um grande exagero da parte dele, em minha opinião.

Então, esta tarde nós brigávamos novamente pelo fato de eu ter amizades vampirescas, e como eu já estava transtornada demais para escutar todo aquele sermão que ele tinha pra despejar em cima de mim, disse com todas as letras que não queria ficar discutindo, eu só queria que ele compreendesse que uma mulher pode ter o homem ou lobo da sua vida e ainda assim possuir amigos, sem nenhum problema.

Bom, eu percebia isso perfeitamente, mas nada entrava naquela mente fechada do meu namorado.



Flashback

- Você vai vê-los de novo?- perguntou em tom de descaso.

- Jake, eu não tenho ronda hoje, mas você tem. Qual é o problema de eu ir?

- Eles não são nossos amiguinhos , põe isso na sua cabeça! – gritou e perdeu a calma de vez.

- São meus amigos sim! Quem não quer contato com eles é você e não eu. – Ia lhe dar as costas, mas lembrei que ainda tinha algo a dizer:

- O engraçado disso tudo é que você pode manter sua linda amizade com Isabella Swan sem que eu possa palpitar, não é mesmo? – devolvi na mesma, sentindo meu corpo tremer próximo ao dele, que estava convulsivo da mesma forma.

- Ela é humana! – disse entre dentes.

- Esquece! Não vale à pena tentar fazer você entender. – cuspi as palavras profundamente irritada e corri para a porta, saindo sem sequer olhar para trás.

Fui direto para a casa dos Cullens porque curiosamente acabei ficando amiga de Rosalie, pelo simples fato de ela ser um tanto quanto grosseira com Bella. Não que eu seja mal amada ou coisa parecida, é só que antes de eu chegar aqui, o meu Jacob era de quatro (literalmente) pela humana que é apaixonada por Edward, e se você quer saber, de vez em quando bate um ciuminho, mas nada grave.

O fato é que quando eu estava sem companhia ou sem compromissos com Sam, ia bater um papo com os frios. Eu não entendia porque poderia ser tão ruim, já que era possível conviver com todos eles. Até Jasper que sempre mantinha certa distancia de mim e era 80% sério na minha frente parecia ser legal e confiável, de certo modo.

É claro que todos da reserva Quileute se opunham ao meu julgamento, mas aceitavam o fato de que eu e Seth tínhamos passe livre pela região deles, pois todas as partes envolvidas estavam interessadas na captura de Victoria. Eu repassava informações todos os domingos e aproveitava para jogar conversa fora. Hoje era um desses dias, apesar de que eu não tinha nada para dizer sobre a maldita vampira ruiva.

Assim que entrei naquela sala ampla, todos perceberam que eu estava meio abalada. Briga com o cachorro, Alice supôs e eu assenti sem graça.

- O que foi? Esqueceu de dar carinho pro pequeno cachorrinho? – brincou Jasper.

Perguntei-me internamente se ele finalmente estava se acostumando com a minha presença ou somente tentando melhorar o meu humor.

Depois de alguns minutos falando comigo, foram se levantando pouco a pouco e acenando... Se despedindo. Só então percebi que quase todos estavam de saída e eu não poderia desabafar com Rose, pois eles estavam indo caçar. Menos Edward (que estava na casa da amada), Carlisle (que tinha plantão no hospital da cidade) e Emmet (que caçara com estes um dia antes).

Rosalie me abraçou franzindo o nariz e eu zombei. Depois disso, ela deu um beijo fofo em seu namorado grandalhão e cochichou algo em seu ouvido. Aparentemente ele concordou e depois a mandou beijos no ar... A relação deles era admirável.

Já ia embora também quando Emmet me puxou cuidadosamente e sugeriu que nós fossemos até a colina. Era óbvio que eu estava triste e precisava de alguém divertido e uma bela vista pra ficar um pouco melhor.

Decidimos ir correndo, mas ele foi um pouco mais lento pra me acompanhar, afinal... Sem me transformar eu não corria tanto. Chegamos até o topo de uma pequena montanha e com a ajuda dele eu consegui subir na parte mais alta e assim que fiquei ereta e suspendi a cabeça, dei de cara com uma cena incrível.

Aquela lagoa escura rodeada de árvores enormes e luzes fracas provindas dos raios de sol, que refletiam timidamente na água. Era tudo tão lindo e tão... Verde.

Ri do meu pensamento, e Emmet, percebendo que eu já estava bem, me abraçara repentinamente de lado esmagando meus ossos, de brincadeira. Eu devolvi seu abraço de urso, mas não sem antes dizer que ele fedia. Em gargalhou tão alto que o som fez eco pela paisagem. E foi então que eu ouvi um rosnado assustador, quebrando aquele momento engraçado por completo.

Virei lentamente, já sabendo o que me esperaria. Oh céus, desta vez... Eu estava ferrada. O vampiro olhou pra mim com uma cara do tipo: e agora? Corro ou brigo?

Obviamente eu não queria ver Jake machucado e nem mesmo o vampiro que me fazia sorrir quando eu estava abatida... Só que parecia inevitável que houvesse contato físico ali. O lobo enorme e avermelhado estava um pouco abaixo de nós com os olhos tão raivosos que tudo o que pude fazer foi me encolher atrás de Emmet, que olhou pra mim e sibilou:

- Calma, ele não que matar você, e sim a mim. Mesmo assim, eu te protejo. Alem disso, adoro uma boa briga! – e mostrou os músculos do braço direito rindo histericamente.

Fiquei indignada. Não era momento para brincadeiras, era? Fosse ou não, nossa distração foi o bastante para que Jake pulasse no pescoço do frio, que sem dó nenhuma agarrou suas patas traseiras e o arremessou contra uma grande castanheira.

- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAO!

Transformei-me rapidamente sentindo meu coração latejar e pulsar de medo. E se meu amor estivesse machucado? Quando cheguei mais perto e passei o focinho por seu corpo checando se tudo estava bem, ele se levantou novamente, pronto pra contra-atacar.

- Jake, por favor. Ele é só um amigo, pare agora. – implorei assustada.

- Não me pareceu que eram somente isso! Saia da minha frente – disse furioso, me ignorando completamente – Saia agora! – gritou exasperado quando notou que eu não havia movido um músculo.

Eu não ia sair, não ia deixar ele se atracar com o vampiro mais forte dos Cullen. Além disso, sabia que Emmet não iria parar se começassem e eu estava me sentindo culpada por tudo aquilo estar acontecendo. Talvez se eu não tivesse ido vê-los...

Sem aviso prévio, Jacob pulou novamente e eu me senti obrigada a intervir, saltando a sua frente. Rolamos os dois no chão, e ofegantes, assim que nos levantamos, encaramos um ao outro com olhares tensos e arredios.

- Eu não acredito que você está querendo salvar a pele do seu amiguinho! – pensou debochadamente.

- Leia a minha mente, o que quero é salvar você. Vá embora.

- Você Quer falar com ele. – acusou-me.

- Quero sim, porque devo a ele muitas desculpas pelo seu comportamento infantil.

- Afinal, você realmente me ama? – seu tom de voz em minha mente era rude. Muito rude.

- Não seja injusto Jacob. É claro que amo.

- Então porque me faz sofrer desse modo? Achei que o impriting fosse uma coisa boa, mas olha só o que ganho contigo... Machucados, dores e deslealdade.

-Não sabe o que esta dizendo Jake, pare... – curvei o corpo, pois a fisgada no meu peito fora a maior que já senti em toda a minha vida.

- Eu sei sim! Importa-se mais com eles do que comigo, e olha que era pra eu ser o amor da sua vida...

-Mas eu já falei que é. Eu te amo, droga!

- Não parece. Você anda trazendo vergonha para nossa tribo . Eu já não sei se quero amar alguém assim.

- Então é assim? Há um modo de deixar de me amar? – se eu estivesse falando, minha voz falharia no exato momento.

- Deve haver... E se houver, vou tentar.

A firmeza em sua voz me fez estagnar automaticamente e outra dor lancinante me atingiu em cheio meu coração já debilitado. Uma grossa lágrima correu pelos meus olhos de loba e ele deu um passo à frente, mas recuou rápido.

Li seus pensamentos e logo soube... Ele não queria voltar atrás.

- Então vá embora de uma vez e me esqueça para sempre – disse convicta.

Senti sua angústia ao ouvir isso... Jacob estava acabado, assim como eu. E então, correu tão rápido que mal pude vê-lo ir. Vi meu mundo desabar um segundo depois. Se o chão realmente se abrisse eu não me importaria em cair, pois já estava num buraco profundo naquele exato momento.

Emmet - que estava atrás de mim - passou a mão em meus pelos loiros tentando me consolar. Ele havia entendido algo? Acho que meu sofrimento deveria ser algo visível.

Fui para uma parte mais cheia de arbustos e voltei logo depois vestida (ainda bem que tinha roupas extras). Pedi perdão a ele porque realmente sentia muito por tudo. Ele me abraçou fraternalmente e perguntou se eu queria ir pra sua casa, mas eu neguei. Eu já sabia exatamente o que queria fazer. Apesar de querer perdoar o Black estúpido bem no fundo do meu coração, eu ansiava por partir, antes de qualquer coisa.... Porque adorava fugir dos meus mais sérios problemas.

Fim do flashback

Parei meus momentos de reflexão no momento em que senti um cheiro estranho e muito doce no ar, um que eu não havia sentido nos limites de Forks ou La push, mas sabia exatamente a que pertencia. Vampiro.

Levantei rápido e me transformei - explodindo minhas ultimas vestimentas - pois aquilo já estava perto demais. Vi o vulto a minha esquerda e depois à direita repetidas vezes, o que significava que ele ou ela estava me cercando.

Rosnei alto e pedi ajuda telepaticamente. Os outros provavelmente chegariam tarde demais para a luta, mas eu tinha plena consciência de que podia ganhar se ela não tivesse algum poder. A adrenalina pulsava em minhas veias, eu já estava pronta para atacar.

A fria finalmente parou a poucos metros de mim, olhos vermelhos como sangue, dentes a mostra. Tão branca e bonita quanto os outros de sua natureza. Parecia-me extremamente perigosa.

Eu sentia o seu desejo de matar... Via, na verdade, refletido em seus olhares ácidos e mortíferos. Ela deu mais uns passos em minha direção e automaticamente curvei a cervical, caso precisasse avançar contra de imediato.

-Ora, ora, ora! Se não temos uma transforma sozinha pela grande Seattle... Achei que vocês eram mais difíceis de encontrar.

Disse a morena de cabelos lisos e compridos, a voz suave e doce. Encarou-me curiosa e soltou um risinho zombeteiro. Tão logo escancarei minhas presas para que ela soubesse que eu não estava a fim de dialogar com o inimigo.

-Bem, parece que não está para brincadeiras. Pena... Eu esperava poder jogar um fresbee para você pegar! – riu escandalosamente me deixando ainda mais nervosa – Mas agora, chega de piadas!
Veio em minha direção numa velocidade incrível e por sorte eu era bem atenta. Ela tentou socar a minha cabeça, mas eu pulei por cima dela antes que suas mãos chegassem até mim. Invertemos as posições, desse modo.

Voltei a correr em sua direção e a maldita para a minha, meus dentes agarraram sua jugular quando um baque surdo denunciou que havíamos nos chocado. Droga, minha costela. Atirei seu corpo no chão e me afastei tentando me recuperar.

- , corra daí amor... Eu... Eu estou chegando.
O pensamento torturado de Jacob fez minha atenção se desviar da luta por um minuto, o bastante para que ela se postasse em cima de mim. Mordi seu braço esquerdo e o arranquei com toda a força que me restava, e de imediato seu outro membro me golpeou, eu fui arremessada há alguns metros, e em segundos ela já estava a minha frente novamente.

Eu não tinha energias imediatas para levantar porque algo meu (e eu não sabia o quê) estava partido em no mínimo cinco pedaços.

Senti a pele do meu abdômen ser rasgada. Aquela vaca estava me mordendo! A dor foi intensa e por isso não consegui deter o uivo que ecoou pela minha garganta.

Entre a terceira e a quarta mordida, a mulher achou que devia ser divertido quebrar alguns membros meus antes de me matar, e então começou pelas minhas patas traseiras... Em reflexo a isso, minhas garras dianteiras automaticamente deslizaram por sua face causando ali mesmo três cortes profundos. Mas do que adiantava continuar a resistir? Se eu não a queimasse, ela não morreria. E desde quando eu era do tipo que desistia?

Continuei tentando morde-la até sentir outro membro sendo quebrado. AAAI DROGA!

- ? ? Agüenta firme, estamos chegando amor. Por favor... Não desista de lutar, eu te amo... Eu vou te salvar!

Bom, se eu ia morrer agora, morreria feliz. Eu ainda tinha o arrependimento de não ter me acertado com Jacob, de não poder estar olhando em sua linda face neste momento... Mas aquelas palavras, aquelas três palavrinhas, com certeza aliviaram todo o meu ser.

Outra mordida...

Estava apagando lentamente, cansada de me debater, quando o meu grande lobo e Leah pularam em cima da vampira, levando- a para longe de mim. A loba agarrou-lhe o outro braço enquanto Jake tinha em mente tirar-lhe a cabeça. Ela conseguiu jogar Leah no chão assim que outro braço surgiu em seu corpo. Os barulhos eram tão perturbadores.

Fechei meus olhos lentamente. “ Eu te amo Jacob” foi a ultima coisa em que pensei antes de receber a escuridão.




Cap II – Hear you me

Jacob POV’S


Assim que aquele pensamento me invadiu, larguei a vampira. Por mais que quisesse trucidar aquela desgraçada que estava matando a minha mulher, saber como estava era o que mais me importava. Reconfortá-la e dizer que eu não ligo, que ela pode ter os amigos que quiser, mas que eu precisava dela viva.

A sanguessuga correu assim que eu a soltei, mas não foi longe. Estava totalmente acuada, pois agora chegavam Embry, Quil e Sam para nos ajudar. Eles foram atrás dela enquanto eu me ajoelhava - já humano - a frente de

- Amor, acorda! – mexi delicadamente em seus pêlos. Ela abriu os olhos com muita dificuldade, como se doesse fazer aquilo.

E mais do que nunca a dor dela era a minha dor.

transformou-se lentamente e alguns minutos, era aquela mesma pequena e delicada garota. Puxei-a para meus braços, aninhando-a em meu peito. Nós estávamos nus, mas isso não me incomodava nenhum pouco, porque que outras coisas tinham mais gravidade. Ver o corpo dela todo cheio de sangue e hematomas, por exemplo, me fazia querer chorar. Porque ela não estava se recuperando facilmente?Além desta, a pergunta: “será que ela vai sobreviver” também repercutia e assombrava minha mente. Eu já sentia minhas mãos estremecerem...

- Jake... - sua voz fragilizada me tirou dos devaneios. Fiquei atônito por ouvi-la.


- Pequena, por favor, fica comigo. – ela abriu os olhos lentamente apenas para me ver chorar. Eu não conseguia segurar, estava aos cacos.


- Não chora amor, shh... Escute-me bem, quero que você cuide do nosso povo e encontre outra pessoa, quero que seja feliz.


- Não! Não diz isso... é impossível viver sem o meu impriting, é doloroso demais imaginar, quanto mais...


- Eu não tenho mais forças e estamos tão longe de um médico... – ela falou comovida e então uma luz de esperança se acendeu sobre mim.


– Eu vou... Vou te levar até lá agora.


Levantei com ela ainda em meu colo, já começando a correr rápido, mais do que meu limite permitia. Eu não ligava.


- Aconteça o que acontecer, eu... Te amo. – ela disse antes de desmaiar.


Fiquei feliz que ela ainda respirasse. Era falho, mas eu só precisava que continuasse tentando. Minha existência acabaria se ela morresse. Eu não precisava dessa vida sem ela.


- Eu te amo muito mais. – respondi mais para mim mesmo, só para lembrar isso ao meu inconsciente (não que eu realmente precisasse).


- - - -

Estava correndo desesperadamente há uma hora e já estava perto de Port Angeles. Se Edward estivesse por perto, poderia ler meus pensamentos, então foquei meus desesperados pedidos de socorro a ele, que era o mais rápido e tinha aquele poder útil. Eu precisava ser forte e antes de qualquer coisa, de sorte. A vida dela dependia das minhas tentativas. Logo farejei o cheiro de um vampiro e soube que ele estava muito perto.

Edward se aproximou o bastante de para que eu rosnasse baixo por puro instinto. Ele levantou a mão, em sinal de paz. Deixei que a tocasse porque o cara mantinha no rosto uma expressão quase chocada. Suas mãos frias foram diretamente até as marcas na barriga de e quando seus olhos se arregalaram, eu arfei. O caso era grave.

- Ela foi mordida. – disse incrédulo – e ainda está respirando! Anda, tenho que levá-la até Carlisle em pouco tempo.

Passei a minha garota para seus braços, ainda receoso. Meus músculos estavam tensos, mas eu não podia deixar de concordar que aquela era a melhor opção pra ela. Dei um beijo em sua testa e encarei Edward, dizendo:

- Sei que não somos amigos, mas... Peço que seja rápido, porque minha vida depende disso – apontei para e passei a mão em seus longos cabelos. – Nos dois sentidos.

- Você pode confiar em mim, estarei lá em menos de 10 minutos. – balançou a cabeça se despedindo e eu me transformei para tentar acompanhá-lo.

– Jacob? – voltou a falar e eu esperei que dissesse algo – Não perca as esperanças, há uma chance. – e virou um espectro distante.

Bom, se o Cullen disse que havia chances, então, eu já estava um pouco mais aliviado. Bem pouco, na verdade. Eu só voltaria a sorrir outra vez quando estivesse deitada ao meu lado, afagando meus cabelos e os olhos brilhando do jeito que eu me lembrava. Quente e corada, e não pálida e fria como estava hoje. Continuei percorrendo a trilha, inerte demais para perceber a dor dos meus músculos. Eu só pensava em uma coisa e só queria uma coisa.

A voz de Sam entrou em minha cabeça do nada, avisando-me que a vampira estava morta. Os outros perguntavam sobre . Eu ponderei não responder, mas a imagem dela nos meus braços veio à tona sem que eu pudesse refreá-la e assustou a todos. Eles também tinham medo. Perder alguém do bando era lastimável, era menos um irmão de consideração, sangue, criação e essas coisas... Avisei que o vampiro Edward a levaria para o líder deles, o que era Doutor. Ele provavelmente saberia o que fazer melhor do que qualquer um de nós.

Eu estava em Forks agora, já no meio da floresta. Finalmente estava diante a casa deles e a baixinha de cabelos curtos logo em frente, olhos meio infelizes.

- Eu sinto muito cachorro... Vem, Carlisle esta vendo o que pode fazer. Infelizmente não posso ver o futuro do seu povo. – e ela me chamou para o interior. – Eu não sei se você pode entrar no quarto agora, mas...

– Eu preciso vê-la. – eu disse com convicção, cortando-a.

- Eu sei que sim, mas nós não sabemos o que aquelas mordidas estão causando nela e...

- Eu quero vê-la! – agora eu estava nervoso. Eles não podiam me privar! Ela era minha garota!

- Meu pai precisa examiná-la. Se ela sentir sua presença, pode se agitar e tudo se complicariam ainda mais...

-Ou acalmariam! Nós temos essa ligação. Eu sinto o seu sofrimento, mas se eu quiser que ela se sinta segura, ela se sentirá.

- Acho que ele tem razão, Alice. – disse outra voz do fundo do cômodo. Um cara loiro aparecia devagar – Sou o Jasper e vi chegar... Ela chamava o seu nome.

- Sim, ela chamava – Edward apareceu no topo da escadaria nesse mesmo instante – Receio que o quadro dela não seja o melhor, mas pelo menos achamos que ela viverá. Meu pai disse que você pode subir se quiser.

Não pensei duas vezes. Meus pés me levaram até a escada sem que eu percebesse, onde subi de três em três degraus, tão depressa, tão aflito... Cheguei a um corredor estreito, sem saber bem onde deveria entrar.

- Está no segundo quarto – Ele apontou para uma porta branca com detalhes singelos em violeta, na qual entrei sem hesitar.

Meus olhos arderam ao vê-la indefesa sobre uma cama. Vez ou outra ela se contorcia, passava a mão pelos cabelos e voltava a ficar quieta. Estava mais branca que o normal, a boca parecia seca. Fui até ela, sentando-me ao seu lado e passando minha mão sobre seu rosto... Nossas peles agora se contrastavam mais do que nunca. Eu beijei o canto de seus lábios, e para a minha felicidade, ela sussurrou meu nome.
Algum tempo depois, alguém pigarreou. Notei que o tal médico estava perto de mim, como se quisesse me contar algo. Eu me virei, para que pudesse observá-lo. Ele não parecia mesmo um monstro. Se fosse, não estaria ajudando uma transforma cujo objetivo é matar os de sua espécie.

Lembrei-me que mantinha uma relação amigável com todos eles. Talvez ele estivesse ajudando porque também gosta dela.

-Na verdade... – começou o que lia mentes – Carlisle também está fazendo isso porque seu trabalho consiste em salvar as pessoas. Conhecido ou não, ele faria o impossível por qualquer um.


- Sim, - Carlisle começou – eu faria. Mas agora, vamos direto ao assunto. Você tem que me dizer como era a vampira que mordeu e porque ela fez isso, se tinha alguma intenção aparente...

- Eu não me lembro, fiquei muito mais preocupado com ela.

- Você tem que se lembrar, porque é uma informação importante. – disse o médico seriamente e um arrepio fino se alastrou pelos meus braços.

- Por quê? – respondi num fio de voz.

- A vampira a mordeu várias vezes e não sabemos por que fez isso. Se fosse apenas para matar, não teria tido todo o trabalho de mordê-la. – Carlisle suspirou. – A grande questão é que ao Invés de expelir o veneno, o corpo de o absorveu. E essa é a parte mais difícil de entender... Transformos não suportam o nosso veneno e até onde sei, é letal. Mas ela respira e se move, mesmo quando ainda há toxina circulando em sua corrente sanguínea. Não sei exatamente como isso pode afeta-la.

- O que você quer dizer com isso? – levantei-me da cama, as mãos fechadas em punho.

-Como eu disse, ainda não sabemos exatamente o que pode acontecer. A vampira dilacerou profundamente a epiderme de , o bastante para que muito de seu veneno se espalhasse por seu corpo. O que ela não devia saber é que a transforma sobreviveria a tantos ataques. – seus olhos cansados me analisaram. – Eu tentei extrair tudo Jacob, mas ela chegou tarde. Sinto em dizer que não existem registros do que pode ocorrer agora. Acredito que algumas características nela possam mudar, pois os sintomas que vejo aqui são parecidos com o de uma transformação. Entretanto, não acho que vá se tornar uma meia vampira, se é o que está pensando.

-Como assim? – suavizei um pouco. Que bom, ela não ia virar uma vampira. Se bem que isso não me faria deixar de amá-la.

- Ela pode ganhar a nossa rapidez ou brilhar no sol, por exemplo. Não tenho como saber.

- É possível que ela tenha sede de sangue?

- Sim. Mas também é possível que não lhe ocorra nenhum efeito colateral e ela volte a viver normalmente, como era antes.

A última opção me pareceu bem melhor. Mas não dava pra desconsiderar as primeiras... bebendo sangue, correndo como um frio, sem cor alguma nas bochechas ao ficar envergonhada, sem impriting nenhum por mim. Eu estava ficando cada vez mais alarmado. Cada possibilidade martelava em minha imaginação, me fazendo ficar carregado outra vez.

Ouvi um grito fino, estava se debatendo.

- Jacob, preciso de sua ajuda. Preciso que a segure e a acalme. Tenho que colocar o osso da perna de volta no lugar.

Obedeci amedrontado, dando a volta ao seu lado, segurando suas pequenas mãos. Ela continuava a se debater, e então eu tive que segura-la mais firmemente, enquanto Carlisle tentava concertar a sua tíbia. Tive uma idéia que sempre funcionava quando ela estava nervosa. Abaixei, até ficar muito próximo ao seu ouvido e pus-me a cantar sua musica favorita bem baixinho. Firefies surtia efeito nela como calmante. Seus nervos relaxaram quando estava no primeiro verso, logo eu a embalei como um neném, agora que ela já havia deixado de gritar e me bater.

- Pronto. Acho que dei um jeito nisso. – disse o mais velho dos Cullen

-Quando ela vai acordar? – coloquei-a de volta na cama.

- Isso é outra coisa que não sei dizer, mas posso supor. Se tudo der certo... Provavelmente amanhã.


Cap. III – One Love


Carlisle estava enganado. não acordou um dia depois, nem dois e nem três. A cada dia que se passava eu dormia menos, comia menos e falava menos ainda. As olheiras arroxeadas e profundas debaixo dos meus olhos denunciavam o meu tormento. Ver a minha mulher muda era a pior coisa do mundo e eu desejei em todas estas 72 horas que tudo tivesse acontecido a mim, e não a minha pequena.

Não ousei sair do quarto nem por um minuto. Bem, eu tive que tomar banho alguma hora, mas essa era a única exceção. Logo os outros vieram visitá-la também. Preocupados com nós dois. Seth pulou cômodo adentro em alguma hora da tarde, sendo seguido pelo resto da matilha. O garoto estava afobado e checava a respiração dela a todo minuto. Todos estavam muito inquietos, então rapidamente o leito da garota estava rodeado de homens másculos perguntando várias coisas todos ao mesmo tempo. Eu pedi silencio. Era mais prudente que Jessica descansasse, e eles não estavam ajudando nessa tarefa.

- Jake – disse Sam quando finalmente todos se calaram – Precisamos conversar.

- Agora?

- Sim, agora. É pro bem dela.

- Ok. – disse sem animo. Eu não queria sair do seu lado nem por um minuto.

Descemos as escadas e saímos da casa sob a atenção de mais duas vampiras que eu não sabia o nome. Passamos pela grande área e demos alguns passos em direção a floresta, quando depois de um cinco minutos, Sam parou subitamente, e disse que aquela distância bastava.

- O medico disse como ela vai ficar?

- Ela vai viver, mas ainda há veneno de vampiro nela. Não sabem o que isso pode significar.

Sam assentiu pensativo, e depois retomou o que parecia ser o tal assunto de suma importância.

-Precisamos falar com a mãe da , pois devemos saber a historia de seus antepassados. O fato dela não precisar obedecer ao meu comando alfa me intriga e a vampira que a atacou pode estar relacionada.

-Isso não faz sentindo Sam, e de qualquer modo, não é o assunto mais importante por agora. – falei sem vontade.

- Você tem razão. Mas quando ela ficar melhor, você vai me ajudar a desvendar esse mistério.

- Certo. – concordei, mesmo sem de fato concordar, se é que me entende.

Voltamos lentamente e os garotos estavam do lado de fora. Devem ter sido expulsos por serem tão agitados.

Somente Leah estava encostada em um batente com olhos pesarosos. Eu nunca adivinharia, no entanto, quando nos aproximamos o bastante, ela veio até mim e me abraçou. E bem, acho que eu precisava daquilo, porque deixei uma lagrima escapar. Ela me consolou, dizendo que o pior já havia passado. Leah tinha razão, e mais estranho que isso... Tinha sido amigável.


- - -

O mais frustrante era que todos tentavam me fazer ficar melhor (quando nada realmente adiantaria). Eu tive que ouvir as piadas ridículas do Paul, as broncas de Sam,os conselhos de Emily e até as lendas do meu pai. Ele estava lá dizendo a todo minuto que os nossos antepassados não deixariam que um lobo tão bom quanto eu ficasse sem a minha alma gêmea. Eu pedi a Deus que o que ele estava dizendo fosse mesmo verdade. Até Bella veio à casa do seu namorado assim que soube do acontecido e quando me encontrou, olhou-me com pena, afinal, ela já havia passado por aquilo. Entendi o porquê de toda aquela depressão quando o sanguessuga a deixara, e ainda assim, eu sabia que meu caso era pior.

De repente, me peguei pensando na maneira como eu havia amado Bella um dia... Um amor no mínimo esdrúxulo. Nunca tinha ficado encantado por nenhuma outra garota e passar o tempo com ela era tão divertido... Nós começamos amigos e depois - em pouco tempo - eu comecei a sentir calor só de chegar perto dela. Eu estava viciado. É bem verdade quando dizem que o primeiro amor a gente não esquece. Inicialmente pelo fato de ser inédito em sua vida e depois por causa das conseqüências boas ou ruins que ele te traz. Quando ela escolheu o vampiro mauricinho a mim, senti que nunca mais seria o mesmo. Eu já sabia que a batalha estava perdida antes mesmo de começar, mas estava disposto a arriscar por um amor que eu tinha consciência que me fazia mal. Bom, isso foi até ela chegar. A minha garota.

Lembro-me como se fosse hoje... Bella tinha me dado o fora para ir até a Itália salvar o seu querido imortal e eu queria matar todo mundo por isso. Por isso fui até o Canadá esfriar a cabeça e quando voltei, ainda estava péssimo e agressivo. Nesse dia em que retornei à Forks, perdi o controle três vezes e para a minha sorte, não estava em nenhum local publico, mas sim na floresta. Ainda estava como lobo quando ouvi alguém cantar ao longe. Segui a voz, a mais bonita que eu já tinha ouvido. Quando a vi de costas, parada perto de uma pequena nascente tentando beber a água que caia dali, fiquei hipnotizado. O seu copo curvilíneo era lindo, seu cabelos loiros e ondulados... A sua risada infantil e contagiante...

Vesti minha bermuda e fui até lá sem fazer um único barulho. Eu precisava ver aquela garota mais de perto. Seja lá quem fosse, tinha milagrosamente tirado Bella de minha mente por cinco minutos, o que era muito tempo.



Flashback

- Oi – eu disse quando cheguei perto o bastante para ouvir o seu calmo coração.

É claro que a minha tentativa de ser discreto falhara, pois a garota se assustou com minha voz e tropeçou numa pedra antes mesmo de olhar para trás. Agarrei-a pela cintura, antes que ela desse de cara no chão, e senti faíscas nas pontas dos dedos ao fazê-lo. Legal, eu era idiota e ela era desastrada. Eu não precisava de outra Bella imã de problemas, precisava?

Precisava.

No exato momento ela se virou e olhou em meus olhos timidamente e então eu não sabia meu nome, nem meu sobrenome, nem a minha idade, nada. Tudo o que eu entendia era que aquela garota era o motivo da minha existência na terra. Ela era a causa e o principio de tudo.

abriu e fechou a boca varias vezes, mas em momento nenhum conseguiu formular uma frase. Bufou. Eu podia sentir como ela ficou inconformada em minha mente. Foi quando percebi que ela era meu impriting. Nossos lábios logo foram ficando mais próximos. Encostei minha boca levemente na sua e, no entanto, ao invés de retribuir, ela recuou rápido demais. Franzi o cenho. Ué, era nessa hora que nós fazíamos juras de amor, certo? Errado! me empurrou e ficou impaciente quando viu que seu esforço não me moveu nem centímetros.

Primeiramente fiquei confuso porque esperava tudo, menos outro fora. Já não bastava ser o coitado de Lapush por fazer parte de um triangulo amoroso sobrenatural, agora também ter um impriting não correspondido? Era demais para mim. Murmurei um pedido de desculpas e virei às costas para a garota. Eu ia embora desse país de uma vez por todas...

-Hey! – ela me chamou e eu me virei espantado .- Eu estou perdida. Você não poderia me ajudar? – seus olhos ainda brilhavam e eu finalmente compreendi. Aquilo foi só doce.

- Tudo bem! – sorri largamente- Eu sou Jacob Black, e você?

- Jonasson, prazer – apertamos a mão e ela deu um meio sorriso tímido.

- Você é nova aqui?

A minha pergunta soou mais como uma afirmação. Estava claro que aquela menina alva não era dos arredores da reserva, apesar de ter os olhos meio puxados como os nossos e uma boca extremamente definida e carnuda. Ficava cada vez mais difícil tirar os olhos dela.

- Sim. Mudei-me hoje pela manhã. Estou na reserva quileute.

Fiquei impressionado outra vez. Nunca permitíamos estrangeiros em nossa área. Mil probabilidades rodeavam minha mente. Se ela era neta de algum membro da reserva, se apenas abriram uma exceção ou se... Bem, se alguém tinha pulado a cerca e... Lá estava a srta. Jonasson.

- Você deve estar se perguntando por que alguém como eu pôde receber a licença para morar na reserva, não é? – droga, ela sentiu minha curiosidade!

- Sim, na verdade estou. – murmurei sem graça, passando a mão pelos meus cabelos curtos.

- Bem, minha mãe se chama Teresa Jonasson, bisneta de Grant Jonasson, que foi componente dos anciões quileutes duas gerações atrás. Ela fugiu da aldeia quando tinha a minha idade, pois queriam casá-la a força. Aí ela foi para o Brasil, onde conheceu um cara com quem tivera uma forte ligação. Eles se casaram e me tiveram. Bem, eles se separaram ano passado e nós decidimos voltar só agora.

-Nossa eu... Sinto muito. Eu não devia ter tocado no assunto.

- Tudo bem. Já faz tempo.

Quase nem reparei que tínhamos saído da floresta. Foi incrível perceber o quando o tempo voava quando eu estava em sua doce companhia. Tudo que é bom dura pouco, fato.

- Bem, chegamos à rua principal. Onde fica sua casa? – nem teve tempo de responder, já que outra pessoa tomou sua fala.

- Jake! Porque não me apresenta sua amiga?

Seth disse em alto e bom som e gargalhou com os olhos brilhando de excitação. Estava acompanhado por Brady, Collin e Paul, que também a olhavam embasbacados. Ela sentiu vergonha e eu cruzei os braços, com cara de poucos amigos. Logo eles se calaram.

- Oi, eu sou – disse acenando timidamente

- Ta vendo? – bufou Paul – Você é inútil até para apresentar a menina. Saia da frente! – empurrou-me e abraçou , que devolveu impulsivamente. Não consegui deter a carranca em minha face.

- Vou levá-la para casa, me dêem licença! – puxei a mão de e os garotos desaprovaram minha atitude.

- Tchau garotos!

- tchau , aparece depois! – ? Que intimidade é essa? Idiotas.

- É aqui. – A casa era ao lado dos Clearwater – Você pode me visitar quando quiser. –piscou e virou-se, subindo os degraus da entrada.

Reuni toda a coragem que possuía antes que fosse tarde demais e corri para segurar sua mão. Puxei-a para mim e seu corpo chocou-se ao meu. Seus olhos assustados vieram intensamente na direção dos meus pela segunda vez no dia e sem mais delongas, eu em fim encostei meus lábios nos dela. Nosso beijo foi calmo, entretanto, cheio de emoções. Eu nunca havia sentindo algo tão forte. A mistura dos nossos perfumes, nossa respiração entre cortada, suas pequenas mãos espalmadas em meu peito. Eu tinha noção de tudo que acontecia... Ao mesmo tempo em que não estava ciente de coisa nenhuma.

Quando eu achei que ela precisava de fôlego, somente encostei minha testa na sua e fechei os olhos, tentando gravar o momento em minha mente. Eu também precisava processar o que estava acontecendo, e ela parecia estar na mesma situação. Como era possível amar alguém tão rápido?

- Até mais, Jacob – ela disse me tirando do transe e sem mais nem menos, voltando a subir os degraus.

- Jake! – eu não conseguia disfarçar a minha cara de bobo.

-ok, tchau Jake!

Fim do flashback



Aquele foi um dos melhores momentos da minha vida. Só perdeu para o dia em que havia dito que me amava pela primeira vez. A melhor sensação do mundo com certeza é amar e ser amado de volta. Deus... Eu estava muito sentimental ultimamente.

De repente, despertei de meus devaneios quando minha audição apurada captou ruídos esganiçados provindos dela, no segundo andar. Subi como um furacão carregando suas flores preferidas, eu tinha saído por cinco minutos para colhê-las.

Larguei-as em um canto qualquer quando percebi que ela tinha acordado. Seus olhos estavam desfocados e ela olhava para cada um de nós como se fossemos completos estranhos.

Cheguei um pouco mais perto, e ela se encolheu sem nem mesmo encontrar meu olhar. Aquilo me machucou.

Olhei para os lados procurando alguém que pudesse me explicar o que estava acontecendo e bem rápido. Encontrei-os de Edward, e ele ia se pronunciar quando ela berrou:

- AAAAAAAAAAAAAAAAH, tira essa dor de mim! Aaaaaaaaaaaaah!

Me desesperei completamente. tinha as duas mãos pressionando o estomago quando a tal Rosalie entrou no quarto roxo com tudo, deitando na cama, pedindo que eu segurasse seus pés.

-Edward, Carlisle disse que os tranqüilizantes seriam necessários se isso acontecesse! Pega! – ele saiu e voltou (segundos depois) com uma seringa na mão.

– Aqui. – entregou para a loira.

- AHHHHHH! NÃAAAO, NÃAAAAAO. ME TIRAA ISSO, ME TIRA AGORA!

Logo senti sua dor aguda e cai no chão largando seus pés, tentando conter a minha vontade de gritar.

- Edward! – Rosalie chamou – Coloque você, agora!Agora! – ele parou de me olhar como se aquilo fosse extraordinário e injetou o liquido na veia de .


Cap 4 – Thinking of you

-Jacob, – disse o vampiro – Creio que a transformação começou, pois dor extrema é um sintoma.

- O QUE?

- Ela não vai virar vampira. Refiro-me ao caso de que ela pode ter alguma “coisa” nossa, entende?

- Já era o fato de ser só loba então? – confesso que o desanimo se apossou de mim.

- É. Olha, você devia ir para casa tomar um banho e relaxar. À noite estará acordada.

- Não, obrigada. Escuta, você me chamou de fedido? Saiba que seu odor é muito pior. – fiz uma careta breve e só depois percebi que havia deixado uma informação importante passar. - Espera, você disse esta noite?

- Sim. Eu tenho certeza.

- Como? – estava perplexo.

- Ela abriu os olhos pela primeira vez pela tarde, assim como todos nós em nossas transições de humanos para vampiros. Demorará umas quatro horas até que o cérebro se organize e suas veias e órgãos parem de latejar. O processo deve ser praticamente igual.

- É serio? - meus olhos brilharam neste momento.

- Sim, é.

- Então acho que vou seguir seu conselho e volto em duas horas. Mas não porque você está supondo que eu estou fedendo, seu chupador de sangue.

Ele entendeu que eu estava brincando, já que gargalhou ao mesmo tempo em que revirou os olhos.

- Totó idiota.

Ignorei isso e corri até Lapush totalmente animado. Era como se meu coração tivesse voltado a bater de novo. Até fome me deu agora, que ótimo. Sorri idiotamente.

Tinha que contar ao meu pai, avisar os caras e vestir a blusa que ela mais gostava em mim. Ela mesma dizia que não resistia a minha camiseta gola V branca. Eu estava ansioso para tê-la somente para mim outra vez.

Já arrumado, fui antes à casa de Emily esperando – antes de tudo - que ela estivesse cozinhando.

Bati à porta e um Sam com cara de esgotado atendeu, batendo nos meus ombros e me convidando a entrar ao mesmo tempo. Assim que coloquei meus pés na casa aconchegante do casal, notei duas coisas impossíveis de se passarem despercebidas.

Primeiro aquele cheiro incrível de alguma coisa gostosa sendo assada e a segunda foi uma garota tão indígena quanto todos nós sentada sozinha no sofá da sala. Seus olhos pairaram sobre mim e ela me observou minuciosamente.

- Jacob, esta é Elise, prima de Emily. Elise, este é Jacob.

No momento em que nós fomos apresentados ela disse um oi acanhado e eu acenei mais desconcertado ainda.

- Vamos até a cozinha, sim? – perguntou Sam e eu balancei a cabeça freneticamente, era lá mesmo que eu queria ir...

- Olá Jake, aceita biscoitos?

Perguntou sua esposa, pondo a minha frente uma bandeja lotada de cookies de chocolate deliciosos, que falando nisso, eram os preferidos da minha namorada. Peguei uns quatro com uma só mão e sorri em agradecimento.

- Tenho que te contar uma coisa importante... - falei de boca cheia e Sam desaprovou minha atitude grotesca.

- Engole primeiro, morto de fome. Eu sabia que você estava sem comer bem, mas parece que estava amarrado!

Ele gargalhou enquanto eu ficava avermelhado. Acabei engasgando por ser estúpido, tinha colocado dois biscoitos ao mesmo tempo na boca.

- Agora sim, já pode falar.

- Ah... É que o vampiro afirmou que acorda hoje, cara!

- Sério? Que bom Jake, fico muito feliz! – ele deu tapinhas em minhas costas – Temos que avisar aos outros, até que enfim uma ótima noticia! Espere aí.

Ele saiu, correu para a floresta, se transformou e uivou. Em minutos todos estavam reunidos na sala de estar totalmente apertados, mas não porque o cômodo era pequeno e sim porque estávamos todos grandes demais.

A menina que antes ocupava o largo sofá agora dera uma desculpa qualquer e fora à procura de sua prima, embaraçada com o jeito espalhafatoso dos garotos.

-Você tá gordo!

Disse Seth para Paul, que por sua vez mostrou a língua e murmurou um “invejoso”, o que fez os outros caras caírem na risada. Crianças...

- Pessoal – disse Sam, chamando a atenção – Jake quer dar um noticia a vocês.

-Er... – eu ri e todos perceberão o quão animado eu estava.

- O que Jake? É sobre a ? – Seth indagou.

- Fala logo, merda! Odeio suspense. – essa foi Leah, doce como sempre.

- Bem... A acorda hoje!

- YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEAH!

A algazarra foi geral. Era evidente que todos a amavam, seria difícil discordar isso.

- - - - - - - -

Já eram quase oito horas quando todos terminaram de se arrumar sob os meus apressamentos. Eu estava uma pilha de nervos, totalmente.

Emily me fez um chá de camomila para que eu ficasse calminho e me obrigou a tomar tudo, mesmo que eu tivesse protestado e argumentando que nunca ia funcionar.

Ela também queria ir, mas o instinto protetor de Sam reinou e olha só, ele prometeu que quando voltasse, faríamos uma festa de boas-vindas. O que me rendeu mais gritos de comemoração...


- Vamos? – era a sétima vez que eu perguntava.

Jared deu um tapa na minha cabeça que me fez ficar zonzo e eu olhei para ele malignamente.

- Ah, qual é? Eu não agüento mais essa pergunta. Man, Relaaaaaaaaaaaaaxa!

- Tá, mas faça isso de novo e eu te arrebento. – falei entre risos.

- Uuui, machão! – Gritou de volta e todos riram da minha cara. Eu só me deixei levar também porque meu humor de repente estava excelente.

- Nós vamos correndo humanos ou transformados? – perguntou Seth.

- Na verdade, eu trouxe o rabbit, mas transformados chegamos bem antes – ponderava entre chegar mais tarde ou chegar sujo.

No fim, decidi ficar limpo. Eu não queria causar má impressão na minha garota. Debochei de meus próprios pensamentos...

- Rabbit, há quanto tempo não te usava?

Falei radiante passando a mão pela lateral do meu carro. Já fazia no mínimo umas duas semanas que eu nem tocava no volante!

Dei-me conta de que dois dos garotos que vieram atrás de mim nem se deram o trabalho de pedir, simplesmente escancararam a porta e em segundos já batucavam em todos os bancos, animadamente.

Deixei isso passar e pisei fundo no acelerador a fim de alcançar a velocidade máxima.

Logo chegamos a casa deles e fomos convidados a entrar. Os outros caras já estavam no sofá com cara de nada, e quando eu os indaguei sobre porque eles ainda não tinham subido, Jared grunhiu chateado dizendo que Carlisle ainda estava conversando com ela.

Eu não ia esperar de forma nenhuma. Subi rapidamente encontrando o tal de Jasper no corredor. Abri a porta lentamente, meus olhos brilhando de pura excitação por enfim poder vê-la depois de alguns dias, que mais pareceram décadas monótonas e intermináveis.

Quando finalmente entrei, ainda estava na cama, dormindo. Não era hoje que ela ia despertar?

Duas figuras olharam para mim com distintas expressões faciais. O médico tinha um sorriso meio melancólico... Como se estivesse com pena de mim, por algum motivo. Ignorei-o e olhei para o outro. Edward estava eufórico.

Ai é que eu fiquei mais confuso, eu não estava entendendo bulhufas. Um quase chora e o outro me vem com esse meio sorriso? Que piada sem graça eles estavam tirando com a minha cara?

Será que esse filho da mãe mentiu sobre o estado real dela, me fazendo ir para casa me arrumar a fim de deixá-la sozinha por algum motivo? Meus dentes rangeram e sem que eu percebesse meu corpo vibrou.

- Não! – apressou-se em me dizer – Não é nada disso. Deus, como sua imaginação é fértil! – ele riu e eu não correspondi.

- Explicações, por favor! – pedi mais calmo, pois o cara com os dons de alterar emoções tinha acabado de adentrar a acomodação.

Queria ficar impaciente, mas não podia. Que ótimo!

- Algumas coisas, coisas não visíveis... Estão diferentes em .

Carlisle me parecia cauteloso demais. O que diabos tinha acontecido a ela?

- Coisas ruins? – supus, imaginando se teria adquirido presas de vampiro.

- Boas, e NÃO visíveis – corrigiu-me Edward, satisfeito.

- Por que é que tenho a leve impressão de que você adorou o que quer que ela tenha ganhado com esse acidente que quase arruinou minha vida?

- Não é que eu tenha gostado, é só que... – ele olhou para seu irmão. - Jasper quer te explicar, ele vai saber falar melhor.

- Estou esperando. Tenho pressa em saber o que acontece por aqui.

- acordou uma hora atrás, mas...

-O que? – cortei-o perplexo, procurando uma cadeira por perto assim que minhas pernas enfraqueceram – Ela acordou e vocês não me avisaram? O que ela disse?

- É ai que temos a parte boa e a ruim. É bom mesmo você estar sentado. – ele esperou uma reação minha e eu só sacudi a mão pedindo que ele prosseguisse. – tem um poder valioso agora. Mais poderoso e útil que o de Edward, que o meu ou o de Alice. Na verdade, o melhor que eu já tenha visto em toda a minha existência. – Jasper parecia se orgulhar, mas aquela parte era insignificante para mim.

- Quero saber o que há de ruim com ela!

- Ah... – todos ficaram um pouco tensos – Vou ser direto então. – ele suspirou enquanto eu fazia ao contrario, prendendo a respiração. – Infelizmente, a perdeu a memória.

WTFH? Eu esperava qualquer coisa, menos isso. Tudo aquilo que a gente viveu, todas as sextas melosas, todas as declarações e também as brigas, os nossos sorrisos e as lagrimas, nossas felicidades ou dores, nossos planos... E ela não vai se lembrar de nada.

Certo, agora respira. Conta até três e pergunta se ele tá sacaneando com a minha cara.




Cap 5 – Where streets have no name


POV

- Ele não está brincando, lobo. – Edward se pronunciou.

- O que precisamente ela disse quando acordou?

Perguntou uma voz extremamente linda, porém enfurecida. O tom me fez despertar um pouco mais.

- Ela estava confusa e nós percebemos a perca da memória quando ela não sabia onde estava ou o que tinha acontecido. Ela se lembra vagamente apenas de sua vida antes de se mudar pra cá.

- Não acredito! E o que faço agora? Ela ainda tem uma impressão comigo?

Franzi o cenho sem ainda abrir os olhos. Então eles estavam falando sobre mim?

-Bom, - o medico se pronunciou depois de alguns segundos em silencio – Edward me falou sobre a ligação de vocês. É algo forte demais, não é mesmo? É possível que com alguma paciência você seja o único que a faça recuperar as lembranças e creio que isso venha a ocorrer gradualmente, com melhores resultados se você estiver por perto. Mas não sei sobre o impriting.

- Eu sondei os pensamentos dela. A primeira coisa em que pensou foi que algo estava faltando, ela estava se sentindo incompleta. Em outras palavras, ela poderá não te reconhecer, mas saberá que você era o que faltava. Acredito que funciona assim.

Foi então que senti uma onda enorme de esperança circular ao meu redor e a curiosidade me arrebatando de forma que juntei toda força e coragem para abrir os olhos. Ergui-me sentando na cama de uma só vez. Quem é que devia me completar por aqui?

Localizei inicialmente o tal Edward, a minha esquerda.


Flashback

Lembro-me de ter acordado pela primeira vez e de tê-lo visto antes de qualquer outro. Ele se apresentou rapidamente percebendo que eu não o reconhecia.

Seus olhos pairavam sobre mim curiosamente e ele estava cauteloso ao fato de contar-me sobre o acidente, pois a minha reação podia não ser receptiva.

Eu sabia disso porque estranhamente conseguia ouvir o que ele estava pensando, e assim que ele se deu conta do que eu podia fazer, deu mais passos na minha direção, perguntando-me telepaticamente como eu estava fazendo aquilo. Somente dei de ombros, sem realmente saber o que estava acontecendo.

Então um homem mais loiro e tão bonito quanto Edward interrompeu a nossa conversa silenciosa sem saber de nada. Disse-me o seu nome e sua profissão, e pelo que entendi, era o patriarca da família Cullen.

Não consegui esconder a surpresa. O Sr. Carlisle parecia apenas um pouco mais velho para ter um filho tão grande. O que? Ele foi pai aos 10?

- Como você pode ter um filho deste tamanho com tão pouca idade? – perguntei.

O mais velho riu e antes que pudesse refrear os próprios pensamentos, soltou um “... tenho mais de 300 anos, minha jovem”.

O Doutor lembrou-se da transformação que fizera no rapaz ao seu lado há muitos anos e em detalhes. A maca com um menino moribundo e seus próprios dentes afiados no pescoço dele, sem saber que eu também podia ver.

Era real demais e tive que acreditar porque minha intuição dizia que eu estava correta.

Só então me dei conta da péssima situação na qual tinha me enfiado. Eu era humana e eles bebiam sangue, ou seja, eles iam me matar.

Tentei levantar as pressas, mas acabei enrolando meus pés com talas no lençol colorido. O que consegui foi levar uma pequena queda por causa das pernas amarradas.

Os dois vieram ao meu encontro para tentar me ajudar, rápido demais para reles mortais. Esquivei-me tremendo de medo. Eu não queria que eles tocassem e mim, não queria virar o jantar.

Edward dizia que não ia me machucar e que devia confiar nele, mas meu instinto novamente me alertava. Ele era um inimigo.

A agonia tomou conta de vez quando vi que a única porta do cômodo estava mais perto dos dois do que de mim. Só então Carlisle chamou alguém que se chamava Jasper, e segundos depois um cara luminoso atravessou a entrada. Com ele, uma onda de calma e serenidade vieram.

Senti meu corpo relaxar e minhas feições suavizarem. Espera, ele estava fazendo isso!

Fiquei com muita raiva e percebi que todos também sentiram a energia carregada que emanava de mim. O leitor de mentes apertou os punhos, cheio de ódio, mas gritando internamente para que eu parasse de fazer aquilo. Jasper forçava o seu poder sobre mim enquanto eu ia perdendo as forças aos poucos, alguma pessoa... E eu não fazia idéia de quem era, tinha injetado uma coisa em meu pescoço.

Logo o sono me alcançou depressa e eu dormi.

Flashback off

Encolhi-me por Edward ainda estar no quarto. Ainda não tinham me comido, boa noticia.

“E nem vou te comer, ” Pensou ele enviando-me um sorriso torto e divertido.

“Mas tem alguém aqui que adoraria fazer isso”! Riu com uma malicia que eu não entendia e indicou com a cabeça outro ser que eu ainda não tinha visto, do lado oposto ao que ele estava.

Eu teria ficado com medo, porque toda brincadeira tem um fundo de verdade, mas... Foi só olhar para aquele par de olhos lindos e inebriantes para saber que tudo ia ficar bem se ele estivesse ao meu lado. Senti-me protegida como nunca e já não me importava com os vampiros ao meu redor.

Ele abriu um sorriso enorme na minha direção e eu senti que não tinha outra opção senão acompanhá-lo, já que o clima instalado agora era de plena alegria e amor. Amor... Amor?

Desde quando se ama assim tão rápido? Olhei pra Edward de novo super espantada, quebrando o contato visual com o rapaz. Eu queria saber se estava ficando demente.

- Não está. – deu um sorriso fraco. – Ele vai te explicar, calma.

“Como calma? Eu mal sei o meu nome, sei que você é um vampiro e ainda por cima to morrendo de amores por um cara que acabei de conhecer? WTFH?”

“Ele vai dizer o que está havendo, se você deixar. Há uma explicação plausível. Podemos deixar vocês a sós?”

“Eu vou ficar bem?”

Era conveniente poder conversar sem que ninguém ouvisse.

“Você sente que vai?” Rebateu mentalmente com outra pergunta.

- Sim – disse pela primeira vez em auto e bom som– Eu sinto.

- Então vai ficar. – Edward sorriu-me amigável.

Eles saíram e me deixaram sozinha com o garoto com quem eu me sentia inexplicavelmente confortável. Permanecemos apenas nos analisando durante alguns minutos.

Estava atenta para não perder nenhum detalhe de seu rosto. Sua pele marrom avermelhada contrastava com seus dentes perfeitamente alinhados e brancos. E graças ao bom Deus ele não era pálido como os outros ou como eu. Sua beleza exótica muito me atraía.

Seus olhos eram expressivos demais e sua boca, bem... Ela me chamava. Eu estava me sentindo cada vez mais idiota por não conseguir disfarçar o meu desejo de tocá-lo, e além disso, queria entender o porquê de estar tendo essas reações estranhas.

De repente ele riu e eu fiquei temerosa. Eu podia ler os pensamentos de todos, menos os dele. E se ele pudesse ler os meus e tivesse percebido o quão desejosos eram? Enrubesci totalmente e abaixei a cabeça envergonhada.

-Não precisa ficar com vergonha, . – disse com aquela voz rouca e sexy.

- Você esta lendo minha mente? – perguntei atônita ignorando os formigamentos na ponta de meus dedos só por ter ouvido-o falar.

- O que? Não, não é isso. Bem... Quase. Eu vou esclarecer tudo ok?

- Certo! Mas primeiro, me diz por que você cheira tão bem, enquanto os outros – apontei para baixo indicando o andar inferior onde os vampiros estariam – Tem um cheiro engraçado que faz o meu nariz coçar?

Ele riu com muita vontade como se o que eu tivesse dito fosse uma piada muito boa. Viu que eu continuava séria e por isso, pigarreou e tratou de se recompor.

- Antes de irmos para as coisas mais complexas, vamos começar pelas mais simples – ele se levantou e caminhou até a minha cama, onde se sentou de frente para mim – Eu sou Jacob Black, seu namorado.

Essa era a parte simples?

Nesse momento o ar me faltou. Eu olhei para os cantos do quarto procurando por câmeras, por pessoas fantasiadas... Qualquer coisa que indicasse que tudo aquilo era uma brincadeira e de péssimo mal gosto.

Mas a surpresa estava demorando a vir e no fundo, talvez eu soubesse que era verdade. Que outra explicação haveria para que eu me sentisse tão encantada por aquele homem alto e forte que em determinados momentos, parecia apenas um menino divertido e brincalhão?

O meu coração batia mais forte perto dele e eu não podia negar.

Então eu tinha alguma coisa com ele... Nós provavelmente já havíamos nos beijado ou feito sexo, talvez? Arfei pensando na possibilidade e fiquei embaraçada novamente. Era horrível não saber de nada da minha vida. Senti-me apenas o coadjuvante no meu próprio filme de suspense.

Parece que eu me lembrava de algumas coisas somente sobre mim, nada sobre outras pessoas. Não sabia direito nem quem eram os meus pais, apesar de saber que adorava uvas.

Forcei a memória. Se eu me esforçasse um pouco, provavelmente obtivesse resultados. Fechei os olhos e alguns flashes me vieram à cabeça.

Flashback on

Apareci em ao lado de uma parede e observei uma garotinha fofa levantar da cama aos tropeços, com um sorriso enorme no rosto. Aquela era eu, sem duvida.

Eu tinha provavelmente sete anos e estava na casa dos meus pais em algum lugar grande e bonito que parecia meu quarto. Desci as escadas correndo junto com aquela garotinha fofa que eu era há anos atrás e na sala, encontramos uma árvore de natal enorme decorada com bolinhas vermelhas, douradas, verdes e prateadas.

Na base da mesma, embrulhos de todas as cores faziam seus olhos brilharem e ela ansiava por soltar os laços enormes que os amarravam.

Minha mãe apareceu por trás da garotinha a surpreendendo e deu um abraço apertado levantando-a do chão. A mulher se virou e em fim encontrei seu rosto. Ela sorria feliz encarando a janela enquanto eu observava como sua boca era parecida com a minha.

Um homem alto e branco de olhos esverdeados chegou logo depois dela, tratando de erguer a criança em seus braços também. Eu percebi que era mais parecida com ele.

Bem alva e com bochechas um tanto quanto rosadas... Meus cabelos loiros tinham leves ondulações nas pontas. A minha boca era delineada como a de Teresa... Mas meus olhos não eram escuros como os dela, apesar de possuir o mesmo formato puxado.

Era engraçado como eu mais velha via a cena de eu mesma bem pequena. Eu era só uma menininha na época e agora observava tudo aquilo com uns 17, quase uma mulher.

John colocou um dos presentes em sua mão, e deu a pequenina uma velinha vermelha acesa para assoprar. Disse que deveria fazer um pedido e ela desejou alto, sem ter o conhecimento de que o sonho só se realiza se for feito mentalmente.

- Eu quero ver meu avô! – apagou a vela e bateu palminhas contente.

Meu pai afagou seus cabelos tristemente e os olhos da minha mãe encheram-se de água. Eu não entendi nada. Afinal de contas, eu tinha falado algo errado?

Nem a pequena nem a grande entenderam.

Flashback off

- Porque você está tão calada? – perguntou-me Jacob de forma preocupada.

- eu... me recordei de uma cena! Acho que lembrei da minha mãe!

- , isso é ótimo!

Jacob disse sorrindo, mas ficou um pouco triste quando eu soltei minha mão da sua. Apesar das sensações incríveis eu ainda não me sentia pronta para qualquer contato com “estranhos”. Doeu ter visto que ele ficou chateado.

- me desculpe, eu... Eu ainda estou me acostumando com a idéia, sabe?

- Tudo bem – sorriu fraco novamente – Eu entendo que queira certa distancia. Mas ainda há muito que falar. – mudou de assunto drasticamente - Quer que eu lhe conte tudo hoje ou prefere descansar um pouco?

- Quero ouvir!

-Claro, claro. Bem... Começando por você: Sua mãe se chama Teresa Jonasson e vocês duas moram na reserva quileute, onde eu também moro. É uma reserva indígena onde nossos antepassados viveram por séculos e protegeram nossas terras de inimigos.

- Que tipos de inimigos? – perguntei curiosa já que a voz dele continha mistério.

- Nossos inimigos naturais. Edward disse que você já desconfia de tudo, então... São os vampiros. – disse lentamente esperando que eu reagisse de forma negativa.

- Ele é um vampiro, não é? Por isso ele tem um cheiro engraçado?- Questionei.

- Cheiro engraçado? É o pior que podemos sentir... Mas depois eu falo sobre isso. – respondeu Jacob com convicção, embora estranhasse minha positividade.

- Se eles são nossos oponentes, porque diabos estou na casa deles?

