23 de fevereiro de 2012

Caras e Bocas by Camy Caroline

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Prólogo

estava sentada em sua cama lendo “Para Sempre”, primeiro livro de uma de suas séries favoritas quando a porta de seu quarto é aberta.

-Filha, tem um moço na sala que quer falar com você. –falou sua mãe entrando no quarto.

-Quem? –pergunta sem tirar os olhos do livro.

-Ele é daquela empresa que você se inscreveu para fazer o teste de um filme, lembra?

nem bem ouviu a mãe dizer e se apressou em fechar o livro e dar uma leve ajeitada no cabelo antes do caminhar por seu pequeno apartamento em direção a sala.

-. ? –perguntou o homem de terno que estava sentado ao sofá assim que viu a jovem garota de cabelos loiros.

-Eu mesma. –respondeu se aproximando e apertando a mão oferecida pelo homem engravatado.

-Eu sou Jimmy Morrison, sou o empresário de Alyson Nöel. Eu vim aqui te buscar para assinar seu contrato. –falou se levantando e olhando com certa curiosidade para jovem.

Pois Alyson havia dito que ela era a pessoa com a qual ela sonhava para quem interpretasse sua personagem principal, coisa que ele demorou para ouvir, pois todas as garotas que tinham feito o teste para esta personagem haviam sido rejeitadas por Alyson que alegava que nenhuma era a “garota perfeita”.

O curioso era que ninguém sabia de onde vinha esta jovem atriz e nem quais trabalhos ela havia feito. Tudo que se sabia era que a jovem era bela e talentosa.

-Eu passei? –perguntou a garota incrédula para o empresário.

-Sim. Parabéns pelo papel e bem-vinda ao mundo de “Os Imortais”. –anunciou fazendo os olhos de brilharem como nunca haviam brilhado antes enquanto pensava: “É, meu sonho acaba de se realizar”.


Capítulo 1

P.O.V.

Saí de meu banho direto para meu recém adquirido closet para escolher a roupa ideal para meu primeiro dia de gravação. Eu sei que no stúdio eu vou ter que trocar e roupa, mas não custava nada chegar e sair bonita de lá. Afinal, eu era a mais nova carinha que todos queriam fotografar, pois eu interpretava Ever Bloom, a personagem principal da série “Os Imortais”, a mais série escolhida pela Summit para ir para as telonas.

Optei por uma blusinha tomara que caia rosa pastel, e por uma calça jeans com detalhes metalizados. Coloquei a roupa me aprovando ao olhar no espelho e indo cuidar do cabelo logo em seguida.

Prendi o cabelo em um coque despojado e fiz uma maquiagem leve combinando com a roupa apenas para os paparazzi não me fotografarem da cara limpa. Eu sei que não deveria dar atenção a eles, mas era quase impossível fugir quando eles geralmente ficavam de plantão no portão da minha casa.

Peguei minha bolsa, as chaves do carro e saí apressada colocando os sapatos, já estava na minha hora de ir.

-Já vai filha? –perguntou minha mãe saindo da cozinha. Apesar de agora termos uma empregada, minha mãe ainda insistia em cuidar da casa mesmo trabalhando fora.

-Já está na hora, mãe. É melhor eu ir se não eu me atraso. –disse beijando-lhe a face.

-Vá com Deus, filha. E não me espere para jantar, tenho uma reunião hoje. –gritou para mim enquanto eu saia de casa apressada.

Minha mãe desde o começo não me deixou o dinheiro e a fama me subirem a cabeça, mesmo que depois de eu ter conseguido o papel meu pai tivesse começado a ganhar melhor, agora trabalhando como meu empresário junto com o meu salário. É claro que ela permitiu que tivéssemos uma vida mais confortável deixando-me contratar a empregada, o segurança, comprar uma casa decente para nós e um carro bom para cada um, mas ainda assim prezávamos um almoço ou jantar juntos, assim como os domingos em família.

-Oi Joe. –cumprimentei meu segurança que me esperava na garagem, ele também trabalhava como meu motorista às vezes.

-Olá Srt.ª , vai querer que eu a acompanhe hoje? –perguntou Joe abrindo a porta do carro para mim.

Rolei os olhos. Apesar de já fazer seis meses que ele trabalhava comigo, Joe não tinha aprendido a me chamar pelo primeiro nome, apesar de eu já ter lhe pedido várias vezes.

-Apenas , Joe. –falei me sentando no lugar do motorista. –E sim, vou precisar que você venha comigo hoje, eu quero passar em um lugar antes de ir ao stúdio, mas desta vez eu dirijo. –falei a última parte rindo.

-Como quiser Srt. . . –Joe emendou assim que recebeu de mim um olhar fulminante.

Dirigi meu new beatle preto tranquilamente por L.A. até o cemitério St. Cloude.

Precisei da ajuda de Joe para sair do carro sem que os paparazzi e os fãs enlouquecidos que passavam por ali pulassem em cima de mim.

Andei lentamente ao túmulo de minha avó e coloquei ali gentilmente as begônias lilás que eu havia comprado no caminho.

“Obrigada por tudo, vovó. Eu sei que você acreditou que eu ia conseguir. E se hoje eu tenho tudo o que tenho é por sua insistência e por sua crença de que eu ia conseguir este papel.” –pensei este agradecimento para minha avó que havia insistido muito para que eu fizesse o teste para o papel que hoje era meu. Pois ela acreditou em mim quando nem eu acreditava mais.

Ela sempre soube do meu sonho de querer ser atriz, e nunca me deixou desistir; nem quando eu queria. Sempre que eu queria fazê-lo ela dizia: “Tudo há seu tempo. Você pode ter não conseguido este papel, mas o teste que vai mudar sua vida ainda está por vir, não desista!”

Saí de cima de sua lápide e rumei para o estacionamento onde Joe me esperava para irmos para o stúdio.

Hoje fazia exatamente seis meses que minha avó havia morrido. Depois de minha mãe, que estava junto comigo quando eu recebi a notícia que havia ganho o papel, minha avó foi a primeira a saber a notícia.

Quando nos vimos mais tarde naquele mesmo dia, ela me saudou com vários: “Eu disse que um dia você iria conseguir! Este papel irá mudar sua vida, minha filha”. Naquela mesma semana ela morreu dormindo. Ataque cardíaco fulminante. Segundo seu amigo de longa data, o padre que rezou a missa em seu velório, ela só estava esperando eu começar a realizar meu sonho para ela morrer, pois só assim ela descansaria em paz.

Apesar de me acharem insensível por isso, eu evitei ao máximo chorar em seu velório e seu enterro, pois sabia que não era isso que ela queria que eu fizesse. Então toda vez que eu a via deitada em seu caixão eu sorria; sorria agradecendo a ela tudo o que havia feito por mim, mas principalmente por acreditar em meu talento.

Sorri em meio a algumas teimosas lágrimas com a lembrança. Era difícil eu chorar ao me lembrar de minha avó. Quando eu me lembrava dela, eu apenas sorria, lembrando-me de nossos bons momentos juntas.

-Agora vamos Joe. Ou eu chego atrasada. –falei levantando-me e dando uma última olhada para a lápide.

-Permita-me, Srt. ª. –disse Joe pegando um lenço de seu bolso e secando uma lágrima que ainda escoria.

Ri balançando a cabeça enquanto caminha atrás de Joe em direção ao carro.

O caminho para o stúdio foi longo. O transito não colaborava e o tempo parecia passar rápido. Assim eu certamente chegaria atrasada.

Sem nada para fazer eu resolvi dar uma última passada no texto que seria gravado hoje. Mas fui interrompida pelo toque estridente de meu celular.

-Oi David. –saudei meu diretor com voz cansada.

-, onde você está? Era para você estar no stúdio há 7 minutos atrás. –disse ele nervoso.

Passei a mão no cabelo e respirei fundo antes de responder.

-É o trânsito. Estou presa dentro do carro.

-Quer que eu mande um helicóptero te buscar? –David perguntou com a voz um pouco mais calma.

Por eu ser nova neste ramo, David tinha medo que eu desse algum pittí ou não fosse responsável o bastante para com as gravações, coisa que até hoje eu não havia feito.
-Não precisa. –respondi afastando o celular do rosto. –Falta muito para chegarmos ao stúdio, Joe?

-Só mais duas quadras, Srt. ª. –respondeu sem tirar os olhos da rua.

-Já estou chegando. –voltei a falar com David. –Só falta duas quadras.

-Ok, . –respondeu ele com uma voz cansada. –Nos vemos daqui a pouco. –e desligou o telefone.

Respirei fundo novamente e encostei a cabeça no apoio.

-Chegamos, Srt. ª. –disse Joe após alguns minutos entrando no estacionamento e passando pela catraca de identificação.

-Pode ir para casa, Joe e leve o carro. –disse eu saindo do carro assim que ele estacionou. –Volto com hoje, pode descansar.

-Obrigada, Srt. ª. Nos vemos amanhã.

-Descanse, Joe. Até amanhã. –e saí do carro em direção aos elevadores.

Em comparação ao transito, o elevador subiu incrivelmente rápido até o térreo. Precisei pegar um dos carrinhos para chegar ao stúdio o mais rápido possível.

Corri para que me esperava na porta de meu camarim.

-Está atrasada. –disse ela baixando um pouco os óculos e me analisando.

-Eu sei, . Mas o trânsito está uma merda. Tudo muito parado. –respondi sentando-me na cadeira de cabelo e maquiagem enquanto Chloe e Madison corriam em minha direção armadas de pentes e pincéis.

olhou para mim convalescente. Ela com toda a certeza me entendia.

Uma das melhores coisas em era que além de ser minha assistente pessoal, ela era a minha melhor amiga, então ela era sempre muito compreensiva e me ajudava sem pestanejar quando eu queria. Mesmo para assuntos fora do trabalho.

Ficamos mais alguns minutos ali em meu camarim enquanto esperava que terminassem meu cabelo e maquiagem.

-Que roupa usarei hoje? –perguntei para enquanto Chloe dava os toques finais em meu cabelo.

-Esta aqui. –disse ela separando o conjunto para a ponta da arara. –A da parte em que vocês estão na caverna. Vai gravar uma cena quente hoje. Espero que aproveite o bonitão ao menos uma vez. –disse ela com cara pervertida.

-Aquele lá? –perguntei sarcástica só de pensar na pessoa. –Nem sonhando. Sabe que eu o odeio, mas infelizmente tenho que manter relacionamentos profissionais com ele.

-Sei... –disse em tom de insinuação. –O amor e o ódio estão bem próximos.

Joguei um pincel de blush nela pouco antes de me levantar e colocar a roupa rapidamente e pegar meus papéis antes de sair em direção ao stúdio.

-! Ainda bem que você chegou. Vamos dar uma breve ensaiada antes de gravarmos a cena. –falou David indo em direção ao cenário e arrumando os últimos detalhes.

Comecei a ler novamente as falas do dia, mas sendo novamente interrompida.

-Ora, ora. A princesinha finalmente chegou! –me virei lentamente na direção da voz. –E nem uma bronca levou. Diga-me, como se sente comandando tudo isto? –perguntou fazendo um gesto expansivo com os braços. Um gesto que abrangia todo o stúdio e a todos dentro dele.

-Me deixar em paz, Lautner. –falei voltando a minha leitura.

Olhei-o por inteiro começando pelos pés.

A primeira vista, Taylor Lautner parecia uma pessoa amável e gentil com seu sorriso contagiante. Mas não era a toa que ele era ator, pois debaixo desta fachada, havia um homem prepotente que só queria saber de se divertir e não suportava levar um fora.

-Oi Taylor. –falou animada me entregando as balinhas de menta que eu havia pedido.

-Oi , tudo bem? –perguntou ele mudando seu humor de arrogante para agradável.

-Tudo sim e você. –respondeu ela com um sorriso que eu fiz questão de ignorar.

-Melhor agora. –ele respondeu pegando a mão dela e beijando-a de forma galanteadora.

Cerrei os dentes tentando controlar meus instintos explosivos que ameaçavam aparecer e a acabar com tudo.

-Já vou indo para o meu lugar. –anunciou levemente corada assim que David gritou: “Cinco minutos!”

Me virei a fim de correr para minha bolsa em meu camarim e pegar meu analgésico enquanto a habitual enxaqueca começava a aparecer.

-? –chamou o ser que aterrorizava meus sonhos. –Está tudo bem? Você está pálida. –disse ele em um tom que parecia de preocupação, mas que com certeza era fruto de minha imaginação.

-Estaria melhor se você parasse de me encher, Lautner. –falei e saí correndo por entre as pessoas em direção ao meu camarim ávida por aquele comprimidos.

Engoli um com um pouco de água e voltei correndo para o stúdio.

-Hora do ensaio, todos em cena!–gritou David para todos ouvirem.

Me posicionei e me preparei para o momento em que David daria as ordens para começarmos, pois era eu quem faria o primeiro movimento.