- Bem... Eles te salvaram porque são diferentes. São monstros mais bonzinhos, entende? Não bebem sangue humano e não machucam pessoas. Nosso povo tem um pacto com o líder deles. Não nos incomodam e nós não os matamos. – concluiu indiferente.

Agora eu entendia porque tinha medo e não tinha ao mesmo tempo. Meu corpo dizia-me para correr ou me defender porque era automático de mim e do meu povo, mas bem lá no fundo eu ainda achava que eles não me fariam mal algum, apesar de possuírem artifícios suficientes para isso.

Lembrei da super velocidade de Jasper.

- Mas eles têm poderes sobrenaturais, como rapidez sobre humana. Como vocês podem ameaçá-los assim? – indaguei incrédula.

- Nós também temos poderes . – ele avaliou continuar e eu bati os dedos na cama impaciente por sua hesitação – Nós também não somos humanos. Não totalmente.

Ele disse “nós”? Quer dizer, eu também fazia parte desse contexto pirado de ficção?
Deixei meu corpo cair na cama e fiquei deitada analisando o teto de madeira. Aquilo era um pesadelo, só podia.

Jacob se aproximou mais de mim, e novamente sem a minha permissão, passou os dedos macios pelo meu rosto, me consolando. Eu fechei os olhos para sentir melhor a caricia.

Por onde eles passavam, a minha pele ardia... De amor, de desejo, de confusão e de vergonha.

De uma hora pra outra, já tinha até esquecido as palavras assustadoras que ele a pouco me falara. Resolvi encará-lo profundamente. Apesar de tudo, eu ainda queria saber que tipo de monstro eu era e porque eu ficava estupidamente mole perto dele. Ficar daquele jeito não era normal, não era aceitável.

- Me diz... – sua boca estava tão próxima da minha que eu sentia seu hálito fresco em minha pele – O que eu sou e porque gosto de você com tanta intensidade, quer dizer... Meio fora do que seria normal para um namorado que eu não conheço?

Acho que ele não esperava por essa porque estreitou os olhos por meio segundo. Depois deu o melhor sorriso que eu já havia visto em minha toda vida! Não que eu já tivesse conferido muitos outros, já que minha mente estava em branco.

Ele bagunçou os próprios cabelos enquanto suspirava apaixonado e risonho. Isso mesmo, apaixonado. Eu podia sentir essa emoção vibrando pelo meu corpo.

- Você está apaixonado por mim! – acusei-o rindo.

- É mais do que isso, eu te amo incondicionalmente . Acho que você não faz idéia.

Ele falou seriamente e eu analisei suas palavras profundas. Ele me calou, com certeza.

- Eu ainda quero saber que tipo de aberração eu sou. – apontei para mim mesma.

- Ok. - ele voltou a se sentar e eu o acompanhei – Nós somos transformos e nos transformamos em lobos para defender nossas terras e nosso povo de inimigos como os frios, ou como você conhece, vampiros. Meu pai sempre conta essas lendas, que na verdade são reais... Assim que nós formos lá, ele vai te contar e você vai poder entender melhor.

Assenti levemente e ele continuou:

- No geral, nós temos boa velocidade, força bem acima do normal, visão e audição melhorada, olfato aguçado. E por esse ultimo motivo, os vampiros tem um cheiro ruim. É assim que os identificamos – notei que ele estava respondendo a pergunta que eu havia feito anteriormente.

- Temos uma temperatura bem elevada, – ele continuou falando e colocou a mão na minha bochecha para que eu sentisse. – Logo somos imunes ao frio. Comunicamo-nos no bando telepaticamente e quando um de nós sente dor, ansiedade e essas coisas, o outro também sente.

- Isso explica porque eu senti a sua alegria agora a pouco! – disse sem pensar.

-Ah, não... Isso é outra coisa.

Ele ficou atrapalhado ou eu to interpretando mal?

- E o que é então? – quase inflamei de curiosidade.

- Essa ligação forte que nós temos, essa sensação de saber o que o outro esta sentindo e essa vontade de se aproximar um do outro a todo segundo se chama... Impriting. É uma coisa bem complicada de lobos.

Eu queria saber mais, tinha ficado interessada logo nessa parte, mas um grupo de homens grandes e musculosos adentraram o quarto falando e gritando simultaneamente, interrompendo a minha conversa com Jacob.

Ele somente me olhou sorrindo e falou baixinho em meu ouvido que depois terminava de me explicar tudo. Eu me arrepiei e ele percebeu, porque deu outra de suas risadas sonoras.

- ! Meu Deus... Estou tão feliz em te ver acordada. – um deles me abraçou fortemente, quase quebrando as minhas costelas

- ar, acho que pre-ci-so de ar! – disse me abanando e dando pequenos tapinhas em suas largas costas, enquanto ele continuava me apertando de forma esmagadora.

-Seth! – ralhou Jacob – Larga ela!

O garoto me soltou ainda que resmungasse um pouco e mesmo assim não deixou de me mimar. Apertou minhas bochechas, mexeu em meus cabelos, deu um beijo no meu olho esquerdo e eu somente ria, o achando engraçado e fofo.

Seth parecia um dos mais novos, apesar de também ter o famoso tanquinho e os músculos visíveis que toda aquela machaiada possuía . Enquanto ele estava na minha frente, eu mal podia ver os que estavam atrás dele, tentando a todo custo falar comigo.

No final, ele concordou em me “emprestar” por cinco minutos, apenas para que eu conhecesse os outros. Sim, porque eu não me lembrava exatamente de nenhum deles. Apesar de sentir uma ligação forte de amizade com o Seth, o resto era meio que novidade para mim.

- Olá – disse o mais alto de todos e ele inspirava respeito, porque todos quietaram os ânimos ao ouvir a sua voz – Eu sou Sam, líder do nosso bando. Estou muito feliz que esteja bem, seja bem vinda de volta. –ele sorriu e apertou minha mão.

Ele se afastou e logo depois vieram Jared, Quil, Paul e Embry... abraçaram-me e fizeram piadinhas comigo. Eles eram todos muito simpáticos, bonitos e se me permite, pareciam iguais, assim, vendo-os lado a lado.

Bom, Jacob também tinha os mesmos traços, mas me parecia único.

Varri os olhos pelo quarto, procurando-o. Ele estava num canto, conversando com o Carlisle sobre mim, ao que parecia. Tentei sondar os pensamentos do medico já que os de Jake eram bloqueados para mim, contudo, dois garotos me atrapalharam no exato momento, cada um dando um beijo meloso em cada lado de minha bochecha.

- Collin ao seu dispor, madame. – o garoto fez uma reverência, fazendo-me gargalhar.

- Nossa, você continua linda ! – o pequeno Brady (que não era tão pequeno assim apesar de ter só uns 14 anos) estava quase babando por mim, me deixando sem graça.

- Ei – Jacob gritou bem alto – repita isso de novo a ela e te dou uma surra! – Arregalei os olhos com o que tinha acabado de ouvir, ele estava mesmo ameaçando uma criança por causa de um elogio inocente?

- Jacob, por acaso você está louco de falar assim com o garoto? Ele só foi gentil e...

Antes que eu pudesse terminar, Brady foi logo se apressando em dizer, temerosamente:

- tudo bem, me desculpe Jake. Não vou fazer isso de novo – o coitado do menino parecia amedrontado e por isso não ousava tirar os olhos do chão.

- Bom, muito bom mesmo. – ele ainda estava sério – Nem mesmo por pensamento.

Semicerrei os olhos extremamente irritada. Aquilo foi o cúmulo do absurdo. Que ciúmes doentio era aquele?

- O que? – Jacob disse vindo em minha direção percebendo o meu mau humor repentino – Ele estava te secando!

- Ele é apenas um pré-adolescente cheio de hormônios, não pode nem olhar?

- Jamais. Você é minha garota. – meu sangue esquentou em segundos.

- ih, já começaram... – disse Embry e os outros rolaram os olhos, como se já esperassem pelo espetáculo há algum tempo.

Arqueei a sobrancelha levemente. Precisava ter uma conversa com meu suposto amigo e ele teria que me explicar umas coisas sobre Jake.

- Bem, só faltou eu. – uma mulher índia veio em minha direção cortando por completo o clima estranho que se instalara– Sou Leah, irmã de Seth. Nós duas somos as únicas lobas no bando. – disse indiferente, não parecia ter orgulho algum.

- Oh, fico feliz em não ser a única – pronunciei-me, aliviada.

- Eu também! – ela completou e nós rimos. Aí eu percebi que também seriamos boas amigas.

Todos nós ficamos algumas horas assim, brincando. Isso até os quileute perceberem que já era bem tarde. De acordo com Esme, - uma vampira com um jeitinho doce e fraternal - os vampiros não dormiam nunca, mas os lobos - segundo Sam - precisavam de grande dose de sono por dia e em geral, sempre que o faziam, eram como pedras e ainda roncavam, pra piorar. Leah olhou sugestivamente para Seth nessa hora.

Enquanto todos riam, repentinamente meu coração se encheu de um medo estranho. Eu estava com receio do assunto realmente acabar e todos irem para suas respectivas casas. Por quê? Ué, eu não sabia onde ficaria e nem com quem.

Edward provavelmente ouvirá isso, mas... Eu não sei se gostaria de passar a noite com tantos vampiros. Eles se mostraram amigos e ganharam metade da minha confiança, então esse não era o problema. A questão real se baseava no fato de que eu queria o meu lar, mesmo sem saber onde era.

Queria me sentir em casa, também protegida e amada. Por isso a sensação de estar sozinha foi me dominando aos poucos, porque no final das contas, ao que me parecia, eu não tinha família já que nenhum familiar veio me ver. E minha mãe? Eu não tinha certeza se ela era falecida.

- Está tudo bem ? – Jacob perguntou parecendo entender minha aflição. Ele ainda tinha que me explicar essa palhaçada de impriting.

- sim, claro. – menti convincentemente.

- Não, me fala o que há de errado. – pediu carinhoso. É... por um minuto eu achei que fosse boa em mentir.

- Eu... Eu... Bem, eu... Edward?

Eu não ia conseguir terminar, uma ajudinha cairia super bem. Fiz minha melhor cara de anjo, Quem sabe eu fosse melhor em persuadir.

- Ela quer saber pra onde vai agora, já que nós tínhamos dito que ela esta recuperada o bastante para ser liberada, algo como uma alta.

- Você não vai pra minha casa? – o tom impaciente de Jacob ecoou.

- Jacob, não ia ser estranho? – rebati.

- Jake, me chama de Jake. – ele pediu. - Mas então, você não se sente protegida comigo mais que com eles?

- Eu não pretendia ficar com eles, apesar deles terem sido tão bons... Só acho que ia ser estranho se nós dois dividíssemos o mesmo teto.

- Mas eu sou seu namorado! – ele arfou confuso.

- Embora não me lembre disso, eu sinto. E por isso mesmo é estranho. Você é meu namorado, não meu marido. Como vou fazer no quesito privacidade? Banho e essas coisas?!

Dessa vez ele riu gostosamente ao entender perfeitamente onde eu queria chegar. Não que fosse uma cena ruim, mas já imaginou a situação de a gente morando sobre o mesmo teto?

Tomar um longo banho, sair do banheiro enrolada na toalha, Jacob cruzando o corredor me vendo nessa situação embaraçosa... Bem essa foi só a circunstância constrangedora numero um, pois outras muito piores haveriam de acontecer. Ninguém acorda bonito ou com um hálito muito bom, mulheres têm ciclos menstruais e...

Uma risada escandalosa veio do mesmo lugar onde Edward falara pouco antes. Lancei meu melhor olhar inquisidor, afinal, se alguém soubesse dos meus pensamentos eu ia ser zoada pela vida inteira.

“Tudo bem, tudo bem!”

Ele disse mentalmente e Jake nos olhou com uma pulga atrás da orelha. Cachorro curioso.

- E minha mãe? Ela morreu? – perguntei aflita, lembrando-me do assunto.

- Não – respondeu Jake – Ela viajou par cuidar de seu pai no Brasil... Ele está doente. Eu não queria ter te contado agora, você já esta com tantos problemas...

- Eu ia querer saber, de qualquer modo. Achei que era órfã.

-Bem, - alguém falou mudando de assunto e eu procurei pela voz - E se você fosse lá pra nossa casa? – perguntou Seth animadíssimo.

- O QUE? – meu namorado quase engasgou com a própria saliva.

- É, e você dormiria no meu quarto ! – Leah também parecia animada.

- Ah não, ela não vai dormir numa casa com um marmanjo! Porque ela não vai para casa de Bella? – ele olhou em volta procurando pela aprovação de sua idéia, mas muitos distorceram as próprias expressões e outros ficaram incrédulos.

- E quem é Bella? Ela está aqui? – perguntei a Leah, tentando disfarçar a curiosidade.

- Isabella Swan é a ex-namorada sem sal do Jacob, ela mora em Forks.

Espera, será que eu ouvi bem?

- Ela é o que?

Minha voz saiu esganiçada demais. Foi inútil tentar controlar o espasmo que percorreu meu corpo ao saber que eu não era a única na vida de Jacob. E aquele lance de impriting? Balela?

- Ela não era minha ex, só me apaixonei por ela – desta vez Edward rosnou e Jacob ficou na defensiva – Até você chegar, .

- E você queria que eu ficasse na casa da guria que já foi tua namorada?

Se pudesse ou tivesse um pouco mais de coragem, estaria batendo nele, e muito.

- Por acaso você é louco?- voltei a questioná-lo. - Que estupidez foi essa? Você achou que eu não fosse descobrir? Caramba, aquela coisa de impressão era mentira?

Não tinha dado tempo nenhum a ele, mas queria respostas pra já. Num estante, me vi como a versão feminina possessiva de Jacob. Era inevitável.

- Leah, viu o que você fez? Eu posso sentir a raiva dela me sufocando. – Jake berrou controlando seus tremores.

- Não só você... Eu... Eu também estou estranho.

Quil disse rangendo dentes enquanto eu somente tentava não pensar em um provável beijo do ex-casal, porque aí, seria o fim.

- ! – alguém exclamou perto de mim – Se acalme!

Nada surtia efeito, mas que diabos! Nem o dono da voz de quem estava tentando me sossegar eu saberia dizer.

- Jasper! Onde ele esta? Precisamos dele ou ela vai acabar explodindo todo mundo aqui mesmo! – Carlisle parecia tão eufórico e colérico quanto os outros.

- Não! Alice não entre no quarto agora, não ainda. – gritou Edward – Com ela fazendo isso, mal posso raciocinar.

- Amor... – era a voz dele – Me escuta! Sei que você esta com ciúmes...

- Eu não estou com porcaria de ciúmes nenhum! Eu só estou irada por causa da sua idéia ridícula de me aproximar da sua ex. – falei entre dentes. – E NÃO ME CHAME DE AMOR!

- Certo! – ele levantou as mãos em sinal de paz e fechou os olhos com certo sofrimento - Mas veja só: Fui totalmente estúpido, eu sei... Só que eu amo você. Estou aqui, na casa dos meus inimigos por você e somente por ti. Bella somente fez parte do meu passado. Se acalma que eu te conto tudo, ok?

- Vai me esconder alguma coisa? – finalmente meu tom abaixou um pouco.

- Não, nada. Confie em mim...

- Tudo bem. – relaxei os músculos e todos fizeram o mesmo.

- Isso que você fez com todos... Como? – Sam estava perplexo e eu sem entender nada.

- Eu fiz? Do que você esta falando?

Cap. 6 – Vanilla twilight




Todos eles olharam para mim com a mesma cara. Aquela que claramente insinua algum desconforto ou certa cautela, como se algo estivesse sendo escondido de mim. Eu sabia que tinha algo muito estranho por trás de toda essa maluquice mais estranha ainda despejada em mim em uma só noite.

Eu já era uma loba, tinha um namorado lobo, trabalhava numa matilha, rastreava vampiros e ainda tinha mais coisa pra eu ficar sabendo? O que mais diriam que pudesse ser assustador? Que minha escola é Hogwarts? Essa historia se não fosse trágica... Seria cômica.

- Vamos, eu quero saber! – exclamei e minha voz ecoou pelo silencio.

- , isso deve ficar para depois. Nós vamos esclarecer tudo mais tarde, se você descansar.

- Eu não sou uma criança Carlisle, pra você colocar condições sobre mim.

Me senti mal no exato momento em ele me olhou, talvez não fosse uma condição e sim uma suplica, pelo meu bem.

- Eu sinto muito, mas você precisa repor suas energias – ele frisou a palavra.

- Me desculpe pela ignorância... Eu só... Estou curiosa.

- Eu entendo, não precisa se desculpar. Nos veremos quando você quiser para resolver esse assunto.

- Uhum. – assenti – Leah?

-Sim ? – ela respondeu o meu chamado rapidamente.

- Já podemos ir para sua casa?

Ignorei a careta de Jacob. Nós nos entenderíamos mais tarde.

- É claro! – ela sorriu – Você consegue andar?

- Espero que sim!

Assim que coloquei meus pés sobre chão frio dos Cullens e senti uma fraqueza momentânea na perna, o que teria me feito ir de encontro ao chão, se dois rapazes não tivessem vindo de imediato ao meu encontro e me reparado no ultimo segundo. Edward me pegou depressa nos braços enquanto Jacob quase morria de raiva.

- Pode deixar, eu assumo daqui pra frente. –

Tive a certeza que a voz de Jake possuía um tom mais alfa que a de Sam, porque era grave, arrogante e autoritária como a de nenhum outro.

Edward me colocou na cama novamente e suspirou. Contendo-se, eu imagino. Meu namorado me pegou em seu colo como se eu fosse um bebê, mesmo sob os meus protestos de que eu podia andar.


Pretendia me despedir de todos de pé, com apertos de mão e abraços... Mas tudo o que pude fazer foi acenar e agradecer, pois estava sendo levada a força escada abaixo, sem a mínima chance de conseguir me livrar daqueles braços fortes. Então eu simplesmente parei de resistir.

Na saída todos eles ainda estavam nos vendo ir enquanto eu acenava. Minha despedida para com Edward foi mental.

“Edward, releve as atitudes de Jacob.” – pedi.

“Tudo bem, eu não devia esperar nenhuma educação dele”

“Bom, isso não faz com que eu me sinta melhor”.

Eu ri e ele me acompanhou. Felizmente Jacob não percebeu que estávamos num dialogo “silencioso”, por me carregar olhando para frente enquanto eu olhava por sob seus ombros assistindo toda a família nos observar.

“Não se preocupe . Espero que você algum dia ainda de um fim nessa possessividade dele, não que eu não goste de vê-lo irritado... Mas você não merece”.

“ É, isso tem que acabar. Oh, vamos entrar no carro. Tchau Ed! Até depois. Agradeça a sua família por mim hoje, e depois poderei eu mesma fazê-lo”

Ele sorriu torto. Era um belo sorriso. Opa. Acho que ele ouviu tudo isso.

“tchau ! Boa noite... também gosto do seu sorriso.”

Jacob circulou em volta de um carro antigo e me colocou cuidadosamente no banco do passageiro. No final, não foi tão ruim ficar sentindo o cheiro bom que a pele dele tinha, assim de pertinho.

- Carro legal, é seu? – perguntei.

- É sim, obrigado. – apesar da educação, notei a frieza em seu tom.

- O que foi Jake? – perguntei sem rodeios.

- Eu estou incomodado.

- Isso eu sei, quero saber o motivo.

Ele me fitou nos olhos um instante e depois deu partida no veiculo. Ficou uns minutos calado, até dizer:

- Primeiro Emmet, depois Edward e agora você vai pra casa do Seth?

- Primeiro: Vou pra casa da LEAH. Segundo... Edward apenas me ajudou e você foi grosseiro e terceiro: o que tem o Emmet? – rebati desorientada.

- Continua sendo a casa do Seth.

- É só questão de tempo, assim que eu me sentir mais a vontade... Vou... Ficar com você.

- Isso não diminui meu ciúme, mas me dá esperança.

- E quanto ao Emmet, ele é um colega, não? Pra que tanta insegurança?

Não dava pra ficar com raiva das insinuações de Jacob, pois ele parecia triste e eu estava cada vez mais querendo contornar a situação, porque sua tristeza me incomodava instantaneamente.

- Vocês já foram bem próximos.

De novo o ressentimento...

-p-proximos? – gaguejei pateticamente pasma – Que tipo de relação nós tínhamos?

- Eu não sei. Mas nossa ultima discussão foi por causa dele, principalmente.

- Eu não sinto nada por ele! Amizade talvez, mas... Nada comparado ao que sinto por você.

Eu precisava demonstrar toda a minha sinceridade embora me sentisse um tanto confusa. E se eu tivesse tido algo com Emmet? Ele não era alguma coisa da tal Rosálie, que é linda, por sinal?

Jake olhou em meus olhos intensamente novamente e parece que foi proposital, apenas para destacar em meu cérebro que eu não podia e nunca teria tido olhos para outro homem senão aquele diante de mim.

Pedi enfaticamente para que ele parasse o carro no acostamento, eu precisava dizer isso a ele, expulsar aquela incerteza que ele continha na mente, que eu podia sentir.

Eu o amava de alguma forma ridícula em meu coração, que burrice a dele não perceber.

Apesar de reclamar um pouco por achar que eu queria descer e ir andando por ter ficado chateada com nossa recente conversa, ele assentiu meio contrariado quando eu jurei de pé junto que só queria propor uma coisa.

O ponteiro do velocímetro diminuiu até chegar ao ponto zero. Criei coragem antes de me virar completamente para ele, encarando sua face desanimada.

- Você precisa entender uma coisa. – ele se endireitou ao notar que meu tom era sério – Eu posso ter duvida sobre muitas coisas... Quem são meus amigos, o lugar de onde eu vim, minha comida favorita, minhas preferências masculinas, mas curiosamente, tenho certeza sobre uma única coisa aqui. Eu sinto algo forte por você, poxa vida! – seus olhos faiscaram e eu senti uma corrente eletrizar meu corpo.

Respirei fundo antes de continuar.

- Eu não sei por que tão rápido, mas já amo a cor de seus olhos, a sua pele bronzeada e o seu sorriso de sol. Eu tremo internamente ao ouvir sua voz, ao sentir o teu cheiro... Quando nos olhamos pela primeira vez, de repente, nada ao meu redor importava mais. Ainda penso nisso como algo surreal. – segurei seu rosto entre minhas mãos delicadas – Não vejo motivo para nenhum ciúme se a única coisa que quero, com a minha memória de volta ou sem ela, é estar perto de você.

Depois de desabafar, me senti inexplicavelmente leve. E fiquei melhor ainda ao sentir uma boca macia pressionar a minha.

Sua língua pedia passagem avidamente, e eu mais do que depressa deixei que elas se tocassem e foi como se dançassem no mesmo ritmo. Nosso beijo era perfeito, sincronizado... Todo cheio de paixão.

Senti o calor de seus lábios e de suas mãos, e essas, sem que eu tivesse percebido antes, já estavam na barra da minha blusa.

Eu suspirei quando ele tocou minha barriga, mas não retrocedi. Achei que se ele podia me deixar assim, tonta, talvez eu também pudesse fazer o mesmo.

Meus dedos que até então estavam acariciando seu rosto, foram descendo até o peitoral de Jacob, e descendo mais um pouco, encontraram aquele tanquinho maravilhoso que eu tinha certeza ter sido vitima de infinitos abdominais.

Jacob se arrepiou com o meu toque e eu sorri entre o beijo. Então eu não era a única a delirar, ótimo.

E para terminar de me matar, ele tirou meu cinto de segurança numa velocidade inumana e sem que eu tivesse qualquer chance de negar ou notar o que ele estava pretendendo, me levantou agilmente e me colocou em seu colo, mas não como um bebe...

Desta vez eu estava com uma perna em cada lado de seu quadril, nossos corpos a essa altura quase se fundindo. E foi quando eu senti algo entre minhas pernas que me deixou... Como vamos dizer? Ah sim, Constrangida. O bastante para que eu quebrasse o beijo e sentasse de volta no banco onde estava antes, completamente corada e ensandecida com o nosso amasso.

- Me desculpe , eu... Eu não devia ter... Desculpe-me. – ele parecia embaraçado, mas não sentia culpa nenhuma por ter começado aquilo – É que você é tão... Deixa-me extremamente... Argh!

Ele bufou, cansando-se de explicar qualquer coisa e colocando a cabeça sobre o volante, respirando alto.

- Tá tudo bem, você causa o mesmo efeito em mim. – respondi ciente de que minhas bochechas estavam adquirindo coloração vermelha agora. Mais uma vez.

Jake olhou para mim com aquele meio sorriso malicioso nos lábios que quase me fez voltar atrás para recomeçar de onde paramos, entretanto, logo ele olhou para frente balançando a cabeça e voltou a ligar o carro, dirigindo mais devagar que antes.

Nossa despedida foi rápida. Assim que ele parou na frente da casa, eu suspirei e lhe dei apenas um celinho, mesmo sob os seus protestos. Enquanto ele dizia que eu estava sendo má, eu apenas contra-argumentava que estávamos numa rua pública e essas coisas ligadas ao pudor.

Dando-se por vencido, Jake me abraçou e me desejou boa noite educadamente enquanto eu saltava do carro, já me preparando para sentir sua falta, afinal, tinha constatado que ele fazia mesmo parte de mim.

O rabbit deu partida e eu nem precisei tocar a companhia dos Clearwater. A mãe deles (que se apresentou e abraçou-me carinhosamente) escancarou a porta e os três me acolheram muito bem. Tanto, que eu cheguei a ficar sem graça. Quero dizer, era quase quatro da manhã e eu ali, fazendo todo mundo ficar acordado. Amanhã todos estariam mortos de sono somente por minha causa e eu odiava, do fundo do coração, dar trabalho para os outros.

- Tem certeza, querida? Você não aceita comer algo antes de dormir?

A adorável Sra. Clearwater perguntava-me pela terceira vez.

- Tenho certeza absoluta. A senhora não precisa se incomodar de jeito nenhum, eu não estou com nem um pingo de fome!– fui simpática, apesar da insistência.

- Bem, se é assim... – sorriu-me – Leah, já esta tudo arrumado. Leve ela, sim?

- Claro, mãe.

Todos nós murmuramos um boa-noite em uníssono e eu segui Leah e Seth pelas escadas que nos levariam até os dormitórios do segundo andar. Não tinha dito nada a nenhum deles, mas estava sentindo uma pressão incomum no abdômen, provavelmente nada que fosse sério, então decidir por ficar calada.

Minha nova colega de quarto tinha uma cama extra quase ao lado da sua. Os lençóis floridos pareciam confortáveis e somente o meu colchão estava cheio de cobertas quadriculadas em cima, o que era propicio, já que estava uns -5 graus lá fora e eu estava com uma blusa fina de mangas compridas, enquanto Leah usava uma camisola de alcinhas finas.

Pensei nisso por um instante... Jake tinha dito algo sobre lobos serem imunes ao calor, mas eu não tinha certeza se podia me vestir como ela em dias assim. Por isso pedi licença, me encaminhando ao banheiro, onde lavei o rosto tentando melhorar minha aparência (que mesmo cansada, estava luminosa e bonita, não sei como) e trocar de roupa.

Tinha optado por uma calça de moletom, um top e um casaco de lã emprestado. Ela era muito mais alta, mas quem se importava?

Seth veio sei lá de onde, me deu um beijo na testa, levantou-se e apagou a luz. Nos primeiros três minutos deitada ali, achei que seria difícil dormir por ter recebido tantas noticias num único dia, mas o sono me venceu antes mesmo que eu pudesse me dar conta do que eu era a partir de hoje.

Cap. 7 – Hot Air Baloon



Fogo. Era isso que eu sentia, via e tocava. Em volta de mim só fumaça, do meu lado só labaredas laranjadas e vermelhas. Tentei gritar e correr, mas tudo foi inútil. Eu estava num circulo, presa nele e perto de ser queimada.

O suor escorria pela minha testa, por isso passei a mão por lá inúmeras vezes a fim de secá-lo e mesmo assim, ele teimava em descer... Rolando pela minha face e salgando minha boca.

Chamei Jacob, porém somente meus lábios se mexeram, não consegui emitir som algum, e aquilo me frustrava e me desesperava ainda mais. Eu ia morrer sozinha.

De repente algum barulho de vidro se quebrando soou muito alto pelo cômodo e eu abri os olhos extremamente apavorada, dando de cara com um Seth parado na porta, me admirando com a face extremamente assustada e a boca aberta em formato de “o”.

Constatei feliz que eu tinha tido apenas um pesadelo, mas logo me aborreci com a cara do garoto na porta. Que é? Eu acordava tão horrenda assim?

Passei os olhos pelo meu próprio corpo e quase tive uma sincope. Oh meu Deus, era por isso! Peguei a coberta o mais rápido possível e a enrolei sobre meu corpo ficando completamente sem graça. Eu tinha sentido tanto calor a noite, que provavelmente teria tirado as calças sabe-se lá como e o casaco que vestia, ficando apenas com uma calcinha amarela e um top branco.

Não precisei dizer nada, pois Seth saiu de lá quase correndo e tropeçando em tudo por seu caminho com uma enorme bandeja na mão. Desconfiei que fosse meu café da manhã. O coitado não tinha culpa de nada, como é que ele ia adivinhar que eu ia sonhar com fogo e me despir no meio da noite, se ontem ele me viu toda empacotada antes de dormirmos?

Apesar do embaraço, era uma coisa pra se morrer de rir. A cara dele superou qualquer outra de susto que eu já tenha visto. Eu só esperava que Jacob não ficasse sabendo.

Desci as escadas de madeira com certo receio, desejando mais que tudo que o clima entre eu e meu amigo não ficasse tão ruim quanto eu achava que poderia ficar. Chegando a cozinha, encontrei apenas Leah sentada na bancada, abocanhando um brioche enorme. Seus olhos puxados se fecharam ainda mais ao me ver.

- , o que você fez a Seth? – indagou-me.

- Eu? Eu não fiz nada. Acabei de acordar...

- Hm, pois ele passou por aqui como um furacão, e deixou a bandeja que levava para você. – analisou-me por um instante – Você disse que não queria comer?

-Não! – na verdade eu queria demais, minha barriga estava roncando – Ele apenas viu algo que não era para ter visto.

- Tipo o que?

Quanta curiosidade, Gosh.

- Ele te conta depois. Agora tô com muita fome.

Aquele bolo de chocolate que a Sra Clearwater tinha feito, não durou 5 minutos. Eu e Leah demos conta direitinho da metade dele, já que a outra parte, Seth já havia engolido a tempos.

Senti-me totalmente anormal por comer tanto. Acho que o pequeno coma me causou uma dessas disfunções no estomago em que você come feito um ogro e nunca se sente realmente satisfeito.

- Parece que eu estava amarrada! – disse entre risos, enquanto passava manteiga no pão.

- isso é normal por causa da nossa transformação.– Leah riu.

- Transformação? Mas que...?

Ia perguntar, mas uma cambada de rapazes entrou no mesmo instante fazendo todo aquele barulho que se pode imaginar.

Era como se fosse a casa deles e nem mesmo se importavam em parecer educados. Os pães que restavam ali, se foram um a um, a medida que eles passavam pela mesa e vinham até onde estávamos, no sofá.

- , Leah...- fui cumprimentada por todos com um beijinho na bochecha enquanto leah recebia apenas acenos e piscadelas. Não que ela importe-se com isso, quer dizer... ela evitava contato físico com qualquer um deles.

- Jacob...? – perguntei a Embry.

- Ele queria vir, mas teve que resolver umas coisas com os frios.

- Certo. – não consegui esconder a tristeza em meu tom de voz – Mas ele vem mais tarde?

- Não... – ele disse e logo sorriu da minha expressão chateada – Hoje vamos todos a um lual, é a comemoração da sua volta!

-Sério? – pensei em quantas pessoas veria, sem reconhecer nenhuma delas – E vai muita gente?

- Todos nós.

Seth respondeu entrando na casa e piscando para mim meio envergonhado. Tive que gargalhar de sua face enrubescida. Não era sempre que alguém da cor dele ficava vermelho feito um tomate maduro.

- Nós perdemos alguma coisa? – Paul disse caçoando do menor.

- Nada interessante.

Respondi casualmente, pronta pra subir as escadas e tomar uma ducha, pra depois sair. Já que Jake não viria tão cedo, talvez eu pudesse dar uma volta.

Vesti uma roupa confortável e fofa mais um biquíni por baixo pra que pudesse ir a praia depois. http://media.photobucket.com/image/roupa%20simples/erikacullen2307/Semttulod-3.jpg

Seria total egoísmo meu se eu dissesse que queria ir sozinha, principalmente para pensar? Bem, talvez sim.

- Ei – chamei a atenção de todos enquanto ia em direção a saída – Estou indo a First Beach, alguém quer ir?

Por sorte, Jake tinha me falado sobre as lindas praias de La push ontem e sobre como ficavam perto de nossas casas.

- Mas nem tem sol! – Jared exclamou.

- Eu sei, mas ando sentindo bastante calor. – me abanei pra parecer mais real e eles se entreolharam, quase falando sem dizer uma só palavra. – O que foi?

- Está decidido, vamos com você. – Paul disse determinadamente.

- É, Jacob ia pirar se a deixássemos ir a praia sozinha e ainda mais com esses shorts!

Embry comentou com gestos exagerados, apontando para meu jeans.

- E o que tem de errado neles? – exclamei.

- E você ainda pergunta a estes abutres? – Leah disse desanimadamente – Vou pegar roupa de banho, trate de me esperar.

Bom, parece que o quesito clima já não era mais um problema. Os garotos se animaram muito rapidamente e começaram uma guerra de travesseiros ali mesmo, na sala de estar. Se alguma das esculturas de cerâmica da Sr. Clearwater quebrasse, eles estariam tão ferrados!

Gargalhei com o meu próprio pensamento e decidi esperar por todos do lado de fora, assim, não teria nada haver com eles se alguma tragédia acontecesse.

O céu estava nublado, o sol completamente tampado pelas nuvens azuis escuras. Provavelmente fosse chover mais tarde, o que não era nem um pouco ruim. Na verdade, chegava a ser ótimo, já que diferentemente das outras pessoas normais de todo o mundo, eu amava um temporal, uma garoa. E não só pra ficar em casa.

Eu ainda sonhava em poder dar uma beijo na chuva, daqueles de cinema.

Fui tirada de meus devaneios, quando um dos garotos abriu a porta e então os outros rapazes vieram junto, conversando e rindo. Leah também estava por perto, xingando Paul de todos os nomes que lembrava por ele ter pisado em seu pé. Suspirei, e continuei a andar, quando de repente, senti uma mão em minha cintura. Seth.

- , me desculpa por hoje mais cedo, juro que não foi de propósito.

- Tudo bem, relaxa. Como você ia saber?

- Ah, graças a Deus! – ele sorriu – Achei que você tivesse ficado com raiva.

- Não sei por qual motivo. Se você não tivesse corrido, nós teríamos rido da situação.

- Acho isso pouco provável...

- Por quê? – Perguntei curiosa de verdade.

- Chegamos! – ele disse mudando de assunto.

O clima podia estar horroroso, segundo todos os meus amigos... Mas em uma coisa, todos tinham que concordar, o mar aprecia ótimo.

As ondas sempre ficam maiores quando está para chover e eu suspeitava que hoje fosse dia de lua cheia, você sabe... Luas influenciam marés.

-O que acha de a gente dar um mergulho?

- Está louca? Jake nunca concordaria com isso!

- E onde ele está agora? – sorri sapeca para Seth.

- – ele usou um tom sério – isso pode ser perigoso. A maré está alta e também está muito frio, não acho que seria bom se...

- Você cuidaria de mim, não é?

- Cuidaria. – disse derrotado.

- Então vamos comigo, por favor. Sei que você não deixaria que eu me afogasse...

Tirei a roupa rapidamente, ignorando o olhar de alguns meninos sobre o meu corpo. Nada que fosse me incomodar de verdade, pois eu não tinha vergonha de mostrar as belas curvas que tinha, na verdade, eu sabia que era bem bonita de corpo e gostava disso.

Mas não, eu não estava fazendo questão de esfregar isso na cara dos garotos, até porque tinha namorado. Por isso tratei de tirá-las bem rápido, ficando só de biquíni e logo após, fiz a minha melhor cara de anjinha inocente para Seth.

Bati palmas agitada por tê-lo convencido, e como ele tinha dito, o mar estava completamente revolto. As ondas eram fortes e indomáveis, bem do jeito que esperávamos.
A principio fiquei até onde a água salgada cobria minhas pernas, com Seth reclamando o tempo todo sobre minha falta de senso e enquanto eu perdia tempo ouvindo seus berros, os outros corriam pela areia ou brincavam um pouco mais longe de nós.

- Hey, para me afogar eu precisaria, no mínimo, estar com o tronco debaixo da água. Por favor, pare de exagerar.

- Como posso parar se a cada palavra minha, um passo seu para o fundo?

- Seth, eu não sou uma loba?

- Tecnicamente. – ele disse de maneira taxativa e eu gargalhei.

- Sim, tecnicamente. Logo se conclui que: Não vou morrer tão cedo. Pelo menos, não desse modo.

- Você pode se machucar...

- Eu não vou me machucar, seu chatinho! – dei língua e adiantei mais uns passinhos à frente.

- , me leve a sério... Eu te imploro, sim?

- Uau, você sabe ser... –

Ia completar a frase se não tivesse sido pega de surpresa por uma correnteza forte me puxando para dentro sem que eu pudesse refrear meus próprios pés. E passo após passo, onda após onda me fazendo cair e ter dificuldades para levantar e me manter firme, acabei sozinha com a água no queixo, batendo os dentes por causa de um frio repentino e dentro de um buraco.

Eu não sou de ficar desesperada em situações perigosas assim, isso quando estou em terra firme, pois longe dela, minhas pernas enfraquecem e eu me sinto inerte, como se ao meu redor tudo ficasse em preto e branco e acontecesse devagar demais ao mesmo tempo. Sei que é difícil de imaginar, mas não tanto quanto é sentir.

Eu já nem sabia há quanto tempo estava bebendo aquela água, só sabia o quanto a minha garganta estava seca.


Capitulo 8 - Iris



- Deus , ! Te peguei! – alguém disse enquanto me arrastava de um jeito carinhoso até o que eu supus ser a margem.

- Seth?

Perguntei curiosamente e me arrependi no momento seguinte, quando notei que usar minhas cordas vocais se tornaria um grave problema dali em diante.

- Sou eu, vai ficar tudo bem.

Balancei a cabeça contrariada pelo tom de voz que ele usou. Pareceu-me que tinha doido muito mais a ele dizer qualquer coisa. Porque Seth falara tão choroso e desconcertado?

De repente, lembrei-me dos avisos que ele tinha me dado mais cedo, todos para o meu bem. Eu tinha causado problemas de novo, pela segunda vez. Que cansativo isso estava ficando.

Senti uma vergonha imensa de abrir os olhos e encará-lo, mas ele não se importou e me carregou em seus braços mesmo quando a areia seca estava muito próxima.

- Me dá ela aqui! – dei um solavanco assustado ao reconhecer o dono da voz.

- Jake? - A palavra acabou não passando de um sussurro.

- Como você deixou isso acontecer?

Seth. Ele estava responsabilizando Seth.

- A culpa não foi dele, eu quis entrar.

Quis ser mais convincente, mas minhas cordas vocais estavam estranhas e tudo que consegui foi parecer rouca.

- Ela quase se afogou. Vocês todos estão cegos?

Jacob não parava de gritar enquanto corria pra perto de mim. Ele me tirou dos braços de Seth e me agarrou como se eu fosse fugir no seguinte momento.

- Nenhum deles teve culpa. A maldita idéia foi minha, minha.

- E porque você fez isso? O mar não está...

- Eu sei... Seth me avisou sobre os perigos, entrou comigo, mas ficou brigando todo o tempo porque eu queria ir mais pro fundo. A culpa não foi dele, e sim da lua cheia.

- Da lua cheia? – ele perguntou confuso.

- O mar está assim por causa dela, não é?

Jake riu fraco e me deu um beijinho de esquimó, ignorando a pergunta feita.

– Você continua totalmente estranha e incrivelmente linda.

- Hm, obrigada. Acho. – ri novamente e lhe dei um celinho demorado.

Mexi-me um pouco desconfortável no colo de Jake para que ele notasse que eu já podia andar com minhas próprias pernas e quando ele entendeu a mensagem que eu queria passar, negou descaradamente.

Certo, ser tratada cheia de mimos por um cara gato pelo qual você está totalmente apaixonada é bom, mas na frente dos outros é meio ‘embarassante’.

- Vamos, me coloque no chão.

Eu pedi meiga, esperando que meu estado de humor refletisse minha melhora física.

-Você acabou de se afogar, não vamos discutir isso. – ele disse cauteloso.

- Quero outra coisa em troca então. Peça desculpas ao Seth, ele não mereceu as suas incriminações.

Jacob me olhou com olhos estreitos por alguns segundos e depois bufou. Supus que aquele gesto era quase como um reconhecimento da derrota. Meu amigo nada tinha haver com o recém incidente, aquilo foi apenas inconseqüência da minha parte.

- Tudo bem... Você está certa. Conversarei com ele na casa da Emily, hoje.

- Ótimo! – fiquei completamente satisfeita quando ele beijou minha testa e sorriu. – Temos um lual, não é? – ele concordou balançando a cabeça. - Vai aparecer por lá?

- E porque não iria?

- Não sei. Você passou o dia todo fora. Os meninos disseram que você estava resolvendo umas coisas pendentes.

Não queria mesmo me passar por intrometida, mas não obtive sucesso em omitir o tom indiscreto em minha voz. Ele, por sua vez, deu de ombros antes de me responder calmamente.

- É... coisas que eu ainda não terminei de resolver. Mas não se preocupe, passo aqui as sete pra te buscar.

Jacob entrou na casa dos Clearwater e me deitou na cama suavemente, no quarto de Leah.

- Eu posso ir com Seth e Leah, você não precisa se incomodar...

- Não vai ser nenhum incomodo, muito pelo o contrário.

Jacob deslizou as costas de uma de suas mãos pelo meu rosto e se ajoelhou para me olhar melhor. Seus olhos pretos continham um brilho indecifrável e seu sorriso ainda era aquele que aquecia meu coração.

- Eu vou indo...

Roçou a própria boca em meus lábios de maneira doce e singela e de algum modo alucinado eu quis mais dele e queria que ele soubesse disso.

- Você tem mesmo que ir? – enlacei minhas mãos em seu pescoço impedindo sua partida rápida.

- Eu não queria, mas tenho. – ele tirou meus braços dali e beijou a ponta de meus dedos. – Eu te amo.

Não importa quantas vezes aquelas palavras saiam de sua boca das várias formas imagináveis, meu estomago sempre vai revirar e eu vou parecer estarrecida... E depois disso, um calor vai me preencher, um calor bom que eu reconhecia como felicidade.

Eu o amava, mas a perplexidade não me deixava fazer muita coisa, a não ser colocar o braço no peito e suspirar. Ele não precisava que eu dissesse as palavrinhas mágicas para ter certeza, de fato ele sentiria, antes mesmo de qualquer pronuncia parecida.

- Eu... Eu também te amo.

Eu disse zonza e sozinha, naquele ambiente ligeiramente abafado e silencioso, exceto pelas batidas do meu coração.

Jake pulou a janela em menos tempo do que eu levaria pra contar até três. Ele não esperou uma resposta minha. Por acaso, ele parecia apressado demais para resolver o tal assunto, que de forma alguma teve a mera intenção de me contar.

Digamos que toda aquela confusão na praia tivesse me feito ficar cansada, e logo eu percebi o quanto eu precisava de um sono tranqüilo, se quisesse mesmo estar disposta pra sair à noite.

Eu devia estar ensopada, mas o calor de jake me secou quase que automaticamente, e então, eu ainda me sentia aquecida e sono lenta.

Sei que no fim, fechei os olhos e não sonhei com nada, e por isso acordei relaxada e de bom humor quando ouvi batidas na porta.

- Entre.

- É que já esta na hora de se arrumar... – Leah explicou-se.

- Nossa, eu dormi tanto assim? Que horas são?

- Seis e quinze. Soube que seu namorado vem daqui a pouco.

- É verdade. Obrigada Lee. – sorri levemente entusiasmada, quando Leah virou-se para me analisar melhor.

- O que você disse?

Ela inquiriu-me de eu jeito assustador, os olhos quase fechados, abertos apenas com pequenas fendas.

[~]olhos quase fechados, abertos apenas com pequenas fendas.

- Er... Obrigada? – perguntei incerta.

- Não, do que você me chamou... Lee!

- Bem... Eu não sabia que você não gostava de apelidos. Juro não fazer isso de novo.

- Não é isso, sua boba! – a garota gargalhou – Você me chamava assim antes. – Ela fez descaso da minha confusão. – Antes de perder a memória.

- Oh! – coloquei as mãos na boca avidamente. – Isso é sério?

- É claro. Quando você queria me irritar na frente dos meninos ou quando apenas estava sendo carinhosa. Desde que chegou aqui, tem sido minha única amiga... Eu senti falta desse Lee, ninguém mais me chama assim.

Não pensei duas vezes em abraçá-la.

Leah parecia o tipo de garota amargurada por algum motivo, no entanto, toda essa casca de durona era feita apenas para os de fora. Ser ou parecer fraca não é bem o tipo de coisa preferível nessa vida, a menos que a pessoa goste de ser ferida... Tanto corpo quanto alma.

Só os que a conheciam bem é que podiam dizer quem realmente ela era. Depois que toda essa dureza vai embora, algo delicado e com necessidade de atenção transparece, trazendo à tona sua identidade secreta.

Acho que era uma loba quase indefesa em sua verdadeira face. Quase.

- E agora, com que roupa eu vou? – disse olhando as opções na mala que eles trouxeram de minha casa.

- Bom, uma fresquinha já que é na praia.

No final das contas, o que eu havia escolhido, tinha me deixado bonita, leve e sexy de uma forma não vulgar. Tudo ao mesmo tempo. Jacob aprovaria minha escolha.

Passei um iluminador nos olhos e um blush fraquinho, um gloss rosa na boca... E então estava pronta! Dei uma ultima olhada no grande espelho e constatei o que já havia reparado. Jacob ia gostar, ia mesmo.

Sorri levemente e desci as escadas, quando meus ouvidos (mais apurados do que eu me lembrava) captaram a voz forte de Jake na varanda da casa.

- Uau, você esta linda.

Ele me puxou, fazendo com que nossos corpos se colassem, e tão rápido quanto isso, senti meus pelos da nuca se eriçaram.

- Você também não está nada mal.

Me afastei um pouco para vê-lo melhor. A camisa preta gola v que ele usava era meio colada, e por tanto, me fazia ter uma visão privilegiada de seu peitoral malhado. A bermuda jeans dava um ar descontraído, e nó pé, um vans beije. Perfeito!

Nosso momento íntimo durou pouco. Logo eu estava envergonhada pelo modo como ele me olhava, assim como estava enrubescida do mesmo modo por ter sido pega olhando-o lascivamente. Era como se eu quisesse tirar a roupa dele só com os olhos.

Eu sabia que havia algo bem animalesco dentro de mim, mas isso era exagero até para uma transforma.

- Então... – pigarreei desconcertada. – Vamos?

Jacob soltou um daqueles risos altos em que você se esquece completamente dos próprios pensamentos e tem vontade de acompanhar a risada. Logo após segurou minha mão carinhosamente e me guiou pela estradinha iluminada que nos levaria a first beach.

- Espere, e Leah? – interrompi o silencio de alguns minutos.

- Ela já foi há muito tempo. Encontrei-a no caminho quando fui te buscar.

- Ah... Ela quis nos deixar sozinhos.

- Você se incomoda? – perguntou Jacob, mexendo em seu cabelo lindamente desalinhado.

- Não, é claro que não. Nós somos namorados, né? – adquiri um tom brincalhão.

- Para todo o sempre. – ele sorriu divertido. – Imagino que isso seja estranho a seu ver.

- O que exatamente?

Curiosidade, maldita curiosidade. Alguma coisa me dizia que aquele assunto era como um campo minado.

- Nós de mãos dadas, namorados, impriting, lobos, amor eterno e essas coisas... Acho que você se sente sem opções, sem escolha.

- Algumas coisas me incomodam, é verdade. – procurei seus olhos e vi um brilho de tristeza súbita por ali. - Mas a melhor parte faz todo o resto valer à pena.

- E qual é a melhor parte? – paramos um de frente pro outro, ambos não exatamente prontos para o que viria a seguir.

- JAAAAKE!

Quil apareceu a alguns metros da praia, onde uma fogueira acesa chamava agora nossa atenção. Ele fazia todos os tipos de sinais possíveis para que nos aproximássemos do pessoal reunido naquela bagunça animada e típica dos quileute.

- Continuamos esse assunto depois. - Jacob sussurrou as palavras em meus ouvidos sensíveis e eu enfraqueci, visivelmente perturbada.

Mais de perto, pude reconhecer muitos dos meus amigos acompanhados. Jake me apresentou a todos eles e eu os cumprimentei alegremente. As garotas pareciam estranhar o meu comportamento de novata, então achei que ninguém tinha contado muito bem sobre o terrível acidente com minhas memórias.

O lado bom é que eu não teria que explicar sobre coisas que eu mesma tinha dúvidas.

- Rachel é o impriting de Paul então?

Perguntei baixinho a Jacob enquanto assistia meu marshmellow queimar.

- Sim, faz uns... – ele coçou o queixo de maneira pensativa e inacreditavelmente sexy (em minha opinião). – Três meses. Paul está muito feliz, ele não para de pensar nela.

- Eles fazem um casal bonito.

Notei que eles riam leves e despreocupados, como se ele não fosse um lobo e tivesse inimigos naturais, como se ela não estivesse em constante perigo só por ser sua companheira...

- Nós fazemos um casal mais bonito ainda. Somos o casal mais perfeito de todo o universo. – Jake estufou o peito e sorriu, com certo orgulho.

Bom, agora eu entendia um pouco melhor. Era isso que valia muito a pena. Por isso Rachel continuava ao lado de Paul, mesmo consciente dos riscos. É um amor sem barreiras, sem qualquer explicação razoável para que ambos estivessem submetidos a isso. Aquilo sempre foi amor, puramente amor.

O que realmente não valia a pena era perder um minuto disso.

- Sinta. – coloquei sua mão em meu peito para que ele soubesse que aquelas batidas frenéticas eram para ele, por ele... Era o que valia a pena. – É a sua resposta.

Ele entendeu só de me olhar.

Pra ele, foi como se eu tivesse dito EU TE AMO aos gritos pra todo mundo ouvir, dito que era só dele por toda vida. No final das contas, era isso que eu queria ter deixado bem claro. Isso se eu tivesse coragem para tanto.

Ele delineou o contorno de meus lábios com o dedo indicador, e eu me perguntei por que diabos ele demorava tanto pra me beijar. Eu necessitava urgentemente daquele contato físico.

- Em pensar que eu quase te perdi... – um rastro de sofrimento correu por sua face.

- Não. Eu estou bem aqui agora. Ao seu lado.

- Só pra mim... – Jacob fechou os olhos e nós encostamos nossas testas.

- Só pra você.

Finalmente senti seu hálito perto demais para voltar atrás. Nossas línguas se encontraram e o mesmo turbilhão de emoções do nosso primeiro beijo voltaram tão fortes e renovadas quanto tinham sido antes.

Amor, desejo, ansiedade e saudade. Eu já não sabia diferenciar as minhas próprias emoções das dele.

- Vão arrumar um quarto!

- Embry, seu idiota! – Jake gritou chateado por termos nos separado tão brutalmente. Afinal, eu levei um susto.

- Me desculpe por isso .

- Relaxa, tá tudo ok. – sorri e lhe dei um selinho demorado.

- Ei, venham todos para a fogueira. – Sam falou.

Em questões de minutos, todos nós estávamos sentados em um circulo fechado ao redor do fogo.

- Fizemos essa reunião para celebrar a volta de nossa irmã, Jéssica. – ele sorriu e todos o acompanharam com palmas e assovios. – Bem vinda de volta.

Balancei a cabeça agradecidamente.

- Nós esperamos pacientemente por sua recuperação e sentimos muito a sua falta por todo esse tempo. Foi difícil te ver naquele estado, mas hoje você está aqui inteira e feliz de volta para seus amigos, parentes de consideração e para seu namorado. E almejamos que você e Jake continuem assim... – senti minhas bochechas corarem. – Um brinde a Jéssica e Jacob.

Todos levantaram seus copos cheios de bebidas diversas e logo os sons de vidros se tocando preencheram o som calmo do ambiente. Senti-me imensamente alegre, porque de certa forma, eu soube que aquela era minha família. Meu porto seguro.

- Quer que eu te leve para casa?

Jacob perguntou-me acanhado, depois que tínhamos saído do lual para dar uma voltinha sossegada na praia.

- Na verdade não. Estou gostando da paisagem. – virei meu tronco para encará-lo. – Das paisagens!

Comentei entre risos e corri, esperando que ele viesse atrás de mim. É lógico que ele me abraçou por trás segundos mais tarde e me girou no ar. Eu não era párea para a velocidade dele.

Jake me jogou no chão e se posicionou por cima, segurando meus braços no alto de minha cabeça.

- Então você me acha bonito... – Afirmou, pretensioso.

- É, acho que sim.

Provocação definitivamente devia ser meu sobrenome.

- Acha? – perguntou-me adquirindo uma face... Malévola.

Não tive tempo de falar o que quer que eu estivesse formulando em minha mente. Agora, no exato momento, eu estava provando daquele sentimento de impotência e de debilidade que milhões de cócegas podem te fazer experimentar.

É meu caro, e por minha culpa.

- Ja....Jake...pára! – tentei exigir entre soluços, gargalhadas, ruídos estranhos e sabe-se lá o que mais.

- Só se você disser que eu sou o cara mais lindo do mundo.

- Não... Jake... É sério... Eu... ahahahaha...não...consigo....res-pi-rar!

- Então diga! – Gritou entre risos.

- Não, eu me recuso. Paaaaaaaara!

As cócegas aumentaram o ritmo e meu estomago já começava a doer.

- Não acredito! Você prefere um ataque desses a dizer que eu sou bonito?! Sua orgulhosa!

- Eu... Eu digo se você parar!

- Não. – ele disse usando um falso tom sério. - Agora eu não paro nem se você disser. Você merece mais!

- O que? Ahahahaha... É um acordo justo. PÁRA!

Jacob parou de brincar comigo ao perceber que eu tinha mesmo perdido todo o fôlego durante nosso momento louco... Meu peito subia e descia tão rápido que ele mal conseguia acompanhar.

De repente Jake suspirou alto e pesadamente, como se estivesse cansado demais para continuar qualquer brincadeira idiota me tendo ali, debaixo dele.

- Diga. – ele sussurrou roucamente perto de meus lábios, me enlouquecendo.

- Você... – fiz uma forcinha para usar uma voz sedutora e dei uma pausa.

– É... – sorri libidinosa ao ver que meu sex appeal estava funcionando muito bem nele. - O terceiro na minha lista de homens mais bonitos do mundo!

Dito isso, rolei sobre ele o mais sorrateiramente possível, me levantei aos tropeços e corri como nunca, numa velocidade incrível para uma garota como eu, ou seja: preguiçosa.

Olhei para trás e vi Jacob confuso por uma fração de segundo. Após notar que era uma provocação alheia, ele correu tão veloz quanto eu, com um sorriso assassino no rosto.

Sim, eu estava ferrada.

Quando me alcançou (o que não demorou muito), colocou-me sobre seus ombros largos e caminhou comigo em direção ao mar, mesmo sob meus protestos, meus murros em suas costas, meus gritos de socorro desesperados.

Eu simplesmente não podia acreditar que ele ia me jogar na água às 10 da noite, quando a friagem estava em seu auge.

- Então, existem dois homens mais bonitos minha frente, huh? Posso saber quem são?

- Ah, se você fizer isso, eu juro que te mato! – Berrei desesperada dando um puxão nada amigável em seu cabelo. – Me solta, Jake!

- Outch! – ele riu ignorando minhas agressões físicas. Aquilo era carinho para ele, o que me frustrava. – Você não cumpriu sua parte no acordo. Estou muito decepcionado e seriamente disposto a te castigar, nervosinha.

As pequenas ondas alcançaram os tornozelos de Jacob. – Ugh! Muito gelada... – me provocou.

- Não... Não Jacob. Por favor! – ele continuava a avançar enquanto eu tentava uma tática mais polida. – Eu estava blefando, você é o homem mais lindo do universo, pronto!

- Agora é tarde para voltar atrás.

Aquelas palavras me fizeram sentir um calafrio na espinha. A água batia em sua cintura e meus dedos do pé roçavam a maré levemente. Ela estava tão fria, que uma simples gota me fizera arrepiar até o ultimo fio de cabelo.

Duvidei por alguns minutos que ele fosse mesmo capaz, mas voltei atrás no mesmo instante quando ele me trouxe para frente e me suspendeu no alto com seus braços firmes esticados, deixando apenas minhas canelas entrarem no mar... Se Jake os abaixasse completamente, eu seria coberta até os seios, já que era menor que ele.


- Não seria capaz... – minha voz saiu entre cortada de pavor e descrença. – Se você me colocar aqui dentro, será o responsável pela minha gripe, febre e dor de cabeça de amanhã.

- Acha que eu não notei o quanto você correu naquela hora? Sua pele está muito quente, não percebeu? – Jacob sorriu maldoso. – Já é quase uma loba, sua transformação está muito próxima. Ou seja, seus glóbulos brancos triplicaram. Não ficamos doentes.

- Mas eu ainda sinto frio! – meu tom aumentou devido ao desespero.

- Eu sei... De qualquer forma, eu estou aqui.

Suas palavras calmas mal fizeram sentindo em meu cérebro quando sem aviso, me soltou naquela imensidão azul, sem piedade.

No começo, o frio foi tão devastador que foi como se agulhas estivessem me pinicando. Logo após, percebi que não era tão mal assim e segundos depois, quando estava ficando realmente bom, algo me puxou para a superfície. Ele.

- Você é um imbecil, Black!

Sorri batendo os dentes e o abracei, sentindo seu calor emanar para meu corpo. Os tremores cessaram quase que automaticamente.

- Eu sei que você gostou...

Ele beijou meu pescoço demoradamente, enquanto eu mantinha os olhos fechados e me segurava para não deixar escapar qualquer som constrangedor de minha própria boca.

- É, você tem razão... – enlacei as pernas em volta de sua cintura. – Na verdade, eu adorei.

Não precisei de qualquer outra palavra ou ação para incentivá-lo. Jacob me beijou intensamente e ferozmente, de um jeito que teria me deixado de pernas bambas se eu não estivesse grudada a ele daquela forma.

Meus suspiros serviram de estimulo para suas mãos, que inesperadamente apertaram minhas pernas e subiram por um caminho inconveniente até meu quadril, que ele empurrou com força em direção ao seu.

Poderia muito bem mentir e dizer que me comportei como uma santa, incapaz de sentir tanto calor em determinada área, mas venhamos e convenhamos que: Qualquer garota em meu lugar teria feito o mesmo. Eu enlouqueci.

Aquele movimento repentino me obrigou a passar as unhas com força em suas costas definidas e falar baixinho o seu nome, sem qualquer intenção de piorar a situação. Foi tão imediato e natural, que eu mal cogitei a situação de tê-lo feito sentir ainda mais tesão por mim.

- Jacob...

Balbuciei desnorteada ao sentir seu corpo rígido se esfregar no meu. Nós parecíamos nos encaixar tão bem, que eu duvidava muito que um de nós pudesse resistir.

- ... – sua voz rouca me incitou a procurar por sua boca carnuda.

Senti o tecido fino do meu vestido levantar um pouco e a principio, achei que era por causa das ondas. Ingênuo engano... As mãos ágeis de Jake exploravam áreas proibidas. Elas apertavam a minha bunda com avidez enquanto eu me concentrava num pedido de calma. Mesmo sem saber se eu realmente queria isso.

Quando seus dedos finalmente encontraram algo perigoso com o qual eu devesse me preocupar, tive que dizer alguma coisa enquanto era tempo, enquanto ainda pensava.

O elástico da minha calcinha branca de renda era uma barreira. O inicio de tudo, ou o fim de tudo. Eu podia escolher.

- Jake... – tentei me desvencilhar de sua boca vermelha e apelativa com pouco sucesso. – É melhor... É melhor a gente parar.

- Você... – seus olhos desfocados pelo prazer encontraram os meus totalmente envergonhados. – Tudo bem.

Ele me soltou aos poucos para que eu pudesse por os pés no chão, e quando o fez, olhou para as estrelas respirando pesadamente. Não que parecesse com raiva ou coisa parecida, acho que ele só estava meio despreparado para um não aquela altura do campeonato.

- Eu só preciso de uns minutinhos para me recompor.

Não respondi nada. Só esperei ele olhar pro céu o quanto quisesse com toda a paciência do mundo. Eu era tão boba. Eu também queria, não é? Eu nem tinha certeza se era virgem.

- Eu... Eu sinto muito Jake.

- Hey, não se desculpe. Sei que forcei um pouco a barra, eu é quem tenho que ser perdoado. Vem, vamos sair daqui.

Puxou minha mão delicadamente e me arrastou até a margem do mar. A brisa fresca do sul não parecia tão fria quanto deveria ser, e eu me sentia quente por dentro e por fora, sem verdadeiramente saber se era pela transformação, o pela cena de minutos antes.

- Eu tenho algumas duvidas... – afirmei no caminho para casa.

- Pode perguntar, com certeza. – ele descansou o braço em torno da minha cintura, para me aquecer AINDA MAIS.

- Nós... Por acaso nós já...

- Você quer saber se nós já fizemos amor?

Ele indagou, a ligeira confusão dando lugar a compreensão em sua linda face.

- É... – afirmei me sentindo basicamente em chamas.

Primeiro achei que ele não fosse responder, depois achei que poderia ficar bem chateado. Mas nada disso aconteceu. Jacob somente beijou o topo de minha cabeça e respondeu gentilmente:

- Não precisa se preocupar com essas coisas agora.

- Eu quero saber... Digo, é uma coisa íntima nossa que precisa mesmo ser esclarecida.

Ele sorriu enviesado, como se soubesse que eu ia teimar desde o início.

- Ok. A resposta é: Não, nós nunca chegamos a isso.

- Então quer dizer que já chegamos bem perto? – corei novamente com a possibilidade.

- Claro, claro. Amassos sempre foram a nossa especialidade. – ele gargalhou por um momento e depois voltou a ficar sério. – Mas eu sempre respeitei seu tempo , e sempre vou respeitar.

- Eu sei.

Eu disse numa confiança cega desconhecida até por mim... Aquele cara me tinha nas mãos, sem duvida.

Chegamos até a casa onde eu estava hospedada sem muita demora. No fundo eu sabia que aquela pergunta era só uma das muitas que eu faria a Jacob ao longo do tempo, mas como ele mesmo havia dito, aos poucos todas as coisas seriam resolvidas e que primeiramente eu tinha que ter paciência.

Ótimo, mas paciência não era o meu forte.

Demos um beijo calmo e rápido, porque sinceramente não queria que alguém me visse ao lado de Jacob com os cabelos molhados e com a cara de morta que eu devia estar. Seria como escrever em um cartaz em amarelo fluorescente: “Fiz coisas extremamente cansativas e loucas com esse cara aqui!”.

Bem, eu estava longe de querer que as pessoas pensassem coisas ruins sobre mim. Pelo menos por agora, que eu mal sabia quem era.

Arrastei-me a passos lentos para o banheiro e troquei de roupa antes de procurar qualquer pessoa na casa, que por acaso, estava muito silenciosa.

Depois de ter vestido uma roupa quente e de ter vasculhado todos os quartos, desci para a cozinha e acabei encontrando um único ser vivo ali. Seth estava sozinho em casa.


- Onde está Leah e Sue? – perguntei numa animação irrefreável.

- Leah está fazendo patrulha e minha mãe ficou na casa de Emily para dar uma força na cozinha.

- E vocês ficaram lá por muito mais tempo?

- cerca de uma hora e meia. – Seth respondeu com indiferença.

-Você está bem?
Insisti numa conversa enquanto ele pegava algo pra beber na geladeira.

- Porque se importa? – ele girou para encarar meu rosto.

- Bem, até onde sei, nós somos amigos. – ofendi-me com suas poucas palavras. – Ou estou enganada?

Meus olhos buscaram os seus e eu senti o clima tenso mesmo sem que ele fosse meu impriting. Seria fácil resolver tudo se eu soubesse o que ele pensava, mas não. Eu só tinha muita certeza de que algo estava errado entre nós dois.

- Você devia dormir, parece cansada.

Ele pegou seu copo de sucos sem ao menos me encarar e subiu, me deixando com uma cara de tonta olhando para o nada.

Dificilmente eu era o tipo de pessoa que deixava problemas inacabados e sem resolução para trás, e foi por isso que segui a direção que antes Seth havia adotado. Se eu estava falhando em alguma coisa com ele, tinha que pelo menos saber no que era.

- Abre! – esmurrei a porta sem qualquer hesitação . – Quero falar com você.

- , vai dormir. Eu não to a fim de conversar agora. – ele respondeu no mesmo tom irritado que o meu.

- Eu tenho o direito de saber porque esta agindo assim comigo!

- Não, não tem. Eu não sou seu namorado. Você não precisa das minhas satisfações.

- Mas eu sou sua amiga... – sussurrei inconformada contra a parede, sem saber se ele teria me ouvido.

- EU NÃO QUERO A PORCARIA DA SUA AMIZADE!

Ele gritou e eu me afastei, ainda digerindo as palavras, quando ele finalmente escancarou a porta e me olhou com os olhos vermelhos e o corpo trêmulo a ponto de explodir. Seus passos firmes me faziam recuar, e quanto mais eu recuava, mais ele parecia perto de mim.

- O que você quer então?

Senti as batidas do meu coração enfraquecerem e o nó em meu estomago crescer sem consentimento.

- Eu quero você.

Se é assim que é saber a verdade, eu não devia ter perguntado.

Sua boca se fixou contra a minha antes que eu pudesse processar tal ação.

No começo fiquei totalmente parada como uma estatua tentando entender sua atitude súbita, suas palavras. Mas quanto mais quieta eu ficava, mas a língua de Seth tentava desesperadamente encontrar a minha, querendo me provar como mulher.

Desespero. Ele estava desesperado por mim.

Então vieram sentimentos horríveis como culpa e pena. Culpa por nunca poder amá-lo mais do que como a um irmão, embora ele me amasse de outra maneira. Pena porque eu queria que ele fosse feliz, que fosse correspondido.

E foi no meio de todos esses pensamentos sofridos que passei a mão por sua nuca e deixei que ele aproveitasse o único momento intimo que teria comigo na vida.

Sim, eu confesso que foi totalmente impensado e maldoso... Afinal, eu estava colocando esperanças ali. Mas Seth ainda era a segunda pessoa em quem eu mais confiava, ainda era meu melhor amigo e a pessoa mais sorridente do mundo. Eu devia isso a ele.

Uma chance na cabeça dele, uma exceção na minha.

Seus lábios macios pareceram muito contentes com a minha decisão de retribuir. Na verdade, ele estava atônito, louco pelo fato de ter conseguido algo comigo. Seus beijos vorazes foram em direção ao meu pescoço e eu não pude reprimir os arrepios, afinal, a carne sempre foi fraca.

Seus beijos subiram novamente, passando por meu queixo e mandíbula e depois indo em direção ao lóbulo de minha orelha. O rastro de saliva quente em minha pele aquecia meu rosto e me livrava do frio. O jogo estava ficando perigoso, o meu corpo estava gostando. Ele era quente, tanto quanto Jacob.

Foi aí que minha mente perturbada começou a fazer comparações entre eles e de repente, o sentimento de culpa já não era o inicial, e sim um novo e incomparavelmente mais dolorido. Era horroroso.

Eu me dei conta de que o que eu estava fazendo não era ajudar, era trair. Trair os dois. Trair a mim mesma, trair minha alma, trair meu coração. A única coisa que eu não estava traindo era meu desejo sexual, mas isso não me deixava melhor.

Eu estava com nojo de mim mesma.

- Chega! – disse com repulsa quando as mãos de Seth tocaram a barra de minha blusa.

Corri entre tropeços até o quarto de Leah, tranquei a porta o mais rápido possível e me joguei na primeira cama que vi, deixando que as lágrimas finalmente saltassem de meus olhos como quisessem e inundassem os lençóis floridos.

– O que eu fiz? Meu deus, o que eu fiz?

- ? Abra a porta, por favor. - o tom de voz de Seth era agoniado, tanto quanto meu choro irreprimível. - , responde! Abre aqui, por favor... Me deixa explicar.

- Eu... preciso...ficar...sozinha.

Falei entre soluços e minha voz ficou quase irreconhecível. Mas eu não ligava. Só queria que ele desse o fora dali.

- Eu entendo, mas, por favor... Deixe-me entrar por um instante.

- Agora não dá, não dá. – tentei ignorar ao máximo as batidas insistentes na porta. Seth tinha que desistir alguma hora.

Capitulo 9 - Sale El sol


Só dava pra saber mais ou menos há quantas horas eu estava ali com a cara inchada e olhos vermelhos porque o sol começava a nascer no horizonte.

Julguei ser cinco e meia da manhã, ou seja, quatro horas sem pegar no sono e perdida entre meus pensamentos torturantes. Perdida em minhas traições.

Eu tinha certeza absoluta de que Seth estava praticamente no mesmo estado deplorável que eu, só que do lado de fora do quarto, encostado a parede. Sem nenhum esforço eu consegui captar as batidas lentas e tristes de seu coração... Respirei fundo e abri a porta sem muita vontade, mas ciente de que precisava encarar tudo aquilo de uma vez.

O garoto parecia sonolento antes de notar minha presença, entretanto, quando me viu, colocou-se de pé mais rápido do que qualquer um faria.

- Oi... – ele disse sem muita confiança.

- Oi. – fechei os olhos por um breve instante. – Entre.

Sentei-me no parapeito da janela, ainda indecisa sobre meu provável discurso. Eu não tinha o intuito de magoá-lo, mas algumas coisas precisavam ser ditas.

O problema real era como colocar tudo isso pra fora sem fazer mal, sem prejudicá-lo tanto.

- O que aconteceu ontem...

Ia dizer, mas Seth interrompeu vindo até mim e segurando minhas mãos.

- Me deixe falar primeiro, é algo que não posso mais segurar.

Suspirei alto, temendo o que estava por vir.

- Estou ouvindo. – afirmei cautelosa.

- Eu sempre senti uma coisa especial por você. – ele me olhou com olhos culpados e eu o incentivei a prosseguir com um meio sorriso. – Desde que Jacob nos apresentou. Não soube naquele dia que você era o impriting dele, só fui saber uma semana depois. Eu não quis acreditar, quer dizer... Eu estava apaixonado pela namorada do meu melhor amigo.

- Seth...

- Eu tentei te esquecer de todas as formas, . Afastei-me muito para que você sumisse dos meus sonhos, dos meus pensamentos. Só que, quando vocês brigavam, tudo que eu tinha evitado por um tempo desmoronava... Você ficava tão mal que não podia evitar te encontrar e te consolar. Foi difícil esconder isso da matilha, porque nós compartilhamos tudo, somos irmãos. Você compreende como isso também é dolorido pra mim? Eu pareço o vilão, mas acho que não sou. Sou apenas o cara viciado no seu sorriso e que nunca vai te ter de verdade para mim. Serei sempre só seu amigo.

Senti um gosto amargo na boca que jamais imaginei sentir. Não era um amargo de uma comida ruim, era o gosto de um sentimento não digerível, era a angustia em meu peito mais uma vez, me fazendo sentir como uma vadia maldosa.

Porque isso estava acontecendo comigo? Todas essas noticias, todos esses segredos, todas essas situações?

- Eu... Eu não sei o que dizer.

- Nós podemos fingir que nada aconteceu e eu entendo que você prefira isso, porque obviamente sei mais que qualquer pessoa que você ama o Jake e não pode mudar esses seus sentimentos. Mas antes de colocar um ponto final nesta historia, preciso lhe perguntar...

- O que quiser. – disse de olhos marejados.

- O que você sentiu quando nos beijamos? Sinceramente.

- Pode te machucar. – alertei-o.

- Quero ouvir mesmo assim.

Ele encostou a cabeça na madeira que contornava a janela e encarou-me sem nenhum receio.

- A principio, não senti nada além de surpresa... E depois eu só consegui ficar enojada comigo mesma, por ser tão burra e fraca.

- Me desculpe, fui um tremendo egoísta. – suas palavras pequenas e sinceras me desestabilizaram novamente.

- Não se desculpe, eu sou a única responsável por isso. Afinal de contas, eu deixei acontecer. Mas você tem que saber Seth, que não vai ser repetir.

- É claro, eu sempre soube que terminaria assim.

- Não se abata. Você ainda tem um impriting para descobrir, eu não sou a única mulher no mundo, você sabe.

- Bem, você é a única pra mim...

- Não sou, e você sabe que não. Se eu não fosse o impriting de Jacob, amaria namorar contigo. E estaríamos felizes até o dia em que você achasse uma garota por quem daria a vida e largar para ficar comigo não fosse uma opção. Leah passou por isso, gostaria de me ver sofrer como ela?

- Nunca.

- Então aceite que há alguém por aí perfeito pra você. E esse alguém não sou eu.

Abraçamos-nos fraternalmente, de modo que nos sentimos melhores com nossos próprios pesos na consciência e debates internos. Por mim, aquela parte já parecia resolvida.

Agora eu teria que lhe dar apenas com a mentira e Jacob. A pior parte.

- Amigos então? – Seth perguntou-me.

-Sempre.

Encostamos nossas testas e deixamos escapar um riso abafado de nossos lábios grossos. O impriting dele seria uma garota de sorte, porque ele era o garoto perfeito.

Acabamos conversando por mais um tempo, até decidirmos que era hora de dormir um pouco, ou cansados como estávamos, dormiríamos em pé quando todos estivessem reunidos.

- Dorme aqui. – apontei para o meu lado na cama.

- Achei que você tinha decidido que seriamos só amigos. – ele fez piada e eu ri com vontade.

- Eu não estou voltando atrás, só não quero ficar aqui sozinha. Ando tendo pesadelos...

- E com o que? – caminhou até mim e deitou-se ao meu lado – Pode dizer, não vou rir.

- Ok, er... Sonhei com fogo na noite passada.

- Uau! Isso é que é desejo sexual . – ele gargalhou novamente e eu lhe dei um tapa bem dado no peito. – Outch! Isso doeu.

- Bem feito! –fiz cara feia. - Eu quis dizer que sonhava com um incêndio. Pareceu tão real...

- Não se preocupe. Estou aqui e não vou deixar nada te queimar. – sorriu-me amigavelmente e beijou minha bochecha. – Boa noite, ou... Boa manhã.

- Obrigada Seth.

Não demoramos a pegar no sono. Claro, com o cansaço em que estávamos nós dois praticamente desmaiamos. O que com certeza privou nossos sentidos por um tempo.

Porque estou dizendo isso? Bem, eu não sabia que alguém tinha entrado naquele quarto, mas quando ouvi aquela voz, soube imediatamente que estava prestes a entrar num pesadelo bem mais que muito real.




Capitulo 10 - Con-science


- .

Jacob disse alto, sem se importar se estava acordando alguém ou não. Infelizmente, não era com isso que eu devia me preocupar.

- Jacob. – cocei os olhos e pulei da cama. - Olha, não é o que parece.

- E o que parece, Jonasson? – ele revidou áspero. – Que você estava agarrada com o um dos meus irmãos?

- Nós não estávamos agarrados, só dormindo juntos. – tentei me explicar, mas logo vi que tinha piorado a situação ainda mais. - Eu estava com medo, ele é meu amigo... Por isso dormiu aqui Jake.

- E precisava ser na mesma cama que a sua? – despejou incrédulo e acido.

- Não houve nada demais aqui, não vou deixar você me crucificar por isso. – cutuquei Seth com força. – Acorda!

- Ahn? me deixa dormir, estou sonhando com...hm... – balbuciou sonolentamente.

- Ele não vai levantar tão cedo, mas se você confia mais nele, pode confirmar o que eu estou te dizendo depois. Só cochilamos juntos.

Bem, eu estava mesmo dizendo a verdade. apesar daquele incidente lamentável, nada mais havia ocorrido entre nós.

- Me diga por que você faz isso ? Sabe que eu sou ciumento e me provoca dessa maneira. Eu simplesmente não agüento, não posso mais com isso.

Deixei Jacob falando sozinho no quarto e fui ao banheiro jogar uma água na cara. Quando me vi no espelho, não deixei de me perguntar por que motivo dois rapazes eram loucos por mim. Eu não era sem graça como Isabella, mas também não era nenhuma top model de cabelos muito lisos e olhos extremamente azuis.

Quando saí de lá, ele ainda tagarelava sobre confiança, respeito e blá blá blá. Tentei não rir alto quando um pensamento me veio aleatório a cabeça.

Dei-me conta de que eu parecia o homem da relação. Simplificando: De saco cheio e sem vontade nenhuma de ter uma DR.

- Você ouviu o que eu disse?

- Claro que sim, estou escutando tudo. – balancei a cabeça.

- Então está de acordo?

É, ele tinha me pegado no pulo. Eu não tinha idéia do que deveria de fato aceitar.

- Tudo bem por mim. - chutei na cara de pau.

- Tem certeza? – indagou-me surpreso. – Não é algo que você possa reclamar depois...

- Não se preocupe, não vou te perturbar.

- Se você diz... – ele suspirou pesado e levantou-se, indo em direção as escadas.

- Espere, aonde você vai? – gritei, subitamente preocupada.

Jake me olhou meio estranho por um momento, como se achasse que eu tinha fumado uma maconha daquelas ou estivesse com um grave problema de audição.

Só percebi que tinha dado um fora, quando ele balançou a cabeça negativamente.

- Eu acabei de dizer pra onde ia. – falou-me com austeridade.

- Não ouvi essa parte, pode repetir... Por favor?

- Vou à casa de Bella, Victoria voltou.

- E porque justo você tem que ir até lá? - bufei inconformada, ignorando totalmente a parte de que a psicopata estava nos arredores da cidade. – Seth, Embry, Quil... Porque logo você?

Eu sei, eu sei. Meus nervos todos pulsavam diante de um sentimento maligno. E não se tratava de ciúmes, com certeza não. O que predominava ali era puro egoísmo, vivido como o fogo.

Eu QUASE não me senti mal por querer que Isabella se danasse, porque aquele lobo não ia a lugar nenhum.

- Você não vai. – afirmei como quem não quer nada, analisando minhas unhas mal feitas.

- Achei que você tinha concordado com isso minutos antes...
Deixei bem claro que não poderia reclamar depois.

- Jacob, você não vai. – encarei-o brava. – Sam pode pedir a outro.

- Pode... É claro que pode. – seu sorriso branco se tornava ligeiramente vingativo. – Entretanto, não precisará. Já esta decidido. Vou proteger Bella e você, , não vai me impedir.

- Não acredito!

- Pode acreditar, amor. Você gosta de fazer comigo o que bem entende, não é? Vamos ver como você reage se eu fizer o mesmo.

Que sacana!

Não tive tempo de voar até ele e puxar seus cabelos com força, talvez estapear seu peito com vontade. Jacob me deixou falando sozinha, assim como eu havia feito com ele 40 minutos antes.

Dirigi-me até o quarto, louca para descontar a raiva em alguém... E confesso que quando vi Seth esparramado na minha cama daquele jeito, tive uma vontade gritante de chutá-lo. Porque ele não podia ter acordado antes e me ajudado a contar o que tinha acontecido?

Mas que Inferno!

Pior mesmo era me dar conta dos meus pensamentos demoníacos, pois isso só podia significar uma coisa: TPM.

- Nossa, que cara é essa? – uma voz sonolenta soou assustada pelo ambiente.

- Bom dia pra você também, Seth.

- E que mau-humor é esse?

Sua cara amassada seria engraçada se eu não estivesse totalmente desprovida de humor.

- Coisas de mulher... Diga-me, quando o povo dessa casa volta?

- Não faço idéia. – ele coçou a cabeça. – Que fome! O que vamos comer?

- Achei um pão velho no armário, te desejo a mesma sorte.

Pisquei desanimada e alcancei as chaves no balcão da cozinha. Pensei em ir à casa dos Black e voltar a aquele assunto estressante de mais cedo, ou dar uma volta rápida em Forks para esfriar a cabeça.

- Ei, aonde você vai? – ele gritou de repente, quando minha mão já pesava sobre o trinco.

- Vou só dar uma saída, não se preocupe. Talvez eu volte tarde.

Não esperei qualquer resposta, apenas abri a porta e senti a rajada fria atingir o meu rosto. O que não me provocou tantos arrepios quanto provocaria numa pessoa normal. Mas não em mim, que era uma quase loba em processo de transformação.

As nuvens espessas cobriam o sol, de maneira quase fúnebre e eu sei que disse adorar chuva, neblina e derivados, só que essas coisas em excesso + um dia impróprio podem trazer alguma depressão. E hoje eu estava lotada disso.

Fui andando a pé pelo acostamento da pista por umas 2 horas, e acredite em mim, sem sentir nenhum cansaço. Muito estranho.

Perdida em meus próprios pensamentos e absorvida nas ultimas confusões em minha vida, quase passou despercebido uma mente quase tão pior que a minha, digo... Cheia de coisas a se refletir e resolver.

Eu não ouvia os pensamentos de nenhum quileute sabe-se lá o motivo, mas estava conectada aos de humanos e vampiros. O belo carro freou quase aos meus pés, no entanto, ambos sabíamos que o motorista estava longe de não ter me notado ali.

Edward só fez essa parada absurdamente escandalosa porque vinha a uns 220 km por hora e calculou que frear 8 minutos antes seria o suficiente para chegar até mim, sem acidentalmente me atropelar.

“Posso saber o que você anda fazendo sozinha pelas estradas de Forks, ?”

Seu olhar parecia preocupado, tenso, curioso e céus, tudo isso ao mesmo tempo.



Capitulo 11 – Get over you

“Estava cansada de ficar em casa. Como vai, Edward?”

“Estou bem. Entre.”

Ele saiu antes que eu pudesse responder e deu a volta para abrir a porta do passageiro em seu automóvel.

- Seu namorado sabe disso?

- Ele não precisa saber de tudo. – fiz uma careta. – Eu acho que nunca devo ter sido uma boa namorada mesmo.

“Essa garota parece ser um problema.” Pensou ele imediatamente, sem conseguir controlar.

Ficou envergonhado assim que minhas gargalhadas preencheram o ambiente. Como assim? Então ele achava que eu era uma louca rebelde? Estaria ele errado? Sim ou não, Edward tentou abafar os próprios pensamentos repassando as notas de uma bela musica tocada em piano.

- Pra onde você pretendia ir? – ele perguntou, ainda tentando se livrar da vergonha.

- Na verdade, estava andando a esmo. E você? Não devia estar caçando Victoria?

Seus punhos brancos apertaram com força o volante, só de ter ouvido aquele nome ser pronunciado. Essa vampira devia ter feito uma coisa muito ruim a ele para enervá-lo desta forma.

- Ela tenta assassinar Bella desde o ano passado, venho caçando-a desde então, mas como vê... Esta sendo difícil pega-lá.

- Por quê? Porque desejaria matar uma única humana em especifico? Isabella é humana, não é?

- Ainda. – seu sorriso tornou-se mais que doloroso. – Ela quer ser transformada.

- E o motivo dela querer isso é...?

- Para ficarmos juntos eternamente, além de acabar com os problemas que ela acha que causa a mim e a minha família.

- E você não está nenhum pouco feliz com isso por que...?

Fiz a pergunta da mesma forma reticente e Edward riu, me comparando a uma criança curiosa em sua imaginação.

– Hey, eu não sou como uma menininha bisbilhoteira!

- Claro que não! – ele riu com mais vontade. – Da onde tirou isso?!

- Hm, não pense que contar até mil vai te ajudar, rapaz. Já vi a imagem em sua cabeça. – dei língua a ele e então rimos. – Vai me contar ou não?

- Não!

- O que? – meus olhos se arregalaram. - Edward!

Gargalhamos mais alto dessa vez. O assunto era tão sério, mas conversando assim, parecia até leve e normal. Digo... Conversar com ele era muito fácil.

Sem julgamentos, sem pressa, sem seriedade total, sem segundas intenções, sem declarações de amor e sem declarações de ódio.

- Eu não quero que Isabella vire uma vampira porque não quero que ela perca a vida assim. Danação eterna é como devíamos chamar, nós nem sequer temos alma. – Edward não parecia bravo, só frustrado. – É, estou bem frustrado com isso.

- Porque acha que não tem alma? - ignorei o fato de ele ter ouvido meus pensamentos.

- Eu tenho certeza que não tenho uma. Somos animais, assassinos. Não temos alma.

- Você está errado. Como pode ter tanta certeza? Por acaso já viu o quão bons e gentis você e sua família são? Vocês não matam pessoas, porque seriam ruins a ponto de perderem as próprias almas?

- , eu fiz coisas ruins no passado...

- Bem, acho que você já seguiu sua natureza um dia Ed, mas agora está mais parecido com um humano do que nunca. Preocupação, dúvidas, medo, anseio, amor... Como um ser que sente todas essas emoções poderia ser vazio por dentro? Não posso acreditar.

- Você é muito ingênua.

- Assim como você é cabeça dura?

- Você não pensou isso! – acusou-me – Está mesmo me chamando de tapado?

- Qual é?! Você faz isso o tempo todo?

- Você também lê mentes, mocinha!

- Eu confundo sua inundação de pensamentos com os meus e mal sei quem é que está pensando o que.

- No começo é assim, você vai se acostumar. – ele riu.

- Não mente!

- Ok, não vai se acostumar... Mas concentração ajuda bastante.

Ele não riu literalmente, com todos aqueles dentes brancos e o sorriso torto bonito, mas sorriu com os olhos, o que significava estar alegre de verdade. Sem mascaras, sem maldade. Só um sorriso sincero, que aumentava em grau e numero o brilho dos castanhos líquidos ali.

- Você não acha que está reparando demais em mim?

- Você não acha que deveria prestar atenção na estrada? – rebati inconformada. – A propósito, para onde estamos indo?

- Ainda não sei. Esperei que você pudesse dizer.

- Eu só não queria ir a Lapush, to querendo um pouco de sossego.

- Aconteceu alguma coisa?

“Fora os ataques possessivos de Jacob?” pensei “ Não, nada!”

- Vocês vivem brigando, não é?

- Sim. É difícil sabe... Lidar com tanto amor e raiva em momentos intercalados. Aposto que você e sua namorada vivem em completa harmonia. Gostaria que fosse assim comigo.

- Não estou dizendo que o que sinto por Bella é normal, porque não é. Na verdade, é louco demais e acredito nunca ter acontecido antes. Mas você e o lobo... Vocês têm uma coisa fora dos limites do real. Não é só amor incondicional, vocês são um só.

- Bem, então eu gostaria que fosse só o amor.

- Não te envaidece o fato de que ele nunca vai olhar para outra mulher?

- Somos todos lobos, podemos fazer coisas que você nem imagina quando estamos de cabeça quente. – Lembrei-me vagamente de Seth. – Não sei se posso ter certeza de qualquer coisa nessa vida, é tudo tão relativo.

- Você beijou o garoto...

- Beijei. Arrependo-me disso a cada minuto, mas não posso mudar o que fiz.

- E fez por culpa. E agora sente tanta culpa quanto naquele momento.

Edward acertou em cheio na ferida.

- Sim. Estou surpresa que tenha compreendido todas essas desordens em minha cabeça. Nem eu mesma posso dizer com precisão o que penso. Tenho medo que Jacob descubra e tenho mais medo ainda por que quero contar a ele. Não é justo esconder.

- Esteja preparada para a terceira guerra mundial.

Ele disse levemente sério e não pude evitar sorrir. Aquilo ia mesmo dar num motim dos infernos.

- Sabe, eu descobri ser tão ciumenta quanto Jacob hoje. Chega a ser ridículo.

- Mas não é. Nós simplesmente sentimos e não há como evitar. Quando parti, deixei Bella com o coração ferido e foi ele quem concertou. Ela o ama também, de uma maneira diferente, mas ama. E isso me mata. – Edward falou triste pela primeira vez desde que iniciamos a conversa.

- Ela... Ela ama Jacob? – gaguejei, falhando na tentativa inútil de manter-me estável.

- Por isso estou correndo por aí , pois eles estão conversando agora. E não posso impedir, são amigos.

- Ele me disse que tinha que resolver uma coisa com ela e discutimos por isso essa manhã. Estamos nos preocupando sem motivo, não é?

Meus olhos tiveram a intenção de marejar sem que eu percebesse. Quando notei, tratei de me recompor. Jacob me amava, ele nunca me trairia.

- Claro que sim. – Edward deslizou os dedos brancos e frios pelo meu rosto, como que reconfortando. – Não temos motivos para isso.

- Você vai bater o carro qualquer dia desses... Imagino até que já tenha tido o ímpeto de beijar Isabella dirigindo isto. – rimos um do outro, quase como velhos amigos.

- Você já simpatizava comigo, antigamente. – Ed discorreu, reflexivo demais.

- Não me lembro dessa época, mas agora sinto como se sempre tivéssemos sido próximos.

- Ter conversado com você assim antes teria sido legal.

- É, pode apostar. Ia zoar de você e de seus pensamentos a cada segundo. – concordei animada

“Não. Você não tinha poderes antes do acidente.”

- Como?

De repente, fiquei realmente confusa. O sorriso se esvaindo da minha face aos poucos.

- ... Ficamos de te contar isso, no entanto, não voltou mais a nossa casa.

- Conte-me tudo, por favor. - eu disse entre dentes, e Edward suspirou.

- Mordida por uma vampira. Não sei ao certo como o ataque aconteceu, mas Jacob te colocou em meus braços toda frágil e machucada. Levei você às pressas para meu pai e por sorte temos hoje uma sobrevivente que por pouco não faleceu. – Edward travou a respiração por alguns segundos, incomodado. – Quando finalmente acordou, eu estava no quarto e como sabe, posso ler mentes. E você, ... Roubou meu poder.

- Diga que não sou uma ótima ladra?

Brinquei e ele balançou a cabeça. Aquilo era assunto serio. Eu odeio coisas sérias.

- Primeiro achei que você tinha o mesmo dom que eu, mas não... Jasper veio e você também apanhou as habilidades dele. Ou seja, você absorve o poder dos outros. Nem imagino o quão poderosa seria se conhecesse os Volturi.

- Posso derrotar qualquer vampiro agora?

- Não, não qualquer um. Mas tem boas chances, não acha?

- Talvez. Qual o poder de Jasper? E quem são esses Volturi?

- Jasper pode alterar emoções, agora você também.

- Se alguém me odeia, posso fazê-la adorar-me?

- Basicamente sim.

- Uau! Amei Ed. Imagina quantos amigos posso fazer com isso...

- Não é bem assim, garota. – Edward riu. – Você não pode ficar alterando as emoções para sempre, o poder é mais para acalmar as pessoas quando estiverem fora de si ou para saber quando alguém esta se sentindo mal, triste, essas coisas...

- Hm, acho que entendi. Bem, será que isso funciona com Jake?

- Vai ter que tentar para ter certeza.

- Já imaginava. Mas e os Volturi?

- São muito poderosos. Os primeiros vampiros, os “governantes” da nossa classe.

- Você não gosta deles...

- Me incomodam tanto quanto Victoria. Ambos querem acabar comigo, de alguma forma. – Edward ia voltar a falar, quando fomos surpreendidos por um cheiro forte. – Ela está aqui.

Ele parou o carro bruscamente, em duvida sobre o que fazer.

Tinha tido sorte em encontrá-la nos arredores de Port Angeles, perto de onde íamos (uma loja de antiguidades), mas se dividia internamente entre alcançá-la e acabar logo com aquilo, ou ficar comigo e me deixar fora de risco.

- Vá Edward, acabe com ela.

- Eu... Eu não posso. E te deixar aqui sozinha? Pode ser uma armadilha. – ele fechou os olhos, parecendo cansado. – Não posso colocar você em risco.

- É sua chance de por um fim nisso, por você e Bella. Não quero ser o que vai impedi-lo de se livrar do que te maltrata.

- Você não entendeu . Sinto-me responsável por você também. Não posso deixar que nada de mal lhe aconteça.

- Mesmo que isso lhe cause desgastes futuros? Uma guerra? Mortes?- questionei cética.

Ameacei abrir minha própria porta e correr, porém, o homem ao meu lado se inclinou rapidamente e apertou minhas mãos levemente, impedindo minhas nobres intenções de sair e esperar em algum lugar.

- Não poderia conviver com o peso em minha consciência se morresse por minha causa, e além do mais, eu sei que posso esperar por isso. Te perder causaria muito mais dor, me traria muito mais problemas. Jacob me mataria. Ninguém ia suportar.

Algo nos pensamentos de Edward quase fez sentido, mas não totalmente. Ele ama Isabella, faz tudo por ela. Porque abdicaria daquela chance para me ver viver, uma loba não transformada? Quais as chances de eu ser assassinada enquanto ele parte em busca da megera? Porque não resolver tudo e ser feliz ao lado da pessoa com quem ele realmente se importa?

- E se eu fosse qualquer outra garota Edward? – indaguei-o confusa, com a face levemente franzida.

- Eu... Eu não sei. É difícil explicar, ok? – Voltou a sentar-se ereto em seu lugar. - Desde o dia que te vi daquele jeito, sinto como se devesse te proteger, quase tanto quanto me sinto a respeito de Bella. Não compreendo isso, não tente você também. Vamos sair daqui, agora.

Dito isso, deu ré imediatamente e saiu dali cantando pneus. Bem tipicamente Edward furioso. Vi em sua mente uma lembrança perfeita nos mínimos detalhes de quando salvara sua amada de um grupo de canalhas bêbados e nojentos. A garota tivera realmente sorte, aqueles caras horríveis podiam ter...

- .

Usou um tom quase rude para me fazer parar. Soube no mesmo instante que aquela era uma área impenetrável.

- Desculpe. – falei ressentida. - Eu não queria pensar que...

- Você é tão diferente dela!

- Da Swan? – Indaguei perplexa, devido à comparação sem cabimento. – É obvio que sim.

- E se isso não fosse um elogio? – inquiriu-me, de fato mais calmo.

- Obviamente que é um elogio. Não se irrite Ed, mas se dissesse que somos parecidas... Eu teria ficado ofendida.

Recordei-me de nosso breve encontro quando Jake e eu demos uma volta por Lapush. Assim que voltamos, Isabella esperava por ele no Hall de entrada. Talvez mais pálida que eu, olhos caídos e uma expressão sonsa na cara.

O Sr. Black apenas deu de ombros em sua cadeira de rodas, como se não pudesse ter evitado aquilo. Enfurecida, dei um beijinho no meu namorado e fui embora sem sequer cumprimentá-la.

- Não estava querendo dizer fisicamente.

- Ainda bem. Por um instante achei que vampiros tivessem problemas sérios de visão. – ri sem nenhuma vergonha, ciente de que podia estar aborrecendo Edward.

- É disso que estou falando. Você é extrovertida e animada quase todo o tempo, eu nem precisaria ter o poder de ouvir sua mente, é fácil ler você. Já Isabella é calada, está sempre tensa e não gosta de expor emoções.

- Está querendo dizer que sou previsível?

- Não, longe disso. Estou querendo dizer que a vida parece ser mais fácil com você.

- Uau, isso foi bonito. Bem poético, Shakespeare. – forcei minha mente a levar aquilo pro lado da amizade. – Contudo, acho que causo tanto problema quanto qualquer outra mulher.

- É, mulheres são sinônimos de problemas.

Segundos depois, estávamos focados em esconder nossos próprios pensamentos. Eu, traduzindo uma música inglesa para o português e Edward, fazendo citações filosóficas. Aristóteles, Sócrates, Marx... Shakespeare. Nesse momento, nos olhamos intrigados e gargalhamos juntos sem qualquer hesitação.

E depois disso ele voltou a dirigir depressa, com a mente voltada para a beleza da corrida, dos borrões que se formavam a cerca de nós dois quando o velocímetro já marcava 180 km/h.



Cap. 12 – Back to Black


Ele queria me deixar na casa dos Clearwater, mas ambos sabíamos que nunca seria possível.

O relógio apontava exatas 13:00 horas quando Edward parou no acostamento, antes da fronteira que separava Forks de Lapush.

Não soube como me despedir quando o radio foi desligado e senti-me sendo observada de esguelha pelos olhos castanhos de um lindo vampiro.

- Por quê? - Perguntei resignada, chateada por estar me sentindo atraída por ele, quando já tinha Jacob.

- Não tem nada haver com o que sinto por Bella, mas experimento a química entre nós, é inegável. Olha, você não devia se culpar por isso estar acontecendo, deve ter um motivo racional. Ou você não é mais o impriting de Jacob desde a luta, ou estamos os dois enfeitiçados.

- Enfeitiçados? – Meu sorriso seco tornou a pergunta ligeiramente irônica. – Isso só pode ser um carma enorme. Eu tenho discussões com meu namorado desde que acordei, namorado esse que faz parte de uma matilha e que por acaso é um lobisomem. Meu melhor amigo se declarou para mim e agora, como se não bastasse, quero te beijar. Beijar um VAMPIRO, beijar um cara que tem namorada, beijar uma estatua de mármore.

- Você... Você quer me beijar? – Edward questionou nervosamente.

Meu deus, de tudo que eu falei ele só absorveu isso?

- Não, não agora. Mas eu quis muito, e quer saber... Isso me mata por dentro.

O Rapaz batucou no volante e deixou com que um grunhido irritado escapasse de seus lábios vermelhos. Ele desejava xingar bem alto embora pensasse ao mesmo tempo que ultrapassaria certos limites da boa educação.

Nossa, ele era um bobo.

- Estás tão acostumada com grosserias, que quando vê um cavalheiro, ri de suas nobres intenções. – Edward discursou tão melódico quanto soou fingido.

- Você tem muitos anos, não é?

- Sim. – ele respondeu tranquilamente. – Passei por varias décadas até chegar aqui...

- Desde as moças em seus vestidos balões?

- Desde a igreja católica no poder, desde os bons costumes, desde o sexo só depois do casamento.

- Por isso é tão recatado?

- Em que sentido diz isto? Não creio que eu seja tímido.

- Você tem um jeito diferente de falar com mulheres... Genuinamente cuidadoso.

- Isso é bom, não é? Espero que as garotas de hoje em dia ainda gostem de ser bem tratadas.

- É claro que sim, mas não como menininhas delicadas.

Teria gostado de complementar meu ponto de vista, no entanto, um som estranho saiu da minha barriga. Quase como um grito surdo e desesperado que me denunciava... Fome.

Edward não riu como eu gostaria que tivesse feito, por que assim, teria me deixado menos envergonhada.

“Eu esqueci completamente de sua alimentação, .” Edward desculpou-se inúmeras vezes em pensamento.

– Posso te levar para comer imediatamente.

- Não! – gritei antes que ele pudesse voltar a colocar os pés no acelerador. – Não precisa, eu vou almoçar em casa. E alem disso, nem estou com tanta fome assim...

Edward me encarou cético, como se em minha testa tivesse um post-it declarando abertamente numa caligrafia vermelho berrante: Oi, estou quase desnutrida.

- Sabe, não me custaria nada.

- Custaria seu tempo. Você tem um vampira para caçar e qualquer segundo é precioso... Já tomei seu tempo demais. O que era para ser uma simples carona acabou equivalendo a uma terapia, uma nova amizade e talvez até um novo flerte. – pisquei os olhos brincando. – Tenho que ir, Edward.

Ia beijar sua bochecha branca, mas parei no meio do caminho, pensando um pouco melhor. Pude ver os músculos do vampiro se enrijecerem com minha mínima aproximação.

- Vocês não têm um cheiro ruim, como Jake disse. Só engraçado. É quase como menta forte, arde um pouco o nariz, mas não passa é assim desagradável.

- Você também não tem mais o cheiro dos outros cachorros. Eu e Emmet já tínhamos comentado que você cheira a tuti-fruti.

- Legal! Nós daríamos bons chicletes, hein? – fiz piada e ele revirou os olhos. - Apesar de todas as coisas tramautizantes que aconteceram durante essa pequena viagem, adorei conhecê-lo melhor.

- Eu também , e espero te ver depois.

Então pulei do carro e acenei até o momento em que meus olhos já não o viam por completo. Suspirei pesadamente e recomecei o caminho de volta para casa.

Sabe, ter saído um pouco tinha relaxado todos os meus nervos e de uma hora pra outra, eu não queria mais brigar, nem com Jacob e nem com ninguém. Eu só queria tentar fazer tudo dar certo... Pra variar.

Por isso fui à casa de Emily e não fiquei surpresa ao ver que todos estavam reunidos lá. Cumprimentaram-me com abraços exagerados e piadas idiotas, bem típico dos jovens quileutes.

Quando a mulher de Sam me ofereceu almoço, claro que não pude recusar. O cheiro estava tão bom quanto à “cara” da comida. Senti uma pontinha de inveja por não saber cozinhar bem daquele jeito. Talvez eu só fosse boa em arrumar a casa.

- Emily, você precisa me ensinar a cozinhar assim!

Afirmei depois da terceira garfada, contente por comer algo tão delicioso.

- quando quiser aprender, . Sabe... Minha prima esta aqui e eu a estou ensinando alguns truques. Você pode vir também quando quiser.

- Sério? – tampei a boca, para que ninguém visse a “coisa toda” rolando ali dentro. – Que dia?

- Bem, amanhã à tarde faremos cookies. Que inclusive, é o doce preferido do seu namorado.

- hm, é mesmo? – ri divertida. – Vou adorar aprender!

Estava terminando de lavar a louça, mesmo sob s protestos de Emily. Não era justo que ela tivesse que fazer tudo naquela casa quando havia tantas mãos disponíveis para ajudar.

Ela dizia que os rapazes não nasciam para esse tipo de coisa, mas eu tinha uma visão muito diferente. Atualmente, o mundo era outro.

Mesmo assim, deixei que os folgados assistissem TV e brincassem enquanto eu ajudava no que podia, tentando deixar limpo aquele pequeno espaço. Estava quase esquecendo que podia ler mentes, quando uma me perturbou, sem provavelmente saber que eu podia escutar.

Como eu já sabia, não tinha acesso a nenhuma das mentes quileutes. Mas uma garota ali parecia não ser da aldeia, porque outro motivo eu teria ouvido seus pensamentos admirados sobre o MEU NAMORADO?

Não fiquei tão enciumada quanto deveria, na verdade, concordei com ela em cada exclamação numa inspeção sobre o corpo dele.

Ela se perguntava repetidamente por que ficava tão nervosa e boba quando via aqueles músculos perfeitos e amaldiçoava a todos por nunca usarem camisa. Aquilo dificultava completamente fazer uma falsa cara de despreocupada quando um dito-cujo lindo daqueles entrava no ambiente.

Ele falou com todos ali, provavelmente já ciente de que eu estava por perto. Por isso, deixou a cozinha por ultimo, onde por acaso eu estava sozinha, lavando um ultimo copo.

Como as mãos cheias de sabão, deixei os pensamentos da guria para trás e não hesitei em correr para sua direção quando o vi.

No começo, ele pareceu surpreso, mas retribuiu meu abraço completamente. Passei os braços em volta de seu pescoço e dei um celinho em seus lábios quentes antes que ele pudesse começar a falar.

- Achei que estivesse brava comigo. – comentou assim que o soltei pra limpar as mãos.

- Não estou, não mais. Só estava no auge da TPM. – me virei e sorri animadamente. – Sou o cão na TPM, não é?

Jacob assentiu, embora também me mostrasse um sorriso igualmente brincalhão no rosto.

- Vem cá, me dá um beijinho. – ele falou manhoso, estendendo os braços em minha direção. – Prometo ficar bonzinho se fizer isso.

Não foi preciso chamar outra vez. Embrenhei-me em seus braços e colei meus lábios àqueles tão perfeitos, moldados somente para mim. Esqueci de todos os problemas e aflições, porque era isso que o beijo de Jacob fazia comigo, me desligava do mundo.

Ri maliciosa quando Jacob desceu os beijos pela minha mandíbula chegando até meu pescoço. Será que ele não se lembrava que estávamos na casa do “chefe”?

Bem, talvez não. Considerando que ele não ligava muito para nada quando estávamos colados assim.

- , que cheiro é esse?

Ele parou bruscamente de me beijar, me olhando nos olhos de forma firme e descrente.

-Cheiro? Que cheiro? Estou cheirando mal? – perguntei confusa e envergonhada.

- Sim, está cheirando a vampiro. Edward.

- Ah, - suspirei pesadamente. – Estive com ele hoje cedo.

- Por quê? – ele deu alguns passos para trás, subitamente nervoso. – Porque você estava com ele?

- Amor, vamos conversar lá fora? – pedi insegura.

- Me diz logo, ! – ele tremeu inteiro e eu tive medo que se transformasse e destruísse tudo.

- Lá fora!

Gritei descontente e corri, passando pela sala e ignorando os olhares preocupados. Jacob não demorou a me seguir e logo nós estávamos dentro da floresta. Ele esperando por uma explicação e eu querendo que aquilo acabasse bem rápido.

- Eu saí depois que você me deixou falando sozinha porque estava totalmente chateada. Andei por duas horas, quando Edward apareceu e me deu uma carona.

- Carona pra onde?

Ele não se preocupou em controlar o tom de voz e me assustou ainda mais quando socou uma arvore com força, fazendo um belo estrago em seu tronco.

- Nós íamos a Port Angeles, numa loja de antiguidades. Foi quando ele sentiu o cheiro de Victoria e...

- Victoria? – ele me interrompeu bruscamente. – Em Port Angeles?

- Sim Jacob, ela estava lá.

- E porque ele não a caçou?

- Ele não quis me por em risco, me deixar em qualquer lugar podia ser perigoso.

Jacob relaxou por um momento, se decidindo entre o agradecimento ou a raiva por um cara ter estado comigo em um momento de risco.

Não, mas para Jacob, Edward era muito pior que um só um cara, porque se tratava do vampiro maldito que tomara à VIRGEM Bella de si.

Ouvi-lo pensar naquilo só me deu mais raiva. Achar que Edward era o culpado de tudo, acreditar que ele é quem deturpava a mente da humana. Não entendi verdadeiramente porque o meu namorado estava com raiva disso no exato momento.

Fechei os olhos, tentando tirar a negatividade de mim. Se um dia quisesse ser uma pessoa normal, teria que lhe dar com os altos e baixos do meu estilo temperamental e absorver só as coisas boas que eram ditas ou feitas. É, sou louca por yoga.

Respirei fundo e virei às costas para Jacob, resignada a voltar para a casa de Sam, sentar e conversar um pouco com todo mundo, participar de alguma coisa.

Não imaginam como foi abrir a porta, mesmo sobre os gritos desesperados de Jake atrás de mim, e dar de cara com uma Isabella parada no meio da sala.

Não tinha percebido a presença da garota ao sair, pela rapidez com qual realizei tal ato. Mas agora, dar de cara com ela tão perto de mim fez-me ficar um pouco atordoada e dar alguns passos inseguros para trás, e ao virar o corpo completamente, dando as costas desta vez para a intrusa, vi Jake atrás de mim temendo minha reação.

Compreendi seus sentimentos rapidamente. Ele estava mesmo com medo do que a minha adorável pessoa fosse fazer.

Como eu estive em choque a primeiro momento para entender o que se passava, simplesmente não liguei os pontos. Mas agora, olhando bem fundo nos olhos do imbecil do meu namorado, ou ex, eu era capaz de dizer com confiança o que ela estava fazendo ali e por que.

Jacob estava com raiva de mim e foi procurar a Swan com o pretexto de que Victoria estava por perto. Bella estava chateada com Edward, aceitou numa boa vir a Lapush com o amigo, desde que eu não estivesse aqui.

Ele não sabia que eu viria pra cá, porque Seth teria dito que eu tinha ido a Forks. Logo, livres de mim, os dois decidiram vir (a um lugar que não pertence a essa garota) para conversar e se aproximar um pouco mais, já que andavam distantes desde que o acidente aconteceu.

Em alguma parte desse dia, ela tinha dito a ele que também o amava... E ele estava quase eufórico com a declaração da garota. Como eu me senti acerca de tudo isso?

Um lixo.

Fiz a face mais enojada que pude para os dois e sai meio que cambaleando e tremendo sem poder controlar todos os espasmos que corriam pelo meu corpo. Ao plano de fundo, ouvi meu nome sendo gritado varias vezes, por varias pessoas.

Só não agüentei quando ele me chamou, porque Jacob não tinha o direito de vir atrás de mim!

No meio da floresta, uma quentura horrível atingiu meu estomago. Foi quando o som de roupas rasgando irrompeu o ambiente e de uma hora para outra eu me senti muito maior.

Através dos olhos ferozes de uma loba, rosnei para a pessoa que se encontrava mais perto, e pra falar a verdade, ao ver quem era, quis morder e trucidar cada pedaço daquele corpo.

Jacob merecia ser devorado.

Os outros, parecendo assustados, se transformaram rapidamente imaginando precisar me conter. Ele também se transformou, ficando bem maior que eu, mas nem de perto tão feroz.

“Você não entendeu nada, nós só queríamos conversar como amigos!”

“Eu nunca entendo nada, não é? Sou eu quem sempre faz tudo errado, eu sou quem vivo te traindo, por acaso eu já menti pra você?”

Berrei, ainda que nos meus próprios pensamentos.

Não agüentei toda a pressão e a vontade que senti de perfurá-lo com meus caninos muito provavelmente afiados. Corri em sua direção pronta para uma boa briga, quando dois outros lobos interferiram no ataque.

, você tem que se controlar.” Sam pensou. “Nenhum de nós quer o seu mal, por favor, se acalme”.

Ignorei os pensamentos de todos a respeito da minha atitude, existia uma coisa dez vezes melhor que vingança por agressão física.
Fiz a minha melhor expressão maldosa e cerrei os olhos para o lobo avermelhado diante de mim.

Antes de eu ir, ele ia saber, e eu faria com que fosse traumático.

“Sabe o seu melhor amigo, o Seth? Eu o beijei. O beijei, Jacob, e foi a MELHOR coisa que já fiz na vida! Aproveite muito bem sua vida de solteiro, cachorro.”

Depois disso, só me lembro de correr o máximo que minhas pernas permitiam e de ter ouvido um uivo sofrido atrás de mim.

Doía demais saber que ele estava machucado, mas ter o orgulho ferido parecia a pior das dores, naquele momento.

Deixei que meu instinto animal me levasse a algum lugar e minhas patas largas fizeram todo o trabalho. Não demorei a chegar numa pequena montanha que eu levemente reconhecia.

Ali em cima, vendo a incrível paisagem, pude esquecer um pouco dos problemas que me afligiam. Justo quando achei que nós estávamos bem, justo quando achei que podíamos lhe dar com as diferenças e achar o caminho da felicidade.

Estava claro que Jacob era e ainda é meu impriting, mesmo que estejamos em pé de guerra a cada segundo. Mas por quê? Porque ele tinha escondido alguns sentimentos de mim? Porque ele ainda gostava de Isabella? Afinal, omitir não é tão pior quanto mentir?

Eu já nem sabia a diferença.

Assisti o sol se por calmamente com a cabeça enterrada nas patas, sem me decidir, sem saber o que fazer. Depois de tanto refletir, percebi a burrada que tinha feito colocando o nome de Seth no meio de toda aquela bagunça. Eu tinha que pedir seu perdão por ser tão egoísta.

Mas só quando a lua resolveu dar o ar de sua graça e alguns pensamentos distantes dos lobos pediram para que eu voltasse, é que decidi fazer o que precisava ser feito da melhor maneira possível.

O que incluía pedir desculpas a quem tinha magoado sem nenhuma razão e esclarecer algumas coisas com outras pessoas.

Parei em frente a casa onde estive hospedada, sendo o primeiro lugar onde senti que tinha que ir.

Mesmo tendo a certeza do meu propósito, não pude evitar que o medo se alastrasse em minha pele grossa e arrepiasse meus pelos loiros.

- Ela está aqui. – ouvi Leah dizer rancorosamente.

- Leve uma roupa para ela, sei que ela deve estar precisando.

Embry disse cauteloso, esperando qualquer explosão da parte da garota.

- Tudo bem.

Ficamos ambos surpresos por ela ter decidido me ajudar. Leah era bem difícil na maioria das vezes. E no entanto, achei que só o irmão dela ia querer me matar.

- Aqui.

Ela apareceu transformada perto da escuridão onde eu me encontrava e jogou a roupa na terra, sem se importar.

- Obrigada, Lee. – respondi constrangida, tentando abocanhar as duas peças do moletom.

- Não me chame mais assim. Você perdeu esse direito, garota.

- Por favor, Leah, me diga como voltar ao normal e conversamos sobre isto.

Infelizmente, ela não me deu ouvidos. Deixou-me lá com o coração na mão, duvidas na cabeça e uma vontade imensa de chorar. Por quê? Bem, de repente eu não tinha me livrado da TPM ou aquilo era um daqueles dias péssimos onde tudo de ruim acontece e a onda de azar nunca acaba.

Triste e solitária mais uma vez, recuei timidamente pensando em morar na floresta por um tempo, talvez não fosse uma péssima idéia. Teria persistido nela, se não tivesse ouvido um barulho vindo da casa deles vindo em direção a mim.

Congelei quando senti o cheiro do individuo invadindo minhas narinas. Novamente, o medo da rejeição invadiu meu corpo como um soco no estomago, e então, tive que prender minha respiração precária antes de virar.

- . – Seth disse, apoiado em duas muletas. Imagem que fez meu coração se partir automaticamente. – Sempre foi a loba mais bonita.

Ele sorriu gentilmente embora tivesse se arrependido no minuto seguinte. Um de seus machucados no queixo, quase se abriu novamente ao realizar tão ação.

Se Jacob tinha feito aquilo a ele, nunca mais poderia trocar uma palavra comigo.

Afastei os pensamentos sôfregos e corri em direção ao menino, que tentou me abraçar desajeitadamente, passando a mão pelo meu focinho e cheirando minha cabeça.

- Você quer voltar não é? É só se concentrar. Pense em como é humana e nas coisas que faz nesse estado. Comer, beber... Isso ajuda na primeira vez.

Concordei outra vez e sumi entre as folhagens tentando seguir as orientações simples dele. Imaginei-me correndo sobre duas pernas, chorando por causa das recentes brigas com todos, conversando com o vampiro hoje cedo, e logo, eu estava nua no meio da escuridão, apressada em colocar as roupas.

- Seth. – apareci novamente e não demorei a lhe abraçar apertado. – Desculpe-me, por favor. Eu estava com tanta raiva que não controlei o que saiu de minha boca e se foi ele quem fez isso, juro que ele vai pagar caro, pois...

-Eu não quero mais brigas, não quero mesmo. E nós já estamos resolvidos, de qualquer forma.

- Sabe que me sentirei culpada pelo resto da vida, não sabe?

- Não sei por quê. Vou estar novo em folha em questão de horas!

- Seth...

- É, tudo bem. A nossa briga foi séria, mas sei que não vamos demorar a nos falar. Somos irmãos, lembra?

- Bem, tecnicamente, não se faz isso com um irmão.

- Não se preocupe com isso, eu também deixei minha assinatura nele. – Seth afirmou orgulhoso e sorriu despreocupado quando meus olhos se arregalaram. – Um ombro deslocado num dos melhores da matilha, o que acha?

- Seth!

Gargalhamos os dois da despreocupação evidente de garoto.

- Ei, porque nós não entramos e comemos alguma coisa?

- Ah... Não eu... Seth, eu não posso mais ficar com vocês.

- Por quê? – Seth gritou surpreso, quase se desequilibrando.

- Eu não me sentiria mais a vontade... Leah está com raiva de mim, não é? Até a sua mãe pode estar chateada e eu não consigo...

- . – interrompeu-me.

- É sério, olha... Você é meu melhor amigo e eu não vou me afastar de jeito nenhum, mas eu preciso de um tempo só para mim agora. Sem julgamentos, sem lobos e principalmente sem confusões.

- Mas para onde você quer ir?

- Eu quero morar com a minha mãe por um tempo. Eu só sei que ela está no Brasil.

- , mas... Quer dizer, você precisa tomar uma medida tão drástica? Não dá pra largar a matilha. Você tem amigos, família, namorado em Lapush!

- Acontece que eu já tomei a minha decisão, Seth.

- Você não pode simplesmente ir, .

Uma voz distante, porém firme chegou aos meus ouvidos e me fez estremecer da cabeça aos pés.

N/A: Minha nossa, que capítulos MONSTROS. É muita coisa gente, aposto que vocês chegaram ao final cansadas e fadigadas. Vou parar essa mania de GRANDEZA. tsc tsc . kkkkkkkkk
Ah, e deixa eu ir esclarecendo logo algumas coisas, porque sei que perguntas vão surgir...
1 - A historia, como vocês já viram, tem muitas coisas diferentes de crepúsculo. Mas a verdade é que estou seguindo mais ou menos a linha do tempo que ocorre em um dos livros. Voces estariam em eclipse, no caso.
2 - O poder do Jasper (em metamorfose) vai ser um pouco maior, e em conseqüência, o seu também. Então não é só sentir, as vezes poderão controlar uma pessoa a partir de um determinado sentimento.
3 - Essa aí não é a grande traição do Jacob, porque ele não beijou nem nada. Acontece que eu estou uns cinco capítulos a frente e já tinha escrito essa parte. Entendo muito bem que esse negocio com a Bella já tá enchendo o saco, mas lembrem-se que ainda estou seguindo a linha de eclipse.
4 - E a traição com a prima maldita da emily? podem aguardar! :DDDD

E por fim, nem preciso dizer o quanto me emociono com os comentários de vocês, né? Ou o quanto eu fico feliz quando vocês dizem que estão amando a fic. Bem, é RECOMPENSADOR. Beijos meninas :*

* Get over you : mcfly
* Back to black: Amy Winehouse (amo essa musica)

PS: MEU DEUS, QUASE ESQUECI. Peço que leiam minha nova fic, Coffee Girl. Gente, eu me inspirei em fatos reais, porque a promoção realmente EXISTE. :) E já adianto que não vai ser no universo twilight, mas é com o nosso ator gostosão favorito, taylor lautner.