-Ação! –foi o grito que bastou para eu começar.

-E aí, Drina, doce ou travessura?* -perguntou analisando a expressão incrédula de Rachelle Lefvre, a atriz que interpretava Drina, antes de correr rumo a uma linha amarela na qual eu iria parar.

-Muito bem, Rachelle, pode se sentar. –disse David se aproximando. –Agora, , quero que suba neste banco, –disse ele apontando para um puff verde limão. –e pule de um modo que pareça que você caiu. E Taylor, assim que cair eu quero que você chegue pela frente dela e faça o que tem que fazer, ok?

Assentimos. Eu me postei em cima do banco e esperei.

-Agora.

Pulei do puff me jogando em cima do lado esquerdo e me pus a observar a minha volta, olhando para algo que eu realmente não via.

-Ever. –disse Taylor se aproximando.

Me coloquei de pé num pulo e fiz uma posição defensiva para logo depois dar um passo para trás completamente surpresa.

-Ever, relaxe. Está bem? –ele confirmou com a cabeça.

Não pude deixar de notar que esta foi uma cena inalterada do livro.

-Vejo que cheguei em boa hora. –disse uma voz vinda da entrada do stúdio.

-Alyson! –falei já sabendo que sua chegada havia estragado o ensaio.

Abracei-a. Era graças a ela e a aquele bendito dia de sorte em que eu ganhei uma senha para uma de suas sessões de autógrafo que eu estava aqui hoje.

-Minha Ever. –disse ela me afastando um pouco. –Por que não estão gravando?

-Estávamos ensaiando, Alyson. –disse David carrancudo atrás de mim.

Apesar de David ser um grande diretor, quem dava as ordens ali era Alyson, então ele não podia reclamar muito nos dias em que ela aparecia.

-Por quê? –perguntou ela incrédula. –Esses garotos já ensaiaram mais do que o suficiente David, vamos logo gravar, já está mais do que na hora. Lembre-se que só temos mais três dias para terminar de gravar antes da folga dos garotos para eles poderem descansar antes da divulgação.

-Eu sei, mas acho que quanto melhor ensaiado, menos vezes teremos que repetir a cena antes que ela fique boa. –disse David na defensiva. –Eu tanto quanto você quero que este filme fique bom, não é só por que temos excelentes atores aqui que não teremos erros. Erros podem acontecer e os ensaios previnem isso.

Voltei ao meio do stúdio para junto de Taylor me sentando a seu lado.

-Você acha que vamos ensaiar mais uma vez ou vamos gravar? –perguntei pacífica.

Um dos únicos momentos em que nos dávamos bem era quando se referia a assuntos profissionais e este era um desses momentos.

-Gravar. –disse ele entediado. Infelizmente tive que concordar com ele, pois ele entendia disso. Segundo ele, com Stephanie Meyer ao gravar Crepúsculo era a mesma coisa.

E foi isso mesmo que aconteceu, cinco minutos mais tarde Alyson se virou para nós com um enorme sorriso e disse:

-Preparem-se para gravar.

A primeira cena teve de ser repetida dez vezes por causa daquela maldita almofada que ficava no caminho e sempre me fazia tropeçar indo de encontro ao chão.

A segunda cena do dia, aquela que o ensaio foi interrompido por Alyson, conseguimos gravar perfeitamente na quinta vez, depois de meu acesso de riso ter passado.

O resto da tarde se passou assim, muita diversão nos bastidores em meio a seriedade das gravações.

-Taylor, , para seus camarins! –disse David lá pelas seis da tarde. –Em meia hora estaremos saindo para a cena externa.

Fechei meus olhos e respirei fundo. Minha dor de cabeça havia amainado um pouco, mas isso não queria dizer que não me incomodava.

Fui para o camarim sendo seguida de perto por , que me olhava preocupada.

-Tem certeza de que pode gravar? –perguntou assim que sentei na cadeira em frente ao espelho para retocar cabelo e maquiagem mais uma vez.

-, não é a primeira vez que isso acontece e nem será a última, você sabe disso. –falei tentando me manter imóvel para Madison poder passar o pó corretamente em minha face. –Além do mais, não posso me dar ao luxo de deixar as gravações por uma dor de cabeça idiota quando o prazo para terminá-las está tão próximo.

-Você que sabe. –disse ela dando-se por vencida. –Mas depois não diga que não avisei.

Dei de ombros e esperei que Madison e Chloe terminassem de me arrumar e quando elas o fizeram, troquei o moletom pela milésima vez naquele dia, peguei minha bolsa e voltei para o stúdio.

-Finalmente. –disse Taylor em uma tentativa de me atingir.

Ignorei e fui para junto de Alyson, eu tinha um pedido para fazer a ela e acho que depois de todos esses meses interpretando sua personagem eu tinha o direito disso.
-Alyson, podemos conversar lá fora? –sussurrei não querendo atrapalhar as gravações que rolavam por ali.

Ela apenas sinalizou para que eu fosse.

Em pouco tempo estávamos sentadas em um banco ao ar livre fora do bloco de onde ficava o stúdio.

-Alyson, eu sei que é abuso de minha parte, mas queria te pedir uma coisa. –falei meio sem saber por onde começar, mas indo direto ao assunto de um jeito meio torto. –Já se passaram meses desde aquele dia, mas eu queria saber se você não poderia autografar meus outros livros. Se não for incomodo, é claro. –pedi olhando de forma agradecida e recordando novamente aquele dia.

-, desde daquele dia na sessão de autógrafos, você deu vida a Ever. Mesmo que inconsciente, eu já a havia escolhido para isso. –disse ela falando em breves pausas. –Você traz para a realidade a garota que deu inicio ao meu mundo, um mundo que anteriormente só existia em minha mente. Por que eu não faria isso por você já que você ajuda a transformar meu sonho em realidade? –perguntou Alyson dando um daqueles sorrisos de menina que só ela sabia dar, um sorriso que mudou minha vida há meses atrás.

-Então estamos empatadas. –falei a deixando um pouco confusa. –Você também está ajudando a realizar meu sonho.

Nos abraçamos.

-Só de pensar que há meses atrás isso estava apenas no papel... –disse Alyson olhando a sua volta como se aquilo não passasse de um sonho e ela fosse acordar a qualquer momento.

-Só de pensar que há meses atrás estar aqui gravando acontecia apenas no meu sonho... –disse eu do mesmo modo que ela.

Rimos em conjunto.

-Vamos? –disse Taylor aparecendo com o carrinho de circulação entre os blocos que nos levaria até o portão para lá pegarmos o carro que nos levaria até a praia para gravarmos as últimas cenas do dia.

-Mas e as minhas coisas? –perguntei olhando-o espantada, não podia deixar minha bolsa aqui. Como eu pagaria o táxi para voltar para casa?

-Já estão com a na limusine que nos espera lá fora. –disse ele pacientemente, uma coisa estranha quando se fala de Taylor Lautner.

Assenti pegando a mão que ele oferecia para mim. Ele me conduziu cuidadosamente até o carrinho de circulação e se postou no lugar do motorista.

O caminho até os portões foi extremamente curto. Quando chegamos lá, Taylor ofereceu-me a mão novamente e me puxando com delicadeza para me tirar do carrinho.

Olhei para o lado e logo vi Alyson piscando para mim entendendo os gestos de Taylor como uma forma de dizer que ele estava a fim de mim.

Ri e balancei a cabeça enquanto entrava na limusine. Esta era Alyson Nöel que eu conhecia, sempre vendo coisa de mais onde não tem.

(Continua...)

 Capítulo 2

P.O.V.

O caminho até a praia foi tranquilo, não houve muito trânsito e nenhum paparazzi nos seguindo.

Taylor foi estranhamente gentil comigo o caminho inteiro. Acho que ele estava assim pelo susto de quase me ver desmaiar. Eu tinha que admitir que não estava muito bem e minha aparência ajudava e muito a piorar o meu estado de saúde para quem me via.

Quando chegamos olhei para uma barraquinha de sorvete torcendo para que estivesse aberta quando a gravação terminasse.

Tivemos que correr até o local que iríamos gravar por causa dos fãs enlouquecido que tentavam pular em nós, os seguranças estavam por perto, mas ainda assim pude sentir uns arranhões nos meus braços e uns puxões em meu cabelo.

O local de gravação estava isolado por várias fitas e continha alguns seguranças em volta, era uma gruta linda e bem iluminada pela lua, o que a tornava ainda mais encantadora.

-Prontos para gravar? –perguntou David nos indicando o ponto onde deveríamos começar.

Assenti tomando meu lugar.

Taylor pegou minha mão esquerda, assim como estava no script.

-AÇÃO! –gritou David ficando ao lado do câmera man enquanto começávamos a caminhar.

-Vem, quero te mostrar algo. –Taylor disse sua fala me conduzindo até a gruta.

-Nossa, não tinha nenhuma ideia de que isto estava aqui. –digo admirando a gruta assim que chegamos a ela.

-Ninguém sabe. –Taylor sorri. Um sorriso que me causa um arrepio agradável. –É por isso que todo o meu material ainda está aqui. –diz apontando para um canto onde tem pranchas de surf, mantas e etc. –Misturada na rocha, muita gente caminha perto sem nem mesmo vê-la.

Acomodo-me no meio da manta e ele se deita ao meu lado puxando-me para baixo fazendo-me deitar junto com ele.

Quando olhei para o lado em sua direção, nossos rostos ficaram a centímetros. Eu podia sentir sua respiração quente batendo em meu rosto.

Taylor se apoia na mão e fica me encarando.

Faço cara de vergonha e me sinto ficar vermelha. Mas não fiz isso só porque estava no script, mas pelo modo como Taylor me encarava. Ele me olhou de um modo tão intenso que... Bem, tudo o que consegui pensar era em como ele era um ótimo ator.

-Por que se esconde atrás de jeans largos e capuzes? –proferiu sua fala perfeitamente enquanto eu me questionava o porquê de nos odiarmos tanto. –Você não tem ideia do quanto é bonita?

Deixo uma lágrima escorrer por minha bochecha com meus pensamentos, o que deu mais realidade a cena. Tudo que eu queria como a fã que eu era de Taylor, era que nos conhecêssemos e nos tornássemos amigos, então por que foi acontecer isso? Porque ele me tratava tão mal?

Então ele junta seus lábios aos meus quanto tento me virar. Eu me entreguei ao beijo mais do que o necessário, mais do que era permitido.

-Ever. –ele geme como no script, sua voz grossa, olhos ardentes.

Deslizo meus beijos por seus maxilar, minha respiração vindo em pequenas arfadas enquanto seus quadris pressionam e giram contra os meus.

Eu fechei os olhos enquanto ele tirava meu casaco. Eu me sentia tão envolvida na cena, tão entregue a ele... E Taylor parecia do mesmo modo.

Consentindo com a pressa de suas mãos e o impulso de seus dedos, o ajudo a desabotoar e tirar meu jeans.

A sensação de suas mãos em minha pele era tão boa; elas deixavam um rastro de fogo. Eu , estava totalmente entregue, fazendo com que Ever, a personagem, estivesse do mesmo modo.

Mas quando sinto seus polegares no elástico de minha calcinha, eu sento e o empurro mesmo que contra a minha vontade. Eu não poderia burlar o script e continuar.

-Ever. –sussurra, seus olhos buscando os meus. Mas só balanço a cabeça e giro me afastando, assim como no script. Ele se aproxima e fico sentindo seu maravilhoso corpo quente moldar-se em volta do meu, o encaixe perfeito, seus lábios em meu ouvido dizendo. –Tudo bem. É sério. Agora durma.

Fechei meus olhos e relaxei o corpo aos poucos e em poucos minutos a cena havia acabado.

-CORTA! –gritou David vindo até nós e jogando uma manta em cima de mim que estava apenas de calcinha e soutien. –Foi perfeito, garotos. Nem precisaremos gravar novamente. –falou com um sorriso de orelha a orelha.

-Desta vez tenho de concordar com o David. –disse Alyson também se aproximando. –Foi perfeito, igualzinho a que imaginei ao escrever a cena.

Olhei para eles sorrindo, mas um sorriso que pareceu real só por meus talentos de atriz, pois eu não sentia vontade alguma de sorrir, ainda mais com a confusão de pensamentos que estava minha cabeça.

-Obrigada. –agradeci só neste momento percebendo que Taylor e eu ainda nos mantínhamos na posição da cena de corte. Dei um pequeno cutucão em seu braço.

-Ah! Desculpe. –exclamou ele sem graça levantando-se enquanto eu fazia o possível para vestir-me com as minhas próprias roupas debaixo daquela manta enquanto colocava as roupas de Ever de lado.

-Se quiserem podem ir agora. –disse David feliz de um modo que nunca vi.

-Amanhã cedo aqui de novo? –perguntei levantando-me assim que terminei de me vestir.

Mas ele apenas balançou a cabeça.

-Amanhã você grava com o fundo verde. Vamos colocar a gruta holograficamente. –respondeu conduzindo-nos para fora.