Metamorfose

Capítulo 13 – Nada sei


Seth pareceu ter entendido a situação bem mais rápido que eu.

Acenou com a cabeça para a sombra na escuridão e entrou depressa, antes que eu pudesse assimilar suas ações. Perdi temporariamente a capacidade de raciocinar e já não sabia o que fazer ou o que falar. Era ele ali. Era ele.

- Por que você está aqui, Jacob?

Indaguei-o amarga, insegura e por mais que tentasse esconder, deixei que transparecesse a dor, por vê-lo machucado.

- Vim conversar. Nós precisamos resolver isso do jeito certo, antes que seja tarde demais.

- Você quer resolver do jeito certo, Jacob?

Perguntei novamente, aproximando-me e checando seu estado. Havia mesmo uma faixa branca que passava de seu pescoço até o braço, repetidas vezes, sustentando-o ali.

Não imagino como posso ter percebido, já que ele costuma reprimir os próprios sentimentos, mas quando um pequeno feixe de luz vindo da lua pairou sobre seu rosto, soube que Jacob também havia chorado.

- Quero. – ele respondeu calmo.

- Então temos que fazer o que é melhore para nós dois, Jake. E acho que isso significa separação, já que não estamos dando certo juntos.

- Porque não estamos trabalhando unidos nisso. Quer dizer, nosso relacionamento é egoísta, desrespeitoso, possessivo... Se aprendêssemos a compreender, a amar os defeitos como amamos as qualidades... Então seriamos o casal mais feliz do mundo.

- Como você pode saber que seremos felizes com tanta certeza? Já passou pela sua cabeça que de repente não fomos feitos um para o outro e que nossa relação se estende só a reprodução, Jake? Porque eu já pensei nisso! Eu sou realista. Tudo o que temos em comum é o ciúme e por vezes a agressividade. Será que conseguiríamos viver segurando nossos instintos lobos eternamente? - argumentei, em meio a soluços e lagrimas.

- Eu me conheço e te conheço há muito tempo para ter certeza de que o que temos está muito acima do que se resume só a sexo. – ele segurou uma de minhas mãos enquanto eu evitava encarar seu rosto. – Não basta que eu te ame incondicionalmente e queira mudar só pra te ter ao meu lado? Meu Deus, Jéssica. Eu deixaria a reserva se você me pedisse sem hesitar nenhum segundo. Diga-me, por que você não está disposta a tentar comigo?

- Eu... Eu tenho medo, Jacob. – deixei que as lágrimas finalmente rolassem livremente pelo meu rosto. – Se tudo der errado de novo, eu não vou suportar, não vou. Eu não tenho mais forças para ouvir aquelas palavras... Você sempre me deixa com o coração partido toda vez que brigamos e não posso mais viver chorando pelo mesmo motivo.

Lembrei vagamente de uma briga nas colinas. O que ele disse marcou meu coração e mesmo que minhas memórias estivessem uma merda, eu podia ouvir suas acusações ecoarem em minha mente.

- Eu prometo mudar. Eu posso, estou assegurando. Estou disposto a fazer isso funcionar Jess, mas você vai ter que confiar em mim.

- Acredito em você Jacob. Só que eu vou precisar de um tempo... – o precário sorriso em seu rosto desapareceu por completo dando lugar a uma face confusa. – Antes que a gente volte, preciso acertar algumas coisas comigo mesma, preciso tirar algum aprendizado disso tudo e amadurecer.

- Isso quer dizer que você vai voltar para o Brasil?

- Não, eu vou ficar aqui... Mas não na casa de Seth, vou até os Cullen.

- Na casa deles? – perguntou-me assustado.

- Jake, eu sei que você não vai gostar nenhum pouquinho disso, mas tenta compreender, por favor. Só vou te pedir isso e duas semanas. É tudo que peço, e então nós voltamos e tentamos de novo.

- Você... Você tem certeza que quer ficar com eles?

- Até definir tudo? Sim. Depois disso eu não me importaria em... – demorei algum tempo para completar.

- Em que, ? – perguntou num misto de impaciência e expectativa.

- Em morar com você.

Respondi envergonhada, embora curiosamente gostasse mais da idéia do que alguns dias atrás.

- Tudo bem. – ele suspirou pesadamente, coçando os cabelos com a mão livre. – Vou te dar o tempo que quiser. Mas também quero te pedir uma coisa...

- Qualquer coisa. – falei convicta, quase feliz com suas ultimas palavras.

Ele então veio para mais perto, como se fosse me beijar, mas não o fez. Ao invés disso, encostou nossos narizes carinhosamente, enquanto ambos fechávamos os olhos aproveitando o momento.

Raro momento esse em que estávamos quase em paz, quase resolvidos, nos amando silenciosamente e intensamente.

- Não desista do nosso amor.

Pronto. Ele não precisava dizer mais nada. Nem um “eu te amo” provocaria mais inquietação ou incerteza. Jacob tinha facilmente dito as palavras certas na hora errada.

Eu queria mesmo ficar longe dele? Eu queria mesmo ficar distante de seu calor, sua boca, seu sorriso? Dei-me conta de que até nossas brigas fariam falta e que duas semanas longe parecia tempo demais de uma hora para outra.

Sem querer prolongar o assunto ou mudar de idéia, fiz o que meu coração queria, porque antes de qualquer coisa, era a parte de mim que sempre lutava para ser ouvida.

Um beijo de despedida não vai matar ninguém.

Puxei Jacob de maneira quase agressiva, e sem esperar qualquer reação, grudei meus lábios naqueles quentes dele que tanto me enlouqueciam.

Como esperado, pequenos choques e sensações diferentes preencheram cada centímetro do meu corpo, deixando algumas partes dormentes e outras elétricas, como a minha mão, por exemplo, que percorria toda a extensão dos braços fortes do rapaz.

Primeiro ele pareceu surpreso, mas não a ponto de me deixar atuar sozinha. Quando finalmente entendeu, correspondeu fascinado. Fez questão de enlaçar minha cintura com o braço saudável e me puxar mais para cima, a fim de nos colocar mais ou menos na mesma altura.

Não deu tão certo quanto tinha planejado, mas... Bem, nada daquilo podia ser planejado. Meus beijos desesperados desceram de encontro ao seu maxilar, traçando um caminho gostoso até o pescoço.

Talvez Jacob não tivesse se dado conta, mas estava chamando meu nome quase que lascivamente. Era um gemido, um suspiro, era paixão. Senti os efeitos da voz dele na minha pele, que esquentara devido aos estímulos físicos, e como se não já não bastasse... Também verbais.

Quase me esqueci onde estávamos e em que situação, mas fui lembrada disso ao ser empurrada de forma carinhosa – ironia- até o tronco de uma arvore.

Só quando senti a madeira em contado contato com a blusa fina que eu vestia e o corpo de Jacob pressionado sobre o meu na frente, é que me dei conta de que no ritmo em que estávamos, nenhum e nós ia se segurar em determinado ponto e “aquilo” ia acabar acontecendo. E aquela não era a hora certa, definitivamente não.

Não precisei falar nada, porque depois de toda minha confusão mental, notei que Jake já não me beijava mais, só respirava fortemente com o rosto enterrado na curva do meu pescoço. Esperei que ele dissesse alguma coisa, mas aparentemente nenhum de nós dois estava pronto para isso.

Quer dizer, quando a verdade voltasse à tona, nós seriamos o casal recém separado que precisa de um tempo para dar certo e que não podia colocar tudo a perder se quisessem estar juntos outra vez.

- Sabe... – resolvi começar, acariciando os cabelos de Jacob. – Se eu não achasse que isso ia funcionar na nossa relação, jamais teria tomado essa decisão. Vai ser difícil ficar longe de você.

- Eu não vou poder te ver nesses dias? – sua voz saiu abafada, devido os lábios ainda pressionados na minha jugular.

- Não... – ele levantou o rosto rapidamente procurando meus olhos, extremamente confuso. – Se nós continuarmos nos vendo, nada disso vai adiantar. Vamos acabar brigando alguma hora ou como estamos agora, e esse não é o objetivo.

- Por quê? – ele disse chateado – Não tem mesmo vontade de ficar como estamos agora para sempre?

- Vontade eu tenho, claro que sim, seu bobo. Mas eu já disse que coisas precisam ser resolvidas e você já concordou comigo, lembra?

- Mas eu achei que poderíamos nos ver...

- Tudo bem se agente se encontrar por acaso então, mas que não haja nenhum contato físico. – Jacob riu maroto. – O que?

- Vou dar um jeito de te encontrar “acidentalmente” todos os dias.

- Ah, Jacob! – resmunguei irritada. – Assim não vale, vou aumentar as semanas em questão!

- Não, calminha. Eu estava brincando... – deu meu sorriso de sol favorito. – Eu só queria poder te beijar mais um pouco...

- Nãnãninãnão. – escapei de sua boa com dificuldade. - Nós estamos estragando todo o meu plano, ok? Já demos o nosso beijo de despedida e eu já tenho que arrumar minha mala.

- Claro, claro. – ele nos desencostou da arvore me deu um celinho demorado. – Você vai amanhã?

- Vou hoje, agora.

- Não posso deixar você ir sozinha, porque você não espera até amanhã?

- Esperar? – perguntei duvidosa. – Jake, eu tenho que ir hoje. O que pode me acontecer? Eu já sou uma loba, não é?

-Nunca se sabe . Victoria está a espreita e...

- Jacob. – interrompi sua fala, antes que essa virasse um de seus enormes discursos. – Eu vou ficar muito bem. Não precisa se preocupar, é sério.

- Bem... – disse contrariado. – Posso te levar pelo menos até a fronteira?

- Hm, acho que não tem problema. Vou... Pegar minhas coisas.

Beijei o queixo dele e sai a passos largos, antes que minha boca criasse vida própria e encontrasse a parte dele que melhor se encaixa em mim até agora. Bem, pelo menos até onde eu sei, ainda é a boca...

Oi, alguém pode me dizer por que eu estou com esses pensamentos pecaminosos na cabeça se a horas atrás o que eu queria era matá-lo com minhas próprias presas?

Bem, quando é que eu teria raiva de Jacob pra valer? O que ele precisaria fazer para me afastar de vez? Sim, porque uma semi-traição não acabou com o nosso relacionamento. Eu seria capaz de abandoná-lo em algum dia? Acho que não.

Pisei na varanda dos Clearwater e a porta foi aberta antes que eu pudesse sequer bater.

- Seth?

- . – Ele apareceu, abrindo-a para que eu pudesse entrar. – Você vai ficar?

- Nesse país, sim. – respondi e ele pareceu satisfeito, olhando-me divertido. – Mas não na sua casa.

- Por quê? – seu semblante murchou parcialmente. – Você vai pra casa do Jacob?

- Não, credo. – abanei o ar, como se aquilo fosse realmente um absurdo. – Eu vou ficar um tempo com os Cullen.

- O que?

Os olhos de Seth se arregalaram de forma dramática, e eu tive que bufar e subir as escadas. Eu já até sabia o que estava por vir.

Leah, que até então estava desaparecida, deu o ar de sua graça no seguinte instante em que as palavras saíram de minha boca, parecendo tão ultrajada quanto o irmão.

Eu já esperava isso dela, e sinceramente, todos sabiam que se tivesse uma chance, a garota arrancaria o coração de cada um deles... Mas Seth? Seth nem sequer tinha raiva deles.

- Porque você tá fazendo todo esse drama? Você sabe que não os odeia. Além do que, sabemos que a casa deles é tão normal quanto qualquer outra, e não acho que eles vão querer me matar a noite.

- , quando foi que você enlouqueceu tanto? Morar com eles? O que o Jacob te falou, hein?

- Eu e Jacob estamos dando um tempo. Vai ser ótimo ficar nos Cullen, porque lá, tenho certeza que ele não vai me procurar. Também quero me afastar dessa historia toda de transforma, ficar sozinha e sem nenhum lobo por perto, por alguns dias.

- E eles sabem disso? Quer dizer, os Cullen vão realmente te acolher? – indagou-me surpreso e preocupado, ao mesmo tempo.

- Não sabem. Mas da ultima vez que estive lá, deixaram claro que eu era bem vinda. Duvido que recusem um pedido tão simples como esse.

- ... Não existe amizade real entre vampiros e quileutes, nós somos inimigos naturais. O cheiro deles nos incomoda, eles são frios, lembra? E se você brigar com um deles? E se...

- Eu vou ficar bem, pode ter certeza. Agora, eu preciso arrumar tudo que eu vou levar. E não faça essa cara Seth, estou fazendo isso tudo porque sei que vai me fazer bem.

E sem esperar qualquer afirmação, subi o mais rápido que consegui. Felizmente, a minha mala ainda não tinha sido desfeita,e por isso eu não precisaria jogar as roupas de qualquer jeito.

Tratei de enfiar minhas pantufas de leão na sacola e desci, carregando a bolsa como se não pesasse nada. E acredite em mim, eu apostaria que essa pesava em torno de 18 quilos.

- Não pude deixar de ouvir a conversa, querida. Tem certeza que é isso mesmo o que deseja?

- Oh, Sra. Clearwater... Ainda bem que vou poder me despedir de você. Não fique aflita, tenho certeza do que estou fazendo.

Ela abriu os braços e eu não demorei em abraçá-la, afinal, aquela mulher era incrível e merecia meu respeito.

–Agradeço pela ótima hospitalidade Sue, vou ficar te devendo pelo resto da vida.

- Oras, o que é isso? A única coisa que me deve é continuar saudável, adorável e linda como é, entendeu? – eu assenti e ela me beijou a bochecha, com os olhos marejados. – Você pode contar comigo para qualquer coisa, Jéssica. Eu prometi a sua mãe que sempre estaria por perto.

- Lembrarei disso com carinho, obrigada. Seth?

- Estou aqui. – ele saiu detrás da porta, e veio a meu encontro, carrancudo.

- Ah, não faz essa cara “nenenzinho”! Olha só, você está maior e mais forte a cada dia, mas ainda age como uma criança...

Murmurei boba, mais para mim mesma.

- Como posso não ficar bravo? Você está nos largando por um monte de vampiros.

- Ai, não seja tão exagerado! Não é como se eu estivesse morrendo, ou algo parecido. Vou passar duas semanas fora em um lugar que fica a 17 km daqui. Acho que posso vir te ver qualquer dia, né?

- Óbvio, . – ele deu de ombros e eu não pude deixar de abraçá-lo. Seth era tão fofo e inocente. Queria que meu filho fosse exatamente daquele jeito. – Ai!

- Oh, te machuquei? Esqueci completamente que...

- Não, calma. Eu to legal.

- Sei, desculpa. – lhe dei um beijo na bochecha. – Eu e Jake ainda vamos conversar sobre isso. Não posso acreditar que vocês chegaram a brigar feio!

- Não faz mal, nem estamos mais com raiva um do outro.

- Mesmo assim... Bem, agora acho que tenho que ir. Dê um beijo na Leah e peça desculpas por mim, sim? – murmurei desconcertada.

- Claro.

- Ok, vou indo. Tchau amores.

- Tchau!

Os dois acenaram para mim, enquanto eu cruzava a varanda e ia ao encontro de Jacob, que me esperava a alguns metros dali.

Leah nem fizera questão de sair do quarto e dizer alguma coisa, mas quer saber? 14 dias eram tempo suficiente para ela pensar bem e ver que essa atitude infantil não ia nos levar a nada. Ambas perdíamos sem essa amizade.

Não demoramos a chegar bem perto da casa dos vampiros, quando pedi a Jake que me deixasse só até ali. Mesmo com toda aquela resistência de sempre, ele me obedeceu, o que de fato era um ponto positivo acerca da nossa conversa onde decidimos que ele também tinha que mudar.

Despedimo-nos com um leve toque de lábios, porque eu ignorei todas as suas tentativas frustradas de aprofundar os beijos. E então ele partiu e eu avancei... Para a experiência (provavelmente) mais louca da minha vida.



N\A: Leitoraaaaas lindas *----* Primeiro quero agradecer pelos elogios, criticas e desabafos de voces... e depois pela emoção de levar essa fic ao primeiro lugar do top 10. Acreditem, pra mim é muita coisa :D
Mas voltanto ao assunto principal, gostaram da att? Prontas para morar com os Cullens? Quem acha que isso vai dar merda levanta a mão! kkkkkkkkkkkkk Beijos garotas :*

* Nada sei - Kid abelha

Sobre algumas leitoras:
- K. mag: Você nem imagina o quanto fiquei feliz de saber que alguém leu metamorfose e chegou a esse ponto de 'loucura'. Quer dizer, sempre amei fics que me deixassem vidrada, louca da vida. Conseguir fazer um leitor passar por isso (essa sensação de realidade por alguns minutos) não tem preço... Obrigada pelo carinho com metamorfose mag :)
- Anix, já falei que adoro sua afobação né? kkkkkkk em fim, vou acabar escrevendo um capitulo MUITO doido e dedicando a voce. E nesse capitulo a gente vai bater muito na Bella, tá? kkkkkkk brincadeiraaaa :x
- Juh Black, sua fofa :D ADOOORO seus comentarios enormes e (na maioria das vezes) indignados acerca de jacob/traiçoes/bella. kkkkkk e sim, eu tbm acho que uns pegas com o Ed iam cair bem depois de toda essa palhaçada em Lapush. :)))) *ficadica

Capitulo 14 – Hate that I Love you

Jacob POV

Eu tinha ido longe demais, em todos os sentidos... E por causa disso as conseqüências seriam desastrosas. A maioria delas.

tinha me perdoado, de certo modo, mas a nova condição do nosso compromisso estava me matando por dentro. Duas semanas longe de um impriting = morte lenta e cruel. E pra piorar, ela ficaria hospedada nos Cullens.

E não era o meu único problema. A matilha inteira se via dentro de um clima tenso, Leah me odiava e Seth estava ferido, pelas minhas mãos.

Eu o tinha agredido e estava bem arrependido, mas lembrar das palavras dela, das dele, do que eles fizeram... Ainda fazia meu corpo tremer inconscientemente, e muito.

Como foi que ele conseguiu esconder os verdadeiros sentimentos de todos nós? Porque diabos dois lobos de um mesmo grupo disputariam uma única mulher? Não era um tanto quanto ilógico?

Agora não dava para negar, em nossa impressão, alguma coisa estava errada. Eu a amava incondicionalmente, sim. E não só isso, obsessivamente também.

Mas e os limites do certo e errado? Caramba, eu tinha quebrado a perna de Seth por causa de um beijo. E teria feito mais que isso, se não tivessem me segurado.


Flashback

Eu me curvei de dor quando ela foi embora. Além de tudo, também levara meu orgulho, quando decidiu me trair com um irmão.

E bem na minha cara, debaixo do meu nariz.

A tristeza se esvaiu com rapidez e de repente senti uma raiva tão grande que chegava a me pinicar em certos pontos do corpo. Meus dentes se projetaram para frente e eu procurei avidamente o garoto que queria trucidar.

Eu acabaria com Seth em menos de um minuto. Sabia que nem assim reporia minha integridade, mas lhe dar uma boa surra valeria à pena, totalmente.

Ele tinha beijado a minha mulher. E eu suspeitava que tinha algo a ver com o dia em que os peguei dormindo juntos. O que mais eles fizeram?

Antes que minhas garras pudessem acertá-lo, uma dezena de lobos preocupados me envolveu. Aqueles idiotas não entendiam o que eu estava sentindo. Eu PRECISAVA dar uma lição no garoto. E ainda pior, precisava descontar toda essa raiva em alguém.

Rosnei irritado para cada um deles e mordi os que estavam em meu caminho, sem me importar em saber quem era. Que droga, será que ninguém entendia minha situação?

Minha mente estava uma verdadeira confusão. Gritos, pedidos desesperados de calma, apostas. Todos estavam tentando me segurar por causa da ordem de Sam, mas a maioria deles gostaria de ver uma boa briga.

Quando arranhei Leah, a voz que eu menos queria ouvir no momento gritou em meio aquela agitação.

“Já chega, me deixem resolver isso sozinho!”

Seth gritou do outro lado e quase todos pararam de me impedir de avançar, automaticamente. Bem, menos Leah.

Passei por ela sem nenhuma dificuldade e me preparei para pular no lobo cor de areia. Antes que eu o fizesse, porem, a voz alfa do bando soou.

“Pare imediatamente Jacob”

E minhas pernas travaram.

Ele só podia estar brincando. E se fosse Emily? E se um de nós tivesse agarrado sua esposa? Certamente, esse individuo estaria morto no seguinte momento.

Eu não queria matar Seth. Mas queria chegar bem perto disso.

“Se você não me deixar resolver isso do meu jeito, eu largo o bando.”

Sons surpresos abafaram a fala de Sam na minha frente. Mas pelo olhar dele, estava mais que muito claro que ele jamais me deixaria lutar com Seth. Ele era mais novo, menos experiente e mais fraco. E burro, por se envolver com o impriting de outra pessoa.

“Ele tem razão Sam. Nada vai voltar ao normal se ele não puder fazer o que acha que precisa.”

“Só quero te ensinar a não se envolver com a mulher dos outros.”

“Eu não planejei amá-la, Jake.”

“você não planejou o que?”

Meu pensamento surgiu dentre outros seguidos rosnados que escapavam sem que eu percebesse de minha garganta. Como assim ele a amava? Como não percebi isso antes?

“É isso mesmo, eu a amo. Eu não sabia que ela era seu impriting na primeira vez que a vi, aconteceu.”

“Cala a boca!”

Quanto mais ele falava, pior ficava. Eu o considerava tanto, talvez até mais que os outros. Como ele pode fazer isso comigo, como?

“Eu já disse que não escolhi isso, merda!”

Ele gritou do outro lado novamente, respondendo aos meus pensamentos. E mais isso, ele podia entrar na minha mente. Ver o quanto eu estava sofrendo, rir da minha fraqueza.

“Você nunca mais vai colocar os olhos ou as mãos nela, entendeu?”

O rosnado firme que acompanhou esse pensamento fez tudo parecer uma ameaça. E não deixava de ser. Eu estava disposto a acabar com tudo que ele tinha se por acaso, ao menos por pensamento, voltasse a dizer que a amava.

“Você não quer aceitar e é mesmo uma pena. Talvez em cem anos eu deixe de amá-la, mas por enquanto, ainda vou querer estar por perto. Bem perto.”

Pronto. Seth tinha assinado a própria sentença de morte.

Meus olhos se tingiram de vermelho e uma raiva fora dos limites do real atingiu em cheio todo o meu ser. Agora já estava feito, já estava dito.

E ele não poderia me culpar por nada, pois merecia tudo que estava por vir.

Pulei sobre os outros garotos com uma ferocidade monstra e ataquei o lobo cor de areia sem nenhuma pena. Meus dentes afiados foram de imediato até suas pernas, quando ele tentou fugir.

Sam dizia alguma coisa, ao longe. Mas eu sabia que agora que estava domado pelo espírito da vingança, nada jamais poderia me parar.

Nós rolamos por alguns segundos e meus golpes eram revidados, não com tanta agilidade ou precisão. Eu teria derrotado Seth com uma facilidade enorme, se a voz de Bella não tivesse me tirado de tal transe.

- Jacob, não!

Ela gritava cada vez mais alto e pude perceber que chorava, já que por vezes seus pedidos saiam roucos e lânguidos. Por mais que eu quisesse terminar aquilo, percebi que deixaria Bella muito mal. E ela não precisava presenciar tal cena.

Sai de cima do lobo e me virei para a garota. Ela parecia bem abalada, na verdade. Eu sabia que ela gostava bastante de Seth e que devia estar se sentindo culpada por toda a situação.

Afinal, eu a havia trazido a Lapush porque ela tinha pedido. Depois do que me disse, simplesmente achamos que devíamos passar a tarde juntos e esclarecer tudo entre nós.

Mas eu estava enganado. Por causa disso tinha tido uma briga horrível com , tinha machucado Seth, tinha ouvido coisas que nunca quis ouvir, que nunca imaginei ouvir.

Retirei-me rapidamente e fui me transformar na floresta. Só então notei que meu braço doía absurdamente e pior, estava fora do lugar. Nada que não se resolvesse em horas.

Ao contrario de Seth, eu ainda agüentaria outra rodada.

Mas ele já tinha tido o bastante. Quando voltei, estava sendo carregado pelos meninos e não parecia muito bem. E eu também não estava, a diferença era o fato de que minha dor era muito mais interna que externa. Muito mais.

A única coisa que me restou foi levar Isabella até a fronteira. Não conversamos durante todo o caminho, acho que ela somente entendeu a minha necessidade de reclusão.

Ela acenou ao longe quando Edward apareceu. Não parecia exatamente feliz em me deixar naquele estado, mas também entendia que não podia ficar e empatar (ainda mais) a minha vida. Então insisti que ela fosse.

E o mauricinho a levou. A minha intuição dizia que o cara que salvou há um mês agora seria pivô constante em nossas brigas.

Fim do flashback

Ela beijou meu irmão, mas não sente nada alem de amizade em relação a ele. Mas quanto ao vampiro... Sinto as variações nos sentimentos dela quando o vê.

De qualquer forma, acho que preferiria tê-la pelas metades que jamais possuir parte alguma. Então estava claro que lutaria pelo seu amor, até quando ainda restasse impriting entre nós.



Capitulo 15 – Walk On

POV

Estava a alguns passos da área iluminada envolta da mansão quando Edward apareceu, com uma blusa social preta dobrada até os cotovelos e uma calça jeans escura. Tão bonito e emo que me dava náuseas.

- Muito engraçado, Srta. ! – disse sarcástico, vindo de encontro a mim.

- Não pude deixar de pensar, desculpe.

Rimos e nos abraçamos rapidamente. Nem precisei dizer o que fazia ali, já que o rapaz sondava meus pensamentos desde alguns quilômetros.

- Acha que tem problema?

- Não. Todos gostam de você e Rose vai adorar.

- Rose, a loira... Porque ela gostaria? – perguntei curiosamente.

- Por incrível que pareça... Vocês eram amigas. E não é só o fato de ambas serem de espécies diferentes que deixa essa afeição tão improvável, porque alem disso, Rosalie é altamente introspectiva.

- Porque logo comigo, então?

Interessei-me, enquanto chegávamos até a porta de madeira e Edward se encarregava de minhas malas.

- Ela não gosta da Bella.

- Oh!

Foi só o que pude dizer, pela velocidade com que a compreensão passou por minha mente. Nem pude me perder em pensamentos, já que ao adentrar a ampla sala, vi toda uma família sentada no sofá beije, olhando-me respeitosamente.

A tal Rosálie soltou uma exclamação assim que colocou os olhos em mim. Abriu os braços e veio em minha direção numa fração de segundo e só parou quando quase me sufocou num abraço apertado.

- Ainda não acredito que você vai ficar aqui! – ela exclamou contente, me avaliando dos pés a cabeça.

- Todos já sabem?

- Eu contei há alguns minutos. – Edward se pronunciou. – Não tenha vergonha.

- Nem precisaria nos pedir, querida. As nossas portas sempre estarão abertas para você. – emendou Esme, afavelmente.

- Eu nem sei como agradecer... Fiquei pensando em como pediria isso, sei que deve parecer estranho e talvez até complicado me aceitar aqui, mas eu prometo não trazer problemas.

- Estamos felizes com sua presença, não se preocupe com nada além de resolver o que lhe aflige. – Carlisle comentou suave, enquanto me cumprimentava.

- Certo. Muito obrigada, mesmo.



Apesar do meu sorriso carinhoso para os cinco a minha frente, não pude deixar de recriminar uma pessoa ali que de fato havia contado os motivos pelos quais eu estava me refugiando. Era assunto pessoal!

“Edward, como você pode? Que droga, eu estou constrangida!”

“Não fique.” Ele deu um sorriso discreto. “Não pude evitar, eles ficaram muito curiosos... não é todo dia que um lobo quer morar entre nós por escolha própria”

- Será que vocês podem parar com isso? Argh, leitores de mente sempre excluem pessoas normais. – exclamou Emmet, num falso tom irritado.

- Normais... – Jasper se pronunciou entre gargalhadas. – Desde quando somos normais?

- Você entendeu o que eu quis dizer!

Aquela cena era hilária. Eu jamais havia visto dois vampiros discutindo algo tão banal. Logo, minha segunda impressão sobre eles foi a melhor possível, afinal, não eram tão diferentes da nossa matilha.

Eram tão família, amigos e irmãos quanto nós.

- Eu já levei as suas malas... Quer ver seu quarto?

- Ah, claro!

Acompanhei-o na subida das escadas e então, paramos em frente à quinta porta, que era laranjada.

Quando ele a abriu, não pude evitar sorrir num misto de surpresa e maravilha. Que raio de quarto lindo e espalhafatoso era aquele?

“É meio chamativo para um quarto de hospedes, mas eu amei!”

Pensei alheia, esquecendo-me que o ser ao meu lado podia captar pensamentos. Isso vinha acontecendo com freqüência, ainda que eu estivesse empenhada em me controlar. Se ele soubesse tudo o que penso todo o tempo...

- Não é um quarto extra. É o quarto de Alice. – arregalei os olhos, confusa. – Ela vai passar duas semanas no Alasca e cedeu para você o cômodo mais colorido de toda a casa. Deixou-te uma carta em cima da cama também.

- Uma carta?

Corri para cama e me espantei com um envelope pardo e letras arredondadas no verso.

- Não vai abrir? – inquiriu-me, soando realmente interessado.

- Aqui diz que não devo ler perto de você. – dei de ombros, sem jeito. – Talvez seja confidencial.

- Confidencial? Ela me paga. De qualquer forma, você vai pensar nisso.

- Então o senhor vai ficar de olho nos meus pensamentos? – ironizei, meio desconfortável.

- De olhos não, ouvidos seria a melhor palavra.

- Meu deus! Quando foi que você ficou tão bisbilhoteiro e mal educado?

Cutuquei seu peito com força (de certo mal humorada) e olhei fundo em seus olhos. Ele não costumava ser idiota, Edward era sempre certinho e respeitoso.

- Começou quando prometi a Alice que não leria e agora estou arrependido demais pra deixar de descobrir o que ela planeja.

Sua voz soou grave, meio sinistra.

- Ed, você tá me dando medo. – ri de nervosismo.

- Me desculpe. Acho que vou deixar você sozinha um pouco e... Por favor, não diga nem de brincadeira que tem medo de mim.

- Tudo bem... Eu... Acho.

Me embolei com as palavras, sentindo minhas bochechas esquentarem por nenhum motivo aparente e quando dei por mim, já estava sozinha, cercada por todas as minhas malas, um clima tenso e uma carta na mão.

O que poderia ter de tão importante ali dentro para tamanha esquisitice comportamental no caso de Edward? Coisa boa não devia ser.

Respirei fundo a abri o bendito envelope.


__________________________________________________
Querida ,

Sinto muito não lhe receber em minha casa, mas sei que todos os outros o farão por mim com um enorme prazer. O motivo pelo qual tive que ir inclui a proteção de Bella e também outra coisa... Seus poderes.

São dois tópicos muito importantes para se tratar aqui, portanto... Lá vai:

1) Não fique chateada, mas nós – Cullens- ainda tememos a sua matilha, quer dizer, nosso bem estar geral. Se você adquirir o dom de prever o futuro sem nenhum preparo, poderá cometer erros, porque tudo é sempre subjetivo. Isso já aconteceu uma vez, por isso vamos nos precaver por enquanto, ok? Conversaremos sobre o assunto depois, afinal, cedo ou tarde seremos amigas.

2) Como já disse antes, minhas visões são subjetivas e dependem mais da escolha da pessoa em questão que qualquer outra coisa. Mesmo assim, agora que você tem sangue de vampiro em suas veias, consigo te ver menos borradinha que os outros lobos. A grande questão é que você e Edward se beijam e fazem umas estranhezas que você não vai querer saber. Preocupo-me com isso, sabe? Mas não por causa do seu cachorro, e sim porque Bella toma conhecimento. Vocês não vão querer magoar quem amam, vão?

Bom, acho que era isso. Fiquei meio louca da vida quando vi vocês juntos, mas não posso negar que Edward parecia exultante. O que é difícil,acredite em mim.

Aquele garoto é pura depressão!

De qualquer forma, sei que vai pensar antes de tomar qualquer atitude precipitada agora que sabe de tudo. Desejo-te uma boa semana, jess. Seja bem vinda!

Com carinho, Alice Cullen.



Angustia não era a melhor palavra. Eu acho que o que definia meus sentimentos agora se chamava decepção.

Alice tinha escrito que eu beijaria Edward e isso mexeu comigo de uma forma triste, porque não era para isto que eu estava aqui, mas sim para ficar na minha e voltar para Jacob.

Isso não deve ser normal. Ele se sentir atraído por mim... Não é natural acontecer. Alem de amar Bella a ponto de quase se matar por ela (como me informaram), Edward era um vampiro.

Eu devia conversar com Carlisle e ver até onde meus poderes chegavam. Se por acaso, agora eu também tinha o poder de seduzir e me sentir seduzida por pessoas próximas. Era a única explicação plausível para toda essa bagunça sem fim.

Ouvi pequenas batidas na porta e inflei o nariz. O cheiro dele já estava impresso em meu cérebro, o cheiro doce e refinado.

- Pode entrar. – sorri quando ele parou a minha frente, parecendo preocupado.

- Você leu e não gostou. – Edward afirmou.

- Você prometeu não ler, mas acho que a decisão de contar cabe a mim... Ela teve a visão de que ficaríamos juntos, Ed. E o pior é que sua namorada fica sabendo.

Ele me olhou com olhos tão arregalados que eu tive que reprimir um pedido de desculpas por deixá-lo naquele estado. Mas afinal, nada tinha acontecido entre nós AINDA.

- Como?

- Ela não disse. Mas não se preocupe, não vai acontecer... Não vamos permitir. Alice disse que é subjetivo, então nós temos escolha.

- Você esta certa. Saiba que não planejei isso quando soube que vinha para cá e nem acho que tão pouco tenha passado pela sua cabeça. – ele suspirou pesadamente. - Desde aquele dia, me sinto fascinado por você, mas não a ponto de te desrespeitar ou a Bella. Não sei o que acontece, mas não pretendo deixar durar.

- Eu posso ir embora e facilitar as coisas para nós dois...

- Não! – ele me interrompeu. – Não é necessário. Nós vamos tentar, e se isso não der certo, eu prometo ir pra você ficar o tempo que precisa.

- Mas eu não quero te causar problemas!

- Não me causará nenhum mal estar sair para caçar alguns dias ou vigiar Isabella mais de perto. Não me importo, contanto que volte a ficar tudo bem, principalmente com você.

- certo.

Sorri envergonhada quando ele veio até mim e deu um beijo em minha testa. Por mais frio que ele fosse, o pequeno contato físico disparou lembranças desconhecidas e quentes por todo o meu corpo.

- Edward, espere!

Ele parou a porta e se virou para me fitar, quase desesperado.

- Você sentiu isso?

- Nós vamos ter que conversar com Carlisle.

Tive que assentir, afinal, isso era grande e complicado demais para nos dois. Eu sabia que havia algo entre nós, algo antigo. Não era como minha relação com Jacob, mas tinha haver com amor. Infelizmente.

Edward saiu, sem esperar qualquer outro assentimento. Ele parecia atormentado, quase com um quê de louco, sem realmente acreditar que aquilo podia estar acontecendo quando seu verdadeiro amor se chamava Isabella, e não .

Resolvi tomar um banho, por que de repente, me sentia mais cansada que nunca. Água sempre me deixava relaxada e com a mente mais aberta, pronta para entender as coisas. E era disso que eu precisava no momento, quando tantas coisas estranhas andavam acontecendo.

Não sei ao certo quanto tempo passei debaixo do chuveiro, mas percebi que estava certa sobre o alivio depois de um banho bem quente. Ao sair do Box, notei um espelho moldurado sobre a pia. Tudo na casa dos Cullen era tão requintado...

Mas não era o que prendia minha total atenção. Eu estava mais focada no meu reflexo borrado por causa do embaçado no espelho.

Fiz questão de limpa-lo com a toalha a fim de me analisar melhor. Por incrível que pareça, eu estava cada dia mais linda, apesar de me sentir cansada, triste e confusa.

Havia um brilho inexplicável em minha pele alva, e meus cabelos pareciam mais longos e sedosos. Meus olhos estavam ligeiramente mais claros que o normal e meus cílios espessos e escuros. Pestanas totalmente invejáveis!

E de que adiantava estar bonita se não me sentia assim? Muito pelo o contrario, eu andava evitando espelhos e derivados desde o episódio com Seth. Simplesmente quando já não me sinto mais a vontade comigo mesma e minha auto-estima está mais baixa do que tudo.

Bem, era uma coisa que eu também devia resolver dentre todos os outros milhares de problemas que eu ainda possuía.

Mal terminei de me vestir quando senti que Edward estava por perto. Pelo cheiro ou pelos pensamentos, soube que ele estava em frente a minha porta, esperando o momento certo para entrar e me dar um recado.
Ou melhor, um ultimato.

- Entre.

Pedi enquanto me deitava na cama de casal, no meio de tantos travesseiros fofinhos.

- . – Edward sentou-se na beirada da cama. – Eu conversei com Carlisle.

- O que? Porque você não me esperou? Espera, porque não os ouvi? – sentei na cama de imediato.

- Não foi aqui. Eu quis... Quis um pouco de privacidade.

- Não seja ridículo. Era algo que envolvia a nós dois.

- . – ele me olhou significativamente. – Desculpe, mas precisei entender melhor, compreender. Eu tinha uma vaga idéia do que estava acontecendo.

- Você devia ter me contado. Isso não é justo.

- Porque tanta agonia se vou lhe contar agora?

- Não é a mesma coisa. Aposto que você vai editar e me deixar de fora das partes mais importantes.

Ouvi-lo respirar fundo, como se pedindo paciência para lhe dar com uma criança mimada, fez-me sentir realmente como uma. Então obriguei a mim mesma a desfazer a cara feia que mantinha no rosto e procurar pela verdade sem fazer nenhum chilique.

-Diga-me, e por favor, não esconda nada.

- Olha, primeiro prometa não fugir ou fazer algo pior. Algo que vá deixar as pessoas que te amam preocupadas ou sei lá... Só não faça nada estúpido.

- Hm, belo jeito de me alertar. Já estou apreensiva e querendo dar o fora daqui.

Tá, eu tinha fama de agir impulsivamente principalmente em situações adversas, mas não precisava que jogassem isso na minha cara.

- Nós temos uma historia juntos. - Edward sorriu meigamente. – Nada atual, devo dizer. Você foi minha primeira e única namorada antes de eu ser transformado. E por acaso, nos encontramos nessa vida de novo.
O jeito como me olhou - incerto e ávido pela minha reação - me deixou mais confusa ainda. Como assim nós fomos NAMORADOS EM OUTRA VIDA?


Capitulo 16 – Love story

A principio, achei que tinha entendido tudo errado ou que ele tinha mentido, não sei. No entanto, vi que seus olhos sinceros e demasiadamente preocupados me estimularam a cair na real.

E eu caí, tanto, que minhas mãos ficaram frias e minha boca de fato teria se aberto vários centímetros.

- É serio?

Ele concordou brevemente e depois veio checar meu pulso por perceber que minha pressão tinha caído em algum momento. Foi só tocar em sua pele que uma breve visão adentrou meus pensamentos.

E de uma hora para outra eu não estava mais no quarto, mas sim numa pracinha bem cuidada, com um vestido balão na cor champanhe, provavelmente um século antes.

Estava sentada num dos balanços do parque, totalmente despreocupada e com um meio sorriso no rosto. Sorriso esse que só aumentou quando um segundo personagem preencheu a cena.

Suas vestimentas eram simples, mas caiam extremamente bem nele. Era difícil saber o que não ficaria bem naquele ser perfeito de cabelos bronzes e olhos tão verdes.

O brilho neles também se expandiu quando a viu. Eles se amavam, dava para sentir... Vi tudo de camarote, como um personagem invisível, descartável.

Compreendi que aquele homem era Edward no auge da paixão adolescente. A mulher - de cabelos lindos pesados e ondulados - deu-lhe um beijo na boca, simples, mas cheio de significado. E então eles começaram a caminhar. Edward e .

Minha nossa, aquela era eu!

- ? ?

Meu corpo estava sendo balançado enquanto eu me sentia totalmente incapaz de falar.

- Ed... – balbuciei, tonta e enjoada.

- Ah, eu sabia que não devia ter te contado. Você é tão teimosa.

Mesmo praguejando baixinho, fez o ao favor de voltar a me deitar na cama com todo o carinho do mundo, como se eu pudesse quebrar facilmente.

Não vou dizer que não gostei da sensação de suas mãos envolta de mim, mas o afetamento pelo sonho – ou o que quer que tivesse sido aquela ilusão – estava longe de dar trégua, então eu ainda me sentia nervosa.

Edward me ajeitou do melhor jeito que pôde, com olhos ávidos e preocupados. Ele passou a mão levemente fria pelo meu rosto uma ou duas vezes, e depois, beijou minha testa com carinho.

Não esperava que pudesse acontecer de novo, mas novamente eu estava em outro lugar. Talvez, o contato de nossas peles nos levassem a lembranças perdidas em séculos, uma vida passada.

Eu estava num beco escuro, com o mesmo vestido longos e aparentemente denso, andando de um lado para o outro, chorando baixinho. Quer dizer, aqueles sons agudos e sofridos só podiam ser o choro de uma mulher desesperada.

Quando o choro irrompeu ainda mais, percebi que outra pessoa preenchia a cena. Vinha Edward correndo aos tropeços, parecendo bravo. Louco.

Dessa vez não houveram sorrisos e toques sutis.

Ele agarrou-a com uma vontade fora do comum, colocou seus dedos finos em sua nuca e lhe deu um beijo voraz. O tipo de beijo que faria inveja em qualquer um. Um beijo apaixonado... Cheio de mãos aqui e ali, cheio de sentimentos misturados, repleto de entrega.

Ela afastou o rosto para lhe falar, mas ele encostou a testa na dela para que não tivessem que se separar muito.


- Meus pais me prometeram para um rapaz que se chama Strauss, um homem que nunca vi na vida!

A de um século atrás disse com dificuldade.

- Não! – as veias em seu pescoço e braço saltaram. – Nós nos amamos! Fuja comigo.

- Não seja tolo. Não podemos viver do amor... Para onde iríamos?

- , eu trabalharia até morrer para te sustentar. Por favor, você não pode ser dele.

- Não serei, eu juro que não serei. Pois já sou sua há muito, meu amor.

E eles se beijaram apaixonadamente de novo. E tudo desapareceu.

N/A: Amoooras! mais uma att fofa e ENORME né? Espero que tenham gostado e que comentem horrores :D kkkkkkkkkk
Bom, tenho um comunicado importante e chato a fazer... é que eu TRAVEI nessa fic :\ Eu to só uns 4 capitulos a frente e vou dizer, não estou indo mais nem pra frente ou para trás. É por isso que, por enquanto, essa foi a ultima att dupla :Z To na correria ultimamente, mas mesmo assim vou tentar voltar a escrever algo decente. E não mais por mim, eu continuo a escrever metamorfose porcausa das adoraveis leitoras que tenho. :D
É isso gente! Não pretendo deixar a fic, mas vou relaxar um pouquinho quanto a questão de att frequente, ok?
MIIIIIILHÕES DE BEIJOS :*

*Love story - Taylor Swift
*Just Friends - Amy Winehouse

Ps: floooores, sobre esse lance 'antigo' da PP + Edward, prometo explicar tudo direitinho mais pra frente. As ideias estão todas em minha mente, só falta criatividade suficiente para por no papel. kkkkk




Cap. 17 – Just friends
Quando acordei, ele ainda estava ao meu lado me observando atentamente. Mais bonito que cem anos atrás, mais cuidadoso, mais forte.
- Eu tive visões... – Disse-lhe, enquanto sua mão passeava por minha bochecha.
- Eu sei, eu também estive lá... Só que a partir da sua mente. – ele sorriu fraco. – Parece que nossa historia não teve um final feliz.
- Como você sabe? De repente eles fugiram.
- Não . Nós não fugimos. – ele enfatizou o nós.
- O que aconteceu então? – senti meus olhos arderem. – Fui obrigada a casar com quem não queria?
- Eu fiquei doente, muito doente. E você deve ter ido embora.
- Como poderia ter fugido? Você viu como éramos loucos um pelo outro? Diga-me que viu!
- ... Porque estamos discutindo o passado agora? – seus olhos aveludados guardavam dor. – Já passou.
- Eu não fugi. – disse com firmeza, mais que o necessário.
- Acho que é perfeitamente possível, e ainda mais que essa característica tenha lhe perseguido até a vida seguinte, e depois... até nessa.
- Você não está me chamando de covarde, está?
Tentei soar firme novamente, mas minha voz vacilou com a decepção.
- Não me entenda errado. Eu só acho que fiquei doente e você percebeu que eu morreria, por isso, partiu.
- Eu não teria lhe deixado... Não era fogo de palha Ed, era amor.
- Eu sei. E agora que compreendo tudo isso, fica ainda mais difícil tê-la perto de mim.
- Mas você ama Isabella.
- Talvez ela seja o grande amor da minha vida nesse século, mas não há como ignorar que nós tivemos algo tão forte no passado. Meu coração, se é que ainda tenho um, não consegue ignorar esse fato.
- Bom, nem o meu. É por isso que acredito não ter fugido. Eu disse que era sua. Eu não fugi.
Edward fechou os olhos com força e eu senti cada parte do meu interior latejar, doer. Era como se eu soubesse que aquelas palavras tinham lhe ferido. Mas eu soube que precisavam ter sido proferidas.
Eu não havia ido sem ele.
- Está sugerindo que algo tenha acontecido a você?
- Sim. E quer saber do que mais? Não tenho duvidas. Porque a vida ia me trazer para você de novo? Carma? Não. Existe algo que devemos descobrir... Como a ultima peça de um quebra-cabeça.
Finalmente ele havia entendido. Pelo brilho em seus olhos, acreditara em cada palavra verdadeira do que eu dissera.
Eu podia ter cometido suicídio, ter sido seqüestrada, vendida, assassinada... Entretanto, tê-lo deixado para trás não era uma opção. Não depois de ter visto aquela ultima cena de nós dois juntos.
Eu presenciei o amor. Um amor forte demais para se ignorar cem anos antes ou depois.
- Como você acha que as coisas ficarão entre nós depois disso? – ele me inquiriu, tentando sorrir.
- Ficarão do mesmo jeito que eram. Você é o grande amor de Isabella ao passo que Jacob é o meu grande amor. Nós nos amávamos, sim. E acredito nos resquícios do nosso sentimento até hoje, é o que explica a nossa química. Mas não passa disso Ed, pura química.
- E você não acha que uma única centelha pode provocar um incêndio terrível?
- Nós vamos ter que esperar para ver onde isso vai dar. Mas não podemos deixar que Isabella e Jacob saibam.
- Concordo.
Ele maneou a cabeça e enlaçou nossos dedos. Sua pele conseguia ser ainda mais branca que a minha.
- E quanto a visão de Alice? – perguntei, bastante apreensiva.
- Lembre-se de que é subjetiva. O futuro entre nós vai acontecer de acordo com os nossos desejos. Se você não quiser me beijar, jamais acontecerá. – ele piscou.
Gostaria de tê-lo admirado por mais tempo. Os olhos sérios, mas gentis... O rosto angulado e forte, como se tivesse sido esculpido em mármore.
Infelizmente, no meio de toda essa visualização, meu estomago deu o mais alto e constrangedor rugido, quase um monstro.
- Você está com fome. – ele parecia com raiva.
- Desculpe-me, é coisa de lobo. Quer dizer, essa coisa de estar faminta o tempo todo.
Ele bateu a mão na testa enquanto repetia a palavra “seu inútil!” diversas vezes na mente. Entendi melhor porque a auto-flagelação quando ele me pegou no colo e desceu dois lances de escadas em menos de 5 segundos.
- Olha, a minha fome é exagerada. Você não tem que se sentir culpado só porque meu estomago é totalmente descontrolado. – argumentei, quando ele me sentou calmamente na bancada.
- Você está assim por minha causa, eu esqueci que tinha hábitos humanos.
Ele pegou uma série de mantimentos da geladeira. Coisas que eu realmente pretendia comer.
- Edward. – eu sorri desdenhosa. – Não estou morrendo, estou só com fome.
- Odeio quando você faz isso. Sempre tão sarcástica...
- É a primeira vez que sou debochada contigo.
- Não mesmo. – ele respondeu, me fazendo um sanduíche enorme.
- Juro pelo que você quiser. – senti minha boca salivar. – Nossa, isso parece bom!
Ele se animou de leve e deu uma risadinha despreocupada pela primeira vez em... Algum tempo. Era difícil ver Edward distraído e eu gostava da sensação de que ele só estava se divertindo e não pensando em mortes e sangue.
- Por isso eu tinha a vaga sensação de que te conhecia de algum lugar. Você acha que temos alguns flashes da outra vida em sonhos e os esquecemos depois? – perguntei, com a boca suja de maionese.
- Eu não tenho sonhos. – ele limpou a sujeira do meu rosto com um guardanapo. – Mas agora venho pensando que às vezes confundimos situações do passado com as atuais.
- O que você quer dizer?
- Você disse que nunca tinha sido irônica comigo. Mas quando você falou daquele jeito, tive a impressão de que já tinha ouvido-a sendo sarcástica mais de um milhão de vezes.
- Hm, isso deve explicar por que tenho a grande sensação de que você gosta de torta de nozes. Sinto vontade de fazer uma para você o tempo todo.
Olhamos-nos por um momento e então o ambiente quase explodiu com as altas gargalhadas do vampiro. Parei de comer no ato, perguntando a mim mesma o que teria dito de tão engraçado.
Mas como aquele era o Edward depressivo quase chorando de rir, deixei que ficasse curvado cacarejando o quanto quisesse.
- Eu não sou depressivo. – ele se sacudiu, tentando se livrar de um ataque de riso.
- Tem razão. Depressão é pouco. Precisamos de algo que defina o conjunto. – suspirei dramaticamente - Ed, acho que você é emo.
- O que? – ele engasgou e parou de sorrir. – Eu sei exatamente o que isso significa, mocinha.
- Ah, sabe? – terminei de engolir um pedaço considerável e gargalhei. – Então imagino que saiba o quanto se aplica a você.
Espere. Se pudesse ter retirado todas as baboseiras que tinha dito contra ele no ultimo minuto... Não, nem mesmo assim, adoro zoar da cara dele.
O fato é que brincar com um vampiro não é lá a coisa mais inteligente a se fazer. Nunca foi.
Em um segundo momento, eu estava sobre o sofá e Ed por cima de mim. E não pense em nada pervertido, porque não era. Foi só uma das poucas coisas que eu imaginaria um cara como ele fazendo... Cócegas em uma garota “indefesa”. Dá pra acreditar?
Então, só pude crer que todos os garotos com quem tive (ou tenho) um relacionamento, pareciam saber exatamente o meu ponto fraco, já que mãos brincalhonas cutucavam minha barriga de maneira ágil.
Estava ficando impossível respirar e eu só conseguia rir, e depois, rir mais, mais e mais.
Edward também sorria sobre mim e mesmo na agonia do momento, naquela tortura engraçada, percebi que às vezes ele gargalhava porque me via arfar e dar risadas como louca.
Não sei se ele achou minha cara de demente uma piada ou o que. Mas ele parecia bem feliz com a minha “felicidade”, por assim dizer.
- Agora - disse ele, se recuperando de um murro meu nas omoplatas – Retire o que disse.
- Não! – eu me debati embaixo de suas pernas firmes. – Eu não sou mentirosa!
O brilho no olhar dele aumentou e senti como se toda aquela intensidade fosse me atravessar a qualquer momento. Era possível que Edward soubesse exatamente como ler a alma.
- No final das contas, acho que minha atração é por mulheres teimosas.
Aquilo me calou por um instante. Ele também afrouxou os braços que me prendiam ao notar a perplexidade da frase que tinha proferido.
Era como se tivesse dito que ama Isabella pelos mesmos motivos que me amou, e de alguma forma, não foi algo bom de se ouvir.
- Nós não somos iguais.
Murmurei, com o melhor tom indignado que possuía.
- Eu sei. Só quis dizer que as duas têm essa característica em comum.
- Eu tenho uma teimosia rebelde dentro de mim. Até onde sei, Isabella só tem tendências suicidas.
Parei de me gabar ao notar seus olhos confusos.
- Como assim? O que você quer dizer com isso?
- Ela namora com você, vai casar com você e ainda quer ser transformada. O que você acha?
Entendi que de alguma maneira que tinha ido longe demais. O brilho nos olhos de poucos segundos antes se tornou triste, e logo depois, o corpo que havia em cima de mim sumiu tão rápido que não passou de um borrão.
Senti-me como uma verdadeira idiota. Sem querer, tinha pisado justamente nas feridas dele, que nunca se achava bom o suficiente para Bella.
Ambos sabíamos que nem a eternidade, beleza ou amor poderiam devolver a humanidade a ela se terminassem tão envolvidos.
Era justamente isso que ele acreditava estar tirando dela. Por isso, dizer indiretamente que namorá-lo era suicido fora uma afronta direta. Como a confirmação do que ninguém tinha coragem de dizer...
Que Edward ia acabar com a vida da humana.
Eu não queria ter dito aquilo de maneira tão crua. A minha intenção só era comunicar o obvio: Isabella Swan não tinha senso de preservação.
Mas não era certo culpá-la. Afinal, quem teria esse senso ao lado de um vampiro como Edward? Com aqueles cabelos reluzentes e o sorriso torto? O sorriso que a derretia internamente e silenciosamente, não só ela... Todas as mulheres que cruzavam seu caminho.
Os braços fortes, músculos delicados e másculos e ao mesmo tempo o olhar gentil... Talvez fosse o que mais eu gostasse nele. O olhar respeitoso, lisonjeiro. Não havia nada nele que eu não adorasse de um jeito estranho. Até o frio de sua pele me parecia reconfortante algumas vezes.
Fechei os olhos só para lembrar como foi segurar sua mão, e quando os abri, ele estava diante de mim novamente, com um olhar descrente.
- Primeiro você diz aquilo sobre mim e agora me enche de elogios?
Levei as mãos a boca, surpresa por ter sido pega. Não me atentei ao fato de que Ed ainda estava na casa, ou de repente soubesse, mas concluído que sua mente estava cheia de baboseiras para se concentrar em outros pensamentos.
Erro meu. Ele havia escutado tudo o que eu havia escondido – por motivos óbvios - desde que tinha chegado a mansão.
- Eu...
- Espere, não diga nada. Cada vez que você tenta me explicar alguma coisa eu fico ainda mais confuso.
- Eu não...
- Shh.
Edward chegou mais perto e colocou o dedo indicador em minha boca, e logo em seguida, certificando-se do meu silencio, contornou meus lábios com a mesma mão com que me calara.
Quando terminou, sorri mais nervosa do que pretendia. Sem saber o que esperar e sem poder me explicar sobre o que tinha pensado antes. Era constrangedor que ele tivesse ouvido tudo aquilo. Observações tão íntimas.
- Você me confunde, me deixa angustiado e às vezes, me deixa muito feliz. Eu me sinto livre quando estou contigo. Quer dizer, posso ser eu mesmo. – suspirou. – Fiquei surpreso quando você pensou todas aquelas coisas. Não sabia que você reparava em mim.
- Ed... – pedi com a voz arrastada.
- Eu compreendo que você não sinta nada por mim, nada alem do físico. No entanto, estou tenho duvidas acerca dos meus próprios sentimentos.
- Isabella! – arfei, levemente assustada.
- Eu a amo. Incondicionalmente. O que me leva ao estudo de uma nova teoria... A de que podemos suportar uma ou duas pessoas no coração. Jéssica, eu...
- Não! – levantei a mão direita, tentando bloquear o seu discurso. – Não diga, Edward. Não ouse dizer mais nada.
- Você esta com medo. – seus olhos gentis descobriram a sensibilidade por traz de toda a minha dureza. – Posso ouvir tudo o que você pensa e não precisaria disso. Posso entender só de olhar para você.
- Você tem razão, pois estou apavorada. Não posso agüentar tudo isso de novo. Eu não posso machucar as pessoas que amo.
- E se você ficar com ele e pensar em mim?
- E se eu ficar com você pensando nele? – rebati a pergunta, o estomago doendo de apreensão.
- Eu não sou tão egoísta a ponto de te fazer ficar comigo, te fazer mudar de idéia. Eu sei que no final vocês dois ficarão juntos. Então, só quero que você se lembre que vou estar sempre aqui quando precisar de mim. Seremos amigos, ambos escondendo o que sentimos um pelo outro.
- Você não pode achar que o que sente por mim é tão forte assim.
- Eu não acho, tenho certeza . E sei que você esta tentando evitar que tudo venha à tona, mas parte de você percebeu hoje mais cedo.
- Tem razão, alguma parte do meu ser incrivelmente estúpido já sabia que alguma coisa forte rolava entre a gente. Eu quis ignorar, eu... Eu já tinha tantos problemas. Eu tentei sufocar tudo, parecia ser coisa da minha cabeça. Uma loba e um vampiro? Nem nos contos mais fictícios.
- Você não tem culpa.
- Espero que você esteja certo, pois não suportaria a aflição de ver Jacob sofrer novamente sabendo que fui a causadora de tudo. No final das contas, a dor que ele sente, eu sinto. O que é ruim para ele se torna insuportável para mim. Não venha me dizer que não se sente assim em relação à Bella... Você vai lutar com um exercito para protegê-la.
- Eu também o faria por você. – ele sorriu fraco.
- Eu saberia me virar sozinha.
- Sua teimosa. – ele sorriu, mas desta vez amplamente.
- Seu super protetor.
Rimos de nervoso e em seguida concordamos em ignorar a conversa anterior (o mais sensato a se fazer) .
Fomos assistir televisão logo após, ato que não durou muito depois que Emmet chegou com Rosálie de sabe-se lá que lugar. Ele parecia sempre alegre como uma criança, apesar de ter dois metros de altura.
E Rosálie me fitava com carinho, até veio a mim e me beijou a testa, comprovando minhas suspeitas sobre ela.
“Tão linda e gentil...”
“Ela só é gentil com você.” Edward corrigiu meu pensamento.
- Você está mentindo. Ela é adorável.
Edward arregalou os olhos e rose ergueu apenas uma sobrancelha. Dei-me conta de que havia dito em voz alta e que não seria tão difícil que ela descobrisse ser parte do assunto.
- Vocês estavam falando sobre mim? – Ela perguntou.
- Não! – dissemos os dois em coro, amedrontados.
Rosalie olhou para nós com sarcasmo, como se soubesse exatamente o quão mentirosos éramos. Quando Emmet riu, porém, ela teve que acompanhar.
Edward suspirou, aliviado.
E eu? Bem, eu fiquei admirando aquela cena de família unida. Vampiros extremamente humanizados, rindo como se nada tivesse mais graça no mundo.
Foi reconfortante compreender que as pessoas são más porque querem. Eles eram o que eram e ainda assim se mostravam bons e luminosos.
A verdade é que todos tem uma opção.
- Claro que sim. – Ed passou o braço sobre meus ombros e nós sorrimos.

Cap 18 – It must have been love

Eu estava na casa dos Cullens há quase duas semanas, o tempo que tinha planejado ficar. Depois dos últimos três dias, eu pretendia ir embora e recomeçar em La push.