Não disse nada, apenas fui ao encontro de e a puxei para a barraquinha de sorvete que graças a Deus estava aberta.

-Que cara é essa? –perguntou ela assim que me viu. Foi só eu sair de perto de todos para deixar meu semblante cair.

-Depois de conto. –falei enquanto pagava e pegava o sorvete. –Agora vamos para a limusine que ainda temos que voltar para o stúdio pegar seu carro.

Ela balançou a cabeça negativamente.

-Meu carro está no estacionamento aqui da praia. –falou ela gesticulando em direção a orla de fãs. –Um dos seguranças trouxe para mim. Mas vamos ter que passar por eles. –apontou para os fãs que eram segurados pelos seguranças.

-Algum problema? –perguntou Taylor chegando ao balcão e pedindo um sorvete.


Neguei com a cabeça e pedi mais um milk-shake para ajudar a amenizar aquele calor dos infernos que fazia.

-, se continuar assim você não vai jantar! – ralhou comigo, mas eu apenas ignorei. Estava concentrada demais em manter meus olhos longe dos de Taylor.

-Está se sentindo melhor? –perguntou ele em tom preocupado.

-Não estava mal para me sentir melhor. –respondi em tom ácido. Toda essa gentileza dele ante a normal hostilidade me assustava.

-Desculpa, Taylor, mas a não está muito bem hoje. Nem ligue para ela. –disse se derretendo toda para ele.
Revirei os olhos.

-Vamos, , quero jantar e ir para casa logo. –disse eu me levantando e pegando minha carteira de dentro da bolsa para pagar. –Amanhã eu tenho que acordar cedo.

-Aqui, pelo sorvete e pelo milk-shake dela. –ouvi Taylor falar para o vendedor enquanto eu o via entregar o dinheiro a ele.

-O quê? –perguntei pasma.

Isso só poderia ser um sonho, ou melhor, um pesadelo!

-É isso o que ouviu . –disse ele em tom arrogante. –Estou pagando seu milk-shake também desejo melhoras para você. –concluiu com a cabeça meio baixada, o que me impossibilitou de encará-lo nos olhos.

Fiquei ali de boca aberta sem saber o que fazer.

-Tchau, Taylor. –disse me puxando para o estacionamento. –Até amanhã.

-Tchau, . Bom jantar para vocês.

apenas assentiu agora estando mais preocupada em me rebocar até o carro.

-Steve! –ela chamou um dos seguranças. –Nos acompanha até o carro. –disse ela encarando a multidão.

Ele apenas assentiu e nos deu todo o apoio possível até chegarmos ao carro.

-Obrigada Steve. –agradeci estranhando minha voz. Eu estava rouca.

Fomos em silêncio até meu restaurante de comida italiana favorito.

-Por que está tão quieta? –questionou-me após termos feito nosso pedido.

Balancei a cabeça me recusando a responder.
-É por causa do Taylor? –insistiu ela.

Peguei meu celular e verifiquei as horas. Eu não queria conversar sobre isso.

-Eu tenho quase certeza de que é. –falou finalmente me tirando do sério.

-Quer saber ? É, estou assim por causa do Lautner. –falei arrancando um sorriso dela. –O que é? –perguntei emburrada.

-Vocês se amam! –exclamou.

Revirei os olhos apesar de sentir um arrepio gostoso só de imaginar que isso fosse verdade.

-Deixa de ser idiota, garota. Nós nos odiamos isso sim. –eu me controlava para não gritar. –Eu não suporto aquele jeito prepotente e conquistador que ele tem. E mesmo que eu gostasse dele, ele não é de ficar com uma garota só e sinceramente? Eu não tenho vocação para corna.

-O ódio e o amor são sentimentos muito próximos, sabia? –perguntou ela baixinho para que o garçom que estava nos servindo não ouvisse.

-Mas neste caso, eles são sentimentos distintos.

-Você ainda vai dizer que eu tinha razão. –falou ela convicta.

Sem querer mais discutir sobre este assunto, ataquei minha lasanha que estava divina.

-Vai para aula amanhã? –perguntou me fazendo lembrar da escola.

Assenti veementemente, apesar de todo meu trabalho, eu ainda teria de arranjar um tempo para estudar.

-Para quando era aquela experiência de física mesmo? –perguntei já pensando em como eu faria para fazê-lo.

-Quarta que vem. –respondeu enquanto olhava a minha agenda. –Eu já marquei para fazermos domingo, já que você não tem nada marcado.

Ergui minhas mãos para o alto em um gesto exagerado.

-Finalmente um fim de semana sem festas para ir! –exclamei feliz da vida. Às vezes festa de mais é cansativo.

-Se eu fosse você não comemorava, porque você tem uma festa no sábado. – falou rindo da cara que fiz. –Não se preocupe, nesta eu vou com você. –completou rindo mais ainda quando arqueei uma de minhas sobrancelhas.

-Aposto que só para se jogar para os gatinhos. –falei tomando um gole de minha bebida.

-Certíssima. –respondeu ela rindo.

Sacudi a cabeça. Minha amiga não tinha jeito mesmo.

O resto do jantar foi tranquilo. Bem, pelo menos até a hora que Kyh recebeu uma ligação.

Aos poucos percebi seu rosto perdendo a cor enquanto seu sorriso sumia.

-O que foi? –perguntei preocupada assim que ela desligou.

-Meu pai foi atropelado. –respondeu se levantando e pegando suas coisas rapidamente. –Vou vê-lo. Você não se importa de ter que ir de táxi, não é? –perguntou ela.

-Não se preocupe, eu me viro. –respondi já levantando e a abraçando rapidamente. –Vai!

E sumiu porta a fora.

Terminei meu jantar rapidamente. Minha mente vagava por todos os acontecimentos do dia, parando apenas por alguns momentos na parte da gravação na gruta.

Respirei profundamente e sacudi a cabeça tentando tirar aquilo de mente.

Paguei a conta e saí em busca de um táxi.

Quando avistei um na esquina, comecei a correr em sua direção, mas um casal acabou chegando a ele na minha frente e o pegou indo para longe. Fiquei alguns segundos ali procurando um táxi que passasse por ali.

Quando avistei um fiz sinal para que parasse, mas ele estava ocupado. Isso aconteceu com os próximos três táxis que vi. Então eu desisti e resolvi andar até o ponto de ônibus que tinha ali perto. Afinal, antes de eu mudar de vida eu só andava de ônibus, que mal havia de eu fazê-lo agora?

A medida que andava, a rua ficava mais deserta de pedestres e não era para menos, já era quase onze da noite, eu teria que correr caso quisesse pegar um dos últimos ônibus.

Uma brisa gelada passou por mim e me encolhi passando as mãos pelos braços.

Parei no ponto para esperar. Agora sim a rua estava deserta de pedestres, apenas carros passam ali.

Senti algo estranho, quase que como um aviso e olhei para o lado em uma reação impulsiva. Vi dois homens de terno e gravata se aproximando. Voltei minha visão para a rua, para ver se o ônibus chegava logo, eu estava louca por chegar em casa.

Alguns segundos depois senti minha pressão baixar enquanto outra brisa gelada passava por mim. Hoje estava um dia anormalmente frio em Los Angeles.

-Oi gatinha. –uma voz sussurrou em meu ouvido ao mesmo tempo em que um arrepio de medo desceu por minha coluna.

Fechei os olhos e rezei para que fosse apenas um bêbado pedindo dinheiro.

-Você não é aquela garota que tem aparecido recentemente nas revistas? –perguntou outra voz. –A nova atriz?
Eu nada respondi. Eu só rezava para que aquele ônibus aparecesse logo.

-Olha, Peter, parece que nossa gatinha não fala. –disse o primeiro homem. –Que tal fazermos ela falar? –perguntou esfregando seu rosto em meu pescoço.

Fechei meus olhos mais forte ainda quando um deles, enrolou uma mecha de meu cabelo e colocou a mão na base de minhas costas.

-Acho uma ótima ideia. –disse o tal de Peter já me puxando.

Comecei a me debater.

-Não, não, não. Por favor, não. –eu falava baixinho já não encontrando totalmente minha voz enquanto era arrastada para um beco escuro ali perto.

Eles riam. Uma risada sinistra e que me dava mais medo ainda.

Um deles me jogou no chão e puxou minha blusa rendada com tanta força que ela se rompeu. Enquanto o outro me mantinha presa ao chão.

Abri minha boca para gritar, mas não saiu som algum.

Senti um tapa que virou meu rosto com tudo.

-Nem pense em gritar. –falou um primeiro agressivo.

Senti sangue escorrer de meu rosto misturado as lágrimas enquanto ele arrebentava meu soutien.

Taylor P.O.V.

Estava andando em uma rua quase deserta. Eu tinha acabado de sair de uma festa após uma garota me dar um tapa na cara por eu a ter chamado de .

Aquela garota...

Aqueles beijos...

Aqueles toques...

Isto estava me enlouquecendo, não conseguia tira-la de minha cabeça. Nunca havia acontecido antes, nenhuma garota havia me deixado assim.

Olhei para frente e pensei ter visto ela, . Mas eu tinha certeza de que não podia ser, pois pelo o que eu ouvi, ela estava jantando com . Só podia ser o efeito da bebida.

Pisquei os olhos mais uma vez tentando apagar aquela visão, mas de nada adiantou. Porém estava muito longe, então a única explicação que encontrei foi que era apenas uma garota parecida com ela.

Vi dois homens chegarem na garota e instantaneamente fiquei tenso, aquilo não me cheirava a boa coisa. Quando vi um deles se esfregar na garota e a vi ficando tensa, apertei o passo em direção a eles.

Quando vi a garota se debatendo e os homens a puxando para um beco ali perto, comecei a correr querendo quebrar a distância o mais rápido possível.

Cheguei a tempo de ver um deles arrebentando o soutien da garota enquanto ela chorava e sangue escorria pelo canto de sua boca. Fiquei totalmente sem reação a principio, mas minha isso logo se foi quando reconheci a garota, era mesmo a Camila.

Foquei em meus ensinamentos de karatê e logo bati no mais próximo o pegando de surpresa fazendo o outro se virar rapidamente para mim. Com esse eu tive mais trabalho, ele era uma pouco mais forte que o primeiro e estava preparado, mas logo consegui deixa-lo inconsciente.

ainda continuava ali, encolhida o máximo possível e chorando.

-Camila. –chamei baixinho temendo sua reação, pois ela acabara de passar por uma experiência marcante.

Ela começou a chorar mais ainda, então eu me aproximei e abracei-a. Ela estava gelada. Gelada de medo.
Rapidamente despi minha camiseta e a vesti e abraçando-a novamente.

-Calma, calma. Já passou, agora estou aqui. –eu sussurrava tentando acalma-la. Mas eu estava ansioso por sair dali, logo qualquer um dos dois estupradores poderia acordar. –Vem. –a peguei no colo juntamente com sua bolsa que por um milagre estava a seu lado.

Ela apoiou sua cabeça em meu ombro enquanto eu corria de volta ao local da festa para pegar meu carro.

era extremamente leve, era quase como se eu estivesse carregando um travesseiro.

-O que aconteceu? –perguntou Robin, meu amigo assim que me viu entrando no estacionamento entrando com no colo.

Abri a porta do carro tentando coloca lá dentro no banco do passageiro, mas ela se recusou a me soltar.

-Entra, . –falei suavemente para ela. –Eu juro que entro logo depois de você.

apenas balançou a cabeça negativamente e me agarrou mais forte ainda.

-Depois te ligo explicando. –falei para o Robin, porém eu olhava para em meu colo.

Ele assentiu enquanto eu entrava no colo com ela no carro. A passei rapidamente para o banco do passageiro e afivelei seu cinto antes de dar partida.

Dirigi até meu apartamento já que não sabia onde leva-la por não saber a localização de sua casa, e pelo o que eu via, ela não estava em condições de falar.

O segurança do condomínio se assustou ao ver o estado de no banco ao meu lado.

-Chame um médico. –pedi avançando com o carro antes que ele falasse algo mais.
Estacionei o carro e esperei o elevador impaciente por sua demora. Fiquei mais impaciente ainda durante a subida do elevador. Parecia quase proposital que as coisas agora estivessem lentas.

Abri a porta do meu apartamento do jeito que pude e empurrei com o pé.

Depositei em minha cama e logo após indo me vestir. Aguardei o médico a seu lado, eu bem que queria pegar um copo d’água para ela, mas a própria não deixava.

O interfone soou e atendi pelo telefone de meu quarto.

-O médico já chegou Sr. Lautner. Mandei-o subir. –avisou o porteiro.

-Tudo bem George, obrigado. –agradeci ao mesmo tempo que a campanhinha tocou.

Desliguei o interfone, peguei no colo novamente (pois a mesma se recusava a me largar) e fui atender a porta dando de cara com um de meus ex-colegas de turma nos tempos do colégio.

-Ora, ora, Taylor Lautner. –saudou-me Roger Gruen. –Vejo que se deu bem. –disse olhando em meu colo.

-Eu não te devo satisfações, mas ela não é minha namorada, Gruen. –dei espaço para ele entrar, apesar dele ter sido um dos mais odiados por mim naqueles tempos. –Siga-me. –disse indo para meu quarto e depositando ali novamente.

Ela se encolheu em posição fetal abraçando as pernas me deixando mais preocupado a cada minuto.

-O que aconteceu com ela Lautner? –perguntou Gruen preocupado com o que via.

Cogitei por um momento se deveria responder ou não, mas no fim optei por responder, já que Gruen estava ali como médico.

-Tentativa de estupro. –respondi com a raiva me corroendo a me lembrar de que eu não tinha feito nada com aqueles cafajestes porque estava preocupado demais em tirar dali. –Consegui salva-la antes que acontecesse algo pior.

Ele apenas assentiu procurando algo em sua maleta e tirando de lá uma pequena lanterna.

Ele fez um rápido exame nela, verificando os sinais vitais e se não havia nenhuma contusão quando lhe contei como a encontrei jogada no chão.

-Ela está em estado de choque. –concluiu após terminar de examiná-la. –É melhor não tira-la daqui hoje, não fará bem. –pegou um receituário e rabiscou algo nele. –Vou receitar-lhe um calmante e um analgésico, ela bateu a cabeça com um pouco de força, mas não foi nada grave. Fará no máximo um galo. Um bom banho quente também pode ajudar a relaxar.

Assenti pegando o receituário e planejando pedir os remédios por telefone.

-Mas me diga Lautner, só por curiosidade mesmo, esta não é a garota que está gravando aquele filme com você. –perguntou Gruen com um sorriso sacana.

-Sim, é ela. –respondi vendo seu sorriso aumentar. –Mas você não encostará um dedo nela. –falei por entre dentes.

-Calma, Lautner, eu só queria o telefone da moça.

Peguei minha carteira violentamente e enfiei algumas notas de cem em sua mão.

-Suma. Da. Minha. Casa. Agora. –falei cerrando os punhos. Eu não sabia de onde vinha toda essa raiva. Eu só sabia que ela estava ali e eu não tinha a mínima vontade de conte-la.

Gruen ergueu as mãos e saiu de costas para a porta. Só relaxei quando ouvi a porta de entrada ser fechada.

Sentei-me ao lado de na cama.

-Quer tomar um banho? –perguntei passando a mão por entre seus sedosos cabelos.
Ela assentiu relaxando um pouco a meu toque.

Saí e fui encher a banheira do meu quarto.

Quando voltei vi que suas lágrimas tinham secado e tudo o que restava agora era um pouco de sangue acumulado no canto de sua boca.

Passei o dedão delicadamente ali, mas parei assim que a vi tremer de dor.

-Obrigada... Taylor. –foi a primeira coisa que a ouvi dizer depois do acontecido. Sua voz estava fraca e insegura, totalmente diferente do que era em seu normal. –Eu não sei o que teria acontecido se... se... – não conseguiu voltar a frase e recomeçou a chorar. Ela pode até não ter completado a frase, mas eu entendi o que ela quis dizer.

Abracei-a novamente deixando ruir todas as barreiras que construí a partir do momento em que vi seus olhos pela primeira vez.

-Não tem importância. O que importa é que você está aqui agora e está bem. –falei levantando-me.

-Não vai. –sussurrou ela com olhos suplicantes. E só agora reparei que ela ainda usava as lentes de Ever.

Dei um sorriso torto para ela, apesar de que naquele sorriso não houvesse nada de animador.

-Só vou verificar a água da banheira para você. –respondi me afastando lentamente.

Quando achei que a água estava numa temperatura razoável, coloquei ali alguns sais de banho, espuma e liguei o jato.

-Consegue andar sozinha? –perguntei a assim que voltei ao quarto.

Apesar de ainda estar encolhida em posição fetal e seus olhos estarem distantes, ela parecia um pouco melhor, podia até ver a cor voltar a seu rosto aos poucos.

-Acho que sim. –respondeu com a voz ainda fraca e apoiando-se ao máximo na cama para ter estabilidade devido a suas pernas que estavam bambas.

foi ao chão assim que se soltou da cama. Corri até ela e a ergui delicadamente em meus braços a levando para o banheiro e a colocando sentada na beirada da banheira.

Ela tremia inteira, mal conseguia abrir sua calça como estava tentando enquanto eu apoiava suas costas para que não caísse.

-Me permite? –perguntei já substituindo os seus dedos pelos meus no trabalho de tirar-lhe a roupa.

Apesar de ficar vermelha ela assentiu.

Deslizei a calça por suas pernas com suavidade, do mesmo modo como havia feito no inicio daquela mesma noite.

Em um deslize eu esbarrei minhas mãos em suas pernas sentindo uma corrente elétrica atravessar meu corpo.

Sacudi a cabeça tentando dissipar e sensação e não pensar no que estava fazendo ao tirar sua calcinha. Mas graças a Deus, eu consegui manter a sanidade por minha camiseta ficar quase como um vestido para ela.

-Acho melhor ficar com a camiseta. –falei enquanto a pegava no colo novamente e a colocava dentro da banheira. –Vou buscar uma roupa para você. –avisei saindo sem olhá-la.

Rapidamente providenciei roupas, uma cueca minha sem uso e uma camiseta qualquer. Teria de bastar, pois era o que eu tinha no momento. Providenciei também os remédios, toalhas e cobertores confortáveis.

Deixei-a sozinha no banheiro enquanto esperava os remédios. Peguei-os e paguei assim que eles chegaram a minha mão. Providenciei uma xícara de chá e depositei em meu criado mudo enquanto eu ia para o banheiro buscar .

-Está tudo pronto. –falei assim que cheguei ao banheiro com as roupas e toalhas em mãos.
ligou o jato de água mais forte e abriu o ralo para que a água saísse enquanto ela se enxaguava.

Enquanto isso eu forrei a pia de mármore com várias toalhas.

Depois de enxaguada, peguei no colo e a coloquei em cima da pia.

-Por enquanto isso vai ter que servir. –falei tirando a etiqueta da boxer preta enquanto ela se enxugava.

Ajudei-a vestir a boxer por baixo da camiseta molhada encarando apenas seus olhos, e saí do banheiro para ela vestir a camiseta.

Ouvi um baque no chão e corri para o banheiro e vi jogada no chão.

-Acho que ainda não tenho controle total do meu corpo. –falou. Sua voz ainda continuava extremamente fraca, não passava de um sussurro.

Levei-a até minha cama e dei o chá juntamente com os remédios para ela.

Ouvi um barulho desconhecido vindo de dentro da bolsa de . Ela apenas me olhou por cima da xícara antes de eu pegar sua bolsa e procurar por seu celular.

Atendi. Era a mãe dela. Identifiquei-me e saí do quarto pronto para contar a história para sua mãe, mas não quis fazer isso na frente dela, não precisava passar por tudo outra vez.

A Sr.ª entendeu a situação e pediu meu endereço dizendo que passaria aqui pela manhã para levar roupas e buscar a filha.

Quando voltei ao quarto, já estava deitada e totalmente enrolada nas cobertas, seus cabelos molhados espalhados pelo travesseiro formando um lindo leque a sua volta.

-Acho que vou para o quarto de hospedes. –falei pegando a xícara pronto para levar a cozinha e sair dali o mais rápido possível.

-Não vá. –sussurrou desesperada. Eu sabia que a ideia de ficar sozinha por muito tempo a assustava. –Fica aqui comigo, por favor. –ela praticamente implorava naquela voz fraquinha.

Assenti uma vez antes de deixar a xícara onde estava e ir para meu closet me vestir apropriadamente para dormir. E quando já tinha o feito, me acomodei ao lado de deixando o máximo de espaço para ela.

-Me abraça. –pediu uma vez.

Eu a abracei fazendo com que ela se aninhasse em meu peito.

E aquela foi a primeira noite que dormi com uma mulher sem segundas intenções.

(Continua...)



P.O.V.

Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Olhei ao redor e não reconheci o quarto onde estava. Forcei a mente para lembrar como havia ido parar ali.
Então a noite anterior voltou a minha mente como um flash. Imediatamente abracei minhas pernas e comecei a chorar. Eu ainda podia sentir a respiração do que parecia dar as ordens e meu pescoço e as mãos ásperas daqueles dois passando por meu corpo.
-! –exclamou Taylor entrando no quarto com uma bandeja.
Ele a depositou no baú aos pés da cama e correu até mim me puxando para si.
Enterrei a cabeça em seu peito e chorei até as lágrimas acabarem.
-Já passou, já passou. –ele sussurrava.
Quando as lágrimas acabaram, respirei fundo algumas vezes antes de falar algo.
-Que horas são? –perguntei lembrando-me de que tinha uma vida e que eu teria que cumprir todas as minhas tarefas de cabeça erguida.
-Dez horas. –Taylor respondeu.
-O quê? –perguntei incrédula procurando algum relógio e localizando um no criado mudo que indicava exatamente o mesmo horário que Taylor disse. –Não acredito que perdi aula. –lamentei-me. Eu não gostava de perder aula, ainda mais estando no final do último ano.
Senti Taylor balançar a cabeça negativamente.
-Foi só um dia, você não vai morrer com isso. –soltei-me dele e me recostei nos travesseiros. –Concentre-se em se recuperar, você ainda está bem pálida.
Revirei os olhos, mas me ajeitei melhor enquanto ele colocava a bandeja em cima de minhas pernas.
-Você que fez? –perguntei pegando o suco de soja. Maçã. Ele havia acertado em cheio, suco de soja sabor maçã era o meu favorito.
-Dê os créditos a Tereza, minha empregada. –ele respondeu rindo de minha pergunta.
Quando estava com o copo a meio caminho de minha boca me toquei de algo importante.
-Minha mãe sabe que estou aqui?
Ele assentiu.
-Ela passou para te buscar hoje cedo, mas como você estava dormindo ela não quis te acordar. –respondeu ele me estendendo um comprimido. –É para dor, o médico te receitou, mas não consegui te dar antes.
Assenti minimamente pegando o comprimido e o colocando na boca e o engolindo tão rápido que minha cabeça chegou a girar um pouco.
-Mas o que aconteceu depois? –perguntei com a voz fraquinha pela tontura.
Taylor comprimiu os lábios em uma cara de preocupação que preferia não ter visto.
Estava sendo ótimo finalmente conversar com Taylor sem brigarmos ou nos chamarmos apenas pelo sobrenome, mas isso não tornava o fato menos estranho.
-Ela vem te buscar a noite. –respondeu me empurrando o prato de ovos com bacon.
Balancei a cabeça e peguei apenas o misto quente.
Vendo minha expressão ele continuou.
-Eu liguei para David para avisar o ocorrido e ele nos deu o dia de folga. E como sua mãe e seu pai trabalham, sua mãe pediu para que ficasse comigo.
Respirei profundamente mais uma vez.
-Sabe que não precisa ficar de babá. –falei empurrando a bandeja quase intocada. Eu estava enjoada demais para comer muito.
-Eu sei que não preciso. –respondeu seco enquanto eu me ajeitava melhor e fechava os olhos ante a afirmativa. –Mas eu quero. –completou fazendo-me abrir os olhos novamente, eu estava totalmente confusa. –Você não sabe a raiva que fiquei ao ver aqueles... Se eu não estivesse naquela rua, ou demorasse mais dois minutos... –fechei os olhos e respirei fundo várias vezes tentando reprimir as lágrimas. Eu já havia chorado demais por um dia. –A questão é que eu não suportaria te ter longe, pelo menos por enquanto. Ainda me sinto responsável por você.
-Entendo. –disse eu assumindo aquele tom de voz fraquinho novamente.
Eu também não conseguiria ficar muito longe de Taylor por enquanto, ele era o meu herói, foram os braços dele que me seguraram, foram os braços dele que me deram suporte e um chão quando eu não tinha nenhum, e foi nos braços dele que eu chorei e fui consolada.
-Por que você me tratou mal desde a primeira vez que nos vimos? –perguntei mudando o rumo da conversa. Não só porque isso era uma curiosidade que eu tinha desde que nós nos conhecemos como também para pararmos de falar do ataque de ontem. Mas quando ele abriu a boca para responder o telefone tocou e ele atendeu.
-Alô. Uhum. Ela está aqui sim, quer falar com ela? –perguntou para a pessoa do outro lado da linha. –É a , ela quer falar com você. –disse Taylor me estendendo o telefone e eu o peguei prontamente.
-Oi, . –minha voz ainda continuava fraca.
-! Você está bem? –perguntou ela em tom preocupado.
-Melhor agora. E o seu pai? –perguntei. Agora era eu quem estava preocupada.
-Só você mesmo para se preocupar com meu pai enquanto passa por uma situação dessas. –disse ela em uma forma de desaprovação e admiração ao mesmo tempo. –Ele está bem, teve apenas ferimentos leves.
-Que bom. –eu achei que a conversa acabaria por aí, mas estava mais do que enganada.
-, eu sei que não é um bom momento, mas você precisa saber de uma coisa. –disse , eu quase podia vê-la mordendo a ponta da unha.
-O que é? –perguntei. Nada podia piorar, certo?
-Ao que parece, um fotógrafo que passava por ali de carro, tirou uma foto de Taylor te carregando e logo depois um médico que disse que te atendeu contou a história. –disse ela. E eu rezei para que sua próxima frase não fosse o que eu estava pensando. –Você e Taylor estão em todos os jornais e revistas agora.
Bati a cabeça contra a cabeceira da cama fazendo com que minha dor de cabeça piorasse um pouco.
Taylor puxou o telefone de minha mão e colocou no viva a voz.
-O que aconteceu ? –Taylor perguntou preocupado.
Eu apenas me recostei na cabeceira da cama deixando tudo passar por mim.
contou toda a história novamente.
Taylor cerrou os punhos, os dentes e deu vários socos na cama.
-Isso não é possível. –disse ele por entre dentes.
-Tanto é como está por todo o lugar. respondeu cansada. Eu imaginava o que ela estava passando no colégio. Todo mundo deveria estar perguntando tudo para ela. Ouvimos um barulho ao fundo. –Tenho que desligar, daqui a pouco a aula começa. Beijos e tchau para vocês.
-Tchau, . Se cuide. –disse eu pensando no que ela estava passando. –Não deixe que ninguém te amole perguntando o que aconteceu, ok?
-Ta, . Vou tentar. –respondeu aflita.
-Tchau . –disse Taylor por fim.
-Tchau para os dois. –falou baixinho e depois desligou.
Taylor entrou em seu closet e voltou de lá com um notebook em mãos.
-O que você vai fazer? –perguntei enquanto ele abria o notebook a minha frente.
-Sabe qual o maior site de fofoca dos famosos? –perguntou enquanto acessava a internet.
-Sei. –respondi e acessei o site. –Ai. Meu. Deus.
-O que foi? –Taylor tomou o notebook de minhas mãos e começou a ler. –Os atores, Taylor Lautner e , foram flagrados em uma cena um tanto quanto íntima nas ruas de Los Angeles. Segundo o requisitado médico, Roger Gruen, quase sofreu um estupro em um beco ali perto; e para sua sorte, Taylor a encontrou e nocauteou os agressores com golpes de karatê antes de levar em estado de choque para sua casa.  A verdade é que imaginamos que esse “ataque” foi forjadao como uma forma de chamar a atenção para o novo casal das telonas. O que você acha? Reportagem assinada por Rita Skeeter.
-Isso é um absurdo! Ele como médico não poderia fazer isso! –exclamei indignada. –Por que raios ele faria isso? O que ele ganha?
-Gruen não precisa de um motivo para me atingir, nunca precisou. –disse Taylor com raiva. –Só que desta vez ele passou dos limites. A briga é entre ele e eu. Ele não tinha o direito te envolver na história.
-Com assim? Você o conhece? –perguntei assustada. O que estava acontecendo ali?
-Digamos que Gruen e eu temos uma rixa desde os tempos de colégio. –respondeu Taylor cerrando os punhos.
Passei a mão em seu rosto em um gesto impensado. Quando percebi o que estava fazendo, tentei tirar minha mão dali, mas Taylor a segurou junto de seu rosto.
Taylor se aproximou de mim vagarosamente. Agora nossos lábios estavam próximos, eu sabia o que ia acontecer, e mesmo que a maior parte de mim estivesse ansiando pelo momento em que nossos lábios se encontrariam, minha parte racional gritava que aquilo não era certo.
Ignorei a parte racional e venci a curta distância entre nós colando meus lábios aos seus. Nos beijamos calmamente, uma apreciava os lábios do outro, mas essa calmaria foi embora quando Taylor pediu passagem com sua língua. Foi impossível controlar meus instintos nesse momento; eu subi minhas mãos para seus cabelos enquanto ele mantinha uma de suas mãos em minha cintura e outra em meus cabelos me segurando junto a ele. Só paramos o beijo quando o ar já nos era escasso.
Continuei com os olhos fechados, mesmo depois de nos separarmos, eu ainda não estava pronta para encará-lo depois desse beijo.
-, olhe para mim. –pediu ele após algum tempo e relutantemente eu abri meus olhos. –Você perguntou antes por que eu te tratava tão mal desde o primeiro momento que nos vimos. E eu queria dizer que...
Eu balancei a cabeça negativamente o cortando.
-Eu me precipitei. –falei voltando a fechar os olhos. –Não estou pronta para saber.
Taylor passou a mão por meu rosto e abri meus olhos novamente.
-Eu gostaria que você me chamasse de . –pedi. Eu achava muito formal, ainda mais agora que havíamos passado um longo período de tempo sem brigarmos. –Me sinto mais a vontade, ainda mais agora que... Bem, que estamos nos dando bem.
Ele assentiu, pegou a bandeja e saiu do quarto.
Taylor P.O.V.
era um verdadeiro mistério para mim, a cada segundo ela me surpreendia como ninguém. No momento em que eu estava prestes a contar para ela o porquê de tratá-la tão mal, o porquê de eu odiá-la, ela simplesmente me pára e diz que não está pronta para ouvir.
Eu sabia que tinha errado ao beijá-la, eu não sabia quais eram seus sentimentos por mim, e nem sabia ao menos se ainda a odiava, não queria brincar com os sentimentos dela, geralmente guardo isso para as garotas fúteis, mas não se enquadrava neste perfil.
Coloquei a bandeja de café da manhã de em cima do balcão e voltei para o quarto, Tereza cuidaria daquilo. Voltei ao quarto entregando uma das mudas de roupas para que a mãe dela havia deixado comigo hoje pela manhã.
Ela fez uma careta.
-Tenho mesmo que trocar de roupa? –perguntou fazendo-me rir. –Está tão confortável assim.
-Você não vai querer sair com minhas roupas. –falei enquanto ela arregalava os olhos.
–Não quero sair. –sussurrou. Eu entendia seu medo. Eu sabia que minha casa havia se tornado seu porto seguro, mesmo que por pouco tempo, pois foi aqui que ela encontrou paz depois de um trauma.
-Não precisa ter medo. –falei estendendo uma mão que ela pegou prontamente. –Não vou deixar que nada te aconteça.
Ela assentiu, usou minha mão como apoio para levantar e logo depois foi para o banheiro com minha ajuda, suas pernas ainda pareciam um pouco instáveis.
-Pode pegar uma toalha para mim? –ela perguntou abrindo a porta do boxe e ligando o chuveiro.
Abri o armário em baixo da pia e tirei uma toalha branca.
-Vai precisar de mais? –perguntei com a mão já a postos para pegar outra.
Ela apenas balançou a cabeça negativamente.
-Obrigada, Taylor, se precisar eu te chamo. –falou me dispensando. Mas não consegui me mover dali e acabei a vendo tirar a roupa.
nem havia percebido que eu ainda estava ali, ela apenas entrou no chuveiro e começou a tomar banho.
Balancei a cabeça tentando clarear os pensamentos e saí do banheiro enquanto ainda era tempo.
não demorou muito para sair do banheiro com um vestido vermelho e sandálias abertas. Ela fazia uma careta enquanto olhava para as próprias roupas.
-Está linda. –falei sentado na cama.
-Obrigada, eu acho. –falou pegando sua bolsa e tirando um pente de lá.
-Podemos ir? –perguntei.
-Só um minuto. –falou correndo para o banheiro com a bolsa em mãos e saindo minutos depois levemente maquiada. –Pelo menos assim eu fico com uma cor saudável. Para onde vamos?
-Almoçar. –respondi fazendo com que ela me olhasse incrédula.
-Mas eu acabei de tomar café da manhã!
-Já percebeu quanto tempo se passou desde que você comeu? –perguntei olhando no relógio.
-Não... –respondeu desconfiada. –Não deve ter se passado muito tempo.
-Agora é exatamente uma e vinte da tarde, o que significa que já faz três horas e vinte minutos que você comeu. –respondi esbanjando meus conhecimentos em nutrição. –Hora de comer de novo.
-Ah, não, nem pensar. Você também não!
-O que? –perguntei segurando o riso mediante a seu ataque enquanto eu a pegava pela cintura e a conduzia para a porta do apartamento.
-Você também não vai me obrigar a comer, nem pensar. –falou se desvencilhando de mim e colocando as mãos na cintura.
Dei de ombros.
-Onde vamos almoçar? –perguntou hesitando mediante a porta.
-Em um restaurante aqui perto. –respondi voltando a puxá-la com leveza.
Entramos no elevador e esperamos até que descesse.
-Acho que não me sinto muito bem. – sussurrou assim que saímos do prédio para esperar que o motorista manobrasse meu carro até a rua. O rosto dela perdeu a pouco cor que havia adquirido com a maquiagem.
Apertei-a contra mim mais uma vez mostrando que nada aconteceria a ela enquanto eu estivesse por perto.
O motorista chegou com meu carro e entramos nele. Indiquei-lhe o nome do restaurante.
-O que vamos fazer depois do almoço? –perguntou .
-Não sei. –respondi deixando meus olhos vagarem pelas ruas em que passavam. –Acho que podíamos ensaiar o script para amanhã ou pegarmos alguns filmes.
-Sem trabalho. –falou ela olhando-me assustada. –Pelo menos hoje não.
-Então o que sugere? –perguntei voltando meus olhos para ela.
-Eu estava pensando se nós poderíamos passar em alguma livraria. Preciso comprar alguns livros para o a faculdade. Vou fazer o vestibular no final deste mês, mas segundo o reitor eu entro de qualquer maneira. –falou franzindo o cenho. –Não gosto disso. Quero passar pelos meus conhecimentos, não por ser famosa.
-Para qual faculdade você vai? –perguntei beijando-lhe mais uma vez. Como eu disse antes, eu sabia que isso não era certo, mas era quase impossível me controlar, ainda mais agora com essa nossa estranha proximidade.
-Dartmouth. –falou sorrindo minimamente. –Eu sei que assim vai ser mais difícil trabalhar, mas eu já falei com David e ele concordou em conversar com todos para ver se concordam de mudar nossos locais de gravação para lá.
-Eu também vou para Dartmouth. –falei sorrindo mais ainda. Que curso será que ela faria?
-Sério? Que curso?
-Psicologia. –respondi. Depois de muito tempo eu havia conseguido livrar minha agenda de gravações ficando apenas com a série Os Imortais, tornando mais fácil meu ingresso na faculdade, coisa que eu queria fazer havia tempos.
-Eu também. – falou abismada.
Ri da ironia. Nós tínhamos mais em comum do que parecia.
Eu odiava isso, eu a odiava, mas eu também sentia algo mais por ela, só não sabia o que era.
Afinal, o que estava acontecendo comigo?

(Continua...)

Capítulo 4

P.O.V.

-Sério? Que curso? –perguntei à Taylor assim que descobri que ele iria cursar a mesma faculdade que eu.

-Psicologia. –respondeu calmamente.

Silenciei por um minuto totalmente pasma.

Se nos odiávamos, como poderíamos ter tanta coisa em comum?

Ele riu. Provavelmente pela ironia, acho que ele pensou o mesmo que eu.

Eu tinha de admitir que até esse riso irônico dele me atraia. Tudo em Taylor me atraia, sempre foi assim. E eu lamentava isso, pois tudo não passava de atração, eu não poderia nunca ceder a ele, não poderia nunca me apaixonar, por que se isso acontecesse, eu sairia machucada desta história.

Ele agora havia silenciado. Me encarava intensamente. Foi quando eu cometi o maior erro de minha vida. Eu olhei em seus olhos. Seus lindos, profundos e expressivos olhos.

Por que não me apaixonar? –pensou a adolescente romântica dentro de mim. –Afinal, eu posso fazer ele mudar, eu posso fazer com que ele se apaixone também, certo?

Lautner? Se apaixonar por mim? Só pode estar de brincadeira. –dizia minha parte machucada pelo seu ódio, meu lado vingativo. –Apenas o ignore como sempre. Não é só porque ele me salvou que eu tenho que ser eternamente grata a ele.

Eu posso deixar de ser boba e não me apaixonar, posso me divertir por um ou dois meses e depois chutá-lo, assim ninguém sairia perdendo e os dois teriam o que querem. –disse minha parte fria e analítica.

É melhor deixar as coisas do jeito que estão. –disse minha parte racional meditando. –Nós podemos ser apenas amigos, assim eu não sairia como a ingrata da história e nem voltaria a aquela guerra diária que tínhamos.

-Taylor? –chamei baixinho ignorando todas aquelas vozes em minha cabeça juntamente com meu bom senso. Ele se virou e prendeu seus olhos nos meus. Era isso, depois eu decidiria o que fazer. –Me beija. –sussurrei a última parte quase que para não me arrepender de ter pedido.