O tempo em que ficara separada de Jacob me fez melhorar em alguns aspectos. Eu estava aprendendo a ser mais madura com Ed, menos impulsiva com Jasper, mais confiante com Rose, mais divertida com Em, mais paciente com Esme e Carlisle.

Bom, eu me sentia como se estivesse curada, em paz... Espere, não tanto.

Alice nos mandou um recado dizendo que não conseguia prever com clareza a exata data em que o exercito de vitoria viria a atacar, mas sugerira exatamente o fim dessa semana como mais provável.

Por causa disso, Edward estava cada vez mais aflito e preocupado. Em parte, pela segurança de Bella. A outra parte se devia a mim.

Por isso os últimos dias estavam se tornando um caos.

- Ed, eu já disse que vou lutar. – Disse com calma, embora quisesse gritar com ele.

- Você não vai. – me olhou com impaciência. – Já é demais ter que me preocupar com Bella. Não vou conseguir lutar se uma de vocês estiver em risco.

- Não precisa se preocupar comigo. Isabella é humana e frágil, mas eu sou loba e tenho poderes, caso tenha esquecido.

- Você é mortal. – Edward aumentou o tom de voz. – Odeio dizer, mas Jacob concordará comigo. Não estamos discutindo isso, já está decidido.

- O que? Não! Vocês não podem mandar em mim.

Dessa vez, não pude controlar o tom de minha voz. Algo rugiu no meu peito, um orgulho quase extinto. Aqueles dois não podiam tramar contra mim. A tarefa de proteger o meu povo também era minha.

Graças aos céus que ninguém estava em casa para me ver perder o controle.

Edward não se importou quanto aos gritos e me acompanhou quando eu quis subir as escadas e me enfiar no quarto. Antes que eu pudesse contar quatro degraus, ele já tinha me puxado para a base, impedindo que eu fugisse.

- Não adianta bolar um plano de fuga. Eu sei exatamente o que está pensando. – seu tom era sério, intimidador.

Subi dois degraus novamente, ainda sentindo sua mão fria apertar meu pulso. Agora que estava QUASE de sua altura, podia ver com clareza que seus olhos cor de avelã faiscavam com minha teimosia.

Meu rosto esquentou no mesmo momento, mas não me impedi de continuar:

- Você não manda em mim... Ninguém manda em mim. Tente me impedir.

Virei bruscamente, me arrependendo no segundo seguinte.

Edward me puxara com tamanha força que nossos corpos se chocaram fortemente. Eu teria caído, no entanto, lá estavam seus braços em torno da minha cintura.

Agora eu estava muito menor de novo, e isso parecia conferir poder a ele. Chateada, subi outro degrau desajeitadamente e percebi - muito tarde - que sua boca estava se aproximando.

Talvez eu tivesse recuado se não tivesse sentido o hálito quente de hortelã em minha pele e o cheiro incrivelmente gostoso de sua pele e roupas.

Mas depois que senti, era tarde demais.

Tremi quando suas mãos subiram pela base das minhas costas e foram parar diretamente em minha nuca, onde ele afastou algumas mechas de cabelo e enterrou os lábios ali.

Suspirei quando seus beijos descompassados seguiram pelo meu rosto e eu torci, avidamente, para que ele encontrasse minha boca depressa.

E quando o fez, juro que senti algo se remexer dentro do meu peito. Um sentimento antigo e doce guardado por muito tempo. Como um vinho da melhor qualidade, que esperando na adega por séculos, acaba de ser degustado.

A língua dele não era tão quente, mas a minha era e isso fazia com que o choque térmico do nosso beijo fosse maior. Era como colocar sorvete no forno, uma sensação indescritível.

Teríamos continuado aquilo com certeza, mas não sei se teríamos ido além de outra forma. De qualquer jeito, um baque forte veio da porta e logo nos separamos agitados.

Pelo vidro, pude ver uma garota pálida correr desajeitada.

- Isabella. – rosnou Edward, e sumiu, logo depois.



Cap. – A crying shame

Eu não soube o que fazer de imediato e por isso fiquei a observar a porta por mais de meia hora, sem sequer me mexer.

Senti-me feia e suja. Eu tinha lutado tanto para virar alguém melhor e no final, estava a mesma porcaria de sempre.

Suspirei, cansada de estar presa nesse ciclo. Subi as escadas lentamente, torcendo para cair dali e entrar em coma. Era um jeito fácil de não ter que encarar a verdade ou as pessoas. Mas era o jeito certo de resolver as coisas? Pelo menos agora eu sabia que não.

Entrei no quarto de Alice – que afinal tinha razão sobre nós – e tranquei a porta de madeira. Logo depois me esparramei na cama sem cerimônia nenhuma e tentei impedir, sem sucesso, que lágrimas teimosas rolassem por minha face.

Vi por detrás das cortinas laranjadas que o sol já estava se pondo. Era irônico o fato de que toda vez que eu traia Jacob, o sol estava chegando ou indo embora para algum lugar.

Não era legal pensar nisso. A palavra TRAIR fazia algo trincar em meu interior. Algo frágil, mas valioso. Minha integridade. Eu duvidei que ainda tivesse um pouco disso em mim. De repente, não teria sobrado nada.

Uma hora devia ter se passado quando ouvi alguns ruídos e senti (não só por causa do dom de Jasper) a aflição de Edward no andar de baixo. Ele estava sofrendo por ela, por tê-la magoado.

Eu sabia exatamente como era se sentir assim.

O trinco da minha porta girou algum tempo depois e eu percebi que ele precisava de alguém por perto. Não era um bom momento para mim, mas nesta ocasião, quem estava em pior condição era Ed. E se ele precisava de ajuda, quem era eu para virar as costas?

“Abre, por favor...”

O pensamento era tão atormentado que cheguei a parar a meio metro da porta, com medo de ver a tristeza infindável em sua face. Ele podia não ser meu impriting, mas eu já sabia - de um jeito bizarro - que ficaria doente se o visse chorar.

E por sorte, vampiros não choram.

Abri a porta pronta para encarar a verdade dolorida em seus olhos e recuar não foi o que fiz quando vi a dor em cada parte do seu ser. Pelo contrario, me aproximei instintivamente e o abracei, procurando reconfortá-lo.

Deitamo-nos na cama de casal, encaixados de frente. Não foi nada amoroso no sentido sexual, porque se tratava de carinho.

Ele precisava tanto de mim para ficar melhor, que não havia nada que eu pudesse negar a ele. Nem mesmo um segundo beijo, se ele me pedisse.

Só que não pediria. Não depois de ter estragado sua vida por causa de um deles. Ele repassava a cena em que ia atrás dela varias e varias vezes.

A menina estava tão ferida por dentro que nada a faria voltar a ser como era. Ele já tinha quebrado seu coração uma vez deixando-a...

Talvez como eu, Edward machucava as pessoas com mais freqüência do que gostaria.

Tudo o que sei é que no final das contas, me enroscar em seu corpo não foi um ato de amigos (e nós sabíamos), mas mesmo assim, melhorou nosso estado de espírito consideravelmente. Tratava-se mais de um companheirismo que não havia sido perdido no tempo.

Ed sabia que só duas pessoas poderiam acalmá-lo quando tudo estivesse perdido. Fiquei feliz em ser uma delas.

- Seu eu pudesse chorar, estaria chorando como um bebe. – ele deu um sorriso triste. – Mas nem isso está ao meu alcance.

Beijei sua testa e afaguei seus cabelos com carinho. Esperava que ele pudesse desabafar, pois guardar os acontecimentos para si não era a melhor forma de concertar tudo.

Ele assentiu, chegando mais perto, entendendo o que queria dizer.

- Ela disse que eu era um mentiroso. Eu tentei explicar tudo, mas foi em vão. Eu nem conseguia falar.

- Ela vai te perdoar.

- Eu não sei. Como pude deixar acontecer? – sua voz saiu debilitada. – É tudo culpa minha.

Meu corpo se contraiu. Ele estava tão arrependido de ter me beijado que se torturava de forma cruel.

- Não, não me arrependi de ter te beijado... Foi uma sensação incrível. Mas ver Bella com olhos tão tristes... Eu não a mereço.

- Edward, pare de se torturar. Era destino, o que podíamos fazer? Você não pode deixar que isso te destrua, ainda mais quando estamos em guerra. – ele tremeu - Se ela te ama como acho que ama, vai te aceitar de volta.


- Ela questionou todas as juras de amor que fiz a ela, .

- Nesse momento, Isabella vai dizer coisas que nem mesmo ela acredita. Vai falar da boca para fora, vai chorar, ficar magoada... E depois vai entender que não consegue viver sem você.
- Como você pode ter tanta certeza?
- Simples: Amor incondicional é o mesmo em todos os lugares e age da mesma forma em todas as pessoas. Não há duvida de que são predestinados um ao outro. Vai dar tudo certo.
- E quanto a você? – seus olhos clarearam consideravelmente.
- Eu o que? – indaguei ligeiramente confusa.
- Nós dois...
- Ed, vamos ser realistas... Nunca mais vai existir NÓS DOIS, pelo menos não nessa vida. Não há o que se possa fazer para mudar o passado, mas agora, temos que aceitar que estamos envolvidos com outras pessoas. Nosso
tempo já foi.
Ele se calou por um tempo.
Tentei sondar seus pensamentos, e, no entanto, só havia imagens antigas... A cena em que nós fugiríamos para longe porque eu estava prometida para outro.
- Uma confusão... – Edward olhou para o teto e suspirou fortemente, embora não precisasse daquilo por ser vampiro.
- Totalmente.
Concordei com a cabeça e me aproximei um pouco mais. Deitei a cabeça em seu peito e pus uma de minhas mãos em seu coração (ou onde ele deveria ficar).
Eu até era positiva sobre os problemas dos outros, mas e quanto aos meus?
Se Bella contasse a Jacob, eu estaria ferrada. Se ela não contasse, eu teria que contar. Fiquei feliz por ele não ter visto a cena, teria sido bem pior. Ia ser uma briga horrorosa
- Eu acho que o derrotaria. – Ed brincou.
- Não tenho tanta certeza. – repliquei, fazendo graça. – Jacob é terrível quando está bravo.
Nós rimos fraco. Finalmente o rosto dele parecia mais suave, ainda que os olhos guardassem toda a melancolia da alma.
- Vai contar a ele sobre 1910?
- Acho que ele tem o direito de saber. Já contou a Bella?
- Não sei se ela gostaria de ouvir. – fechou os olhos brevemente. – Mas sei que também devo contar.
- De repente ela até entenda melhor porque aquilo aconteceu lá embaixo. Ela vai achar que estamos competindo por você, mas posso deixar claro que não existe concorrência, se quiser.
- Você faria isso?
- E porque não? – apertei as bochechas dele, recebendo uma careta de volta. – Tudo por um sorriso seu.
E graças a Deus, ele sorriu.

Cap 20
Alice chegou sábado com más noticias. Segundo ela, o pessoal de Victoria estava se preparando para atacar no dia seguinte, ainda que fosse impossível saber a hora exata.
Então nosso encontro seria inevitável cedo ou tarde, quando fossemos para a luta. Carlisle garantiu a ela que eu era confiável e que estava pronta para os poderes. Com eles, eu poderia ajudar imensamente.
Assim que nos encontramos, senti a transferência do poder. E poucos segundos depois, inclusive, tive minha primeira visão. Jacob aparecia na porta dos Cullen para me visitar e tratar da emboscada aos vampiros logo após.
A melhor parte era que Edward não estaria por perto, já que correra para a casa de Isabella na primeira hora da madrugada. Disse-me que tinha o habito de vê-la dormir, e que se sentia melhor cada vez que ela chamava pelo seu nome.
Ed comentou que Bella ainda não estava tão bem com ele, mas não tinha a intenção de terminar. Isso era bom, e pelo que eu sabia, a megera tinha ficado de boca fechada.
De qualquer forma, a garota acabou entendendo que tivemos uma historia no passado. Jake entenderia?
A campainha soou e todos os Cullens franziram o nariz automaticamente. Soube que meu lobo estava por perto, com seu cheiro tipicamente ruim para vampiros. Um mecanismo para se reconhecer “inimigos”.
Pra mim, era só o melhor cheiro do mundo.
- Deixa que eu atendo. – arfei, temendo e ao mesmo tempo ansiando os próximos momentos.
- Com prazer. – Jasper brincou.
Quando o vi, meu coração acelerou e um sorriso iluminado certamente preencheu a minha face.
- Jake!
Pulei em seu pescoço num impulso totalmente irrefreável. Não havia limites perto dele.
- !
Retribuiu o abraço caloroso circundando minha cintura com suas mãos grandes e fortes. Seu corpo praticamente me cobria. Eu era o encaixe perfeito, e sabia disso.
Ele quis me dar um beijo de verdade, mas eu cortei tudo com um selinho pela vergonha de ter platéia. Quando Jacob se deu conta, lançou a todos um olhar “quase” simpático e me puxou pela varanda, em direção a floresta.
- Há quanto tempo você não se transforma? – perguntou-me, depois de um beijo incrível sob a copa das arvores.
- Desde que cheguei aqui. – dei de ombros. – Eu quis me desligar da matilha por algum tempo.
- Está com saudades?
- Muitas. – tirei a blusa rapidamente e pendurei em um galho. – Vire-se.
- O que? – indagou-me atônito, mal conseguindo tirar os olhos do meu sutiã de bolinhas azuis.
- Vire-se. – resmunguei impacientemente. - Vou tirar o short e não quero você de olho.
- Ah! – um sorriso de compreensão apareceu em seus lábios. – Como se já não tivesse te visto de biquíni...
- Não é a mesma coisa. Anda logo, vai.
Depois que me transformei, percebi que estava com muitas saudades das patas enormes e da visão amplificada. Alem disso, era legal estar três vezes maior que na versão humana e ainda ter um pelo loiro acinzentado de dar inveja.
Jake se aproveitou do meu momento de distração e pulou em cima de mim, com alguns cuidados, claro. Nós rolamos pela mata como dois animais brincalhões, mordendo, correndo e grunhindo.
Quando já tínhamos vasculhado cada parte da floresta e observado algumas das belas paisagens dali, finalmente ficamos cansados o bastante para querer voltar.
Vesti-me atrás dos arbustos imediatamente, e depois disso, ele me levou a uma pequena gruta. Do lado de fora, havia uma nascente de água pura e cristalina.
- Foi aqui que nos conhecemos. Você estava bebendo água aí e eu estava de passagem...
- Sério? – meus olhos brilharam. – Jake, por isso eu senti alguma coisa diferente ao ver esse lugar.
- Vai ver... – ele me deu um beijo no ombro. – Parte de você ainda se lembre do melhor dia da sua vida.
Nós rimos da piada dele. Na verdade, não era bem uma piada. Era a mais pura verdade... Se houve um dia importante em minha vida, provavelmente foi o que eu e Jacob nos encontramos. Ele era a melhor parte de viver.
- Eu também te amo.
- Eu... – nossa, será que eu tinha pensado tão alto?
- Eu senti . Parece que você esquece que somos totalmente interligados. – ele sorriu e segurou minha mão. – Sempre vou saber o que você esta pensando.
Ouvir aquilo me pegou desprevenida. Foi um ato espontâneo e carinhoso da parte dele dizer que sempre compartilharia dos meus pensamentos, mas para mim, só teve um efeito preocupante.
Eu tinha que contar a ele. Eu não simplesmente não conseguia olhar em seus olhos carinhosos e não me sentir culpada o tempo todo.
- Jake...
- O que, pequena? – ele franziu a testa. – O que está te deixando nervosa agora?
- Nós... Nós precisamos conversar.
Jacob enrijeceu automaticamente. Senti as explosões que eram seus sentimentos me invadirem. Insegurança, medo, preocupação. Tudo ao mesmo tempo.
Não era como se eu fosse terminar com ele (eu torcia que não chegássemos a esse ponto), mas tudo o que se passava em minha cabeça, as mesmas sensações que ele tinha, acabavam o deixando incerto sobre o rumo das minhas palavras.
- Tem uma coisa que você precisa saber. Isso não vai ser fácil de contar, mas prometi a mim mesma que nunca mais vou esconder nada de você.
- Obrigada por isso.
Suas palavras leves me pegaram de surpresa. O Jake de algum tempo atrás teria tremido violentamente e se transformado em lobo, depois de ter gritado comigo, obviamente.
Então, agora que ele estava tão maduro, pude me sentir ainda pior... Mas tive que continuar.
- Primeiro, quero que saiba que o tempo em que saí da sua vida me fez analisar inúmeras situações. Eu melhorei meu comportamento, eu cresci de várias formas... E vou estar pronta para recomeçar com você, se puder me aceitar de volta. – disse as ultimas palavras com um gosto amargo na boca.
- Eu sempre vou querer você. – ele segurou uma de minhas mãos e meu coração se rachou em inúmeras partes.
- Enquanto estive na casa dos Cullens, acabei descobrindo uma coisa importante sobre mim, meu passado. E não estou falando de dez anos atrás, e sim de 100.
Jake abriu a boca, meio perplexo. Se ele achava essa parte completamente insana... Meu deus, o que ele ia achar dos trechos a seguir? Senti minha garganta ficar extremamente seca.
- Eu e Edward éramos namorados. – respirei fundo. – Ele ainda era humano e eu não era quileute. Apesar de estar prometida para outro, nós planejávamos fugir. Mas ele ficou doente e Carlisle o encontrou. O resto você sabe.
- Isso não pode ser sério.
- É verdade, Jake. Eu nunca tinha te contado, mas quando o via, sentia uma espécie de ligação. – os olhos do meu lobo escureceram. – Não, não é como a NOSSA ligação. Você e eu somos um só, já eu e Edward só temos muito em comum. Não sei explicar...
- Tem algo mais, não é? A história não acaba por aí...
- Você tem razão. – abaixei a cabeça. – Ontem nós nos beijamos.
Ele soltou minha mão de imediato, como se ela tivesse pegado fogo ou algo parecido. Procurei pelos seus olhos, entretanto, ele os evitava como se eu fosse deixá-lo cego.
- Olhe para mim, me deixe terminar de explicar! – supliquei, sentindo lagrimas salgadas em minha boca. – Não significou nada. Só queríamos saber se ainda havia... Algo entre nós, ou se todo o amor havia se perdido com o tempo.
- E a que conclusão você chegou?
- Nós só queríamos entender, Jake. Eu disse a ele que amo você, só você. E ele ama Bella... Não há nada que possa mudar isso.
- Se me ama, porque me sujeitou a isso? Dói demais, .
- Eu sei. – tentei chegar perto, mas ele se afastou. – Por favor, entenda. Eu precisava saber se era só você na minha vida. Tudo sempre foi tão confuso entre nós... Às vezes eu acho que nosso impriting parece uma piada. Tudo sempre dá errado! – funguei deploravelmente. – Beijar Edward só me fez perceber que não há ninguém nesse mundo que possa te substituir. Eu te amo pelo que você é, e isso inclui seus defeitos e acertos. Eu demorei a entender isso, mas agora que sei, por favor, não vá me deixar.
- Você não está sendo totalmente sincera...
- Estou SIM! Eu nunca vou mentir para você, Jake.
- Então diga que não ama o vampiro. – sua voz me deixou arrepiada pela intensidade.
- Eu não o amo como amo você, não chega nem perto. O que sinto por ele é carinho, ele cuida de mim... É um bom amigo.
Não havia como usar um tom ou uma face mais sincera. Eu tinha dado tudo de mim nessa frase para que ele acreditasse em cada palavra. Ele tinha que crer que eu era dele e de mais ninguém. Nem se ele me deixasse... Eu ficaria sozinha para o resto da vida.
- Eu preciso pensar. – Jacob se virou e eu senti a sensação da decepção me circular. Os sentimentos meus e dele.
- Não!
Joguei-me em sua frente e o agarrei com toda a força que ainda restava em mim. Recusei-me a soltar seu pescoço, a parar de sentir seu cheiro, a largar a quentura de sua pele.
Eu queria que ele gritasse comigo, que me torturasse com palavras... Eu não desejava essa frieza toda. Parecia até que ele ia me deixar de verdade. E talvez fosse.
Apesar dos meus pedidos e gritos desesperados, Jacob não se mexia. Não dizia uma só palavra, não me olhava nos olhos. Ele simplesmente não correspondia... E então, eu entendi.
Não havia nada que eu pudesse fazer.
- Eu preciso de tempo. – sua voz forte ecoou forte, ultrapassando os sons do meu choro. – Sinto muito.
Meus joelhos encontraram a terra e eu me senti incapaz de levantar. Vi seu olhar preocupado sobre mim, mas vi que também não ia passar disso. Ele estava machucado demais para cuidar de mim agora, e por isso, ele foi embora.
Capítulo 21 – Half of my heart
Já era noite e eu estava embrenhada na mata na minha forma humana. O frio não me atingia e as minhas preocupações eram mascaradas pelas sensações apuradas que eu possuía. Olfato, audição... Estar ali era só um meio de escapar da dor, só isso.
A lua parecia solitária no alto do céu, e isso me deixou triste. Porque – de várias formas – eu me sentia como ela. Com exceção do brilho. Eu já não brilhava daquele jeito, não emitia luz própria depois do que tinha acontecido com Jake.
Senti a presença de alguém.
Sem ao menos virar-me, soube exatamente quem era e que intenção trazia consigo. Não que eu estivesse a fim de desabafar agora, entretanto, era bom saber que uma pessoa se preocupava com o que eu estava sentindo.
- ... – sua voz parecia rouca e aveludada, como sempre.
- Edward.
Eu sorri para o céu logo depois de dizer seu nome. Não cheguei a ver em seus olhos a preocupação que tanto emanava do corpo, mas tive que encará-lo, quando este se sentou ao meu lado, nas pedras.
- Como você soube?
- Você não apareceu em casa depois de ter saído com ele, portanto desconfiei de algo. E tive a confirmação, quando o encontrei.
- Você o que? – perguntei exasperada.
- Eu estava voltando da casa de Bella correndo quando ele sentiu meu cheiro e... A gente não brigou fisicamente. Na verdade, nós só discutimos.
- Nossa. Ele está mesmo diferente se não tentou te matar nem nada. – respirei pesadamente. – O que disseram?
- Ele pode não ter feito nada, mas pensou muito em fazer. O autocontrole melhorou de verdade.
- Edward, o que vocês disseram?
- , não fique ainda pior, ok? – Ed me alertou e eu assenti. – Ele está chateado com você e quer tentar se afastar... Nós dois sabemos que isso é impossível.
- Porque você pode ler a mente dele e eu não?
- Eu não sei. – respondeu-me sincero.
- O que mais ele pensou?
- Ele está confuso com o fato de termos sido namorados em outra vida e está levando em consideração o que você disse sobre... Serem um casal problemático.
- Não posso acreditar que ele só prestou atenção nessa parte da conversa! – resmunguei, me sentindo ligeiramente enjoada.
- Ele não tem culpa de levar a situação para esse lado. Pensa bem, nós dois juntos um século atrás e a vida faz com que nos reencontremos novamente. Pior que isso, nos deixa com essa ligação estranha e esse instinto de proteção... No dia que a vampira de atacou, – ele engoliu a seco. – Senti que deveria ir a Port Angeles como se parte de mim fosse explodir se eu não obedecesse a minha intuição.
- E então você me encontrou e me levou para Carlisle. – o sentimento de compreensão tomou conta de mim. – Ed, você me salvou!
- Não foi bem assim. Se o Jacob não tivesse sido rápido o bastante para chegar até a fronteira... – uma expressão angustiante transpassou sua face. – Você não teria suportado.
Nenhum de nos pode ser capaz de desviar os olhos um do outro naquele momento. Edward tinha uma espécie de dor guardada em seus olhos, proveniente da simples lembrança de me ver a beira da morte.
- Eu estou aqui agora. – sorri fracamente e peguei em sua mão. – Vocês dois me trouxeram de volta.
Ele beijou o topo da minha cabeça, pensando qualquer coisa banal para evitar que eu chegasse até seus pensamentos. Soube que havia algo ali sério ou difícil de lhe dar o bastante para ter que ser escondido de mim. Então parei de bisbilhotar sua mente com afinco.
Nós voltamos a fitar as estrelas enquanto eu me perguntava se Jake tinha razão. Se eu tinha voltado para Edward de uma maneira louca para ficar com ele de novo, ou se somente tínhamos algo não resolvido deixado para trás.
Não era justo ter um impriting com uma pessoa e uma ligação especial com outra. Era certamente como dividir o coração com duas pessoas importantes na vida ainda que os sentimentos variassem. De qualquer forma, era difícil e dolorido me imaginar machucando alguém.
Meu lobo parecia ter sentido na pele a amargura de não ser o único para mim.
- Você algum dia largaria Jacob? – a pergunta repentina me assustou de leve.

- Você algum dia largaria Isabella? – rebati e assisti seus olhos castanhos se arregalarem.

- Não! – respondemos juntos e então, tivemos que sorrir.

Tínhamos a ligação, a preocupação e até a química, por assim dizer. Mas também tínhamos aquele alguém que largar nunca seria uma alternativa, por mais difícil que todas as outras escolhas ao redor fossem.

Como me deixar... Edward me deixaria para ficar com ela.

Não era difícil entender. O que tínhamos não parecia ser algo tão físico e nem puramente sentimental, somente parecia ser necessário. Acho que era justamente o que me inquietava.

Eu já tinha o meu conto de fadas não tão felizes para sempre em Lapush e sabia que Jacob tinha meu coração inteiro e Edward, metade dele. O que eu poderia fazer a respeito?

- Meu celular. – lembrei-me, visivelmente atordoada. – Vou buscá-lo, espere um minuto.

Ed não parecia ter me entendido e sequer me escutado. Seguiu meus passos até uma pedra, onde resgatei um objeto rosa. Ele continuava sem entender, enquanto eu me sentia brevemente melhor, por ter achado uma forma de explicar a ele.

Voltamos até a beirada do penhasco e ficamos a observar o horizonte estrelado. Era hora de mostrar a ele, de ver se Edward também entendia assim... De ver se havia alguma forma de concertar aquilo, pois tínhamos que fazer algo a respeito juntos. Por isso, mexi nas teclas do aparelho com um pouco de pressa e sorri – brevemente - quando finalmente achei o que precisava.

- Não vou saber dizer tudo, entende? Não sou tão boa com palavras, por isso... Vou te mostrar essa musica.

Ele assentiu, parecendo meio incerto. Talvez fosse daqueles homens que preferissem praticidade e palavras. Bem, não iam ser minhas palavras... Mas estava claro. Ele ia perceber.

A melodia suave logo começou e meu coração esquentou só de ouvir os primeiros acordes. Era uma de minhas musicas favoritas e eu nunca tinha realmente percebido a mensagem que ela estava trazendo. Era a definição perfeita de tudo...

John Mayer parecia até ter sido espectador dos meus momentos, das minhas consternações.

( Half of my heart – John Mayer.)

Eu nasci nos braços de amigos imaginários[Quebra Suave]Livre para vagar por aí, fiz uma casa dos lugares por onde estive[Quebra Suave]Então você veio de encontro[Quebra Suave]Como a coisa mais verdadeira[Quebra Suave]Tentando o meu melhor para entender tudo o que seu amor pode trazer[Quebra Suave]
Oh, metade do meu coração tem o controle na situação[Quebra Suave]Metade do meu coração leva tempo[Quebra Suave]Metade do meu coração tem a mente certa para dizer a você[Quebra Suave]Que eu não posso continuar te amando[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave][Quebra Suave][Quebra Suave]- Uma combina conosco. Diga, eu sei que pensou o mesmo. – eu disse.

- Oh, metade do meu coração tem o controle da situação. – ele afirmou, cuidadoso.


Eu fui feito para acreditar que eu nunca amaria ninguém[Quebra Suave]Fiz um plano: continuar sendo o homem que ama apenas a si mesmo[Quebra Suave]Solitária foi a canção que eu cantei[Quebra Suave]Até o dia que você apareceu[Quebra Suave]Mostrando-me um melhor caminho e tudo o que meu amor pode trazer


- Não, parece que essa parte é só sua e de Isabella.

Vi em sua mente o quanto era sozinho e triste antes de encontrá-la.

Oh, metade do meu coração tem o controle na situação[Quebra Suave]Metade do meu coração leva tempo[Quebra Suave]Metade do meu coração tem em mente certa para dizer a você[Quebra Suave]Que eu não posso continuar te amando[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave]Com metade do meu coração[Quebra Suave][Quebra Suave]A sua fé é forte[Quebra Suave]Mas eu posso apenas cair até agora, até mais[Quebra Suave]É hora de esperar, mais para a frente[Quebra Suave]Você vai odiar que eu nunca dei mais para você[Quebra Suave]Do que metade do meu coração[Quebra Suave]Mas eu não posso parar de amar você[Quebra Suave]Mas eu não posso parar de amar você[Quebra Suave]Mas eu não posso parar de amar você[Quebra Suave][Quebra Suave]Com metade do meu coração, metade do meu coração[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave]Metade do meu coração tem uma imaginação realmente muito boa[Quebra Suave]Metade do meu coração tem você[Quebra Suave]Metade do meu coração tem em mente certa para te dizer[Quebra Suave]Que metade do meu coração não vai ser suficiente


- Metade do meu coração tem o controle da situação. – ele disse, tirando os olhos do céu e me analisando profundamente por alguns instantes, antes de continuar. - Metade do meu coração tem uma imaginação realmente muito boa. Metade do meu coração tem você.

Metade do meu coração é um casamento forçado[Quebra Suave]Com uma noiva com um anel de papel[Quebra Suave]Metade do meu coração é a parte de um homem [Quebra Suave]Que nunca realmente amou coisa alguma[Quebra Suave][Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave]Metade do meu coração[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração[Quebra Suave]Metade do meu coração[Quebra Suave]Metade do meu coração[Quebra Suave]Oh, metade do meu coração
[Quebra Suave]
- Eu acabei de perceber que gosto de voce de uma maneira estranha, Edward. E sabemos que que metade do meu coração não vai ser suficiente.

- Sei exatamente o que quer dizer.

Ele me abraçou de lado, tentando me reconfortar. Acho que seriamos muito amigos no futuro... Se já não éramos agora. Edward era um suporte incrível para minhas emoções.

- Vamos para casa. – ele pediu, a voz firme. – Você não vai ficar aqui de jeito nenhum.

- Eu não ia resistir desta vez.

Capitulo 22 – I woudn’t mind

- Eu preciso ir, Sam disse que precisaria de todos nós. – eu tentei explicar. – Eu quero ir!

Edward fez uma careta de dar medo. Se Isabella não estivesse no meio da sala observando nossa “briga”, ele já teria me jogado no quarto e me trancado lá. Como se uma porta fosse me deter...

- Quantas vezes vou ter que dizer? Algo muito ruim pode acontecer a você. Isso não é uma brincadeira!

- Eu sei que não é, são os meus amigos correndo perigo. Meu namorado, meus irmãos, você. – abaixei o tom de voz. - Não há nada que possa fazer para me impedir.

Ele respirou fundo, totalmente frustrado. A namorada parecia da mesma forma, por outros motivos.

Certo. Entendi, sem precisar encarar sua face mais de uma vez... Ela devia estar se perguntando por que diabos ele estava sendo tão super protetor comigo.

- Eu tenho que ir para Lapush agora. – avisei. – Até mais tarde.

E antes que eu pudesse sair, ele já estava bloqueando a porta como um leão defendendo seu território. Se eu quisesse sair por ali, teria que arranjar um jeito de dobrá-lo.

- Eu estou escutando seus pensamentos. Não adianta, você não vai.

- E porque não? – Bella finalmente resolveu abrir a boca pálida. – Eles podem cuidar dela tão bem quanto vocês.

- É isso mesmo. – eu ri. – Além disso, eu já cansei de te mostrar que sou capaz de cuidar de mim mesma. Você me treinou esses dias para que?

Ele reconsiderou algumas coisas, como o fato de eu ter conseguido driblar sua rapidez numa luta e ter derrubado Emmet em outra.

Não, nem mesmo depois de pensar sobre isso ele compreendeu que eu não morreria se entrasse no combate.

- Deixe-a fazer as próprias escolhas, filho. – Esme gritou da cozinha.

- Não!

Edward praticamente rugiu e depois abaixou os olhos, envergonhado. Afinal, Bella assistia toda a cena de queixo caído.

- Eu conversei com Alice ontem. Ela disse que precisaríamos dos meus poderes. E você sabe que sou a melhor chance de fazer tudo dar certo. Se eu aliar meu dom ao de Jasper, a disputa estará ganha.

- ...

- Não, Edward! Me escuta, ok? Eles estão atrás dela – apontei para a garota. – É só com ela que deve se preocupar agora.

Ele se desencostou da porta e voltou a me fitar, com os olhos quase pretos.

- Tudo bem.

- Sério? – avancei para mais perto. – Então você finalmente vai dar o consentimento?

- Oh, não confunda as coisas. Você vai porque é extremamente teimosa e implicante. Eu gostaria tanto que você me poupasse dessa preocupação...

- Se for te deixar melhor, vou lutar apenas com um e cada vez.

Ele revirou os olhos no melhor estilo: O que eu vou fazer com essa mala? Nem me importei, na verdade. Nada que ele dissesse ou fizesse poderia me manter em casa... Não quando tínhamos uma luta a vencer.

Ele quis me levar até a fronteira, mas desistiu no momento em que viu a carranca da namorada. Que inclusive, já estava sofrendo um stress danado por estar sendo perseguida.

Segundo Alice, o objetivo de Victoria era matar Bella de maneira cruel e por isso, Edward a levaria para as montanhas, onde pudesse ser bem escondida.

Pelo que eu sabia, Seth ficaria de olho nela até que Ed tivesse levado seus rastros para longe, a fim de tentar enganar a vampira. Se tudo desse certo, ele nem lutaria, já que sua função era proteger a garota e nada mais.

Eu faria um pouco mais... Jasper e eu combinamos algumas coisas que poderiam dar certo durante a luta. Se aplicássemos juntos o sentimento de calma nos recém-criados, poderíamos fazer dar certo.

Eu e Alice trabalharíamos a 1000 nas visões para evitar ataques surpresa e por fim, eu saberia a intenção por trás de cada rosto antes que uma única palavra fosse dita. Afinal, eu lia mentes.

Então não demorei a chegar na casa de Sam e nem a ser notada pelos outros. Jared, Quil e os outros garotos correram para me abraçar. Fiquei realmente feliz em vê-los, mas teria ficado mais se Jake estivesse entre eles.

Emily me ofereceu biscoitos depois de um abraço carinhoso. A prima dela estava em um canto da varanda interagindo com Seth, e Leah parecia alheia a todas as outras pessoas.

Bem, tudo estava praticamente a mesma coisa.
Estávamos a véspera de uma guerra, mas todos estavam alegres e famintos. Interessante.

- , preciso conversar com você. – Sam disse de algum canto da sala.

- To indo!

Ele sorriu amplamente assim que me viu e logo bagunçou meus cabelos com uma das mãos. Era engraçado ver Sam assim, ele parecia um irmão mais velho ou coisa parecida quando fazia algo do tipo.

A verdade é que ele cumpria o papel de líder muito bem e tentava – da melhor forma – nos ajudar com problemas externos. Jake me disse um dia que os conselhos dele sempre eram bons. Não era difícil de acreditar.

- Eu quero que você fique aqui em Lapush. Precisamos de defesa.

- Sam, por favor. – eu pedi. – Jasper vai precisar dos meus poderes na luta. Veja bem, minha participação pode ser decisiva.

- Eu preferiria te manter segura.

- E quanto a Seth? Ele é mais novo e vai ser exposto. Porque eu não posso?

- Ele tem mais experiência que você... Alem disso, Seth não tem nenhum namorado obsessivo pela sua segurança.

- Ah... Claro! – bufei – Foi Jacob, não foi?

- Ele pediu . Jacob quer a sua segurança, todos nós queremos. Você foi a única que nunca realmente lutou sozinha com um vampiro. E quando tentou... Bem, você sabe. Ninguém gostaria de te ver daquele jeito de novo.

- Não vai acontecer novamente. – juntei as duas mãos, um jeito ótimo de persuadir. – Eu tenho poderes agora e posso ajudar, sei que posso. Deixe-me ir, por favor.

- Bem, eu e Jake sabemos que nada pode te deter, se você verdadeiramente quiser lutar.

- Yes!

Tirei os joelhos do chão e me joguei contra seus braços, gritando e rindo ao mesmo tempo. Eu tinha conseguido a permissão do chefe. Agora não havia mais nada que Jacob pudesse fazer... Nós iríamos guerrear lado a lado, em breve.

Depois de agradecer umas mil vezes, pedi desculpas pela afobação e segui rumo a porta. Estava louca para contar aos outros quem tinha sido a mais nova escalada para a caça aos vamps. Só a idéia já liberava adrenalina pelo meu corpo e incrível como só o assunto me deixava de orelhas “em pé”.

Mas não tão cedo. Sam me chamou com um tom um pouco mais severo, como se não tivesse dito tudo o que tinha para dizer ainda. Senti – lá no intimo – que não era uma coisa boa.

Droga.

- Eu soube o que aconteceu entre vocês dois. E ele me contou sobre o vampiro. – ele olhou através da minha alma. – Sabe que um impriting é impossível de ser desfeito, não é?

Apesar de tudo, tive que sorrir aliviada. Se alguém ia querer desfazer alguma coisa, esse alguém era Jacob. Fiquei feliz em saber que seriamos um do outro quer ele quisesse, ou não.

É, eu sei que sou egoísta.

- Na realidade, eu estou esperando que ele me perdoe.
- Ele vai perdoar, só precisa de um tempo pra digerir a situação. Tente entender, você beijou o pior inimigo dele.

- Nunca pensei que eu é que ia dizer isso, mas... Vou dar o espaço que ele precisa.

- Certo. – Sam sorriu. – Vamos lá pra fora, é hora de instruir todos para o combate.

Assim que passamos pela soleira da porta, a mão de Sam caiu do meu ombro exatamente quando vi alguém que não esperava ver, pelo menos por enquanto.

Jacob estava de braços cruzados perto dos outros garotos, que falavam o tempo todo e apenas recebiam o silencio dele em resposta. Todos estavam tão animados quanto à guerra e ele só parecia... Bem, ele. Só que em dias de mau humor.

Quando nossos olhares se cruzaram, abaixei a cabeça instantaneamente. Pode ter sido pela vergonha, incerteza ou pelo fato de não estarmos nos falando. E tudo que Jake fez foi continuar a me fitar. Logo soube que algo estava errado.

Então, quando observei o caminho a minha frente novamente, tive a surpresa de vê-lo parado exatamente a dois metros de mim.

Inclinei meu rosto para cima procurando os sentimentos em seus olhos. Não havia nada alem de fúria. Que diabos eu tinha aprontando para deixá-lo assim desta vez?

- Atrás da casa. – seu olhar duro quase me transformou em gelo. – Agora.

E saiu andando a passos largos para o lugar, onde certamente as coisas ficariam feias para mim. Olhei ao redor e todos me fitavam apreensivos, como se soubessem mais ou menos porque e como eu tinha me metido numa enrascada.

- É melhor você ir. – Sam avisou.

- O que eu fiz agora? – levantei as mãos, visivelmente chocada.

- , é melhor você ir logo. Antes que ele venha te buscar a força.

Suspirei. Era bem capaz que ele fizesse isso.

N/A: Flooooores do meu coração, vou logo avisando que vai ser uma N/A MONSTRA. Preciso dizer tantas coisas... Não fiquem entediadas, ok :)
Bem, pra começar, eu fiquei LOUCA quando vi tantos comentários lindos, engraçados, furiosos, desolados. Pela primeira vez consegui o que queria desde o começo. VÁRIOS comentários cheios de críticas positivas e palavras de apoio bem fofas. Gente, quando vocês comentam (seja lá o que for) surge um surto de criatividade na cabeça de quem escreve que vocês não podem imaginar! Então por favor, continuem.
Em segundo lugar, quero dizer que alguém (anônimo) escreveu uma coisa bem certa. A nossa PP magoou o Jake, ela merece ser magoada um pouquinho, é justo. Então, coisas cabeludas vão aparecer... O beijo na montanha vai parecer bobo perto disso. Mas não vai ser agora, prometo que terão um momento fofo com ele em breve... Muito em breve *.*
E por fim, quero avisar que o momento da luta está chegando. Muitas coisas diferentes vão acontecer, acrescentei detalhes que não aparecem no livro de eclipse.
Algumas leitoras:
- Nannah, sempre fico esperando ANSIOSAMENTE pelos seus comentários e fico muito feliz quando noto que você nunca deixa de comentar. Leitora fiel. Kkkkkkkk
- Luiza, Amanda: obrigada pelo elogio fofo de vocês *.*
- Anix, tudo vai dar certo kkkkkk eu JURO :P
- LuHh, eu fiquei LOUCA quando vi seu comentário. Não acredito que você chorou! Euhsiuhe own Deus, se vai te deixar mais alegre... Na att que vem rola um beijo roubado da nossa PP em Jacob Black. Ops, estraguei a surpresa :\ Kkkk
- E para as demais leitoras, tão importantes para mim. As que comentaram pela primeira vez, as que comentam sempre, as fantasmas, as que têm preguiça, as que ficam com ódio mortal quando Jacob dispensa a PP ou quando nossa PP é uma biscate. Kkkkkkkkk OBRIGADA por lerem metamorfose. Beijos!
*Half Of my heart – John Mayer
* Wouldn’t mind – He is We



Capitulo 23 – Won’t go home without you

Dei a volta por trás do chalé e percebi que nunca tinha ido ali antes. Ou não me lembrava de ter ido. Havia um pequeno parquinho com balanços, mesinhas e além dele, a floresta.

Primeiro uma vegetação rasteira, e depois todos aqueles lindos pinheiros. Era tão simples e bonito.

Jacob completava a bela cena, me esperava sentado em uma dos bancos de concreto. Ele era incrivelmente lindo até mesmo com as veias quase saltando do pescoço e as pupilas levemente dilatadas. De raiva.

Bem, o que quer que eu tenha feito, havia o irritado bastante.

Então não quis correr o risco de chegar tão perto. Sentei-me em um dos balanços a sua frente e olhei em seus olhos, esperando que o assunto em fim viesse à tona.

É difícil não ficar curiosa quando te observam assim e você não sabe exatamente o que fez de errado.

- Você não vai lutar. – ele disse em tom de ordem, acabando com o silêncio.

- Vou. – notei que o maxilar dele travou. – Eu já conversei com o Sam, estamos resolvidos.

- Você não entende...

- O que eu não compreendo Jake? É porque eu sou mulher, frágil e inexperiente? Bem, vou te dizer uma coisa: Sou uma mulher forte, não há fragilidade em mim e nenhum medo. Não preciso que fiquem me defendendo. Eu consigo proteger meu povo.

As mãos nervosas e trêmulas dele percorreram o rosto e então desceram pelos cabelos, impacientemente. Com toda a certeza do mundo, aquilo estava sendo difícil para ele.

Havia algo mais...

- O que você não entende é que foi assim que quase te perdi para sempre uma vez. Não quero te ver daquele jeito de novo e você sabe que tudo pode acontecer hoje. Tudo.

Finalmente entendi. Jacob estava com medo.

O lance do acidente um mês atrás o deixara traumatizado e ele sentia culpa todo o tempo por aquilo ter acontecido comigo. Por isso se via no dever de me proteger.

Sem conseguir mais me conter, saí de onde estava aos tropeços e me sentei ao seu lado, sentindo uma vontade imensa de reconfortá-lo.

Uma batalha interna acontecia em minha mente e eu simplesmente não podia mais controlar meu corpo, não quando estávamos tão próximos um do outro.

Minha mão subiu devagar pelos seus ombros largos e ele me olhou de esguelha, ligeiramente tenso por causa do meu movimento. Eu sabia que qualquer ação mais sentimental poderia acabar com tudo. E nos levar até aquele velho assunto de separação.

E mesmo assim, soube que uma vez que minha mão estava em seu corpo... Era tarde demais. Passei os dedos pelo seu maxilar e por de baixo de seu queixo. Evitei olhar naqueles olhos, mas encarei a sua boca com uma saudade terrível.

E antes que pudesse me dar conta, meus lábios acharam o caminho por si só. Jacob não correspondeu, então eu fiquei lá, movendo meus lábios vagarosamente contra os dele, com uma vontade de chorar que quase não cabia dentro de mim.

Ele não me queria ainda. Não estava pronto.

Suspirei e me afastei, fitando seu rosto endurecido e seu olhar afiado, sabendo que tinha desrespeitado seu espaço. Sem nem pensar melhor, pulei dois bancos para longe, e fiquei novamente de frente para ele.

- Eu estou mais forte e tenho poderes, você sabe. Ninguém vai me atacar sem que eu preveja, além disso, vou me aliar a Jasper e alterar todas as emoções ao nosso redor. Precisamos tentar controlar a raiva que eles sentem... Teremos uma chance maior se eu estiver lá.

Tentei ser convincente, mas minha voz estava embargada.

- Você pode se machucar.

- Eu sei que sim. Mas também sei que posso salvar meus irmãos. Eu preciso lutar.

- Você não precisa... Apenas quer mostrar que pode. – ele sorriu, com ironia.

- Não Jake. – procurei seus olhos avidamente. – Eu preciso ser quileute nesse momento difícil, preciso defender meu povo e... Verificar se você vai estar bem. Tenho que me certificar de que vamos voltar para casa juntos.

- Não estou certo quanto ao “juntos”, mas posso garantir que voltaremos bem para a aldeia.

Partiu-me o coração ouvi-lo incerto sobre o nosso namoro, mas o que disse depois, bem... Acalmou meus ânimos.

- Isso quer dizer que eu vou poder ir?

- Seu eu dissesse que não, você ficaria?

- Não. – resmunguei mais sincera do que gostaria.

- Então eu digo que a escolha é sua. – ele balançou a cabeça, contrariado e se levantou. – Sempre foi.

E foi embora. Fato que já estava se tornando extremamente repetitivo.
Já não tive certeza se suas ultimas palavras se referiam ao dia de hoje ou a todos os problemas pelos quais estávamos passando.
Quer dizer, “a escolha sempre foi sua” implicava todas as minhas ações. Era quase como se ele estivesse jogando na minha cara, como se tudo tivesse acontecido por minha causa. A raiz de todos os problemas.


Se eu beijei Seth, a escolha havia sido minha. Se eu fui morar com os Cullens, escolha minha. Se eu fiquei com Edward... Adivinhe só, escolha minha. E agora que estava pensando em tudo isso, percebi. A escolha realmente havia sido minha.

Não havia ninguém para culpar, apenas a mim mesma.

E era tempo de pensar nisso quando nossa aldeia estava passando por problemas tão grandes? Quando alguns de nós poderiam ir lutar e jamais voltar?

Bem, hoje a escolha de ir e batalhar por quem amo também pertencia a mim. E por isso, tirei todos os pensamentos ruins de minha mente e segui em frente. Só havia isso para se fazer, por hoje.

Capítulo 24 - Thunder

Sam nos fez ficar em um círculo e pegou um graveto para explicar – na terra – nossas posições. Collin e Brad ficariam na reserva, caso algum sanguessuga conseguisse ultrapassar os limites da fronteira. E o resto de nós, seguiria para o combate em Forks.

Sam, Jacob, Paul, Quil e Jared ficariam na linha de frente e pegariam os maiores. Para mim, Embry e Leah sobravam todos aqueles que não estivessem na mão dos Cullens.

Jake insistiu para ficar no mesmo lado que eu (a minha frente, para ser mais exata). Era obvio que ele não deixaria nenhum vampiro sequer me encarar.

- Jacob, assim você vai acabar tendo problemas... Eu quero que fique do outro lado, porque quanto mais perto de mim, mais desconcentrado na luta você vai ficar!

- Se não for como eu estou dizendo, ela não vai. – Jake me ignorou totalmente e alertou Sam.

- , você fica atrás de Jacob. Ele vai poder checar você quando quiser e lutar. Acho que longe seria até pior, ele ficaria te procurando o tempo todo.

Urgh! O que eu poderia fazer? Era melhor ir a luta e assistir tudo atrás dos pêlos do meu namorado (ou ex) do que ficar em Lapush imaginando como tudo estaria acontecendo e me preocupando a cada minuto.

De repente, antes que eu pudesse perceber, minha mente foi invadida por uma cena no meio das montanhas da floresta. Percebi que meus olhos poderiam ter perdido o foco, já que eu estava no meio de uma visão.

Seth estava transformado olhando para o sul, enquanto atrás dele, Edward e Bella se beijavam docemente. Ao mesmo tempo, uma luta ocorria na mata atrás dos montes. Todos os lobos agiam em parceria com os Cullens para derrotar os recém-criados. Eu estava me saindo bem e Jasper estava me ajudando o tempo todo. Quando acabamos com um vampiro ruivo, olhei em volta, mas não achei Jacob.

- ? ? – várias vozes me chamavam e alguns braços me sacudiam. – Ela está voltando. Vamos levá-la para dentro.

Jacob me carregou e eu fiquei um pouco feliz, haja vista que aquele pouco contato era o único em dois dias. Acontece que era muita coisa para mim.

Nós, lobos com impriting, tínhamos uma necessidade imensa de tocar na pessoa amada. E a falta desse contato físico por um dia era como... Como ficar sem comer sua comida favorita por meses. Aí quando você come, depois da abstinência, sente a saudade bater e o coração se alegrar. E quer mais, sempre mais.

Senti-me exatamente assim quando Jake me carregou em seus braços fortes.

- Vamos, , o que aconteceu? – Ele perguntou, segurando meu queixo.

Encarei seus olhos pretos e um calor preencheu meu corpo. Eu mal podia lembrar o que tinha visto com ele me encarando tão de perto.

- Não foi nada. – esfreguei minha cabeça. Visões eram doloridas às vezes. – Vi o futuro, uma pequena parte dele.

- O que você viu? – os garotos perguntaram ao fundo, abismados.

- Seth, você vai ficar na montanha para ajudar a proteger Isabella. E o resto de nós vai lutar.

- Até a gente? – Brad e Collin se agitaram.

- Não. – baguncei os cabelos de Collin. – Vocês ficarão aqui mesmo.

- E como era a luta? – Quil indagou.

- Os vampiros estão em vantagem significativa de numero. – Jake rosnou ao ouvir isto. – Mas os Cullens bolam um plano. Vocês não vão gostar, mas é como vamos ganhar a guerra.

- O que eles vão propor? - Sam perguntou, de certa forma aliviado por ouvir que ganharíamos.

- Não vamos lutar sozinhos ou ainda, dois lobos para cada vampiro. Isso nos faria perder tempo, já que eles estão mais rápidos e fortes.

- O que faremos, então? – Jared se pronunciou pela primeira vez, com os olhos arregalados.

- Vamos nos associar a um Cullen. Lobo e vampiro juntos. Não há chance para nenhum dos coitados do exercito que a vampira cria. Eu mesma mato um vampiro com Jasper, um sanguessuga enorme.

- Não. Eu é que vou lutar junto com você, .

Jake diz isso, e então eu me lembro.

- É engraçado te ouvir dizer isso Jacob, por que você não esta na luta. Você aparece correndo para algum lugar.

- Não acredito que você foge, cara. – Paul fez piada e todos riram. E tentaram parar quando Jacob esbravejou.

- E para onde eu estava indo?

- Eu não sei. – respondi incerta. Talvez eu já soubesse a resposta. – Para as montanhas, acho.



N/A: Oi flores :D Como estão todas vocês? Animadas para a guerra? Bem, eu não. Acho que é a parte mais chata da fic, mas depois de dois capítulos, melhora e MUITO. Estou prometendo :) Um obrigada enorme para todas as garotas fofas que comentam sempre e continuam comentando. E por fim, um abraçooo enorme para uma leitora MARAVILHOSA que não comentei na semana passada, Juh Black! É isso, Beijo gente:*
Ps: Não deixem de ler outra fic nova minha, MY PLACE.

*Won’t GO home without you – Maroon 5
*Thunder – Boys like Girls






Capitulo 25 – This is War

Chegamos todos até o território dos Cullens com algumas horas de antecedência. Ainda tínhamos emboscadas a definir e táticas a serem treinadas.

Durante a última semana, Jasper estivera ensinando a todos os lobos como matar recém-nascidos. Isso nós já sabíamos naturalmente, a questão é que o vampiro tinha experiência com esse tipo de coisa e sabia bem melhor como aniquilá-los rapidamente.

De qualquer forma, num dos pequenos treinamentos, fui convocada a lutar e mostrar o que tinha aprendido. Com quem eu combateria? O mais rápido deles. Edward.

Ouvi Jacob rosnar ao fundo quando Ed se levantou, puxou minha mão delicadamente e me levou a alguns metros a frente.

Encaramo-nos misteriosamente, esperando o momento certo para começar.

- Transforme-se. – Edward ordenou.

E então, andei em linha reta até ficar muito perto de seu corpo esculpido e o fitei intensamente. Dois segundos depois eu já tinha explodido minhas roupas e minhas garras quase o acertaram durante a transformação.

Agora, eu tinha muito mais que a metade do seu tamanho e se me equilibrasse em duas patas, ultrapassaria sua altura com facilidade.

Os outros também se transformaram em lobos para seguir a linha da minha mente durante o ataque.

Edward repuxou os lábios num sorriso e se curvou numa postura felina. Apesar de tentar embaralhar os próprios pensamentos e tentar me confundir, soube exatamente quando pretendeu atacar e desviei com facilidade quando ele o fez.

“Eu quero que você lute de verdade, não amenize tudo só porque sou uma mulher.” pedi mentalmente.

“Eu estou lutando de verdade!” ele levantou os ombros e eu estreitei o olhar. “Tá, não totalmente... Não quero te machucar.”

“Eu não vou me machucar.”

Grunhi e fui para cima dele no instante seguinte, projetando meus dentes em seu braço esquerdo. Mordi somente para colocar minha marca ali, arrancá-lo seria demais.

Ed agiu impulsivamente depois disso. Pegou-me pelo tronco, me jogou contra o chão, e segundos depois, apareceu sobre mim segurando meu pescoço com as duas mãos.

Percebi a agonia de alguém vindo de algum lugar. Pelo canto dos olhos vi meu lobo vermelho se inclinar para frente tentando chegar até mim, mas Sam entrou em sua frente e o impediu.

Eu devia sair dessa sozinha.

Apurei meus sentidos mesmo quando Edward forçava os dedos contra minha garganta. Senti a mudança de humor nele, e nos outros a minha volta.

Seth parecia angustiado com a cena, Alice curiosa, Jared ainda parecia confiante sobre mim... Era isso! Os sentimentos. Lembrei que podia alterá-los se quisesse. Eu podia controlar.

Usei todo o ar que ainda restava em meu pulmão e forcei meu cérebro a se oxigenar. Quando estava pronta, foquei todo o meu poder em Edward, na tentativa de substituir sua ansiedade por calma. Calma demasiada que quase virou lerdeza.

Suas mãos se abriram sem seu consentimento e ele caiu sobre mim antes que pudesse controlar seu corpo. Eu tinha mandado tanta tranqüilidade para cada célula de seu corpo, que agora, esse mesmo se via na obrigação de deitar e relaxar.

Quem quer dormir no meio de uma luta? Bem, esse era o poder do meu poder.

Rolei por cima de seu corpo e encarei seus olhos brandos. Ele sabia o que estava acontecendo, mas não conseguia forçar o corpo ou a mente a lutar, porque era muito mais forte que ele.

Não havia nada que pudesse fazer, e, portanto, se rendeu.

Tirei minhas patas de cima de seu peito e me afastei. Olhei para todos os garotos ao redor e eles pareciam confusos sobre o final da luta. Eu os avisei que Edward tinha abandonado a luta. Ou seja, eu venci.

Cinco minutos depois que Jasper fez Edward voltar ao normal, Alice de uma hora para outra previu que o exercito estava a caminho, muito mais cedo do que antevíamos.

Sam logo deu seus últimos avisos e nos disse que esperava que ficássemos todos bem. Eu senti que não perderíamos ninguém hoje, e desejava estar certa.

Minutos antes do ataque, Jacob deixou que o orgulho se esvaísse da mente e veio até mim. Olhou-me com aquela intensidade toda de sempre e pegou em meu queixo de leve, fazendo-me erguer ainda mais a cabeça.

Eu estava mais que surpresa. Apesar das circunstâncias, não achava que fosse receber nenhum ato carinhoso da parte dele depois do que eu tinha feito, e sinceramente, não podia culpá-lo se ele tivesse sido totalmente frio.

Mas não, Jake às vezes era simplesmente incrível.

Ele me deu um celinho demorado, mas simples. Um jeito quieto e gentil de dizer: cuide-se. Eu queria mais, bem mais. E, no entanto me contentei com o menor dos gestos. Afinal, era um começo.

- Não faça nada estúpido e uive se precisar de ajuda. – ele disse ainda me encarando.

- Não se preocupe, vou saber cuidar de mim mesma.

- É sério, . Se estiver encrencada, não tente resolver tudo sozinha. Prometa-me ao menos isso, por favor.

Ele endureceu o olhar e eu sorri fracamente.

Incrível a capacidade de um homem de acabar com um clima romântico. Jake tinha praticamente me chamado de burra, incapaz, impulsiva e teimosa. Tudo isso em duas frases.

- Tudo bem, eu prometo. – levantei o dedo mindinho e ele riu fraco em resposta. – Anda, você também tem que prometer uma coisa.

- O que? – ele grudou o dedo no meu.

- Diga que vai se concentrar na luta e apenas isso. – eu balancei nossas mãos, mas ele ainda parecia confuso. – É que preocupado comigo você vai acabar machucado bem rápido.

- Claro, claro. – Jake sorriu. – Vou fazer o possível.

- Ótimo.

Ele não esperava que eu agisse tão espontaneamente, e sinceramente, nem eu. Foi um ato tão instantâneo e cheio de amor que recusar seria um pecado.

Eu me joguei em seus braços e o abracei fortemente, aspirando o cheiro de seu pescoço e sentindo sua pele quente contra a minha. Tinha que ser o melhor dos abraços, já que o futuro ainda é uma incógnita para todos.

Foi o abraço mais aconchegante do mundo. E que não fosse o ultimo, que não fosse!

- Ei, vocês precisam se transformar. – Emmet gritou de cima das arvores. – Eles vão chegar em 15 minutos.

Nós assentimos e Jacob me beijou a bochecha antes de seguir rumo aos arbustos.

Do outro lado, Edward me olhava serenamente. Ele queria se despedir, pude perceber, antes que ele dissesse ou pensasse qualquer coisa.

Corri até ele e coloquei a mão nos bolsos do meu short, sem saber exatamente o que fazer com elas. Só agora tinha me dado conta de que a vampira faria tudo para vê-lo sofrer e que, se tivesse uma única chance, o mataria violentamente.

- Tome cuidado. – sussurrei, subitamente nervosa. – Sabemos que ela vai atrás de você.

- É... – ele assentiu. – Só espero que isso acabe logo.

- Tudo vai dar certo.

Como com Jacob, não consegui me refrear e acabei nos braços do vampiro. Edward era mais rígido e frio, mas ainda era reconfortante abraçá-lo e seu cheiro era maravilhoso.

Engraçado como eu cabia ali perfeitamente. Não era o encaixe perfeito que tinha com meu impriting, mas era um encaixe aceitável, justo.

- Você pensa cada coisa. – ele riu em meus cabelos.

- Eu sei. Minha mente vai longe.

- Não é ruim... É a mente mais complexa e mais aberta, ao mesmo tempo. É difícil de compreender e às vezes tão fácil. Não há manual para você, Srta. Jonasson.

- Eu gosto de ser única. Foi um elogio, não foi? – me soltei dele e encarei seus olhos.

- Obviamente. – ele me deu um beijo na bochecha oposta a que Jacob tinha beijado. – Não quero arriscar pegar baba de cachorro.

Nós gargalhamos, embora a piada tivesse sido ofensiva. Não dava pra ficar chateada com Edward rindo tão abertamente. Era bom vê-lo rir.

- Bem... – ele se recuperou. – Tenho que voltar para o acampamento. Bella me fez prometer que eu voltaria e ficaria com ela.

- Eu vi. Tive uma visão... Não vi a ruiva chegando até vocês.

- Ainda é cedo para saber, ela é cheia de artimanhas.

- Vou ficar de olho. – avisei para acalmá-lo. – Tudo que estiver ao meu alcance.

- Obrigado . Mas só quero que você se proteja e esteja viva quando voltarmos. Use seus poderes, como fez comigo. Não se desconcentre e jamais, JAMAIS lute sozinha.

- Ai, porque todo mundo me acha tão incapaz?

- Não é isso. – Ed replicou. - Todos sabem que você é teimosa e que fazer loucuras deve estar no seu sangue. Você é forte, mas eles são recém-criados... E recém criados tem uma força que nenhum de vocês pode imaginar.

- Vou tomar cuidado.

- Isso mesmo. – ele colou os lábios em minha testa. – Faça isso por quem te ama. Fique bem.

Abraçamo-nos rapidamente e então ele correu para a namorada tomando o cuidado de espalhar seu rastro em outro rumo a fim de confundir Victoria.

Ela sabia que onde ele estivesse, Bella estaria.

Juntei toda coragem, força e determinação que possuía e guiei meu corpo até a área de combate, onde os demais esperavam.

Depois de me transformar, focalizei meu poder em todos os presentes. Eu e Jasper estávamos tendo um trabalho danado para conter todas as ondas de aflição.

Quando finalmente conseguimos acalmar os ânimos, um cheiro muito ruim invadiu minhas narinas e inquietou meus irmãos.

Eles estavam aqui.

Não havia poder que pudesse acalmar nosso coração. A adrenalina já tinha pulsado em nossas veias e nossos dentes se projetaram para frente automaticamente. Os primeiros rostos que vimos pareciam assustados em ver lobos no combate.

Antes que meus olhos pudessem captar, um deles já tinha pulado em cima de Sam. Emmet correu para ajudar e logo, eles se livraram do vampiro com facilidade. E isso foi só o começo.

Quando vi, já estava rodeada de baques ensurdecedores, gritos, rosnados e um cheiro forte de... Vampiro queimando. Credo!

Fechei os olhos por um momento e vi que, em dez segundos, seria atacada por uma garota loira. Coloquei meu corpo na defensiva e esperei que ela aparecesse em meu campo de visão.

Era hora de usar meus poderes. Estava sendo difícil canalizar a calma para os recém criados, mas aplicar em um só deles seria fácil.

Livrei-me dela facilmente, depois de manter seu corpo paralisado. Joguei seu corpo na fogueira como todos os outros e antes que pudesse me recuperar, uma mão branca me jogou para longe.

Um rapaz de cabelo laranjado já estava apertando minha jugular com uma força descomunal no segundo seguinte. Eu mordi o seu braço o máximo que pude, e mesmo assim, não parecia ser o suficiente para o sanguessuga me largar.

Ainda bem que Jasper apareceu do nada e arrancou sua cabeça sem cerimônia, ou eu teria tido sérios problemas.

Olhei em volta, procurando por Jacob e constatei que já havia sumido. Já tinha subido as montanhas. Ele tinha visto ou sentido algo que nenhum de nós foi capaz de perceber. Algo sério.

Possivelmente, teria encontrado a resposta para tudo se não houvessem tantos vampiros. Eles pareciam brotar do chão e cada um deles era sedento por luta e sangue. Eles seguiam ordens diretas que se resumiam a matar todos os Cullens e qualquer aliado.

Dessa forma, não restavam alternativas a não ser ficar nessa de matar, matar, apanhar um pouco e matar de novo. Não dava pra ficar pensando na fuga de Jake agora.

- Essa não! – gritei mentalmente no meio da luta.

- O que foi? – Sam perguntou meio afobado por lutar com um dos parasitas.

- Acabei de ler a mente de um deles, que deixou escapar que são só a primeira “remessa”.

- O que? - Sam

- O que? - Quil

- Isso é sério? – Embry

- É o fim do mundo mesmo! – Leah rosnou. – Mais deles?

- Sim! Não posso acreditar, existem muitos!

Repassei a imagem em minha mente. Ela realmente tinha erguido um exercito. Eram quase 50 vampiros e nós ainda nem tínhamos dado conta de todos os 25. (N\A: gente, tive que exagerar no numero, ok?)

- Droga! – Bradou o Alfa. – Continuem lutando. Vamos ter que dar conta disso, então não usem toda a energia com um só vampiro. Mais do que nunca, se aliem a um Cullen!

Eu já estava meio que trabalhando com Jasper e Emmet com Sam. Num piscar de olhos Quil lutava ao lado de Alice, Jared estava com Carlisle e Embry com Esme. Paul e Leah se recusaram a aceitar, e então, formaram uma dupla de lobos.

E mesmo com toda a dificuldade, estávamos dando conta do recado. O primeiro lote se foi em cerca de duas horas e estava claro que a vampira pretendia nos cansar.

Quando nossas orelhas finalmente se abaixaram, o cheiro ruim voltou a surgir pela floresta. E nós sabíamos que mais estavam a caminho.

Antes que eu pudesse voltar a minha posição, ouvimos um uivo sôfrego ecoar por detrás das montanhas. Eu reconheceria o som em qualquer lugar do universo.

Era o ‘choro’ de Jacob.

Logo me desesperei, achando que ele tinha sido ferido. Mas assim que me concentrei melhor, percebi que estava apenas desolado por que... Forcei meu cérebro a se conectar com as emoções dele...

Porque ouvira Edward pedir Bella em casamento.

Aquilo doeu. Doeu mesmo. Saber que o meu homem estava sofrendo por causa de outra? Machucou muito.

E ainda assim, eu não podia me dar ao luxo de fugir ou chorar, pois tinha que estar ao lado dos meus irmãos. Ainda havia muitos vampiros para matar.

Depois de decapitar mais doze deles, eu estava realmente cansada. Alem de tudo, minha mente trabalhava a mil nas possibilidades de Jacob amar Isabella. As coisas estavam tão confusas em minha cabeça, que me atentei automaticamente a um pensamento de Seth, quando eu devia estar trucidando sanguessugas.

Mas eu vi.

Assisti pelos olhos assustados do lobo de areia. Vi Jake beijar Bella de um jeito... Totalmente desesperado e entregue. A sonsa também não estava tão atrás. Agarrara-se ao pescoço dele com avidez e aquilo arrepiou todos os meus pelos, porque aquele lugar era SÓ MEU.

Mas quem eu queria enganar? Era obvio que havia desejo mutuo ali. Eles se beijavam como um dia eu beijara Edward e eu senti na pele a sensação ruim de comida estragada presa na garganta. Tinha alguma coisa me sufocando, um bolo preso no meio das minhas vias respiratórias.

Engoli tudo o que tinha que engolir. Lágrimas, gritos, dores de cabeça e ânsias de vomito. Não era hora de desmoronar.

Porem, antes que pudesse voltar firme (não sei bem quanto a isso) e forte ao combate, senti uma pressão enorme na barriga. Não demorei a entender que tinha sido atacada, já que meio segundo depois, me choquei contra uma arvore.

Vi o vulto branco vindo em minha direção e antes que pudesse me nocautear novamente, pulei sobre seu corpo e o ataquei por trás. Uma mordida bem violenta na jugular do sanguessuga foi o que aconteceu.

Antes que eu pudesse arrancar sua cabeça, no entanto, meu corpo foi arremessado a metros de distancia e dessa vez, ao encontrar o chão, percebi que possivelmente tinha quebrado algumas costelas. Um vampiro alto e de olhos cor de sangue me fitou por um segundo, antes de levantar o punho.

Por sorte, Jasper surgiu (heroicamente) de sabe-se lá onde e arrancou a cabeça da aberração antes que ele me atingisse. Eu fiquei agradecida e logo depois, imensamente temerosa.

O vampiro com quem eu lutava antes - e tinha mordido o pescoço - agora jogava o Cullen desprevenido para longe.

E então, mais preocupado em me matar do que qualquer outra coisa, veio até mim numa velocidade indefinível até para meus olhos astutos. Eu sabia que só haveria uma chance contra aquela rapidez e força descomunal. Os poderes.

Concentrei-me em sua figura e lancei toda a calma que podia. Não era o melhor que podia fazer, mas eu estava em péssimas condições e mal conseguia sequer manter a transformação.

O sanguessuga ruivo e bonito - não fosse pela pele demasiadamente alva - finalmente diminuiu os passos. Quando chegou a minha frente, pareceu não ter mais forças nos joelhos e caiu sobre eles, a minha frente.

Mesmo que ele parecesse domado, ainda era necessário que eu enchesse seu corpo de calma constantemente ou... Ele voltaria a ser o monstro que era.

Só que infelizmente, minha pulsação desacelerou e eu senti que aos poucos ia voltando a minha forma humana, e com isso, acabei me desconectando.

Quando abri os olhos, o cara ainda estava de joelhos, mas sua mão apertava meu pescoço com uma força terrível. Meu corpo humano não era páreo para aquela mão, cujos dedos pareciam pedras pesadas sobre mim.

Encolhi-me drasticamente quando senti que meu rosto devia estar perdendo a cor e tentei – inutilmente - respirar. Mas tudo parecia muito difícil.

Foi quando tive a idéia. Calma não parecia ser o bastante agora, mas e se eu mandasse o sentimento de amor? E se eu quisesse que ele me amasse incondicionalmente?

Eu ainda podia fazer isso, numa ultima tentativa. E se desse errado, eu estava morta. Literalmente.

Mandei um amor quase obsessivo para todas as suas células, todos os seus neurônios. Também teria mandado a energia para seu coração, se ele tivesse um.

De qualquer forma, funcionou melhor do que eu pensava. Ele afrouxou a mão na minha garganta e me fitou com os olhos assustados, como se não acreditasse realmente ter feito aquilo.

“Como pude fazer isso com o amor da minha vida?” ele pensou, totalmente pasmo.

Ao ver meu rosto de compreensão, interpretou tudo de maneira errada e achou que aquele era, na verdade, um gesto de perdão.

Então me abraçou sem que eu pudesse evitar e afagou meus cabelos demoradamente.

Quando se afastou o bastante para olhar em meus olhos, sussurrou numa voz totalmente aveludada: ‘eu te amo’.

Eu só consegui sorrir e pensar que tinha dado MAIS do que muito certo. Agora que eu podia fazer isso, percebi que teríamos mais ajuda contra o exercito de Victoria. Afinal, aquele ser era completamente capaz de morrer por mim.

Pedi que ele me emprestasse sua blusa, o que ele fez sem cerimônia, tirando-a rapidamente e revelando os músculos brancos por trás de todo aquele pano.

Ele me vestiu cuidadosamente como seu eu fosse de porcelana. E então, me senti culpada por estar fazendo aquilo a ele, quer dizer, usando-o daquela maneira.

Mas eu não podia me enganar... Ele não era humano e mataria pessoas assim que estivesse fora do meu ‘feitiço’.

Felizmente, ele me acatou e não olhou para nenhuma parte nua de meu corpo enquanto descia a blusa por ele, que afinal, era grande o bastante para me cobrir até a metade das pernas.

Tentei levantar e quem sabe, transformar meu corpo outra vez... Contudo, percebi que não tinha forças e que pior, estava bem machucada. Então voltei a me escorar na arvore sobre os cuidados de Max, que mantinha no rosto uma face confusa, por eu ter esquecido seu nome.

- Desculpe, é que eu estou cansada e tudo está se embaralhando na minha cabeça. – me justifiquei.

- Não se preocupe, meu amor. Vou cuidar de você.

Bom, eu não tive que vomitar nem nada, mas tive que admitir que aquilo estava muuuito tenso. Apesar de que desfazer o que eu tinha feito estava fora de cogitação.

Por vezes alguns vampiros me viam debilitada no chão e vinham depressa me atacar. Max se colocava a minha frente protetoramente e acabava com o individuo antes que ele pudesse descobrir a cor de meus cabelos.

Era um guarda-costas e tanto.

Jasper apareceu logo depois, verdadeiramente preocupado. E então percebeu minha artimanha, quando chegou mais perto.

- Como você fez isso? – ele perguntou baixinho e o meu protetor rosnou.

- Jasper é meu amigo, Max.

Eu lhe informei e ele foi se encarregar de outro sanguessuga que nos rondava.

- Ao invés de transformar a raiva dele em calma, transformei em puro amor. E agora ele simplesmente luta por mim. Mas tenho que me manter concentrada, ou tudo volta ao normal.

- Então ele é totalmente fiel e luta contra o exercito? – Jasper murmurou atônito.

- Max me defende a todo e qualquer custo. – respondi e logo fiquei ciente de seus pensamentos. – Não acho que vá dar certo. Se fizermos isso com mais deles, podemos ficar sobrecarregados e perder o controle.

- Você tem razão. De qualquer forma, vou fazer uma assim para mim, eles me parecem bem úteis.

- E são.

Murmurei, quando Maxwell finalmente arrancara a cabeça de uma vampira morena e se aliviava por me ver a salvo outra vez.

(...)

Cerca de duas horas depois, todos estavam vibrando. Era indiscutivelmente maravilhoso que tivéssemos dado conta do recado. Não que eu tivesse feito tanta coisa, afinal, a partir do meio da luta, Max foi quem lutou em meu lugar.

Minha respiração, porem, literalmente saiu dos eixos quando percebi que Leah atacava o único vampiro recém criado que sobrara.

Max conseguiu se desvencilhar com facilidade e teria acabado com ela, se antes disso, Jake não tivesse aparecido de repente e se enfiado no meio do combate.

É obvio que eu me desesperei e me desconcentrei de tal forma que o recém criado voltou a suas origens homicidas, fora da minha influência.

Não havia nada que pudéssemos fazer... O vampiro ruivo já tinha apertado o lobo avermelhado em seus braços de aço, quebrando inúmeros ossos de Jake.

Um uivo rasgado de dor irrompeu pela garganta dele e um segundo depois, todos os lobos atacavam o único sanguessuga restante.

Nós havíamos ganhado a luta, mas meu namorado estava gravemente ferido. E eu?

Eu quase enlouqueci.

Esqueci essa historia toda de Isabella, beijo, altos e baixos e me concentrei em correr ao seu alcance. Se pelo menos eu conseguisse andar em linda reta...

Coloquei meus joelhos ao seu lado e alisei seu rosto contorcido de dor. Finalmente eu havia entendido o quanto é doloroso ver alguém que você ama tão debilitado.

Os garotos o carregaram rapidamente e Leah não parava de falar coisas que eu sequer entendia. Eu estava totalmente focada em Jake e disposta a fazer qualquer coisa, ir atrás de qualquer pessoa que pudesse salva-lo. Graças aos céus Carlisle estava ali, prestando socorros.

N/A: Heeeeey flores :D Bem chato esse capitulo, eu sei... Mas e se eu disser que as coisas ficam MARAVILHOSAS na próxima att? Só não se animem tanto... Essa fic é feita de mais altos e baixos que uma montanha russa kkkkkkk
Obrigaaaaaaada as lindas que sempre comentam, espero que continuem deixando suas marquinhas por aqui. E pra quem eu estava devendo uma coisa (tipo um capítulo com uma surra na Bella) eu não esqueci não tá? Já tô até escrevendo. UHEIUSHE sou má :)
Beijo gente:*

Ps: Juh Black, você também AMA Mcfly? Kkkkk Sou fã há cinco anos, desde que o amor da minha vida era gordinho e comia melancia como ninguém *.*Mas em fim, escrevi BEIJONES,mas sou TOTALMENTE Fletcher . E pelo visto vc é JUDD, certo? :) Ai, é bom encontrar uma outra fã deles por aqui! Kkkkkkk bj:*




Capitulo 26 – Do Ya?

Os gritos de dentro da casa eram ensurdecedores e o Dr. Carlisle não me deixava entrar de jeito nenhum. Ele disse que eu ficaria mal ou histérica e que sentiria o que Jake sentisse, por causa do impriting.

Como se eu já não estivesse sentindo uma puta dor em minhas costas, omoplatas e pernas. Mas ele tinha razão... Ver tudo de camarote só pioraria nossa situação.

E a Lei de Murphy é constante em minha vida. Você sabe, o que pode ficar pior, sempre fica pior.

Enxerguei facilmente com minha visão aguçada – mesmo através do breu – a caminhonete de Isabella estacionar a alguns metros da casa dos Black. Senti meu corpo enrijecer automaticamente e a pergunta surgir em minha mente em letras garrafais: ‘ O que diabos ela faz aqui?’

A sonsa não se intimidou com meu olhar assassino, na verdade, ela parecia preocupada demais para notar alguma coisa em seu redor. O meu desespero de mais cedo estava obviamente estampado na cara dela agora. Talvez ela gostasse mesmo dele.

Senti vergonha por estar pensando em brigar quando os gritos de Jacob ainda ecoavam em nossos ouvidos. Abaixei a cabeça só para levantar aturdidamente em seguida, quando Carlisle saiu pela porta com um olhar preocupado.

- Bella, ele está te chamando. – o médico disse.

O que?

Todas as células do meu corpo gritaram, espernearam e choraram de amargura. Isabella fez uma cara estranha para mim, mas não se incomodou em caminhar apressadamente para vê-lo.

Segurei seu pulso magro e branco no último segundo, antes que seus pés cruzassem e a porta. E então senti as emoções se alterarem a minha volta.

Todos estavam esperando que eu fizesse exatamente o que vinha querendo há algum tempo. Dar uma surra naquela aguada. Quem ela achava que era? Como ousava aparecer em Lapush depois de ter beijado Jacob nas montanhas?

Isabella olhou para o jeito como meus dedos seguravam seu braço com força e depois para como minha expressão passou de raiva para tristeza, repentinamente.

Dei-me conta de que a culpa não era só dela. Afinal, ele a beijou, Jake fez isso. E além do que, acho que eles se amam de alguma forma. Só sei que me machuca. Era isso... Dor demais. Soltei seu punho agora vermelho e marcado, e virei o rosto para as estrelas.

Ouvi o piso de madeira ranger e apertei os olhos com força. Ela deu passos apressados até o quarto dele e então, voltei a fitar o chão outra vez. Totalmente perdida.

Seth caminhou até mim de repente e passou os braços pela minha cintura, num abraço reconfortante. Sem pensar, afundei meu rosto em seu peito e teria molhado toda a sua camiseta, se ele usasse uma.

Qual é? Quem ia dizer que eu não tinha direito de chorar? Jacob era meu impriting, o amor da minha vida e... E ele chamou por outra. Não era possível que ele estivesse apaixonado por ela, pois eu ainda sentia os laços da nossa ligação, laços que eram impossíveis de se desfazer.

Então por quê? Porque não foi o meu nome que ele chamou? Porque não era eu quem estava cuidando dele nesse momento?

- . - Seth me chamou. – Preste atenção na conversa deles.

Olhei para cima incrédula. Não era possível que meu melhor amigo estivesse querendo ver o meu mal. Quer dizer, já era ruim o bastante saber que eles estavam lá dentro juntos, agora saber o que diziam?

Era muito masoquismo.

- É sério. – ele limpou uma lagrima teimosa que rolava pelo meu rosto. – Você entendeu tudo errado. Ele está... Bem, é melhor que ouça.

Voltei a me recostar em seu peitoral só para o caso de ouvir algo muito ruim e desmaiar. Eu não duvidava disso, já que alem do cansaço físico da luta, ainda me sentia morta por dentro depois de tudo.

Mesmo assim, apurei os ouvidos e deixei que a voz deles tomasse um rumo em minha cabeça. Logo captei a voz dele.

“Admito, gosto de você e gostei por muito tempo... mas é quem eu amo e isso nunca vai mudar.

Meu estomago deu umas mil cambalhotas.

“Então você não se importa se eu me casar com Edward? Você fez aquela cena toda para depois dizer que não sente mais nada?”

“É claro que me importo que você se case com ele”

Jacob disse com dificuldade, e depois emendou:

“A Bella que eu amei, e ainda amo, vai virar o meu pior inimigo. Eu preferiria que encontrasse alguém... normal”

“Você sempre soube que eu terminaria com ele, então porque se deu ao trabalho de me fazer enxergar o que sinto por você se no fim das contas, não me quer de verdade?”

“Eu só queria que continuasse humana. Você sabe que será transformada em um monstro, o pior deles.”

“Você me fez sofrer, Jacob.”

“Você também Bella, por muito tempo.”



“Ainda seremos amigos depois disso?”

“É difícil dizer Bells.”

“Tudo bem, eu entendo.” Havia um tom triste em sua voz.
“Só quero que saiba que você é muito especial para mim e que eu gostaria de manter contato.”

Franzi o cenho. Manter contato porra nenhuma. Eu não ia deixar aquela sonsa chegar nem 10 metros perto dele.

“Talvez com o tempo Bella, se até lá você desistir dessa loucura e fizer a escolha certa. Agora será que você pode...”

‘Ok, já entendi.”

Não sei o que ela fez depois, mas um segundo depois ouvi um barulho suave de porta rangendo.

Em seguida seu rosto pálido e seus olhos sem brilho apareceram na soleira da porta. É claro que eu a observava de rabo de olho, desconfortável com sua presença.

- ... – ela me chamou e me virei atordoada com a sua petulância de chamar meu nome. – O Jake quer... Ele quer te ver.

Não esperei mais nenhuma outra palavra. Agradeci Seth com um beijo na bochecha e assenti para Isabella, mesmo que a contragosto.

Ela sentia algo forte por Jacob e amava Edward.

Aparentemente, não era tão egoísta para querer a atenção dos dois. Escolheu o vampiro que um dia fora meu para se casar e agora não haveria mais nada entre o nosso impriting. Pelo menos isso.

Nada de amores passados ou recentes, era eu e Jake.

Respirei fundo e entrei em seu quarto pequeno. Mesmo sentindo dor, ele sorriu amplamente ao me ver.

Fiquei com pena de vê-lo com o braço e o tórax enfaixado, então, rapidamente corri até a beira de sua cama. Alisei seus cabelos e passei minha mão por seu rosto.

Eu preferiria cem vezes estar em seu lugar.

- ... Eu sinto muito!

Meus olhos marejados de repente ficaram surpresos. Nós não tínhamos tocado no assunto e eu não estava totalmente certa do motivo pelo qual ele se desculpava. Por ter chamado Bella primeiro? Isso já estava perdoado.

- Eu sei que viu o que aconteceu nas montanhas, eu... Eu não planejei aquilo, não foi vingança, nem sei como...

- Shh... – coloquei os dedos em seus lábios. – Não precisa dizer nada agora, a gente se acerta quando você estiver melhor.

- Não, eu quero dizer. Na verdade, preciso colocar isso para fora e consertar as coisas. – assenti levemente. – Eu ainda gosto dela.

Eu sabia a quem ele se referia, e senti a garganta fechar só de imaginar que seu coração poderia se acelerar ao vê-la.

- Não é nada parecido com o que temos, . Eu só acho que nós passamos um bom tempo juntos... Sinto saudade da amizade dela. Você pode entender o quanto eu quero que ela continue humana?

Balancei a cabeça afirmativamente, porque não era capaz de dizer uma só palavra.

O que eu queria mesmo era que ela virasse uma vampira bem fedorenta, assim Jacob jamais falaria com ela novamente. Mas era muito egoísmo da minha parte.

- Sobre você e Edward, acho que agora entendo o que quis dizer com ‘Eu tinha que saber se era só você na minha vida’... E eu te perdôo pelo deslize e digo que compreendo suas dúvidas, pois também tive as minhas hoje cedo. Então te imploro que me perdoe, nunca mais vou fazer isso de novo. Nunca mais vou esquecer quem é a luz da minha vida. E quanto a você?

- Eu não tenho mais duvidas Jake. Eu te disse... É só você.

Seus olhos brilharam intensamente, enquanto os meus ficavam embaçados por causa de algumas lagrimas.

- Eu te amo. – dissemos juntos e sorrimos disso.

De alguma forma louca, voltei ao lugar que me pertencia. Meu lugar era com ele, junto com ele. Eu era só dele.

Sentei na beirada da cama e coloquei um braço de cada lado de seus ombros largos, tomando cuidado para não encostar em nenhum de seus machucados recentes.

Lentamente, encostei minha boca na dele com um celinho carinhoso, que aos poucos foi ganhando vida, transformando-se num beijo regado pela saudade.

Como eu senti saudade daquela boca...

- Ai!

Ele meio que gemeu abaixo de mim e eu me levantei extremamente trôpega, achando que tinha piorado sua situação. Acho que entre o desespero de nossas bocas unidas, devo ter apoiado meu peso nele.

- Me desculpa Jake, eu nem percebi que...

- Relaxa. – dessa vez ele me cortou. – Vem aqui. Vamos tomar mais cuidado dessa vez.

Ele sorriu maroto e eu lhe dei um celinho demorado.

- Acho melhor você descansar. Ainda não está parecendo muito bem.

- Tá brincando? Quase me recuperei totalmente quando você apareceu por aquela porta.

- Seu bobo! – eu contestei e ele riu baixinho. – Não faça piada com isso, o fim dessa história poderia ter sido incrivelmente trágico. Você me alertou tanto e olha onde está agora! Eu quase desfaleci quando te vi daquele jeito.

- Eu tinha que salvar Leah, ela não ia dar conta.

- Bom, estou realmente feliz que você tenha sobrevivido para contar historia. – eu bufei. – E não queira bancar o invencível da próxima vez.

Ele comprimiu os olhos e eu rolei os meus em resposta.

- Tá legal! Sua atitude foi linda e graças ao que fez, temos o mesmo numero de integrantes no bando. Parabéns Jake, você é um herói.

- Eu sou um herói? – ele abriu um sorriso de canto.

- Meu herói.

Nós sorrimos e nos beijamos, pra variar. ( N/A: Esse PRA VARIAR não tem ironia nenhuma. Kkkkk)

N/A: Hellooooooou 22cas :D Ai, estou MUITO surpresa. Achei que vocês tinham odiado o capítulo passado, porque na minha cabeça, ele parecia ridículo. Então, as leitoras mais fofas do mundo postam que sou criativa ou que preferem a minha versão da luta. MEU DEEEEEEUS, quanta honra em escrever metamorfose para pessoas tão lindas. Kkkkkkk obrigada gente, fiquei feliz. :) E só pra finalizar, preparem seus coraçãozinhos para a postagem que vem. LELELE :~ beijos:*
Ps: YAAAAAAY, mil felicidades em encontrar tantas fãs de McFly aqui. Sério mesmo, achei que era órfã no TFI. Todo mundo aí curte FFOBS? *.* Minha homenagem para vocês: Heeey, I’m looking up for my star girl! Kkkkkkkk Beijones:*
*Do Ya : Mcfly








Capitulo 27 – Don’t matter

- Jacob, você não vai acreditar!

Eu estava a onze dias contados na casa de Jake e meio que amando e odiando essa situação doida de morar com ele e Billy Black.

Certo, amando porque nós ficávamos mais tempo juntos e vez ou outra ele achava um jeito de me pegar desprevenida e me encher de beijos, que depois viravam um amasso daqueles.

E ruim por que... Nossa, era quase uma vida de casados. Isso é: briguinhas por coisas banais, ter que levar cerveja enquanto ele vê futebol, cozinhar para um poço sem fundo.

Sem falar que as coisas estão indo rápido demais, e se continuarmos assim, estarei grávida no fim de semana.
E essa não é bem minha grande intenção, nem sei se já me sinto pronta para o ‘algo mais’.

- O que foi? – ele me abraçou pela cintura e beijou meu ombro. E a verdade seja dita, me arrepiei toda.

- Recebi uma carta. – suspirei. – Minha mãe.

- Sério?

- É... E já li toda. Aqui diz que ela vai ficar mais um tempinho no Brasil por causa do tratamento do meu pai e que devo ficar na nossa casa até ela voltar. Ela acha que estou na Sue e que não devo mais dar trabalho, afinal, estou prestes a fazer 18 e posso me virar sozinha.

- Mas... Nós estamos bem aqui, não é? – ele perguntou incerto e eu me virei.

- Claro que estamos amor. – lhe dei um beijo. – Mesmo assim, tenho que pensar sobre isso.

- E ficar lá sozinha? Nem considere essa opção!

-Jake, não faça tanto drama. Eu acho que seria bom se nos desgrudássemos um pouco. Você viu o que quase aconteceu ontem quando estávamos no seu quarto.

Eu estava hospedada no quarto de Rachel, mas sempre que podia, Jacob me seqüestrava e me levava pro dele. Contra minha vontade, obvio. (ironia)

- Meu pai não bateu na porta e não vai acontecer de novo. É por isso que quer ir? Por privacidade? Vergonha? Ele não liga pra isso, .

- Não é só isso. – segurei suas mãos. – As coisas estão rápidas demais entre nós... Parece que somos casados há 10 anos. Você tem que por na cabeça que só me lembro do ultimo mês Jacob... Pra mim não é como se nos conhecêssemos a vida inteira.

- Eu... Eu acho que entendo. Tudo bem se quer ir, só não me peça um tempo de novo, pois não existe possibilidade de eu me afastar de você.

Bem típico dele sempre fazer meu coração bater mais forte. Dei um sorriso de 364 dentes pela sua compreensão e pulei em seu pescoço com um animo incrível.

- Não acredito que está tão feliz em me deixar. – ele usou um tom falso de ofendido.

- Claro que não, meu cachorrinho. – apertei suas bochechas. – Estou feliz porque não vou mais ser obrigada a assistir futebol as quartas e nem a parar um belo de um amasso porque alguém nos pegou no flagra... Além disso, jamais vai me ver feia pela manhã novamente. Isso eu juro.

Jacob jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada estrondosa.

- , você deve ser a única pessoa no mundo que acorda ainda mais bonita do que quando vai dormir. Você é perfeita. Nem adianta que essa desculpa não colou.

- Você sofreu um impriting comigo, por isso nunca vai achar que estou feia, mesmo quando estou remelenta e descabelada. Eca. – sorri e lhe dei um beijo. – Eu te amo.

- Eu também te amo.

Jacob gargalhou novamente.

---

Ele tinha me ajudado com as malas e eu já estava realmente instalada na minha verdadeira casa. Era pequena, como a maioria das residências na aldeia, mas muito confortável.

- Onde fica o mercado daqui Jake?

- Não muito longe. Vai comprar o que lá?

- O armário não está tão cheio e minha mãe deixou algum dinheiro para isso. Fica em Forks?

- Isso. Posso te levar lá mais tarde, se você quiser. – ele me abraçou por trás.

- Seria ótimo. – Ele beijou meu pescoço levemente, concordando. – Mas porque não agora?

Achei que ele diria: Porque agora vamos namorar.

- Tenho um assunto para resolver com os Cullens.

Desviei-me de seus braços e beijos totalmente só de ouvir a palavra. Que balde de água fria. Quando é que teríamos paz em relação a isso?

- Eu achei que estava tudo acabado. Victoria está morta, o que você quer lá?

- Eu não sei bem do que se trata. Mas existem vampiros “maiores” que Victoria a espreita dos Cullen e estou com a sensação de que a guerra só começou.

Jacob acariciou meu rosto suavemente como se estivesse pedindo desculpas pela nossa vida tumultuada. Eu só tinha 17 anos, porque era tão difícil levar uma vida normal?

- Não pode ser... – cruzei os braços sobre meu peito, totalmente amuada. - Achei que teríamos paz. Você e eu, nossos irmãos, os Cullens e até Isabella.

Foi impossível retirar o tom amargurado de minha voz ao pronunciar aquele nome. Jake não gostava nada dessa minha atitude infantil, mas no final das contas, ele fazia exatamente o mesmo quando tinha que se referir a Edward.

Sei que beijei o cara, mas será que não conta o fato de que o vampiro salvou minha vida um mês e meio atrás? E por outro lado, o que Isabella fez por mim ou por Jacob?

Nada.

Então eu simplesmente não sentia peso na consciência quando falava nela com certo desgosto. E estou no meu direito.

- O que Jake? Eu não gosto mesmo daquela imbecil e não vou fazer questão de esconder! – resmunguei.

- Já disse que detesto quando fala assim dela.

Passei a mão impacientemente em meus longos cabelos depois de ouvir aquilo. Era demais mesmo viu! Ainda essa meu santo... Ter que falar bem daquela imunda.

- Ei, pensar também não é legal!

Jacob me advertiu e eu arregalei os olhos, sem realmente acreditar que ele estava me pedindo algo assim. Xingar Isabella internamente era uma das coisas que eu mais gostava de fazer.

- Quer saber? Vai logo nos Cullen de uma vez e deixa que eu vou a cidade com outra pessoa.

- , para de fazer cena. Posso passar aqui às 18 horas.

- Não precisa Jake, eu sei me virar bem em relação a isso. E eu estava mesmo querendo dar uma saída com Emily e Kim.

- Se você vai com elas, então tudo bem.

- Quer dizer que a questão é sermos todas garotas? – ironizei.

- Não começa.

Tá, eu não ia mesmo começar uma briga. Não agora que estava na casa de minha mãe e com tantos afazeres. Arrumar minhas roupas no closet era uma delas. E depois ir a casa de Sam, chamar a mulher dele para dar uma saída.

Jacob me beijou depressa e se despediu quase no mesmo ritmo. Um amor a falta de consideração dele comigo quando o assunto ‘segurança de Bella’ estava em questão.

Bufei e segui para o quarto. Passei cerca de duas entediantes horas lá fazendo o ‘trabalho sujo’. Não demorei mais que meia hora para me arrumar e logo desci, pegando o carro de minha mãe na garagem e rumando para a casa dos Uley.

- Hey!

- ica, que bom te ver. – Emily sorriu ao me abraçar.

- Digo o mesmo. Mas não vim aqui só para isso... Quero saber se pode ir ao mercado comigo.

- Ah querida, seria ótimo. Eu também tinha que comprar umas coisas por lá, mas Sam não para em casa.

- Sei como é. – soltei um risinho frustrado. – E olha que somos os impritings deles.

- Não seja tão inflexível ... Faz parte do trabalho.

Seus olhos sinceros me fizeram pensar melhor.

Jacob era o Beta e tinha ainda mais responsabilidades que os outros. E sei que nenhum deles (e isso me inclui) pediu para ser lobo ou para levar uma vida dupla como essa.

- Tem razão Emy... Mas você sempre tem. Cheia da maturidade que estou longe de possuir.

Emily riu com vontade quando ouviu a palavra maturidade.

- Estou longe de ser madura. A questão aqui é personalidade... Sou de aceitar a situação e ver o lado bom das coisas.

- Enquanto que eu, além de explosiva e pessimista, também tenho um quê de abusada. – Ela concordou e nós sorrimos.

- É por isso que a relação de vocês dá certo? Você sempre escuta calada o que ele tem a dizer?

- Não é bem assim. Eu só procuro compreender bastante o lado dele. Pense bem, somos mulheres de lobos... Não podemos nos dar ao luxo de fazer barraco com tudo e qualquer coisa que acontece.

Outch, bem na minha cara. Emily nem parecia se dar conta de ter me ofendido. Obviamente, suas intenções estavam todas centradas em me ajudar.

- Só que eu não sou só uma mulher de lobo. Como se não bastasse isso, ainda faço parte da matilha. Sou loba Emily, e temo não conseguir ser tão calma e sutil quanto você.

- E você espera que Jacob consiga? – seus olhos cintilaram.

- Acho que não. Faz parte da nossa natureza, dos nossos genes.

- Bem, se você acredita nisso, então a parte compreensiva já começou a surgir em você.

Ela sorriu afavelmente quando meu rosto se iluminou pelo entendimento. Eu já estava quase aceitando Jacob pelo que ele realmente era. Às vezes um burro, um animal... Mas meu amor, para sempre.

Capitulo 28 – Too Litlle too late

- Acho que já pegamos tudo. – olhei para nossos carrinhos outra vez. – Quer ver mais alguma coisa?

- Não. – Emily sorriu e Elise nos ignorou. – Já temos todo o suficiente aqui.

O carrinho dela estava bem mais cheio que o meu, mas isso porque os garotos iam comer na casa dela com uma freqüência absurda. E vamos ser sinceros, aqueles meninos comem como ogros.

Então logo pagamos tudo e fizemos uma viagem até agradável de volta para Lapush. Não fosse por alguns pensamentos estranhos da prima dela, que parecia realmente não gostar de mim.

Bom, não se podia obrigar uma pessoa a ir com sua cara. Fazer o que?

Deixei as duas em casa e agradeci avidamente pela companhia. Alem de tudo, tinha descolado uma receita divina de suflê com a santa da Emily. Que agora eu sei, é uma das mulheres mais adoráveis e pacientes que já conheci. Só perde para Sue.

Cheguei em casa e guardei tudo rapidamente. Separei algumas sacolas para levar até os Black. Eu ia fazer uma média com eles, cozinhando a tal receita de sucesso. Não que Jake estivesse merecendo, mas o pai dele era ótimo.

Já ia dar seis horas e quase tudo estava pronto, mas nada de Jacob ou Billy. Acho que não fui avisada, mas o mais velho poderia ter ido pescar com Charlie. Mas e quanto a Jake? Onde ele tinha se metido?

Desliguei o arroz e o feijão, que sabia fazer perfeitamente como se tivesse treinado por anos. Coloquei o suflê de batata e o filé na mesa, ao mesmo tempo em que ouvi o barulho de trinco girar. Finalmente!

Soltei os cabelos e os ajeitei em segundos, querendo parecer a ‘dona de casa’ mais bonita do mundo.

Por algum motivo eu queria que ele ficasse feliz e satisfeito em me ter por perto. Senti a necessidade de ouvir que estava bonita e que ele me amava, eu estava com aquela coisa que mulheres têm quase sempre... Necessidade de atenção.

Umedeci os lábios e finalmente apareci entre o corredor e a sala. O vi em pé de costas, aquele corpo maravilhoso piscando em neon para mim.

- Oi amor! Eu estava... – minha voz foi perdendo a entonação quando ele se virou. – O que foi?

Vi a expressão de dor em sua face, os olhos muito escuros e enfurecidos, as mãos tão tensas que estavam prestes a amassar o papel em sua mão.

O papel... O que diabos havia naquele papel?

Jacob foi incapaz de se controlar e nem a minha voz conseguiu acalmá-lo. Tentei chegar perto de todas as formas, mas ele me expulsava com seu olhar doloroso e palavras desconexas.

Até que ele resolveu descontar a raiva em alguma coisa. Foi como a maioria dos vasos e as esculturas de argila do senhor Black foram parar em mil pedaços no chão.

Olhei aturdida para tudo aquilo e fiquei realmente, pela primeira vez na vida, sem saber o que fazer. Não sabia onde colocar minhas mãos ou o que falar.

Mas eu soube exatamente o que pensar quando vi o maldito papel que ele antes segurava agora entre aberto no chão. As letras suaves numa caligrafia bonita e dourada. Os nomes no canto direito, a data do evento logo abaixo. Tratava-se de um convite.

Um convite de casamento.

N/A: Heeeeey floores :D E agora? A PP perdeu o Edward, vai perder Jacob também? O que posso dizer desta vez? Me caaaaanso de tantas brigas. Mas pensem no lado bom, um capítulo (bem próximo e CALIENTE) de reconciliação é três vezes melhor de ler. Kkkkkkkk espero que tenham capitado a dica :) Agora outro assunto... Pessoal, cadê os comentários? Juro que fiquei bem triste. Tanto, que demorei a enviar mais capítulos. Por vingança? Claro que não gente, só por falta de criatividade mesmo. Já cansei de falar que tudo o que vocês postam aqui em baixo provoca um surto de inspiração em mim. Então COMENTEM, certo?
PS: Pessoal, me enganei. Eu achei que esse era o capítulo supeeeeer foda que ia deixar todo mundo de coração na mão, mas não é kkkkkk Era outra parte, deixei para a próxima att. Se eu colocasse tudo aqui, ia ficar terrivelmente grande. Então deixo para semana que vem. Beeeijo Flores:*
*Don’t matter – Akon * Too Litlle tôo late - Jojo



Cap 33 – I’ve got you


Nem disfarçar ele conseguiu.

Quer dizer, além de quebrar a maioria dos vasos artesanais da casa, Jake me deixou sozinha logo depois e foi correr pela floresta. Largou-me no meio de sua casa com o envelope que me abaixei para pegar na mão e o coração circundado por um arame farpado.

Jacob estava consternado porque Isabella Swan iria casar, oficialmente.

Peguei minha mochila em cima da mesa e corri o mais depressa que consegui. Não me lembro de ter fechado a porta e nem sequer olhar para trás.

Segui pelo caminho mais próximo até minha casa e chegando lá, me atirei de qualquer jeito na cama. Não foi o bastante para me acalmar, nada seria. Por isso, minha respiração ainda estava acelerada, minha cabeça latejando e meus olhos cheios de água.

Por mais que eu quisesse, desta vez não ia chorar.

Segurei as lágrimas, os pensamentos e as lembranças. Nada daquilo podia me afetar de novo, eu não conseguiria me reerguer se caísse daquela altura novamente.

Mas de que outra forma eu poderia me sentir assistindo o meu próprio namorado se acabar em ódio por saber que uma garota se casará com outro? Havia tanto ciúmes e insegurança em mim, que não podia ser pior.

Levantei a contragosto e coloquei um CD qualquer no som, que agora, parecia ser meu único companheiro. Peguei uma toalha branca e corri para o Box. A água sempre ajudava nessas horas, quando tínhamos que relaxar e decidir o que fazer.



Broken-hearted Girl Beyoncé

Você é tudo o que eu achava que nunca seria
E nada como eu pensei que poderia ter sido
Mesmo assim,você vive dentro de mim,então me diga como é isso?
Você é o único que eu desejo poder esquecer
O único que eu amo para não perdoar
E apesar de você quebrar meu coração, você é o único.
E apesar de existir momentos que eu odeio você
Porque eu não posso apagar
Os momentos que você me machucou,e pôs lágrimas no meu rosto
E até agora, enquanto eu odeio você, me dói dizer
Eu sei que estarei lá no final do dia



Mas que droga! Onde eu tinha arrumado esse cd estupido?

Colei a testa nos ladrilhos brancos do banheiro e fechei os olhos, esperando não ouvir mais nada. O som da agua abafava a melodia, mas ja era tarde. A letra estava impressa na minha cabeça e eu cantei a música antes que pudesse perceber o quanto me feria. O quanto parecia verdade.

Eu estaria lá por ele, no final do dia.

Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Não quero respirar sem você, amor
Eu não quero ter esse papel
Eu sei que amo você Mas me deixe dizer
Eu não quero amar você de nenhuma maneira, não não
Eu não quero um coração partido
Eu não quero ser a garota de coração partido
Não, não, nenhuma garota de coração partido


Desliguei o chuveiro, mais no intuito de desligar o aparelho de som que qualquer outra coisa. Eu achei que conseguiria lidar com a verdade, mas era demais até para mim.

Eu sempre tive essa mania de associar os acontecimentos da minha vida a algumas musicas, mas ouvir isso era como lembrar do rosto dele ao receber o envelope. Um misto de dor e angustia. Aquilo nunca mais ia sair da minha mente.

Há uma coisa que eu sinto que preciso dizer
Mas até agora eu sempre tive medo
Que você nunca chegasse perto
E eu ainda quero botar isso pra fora...


Corri até o som rapidamente e mudei de musica, sentindo um alivio enorme ao ouvir algo mais suave, mais feliz. Eu não precisava ficar martelando aquilo tudo na minha cabeça, eu precisava reagir.

Como seria se eu saisse e procurasse uma boate? Beber como nunca, remexer o corpo, esquecer que tenho uma vida louca em Lapush... não parecia ser má ideia ir até port angeles ou seatlle, contanto que achasse um bom lugar para dançar.

Coloquei o meu melhor vestido preto, apertado, bordado com paetes. O tipo de roupa que deixaria qualquer homem (humano ou não) babando por mim... o que não era minha real intenção, eu só queria me sentir bonita.

Fiz uma maquiagem simples, porque o vestido por si só já era muito chamativo.


Me olhei no espepelho e não pude deixar de me sentir melhor. Eu parecia uma garota de outro mundo perdida na terra. Pele macia, olhos penetrantes, corpo de invejar e cabelos incriveis. Se eu estivesse tão bem por dentro quanto estava por fora, teria tudo o que uma mulher pode querer na vida. Mas nunca se pode ter tudo, não é?

Calcei os sapatos pretos rapidamente e peguei uma bolsa carteira, tendo o cuidado de colocar o celular e algum dinheiro dentro. Peguei a chave do carro e saí. Seria uma longa noite.

Dirigi depressa e já estava em port angeles quando avistei um pub. Parecia grande e tinha fila do lado de fora. Otimo, achei que só ia encontraria um assim em seatlle.

Estacionei numa vaga qualquer ao lado do estacionamento e no caminho até a entrada, ignorando todos os assovios masculinos e os olhares invejosos das garotas.

O segurança da Bright’s night pareceu simpatizar comigo e me deixou passar em troca do numero do meu telefone. Eu não era de fazer coisas assim, ok? Especialmente por ter namorado.Mas se eu fosse uma boa garota e entrasse no fim da fila como quase todo mundo, só conseguiria observar a festa do final da rua, com os pés doendo e nenhuma bebida agindo no cerebro.Então fui esperta e furei a fila.

E lá dentro estava mil vezes melhor. As luzes eram demasiadamente fortes, mas as pessoas não pareciam estar incomodadas. Todo mundo tava misturado na pista de dança, agitando e gritando como se fosse o ultimo dia de suas vidas.

Infelizmente, para me jogar ali como eles, precisaria beber primeiro.

Pedi um drink qualquer ao barman, que , depois de me olhar como se eu fosse de comer, literalmente correu para satisfazer sua cliente.

Realmente, eu nunca tinha tomado um white lady tão maravilhoso.

Agradeci e coloquei uma nota no balcão. Era hora de dançar ao som da nova musica de J-lo. Quem ficaria parado ouvindo aquilo?

On The Floor (feat. Pitbull)

J-Lo!
Você tá com o som, cara
É uma nova geração
Sr. Worldwide
Pessoal da festa
Venha pra pista, querida
Venha pra pista
RedOne
Deixa eu apresentar vocês
Pro meu pessoal que curte festa
Na balada




Cheguei na pista, com as mãos para o alto, coração leve e tudo mais. Não vi problema em estar sozinha, na verdade, isso até me liberou.

Todos estavam suados e misturados, mas muitos notaram a minha presença rapidamente. Motivo pelo qual eu estava rodeada de homens no seguinte momento. Não me importei, contanto que não tocassem em mim.

A musica estava esperando, o que mais podia-se fazer? Remexi os quadris como ninguem. Por incrivel que pareça, parte do meu sangue brasileiro surgiu exatamente nessa hora.

Se você vai com tudo, então é melhor vir pra pista
Se você é fanático por festa, venha pra pista
Se você é um animal, acabe com a pista de dança
Mande ver na pista de dança
É, a gente arrasa na pista
Não pare, continue se mexendo, levante seu copo
Continue essa festa, é, vamos descer até o chão
Deixe o ritmo mudar seu mundo na pista
Você sabe que a gente domina a pista de dança



Brasil, Marrocos, Londres e Ibiza
Direto para Los Angeles e Nova York
De Las Vegas para a África



Dance a noite toda
Viva sua vida e fique na pista de dança
Dance a noite toda
Pegue alguém, beba mais um pouco



Todos estavam pulando e se divertindo e eu ria sem motivo,mas ria. Gargalhei até quando alguem me puxou para um canto reservado e escuro. A unica parte da boate que parecia mais vazia que todo o resto.

Quando tentei reclamar, uma boca com gosto de cerveja fez questão de silenciar a minha.

Foi o beijo mais grotesco que eu já havia recebido e quanto mais eu virava o rosto, mais o imbecil tentava encontrar a minha lingua. E aquilo machucava.

Por isso eu desisti de ser boazinha e meti a mão na cara dele com gosto. Fez um estralo terrivel e eu me preocupei por um momento em ter deslocado seu maxilar. Mas não, não tinha sido tão forte assim. Foi um tapa humano.

Só que aqueles olhos azuis me olharam com descrença. O rapaz era tão bonito que por um segundo cheguei a entender o motivo de tanta indignação. Ele nunca devia ter levado um fora na vida, porque caras como ele pegavam garotas como eu.

E antes que eu pudesse processar qualquer outra coisa, ele veio para cima de mim de novo, achando ainda mais sexy o fato de eu ser tão dificil.

E dessa vez, eu me vi forçada a usar uma força mais agressiva.

Preparei meus punhos e quando senti que era hora de bater, um soco veio do meu lado esquerdo, acertando o rosto do rapaz, jogando-o no chão.

E novamente, antes que eu pudesse assimilar qualquer acontecimento, uma mão forte e bronzeada apertou meu pulso e me levou para fora dali, com uma rapidez inacreditavel.

Quando eu vi, estava “praticamente” sendo jogada contra o assento de uma moto.

‘Caramba, o que é que ele está fazendo aqui?’ Foi o que pensei de imediato, perplexa o bastante para gritar, xingar ou seilá o que.

Quando sentou atras de mim na moto de maneira totalmente brusca, porem, senti que suas açoes estavam sendo cavalescas demais quando eu é quem tinha motivos para estar “puta” de raiva.

Qual é? Ele fica daquele jeito porque a ex (que nunca foi ex de verdade) diz que vai se casar com outro e ainda quer que eu fique em casa e passe a noite vendo filmes depressivos? Nunca.

Bem, isso me passou pela cabeça.. mas é, nunca!

- Eu vim de carro, ME DEIXA SAIR!

Berrei e tentei sair de sua Harley, inutilmente, já que seus braços fortes estavam um de cada lado do meu corpo, apertando com força o guidon da moto.


Jake bufou no segundo seguinte, mas não se moveu nem um centimetro. Quando percebeu que eu estava prestes a tentar levantar e pular, resolveu acelerar e sair cantando pneu.

Ridiculo.

- Qual é o seu problema? – gritei – Por acaso voce é doido?

- Não há problema nenhum comigo. Mas você, por outro lado, parece querer ver a minha insanidade. Você quer me ver fora do controle, não quer? – suas palavras jorravam acidez para todos os lados. – Você consegue! Você me deixa fora de mim!


Eu gargalhei, com sarcasmo. Então eu deixava ele fora de si? E aquela cenina tosca onde ele quebrava tudo dentro da casa do pai e saia correndo como um idiota? Eu o fazia perder o controle, EU?

O vento na minha cara fazia tudo ficar mais dificil. Eu tentava lutar contra as lágrimas, mas a situação não era das melhores. E Jacob atras de mim daquele jeito não estava ajudando em nada. Eu queria distância, mas se me mechesse muito, poderia causar um acidente.

- Sabe porque estou aqui? Por sua causa. Na verdade, tudo o que fiz foi pra ver se fico melhor, principalmente quando você me deixa pra ir chorar por outra. Por isso eu vim dançar, me divertir. Eu não vou ficar chorando.

- Eu não fui chorar por Isabella...- ele resmungou, frustrado.

- Ah não? Então me diz pra que aquela cena toda? Vai me dizer que voce não ficou chateado? Vai me dizer que queria que ela se casasse com ele?

- Não, eu não quero que eles se casem! – Jacob gritou.

- Viu? – abaixei o tom, mas ainda havia ironia ali. – Eu tenho todo o direito de querer beber e dançar depois do que assisti hoje.

Ele ficou calado por todo o caminho. Mas eu sabia que era mais por não ter o que falar que qualquer outra coisa. De qualquer modo, ele achou um outro assunto quando estacionou na frente da minha casa e me seguiu até a porta.

- E aquele cara em cima de você? Por acaso, era só beber e dançar mesmo que queria?

- Se viu ele em cima de mim, deve ter visto minha mão estralar na cara dele também. E a proposito, nem adianta querer virar o jogo pro seu lado. EU sou a coitada aqui.

- Não! Esse é o seu problema! Sempre achando que a vida conspira contra você, sendo que já sacaneou comigo inúmeras vezes mais. – ele disse, e eu recuei desnorteada.

- Voce não tem o direito de jogar isso na minha cara! Não quando ama isabella e tenta mentir pra si mesmo. Não seja tão ridiculamente hipócrita!

- Eu não amo Bella, só estou chateado porque ela vai acabar virando um monstro, tudo o que eu desprezo. E além do que, eu to aqui contigo, não estou?

Joguei minha bolsa no sofá e corri as escadas como se não tivesse ouvido suas últimas palavras. Afinal, ele estava aqui comigo mas podia querer estar com ela, na verdade.

Se Edward nunca tivesse aparecido e ela estivesse disponivel, quem ele escolheria?

- E pare de agir como se não me escutasse, como se eu tivesse feito uma coisa muito ruim! Voce já beijou o sanguessuga, lembra?

- É diferente. – eu fechei a porta do meu quarto antes que ele pudesse entrar.

- E porque é diferente? Porque voces tiveram uma historia juntos e blá blá blá?

- Olha quem está falando! Voce já beijou Isabella Swan, Black.

Gritei contra a porta e ele calou a boca por alguns minutos. Eu achei que ele fosse embora depois de tudo, mas senti que ele escorou seu corpo contra a unica coisa que nos separava.

Parecia tão cansado quanto eu.

- Nós dois erramos. – ele admitiu mais calmo e meus olhos ficaram embaçados.

- Eu sei. – afirmei, quase rouca.

- Mas eu te amo tanto, . A gente se complica, fazemos escolhas erradas o tempo todo, vivemos em pé de guerra... mas no final, eu continuo te amando como se você fosse a unica mulher no universo.

Eu consigo ignorar qualquer coisa, menos isso.

Abri a porta vagarosamente e encarei seus olhos tristes e mais do que sinceros.

Apesar de todas as brigas, decepções, erros e tudo mais... Eu não queria ser a garota de coração partido, porque o amava daquele mesmo modo,um sentimento único.

E no fim do dia eu ainda estaria ali para ele, exatamente como dizia a musica.

Puxei a gola da jaqueta de couro dele, obrigando-o a chegar mais perto de mim. E quando estavamos perto um do outro o sufuciente, ataquei sua boca com uma ferocidade desconhecida por nós dois. Eu era dele. Eu era dele. Eu era dele.

Ele era meu?


N/A: Amooooooooras :D Fui assistir BD no cinema... Não imaginam minha cara de surpresa ao ver a cena do Jacob saindo de casa por causa do convite, foi EXATAMENTE como imaginei quando escrevi esse capítulo :o

Mas e aí, gostaram? Esperem só para ver o que acontece no próximo *.* (o MELHOR capítulo ever). Vai ser comemoração a TRINTA capítulos kkk.

Bem, quero agradecer os comentários lindos de vocês. Adoro quando se frustram, me xingam ou dizem que estão amando. Só assim fico sabendo que se importam com essa fiction.

E por fim, quero avisar que essa Att ficou cheia de músicas. E a da Beyoncé, liiiiiiiiinda, coloquei por dois motivos.

1 – A letra caiu como uma luva.

2 – Eu já tinha visto ela num capitulo de Sol e Chuva e espero que não se importe Ane... Mas aquele foi o melhor capítulo de todos, então fiz uma dedicatória a ele aqui em Metamorfose.

*I’ve got you – McFly

Bjs gente :*





Capítulo 30 *---------------*


- Meu deus, eu te amo tanto.

Ele xiou entre beijos e suspiros aliviados e me apertou ainda mais contra seu corpo quente. Eu não precisava de resposta melhor que aquela.

Sim, ele era meu.

Jacob me levantou num impulso para que eu pudesse envolver seu tronco com minhas pernas. Tirei sua jaqueta e blusa com mais pressa do que deveria e não pude conter um gemido quando suas mãos fortes apertaram minhas pernas vigorosamente.

Ele me carregou até a cama e me deitou logo em seguida, ficando em cima de mim, mas não apoiando todo o seu peso sobre o meu.Me olhou no fundo dos olhos e eu vi as faíscas da nossa paixão.

Podiamos não ser perfeitos e errar quase todo o tempo, entretanto, nos amavamos totalmente. De cima para baixo da esquerda para a direita, do chão até o teto... do início ao infinito e além.

E tudo sobre o quê eu pensava se confirmou em dobro dali para frente. Depois de beijar meu tornozelo com carinho, ele retirou meus sapatos e foi subindo os beijos deliciosamente quentes pelas minhas pernas nuas.

Não houve um só fio em meu corpo que não estivesse arrepiado, pois ele sabia exatamente como me deixar energizada. Ou talvez, fosse só mais uma coisa natural ocorrendo quando nossos corpos entravam em contado.

Combustão.

Suspirei novamente quando ele chegou ao meio de minhas coxas, e mesmo assim continuava a subir com suas mãos, trazendo consigo o pano do meu vestido apertado, que não durou muito mais em meu corpo, afinal de contas.

Senti minhas bochechas esquentarem consideravelmente, já que nunca haviamos chegado tão longe. E eu estava ali, só de calcinha na frente dele.

Cobri meus seios delicadamente, incapaz de não morder os labios, de tanta vergonha. Mas Jake apenas sorriu com ternura e passou o nariz pela extensão do meu pescoço até minha bochecha. E então, ele me deu um beijo ali, queimando minha pele.

- Não precisa ter vergonha. – susurrou em meu ouvido. – Tudo em voce é maravilhoso para mim, e eu estou feliz que seja só meu.

Eu ri, menos preocupada, e passei o braço por seus ombros largos. Deixei que sua lingua voltasse a encontrar a minha, e o beijo que começou suave, voltou a ser necessitado e agressivo como no começo.

Aquilo ia ser épico para nós dois, já que eramos virgens. Bem,eu estava feliz em ser a primeira dele, e sabia que Jacob estava exultante pelo fato de que ele também seria meu primeiro, e possivelmente o único.

Me dei conta de que nunca achei que precisaria tanto de alguém. Eu queria que fossemos um só, e queria rapido.

Jacob entendeu minhas mudanças de humor e a minha pressa se tornou a dele. Ambos sabiamos que ele esperava aquilo a muito tempo e tivera paciência, esperando o momento acontecer. Eu tinha dito a ele que deveria me sentir pronta, e bem... eu estava totalmente pronta agora.

Ele parou de me beijar por alguns segundos e se concentrou em tirar o tênis e as próprias calças, e quando voltou e toda a nossa pele se encontrou, senti mais do que arrepios frenéticos percorrendo meu corpo. Nós rimos entre as caricias.

Aquilo era muito melhor do que eu imaginava.E ainda tinha mais.

Eu já tinha percebido antes, mas agora que ele estava só de cueca, o volume entre as minhas pernas parecia ainda maior e a fricção entre nossos sexos... bem, me deixava louca. Aquilo estava fora do meu controle. Não havia nada que eu quissesse mais do que me esfregar contra aquele corpo másculo.