-O quê? –perguntou ele tão surpreso quanto eu comigo mesma.

-Me beija. –sussurrei novamente.

Taylor tomou meus lábios rapidamente. Não havia calma no beijo, só calor, apreciação e mais uma mistura de sentimentos que ficava cada vez mais confusa a cada segundo. Quando o ar ficou escasso, ele desceu o beijo para o meu pescoço e clavícula exposta por aquele vestido. Puxei seus cabelos querendo seus lábios nos meus novamente assim que consegui recuperar o fôlego.

Ouvi um pigarro, mas ignorei, um pigarro era insignificante perto de todos os sentimentos que me rodeavam.

Outro pigarro. Agora mais forte e mais alto. Tarde demais dei conta de que era o motorista de Taylor chamando nossa atenção.

Soltei-me de Taylor ficando vermelha. Eu podia sentir o sangue subir as minhas bochechas.

-Sim? –perguntei evitando encará-lo.

-Chegamos. –anunciou ele com a um ar de riso na voz.

Corei mais ainda.

-Já almoçou, Alfred? –Taylor perguntou ao motorista.

-Sim, senhor. –respondeu. –Devo esperá-los?

-Pode descansar, Alfred. –falou me puxando para fora do carro. –Quando eu estiver terminando eu te chamo.

Alfred assentiu e saiu dali rapidamente.

Entramos no restaurante escondendo o rosto para que ninguém nos reconhecesse e um bando de pessoas invadisse ali.

-O de sempre, Sr. Lautner? –perguntou um garçom quando nos sentamos a mesa.

-Não, hoje vou querer olhar o cardápio. Ah, e a carta de vinhos, por favor. –falou para o garçom que colocou o cardápio a nossa frente e deixou a carta de vinhos na mesa antes de sair atender outro cliente.

-Já é conhecido por aqui? –arqueei uma sobrancelha esperando que ele visse já que eu segurava o cardápio a frente do rosto.

-Digamos que já vim muitas vezes aqui. –eu não podia ver seu rosto, mas tinha quase certeza de que ele estava sorrindo.

-Não imaginava que você freqüentava restaurantes caseiros. –disse eu analisando o cardápio.

-É isso que acontece quando se mora em Los Angeles por mais de um ano. –falou baixando o cardápio e olhando para mim diretamente quando eu também baixei o meu. –Talvez algum dia você passe por isso também.

Assenti sem querer falar muita coisa. A certeza que eu havia visto em seus olhos tinha me assustado.

-Já escolheu o que vai querer? –perguntou após algum tempo de silêncio.

-Pode escolher por mim. –falei deixando meu olhar vagar pelo local e logo após em direção a janela.

Um dos homens que havia me agredido ontem me olhava fixamente do outro lado da rua, seu olho estava inchado e colorido em um tom de amarelo, roxo e preto. Fiquei tensa de imediato quando vi que ele vinha em direção ao restaurante. Engoli em seco e fechei os olhos para conter o choro, ele não podia estar vindo ali.

-Está tudo bem, ? –Taylor perguntou preocupado sentando-se no banco vago ao meu lado e segurando a face.

-Não. –sussurrei sabendo que minha voz não passaria disto. –Um daqueles dois, um dos estupradores... está lá fora, vindo para cá. –maneei a cabeça em direção a janela da melhor forma que pude já que ele segurava meu rosto.

-Olá. –disse uma voz masculina.

Era o tal Peter. Travei, não fiz mais nada; eu era uma estatua.

-O que quer aqui? –Taylor perguntou rude. Senti suas mãos deixarem meu rosto enquanto ele mudava o corpo de direção.

-Essa garota. –falou seco. –Preste atenção por onde anda, pois eu vou estar onde você menos imagina. –falou em minha direção. Eu podia sentir seu olhar queimando sobre mim. –E você vai pagar pelo que me fez. –ele falou para Taylor; foi nesse momento em que abri os olhos.

-Mantenha-o fora deste assunto. –disse eu. Meus olhos ardiam em medo, ódio e fúria.

-Ou o quê? –perguntou e eu me mantive em silêncio.

Taylor jogou os braços para trás criando uma proteção para mim enquanto o garçom que nos atendeu vinha com dois seguranças.

-Ele está incomodando Sr. Lautner? –perguntou enquanto os seguranças cercavam Peter.

-Sim, ele está. –disse Taylor, e foi o que bastou para os seguranças pegarem Peter pelo braço e arrastá-lo porta afora enquanto ele gritava:

-ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM.

Tremi involuntariamente e recostei-me na parede.

-Tudo bem, ? –perguntou Taylor virando-se para mim novamente e secando uma lagrima que teimou em cair de meus olhos.

Assenti fechando os olhos novamente.

-Acho que só preciso de um pouco de água. –sussurrei me abanando com as mãos. Eu suava frio.

Taylor fez o nosso pedido. A água veio de imediato, e eu a bebi com extrema sede.

-Se sente melhor? –perguntou Taylor assim que esvaziei a primeira taça de água.

-Um pouco. –fui capaz de responder com um pouco mais de força do que antes.

_x_

Depois do almoço fomos à livraria para comprar os livros para a faculdade e depois viemos direto para cá.

Agora estávamos sentados debaixo de uma árvore a beira do lago em um parque isolado da cidade. Eu nunca tinha vindo aqui, fiquei feliz de conhecer um lugar tão belo e tranqüilo para descansar.

-Faz tempo que não vou a um lugar como este. –falei me ajeitando na manta para ficar na sombra da árvore.

-Eu vinha aqui com a minha mãe quando me mudei para L.A. – Taylor falou de algum lugar a meu lado direito. –Mas agora...

-Não tem tempo. –completei sua frase. Eu conhecia a vida de um ator agora que era uma. Nunca tínhamos tempo para nada, nossa vida se resumia em gravações, ensaios, premieres, festas beneficentes, peças de teatro e shows que tínhamos que marcar presença. Tudo isso tirando entrevistas e programas de auditório.

Sorri com todo este pensamento. Apesar de tudo o que era chato e cansativo nisso eu gostava de exercer minha profissão.

-Você gosta disso? –eu quase podia ver o sorriso torto de Taylor.

-Apesar de tudo eu gosto do que faço. –falei sorrindo ainda. –Você não?

Ele soltou uma gargalhada tão verdadeira e leve que cheguei a me questionar se esse era o mesmo Taylor que eu conhecia.

-Você acha mesmo que se eu não gostasse disso eu estaria aqui? –perguntou ele fazendo um gesto abrangente. Eu sabia que ele se referia a cidade.

Dei de ombros e me recostei nele.

-Não sei, existe louco para tudo. –argumentei deixando que ele me deitasse em suas pernas passasse as mãos em meus cabelos. –Isso é bom.

Ele parou o movimento bruscamente e eu o olhei indignada pouco antes dele me colocar de lado e sair correndo.

-Hey! Volta aqui! –saí correndo atrás de Taylor e pulando em suas costas quando o alcancei. –Assim não vale, sabia? Suas pernas são bem maiores do que as minhas.

-Cada um joga com o que tem. –falou virando o rosto para mim.

O beijei sem ligar para quem via ou o que aconteceria depois.

-Quero sorvete. –pedi olhando fixamente para o carrinho que passava por ali. –De morango.

-Ok, senhorita. Estou a seu dispor. –falou tirando a carteira do bolso e se encaminhando para o carrinho. –Um sorvete de morango e um de passas ao rum. –falou analisando a plaquinha de preços e sabores.

-O de morango é para quem? –perguntou o sorveteiro e eu estiquei a mão.

-Para mim! –falei como uma criança esbaforida. Eu amava sorvete.

Ele me entregou o sorvete rindo, eu só não sabia se era pelo local onde eu estava ou se pela minha reação.

-Você é louca. –disse Taylor se afastando do carrinho após pagar e pegar o seu sorvete.


-Agora que você descobriu? –perguntei inocentemente enquanto descia das costas dele e pegava minha bolsa que estava em baixo da árvore enquanto ele pegava a manta. –Nós já vamos?

Ele sorriu matreiro.

-Pensei que seria legal se déssemos um mergulho na piscina do meu apartamento. –eu empaquei no caminho. Nem o sorvete chamou mais minha atenção do que suas palavras.

-Co...como?  -perguntei envergonhada por antecedência. Eu não queria que ele me visse de biquíni.

Ok, ok. Eu sei que ele já meu viu só de lingerie, mas eu ficava com vergonha de qualquer jeito. E afinal, eu nem tinha biquíni mesmo.

-Não gosta de piscina? -perguntou com um sorriso torto que quase me fez esquecer o que estava pensando.

-Eu gosto, mas... -comecei a responder, mas logo baixei os olhos.

-Mas... -Taylor me instigou a continuar.

-Não tenho biquíni aqui. -deixei a vergonha de lado e encarei seus olhos.

-Eu já ia chegar nessa parte. -falou rindo da minha cara.

-Então vamos comprar, se é isso que você queria dizer. -disse eu revirando os olhos enquanto pegava minha bolsa. -E sem gracinhas enquanto eu experimento.

Taylor ergueu as mãos na altura dos ombros e disse:

-Tudo bem.

Ri de seu gesto e comecei a me direcionar para a saída do parque. Algo me dizia que essa compra seria bem longa.

Taylor P.O.V.

-, sai logo desse provador, eu juro que não vou rir. -eu a chamava pela milésima vez.

-E o que me garante isso? -ela perguntou colocando apenas a cabeça para fora do provador.

Sorri e fique encarando-a.

-Não vai responder? -perguntou irritada após algum tempo de silêncio.

-Vamos , você não deve ser tão gorda assim. -respondi assumindo um tom sério só para vê-la irritada.

-Você não disse isso. – falou começando a ficar vermelha.

-O quê? Que você não deve ser tão gorda? -perguntei fazendo-me de desentendido.

colocou a cabeça dentro da cabine de novo e pude ouvi-la trocar de roupa. Fiquei preocupado quando percebi que ela demorava.

-... -chamei me aproximando da cabine, mas temeroso que ela estivesse trocando de roupa ainda.

-Já saio. -falou com a voz leve. -E aí, o que achou? -perguntou abrindo a cortina da cabine e revelando-se em um biquíni que valorizava bem suas curvas sem ser vulgar. -Fale alguma coisa Lautner. -disse saindo da cabine e desfilando pela pequena loja.

Que pernas eram aquelas? Eu mal podia acreditar que escondia esse corpão em baixo de calças e camisetas soltas.

-O gato comeu sua língua? -perguntou fechando minha boca que até agora eu não tinha percebido estar aberta. -Ou foi a gata? -sussurrou em meu ouvido.

-Vai levar? -perguntou a vendedora colocando a mão em meu ombro.

-Os dois que experimentei. – respondeu sorrindo. -Só vou me trocar. -disse olhando para o biquíni e se encaminhando para o provador logo em seguida.

voltou logo em pouco tempo e foi para o balcão pagar a compra. Só nesta hora me lembrei de que queria presenteá-la com o biquíni e também me encaminhei para o balcão entregando meu cartão para vendedora antes que ela o fizesse.

-Esquece. -disse ela tirando meu cartão das mãos da vendedora e entregando o seu no lugar. -Eu pago.

-Não vou deixar você fazer isso, considere como um presente. -disse eu puxando sua mão que segurava seu cartão e entregando o meu novamente sem desviar meus olhos dela.

Ela sorriu minimamente.

-Não sabia que era um cavaleiro. - disse baixando o rosto e adquirindo uma leve coloração avermelhada. -Pelo menos nunca demonstrou ser para comigo.

-Por que você sempre fala tão formalmente? -perguntei curioso enquanto a vendedora lhe entregava a sacola com os biquínis.

me olhou confusa.

-Você percebeu isso? -perguntou me olhando de rabo de olho enquanto eu me virava e dava um "tchauzinho" para a vendedora que acenava para mim.

riu descaradamente quando viu a cara que a vendedora fez e eu a acompanhei.

-Preciso sair mais vezes com você, isso não é uma coisa que se vê todos os dias. -disse entrando no carro e cumprimentando Alfred com um aceno discreto.

-Você não respondeu minha pergunta. -falei lembrado-a do assunto.

respirou profundamente antes de responder.

-Só faço isso quando tenho uma emoção forte. Digo, quando estou nervosa, envergonhada, com medo... Acho que é um mecanismo de defesa. -disse dando de ombros.

-É engraçado. -falei fazendo-a olhar-me indignada.

estreitou os olhos e disse:

-Isso terá troco, Lautner.

-É o que veremos. -disse eu zombando de sua cara. -Para casa, Alfred, para casa. -pedi.

_x_

-Agora pague Lautner. -disse Camila de algum lugar atrás de mim. E antes que eu pudesse me virar para vê-la senti seu corpo batendo contra o meu poucos segundos antes de cair com tudo na piscina. -Eu disse que você ia pagar. -disse ela já na beira da piscina quando emergi.