Os braços fortes dele me apertavam com avidez, sua boca se forçava contra a minha com paixão e nossas pernas se enrroscavam quase como se estivessem brigando.

Era constrangedor admitir, ainda mais quando eu era virgem... mas eu não estava aguentando. Eu queria ir adiante, queria satisfazer o meu interior, todas aquelas mensagens desesperadas do meu corpo, eu precisava dele dentro de mim.

Jacob me olhou quando suas mãos encontraram o elastico da minha calcinha, querendo uma confirmação. Era apartir dali que tudo se iniciava. Eu podia voltar atrás se quisesse, porque sabia que ele respeitaria minha decisão.Mas a questão era: eu não voltaria atras. Ia acontecer, eu sabia que ia e me sentia bem. Eu me sentia pronta.

Então acenei com carinho numa espécie de confirmação e entendendo o recado, ele me fitou com adoração antes de retirar a minha última peça restante e a sua também.

Jake continuou me beijando e nossas partes intimas acabaram se tocando em alguma hora. Eu reprimi um gemido, antes que escapasse dos meus lábios.Deus do céu, eu estava pegando fogo!

Ouvi ele dizer meu nome e parei de pensar no que quer que fosse. Parei de segurar meus instintos, de focalizar no próximo passo. Tudo ficou ainda melhor quando simplesmente “deixei acontecer”.

Envolvi suas pernas com as minhas e encolhi todos os meus dedos do pé quando senti jacob me invadir, aos poucos. Ele ia com calma, para ver se eu aguentaria ou desistiria.

Certo, eu tinha que admitir que era meio dolorido. Mesmo com toda a calma do mundo, eu ainda sentia aquela pressão abaixo do meu ventre e ainda estava um pouco tensa em relação a isso. Mas depois que ele deslizou e voltou a empurrar, senti uma onda de prazer indescritivel abafar a dor que eu senti no início.

Aquilo era muito muito MUITO bom, e a voz dele chamando meu nome... bem, não tinha como descrever algo assim.

Grudei ainda mais meu corpo ao dele, como se pudessemos nos fundir. Cada vez que ele entrava dentro de mim, eu praticamente gritava de puro extase. Certamente desmaiaria se estivesse em pé... mas felizmente, eu estava deitada e muito bem encaixada debaixo de seu tronco forte.

E quando eu fechava os olhos,sendo atingida por espasmos de prazer, Jake me beijava a boca, ainda que eu mal conseguisse respirar. Era isso, estamos no nosso ápice.

- Olha pra mim... – ele disse com dificuldade, e eu o encarei, totalmente tonta. – Eu te amo.

Arfei, sentindo algo estranho pelo meu corpo. Nossa, as palavras dele estavam me fazendo ver estrelas? Fechei os olhos novamente, falhando em reprimir todos os sons inteligiveis que queriam sair pela minha boca.

O que quer que estivesse acontecendo, tinha deixado minhas pernas bambas e minha consciência... que consciência? Eu estava em outro mundo, literalmente. Sorri para ele, totalmente débil, até mesmo quando ele suspirou pesadamente e deixou seu corpo cair contra o meu, alguns minutos depois.

- Eu também te amo. – gargalhei roucamente, me sentindo diferente. – Jake, eu te amo tanto!


Ele levantou a cabeça, com o olhar meio grougue e talvez um pouco confuso por me ver tão idiota. Além disso, eu tinha praticamente gritado dizendo aquelas últimas palavras. Quem grita depois de fazer amor?

Mas ele pareceu entender tudo poucos segundos depois, mesmo quando eu não sabia porque estava daquele jeito. O soriso sacana e carinhoso (se é que isso é possivel) que ele colocou na cara deixava uma coisa óbvia. E então eu percebi.

Ele tava se sentindo o maioral porque eu tinha tido um orgasmo na minha primeira vez. Não deu pra brigar por causa de sua pretensão nem nada. Jake alcançou meus lábios e... eu quis que ele me calasse todas as vezes, se fosse dessa maneira.


Cap 31 -
Os raios de sol começavam a entrar pelas frestas da cortina e iam direto no meu rosto. Eu pisquei várias vezes e tentei me acostumar a claridade. Minha careta se desfez no momento em que percebi um braço moreno ao redor da minha cintura.

Me virei um pouco mais e vi Jacob ao meu lado, totalmente nu. Não que eu pudesse ver tudo, já que estavamos embaixo dos lençois... Mas a visão privelegiada daquele tanquinho logo cedo, nossa, era como estar no paraíso.

E não era o unico encanto dele. Jake parecia apenas um garoto dormindo daquele jeito sereno. Naquele sono ele não parecia ser um lobo e nem ter todos os problemas que eu sabia que ele tinha. Ele só parecia em paz e feliz, pelo meio sorriso que mantinha na face.

Em pensar que nós finalmente tinhamos chegado a fazer sexo. Tinha realmente valido a pena. Eu ainda me sentia um pouco dolorida e achava que era mais por Jacob ser “grande” do que qualquer outra coisa, mas de qualquer forma, faria tudo de novo se fosse para sentir aquela sensação incrivel de prazer. Isso sem falar nas estrelas... aquilo era definitivamente irreal.

Bem, nem tudo era tão irreal assim. Eu ainda tinha a plena consciência de que uma noite daquelas tinha me deixado com o cabelo todo engrenhado, maquiagem escorrida, olheiras e todas as outras coisas. Por isso, me livrei de sua mão pesada com cuidado e me encaminhei até o banheiro, na ponta dos pés. Por ser loba, era fácil ser silenciosa.

Graças a Deus, quando me olhei no espelho, ainda estava pronta para receber um oscar. Meu cabelo estava meio bagunçado, sim... Mas de um jeito que eu gostava, um desalinhado sexy.

Tenho a pequena impressão de que, desde que carrego sangue vampírico em minhas veias, algumas coisas mudaram. As boas características em mim se acentuaram, as ruins se concertaram. Eu vi um retrato mais antigo na sala de minha mãe quando eu era só loba. Minha pele não era tãaao sem defeitos. Quer dizer, não há um poro sequer entupido na minha cara, minha gente! E eu sou, tecnicamente, uma adolescente.

E ainda há o fatode que meus dentes estão muito alinhados e brancos e meu cabelo está muito mais brilhoso e macio. Fosse o que fosse, não dava para reclamar. Fiz um coque frouxo e tomei uma chuveirada rápida. Logo depois, pude ouvir o barulho de gente rolando na cama. Jacob estava definitivamente acordado.

Senti um friozinho bobo no estomago de imediato. Era a primeira vez que olharia em seus olhos a serio depois de termos feito amor.

Insegurança poderia ser meu sobrenome.

Abri a gavetinha da comoda debaixo da pia e pesquei dali uma peça intima que guardava para necessidades. O conjundo de renda preta era o melhor que eu tinha já que ao levantar, não encontrei de jeito nenhum a minha langerie antiga. Eu não melembrava se jake tinha rasgado ou jogado do outro lado da rua. Só sei que não estava naquele quarto.

Sai do banheiro meio desajeitada, com um roupão cobrindo meu corpo... Quase sem acreditar que ainda tinha vergonha. Mas foi só olhar pra cara daquele sacana deitado em minha cama que o espirito ‘safada’ se apoderou demeu corpo e todo aquele embaraço foi pro espaço.

Ah, qual é? Ele estava lá todo relaxado e esticado, com os braços musculosos atrás da cabeça, um sorriso de lado indescritivel e aqueles olhos pretos cheios de desejo.

Mordi o lábio inferior, tomada pelo mesmo sentimento ardente. Desfiz o nó do ropão vagarosamente e o vi irrejecer, já que todos os seus musculos de repente ficaram tão tensos quantos os meus.

Desfilei até a ponta da cama só de sutiã e calcinha e meio que corei quando ele pregou os olhos em meu corpo. Dava para apalpar a luxúria presente naquele quarto. Era mais que perfeito se sentir tão desejada.

Subi na cama e fui engatinhando até ele, sem jamais tirar meus olhos dos seus. Vi que ele engoliu a seco e uma risadinha pretensiosa saiu de minha boca sem qualquer filtro.

Segundos depois, porém, me vi surpresa em perceber que estava presa debaixo dele. Situação que teria acontecido em milésimos de segundo. Pisquei os olhos, estupefata com sua rapidez.

- Amor, eu adoro te ver no controle, mas você demora demais e eu não estou no espirito de esperar.

Eu entendi o trocadilho. Ficamos um ano nessa história de namorados comportados.
E então, sem deixar espaço para uma má resposta, me beijou a boca como se fosse a última vez, ou a primeira, depois de séculos. É claro que eu correspondi como se estivesse na mesma situação. Estar em seus braços era magico, gostoso, divertido, completo... e até preocupante, porque nenhum de nós dois sabia bem o que era limite.

Tudo o que aconteceu antes estava prestes a acontecer de novo, quando um rugido alto surgiu no meio da floresta. Nenhum de nós queria parar, mas pelo tom, a reunião com sam era urgente.

- Inferno! – jacob arfou contra o meu pescoço.

- Vamos... – empurrei seu corpo carinhosamente. – Parece ser importante.

- Mais importante que isso?

Ele arregalou os olhos e bagunçou os cabelos,enquanto eu bufava.

- Pode ser alguma coisa relacionada aos Volturi.

Jake parou de resmungar contra meus cabelos e me encarou longamente quando a última palavra saiu de minha boca. Droga. Eu queria tudo, menos entrar nesse assunto.

- Como sabe sobre eles?

Mentir. Como eu adoraria poder mentir sem que ele soubesse que eu o estava fazendo.

- Edward me contou. – suspirei pesadamente. – No dia em que fomos a Port angeles e encontramos Victória.

Aquele dia, por mais distante que parecesse agora, ainda trazia um drama sem fim ao meu coração. E suponho que ao de Jacob também. Aquela briga quase acabou com tudo o que tinhamos.

Ele pareceu ter notado o tom de melancolia - provindo das lembranças - em minha voz. Logo Jake passou a mão pelo meu rosto delicadamente. Ele sempre fazia isso quando queria dizer que estava tudo bem, que tudo ia dar certo.

Será?

Será que nós dois - agora que já tinhamos chegado a ser um casal no sentido completo – iamos ter uma vida pacata e feliz, finalmente?

N/A: tchaaaaaaaaaaaaaaaram! Gostaram da att dupla? Se teve alguém que não gostou, SINTO MUITO. Aposto que quase todas vocês amaram. Kkkkkkkkk E estou aqui toda contente supondo que SIM hein?! Não sei por que, mas acho que muitas esperavam ansiosamente por estes acontecimentos *.* E peço desculpas por não ser uma expert no assunto “sexo”. O que escrevi foi muito de acordo com o que já li ou ouvi falar , mas espero que tenha ficado pelo menos um pouquinho real. Eiuhsuiehuishe
E lá vai um comunicado importante: Lembram-se de todos aqueles mistérios do início da fic? Situações que nunca foram explicadas? Bem, tudo está muuuuito perto de ser explicado, e acreditem, no final, ficou tudo tão legal que quase acreditei que fazia parte da história original :) E a resolução de todas essas charadas indica algo em galera... triste dizer, mas acho que tenho que bolar o fim de metamorfose urgentemente, pois não há mais o que inventar... De qualquer jeito, ainda faltam alguns capítulos lindos para compartilhar com vocês, como sempre amei fazer ><
Beijos para minhas leitoras favoritas :*


Capítulo 32/ parte I – Ironic

Sam não parecia nada feliz. Aliás, nenhum de nós gostou realmente da noticia.
Alguns dos convidados vampiros para o casamento de Isabella estavam em forks, hospedados na casa dos Cullens. E nem todos levavam a sério a mesma dieta ‘vegetariana’.
Jacob tremeu convulsivamente e eu não sabia se era por causa dos visitantes ou o fato de que a cerimonia ia mesmo se realizar. Talvez os dois.
(N/A: Gente, eu coloquei travessão, mas finge que a conversa entre eles tá rolando por pensamento, ok?)
- Não podemos deixar que eles caçem aqui. – jake rosnou.
- E não deixaremos. – o alfa avisou. – Se algum humano for atacado, voces estão autorizados a matar. Não toleraremos morte inocente em nosso dominio.
- Temos que avisar aos Cullens primeiro.
Minha voz soou sensatamente pelo cômodo. Não era justo que cumprissemos ordens assim se eles nem sabiam sobre as regras quileutes. Edward podia até ter avisado, mas teria deixado claro que seriam mortos caso ultrapassassem os limites?
- E facilitar tudo? Eu quero matar cada um deles o mais rápido possível, é melhor que estejam desavisados.
Paul sempre fora o mais descontrolado. Mas nessa situação,todos pareceram concordar avidamente com ele.
- Não é justo. – intervi e Leah me cortou.
- Não é nossa tarefa avisar aqueles sanguessugas do tratado. Pra começo de conversa, nem deveriamos ter permitido a entrada de estranhos em nossa terra.
- Se eles não fizerem nada de errado, não vejo problema. É o casamento de Bella, não é? – seth se pronunciou.
Jake bufou mais uma vez. Sempre que ouvia aquela palavra tentava disfarçar – inutilmente – a raiva que sentia.
- Não vamos avisar, está decidido. Que eles os Cullen façam, por conta própria.
A voz autoriatária de Sam ecoou pela floresta e todos assentiram, como se aquela fosse a melhor ordem em anos.
Bem, só eu continuava a discordar.
- Entendo a repulsa de vocês em relação a todos eles, mas um ataque assim a desavisados poderia causar uma guerra. E nós não queremos isso, não é?
- Esse assunto não está mais em questão, .Não é um problema que...
- Me ouça!
Cortei Sam de maneira abrupta e todos os outros prenderam a respiração e levantaram suas orelhas, em sinal de atenção e respeito. Todos,inclusive o nosso líder.
- Eu não queria te interromper, eu...
Senti-me estranha por desafiar ordens superiores e extremamente fraca por perceber que os lobos me olhavam questionadores e céticos agora que eu gaguejava.
Eu odiava chamar atenção por aspectos negativos.
- Saiam todos.
Meu rabo se enfiou entre as pernas e mais rápido do que pude imaginar, virei meu tronco pronta para ir embora. Os outros levaram um segundo a mais para entender.
Quando eu estava na metade do caminho, outro chamado interrompeu a vergonha crescente em minha cabeça.
- , Jacob... vocês ficam.
Olhamos um para o outro com certa insegurança, mas voltamos e nos sentamos a frente do Uley. Tudo o que eu conseguia fazer era encarar o chão.
Não acredito que tinha desafiado o nosso melhor guerreiro, meu irmão mais velho, o alfa.
- Não faço ideia de como ou porque, mas você sempre conseguiu ignorar meus comandos quando nenhum outro pode fazer o mesmo.
- Me desculpe, Sam.
- Essa não é a questão , sei que não fez por querer... Mas precisamos descobrir porque pode fazer isso. Deve haver um motivo plausível, como ser uma alfa também.
- Mas o Billy disse que as familias Black e Uley eram as mais importantes. – recuei um pouco, confusa. – Eu ouvi a história, ele não disse nada parecido sobre os Jonasson.
- Bem, precisamos perguntar aos anciãos e tirar isso a limpo. E tenho a sensação de que vai ser uma descoberta interessante para todos nós.
- Olha, eu já sou uma aberração em tantos sentidos... quer mesmo que eu me sinta ainda pior?
Jacob chegou perto e me alisou com seu focinho, me dando a força emocional que eu precisava para continuar sentada. Caso contrário, eu já teria desabado de tristeza naquele chão.
- Me perdoe, por favor. Não vou descumprir qualquer ordem sua de novo.
- Mas a decisão já esta tomada, em sua mente. Voce vai avisar aos Cullens.
Fui pega de surpresa. Eu já nem pensava mais nisso, embora alguma parte dentro de mim tivesse tomado a decisão aguns minutos antes. Eu contaria a eles, os alertaria sobre o tratado.
- Tudo bem. Já que você vai procurar pela verdade, devo dizer que minha intuição foca na minha mãe. Ela deve saber algo sobre toda essa confusão.
- Então é isso. – ele acreditou totalmente em meu sexto sentido sem nem fazer perguntas. – Vou conversar com Teresa e pedir que venha até La push, o mais rápido possível.
Capítulo 32/ Parte II - Ironic
Demorou mais três dias até irmos buscar Teresa no aeroporto. Apesar de não ter tantas lembranças sobre ela, meu interior quase latejava de saudade. Os laços emocionais ainda eram sentidos por mim.
E a torturante espera foi de 20 minutos. Poderia ter demorado mais alguns segundos, mas fui a primeira a perceber um rosto diferente no meio de tantos outros.
Ela era indígena como os quileute, com aquela pele marrom avermelhada, o corpo esguio e os lábios fartos. O formato dos olhos intensos e astutos eram como os meus. Aquela era, sem duvida, a minha mãe.
- ! – seus lábios se mexeram trêmulos e nenhum som realmente saiu.
Soltei-me do abraço de Jacob e corri até a mulher que eu sempre chamei de mãe. O calor de seus braços foi o bastante para ativar pequenos flashes da minha vida ao seu lado.
Ela me ensinou a andar de bicicleta, me levava à escola, me contava lendas antigas, me ensinou algumas receitas da culinária brasileira. Por isso eu sabia fazer arroz. Teresa me mostrou como fazer.
- Mãe! – uma lágrima escorreu pelo meu rosto. – Que saudade!
- Meu amor... Eu também senti sua falta. Eu sei sobre sua perda de memória, estou feliz que se lembre de mim.
- Não tenho lembranças específicas. – funguei. – Apenas flashes. De qualquer forma, meu coração sente... Ele sabe que é você.
Pude senti-la rir contra meus cabelos e então afagá-los de maneira carinhosa. Foi a primeira vez, após ver Jacob depois do acidente, que me senti tão segura. Os dois eram como o meu porto seguro.
- Você cuidou bem da minha menina? – Teresa disse de repente, para alguém que estava atrás de mim.
- Sempre, senhora Jonasson.
Soltei-me de Teresa e me virei para encará-lo com um sorriso malicioso. Se ela descobrir o QUÃO bem e intimamente ele estava cuidando de mim, estaremos realmente ferrados.
- Temos muito que conversar. – ela sorriu de novo, depois de abraçar Jake. – Vamos para casa?
***
Jake nos deixou em casa e logo foi embora, para nos dar alguma privacidade.
Teresa me contou que meu pai estava melhor,mas não tanto a ponto de vir com ela me visitar. Era um caso sério de coração, algo sobre uma veia entupida e comer como um ogro. Eu sabia bem como era isso.
Mas segundo ela, a cirurgia havia sido um sucesso e ele estava em recuperação. Em breve nós voltaríamos a nos unir de novo. E eu me perguntei se isso significava voltar ao Brasil, e bem... Deixar Jacob jamais estaria em meus planos.
- Eu tenho algumas perguntas importantes a fazer. – disse, depois de conversarmos sobre assuntos banais.
- Eu sei. É por isso que estou aqui, minha filha. Você já está “atrapalhando” Sam, não é?
Ela disse o ‘atrapalhando’ de uma forma engraçada.
- Como você sabe? Ele já te contou?
- Não, minha querida. Eu já sabia que isso ia acontecer, está na hora.
- Mãe. – meus olhos se arregalaram. – Sobre o que você está falando?
- Meu amor... Eu já tinha lhe contado algumas historinhas bobas sobre nossa família quando você era pequena, mas nada que realmente nos entregasse. A verdade é que você pode ter esquecido com o tempo ou com a perda de memória... Mas agora não faz diferença.
- Se você sabe, me diga logo. Eu não agüento mais todo esse mistério.
- É claro. – seus olhos astutos me encararam avidamente com um quê de admiração. – Minha criança, você é a sexta na nossa família com um dom que só as mulheres que tem o nosso nome e sangue possuem. Nós sempre geramos mais homens, então quando engravidamos de uma garota, ela já nasce especial.
- Isso só pode ser brincadeira. Quer dizer que eu posso Burlar as ordens do Sam? Isso não é nada bom!
Minha mãe riu do meu tom decepcionado e pouco receptivo. Ela não entendia que de todas as coisas nesse mundo, a que eu mais desejava era ser normal. Porque era tão difícil?

- A sua dádiva é aconselhar. Nas horas difíceis, é você quem vai decidir o que o grupo deve fazer. A sua intuição é mais forte do que todas, ou seja, o alfa comanda todos os outros... Mas é você quem diz que caminho seguir.
Sentei na cama, perplexa demais para absorver todas as palavras que ela estava dizendo. O que isso tudo queria dizer realmente?
- Eu não entendo. Porque o líder precisaria de alguém para aconselhar? E eu nem sou a pessoa certa.
- É claro que é, meu bem. O sangue que está em suas veias é o mesmo que corre nas minhas. Eu fui A conselheira da década passada e renunciei o meu caminho.
- Renunciou? Não lembro, foi por isso que fomos para o Brasil?
- Ah, não lembraria mesmo, já que só pensava em existir. – ela sorriu. – Minha mãe me contou antes de morrer e eu não quis aceitar. Eu não queria ser A conselheira.
- Eu também não quero, mãe. Então posso fugir disso?
- Eu pude fazer isso porque em minha geração não tivemos transformos e os Cullens estavam longe. Quanto a você, não sei, acho que também tem a opção. Mas no seu coração, já sabe o que é certo a fazer. E sempre saberá. Então me diga, você deve se resignar de sua tarefa?
- Não. – bufei.
Isso não era uma escolha, pois eu já sabia o que deveria ser feito e que muitas coisas dariam errado se eu não assumisse esse ‘posto’.
Quando eu digo que devo ter jogado chiclete na cruz em outra vida, ninguém acredita.
- Mas há algo que não entendo. – balancei a cabeça e Teresa esperou pacientemente que eu dissesse. – Eu sou péssima com isso tudo, discernir não é meu forte, estou sempre fazendo besteiras. Então como posso ser alguém que...
- . – Ela me cortou. – Aposto que você esta se referindo a sua vida sentimental.
Afirmei, sem saber se aquilo fazia parte da intuição dela ou se era só uma coisa natural de mãe e filha. Ela já até devia saber que eu sou péssima com relacionamentos.
- A essa altura você já deve ter percebido que somos um desastre no campo amoroso, não é?
- Somos? Você quis dizer NÓS?
- Quando minha mãe me contou isso, também não fiquei muito feliz. Acontece que nós nascemos para ajudar a tribo, e não para sermos parceiras de um homem, essa é a grande verdade. O nosso foco deve ser sempre para nossos irmãos quileutes...
- Foi por isso que você fugiu?
- Eu conheci seu pai. Ele veio estudar o solo e nos encontramos na floresta. Foi amor a primeira vista. Então algumas coisas começaram a dar errado, mas o que sentíamos um pelo outro era muito forte. Sua avó me contou que o universo sempre conspiraria para que ficássemos separados, pois assim meu povo ia ser minha prioridade. A não ser que...
- Abdicasse da tarefa.
- Isso. Fui embora com ele... Eu o amava demais e deixá-lo não era uma possibilidade. E, além disso, eu já esperava você, mesmo sem saber.
Meus olhos se encheram de lágrimas e antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, os braços de minha mãe estavam me envolvendo. Era uma linda história. Que afinal, explicava algumas situações.
- Jacob é meu impriting. Não faz sentido, mãe. Tudo em nossa relação dá errado, como você diz... Mas jamais poderemos nos separar ou sequer ir embora. Aqui é nosso lugar, e eu não posso viver sem ele.
- Infelizmente não sei o que dizer sobre isso. Nunca houve uma história como a sua. E também tem outra coisa, suas habilidades só deveriam aparecer quando já tivesse completado 18 anos. Ainda faltam três semanas. Então seja o que for, está claro que é mais forte que suas antepassadas por algum motivo. O destino te reserva algo mais.
N/A: Heeeey pessoinhas :) Quanto tempo né?! * desvia das pedras. Kkkkkkkkk Espero que tenham gostado da att, fiz com muito carinho para todas vocês, embora tenha demorado séculos para enviar :D – Não vai acontecer de novo, sei o quanto é ruim esperar tanto! E juro também começar outra fiction bafônica quando essa terminar... Mas vcs podem ir se entretendo com Coffee Girl e My place até lá (minhas outras filhotes) :D
Feliz ano novo atrasado para todo mundo, obrigada pelos comentários maravilhosos sobre o cap. passado e... Não se esqueçam que cada palavra de vcs vale muito para mim. Continuem deixando suas “assinaturas” em Metamorfose.
>
Ps: sério mesmo que eu descrevi bem a cena de amor dos dois? Uhuuuuuuuuuu \o ganhei o dia.
Beeeeeeeeijos:*




Cap 33 – How to love

- Me fale sobre essas habilidades, mãe.


- Somos naturalmente intuitivas, temos algum poder de persuasão, influenciamos o alfa, só morremos quando outra de nós nasce... E por fim, podemos consultar os espíritos de nossos antepassados.


- Quer dizer... Falar com mortos?


- Exatamente. Mas só fazemos isso em questões muito especiais, quando o assunto é muito sério.


- Tem algo BEM sério que diz respeito a mim, acha que posso pedir ajuda?


- O que está acontecendo, querida? Notei que tem algo te incomodando. O que foi?


- O impriting. Quero saber por que sofri um, se não posso vivê-lo integralmente. Quero entender porque um vampiro foi meu namorado na minha vida passada e principalmente porque não morri quando fui mordida por uma vampira... Mas acho que tem haver com esse lance de ter que deixar uma descendente, né?


- VOCÊ FOI O QUE?


Encolhi-me com o tom dela. Foi a mesma coisa que ter um apito soando no ouvido. Sua voz deve ter subido uns sete oitavos.


- Não te contaram? – encolhi os ombros quando ela me olhou, quase espumando pela boca. – Eu achei que tinham te falado.


- Ah, mas vou matar cada um deles. Fiquei sabendo que você foi ATACADA por um deles, e não mordida. Eles mentiram!


- Mãe, não foi bem uma mentira, só uma omissão de leve. É que você estava cuidando do papai e...


- Tudo bem. – ela se levantou bruscamente. – Vou falar com os anciões, ver o que descubro sobre tudo isso e depois vou DESCASCAR com eles. Eu te carreguei nesse ventre – ela bateu na barriga cinco vezes – por nove meses. Então tinha o DIREITO de saber.


Ela se virou e saiu pela porta, enquanto eu passava a mão pelos cabelos e suspirava. Mãe é tudo igual. Pra que um ataque desses por uma coisa que já passou?


Senhor, quanto drama. Eu tô vivinha aqui.


Dei um suspiro teatral e me joguei na cama ao mesmo tempo que ouvi um barulho de carro cantando pneu. Soltei uma risada besta por minha mãe parecer uma piloto de fuga e quase engasguei quando rolei para a direita e vi uma sombra na janela.


Pulei agilmente e em dois segundos já estava em pé, em posição defensiva, encarando aquele ser enorme. Relaxei consideravelmente quando reconheci aquele corpo.


Eu devia ter sentido o cheiro inconfundível dele. Jacob esperou minha mãe sair para invadir meu quarto.


Isso sim é novidade.


- Eu tô morrendo de saudades.


Ele deu cinco passos largos e me alcançou, me puxando mais para perto com seus braços dourados e fortes. Arrepiei-me da cabeça aos pés e permiti que ele iniciasse um beijo caloroso.


- Também senti sua falta.


Tentei dizer entre beijos, mas Jacob não deixava que eu me afastasse muito. Poucos segundos depois, estávamos sobre a cama, ele por cima de mim.


- Sabe o quanto tive que esperar para entrar aqui?


Ele falou roucamente em meu ouvido e eu esquentei totalmente, quase ignorando o fato de que ele tinha ouvido toda a minha conversa com Teresa.


- Você estava nos espionando. – Me afastei, mas ele sorriu.


- Não. – ele me deu um celinho. – Estava nas redondezas, esperando ansiosamente que sua mãe saísse. Assim eu poderia me curar.


Estanquei totalmente e olhei em seus olhos, aflita. Jake tentou me beijar de novo, mas segurei seu queixo com força e o forcei a olhar para mim.


- Curar? – ele balançou a cabeça afirmativamente. – Você está doente? Se curar de que?


Comecei a analisar cada parte do seu corpo desesperadamente, procurando por um corte, sangue ou algo do tipo. Ele sorriu amplamente.


- Dessa abstinência que estou sofrendo. Três LONGOS dias. Não posso mais ficar longe de você, do seu cheiro, do seu corpo... Eu fico pensando na noite em que dormimos juntos cerca de 50 vezes por segundo. E isso anda me matando.


- Está querendo dizer que veio aqui só pra ‘aliviar’?


Jacob teve a audácia de sorrir ainda mais e voltar a beijar meu pescoço com certa urgência. Eu bem que queria ter lhe dito algumas coisas ou anunciado greve de sexo, só de pirraça.


Mas aquele era Jacob em cima de mim. Então, nada mais importava.


Jake começou a descer seus beijos quentes e molhados pelo meu colo e rasgou a frente da minha camisa com certa brutalidade. Resmunguei debaixo de seu corpo e logo ele calou minha boca com outro de seus beijos.


Passei minha mão pelas suas costas e deixei que minhas unhas o arranhassem fortemente durante o percurso. Ele parecia longe de se importar, na verdade, parecia enlouquecer a cada minuto.


Jacob estava tentando abrir meu sutiã e eu sabia que se não conseguisse abrir rápido, o coitado teria o mesmo triste fim que minha blusa. O nome disso era impaciência. Fechei os olhos e sorri bobamente quando, de repente, uma visão apareceu em minha mente.


Elas vinham a qualquer momento, sem que eu pudesse controlar. Em geral, não eram noticias boas e a julgar pelo rosto de todos os presentes na sala dos Cullens, não parecia ser um futuro muito bom e eu soube totalmente que ainda era distante, porque um anel brilhava no dedo de Isabella.


Talvez eu estivesse sonhando acordada. Ou não, aquilo era tipo um... Pesadelo.


Eles carregaram Bella para uma espécie de quarto escuro e a deitaram numa maca. Arregalei os olhos ao ver o tamanho de sua barriga. Edward parecia mais infeliz do que nunca.


Eu tentei entender o que era aquilo, tentei decifrar aqueles gritos. Jacob apareceu nervoso, discutindo e brigando. Isabella foi se contorcendo e então percebi que a garota estava em trabalho de parto.


Bella estava grávida de... Meu deus, de um monstro.


Vi como a criatura a rasgou de dentro para fora e então os olhos de sua mãe foram perdendo a vida. O desespero de seu marido era obvio, e a cara de nojo do meu Jake era... Não sei descrever.


Ele saiu correndo de lá e eu pude ver melhor o recém-nascido. Apesar de ser filho de uma criatura da noite, vi o que era apenas uma criança. Uma menininha alva de cabelos castanhos e olhos da mesma cor.


Outros barulhos surgiram da escada e vi meu namorado aparecer pelo hall de entrada novamente, desta vez, segurando uma adaga na mão.


- ? ? – senti meu corpo ser sacolejado.


Olhei para Jacob e me afastei as pressas, batendo a cabeça na base de madeira da cama. Seus olhos curiosos e preocupados me encaravam e eu só conseguia pensar que ele ia assassinar aquela menininha.


- Amor. – ele chamou. – Olhe para mim. Para mim.


Por mais que sua voz me acalmasse, não conseguia parar de pensar em Bella toda ensangüentada e em sua filha, meio humana e meio vampira.


Será que aquilo era uma visão, premonição ou só um sonho sem pé nem cabeça? Não podia ser real. Seria... Impossível.


- ? Estou ficando louco aqui, me responda! – ele ergueu meu queixo e eu voltei a respirar normalmente, aos poucos.


-Jake.


Minha voz não passou de um sussurro.


- Vamos, me diga o que houve? – seus olhos ficaram turvos de preocupação. Ele me obrigou a sentar.


- Não foi nada.


- Nada? – sua voz se encheu de sarcasmo e repreensão. – Vi você ficar muda e pálida, de um segundo para o outro.


- Foi só um mal estar.


Menti. Na verdade, estava em dúvida quanto a lhe dizer tudo. Primeiro porque poderia ser apenas um erro, uma visão mentirosa que poderia causar uma grande guerra. E depois... Eu não queria tocar no assunto. Relembrar aquelas cenas?


- Eu sei quando você tem uma visão. E quando mente. – Jacob ficou ainda mais sério. – Porque você não quer contar?


- Não é bom. – suspirei. – E preciso saber se é real, antes de qualquer coisa.


- E porque você não confia em mim? Achei que tivéssemos passado dessa fase.


- Não passamos. – empinei o nariz.


Estávamos bem desde o dia em que tivemos nossa primeira vez, mas acredite, dias tão bons não apagam os erros do passado de uma hora para a outra. Apesar de esconder bem, eu ainda estava magoada com Jake pelo lance do convite de casamento.


- Aquilo foi raiva de momento, achei que tinha entendido que amo você.


- Pode até amar, mas não demonstra. Não como eu gostaria. Eu queria que você parasse de ir à casa dos Cullens toda vez que a segurança de Isabella está em jogo. Queria que você controlasse seu gênio explosivo, queria que você aceitasse o maldito casamento deles e que dissesse que nem ao menos pensa nela. Queria que se decidisse Jacob, de uma vez por todas.


- Então, tudo que eu tenho feito foi insuficiente pra você? Quantas traições suas eu perdoei? Quantas vezes tive que agüentar o modo como olhou para o sanguessuga? Já se deu conta que nunca foi a única a sofrer e ter que fazer sacrifícios?


Não sei se me sentia melhor por finalmente termos mudado de assunto. Agora, as coisas começavam a ficar pesadas. Eu estava dizendo as verdades que ele merecia, e no entanto, estava ouvindo dez vezes mais do que o necessário.


- Eu disse que não o amava e nunca mais fui atrás de Edward. Você disse que não a amava mais e na primeira oportunidade... Chorou por ela.


- Pelo que ela ia se tornar.


- NÃO MINTA! – gritei. – Não faça isso, não tente me convencer do que nem mesmo você está convencido.


- O que sua mãe disse sobre sempre termos problemas...


- Teresa pode estar certa. Mas ela e meu pai deram certo, com todas as adversidades. Eles lutaram por isso. Aposto que ele largou QUALQUER outra coisa para ficar com ela. – sorri com amargura. - Jacob, você não faria isso por mim.


Ele se levantou e senti tanta dor no peito que arfei. Foi um chute cego, eu não sabia realmente que ele seria capaz de me deixar por algo... Ou alguém.


- O que você quer que eu faça? Diga-me, porque eu não sei. Você quer uma prova? O que você deseja, ? Que eu Largue a matilha ou meu pai? Que eu Saia do país? Ou que eu engravide?


- Não acredito que foi capaz de sugerir algo assim. Nada disso saiu da minha boca.


- POIS EU NÃO ENTENDO O QUE DIABOS VOCÊ QUER DE MIM ENTÃO. – ele se afastou, até chegar a porta.


- Eu só queria seu coração. – eu disse, num fio de voz.


Jacob abaixou a cabeça e riu com certa descrença. Balançou o rosto de um lado para o outro e me olhou friamente.


- Não só isso. Meu coração não é, e nunca foi o bastante para você.


- Porque você só me deu metade dele, e eu quero tudo. Só volte aqui quando só houver lugar para mim. Se não conseguir isso, não volte mais.


N/A: Amooooras ;D Como estão minhas leitoras preferidas?
E gostaram dessa att tensa? :\ Sei que não kkk
Então, deixa eu adiantar umas coisas... Essa briga foi totalmente necessária para o que virá no próximo capítulo. O ápice da fic está chegando e estou triste em dizer que não é nada bom. Mas o que é uma fiction sem drama? Euhsuihes
Espero que continuem acompanhando e comentando, amo cada palavrinha de vocês! Beeeijos:*
Ps: Saudade da Nannah na caixinha de comments. Kkk VOOOLTA AQUI FLOOR! Kkkkkk



Capitulo 34 – Broken Strings

Jacob POV

Ela sempre encontrava um jeito de me deixar irritado. Sempre encontrava um jeito de acabar com o clima. sabia exatamente como esfriar uma relação... E eu estava cansado disso.


Quantas vezes eu teria que pedir desculpas pelo mesmo motivo? Quantas vezes teria que ouvir as mesmas reclamações?


Se só eu estivesse errado... Mas não. Ela também cometeu os mesmos erros. O certo, pelo menos para mim, era que deixássemos o passado para trás.


Mas aquela mulher não consegue. E talvez nunca consiga.


E o que ela me pediu foi... Ridículo. Eu a amo incondicionalmente, já não basta? Tenho que deixar Isabella para trás? Ela foi minha melhor amiga!


E que por acaso, agora se tornaria uma sanguessuga desprezível. Tudo por culpa daquele mauricinho estúpido. Inclusive, todos os meus problemas são culpa dele.


Se ele não existisse, não estaria no caminho das duas únicas mulheres que amo. E que por acaso, não estão comigo agora. Não tenho nenhuma delas, nem meu impriting e nem minha melhor amiga.


Amiga?


Cheguei em casa cheio de pensamentos ruins e dúvidas que me faziam crer cada vez mais que , apesar de exagerada, podia estar certa. O que eu sentia por Bella podia ser mais que só amizade. Porque outra razão haveria tanta possessividade de minha parte?


Urrei de raiva e tirei minha camisa. A única coisa sobre a qual tinha absoluta certeza era que não conseguiria mais ficar em Lapush lamentando todas as merdas que aconteciam em minha vida. Se elas davam trégua de um só dia, já era pura sorte. Eu tinha que me benzer urgentemente, mas no momento, outra coisa tinha prioridade na minha lista.


Peguei uma garrafa de Jack Daniels escondida no armário. Meu pai jurava que eu não sabia da existência dela, a verdade era que eu só a ignorava. Nunca fui fã de álcool.


Pelo menos até hoje.


Senti a garganta arder nos primeiros goles... E depois, nada mais além de uma “dormência” no corpo. Já estava no sétimo copo quando ouvi um barulho ritmado. Demorei um pouco a perceber que a batida vinha da entrada.


Meus pés estavam tão pesados que cheguei a pensar em desistir de chegar até a porta. Abandonei a idéia quando os barulhos continuaram.


Girei o trinco com força e levei um susto, por não ter percebido ou ouvido qualquer coisa que indicasse que havia alguém parado na minha porta. Uma garota.


- Elise? O que faz aqui?


Isso foi o que eu falei, mas não duvido nada que tenha saído algo diferente e inteligível da minha boca.


- Jacob, você está... – ela me analisou com cuidado e sorriu, por fim. – Ocupado?


- Acho que não. Quer entrar?


- Claro.


Ela ignorou prontamente minha falta de jeito e me empurrou para dentro, fechando a porta atrás de si em seguida. Escorou-se sobre ela e mordeu os lábios. Não entendi o que significava aquilo, mas acabei gostando do que vi.


- Quer beber comigo? – apontei para a garrafa quase vazia e ela sorriu.


Fui me escorando nas paredes até alcançar a garrafa de novo. Entorná-la era a meta da minha vida, no momento. Nunca pensei que a bebida funcionasse tão bem como anestésico.Magicamente, a dor em meu peito por causa de duas garotas havia sumido.


- Quero.


Elise assentiu, tirou-a de minhas mãos e se serviu de uma dose, já adivinhando que eu jamais conseguiria fazer algo que exigisse tanto de coordenação motora.


Ela bebeu um gole e me puxou pela mão, me fazendo sentar no sofá e repetindo o ato em seguida.


- E então... Por que está sozinho?


- Meu pai está com Sue, Isabella com o sanguessuga...


- E ?


Ela se apressou em dizer, com uma careta na cara. Engraçado como eu quis chorar (mesmo bêbado) assim que ouvi aquele nome. Estivera evitando pensar nela justamente para impedir isso.


- Nós brigamos. Como vê, não há ninguém para beber comigo, ou nenhum motivo para brindar.


Ela sorriu. Percebi que nunca tinha a observado rir antes. Era um sorriso bonito, sexy e com um quê de algo a mais que eu ainda não conseguia identificar. Talvez...


- Sei como são brigas entre namorados. E vocês vivem nessa situação, não é? Eu observo os dois e acho que às vezes não cuida de você como deveria.


- Ela sempre se irrita com tudo e não entende meus sentimentos.


- É uma garota ainda, muito imatura. Quem sabe daqui a algum tempo...


- Não, ela nunca vai mudar. – foi o pensamento mais realista que consegui projetar. - Mas do jeito que está falando, parece ter mais idade que ela. Quantos anos você tem?


- Vinte. – Elise disse e arregalei os olhos.


- Vinte? Você parece tão nova!


- Mas já estou velha... E sem nenhum namorado. – ela fez um biquinho e eu sorri.


- Não sei por quê. – bebi um grande gole da Jack. – Você é legal, interessante e...


- E... – ela me incentivou.


- Bonita, muito bonita.


Ela deve ter entendido as palavras emboladas que falei, já que seus olhos se iluminaram em um segundo. E depois disso, rápida como um raio, estava em meu colo.


Assustei-me com isso. Dizer que ela era bonita não havia sido uma deixa. era a única mulher capaz de me deixar vidrado, fascinado com tanta beleza.


- Eu... Eu tenho namorada. – tentei me afastar, mesmo quando ela se esfregava em mim.


- Vocês brigaram.


Ela comentou, enquanto beijava meu pescoço e passava as mãos pelo meu peitoral. Meu ponto fraco. Bebi mais dois goles para conseguir reagir.

- Não terminamos. – virei o rosto quando Elise tentou atacar minha boca.


- Ainda. – ela arfou. – Ela não te merece, Jacob. Mas merece o que vai acontecer aqui... Ela te traiu uma vez, não foi? Ou foram duas?


Elise mordeu meu ombro lascivamente e mal senti. Mesmo bêbado, a única sensação em minhas veias era a de raiva, por lembrar aquilo. Em como brigava comigo depois de ter me traído duas vezes. Eu era o maior corno da cidade.


E apesar de tê-la perdoado, era ela quem ainda me culpava por todos os problemas do nosso relacionamento.


Apertei Elise contra meu corpo automaticamente. Se podia fazer o que quisesse comigo, porque eu não poderia fazer o mesmo com ela?


Bebi um pouco mais e fechei os olhos demoradamente, sentindo a garota rebolar sobre mim.


N/A: Oi minhas floores, que saudade :\ Saibam que fiquei sem net por mais de duas semanas e uma das minhas grandes preocupações era ter que fazer vocês esperarem tanto pelas atualizações... Sei o quanto é ruim. De qualquer forma, tá tudo resolvido.Quando eu aprender a mexer nesse blog, vou postar no mínimo duas vezes na semana! :)


Sobre a fic: Sei que muitas estão chateadas e assustadas com o rumo de metamorfose, então, como muita gente não gosta de surpresas, vou avisando logo que a fiction pode não terminar como muita gente gostaria. Eu queria (sim!) um final feliz, mas pensei numa coisa maior e super significativa. E talvez tenha que escolher entre uma coisa e outra... Ainda estou resolvendo isso :3


Sobre as leitoras: Gente, só posso dizer que fiquei super chateada. Três comentários? Isso NUNCA aconteceu aqui. Tudo bem que foi um capítulo triste, mas falta de incentivo desestimula QUALQUER escritora nesse universo. Um salve enorme as fofas que comentaram... Juro que se não tivesse post algum no blog, eu jogava tudo pro alto e parava de vez.


É isso gente, Beijos pra todas vocês e boa semana !


239 comentários:

  1. Adorei demais :D Pra mais que nunca gostei da Bella, então ficou ainda melhor :P
    Só tem um pequeno erro que me confunde, quando entramos nesta fanfic diz team Jasper, mas quando vamos a lista de fanfics diz que é de Jacob... É apenas isso porque de resto está o máximo :D

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  2. Tô boba! Tipo assim! Team Jasper? Mas eu e o Jake somos imprinting um do outro?? E a Alice?? Isso promete! E mto! hahaha
    louca pelo cap seguinte!!!!

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  3. Erro meu flores, troquei os nomes. rsrsrs Sorry

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  4. Ameiiiii.
    Tipo assim de mais.
    Eu não vou morrer não,vou?
    Por que ain meu pai.
    Help.
    Tipo assim diva,posta logo please.
    XOXO

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  5. Que tenso.
    Mas o o veneno de vampiro não é letal para os transmorfos?
    Vou morrer no primeiro capítulo?
    To meio confusa agora =/
    Fic promete.
    Bjussssss.

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  6. Comoassim?
    Eu vou morrer logo no 1º capítulo? Pq veneno de vampiro era p/ ser letal não era?? E foram tantas mordidas =/

    Ain meu jacob...me ajuda ó.ò

    Nossa a gente briga p/ caramba né?!!

    Quero mais e logo!!

    BjaO

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  7. simplesmente amei!
    sua sinopse e esse prologo estao perfeitos! esse prologo entao é de matar! literalmente!
    Pq afinal, mordida de vampiro é letal para lobisomens...
    E essa coisa de eu nao obedecer o Sam? Isso nao faz sentido... QUERO RESPOSTAS!
    Posta logo por favor!

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  8. Menina essa fic deixa a gente cheia de perguntas.... toodas nos deixando querendo mais....mais..... mais.....

    Mas hein, eu vou morrer? Ou vou virar vamp? Quem era essa vampira infeliz que me atacou?

    MOG eu querp mais!

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  9. Aleluia! O Jake conseguiu me levar p/ casa dos Cullen...Pq eu não morri? Pq eu absorvi o veneno? Será que eu vou ser uma mistura entre loba e vamp? Como isso é possível?!! AIII são TANTAS perguntas ó.ò

    Mas pelo menos eu vou acordar \O/

    Ps: Adorei o Jake cantando p/ mim *.*

    BjaO

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  10. OMG! eu vou virar o quê? Uma cruza de loba, vampira e humana??? Tensooo
    Mas adorei ver o meu Jake todo fragilizado...demonstra que ele me ama de verdade. XD
    Kisses da Baby

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  11. MEnina no cap passado quase tive um AVC achando que eu ia morrer e deixar meu Jake desamparado... mas agora to mais calma, eu não vou morrer... mas eu vou continuar sendo imprinting dele né? Sei lá... ele falou que se tivesse um jeito de deixxar de me amar ele encontraria... vai que isso ai é o castigo pelo que ele falou.... Deus que me livre.... quero continuar amando meu Jakelicious *bate na madeira*

    Mas então eu AMEI, e estou amando ainda... quero mais viu! Bjo.

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  12. UFA!
    Achei que ia morrer menina.
    Como meu jake ia viver?
    E esse negócio de ter aspécto de vampiro.Uia que eu até gostei hehe.
    Então,eu vou acordar.(musiquinha 'aleluia').
    Bem melhor.
    Então senhorita poste logo ok
    XOXO

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  13. É loucura demais tudo isso!
    Ainda bem q eu nao morri, mas eu ainda to louca pra saber como eu posso ter sobrevivido... *O*
    E o q vai acontecer comigo? T-T
    Ansiosa.com
    posta logo pls

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  14. Comecei a ler sua fic hj e vou te dizer que gostei muito.
    Super ansiosa pra saber o que irá acontecer comigo!!!!!!
    Só não tira Jake do meu lado. bjbjbjbj

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  15. Estou amando a fic!!!
    E já estou louca pelos próximos capítulos, bjsssss!!!!!

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  16. Amei o momento flashback *-*
    To desesperada por eu acordar...
    Desesperadaporposts.com
    bjs

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  17. Ai flor eu sou afobada msm kkkkkkk sabe o que é eu fico tão conscentrada lendo que acabo encarnando o personagem ai quando o cap termina eu venho escrever o coment e minha afobação vai toda junto... mas é que pensar em ficar longe do meu caramelinho me dá desespero..kkkkk (O leitora exagerada!)

    Mas eu amei flor... principalmente o flashback.... aiaiaiaiaiai Jake com ciume do Paul me chamando pelo apelido foi ótimo!

    POsta mais viu flor! BJO!

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  18. Ain Genteeee o que tah acontecendo comigo?? Pq eu não acordei logo? Que dor é essa que eu tô sentindo? Eu tô virando o que???? PARA COM ESSE MISTÉRIO PQ EU VOU TER UMA SÍNCOPE!! *O*

    O Flashback do Jake foi a coisa mais linda dessa vida *.*
    Ele todo ciumento e preocupado tbm é uma gracinha ^^

    Posta mais logooo
    BjaO

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  19. Maravilhoso, mas como tudo que é bom dura pouco é sempre assim. Poxa sempre acaba na melhor parte. Ansiosa para o próximo.

    Bjos

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  20. WOOOW!
    Ok,momentos passado foi a coisa mais fofa do mundo.
    O Jake sentimentalista é a coisa mais fofa,gostosa do mundo hehe.
    Oh dio,como assim eu acordo e começo a gritar?
    Ok,#menteconfusaon
    Mas mesmo assim diva.
    Quero maiss.
    Uii bem que podia ser o Jake a me segurar na cama néah.Magina ter aquele corpo junto do meu
    Voei longe agora.
    MAis mais mais diva
    XOXO

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  21. Oint! Esse cap foi magnífico. A nossa história contada pelo Jake! XDD
    Amei <3<3<3
    Eu acordeei?? OMG! O que eu sou? que dores são essas? Tendo um treco aqui.
    Amando a fic.
    Kisses da Baby

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  22. Ai foi lindo o flash back, o nosso primeiro encontro, o beijo. Tudo perfeito, estou amandoooo.
    Mas que dores são essas? Nossa, são tantas perguntas, estou curiosíssima, bjsssss!!!!!

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  23. OMFG!!! Esses capítulos ficaram demais *O*
    Mano, eu perdi a memória...mas ainda assim eu amo o Jake(inevitável) XD
    E que poderes loucos são esses??
    HAUHAHUAHA eu ADOOROOO as minhas brigas com o Jake, são hilárias!!


    E comoassim ficar de olho no Seth?!!! =O
    Ai 'menini' vc quer me matar do coração só pode ;)

    Esperando pelo resto XD
    BjaO

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  24. WOOOW
    Que isso gentee.
    Eu não lembro do MEu Jake?Ahh que du mal.
    Mas opa.Poderes lokos os meus hein hehe.
    Ah diva,ameii a att dupla.
    Posta logo tá
    XOXO

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  25. Adooorei a att dupla!!!
    Os capítulos foram maravilhosos, tudo de bom!!!
    Mas como assim ficar de olho no Seth, o que está aprontando, heim?!!!! Bjssssss!!!

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  26. UUUUUUI, e esses poderes? ADOREI *-*'
    hmmm... essa prima da Emily olhando o Jake minunciosamente... não sei porque, mas vejo a palavra PERIGO brilhando em um grande letreiro -qq
    Ficar de olho no Seth? Sinto que devo preparar o meu coração para fortes emoções KKK'

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  27. Uau! Poderes incriiiveis! E ess percade memoria sinto que aina vai rolar muita coisa! Essa prima da Emily esta me cheirando a problemas, crises de ciumes, e mais problemas! Continua Fic Incrivel! ;D

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  28. WOW, que amassos heim!!!!
    Essa fic é magnífica, bjsssss!!!!

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  29. Qui lindo. ^^
    Sabia que essa garota prima da Emily não ia prestar, e o Seth por mais que eu goste dele, não vou aceitar atrapalhar meu namoro com o Jake. =/
    Amo sua fic. ^^
    Bjusss.

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  30. Muito bom, tava precisando mesmo de uma cena com uns amassos! ;D
    Eita até o Seth vai querer atrapalhar meu imprinting! Isso não vai prestar! Anciosa por mais Capitulos!
    Bjos Linda!

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  31. MARAVILHOSA, essa palavra descreve essa fic, ela é linda e te envolve em todos os capítulos. Não acredito que essa vaca da prima da emily vai entrar no meu caminho eu sabia alguma coisa me disse que ela não prestava. Ansiosa para o próximo.

    Bjos

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  32. Divaa!.
    Olhinhos brilhando aqui.Ah sempre será um prazer comentar nessa fic.Pode ter certeza.
    WOOW.Amasso dos bons com o Jake Rum.Até eu fiquei com calor aqui.
    E por que parou hein?Eu mataria tudo pra senti esse volume.Ah mas tenho certeza que vai chegar um tempo em que vou sentir muito mais que o volume hehe.
    Oh deus.
    Esse cap foi fofo,divo.E tudo de bom.
    Diva,posta logo please.
    XOXO

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  33. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIN *----*'
    Adoreeei a cena fofaaa *-*'
    vixiii fiquei até com medo da prima da Emily agoraa D:'
    Seth seu lindo, não atrapalha o Jake e eu não -QQQ

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  34. Finalmente consigo comentar O/
    Coment do cap 5:
    OMG!OMG!OMG!Como eu perco a memoria? D: Nao pode, nao pode D:
    E que poder fodastico é esse menina? Louca pra saber *-*

    Definitivamente esse ciumes é obssessivo... O cara só me elogiou... :O
    Os dois sao cabeças duras e arisco né? Ja deu pra perceber!
    Realmente essa prima de Emily tbm ta me cheirando a problemas...E essa coisa q vc falou do Seth... to sentindo cheiro ruim tbm...

    Posta logo pelo amor de deus!
    Minha curiosidade precisa ser saciada

    coment cap 6:
    Menina...Esse amasso ali kkkkkk tipo: nossa, a garota nem lembra de nada, e eu aqui ja querendo ir pra cama com ela denovo KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK FOI HILÁRIO!
    Outra coisa: essa coisa do Edward amar meu sorriso e eu o dele... hm tomara q nao seja mais um problema a vista...
    poste logo

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  35. Adoooooro o Jake com ciúmes.... mas hein que trabalho o Seth vai dar.... aiaiaiaiaiaiai não me separa do meu caramelinho não viu? Umas brigas assim de levinho pode só pra animar a relação... kkkkkkk (o leitora atrevida!)

    Mas hein que amassaço foi esse no carro? quero mais disso... bão demais sô! Adoooro posta mais logo viu? Bjo!

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  36. O QUE FOI ISSO NO CARRO????
    Quase morri aqui!!!
    Eu amo meu caramelinho mais... Ver ele com ciumes do Seth não tem preço é muito fofo! Ameii ameii! Repita a cena do caro mais vezes, quase fiquei louca quando li...
    Não demore com a att *------*

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  37. OMG!!! Esses caps foram perfeitos!! *.*

    Eu AMOOO o Jake com ciúmes!!Eu tô sendo má com ele...poxa pq não dormir na casa dele?!
    Ain gente logo o Seth vai dar problemas?? Eu gosto tanto dele *-*
    E essa prima da Emilly?? Ai Ai hein?! Dô na cara dela u_u

    Eu me declarando p/ Jake foi muito FOFO *O*
    BjaO

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  38. O Seth é tão fofo :) Estava imaginando como vai ser quando o Jake ficar sabendo que o Seth me viu quase nua! SHUASHASUASUAH'
    Ameei o capitulo mais como assim se para nesse momento tão tenso!

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  39. Coitado do Seth, se o Jake ficar sabendo que ele me viu com roupa íntima e ainda por cima entrei no mar naquelas condições a ponto de me afogar, ele estará frito, sem nem mesmo ter alguma culpa.
    E realmente vc merece ser esfolada, como faz isso comigo, terminar a att desse jeito?! Só não faço isso pois sou do bem e quero continuar lendo essa fic maravilhosa, bjsssss!!!!!

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  40. Eu adorei o começo, a metade da fic, mas no final eu realmente tive vontade de te matar kkkkkk. Adoro a fic.

    Bjos

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  41. Amoreee.
    Vc é mega du mal hein.
    Mas mesmo assim.
    Ai deu o que aconteceu hein?Quero saberrr
    Poste logoo
    XOXO

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  42. AHHH Pq vc faz isso?!! D:
    Eu só não te esfolo pq assim eu não teria mais os caps dessa fic PERFEITA!! Mas só por isso u_u vc é muito má :#

    Maass...vamos ao cap. MENINAAAAA comoassim eu fiquei só de calcinha e top na frente do Seth =O
    OMFG!!
    Ain e COMOASSIM eu tô me afogando e vc termina desse jeito?? ò.ó
    HAHUAHAUHUHA
    AMEI DEMAIS!!
    BjaO ;)

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  43. definitivamente eu nao riria se um garoto me visse de calcinha e sutiã '-'
    Bem feito pra mim! Devia ter escutado o Seth, mas to sentindo que o Seth vai ouvir mto do Jake...

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  44. Imagina o susto do Seth coitado, deve tá esperando receber uma broca do Jake.
    Eu tenho merda na cabeça p/ entrar no mar do jeito que tava?
    Dude você é cruel por terminar o cap assim. =/ rsrsrsrs
    Esperando o próximo. ^^
    Bjusss.

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  45. Isso tudo está cheirando a encrenca das grandes pra cima do coitado do Seth...

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  46. Ual... Quantas emoções... Os pegas com o Jake e no fim esse peguinha com o fofo do Seth... Acho que agora é que começaram os verdadeiros dramas.

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  47. Primeiro comentando o capitulo 7 que por alguma razão absurda eu não li... Menina eu ri da cara do Seth me vendo de calcinha e sutoã...kkkkkk... e me apavorei com o quase afogamento Jesus! Eu devia te ouvido o seth!

    Agora cap 8... Oi? Seth me agarrando? Como assim? Jesus me abana que aqui ta calor! Primeiro aquela pegação (delicia diga se de passagem) com Jake Delicia Black no mar (aiaiaiaiaiaiai) e depois aquela cena mais que hot com Seth? Como assim eu vou sair pegando geral? (Ta eu exagerei... tipo não sou nenhuma piriguete)... mas foi estranho isso.... quero mais, mais, mais, mais,mais, flor! BJO

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  48. Pessoa que esta com calor apos ler cap. 8! Oie?
    Meu deus do céu primeiro o que foi isso no mar com o Jake OMG!!! Jake seu gostoso, eu estou sem acreditar até agora que eu ainda sou virgem serio! Esses amassos com o Jake me fizeram pensar que já tínhamos passado disso!
    E esse beijo do Seth OMG vou morrer de combustão assim!
    Ameii o capitulo!!
    Beijos <3

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  49. Ameeeeei o capítulo, principalmente meus amassos no Jakelícia, que vamos combinar foram QUENTES.
    Sabia que o Seth daria problema, mas sei que isso é só o começo.
    Já estou louca pelos próximos capítulos, bjsssss!!!

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  50. nossa foi mt pegaçao pra uma noite so.kkkkkkk

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  51. Nossa! amassos incrivei com o Jake!
    Eita Seth, tu ainda vai me ferrar muito nessa historia!
    Ai flor já estou louca por capitulos!! Para sempre nas melhores partes! ;/
    Continua! :)

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  52. Este comentário foi removido pelo autor.

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  53. OMFG!
    Divaa.O que foi isso?
    Eu to em chamas e é pouco.
    Por que diabos eu fui parar?Bem nessa hora?Ia finalmente acontecer e bum eu peço pra parar.Ai não me entendo.
    E QUE DIABOS FOI ISSO COM O SETH?
    Eu estou literalmente boquiaberta.To travada.
    Certo.Eu tenho uma quedinha pelo Seth.Ele é tão fofo sabe.E o corpitcho bom.Mas como tu falou diva,nada comparado aos tombos,saltos,e tudo mais que eu tenho pelo Jake-Taylor.
    Preciso de maiss.MUITO MAIS.
    XOXO

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  54. Nossa eu trai o Jake!
    EU sou uma vaca né
    ao invés de ajudar o garoto
    fico pondo esperanças na cabecinha dele
    e o pior é que eu gosto do que é feito
    e que amassos foram aqueles com o Jake
    nossa tua fic ta otima
    bjs:Gabhy

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  55. NOSSA agora fiquei frustrada comigo, tomara que essa atitude não magoe o meu amor e o meu amigo, Posta logo.
    Bjos

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  56. WTF? COMO ASSIM EU E O JAKE NUNCA TRANSAMOS?=O perai perai perai! Eu sou virgem? =O Necessito dessa resposta!

    E caramba hein... Eu sinto que essa cena ainda vai dar merda! Ora ou outra o Seth vai deixar isso escapar como lobo...E ai... FUDEU!

    Depois quando dizem que a curiosidade matou o gato... Nego nao acredita! Se eu nao fosse tao curiosa e tivesse deixado ele quieto na dele...Nada disso teria acontecido! Bom, agora já era.

    posta logo pelo amor de deus!

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  57. Ameeeei!!!
    Fiquei até com peninha do Seth agora, mas ele sabia que não teria chance.
    E que cena foi aquela do Jake com ciúmes? Se ele ficou daquele jeito sem ter acontecido nada, imagina quando ele descobrir sobre o beijo?! Não quero nem ser eu.
    Mas peraí, o Jake vai me trair? Por essa eu não esperava, estou curiosíssima, posta logo, bjssss!!!!

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  58. Jéssica, como assim vou ser traída, acha que não to preparada psicologicamente pra isso kkk. O capítulo de hoje foi maravilhoso continua logo.

    Bjos

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  59. Amei a postagem dupla... O Seth é muito fofo... Quem sabe se o Jake me trair eu poderia dar uma chance a ele... Tenho certeza que serei traída pelo Jake com a sem sal e sem açúcar da Bella, mas torço para que o Edward esteja comigo no flagrante e também dê um gelinho na sonsa monga. Quem sabe pode até sobrar uma brincadeira de quente ou frio com o vampirinho.

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  60. NAO ACREDITO NO QUE EU ACABEI DE LER!
    NAO! EU NAO ADMITO Q O JAKE ME TRAIA!
    tudo bem que eu nao to com muita moral pra isso mas, enfim
    NAO ADMITO!
    EU DOU NA CARA DELE E DA PACHORRA QUE BEIJA-LO!
    Incrivel como as pessoas sao bipolares né, uma hora o seth berra q nao qr a minha amizade, me beija, e outraora pergunta se continuamos amigos u-u Depois q a merda ta feita né...
    E quer saber de uma coisa? Se for pra ser traída pela mongol da Bella,eu parto vc em duas...Se é pra ser traida q seja ao menos cm akela garota nova na area...
    Posta logo por favor!
    Preciso de mais!

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  61. Nossa muito bom os capitulos!
    Não acredito, traição do Jake! :(
    Ta vai tbm num to com uma moral muito grande depois do que aconteceu com o Seth!
    E concordo com a Raquel, traição com a Bela não, ta manjado demais!
    Continua flor Ansiosa por mais! :)

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  62. Meu jake me trair ?!?!?!
    Como assim?!?!?
    Os amassos com Seth nao foram pra valer.
    A unica coisa q pode sair de bom dessa traiçao e q eu vo te alguem pra extravaza toda a minha TPM de um geito bemmmm torturoso de preferencia hehehehe......

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  63. Comoassim o MEU Jake vai me trair?!!!
    Não pode!!!!
    Tudo bem que eu merecia por ter beijado o Seth...mas foi sem pensar e a culpa foi do Seth u_u
    Acho que já até sei com quem vai ser... ò.ó
    Esse tanto de problemas e eu ainda nem recuperei a minha memória!!
    ~oh vida tirana~

    Posta mais ;)
    BjaO

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  64. COMO ASSIM MEU CARAMELINHO VAI ME TRAIR? ELE TA QUERENDO QUE EU DOU A LOKA AKIE NÉ? SHAUSHAUSHAUSHAUSHUA'
    Eu adoro o Seth por isso gostei dos amassos mais agora fiquei curiosa, com esses últimos dois capítulos ainda mais com esse final onde o Ed aparece do nada!

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  65. Jake vai me trair?!! Isso tá virando um ciclo vicioso acho que terei que lidar com isso, já que o trai primeiro com o Seth fisicamente e com o Edward em pensamento... Mas, que ele merece que eu dê uma gelada nele ele merece, onde já se viu trazer a sonsa da Bella e esfregá-la na minha cara na frente de todos? Espero que ao vê-lo com a prima da Emily eu não esteja sozinha, assim terei um ombro amigo para chorar as mágoas sem pagar o mico de ter sido rejeitada. Sou muito orgulhosa!!!

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  66. Que capítulos foram esses?! Primeiro essa atração pelo Edward, que agora vem com toda essa proteção exagerada pro meu lado, espero que ele pegue mais leve; afinal eu não sou a sonsa da Bella. Agora como se não me bastasse ter que aturar a bellita, chegou a prima da Emily, a qual tenho certeza dará muitos problemas.
    Coitado do Seth, sobrou pra ele; fazer o que se quando estamos com raiva não pensamos muito nas consequencias e o Jake me deixou fora de mim, fato, que ódiooo!!!
    Adooooorei, bjssss!!!!

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  67. OI garota que finc maravilhosa!Fico sempre á espera de+ um capítulo,eu
    gostei dela ter falado que tinha ficado com o Seth a pesar que isso vai trazer muita confusão,+ ele tinha
    que levar a sonsa da Bela para lapush
    E essa que ele vai trai la com á prima da Emily,vai deixar marcas profundas + espero que ela de a volta
    por cima e resolva os seus problemas com o meu lobinho preferido.Bjos e até a proxima:)

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  68. CARA EU TO SURTANDO, eu devia ta estutando pro vestibular, minha amiga falando de J.K e to aqui chorando de raiva igual uma loca...

    Nos, não consigo nem escrever como eu to.. eu meio que, sei la

    Fico muito bom MT MT MT MT MT bom

    pf não demora a postar mais Y.Y

    HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!! *-*

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  69. Pq eu sempre tenho que terminar como a vilã da estória? =/
    E eu não acredito que alem de levar um chifre com a songa da Bella tbm vou levar um com a prima da Emily.
    O que que houve com o meu imprinting com o Jake? Não existe mais? Deu problema pela mordida da vampira que levei? To arrancando meu cabelos aqui.
    Se o Jake vai pegar as duas piriguetes espero poder da uns pegas hot's no Ed, e mostrar o que é da uns amassos de verdade. kkkk *.*
    Amo muito sua fic.
    Bjussss

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  70. OMG! Pq tem que acabar assim?! Eu que fui traída e ainda eu que levo a culpa?!! Tudo bem que foi impensado o que eu disse, maaasss...poxa, o Jake tbm vacila por causa dessa songa monga :#

    Ai eu quase chorei com esse capítulo D:
    Eu vou embora? Talvez seja melhor msm eu dar um tempo...era a voz do Jake no final né?!!
    Ain que aflição ó.ò
    Posta logo senão eu vou morrer D:
    BjaO

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  71. Acabei de ler de novo ç.ç
    To mais normal agora! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk³

    Faço minha as palavras da colega la encima. Se ele vai pergar duas, tenho direitos tbm²

    Cara Isabella mt songa... --'
    eu to com odio de verdade...

    e eu rezo pra ter um tipo de P.O.V com a briga do Jacob com o Seth =/

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  72. OMG!
    WTF?Atração pelo Edward?Vontade de beijar ele?
    Oh gosh.
    Pirei,na real diva.
    Ah,olha se ele vai pegar duas tenho meus direitos também³.
    Ah,songamonga da Isabella que não tem nada de bella.
    Ah,por que eu não mato ela de vez hein?


    Oh deus.Eu contei pra ele sobre o beijo.Ui essa foi foda.
    Como a diva da K.Mag falou,poderia ter um P.O.V com a briga do Jake com o Seth néah *--*.
    Ah diva.E que coisa é essa de voltar pro Brasil?
    Ah,ele falou que eu não posso ir.Você é muito du mal por parar nessa parte sabia.SIMM.
    Diva poste mais please
    XOXO

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  73. Capitulo 11 e 12!
    Incriveis! Não acredito que eu falei do bjo!
    Ansiosa demais por mais!

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  74. FODAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAASTICO *-*
    SUPER AMEI!
    vamos botar os coments em ordem:
    1-o que foi aquilo entre mim e o Edward?*o* Jesus! Tipo very tenso! Eu to torcendo pra qndo eu descobrir a traiçao do jacob com a prima da emily, eu correr pros braços do edward hahahahahhahaa eye for eye UHSUAHSUAHSUAHUSHAUSHUA
    2-O que é isso do Jacob ainda amar a Bella?!Que odio!
    3-eu fui mto maléfica jogando na cara do jacob o.O hahahaha
    4-Eu tbm quero um POV da briga do Seth com o Jacob

    Estou loka por mais, poste o mais rapido possivel

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  75. OOOOOOOOUUUUOO que capítulo foi esse, meus deus. E que confusão foi essa, não demora a postar, por favor.

    Adorando Bjos.

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  76. Estou em choque até agora!
    OMFG!!!!
    Eu quis beijar o Edward! MEU DEUS!
    A fic melhora a cada capitulo...
    Bem que eu poderia ir ficar com os Cullen né? Não quero voltar para Brasil não! SHUAHAUSHAUHSUAHSA'
    Eu sou muito má! Como eu consegui falar aquilo para o meu Jake? Fiquei morrendo de dó dele poxa!
    Por que você escritoras adoram parar nos melhores momentos? Isso ainda ira matar uma leitora de curiosidade tipo EU.
    SUPER MEGA ANSIOSA para a proxima att *-*

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  77. Comentando os capitulos 11,12 e 13...

    11:

    Gente do céu que flerte foi esse com o Edward?.... tipo deixando de lado só um pouquinho o meu caramelinho, seri ótimo ver a cara da Bella Songa Monga se eu tivesse um trelêlê com o Ed, hein? Ela ia ficar de cara no chão...háhaha...

    12:
    Ô que eu tive muita vontade de arrebentar a cara da Bella quando vi ela na sala da Emily.... como assim? Mas que quenga!
    Menina que briga foi essa com Jake? Meu Deus, eu falei sem dó que tinha beijado o Seth... foi cruel...
    Ainnn que doeu ver como o Seth ficou depois de brigar com Jake... tadinho.... mas parece que eles estão de boa né? Ainda bem....

    13:
    Eu juro que não me entendo nessa fic... tem hora que eu e Jake estamos bem, tem hora que faltamos matar um ao outro... mas no final sempre acaba em beijo... ô delicia!!!!!
    Menina eu levanto a mão \o/ morar com os Cullen VAI dar merda.... mas eu adoooooro mesmo assim...

    Florzinha sua fic está em primeiro lugar no top 10 porque ela é NOTA 10!!!!! E você super merece!!! Confesso que quando vejo att de Metamorfose eu saio pulando de alegria....

    P.S.: Menina se vc escrever um capitulo com uma briga boa da PP com a Bella, dedica pra mim também, eu fico procurando uma fic onde eu vou sair nos tapas com ela.... aiaiaiaia vai ser como lavar a alma..... kkkkkkkkk..... é eu sei eu sou louca mesmo..... Bjo linda!

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  78. Será que essa separação vai ser mesmo boa para a nossa relação? Não sei não, mas acho que morar com os Cullens vai trazer mais problemas do que solucioná-los.
    Também estou na torcida por uma briga minha e da Bella; concordo com a Nanah vai ser como lavar a alma.
    Outra que vai merecer uns bons tapas vai ser a prima da Emily, ela que não ouse chegar perto do meu lobão, não vai ter lobo que me segure.
    Amandoooo, bjssss!!!

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  79. Ok,Ok,Ok.
    Vou ali desmaiar e já volto ok.
    ...
    To de volta.Ainda molinha mais estou.
    Menina,que coisa mais,mais WOOW.
    Tipo,uma hora eu estava decidida em voltar para o Brasil e em outra eu e Jake estamos arrumando um jeito de se acertar.Oh gosh.

    Tipo,e que jeito hein.
    Quase que as coisas saem do lugar no meio da floresta.
    Bem animal rum.Hehe.
    E ain,oh decisão viu.Morar com os Cullen.Fala ae,eu pirei?Bati minha cabeça?
    Ah vai saber certo.
    E olha.Acho que essa estadia na mansão Cullen promete viu diva.Oh se promete.
    Conversas no meio da noite com o Ed.HOHOHO.(pensamentos a mil)
    Ok,amoo de mais sua fic diva.
    Poste mais pleasee.
    XOXO

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  80. Nossa! Sinceramente o/ morar com os Cullen's não vai dar certo!
    Só vai acontecer mais besteira e pricipalmente con o Edizinho! E eu ainda preciso entender que ligação é essa entre eles!
    Duas semanas longe do caramelinho! ;/
    Posta mais, por favor! ;)

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  81. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!
    Isso vai da merda, e das grandes. rsrsrsrs
    Eu, Ed, mesma casa. O.O Não vai prestar. \o/
    Não demora p/ atualizar, PLEASE, se não vou ter um filho aqui. ;P
    Bjusss.

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  82. TUDO BÉÉÉMM...deixa eu só ir ali hiperventilar e já volto u_u
    MENINAAAA! o que foi esse capítulo? Eu achando aki que o Jake já ia chegar quebrando tudo e me xingando de tudo quanto é nome, mas aí...ele vem todo fofo falando que vai mudar *.* COMO ELE CONSEGUE SER TÃO LINDOO??
    E o QUE FOI AQUELE BEIJO?? quase que eu grito um "ME POSSUA" aki HAUHAUAH
    Vc tem razão eu sou muito afobada msm.Rsrsrs...mas vc ADOORAA!! hauhauha
    Isso de eu ir morar na casa dos Cullen não vai dar nem merda...vai dar uma fossa logo!!! Eu aposto que o eu vou enlouquecer o Edward demais!! HAUHAUAHUAH
    E por falar nisso...EU NÃO ACREDITO QUE O JAKE VAI ME TRAIR DEPOIS DE DIZER QUE VAI MUDAR Ò.Ó
    Aiai hein?! Quero só ver u_u

    Vou para de escrever pq já tah ENORME! ;)
    BjaO

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  83. Concordo com a Anix, não acredito que o Jake vai me trair depois que ele disse que ia mudar, de uma maneira tão fofa. Mas por outro lado eu e o Ed, na mesma casa pode dar samba...

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  84. Meu Deus!!!
    Nos primeiros capitulos deu vontade de matar o Jake e a PP.
    Eles são ai....
    kkkk
    Nunca achei uma PP tão parecida comigo kkkkk
    Beijo no Seth?Amei kkkk
    E melhor clima com o Edward???Nossa!!!
    Lee eu gosto muito dela tadinha teve uma vidinha tão triste pobrezinha...
    Ow o que que a prima da Emily ( pra não chamar de coisa pior)ta fazendo nessa historia e ainda por cima afim do meu lobo?
    Morar com os Cullen vai ser bem divertido.
    A songa da Bella vai ter ciume de mim?? Não me diz ki la vai querer ser minha amiga porque eu não aguentaria isso kkk.
    Comecei a ler a fic hoje e ja amei quero mais e logo.Posta mais flor!!

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  85. Nossa, eu to amando a fic e e ja reli duas vesses des que o meu surto! kkkkkkkkkk²²

    Eu so mt civilizada so que eu realmente fiquei sem ar com os cap's
    Vc escreve mt bem e realmente merece o top 10. Me controlei ate hj depois da prova da UERJ pra voltar aqui. Porque imagina se eu surto de novo e acabo escreveno a fic na prova e esqueço de fazer ela? Eu ia morrer...

    IAHSDIUHASIUHDIUAHIUDHIUAHDIUHAUIHDIUHSAIUHDIUHASIUDHAIUSHDIUHAIUDHS³³³³³

    Agora as expectativas:
    - Eu quero mt brigar com a songa da Bela ( eu relmente odie o final original do livro, eu queria que surgisse outra persnagem pra ficar com o Jacob)
    - Ficar com o Edward vai ser O acontecimente, apesar de eu ser Team Emmett *-------------*
    - Agora ate a prima da Emily, TODO MUNDO QUE O MEU?? WHY?????????? Y.Y


    Parabens pela fic '-' e pf,pf,pf... postamais ç.ç

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  86. Não sei se é só comigo mais os scripts estão dando problemas ultima mente em varias fics. Já até mudei de navegardor mais nao funcionou!!! DDD:

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  87. Literalmente contando os minutos para o proximo cap '-'

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  88. Ow mais pera ai!
    Se eu fui namorada do Ed. e encontrei com ele nessa vida quer dizer que eu não posso ser o verdadeiro amor do Jake. Me explica flor??
    Bom amei tudinhoooo.

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  89. Como assim NAMORADOS EM OUTRO VIDA???

    Gente, ta ficando mais louco e melhor a cada cap que passa!

    Serio eu não esperava essa, e eu costumo saber o que é no meio do cap.


    *----------* Quinta-feira chega logo!

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  90. Que loucura!!! Cada vez mais essa fic me surpreende, primeiro o Seth, depois o Ed (ex namorado) e o meu Jake, isso já virou um quadrilátero amoroso. Essa PP é demais, eu mal dou conta de um homem na minha vida e ela dá conta de três!!!! Poderoooosaaaa!! Só não faça eu perder o Jake de vez porque eu simplesmente o amo e não suportaria terminar a fic sem meu ídolo.

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  91. Capitulo 14: Gente o Jake ficou P da vida! E Seth, my gosh como assim ele ainda provoca? Gente cutucou o lobão com a vara curta.... ainn mas eu fiquei com uma peninha tãaaaaao grande dele.... ainn mas a declaração do Seth dizendo que ainda iria me amar e ficar perto, BEM PERTO, foi tão fofis.....

    Capitulo 15: WTF!!!!! Como assim? Tipo eu e o Ed tivemos um namorico em outra vida? Caraca eu adorei isso!!!! Chupa Bella sem sal, ele foi meu antes de ser seu....kkkkk... e eu ainda peguei o Jake antes dela tb!!!! ADOOOOOORO....

    Ahhhhh Jess eu quero mais dessa fic MARAVILHOSA.... hahahahahahaha eu queria ver a cara da Bella qnd ela me pegasse beijando o Ed.... kkkkk... ia ser D+.... Bjo flor!

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  92. Por essa eu não esperava; eu fui namorada do Edward em outra vida?! Isso é MARAVILHOSO, quero só ver a cara da Bella quando souber, ela vai pirar.
    Ai, ai essa fic é esplêndida!!!
    Bjssss!!!!

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  93. OMG.
    Agora pirou tudo.
    Eu era namorada do Edward na vida passada?Oh god.
    Ah, mais como eu queria que a songamonga da Isabella que não tem nada de bela quando descobrisse isso.
    Eu vim primeiro filha.Ah,me senti.
    Mas,mesmo assim o que sinto pelo Jake é bem maior certo?Diz que sim pelo amor de deus.
    Diva,poste logo please
    XOXO

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  94. Oi flor como sempre explendido,nos
    proporcionando com 2 capitulos dessa finc maravilhosa!O Jack vai ter muito
    com que se preocupar,poís descobriu que o Seth ama a sua amada e ficou
    possesso.Eu amo o jeito do Jake poís
    ñ tem medo de espor o que sente e mostra que ñ é homem de desistir de lutar por + que encontre obstaculos.
    Sei que teremos muitas emoções pela frente e agora tem + essa o Edward descobriu que ele e a Jeaaica tiverram um namoro no passado!Eu amo a sua finc e so de pensar que a muito + capítulos me dexa + feliz!Bjos da sua fá:D

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  95. 2º vez lendo os cap's...

    Cara como falaram ali encima CHUPA BELLA
    peguei antes de vc ;* kkkkkkkkkkkkkk²
    HÁ quero mt ver a cara dela na hora que descobri e ver o beijo. Se eu tivesse tirando a virgindade dele tbm serio perfo, porque ela tenta desde o inicil da serie e nada (y)²
    A mascara vai cair e eu vo ri mt!

    Seth é mt lindinhooooooooo *-*
    fiquei orgulhosa dele quando ele encarou o Jake, ele não é covarde ,-,

    Quinta-feira cade vc? ç.ç

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  96. Esse POV do Jake foi mto tenso!
    Tipo como ele conseguiu burlar a ordem Alpha do Sam? Mais um misterio nessa fic...
    Mas o Seth tbm provocou ne? tinha q falar akelas coisas? tsc tsc
    E tipo... WTF? Eu e o Edward namoramos antes de transformados? AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH ALGUEM ME SEGURA Q EU VOU ME JOGAR DA PONTE!
    Menina, vc ainda vai me matar... EU PRECISO DE MAIS!
    Posta logo

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  97. Amei!!
    Fiquei com dó do Seth...
    O Jake só se dá mal em relação ao Ed kkkkkk (surtei...)
    Gente, que amasso foi aquele na arvore? Quero mais!!!!!
    Bjs, Cat.

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  98. Um momento para respirar! Essa att dupla foi show!!!!
    Fiquei com do do Seth mais o Jake ate teve um pouco de razão fala serio do jeito que eu falei do beijo parecia até que tinha rolado mais coisas...
    Caraca sou muito foda, já beijei o Seth tenho meu caramelinho e agora descobri que já peguei Edward em outra vida. O unico gostoso que eu não peguei ainda da fic é o Emmett!
    To amando a fic, merece sempre estar em primeiro lugar!!!

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  99. NAMORADOS EM OUTRA VIDA?! COMOASSIM?!
    Morri!
    Muito bom, posta logo pfv! :)

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  100. Esse capítulo foi maravilhoso, no começo eu não gostei muito da idéia de me relacionar com o Edward, mas essa cena de nós dois foi simplesmente linda, muito romântica e triste a o mesmo tempo, cada dia que passo eu me apego mais à metamorfose. Parabéns.

    Bjos

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  101. Eu amo essa fic, principalmente por minha rebeldia quase beirando a insanidade. Esse lance com o Edward é fofo mais ao mesmo tempo preocupante, pois eu posso perder o Jacob de vez e isso, como fã incondicional do meu lobinho, eu não suportaria. Torço para que essa travada de escrita passe logo e mil idéias venham para essa cabecinha linda, assim nós os fãs dessa fic maravilhosa possamos nos deliciar com mais capítulos igualmente apaixonantes.

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  102. Fiquei imaginando esse beijo com Edward com mãos ali mãos aqui! Tá parei, mais então apesar do capitulo estar "Enorme" eu ameii quero lembrar mais momentos com o Edward !!!

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  103. Essas lembranças de outra vida com o Edward foram excepcionais, divinas!!!! Mas sou mil vezes o meu lobão.
    Adorandoooooo, bjsssss!!!!!

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  104. Ok.Deixe-me respirar um pouco.



    To de volta.
    Menina,que foi isso?Eu simplesmente ameii.
    Essas lembranças da outra vida com o Edward,são esclarecedoras e muito divas.Excepcionais devo dizer.
    Claro que prefiro muitooo mais meu lobão delicioso e quente.Dos dois termos para deixar claro haha.
    E oh pai,tenho certeza que essa coisa com o Ed.Essa paixão passada,esse amor vai causar problemas rum.
    Olha diva,entendo muito bem como é travar.É péssimo.
    Espero que se recupere logo ok.
    E assim que recuperar poste ok.
    XOXO

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  105. Ain gente que fofo *.*
    Eu adorei esses flashbacks de outra vida com o Edward agora dá p/ entender um pouco do pq deles ficarem tão assim quando estão juntos :|

    Mas pq isso não aconteceu antes de eu ser mordida? Será que era por eu ser só loba? Hum...
    Mas eu não quero perder o meu Lobão lindo e Hot não!!
    A gente tem que dar um jeito de esclarecer e acabar com isso logo u_u

    Ai amore, assim que vc conseguir inspiração vc posta hein?? é muito chato quando a gente trava no meio de uma estória assim né?!!
    Mas vc consegue se recuperar!! \O/

    BjaO ;)

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  106. Hum, essa minha estória com o Ed ainda vai dar o que falar. Ameeeei o capítulo, até o próximo!!!
    Bjsssss!!!!

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  107. Muito perfeita, minha fic favorita (L) Atualiza logo, eu entro no site todos os dias pra ver se atualizou Metamorfose :D

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  108. Olha eu aki de novo depois de um sumiço.
    A fic tomou um rumo que eu não esperava, mas continua maravilhosa e eu continuo amando. (Principalmente agora que sei da minha história c/ o Ed, e vamos colocar um chifre bonito na Bella Songa. rsrsrs)

    Bjussss

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  109. Ok...

    Quase tive um colapso.Mas estou me recuperando.
    Essa coisa com o Ed,parece ser forte de mais sabe.Não algo do mesmo tamanho com o Jake.Mas é forte.
    E que isso hein senhor Edward.Achando que eu abandonei.Nem sonhando filho.Não sou que nem a songamonga da tua namorada.ECA!
    Ah,eu achei que ia acontecer um beji no sofá pelo amor de deus.
    E oh god,eu reparei bem nele rum.Haha.Isso é bem minha cara (6)
    Entãão diva,bom a Rose me AMA.Pega essa songamonga.Me senti.
    E diva.Ameiii
    Poste logo please.
    XOXO

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  110. Gente... Esse capitulo foi tenso!
    Eu jurava q eles iam se beijam... que droga hahahaha
    E caramba, o Edward tava praticamente falando q me amava... JESUS! Isso pode dar uma merda enorme depois...
    E uma outra coisa: Ta foda pra eu ter amizades masculinas hein... meus "melhores amigos" todos estao afim de mim, todos falam o que sentem-ou quase- e sempre se resolve serem apenas amigos... Ai ai que vida dura hahahahaha
    posta logo plis

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  111. Gente, que loucura!
    Esse negócios de triângulos amorosos é mais comum do que eu pensava..rsrs
    O Jake tem até razão de ser tão ciumento assim...praticamente todos os meus amigos mais próximos estão apaixonados por mim!! E o Ed quase disse que me ama =O
    Eu sou totalmente Team Jacob, mas eu confesso que ficou muito fofo os momentos entre mim e o Edward *.*
    Será o que que aconteceu cmg para eu ter sumido assim?? Pq eu não fugi u_u
    Aiai hein!! Quero mais!

    BjaO

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  112. Eu achei que fosse rolar uma bitoca pelo menos.... esses dois estavam tão in love... mas eu entendi... Eu amo o Jake gente... não dá pra simplesmente dar uns pegas no Ed e deixar meu caramelito sofrer... Com Bella eu não me importo, essa aguada tem é que sofrer mesmo... Humpf.... ach que vai sair ganhando Jake e Ed assim na boa.... mal sabe ela que eu tenho os dois doidinhos por mim.... Eita que eu to poderosa.... aiaiaiaiaiaiaiaiaiai ADOREI o capitulo,.... bjo

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  113. Quando eu acho que você não pode fazer um capitulo mais perfeito você faz *-*
    Ameii esse capitulo!
    Estava quase achando já que ia rolar um beijinho entre mim e o Ed.
    Ameii de mais :)

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  114. Esse Capítulo foi simplesmente magnífico, você consegue me fazer enxerga um lado melhor do Edward, adoro essa fic.

    Bjos

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  115. Gosto muito dessa fic, ainda mais agora com essa ligação com o Edward...

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  116. Eles bem que tentaram não deixar que a visão de Alice se concretizasse, mas não teve jeito.
    E agora o que será que vai acontecer?
    Estou ansiosíssima pela próxima att e tem razão, adooooro att dupla.
    Bjsss!!!!

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  117. Nossa, e esse beijo, o q sera que vai acontecer agora?!
    To louca pra saber, adorando a fic! Posta logo de preferencia att dupla! :D

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  118. ATT DUPLA *-*
    Gente,esse beijo do nada...Incrivel kkkkkkk
    É engraçado q dps eu fico me recriminando, me sentindo mal...Mas na hora da parada nem penso no Jake né kkkkkkkkkkkkkkk ai ai ai
    Tomara q a Bella nao conte pra ele...
    E eu quero saber o que ele vai fazer qndo souber...tipo, eu o trai,brigamos,voltamos,eu peço um tempo,ele topa, e nesse tempo eu beijo o arqui-inimigo dele... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    O cara chamado Destino tem uma irmã gêmea chamada Ironia!
    bjos e posta logo

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  119. Ai Senhor misericordioso, como eu adoro att dupla!

    E cara, e esse beijo? UNBELIVEBLE!
    E ainda com a mocréia vendo? Ganhei o dia!!
    Mas poxa, o f*** é que tem o Jake nessa parada tbm e logo quando as coisas iriam se acertar...BAM alguma coisa acontece! Mas acho que nós precisávamos disso para que a gente pudesse ir encerrando essa assunto que ficou p/ trás no séc passado...
    Só espero que a Bella não conte nada p/ Jake antes de eu contar, pq ficar sabendo da boca dos outros e ainda sob o ponto de vista de alguém que não sabe nem um terço da história, é sinônimo de MERDA.NO.VENTILADOR!

    Aff's...Vamos preparar o coração p/ mais um milhão de confusões '-'
    Posta logo!
    BjaO

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  120. OMG!
    Só um minutinho pra me recuperar ok.




    Voltei.
    Meu pai eterno.Isso foi woow.
    Ed,preocupado que eu quero lutar.
    E do nada O BEIJO.Tão esperado mais tão prejudicial beijo.
    Ah,olha sou totalmente Team Jake,mas a songamonga ter visto o beijo.Ah eu ganhei meu dia hein.
    Agora vem merda.
    A bisca,vai contar pro Jake e tenho certeza do jeito mais errado possível.
    Isso vai acarretar,brigas, vontade de matar a bisca,dores,vontade de matar a bisca.
    E muita confusão.
    Mas meu deus.Isso é coisa de um séc. atrás.Dá um desconto.
    O que eu tenho com o Jake é muito mais intenso da licença né.
    Então,isso vai dar muita dor de cabeça ainda.
    Estou louca pra ler.
    Poste logo.
    XOXO

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  121. Beijar o Edelicia foi TUUUUUUDo de bom..... e a Bella Songa ver foi TUUUUUUUDO de maravilhoso *momento erva venenosa on*.... gente vamos encarar isso como uma retaliação ao beijo do Jake na Bella em Eclipse (apesar do beijo não ter acontecido aqui).... mas agora eu fico preocupada com a reação do jake, por que a bisca VAI contar pra ele... e homem vcs conhcem né, eles NUNCA esperam a nossa explicação.... sempre veem o lado ruim..... Eita que pelo menos pra compensar a briga.... podia ter uma reconciliação assim.... hot..... *momento pidona on* kkkkkkkk..... brincadeira flor... adorei o capitulo ainda mais por ter sido att dupla.... eita que eu gosto demais disso.... Bjos e até o próximo.

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  122. ADOREI esse capítulo, ver a idiota da bella sofrendo um pouquinho foi ótimo, mas poxa eu só machuco o meu lobinho, é por isso que ele vai me trair, com todo direito, já estou até me preparando psicologicamente para quando acontecer kkkk. Espero que isso não atrapalhe o meu final com ele agora chega de falar.

    Bjos

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  123. Nossa!!!! sua fic é muito boa. Irei acompanhar agora e a cada capitulo pega fogo.
    fiquei curiosa sobre o que vai acontecer no proximo capitulo.
    Ansiosa pelo proximo
    Bju***

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  124. Queee fic linda, vou acompanhar a partir de agora. Amei mesmo!

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  125. sei nao ta meio esquisito essa menina bja todo mundo e esta sendo muito má com meu jake , fico com peninha dele ele sempre sofre tanto ... mas mesmo assim vou continuar lendo vc escreve muito bem e estou muito curiosa parabens

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  126. Nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo...
    queria saber oq essas autoras do TFI tem que conseguem nos colocar na história,senti toda a dor da PP ...
    Quero mais flor

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  127. Jéssica, todo capítulo eu já fico com o coração na mão esperando a traição do Jacob, ai eu leio e vejo que só tem mancada minha, já to ficando com medo dessa traição porque se ta demorando tanto é porque vai ser forte, ansiosa para o próximo, e parabéns pela fic ser a do mês vc merece.

    Bjos

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  128. NÃÃÃO!
    Pelo amor de deus,eu to até chorando aqui diva.
    Pelo amor de deus.
    Ok,ainda bem que a songamonga entendeu né.Se não,ah iria ser um prazer dar um susto nela haha.
    Jake,pelo amor de deus.Não me deixe.
    Só de pensar nisso cara eu choro mais.
    Ele tem que entender.Ele é único pra mim.Sem ele eu não existo.
    Ok,esse recadinho me deu medo.
    O maldito beijo na montanha vai acontecer então.
    Ah meu deus.
    Essa songamonga ta pedindo pra morrer.
    Bom,espero que as coisas se acertem.
    Diva,parabéns pela fic ser a do mês.
    Tu merece isso e muito mais.
    Amamos a fic de mais.
    XOXO

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  129. Maldita hora em que fui beijar o Edward, agora meu lobinho não quer ficar comigo, snif.
    Aff, quer dizer que aquele maldito beijo vai acontecer; concordo com a LuhH, a songamonga Swan está pedindo pra morrer.
    Amandooooo!!!
    A fic é MARAVILHOSA, não é à toa que é a fic do mês, PARABÉNS!!!!
    Bjssss!!!!

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  130. Vou ficar do lado do Jake e contra mim mesma... nossa que coisa!

    Mais é sério, depois que ele beijou a Bella eu quiz um tempo, e agora que eu fiz o mesmo, mesmo sabendo que o amo, ele tem o direito de "pensar" como eu mesma fiz.

    espero que tenha dado pra entender! kkkkkkkkk

    Bjo

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  131. Este comentário foi removido pelo autor.

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  132. Nossa como você é má.
    Me diz que agora eu vou tomar jeito, por favor.
    Como assim vai rolar aquele beijão do MEU Jake com a Songa?
    Fora que você ainda vai fazer eu tomar outro chifrão com a vadia da prima da Emily.
    Isso não é justo dude. =/
    Quero me entender de fez com meu lobo e ficar em paz.
    Desculpa por não ter comentado o capítulo anterior.
    Bjudds.

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  133. Nossa essa foi bafonico..

    amo essa fic

    espero q eles se acertem logo....

    beijoss

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  134. O Jake é muito teimoso para perdoar assim tão fácil, mas também não precisava tanto drama... se ele consegue sentir a que a PP sente, então ele sabia que era verdade. Agora é esperar passar essa crise de ciúmes toda para ele me perdoar, apesar que se ele aprontar muito será que o perdão vai vir assim tão fácil? Aguardando ansiosamente pelas próximas postagens.
    Diva, Parabéns por ser a fic do mês, vc merece!

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  135. Ahhh que triste D:

    O Jake foi mau,
    Vc foi má,
    Todos foram maus ó.ò
    Tudo bem, não todos mas eu tô triste ><

    Ahh gente!
    Tudo tem que dar certo!!!
    Posta logo!!

    BjaO

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  136. olha sinceramente adorei o fato dela estar sofrendo ela nao pode simplesmente sair por ai bjando todo mundo ta dando uma de bela !!!!
    mas parabenizo muito vc essa fic realmente merece ser a fic do mes vc é maravilhosaaaaa bju

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  137. Lindaaaa demais.Merece ser fic do mÊs.Parabens Lindaaa.

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  138. Merece muito ser a fic do mês, ta perfeita!

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  139. Serio mesmo que Jake vai beijar a bisca? Tipo vingança dos dois? Ahhhhh...... vou tentar entender que ele vai fazer isso porque ficou muuuuuuoito magoado com o que eu e Ed fizemos.... por que gente vamos pensar pelo lado do Jake, saber que sua namorada (tipo sua vida, seu grande amor) beijo seu arqui-inimigo, NÃO deve ser nada fácil... acho que ele tem direito de fraquejar beijando a bisca Bella.... desde é claro que ele escove bem os dentes depois. kkkkkkkk..... adorei o capitulo Jessica....

    Ah e você super merece ter a sua fic como fic do mês! Bjo flor....

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  140. ta arrasando essa fic eu to muito curiosa pra saber o que o jake vai dizer, espero que acabe tudo bem !!!
    anciosa para o proximo cap bjuu

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  141. Ai, meu deus, além de aturar o beijo na songamongaswan, lá vem coisa pior, ahh não, assim vou ter um troço.
    Meu Jake está furioso, tô sentindo que não vem coisa boa aí.
    Já estou louca pelo próximo!!!
    Amandooooo, bjssss!!!!

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  142. Nossaa.. a fic esta cada vez melhor!!
    Ta bom.. concordo que tenho que sofrer um pouco.. por ser uma beijoqueiraa..kkkkkk
    Mas, não muito.. quero meu lobinho do meu lado!! =(

    Parabéns flor, muito merecido ser a fic do Mês!!
    =**

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  143. Vou adorar ver a PP roubando um beijo do Jake, mas resta saber como será a reação dele, porque parece que ele ainda está longe de me perdoar. Espero que o perdão não demore muito, pois adoro as cenas calientes da PP com o Jake. Esperando ansiosamente o próximo capítulo.

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  144. Aii! O que será que o Jacob vai fazer agora? Será que vai dizer que quer acabar para sempre? O.O. Ou que vai me dar o troco?? aaaa, que tensooo '-'
    AAA e o Edward tão fofo comigoo *-* , se tudo der certo ( comigo e com o Jake ><'),ele tem que aceitar nossa amizade u_u Eu estou sentindo saudades das brigas com a Isabela Chata Swan, e das piadas do Emmet também ^-^ , aaa, e não vamos esquecer da Rosalie, que também tem comentários que nos mata de rir! kk, então tá bom linda, ADOOOOOORO Metamorfose! Não é a toa que é a fanfic do mês! Parabéns e muito sucesso! s2.

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  145. Eita, to com medo do Jake! FATO!... ele tava brabo não? *UI*... mas hein, vai ter beijo roubado? Ahhh que eu quero mais logo então....

    OMG, vai ter mesmo o beijo de Eclipse né.... e ainda tem mais coisa pior?.... OMG, OMG... Sei não mas algo me diz que a prima da Emily não entrou nessa fic atoa... meu sexto sentido me diz que ela ainda vai dar dor de cabeça pra PP...

    Florzinha quanto aos meus coments... se depender de mim vc nunca fica sem coment! Eu amo Metamorfose e vou ter sempre uma palavrinha amiga pra te dizer.... nem que seja um "quero maissss!" kkkkkkkk..... Bjo flor e até o proximo capitulo!

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  146. Ufa' consegui um computador para eu ler as fics e comentar...pq o meu me abandonou, mas enfim vamos ao cap:

    Ahh que medo do Jake D:
    O que será que eu fiz dessa vez que deixou ele possesso? Ahh eu quero o meu lobão de volta!!!
    Que coisa que nada p/ gente pode dar 100% certo ò.ó
    Mas eu mereço tudo isso que ele tah fazendo e vai fazer pq eu realmente magoei ele demais beijando o Edward, msm que não tenha significado muita coisa =/
    Eu quero só ver onde é que essa priminha biscate vai entrar. Hump'
    E a luta? Será que o lance de unir meus poderes com os do Jasper vai dar certo??Espero que sim...

    E..OMG! Comoassim eu vou roubar um beijo do Jake? =O
    Alouca. Quero muito ler isso *.-

    Amadaa..eu AMO a sua fic de todo o meu coração e eu fico louca aki com cada capítulo que vc escreve -vc é muito má e termina na melhor hora ): - e fico mais louca ainda quando vc diz que tah sem inspiração...não pode!
    Agora, não pode faltar o " POSTA MAIS E POSTA LOGO"!! HUAHUAHAUHAU

    BjaO ;)

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  147. Fiquei triste agora, você esqueceu de mim. =(
    Dude eu sei que eu magoei o Jake, por isso acho justo o beijo dele com a Songa, mas como assim isso vai ser pouco?
    Sei que fui uma bitch, mas não precisa pegar pesado.
    Só quero saber se os chifre que o Jake vai me dar vão ser só provenientes dos "amassos" dele com as duas piriguetes ou ele vão chegar nos "finalmentes", por que se o MEU Jake chegar as finalmente com alguem que não seja eu vou ficar muito triste e vai ser muita sacanagem também.
    Até o próximo capítulo.
    Bjudds.

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  148. AHHHHHHHHHHH.
    Eu pirei com esse cap diva.
    Tipo assim,eu como uma odiadora de songamonga.Adorei ser o centro da atenção do Ed.
    Tipo assim.Eu sou importante filha.MORRA hsuahsuasha
    E outra,a música ajudou muitoooooo.
    Oh gosh.Voltar pra Lapush depois de séculos foi muito bom.
    Jake,o que eu fiz meu lindo?
    Ahhhh.Eu te amo jessica.
    VOU ROUBAR UM BEIJO DO JAKE.É assim que se faz garota haha.
    Ah,dessa vez não chorei.Dessa vez eu gritei haha.
    Esperando a próxima att.
    XOXO

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  149. Que cap foi esse!? Amei *o*
    Vou roubar um beijo do meu Jake, ai sim kkkkk
    Essa fic ta linda demais!

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  150. Esperei tanto para ver a PP roubar um beijo do Jake e ele fica uma estátua... num gostei! Mas me reconforta a preocupação com PP; mas no fim ele vai atrás da Bella... Oh ciclo vicioso esse... resta esperar para ver como isso tudo vai desenrolar.

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  151. NÃO ACREDITO QUE ELE VAI ATRÁS DA BELLA SEM SAL SWAN!
    Mas fazer o que acontece néh?!
    O coisa chata o beijo, como ele não me correspondeu?!
    Mas a preocupação dele ja é alguma coisa!
    Posta logo flor please! :)

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  152. Ain, tasco um beijo no meu lobão e ele me ignora. Hum magoei!!!Snif!!!
    Essa luta promete. Não acredito que o Jake vai me deixar para ficar com a songa monga da Bella. E tudo por minha culpa, quer castigo pior que esse?!
    Amandoooo, bjsss!!!

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  153. AHHHHHHH que lindo, você lembrou de mim .\o/\o/\o/ rsrsrsrs
    E dude sua fic que é maravilhosa. *.*
    Ai que ódio, não acredito (mesmo já sabendo) que meu Jake vai atrás da Songa, pqp.
    Fala sério, voltar comigo ele não quer, mas dá ordens sim, ninguém merece.
    Sério até hoje não sei o que o Ed e meu Jake veem nessa sem sal.
    Bjuddss lindaaaa.
    Até o próximo capítulo.

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  154. Eu só não te mato por que eu quero ver o final da fic *-*
    Daqui a pouco eu fico sem unha de tanto roê-las de curiosidade, isso é maldade como você acaba um capitulo assim???
    Eu não acredito que meu caramenlinho me rejeitou **snif **snif
    Me negar um beijo ele me nega agora ficar mandando em mim *-* Assim não da! Eu até deixaria se ele não tivesse negado o beijo #RUM

    Amando de mais a fic! A cada capitulo melhora mais e mais! Não demora para att não!
    ²beijos

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  155. AHHH
    Aquele aperto no coração já está presente.
    Diva,eu só não te mato,por que tu é diva.E eu amo sua fic.Se não,a história seria outra haha.
    Ta chegando.
    Perguntinha:Quando esse negócio de proteger a songamonga acabar.POSSO MATAR ELA?
    Sei que isso machucaria o Ed,mas a vontade é tanta *-*
    Sério,o beijo vai realmente acontecer.Já to com raiva da bisca nojenta.
    Bom,se tu falou que vai melhorar.Ai eu fico feliz rum haha.
    Então diva.Poste mais amore
    XOXO

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  156. Ai meu coração *o* kkkkkk
    essa fic ta demais!
    continua que to curiosa haha
    beijinhooos *-*

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  157. Ain que tristeza no coração D:
    Eu beijei o Jake e ele nem correspondeu Ç.Ç Ele tah tão distante...

    Ai e essa visão? O Jake saindo correndo, provavelmente indo ver a Bella Bosta e/ou beijando-a ò.ó
    Tô curiosa ><
    BjaO

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  158. Meu pai eterno, que luta foi essa?!
    Foi explêndida!!!
    Hum, a PP pensou bem rápido, transformar um recém criado em um aliado, foi uma atitude bem esperta e inteligente.
    Ainda mais depois de ver o Jake aos beijos com a songamongaswan, aff, que ódio.
    Louca por essa surra!!!
    Amandoooo, bjssss!!!!

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  159. Para flor! Eu AMEI esse capítulo ;3
    Achei TÃO legal esse lance da PP mudar as emoções do Ed e o Max...Foi muito hilário quando o Edward caiu de tão relaxado e o Max ficou todo carinhoso e super protetor HUAHUAHUAH
    Foi o nível mais alto de sagacidade que eu já vi XD

    e mano...que droga! O Jake tinha que beijar a pastel né?!! Puts' o pior é ainda ter ficado chateado com o lance do casório e se entregar tanto no beijo.WHY??? Eu quero matar demais a Bella por existir ò.ó Eu e o Ed pelo menos tínhamos um passado não resolvido...uma coisa de séculos! E eles? A Bella só se aproveita do Jake e esse idiota ainda corre atrás dela u_u Tô bolada msm.

    E agora ele tah machucado, eu tô machucada, o que será que vai acontecer?...ai que coisa...essa fic me mata ainda +.+

    Amora!! Posta mais ok? ;)

    BjaO

    PS: Você tbm é fã de Mcfly? =O
    Eu sou absolutamente Team Jones \O/
    ~Ai,adoro aquela voz e aquele mar azul que são os olhos dele~

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  160. cara ta que a bela merece um surra bem dada e vou gostar muitoooo de ver !!!! mas a pp mereceu essa , agora ela sabe como é magoar os outros!!! bom castigo agora ja pode fazer eles ficarem de bem ?? kkk gosto deles juntos

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  161. Ahhhh.
    Espero que não esteja sonhando.Por favor que não esteja deus.
    SONGAMONGA VAI LEVAR A SURRA DO SÉCULO.
    Quem está feliz?
    Eu to e MUITO.
    MCFLY *--*.Eu sou totalmente Jones haha.
    Então de volta a fic.
    Cara, me senti fazendo um recém -criado me amar.Eu posso.
    Então,houve mesmo o tão fdp do beijo.
    VACA,BISCATE,CUIDA DO TEU HOMEM.
    Bom,se tu falou que as coisas vão melhorar no próximo cap.Espero por isso.
    Aiai,que será que vai acontecer hein?
    Essa curiosidade que mata ¬¬.
    Diva,poste logo ok.
    XOXO

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  162. Que tenso esse capítulo.
    Tadinho do meu Jake, ficou todo quebrado, mas também que mandou beija a songa? é castigo. rsrsrs
    Não vejo a hora de poder da uma boa surra naquela sem sal, você nã sabe o quanto vai me fazer feliz com isso. \o/

    Ps. Amo eles nem sei mais a quanto tempo, meu Judd era magrinho, maguinho, usava munhequeira, piercing e aquele cabelo louco.
    E sim sou totalmente louca pelo Juddão *.*
    É maravilho mesmo encontrar outra fã.
    E dude, sou sua fã também, pode aposta.

    Até a próxima att.
    Bjudds.

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  163. Eu particularmente adorei esse capítulo, vc conseguiu dar uma outra visão daquela luta e gostei mas dessa versão do que da original parabéns vc é DEMAIS.

    Bjos

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  164. Oi...
    bem eu sou uma leitora bem observadora, e qnd a autora, diz que não há ironia em: "pra variar" ou que no proximo devemos preparar nossos coraçõezinhos.... isso me cheira algo, será que é o que eu estou pensando? heim? *-*

    Bom deixa só eu expressar minha adoração a sua fic, é muito boa mesmo, boa é pouco pra descreve-la, sua criatividade nos contagia e envolve, pra falar a verdade é a única fic onde a pp é uma loba e eu não fiquei com raiva disso, pois acho que ser Loba, se levarmos ao pé da letra, como a titia Steph escreveu, é uma inconveniencia... e pouca pessoas sabem escrever sobre o assunto... o que não é o seu caso, que escreve maravilhosamente bem...
    ok! parei, e vou ficar louquinha aguardando o próximo.
    Bjo
    Aricia

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  165. Eu NUNCA GOSTEI DESSA BELA ESTUPIDA,mas meu coração partiu ao qdo o Jake disse pra PP que gostava dela(Bella),caraca vc passou os sentimentos de uma forma tão convencenti que parece que eu fui traida!!!!!!!!!!!!!!! Eu consegui sentir a dor Da PP!!!!!!!!!!

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  166. Ain, mais um capítulo espetacular!!!
    Ameeeei!!!!
    Ai,ai, já estou com medo do que vem por aí. Como assim preparar nossos coraçõezinhos? Hum, pelo visto lá vem bomba.
    Amandooooo, bjssss!!!!

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  167. Aii.
    Esse cap foi TÃO perfeito diva.
    Suspirei tanto e roguei tanta praga pra songamonga.Espero que pegue rum.
    Ah,Jake me AMA.Ok eu sabia que ele me amava e tals.
    Olha, eu senti tanto esse capítulo.
    A dor da PP quando o Jake chamou a sem sal, a emoção de escutar o que ele falou. O coração ficando vivo novamente com o Eu Te Amo.
    Bom, eu senti como se fosse ele falando comigo, pessoalmente.


    Bom, resumindo perfeito.
    Ah diva, assim tu me mata de curiosidade.
    Já estou louca pra saber o que vai acontecer no próximo cap.
    SIM, eu curto FFOBS.
    As histórias com Mcfly arrasam haha.
    Esperando ansiosamente o próximo cap.
    XOXO

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  168. Dude, você me prometeu uma surra na sem sal. =( Fiquei triste aqui.
    Mas gostei do fora que ela levou.
    Olha lá o que você vai fazer com meu podre coraçãozinho. ^^

    Ps:Não sei todo mundo, mas acho que já li quase todas a fic's de lá, sou presença diária lá. rsrsrs
    "She's got a lip ring and five colours in her hair."

    Bjudds minha linda, até a próxima.

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  169. Geeeeeeeeeeeente a Bella levou um fora do meu Jacob hahaha.
    Ta muito boa essa fic!
    s2

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  170. Ain que fofo, a gente ficou bem de novo *.*
    Eu quase desfaleci quando ele chamou a sem graça...ainda bem que foi só p/ dar um pé nela u_u
    Mas eu ainda acho que tem bafão por vir, só que eu vou me contentar com a alegria de ouvir a Bella levando um fora e eu ganhando um sorriso e um beijo perfeito do meu Lobinhoo!
    Posta mais!!

    PS:"Do ya do ya do ya love me? Do you need a little time?..."
    Adoro o FFOBS!! A fics do Mcfly são MARAA!

    BjaO ;)

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  171. Adorei o capítulo, mas fiquei com uma vontade de socar a Bella que só por Deus, tudo bem que a PP merecia por tudo que ela fez, mas é tão difícil vela sofrer desse jeito, nos leitoras (eu, por exemplo) acabo sofrendo junto, mas você consegue dar um final melhor para essa parte tão triste do livro que é a o adeus da bella e do Jacob em eclipse.
    Parabéns


    Bjos

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  172. Leitora nova!

    Em meio a zilhões de coisas que tenho de fazer, não resisti a sua fic, confesso. É M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!

    Concordo plenamente com as outras leitoras: sua versão da luta é infinitamente melhor!

    Own, Jake e eu nos acertamos, que cute *-* Pena que tudo é nebuloso para nós... hahaha Mas espero que, desta vez, dure um pouco mais, pelo menos a ponto de podermos ter nossa primeira vez *-*

    Sim, sim, sim, quero bater na Bella! kkkkkk Não que a Bella da sua fic mereça tanto o meu ódio, mas eu meio que estou acumulando uma raivinha dela desde os livros, se é que me entende. Então, esta pode ser a minha chance de descontar ;) kkkkkkkk

    Espero MUITO que, em breve, o Seth encontre seu imprinting, porque, se alguém merece, esse alguém é ele! Esse garoto é incrível *-*

    E, se possível, gostaria de mais detalhes sobre a minha encarnação como namorada do Edward *-* Acho que ainda há muito por contar!

    Beijos. Continua logo, por favor!! TÔ ANSIOSA JÁ!!!

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  173. poxa vc demorou mesmo heim !!! caramba , mas valeu a pena como sempre bju

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  174. Valeu a espera, os capítulos estavam maravilhosos.
    Estava tudo muito bem até que a sonsa monga da Bella chega e estraga tudo de novo... Caramba não dá para suportar tamanha intromissão na vida a dois. Entenderei completamente se a PP surtar com essa reação do Jake com o convite. Caramba se ele é meu imprinting, porque sofre tanto pela sonsa? Afinal amizades tem limites, e essa amizade já ultrapassou todos eles.
    Espero que o Jake veja a burrada que está fazendo e peça desculpas, antes que a PP surte e mande ele plantar coquinhos.

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  175. Amandoooo!!!
    Realmente essa IsabellasongamongaSwan está merecendo uns tabefes por ser tão estraga prazeres.
    Para completar tem essa prima da Emily, sei não, mas não vou com a cara dela, tenho certeza que ela ainda vai dar trabalho.
    Jake surtou com o convite. Se a PP resolver surtar também vai estar com todo direito, onde já se viu se importar tanto com aquela...aff, quando se tem a mim, sua imprinting. Mas pelo visto teremos reconciliações, hummm, isso vai ser bompramaisdemetro. Adooooorooo!!!
    Bjssss!!!!

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  176. PUTA QUE O PARIUUUUUUUUUU........eu já to cansade de ver a pp sofrer .......qdo é que o Jake vai tomar vergonha na cara e esquecer a Bella????? só fica defendendo aquela idiota...........pelamor ...faz esse cachorro virar homeme de vez.

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  177. Ok...Vamos pelo começo.
    Eu,parecendo dona de casa?O.O
    Quase tive um treco.A recompensa são muitos amasso com o Jake.Ok, isso é bom.
    MORAR SOZINHA?Ah que sonho meu deus.
    Jake sério filho.Se tu não gosta do
    Ed, eu posso odiar a songamonga sem sal nojenta.
    Não é tão difícil de entender.
    BISCATE,Tinha que mandar a porra do convite de casamento?
    Cara, perdi o Ed mesmo.
    To nem ligando.
    E o Jake como fica?
    Ah,se tu falou que vai ter um cap foda na próxima postagem.To feliz haha.
    Bom...vamos cer o que acontece.
    Quero mais diva.
    XOXO

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  178. Então né, leitora nova tendo um surto aqui!To amando sua fic, elas é uma das melhores que eu já li!Então por favor, post logo os proximos capitulos pq se não eu vou morrer de curiosidade!
    Beijos :*
    Meus parabéns pela a escrita ^^

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  179. Como assim eu vou perder o Jake também?
    Dude, não faz isso comigo, vou ter um siricutico aqui.
    Não acredito que ele ainda vai fugir. =/
    Hoje não to conseguindo xingar a Bella, por que vi Amanhecer essa, semana e infelizmente, ainda to com pena dela. =(
    Até a próxima.
    BJudds.

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  180. Perder meu Jake? nãão né.
    A fic ta muuuuito linda *-*

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  181. Êta God! Muita coisa legal por vir!

    Espero que o Jake não exploda comigo por causa do casamento ¬¬

    Continua! Tá ótima a fic :)

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  182. Como assim perder o Jake ?
    Por causa do casamento?
    To ansiosa pro próximo cap!

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  183. O que foi issoooo?Menina tá demais isso aki.

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  184. AIAIA ESSA FIXC AINDA PROMT MTO..
    ONTINUE --ADORO ELA--
    PARABENS VIO
    Thay Twilight

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  185. Capitulo MARAVILHOSO
    esses dois brigam, mas se amam....
    quero mais...rsrs

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  186. Nada como uma reconciliação para esquentar os ânimos. Louca pelo próximo, pois ele promete.
    Adorandoooooo, bjssss!!!

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  187. Só eu acho que o próximo capítulo vai ser muuuuuuuuito bom? hahaha
    que fic linda s2

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  188. Oh paizinho.
    Foi só eu que AMEI esse fim de capítulo?
    Ah mas eu vibrei hein haha.
    Caramba...Jake, se eu não te amasse tanto lobão eu nem sei o que faria.SEI SEIM...DARIA UMA LIÇÃO NA SONGAMONGA.
    Ah meu deus , estou mais que louca pelo próximo capítulo.Sério...sinto que ele promete e MUITO *-*.
    Poste logo.
    Amando a fic.
    XOXO

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  189. OMG, Adorei esse capítulo... A PP e o Jacob se reconciliando mais uma vez... Jéssica espero que o próximo capítulo comece exatamente onde este terminou para que possamos curtir mais o amor desses dois com toda a intensidade que merecem; espero também que as coisas entre eles esquentem mais.

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  190. Oiehhh.
    Casalzinho complicado esse heim.
    Mas que mora em meu coração.
    Só quero ver essa tão esperada "cena". \o/
    Até o próximo.
    BJudds.

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  191. Adorei o capítulo, apesar de querer socar o Jacob (tudo bem que eu mereci), mas pelo menos nós nos acertamos, mas to cansada de brigar com ele quero viver em paz logo, porém sou só uma fã e vc que é a escritora. Mas me tira uma duvida aquela traição que ia ter com o Jacob foi aquela com a Bella? Tomara que sim e que não seja com a vaca da prima da Emily agora já ta bom de ficar falando kkk.
    Bjos

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  192. Incrível o capítulo! *-*

    Continua, por favor.

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  193. Cara eu amoooOoo essa fic!!
    Essa capítulo foi mtooooOOo bom!!
    Posta mais logooo!
    Bjoos

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  194. To amando, posta mais ! *oooo*

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  195. OH GOSH.
    Eu venho esperado por esse capítulo a sei lá quanto tempo.E ELE FINALMENTE CHEGOU.
    *dancinha da vitória*
    Bha diva, tu se superou rum.Está divinamente divino esse capítulo.
    A parte do lemon está pra lá de boa.Acho que ficou a cara dos dois sabe.
    E caramba, tinham que atrapalhar de manhã?
    ¬¬ viu.
    Bom, mistérios sendo solucionados.ADOROO.
    Diva poste logo ok.
    E um Feliz Natal e Um ÓTIMO ANO NOVO.
    XOXO

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  196. Uau, esse capítulo me deixou sem fôlego!!
    MARAVILHOOOOOSO!!!!
    Concordo com a LuhH, eles tinham que ser interrompidos antes da segunda rodada? Que sacanagem!!!
    Amandoooooo, bjssss!!!!

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  197. Como o ficou quente aqui, depois que li esses capítulo. O.O
    AMEIIIIIIII.
    Até o próximo.
    Ps. Desculpe o comentário curtinho, to escondida no trabalho. rsrsrs
    BJudds.

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  198. Como ficou ótima esses últimos capítulos hein!?
    amei mesmo, diva, você escreve muuuuito bem!
    Aposto que todo mundo que acompanha a fic tava louca por isso *o*
    Posta logo o outro capítulo pra alimentar suas leitoras hahaha
    Feliz natal e um belo ano novoooo!!!!

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  199. Li todos os cap. que eu ainda não tinha lido e amei essa fic é perfeita apesar que eu acho que uma surra na sonsa¹ e sonsa² seja bem merecida.
    (sonsas = Bella e prima da Emily) desculpe por não fazer um comentario melhor mais é que to com muito sono fiquei até agora lendo pq comecei do começo, bjuss

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