-Isso é covardia , se aproveitar da minha distração e do fato de eu estar à beira da piscina. -falei tão formal quanto ela apenas para provocá-la.

-Sabe, eu esperava um: "Você tem razão, Camila. Eu não deveria ter zombado do fato de você falar tão formalmente." Mas vejo que você vai ter que pagar por isso mais vezes. -disse com um brilho no olhar.

-Enquanto isso você é que me paga. -a puxei para dentro da piscina por suas pernas.

afundou pesadamente e emergiu poucos segundos depois tossindo muita água.

-Sabe Taylor, você precisa aprender a ser mais delicado. -falou com a voz fraca enquanto eu lhe dava apoio para sair da piscina. O contato com sua pele me mandava pequenas correntes elétricas nunca experimentadas antes.

-Fico feliz que tenha largado o Lautner. -falei envergonhado por saber que ela tinha razão, eu não era acostumado com garotas delicadas, inteligentes e intrigantes como ela. Geralmente eu lidava com garotas frias e superficiais, que teriam lidado com a mesma situação soltando apenas um ridículo gritinho agudo.

riu (para meu alívio).

-Porque não era adequado ao momento. -falou se deitando de bruços na beira da piscina e ficando com o rosto próximo ao meu, já que eu estava dentro da água. -Eu também prefiro que me chame de
 ou de
. -disse acariciando meu rosto, meus olhos se fechando a seu toque. -Soa mais puro e direto, menos forçado e masculino do que .

Não aguentando mais aquela ladainha cacei seus lábios a calando. alternava entre me beijar e mordiscar meu lábio inferior e a sensação era ótima, era como algo nunca provado por mim antes.

Ficamos o resto da tarde ali na piscina, conversando, brincando, se divertindo. Algo totalmente diferente para nós dois contando que nos odiávamos.

Já era noite quando a mãe de ligou pedindo que a levasse para sua casa.

-Está entregue. -falei assim que estacionei o carro em frente a sua grande casa.

Ela sorriu minimamente.

-Eu me diverti muito hoje. -falou olhando para o lado de fora evitando que nossos olhos se encontrassem.

-Que bom que gostou. -falei na esperança de que ela olhasse para mim.

assentiu e se virou para meu lado novamente, só que agora com um enorme sorriso nos lábios.

-Até amanhã. -falou depositando um beijo em meu rosto e abrindo a porta do carro logo em seguida.

Segurei seu braço e a virei para mim lembrando-me de ser delicado, como ela havia dito há algumas horas atrás. A puxei para mim e a beijei como se aquela fosse a última vez que nos veríamos. Não sei porque estava assim, mas sentia que aquela seria uma última vez.

-Até amanhã . -sussurrei tirando os braços dela e a deixando ir para sua casa, para sua vida.

(Continua...)

Capítulo 5

P.O.V.

-, é você? –minha mãe saiu da cozinha assim que abri a porta da frente. –! Eu fiquei tão preocupada! –minha mãe correu até mim e me pegou em um abraço sufocante. –Você está bem? –perguntou me afastando e examinando cada pedacinho de pele exposta.

-Estou bem mãe. –falei virando os olhos enquanto ela fazia-me virar em direções diferentes. –É sério.

-É? E o que é isso então? –ela perguntou cutucando um roxão em minha perna.

Retesei, mas logo dei de ombros.

-Eu caí. –respondi simplesmente, mas para falar a verdade, nem eu sabia de onde aquele roxo tinha vindo.

-Tem certeza? –minha mãe perguntou desconfiada.

Assenti cansada.

-Tudo bem, depois conversamos melhor. –disse ela me empurrando até a escada. –Agora vá tomar um banho, relaxe e ligue para . –instruiu me empurrando escada acima.

-Ligar para a ? –perguntei confusa enquanto ela abria a porta do meu quarto e me puxava até o banheiro.

-Ela está te ligando há horas, diz que você não atende o celular. –minha mãe disse ligando o chuveiro e me ajudando a me livrar de minhas roupas.

-Acabou a bateria. –respondi entrando em baixo da água quente que instantaneamente relaxou meus músculos.

-Tudo bem, já coloco para carregar. –disse minha mãe se direcionando para a porta do banheiro. –O Taylor não quis entrar querida? Queria tanto agradecer a ele novamente.

Fechei os olhos fazendo uma cara culpada. Eu sequer o havia convidado.

-Não mãe, ele ia visitar os pais dele, eles estavam preocupados com o que aconteceu. –menti usando meus talentos de atriz para esconder a centelha de culpa em minha voz.

-Tudo bem filha, que roupa você quer que eu pegue? –minha mãe gritou do quarto. Sinceramente, qual era o problema de voltar ao banheiro e perguntar?

-Pijama, depois do banho vou cair na cama. –respondi em um tom de voz normal.

Assim que terminei o banho e me troquei, corri para o telefone do meu quarto ligar para .

-Alô. –ela atendeu no segundo toque, sua voz estava alerta.

-Esperando que eu ligasse? –perguntei convencida.

-Ai , você quase me mata de susto ao me deixar sem notícias suas.
respondeu em tom aliviado. –Ainda mais depois da notícia que eu vi hoje pela tarde. Não que eu não confie no Taylor, eu sabia que ele ia cuidar de você, mas...ela começou a tagarelar, mas tudo que minha mente processou foi a parte da notícia que ela havia visto pela tarde.

-Que notícia? –a interrompi após algum tempo.

-Você não sabe?
–perguntou ela com uma voz culpada, com certeza não era algo bom.

-Que notícia é essa, ? –perguntei por entre dentes. Já não me bastava o que havia acontecido ontem?

-Você e Taylor... tomando sorvete e sendo amigos... em um parque?
–sua resposta veio mais como uma pergunta.

Fechei os olhos e massageei as têmporas em uma tentativa de me acalmar. Eu não duvidava que a imprensa caísse em cima de nós; era apenas uma questão de horas.

-Tem mais alguma coisa? –perguntei cansada. Apesar de tudo, eu duvidava que tivesse algo a mais, pois a imprensa sempre estava atrás de “novos casais”.

Pude ouvi-la respirar fundo antes de responder.

-Acharam e prenderam o agressor que invadiu o restaurante atrás de você hoje.
–disse ela fazendo-me cair com tudo em cima de minha cama. Está em todos os jornais de edição vespertina.

Passei as mãos pelo cabelo sem saber o que fazer, aquilo era de mais para mim. Realmente eu não sabia o que pensar, minha vida se tornaria um inferno a partir deste momento, uma das desvantagens de ser famosa.

Assenti mesmo sabendo que não veria.

-Tudo bem, . –falei para tanquilizá-la. –Nos vemos amanhã na aula?

-Tem certeza de que vai?
–ela perguntou meio duvidosa, mas eu sabia que era o certo a se fazer.

-Vou, afinal, não dá para perder tanta aula de física desse jeito. –comentei rindo.

-Então até amanhã sister.

-Até amanhã. –me despedi e desligamos o telefone.

Ao me tornar atriz eu sabia que a fama, paparazzi e a falta de privacidade estariam presentes em minha vida, sabia que o que acontecia hoje com toda a certeza iria acontecer algum dia.

“Grandes vitórias vêm com grandes sacrifícios.”

A frase pairou em minha mente por algum tempo. Eu não sabia de onde a frase vinha, mas ela me ajudou a seguir em frente e não desistir de meu sonho quando pensei em fazê-lo. E era essa mesmo frase que me faria seguir em frente.

-, você quer comer algo? –perguntou minha mãe entrando no quarto.

-Só se for aquele sanduíche que só a Marta sabe fazer. –falei sorrindo um pouco para disfarçar meu choque; minha mãe não precisava passar por isso.

-Tudo bem então. –disse minha mãe estreitando os olhos desconfiada. –Mais alguma coisa?

-Aquele suco que só a Marta sabe fazer também. –pedi deitando na cama e pegando o texto que gravaríamos no dia seguinte.

-Não quer me contar nada? –perguntou ela quando estava a meio caminho da porta. Xinguei mentalmente seu instinto maternal.

-Nada mãe. –respondi ligando a TV para disfarçar. –Só estou um pouco cansada. –comentei mudando para o Tele Cine Premium a fim de ver algum filme.

Minha mãe me olhou desconfiada mais uma vez antes de sair porta a fora sem dizer nada.

Soltei o ar que eu nem sabia estar segurando lentamente e me joguei para o telefone novamente. Precisava avisar o Taylor. Ele atendeu quando estava prestes a cair na caixa postal.

-Aconteceu alguma coisa ?
–perguntou ele assustado. Pela sua voz, ele estava quase dormindo.

-Estamos em todas as noticias de jornais, sites e revistas vespertinas. –soltei sem me importar se estava o atrapalhando e se o chocaria ou não.

-O QUÊ?
–Taylor gritou ao telefone tendo exatamente a reação que eu esperava. –Quando soube disso?

-Agora há pouco. –respondi engolindo em seco e respirando profundamente antes de prosseguir. –E a polícia conseguiu encontrar e prender um dos agressores.

-Pelo menos isso aqueles policiais conseguiram fazer. –Taylor disse com a voz ácida. Ele estava gostando dessa situação tanto quanto eu.

-Logo nos chamarão para um novo depoimento. –deduzi jogando-me contra meus travesseiros. –E se o advogado de qualquer um dos dois for bom, eles também vão querer te acusar por agressão.

-Que venham!
–exclamou Taylor raivoso. Em meia hora passo para te buscar, vamos conversar com meu advogado.

-Não Taylor, melhor não.

-COMO ASSIM MELHOR NÃO?
–ele gritou e eu afastei o telefone da orelha.

-Estamos cansados, você está com a cabeça quente e eu tenho aula amanhã cedo. Podemos deixar isso para amanhã depois das gravações. –respondi com toda a calma do mundo. –Pode ser?

-Que seja.
–Taylor respondeu tentando controlar a raiva na voz, mas obtendo pouco sucesso.Até amanhã. –e ele desligou sem me dar a chance de falar.

-Até amanhã. –sussurrei para o nada antes de devolver o telefone ao seu suporte.

_x_

Rolei na cama e senti algo contra minha bochecha; era frio e áspero. Abri os olhos minimamente para ver o que era e dei de cara com um bilhete. Tratei de despertar um pouco mais para poder lê-lo.

“Não quis te acordar, achei que merecia mais uma manhã de folga. Qualquer coisa me ligue.

Ass. Mamãe.”

-Mãe! –exclamei para o nada pulando da cama. Eu não podia perder aula hoje, tinha prova.

Corri para o banheiro e tomei um banho em tempo recorde. Quando terminei, corri para o closet e peguei a primeira roupa que vi na frente, o que resultou em uma produção um tanto quanto egocêntrica em minha opinião.

Fiz uma maquiagem leve e corri para a entrada da casa parando apenas na cozinha para pegar uma barrinha de cereal e uma caixinha de suco de soja antes de correr para carro sem que ninguém me visse.

Joguei minha mochila no banco do passageiro e assumi a direção me desesperando ao me dar conta de que chegaria atrasada.

Liguei para colocando os fones no celular para evitar atrapalhar enquanto dirigia.

-Oi .
–respondeu ela com aquela voz que sempre tinha pela manhã, voz de sono.

-Oi , você pode me esperar na secretaria? Vou chegar um pouquinho atrasada hoje. –pedi costurando por entre os carros, quanto mais rápido eu fosse, melhor.

-Mas você não ia ficar em casa hoje?
–perguntou ela um pouco mais desperta.

-Quem disse isso? –rebati fazendo uma curva sem prudência alguma.

-Sua mãe. Ela disse que você estava cansada e precisava descansar.
respondeu voltando ao seu tom normal de voz.

Bufei indignada. Minha mãe sabia que eu estava perdendo muita aula ultimamente, também sabia que hoje eu tinha prova, então por que diabos ela me fazia isso?

-Só me espere na secretaria, ok? –pedi mais uma vez. –Tenho que desligar, estou no transito.

-Tudo bem, até daqui a pouco.
disse pouco antes de encerrarmos a ligação.

Poucos minutos depois estacionei o carro em uma vaga que era considerada uma das mais horríveis do estacionamento dos alunos, mas considerando o horário, era a única que havia sobrado.

Corri pelo campus até a secretaria tropeçando algumas vezes no caminho.

-! –exclamei estendendo a mão para a minha amiga antes de tropeçar pela última vez ao chegar à secretaria. –Perdi muita coisa?

Ela apenas jogou vários jornais em cima da mesa, todos continham fotos minhas e do Taylor, mas o que mais me chocou foi o mais recente, o que havia saído esta manhã.

-Não acredito que ele fez isso. –sussurrei chocada. Ele havia agido por conta própria, com a cabeça quente, isso não poderia ter acontecido. –Ele estava com a cabeça quente, ele não... ele não... –mas eu não sabia o que ele não deveria ter feito.

-Como você sabe que ele estava nervoso? –perguntou me puxando pelo braço após juntar os jornais, já era quase nove e meia, a segunda aula estava prestes a começar.

-Eu liguei para ele para contar tudo. –respondi fitando-a. Eu sentia o desespero e a vergonha pelo ato transparecer em minha face.

-Você não fez isso. –disse incrédula.

-Eu fiz. –respondi só agora dando conta de minha burrada. –E ainda disse para ele que podíamos resolver os problemas hoje depois da gravação, ele estava com a cabeça quente, então...

-Depois de tudo que a Gabi nos contou sobre ele? Ela disse que ele estava melhor ultimamente.

Gabi é minha amiga e prima de Taylor, ela nos contava muito de seu primo famoso. Quando ele ficava com raiva de algo, o que segundo ela era raro, ele saia para “dançar” e acabava expondo muito mais de sua vida do que o normal.

-Melhor ele saber por mim do que descobrir sozinho. –falei dando de ombros, eu pensava nisso depois.

-Vocês precisam conversar, isso sim. –disse abrindo a porta de nossa sala assim que soou o sinal para a segunda aula e quase sendo atropelada por uma orla de alunos que saíam dali.

Comecei a rir de sua cara de susto assim que entramos na sala agora vazia.

-Você me parece bem. Melhor do que eu esperava do que estivesse. –disse Sr.ª Shang se aproximando enquanto nos sentávamos em nossos lugares.

-Apesar de tudo, ontem tive um dia tranquilo. –respondi olhando para minha professora favorita, ela era tão carinhosa e educada conosco, diferente de todos os outros.

-Vejo que seu namorado a tratou bem. –disse ela sentando-se na cadeira ao lado da minha.

Balancei a cabeça rindo.

-O Taylor não é namorado dela Sr.ª Shang. – falou por mim.

-É mesmo? Então eles são o que? –Sr.ª Shang perguntou erguendo as sobrancelhas. É claro que ela não acreditava nisto.

-Apenas colegas de elencos, amigos, para falar a verdade. –respondi meio indecisa, eu já não sabia o que éramos. Eu queria ser amiga dele, mas a noticia de hoje havia me deixado meio chocada, talvez até magoada.

A Sr.ª Shang assentiu mesmo sem concordar e voltou a sua mesa enquanto aos poucos os alunos começavam a chegar e ocupar seus lugares antes que o segundo sinal batesse.

-! –gritou Gabi pulando em mim assim que me viu.

-Sem me... sufocar. –falei soltando-me de seu abraço.

-Liwake. –ela desculpou-se em sua língua favorita, o Japonês.

Assenti puxando sua carteira para mais perto da minha.

-O que eu perdi? –sussurrei enquanto a Sr.ª Shang começava a fazer a chamada.

-Olha em volta. –Gabi sussurrou de volta e eu o fiz vendo vários pares de olhos voltados para nós. –Eles vão cair em cima de você até a hora do almoço.

Ri baixinho, isso não era dúvida, mas eu não ia dar as informações necessárias para ninguém.

-Taylor quer falar com você. –Gabi sussurrou de volta quando a chamada terminou e a Sr.ª Shang começava a passar a matéria no quadro. Abri meu caderno e comecei a copiar para disfarçar.

-O que ele quer que não pode esperar até eu chegar ao stúdio? –perguntei também sussurrando para que ninguém desconfiasse de nada. Essa atenção de todos já começava a incomodar, geralmente as coisas não eram assim.

-Não sei. –Gabi respondeu. –Só sei que ele disse que era importante. Mas cuidado, ele está estressado e na maior ressaca.

Reprimi uma careta e voltei minha atenção para a aula, era melhor assim.

Taylor P.O.V.

Acordei com uma dor de cabeça filha da puta. Olhei para o lado e vi a tal de Hannah, com quem estava ontem a noite adormecida a meu lado. Meu relógio de cabeceira marcava sete horas da manhã então decidi tomar um banho frio com o intuito de dissipar um pouco dessa ressaca.

Quando saí do banho não fiz questão de acordar ou olhar para Hannah, eu apenas fui para a cozinha providenciar meu café da manhã e ligar para Gabi, minha prima e amiga de .

Apesar de ter colocado a culpa em por todos meus atos da noite de ontem, eu precisava falar com ela, saber onde ela estava e com quem.

Peguei o telefone sem fio e o levei para cozinha onde Tereza já colocava a mesa.

-Bom dia Sr. Lautner. –ela me saudou.

-Bom dia Tereza. – respondi me sentando a mesa. –Você poderia levar uma bandeja para meu quarto? Não estou em condições de tomar meu café da manhã com Hannah.

-Mas é claro Sr. Lautner. –disse ela com um sorriso zombeteiro, eu sempre pedia isso quando trazia alguma mulher para casa e hoje não seria diferente.

Assim que Tereza saiu da cozinha disquei o número de minha prima. Ela atendeu no segundo toque.

-Espero que seja importante para você ter ligado essa hora. –Gabi me saudou com toda a delicadeza que era sempre dirigida a mim.

-Bom dia para você também. –zombei. –E sim, é importante, eu preciso de um favor seu.

-Pode falar.
–disse ela. –Mas fala rápido que daqui a pouco vou sair.

-Eu liguei para seu celular. –afirmei achando que minha prima era louca.

-Sim, mas não gosto de dirigir falando ao celular, mesmo que seja no fone ou com o viva a voz ligado.

-Que seja. –resmunguei agora tendo certeza de que Gabi era louca. –Você pode pedir para me ligar mais tarde? –pedi de uma vez.

-Você não pode ligar diretamente para ela? Kami ni yotte!*
-disse ela em exasperada.

-Acho que depois de ontem ela não vai mais querer falar comigo. –respondi nostálgico enquanto pegava o jornal e via ali mais um motivo para não querer falar comigo.

*Kami ni yotte: Por Deus em Japonês.

-O que aconteceu? –ela perguntou assumindo um tom preocupado.

-Ela vai te contar. –afirmei enquanto lia a matéria que continha minha foto junto com Hannah. –Apenas... Apenas diga que é importante.

-Tudo bem. –Gabi concordou com a voz cansada. Apenas se cuide e se policie para não fazer mais besteiras.

-Se cuida também. –falei pouco depois de ela ter desligado por não receber uma resposta.

Joguei meu peso contra a cadeira e quase caí com a força que eu empenhei.

-Cuidado gato, assim você pode cair. –disse Hannah entrando na cozinha.

Ela estava apenas com uma camisa minha. Provavelmente era uma que eu havia deixado a vista.

-Tereza não te levou o café? –perguntei arqueando uma sobrancelha, nenhuma mulher havia recusado o café na cama até hoje.

-Preferi vir aqui e fazer o desejum com você, gato. –disse ela manhosa sentando-se a meu lado na pequena mesa da cozinha.

-Que pena, Hannah, perdeu tempo. –disse eu me levantando e virando as costas para ela. –Tenho um compromisso daqui a meia hora, mas sinta-se a vontade para utilizar o apartamento até lá. Se eu precisar te chamo. –dito isto fui para meu quarto trocar de roupa para ir ao escritório de Paul, meu empresário, pedindo que ele abafasse o caso estupro e marcasse um horário com meu advogado.

Coloquei uma roupa qualquer querendo adiantar o processo, queria sair daquele apartamento o mais rápido possível.

Meia hora depois eu saia as pressas de meu apartamento, eu resolveria aquela situação o mais rápido possível.

P.O.V.

Horário de almoço, eu estava parada em frente ao portão da escola pronta para ir para o stúdio, mas não conseguia mover um músculo sequer. Me apavorava a ideia de sair dali sozinha e que um dos agressores me encontrasse.

-Vamos, . – implorava para mim tentando me puxar em direção ao carro. –Olha, se você tem tanto medo assim, como você conseguiu chegar até aqui hoje? –perguntou impaciente. –Pelo que eu saiba, você veio sozinha.

-Acho que na pressa acabei não pensando no perigo de vir sozinha. –sussurrei virando na direção do colégio novamente.

-Nem pensar dona . –disse pegando meu braço e tentando me arrastar para o estacionamento novamente, mas não obtendo sucesso. –Você não vai voltar.

Respirei profundamente antes de responder.

-Calma . Só vou ao banheiro e fazer uma ligação antes de ir. –falei andando em direção ao pátio novamente.

-Tudo bem, vou esperar no meu carro, você vai comigo. –revirei os olhos ante as palavras dela. –E nem adianta fazer essa cara, porque se depender de você, só sairemos daqui quando o Taylor vier nos buscar.

Revireis os olhos e saí dali o mais depressa que pude, pois os paparazzi começavam a aparecer ali no portão do estacionamento.

-, sinto muito pelo fim do seu namoro. –disse a idiota da Carrie, a rainha do colégio, assim que entrei no banheiro e ela me viu refletida no espelho enquanto retocava sua maquiagem (leia-se máscara de falsidade).

-Que namoro? –perguntei me aproximando do espelho para prender o cabelo com um palito que achei em minha bolsa.

-Seu e do Taylor, é claro. –ergui minhas sobrancelhas em sua direção. Do que ela poderia estar falando? –Vocês não terminaram? Desculpa! Eu juro que não sabia! Desculpa mesmo amiga, eu sei como é ruim receber uma notícia dessas por terceiros, mas o Taylor te traiu. –disse com os olhos arregalados enquanto mexia em algo em seu celular.

Eu ri assim que ela concluiu sua fala. Carrie só podia estar louca. Mas parei se rir assim que ela me mostrou o que via em seu celular. Assumi um tom sério ao ler a matéria; um sentimento estranho ameaçava me dominar, eu não sabia o que estava acontecendo.

Porque esse vazio apareceu quando vi que Taylor saiu com uma garota publicamente ontem a noite logo após termos passado um dia maravilhoso juntos? Afinal, ele era solteiro, livre, assim como eu. Aqui que tivemos ontem foi apenas diversão, não foi?

Ri nervosa.

-Nós nunca namoramos para que ele me traísse, Carrie. –falei incorporando a atriz que eu era e tentando mostrar indiferença.

-É mesmo? –ela perguntou inquisitória. –E o que é isso aqui? –mostrou-me o celular novamente, agora mostrando uma foto onde Taylor e eu conversávamos e trocávamos beijos em baixo de uma árvore no parque.

-Apenas diversão. –respondi não sabendo por que aquelas palavras causavam um aperto em meu peito.

Carrie deu de ombros e saiu do banheiro sem dizer nada e eu fiquei apenas ali, encarando minha imagem no espelho enquanto uma confusão de sentimentos me atingia.

Dei um jeito de melhorar um pouco minha aparência e fazer tudo o que tinha para fazer ali em pouco tempo, eu não podia esquecer que ainda tinha uma tarde inteira de trabalho pela frente.

Poucos minutos eu saia do banheiro em uma versão mais calma, melhorada e controlada de mim. Eu não liguei para Taylor, se ele quisesse falar comigo que falasse pessoalmente no stúdio, pois fora disso não falaríamos mais do que necessário.

(Continua...)


 Capítulo 6

Taylor P.O.V.

Eu andava angustiado de um lado para o outro dentro do stúdio. não havia me ligado e estava atrasada novamente, minha mente ficava imaginando mil situações para o que havia acontecido, e nenhuma dessas hipóteses era boa, tornando a preocupação algo estampado em minha face.

O alívio percorreu meu sistema nervoso assim que a vi atravessar o stúdio em direção a David e a mim. Mas assim como ele veio, ele foi embora no momento em que ela direcionou apenas um aceno de cabeça formal em minha direção.

-Desculpa a demora novamente David. – disse com o semblante um pouco abatido. –Tive de enfrentar muitos paparazzi hoje, pelo o que aconteceu.

-Não se preocupe , isso é totalmente aceitável. –disse David franzindo o cenho em sua direção. –Só tente desviar deles quando possível.

assentiu deixando-se abater por meros segundos.

-Agora vamos todos para o auditório. –David gritou para todos e colocou o braço em volta dos ombros de conduzindo-a.

Fiquei parado por alguns segundos tentando descobrir o motivo da distancia de .

-Taylor, para seu próprio bem, não fale com a por enquanto. –disse aparecendo a meu lado do nada.

Olhei para ela espantado, como ela conseguia aparecer tão silenciosamente assim?

-Por quê? –perguntei enquanto a acompanhava lentamente até o auditório.

-Você a expôs demais e depois de tudo o que aconteceu, o que precisa é calma, e não escândalos iguais aos que você de mete. – falou brandindo o dedo para mim. –Você se meter sozinho em um escândalo é uma coisa, mas você se meter em um escândalo e levar minha amiga junto, como fez hoje, é outra completamente diferente.

-Do que você está falando? –perguntei me fazendo de desentendido, mas já sabendo o que ela falaria.

-Da vadia que você saiu ontem a noite, é claro!

Reprimi uma careta.

-Você está falando da Hannah?

-A vadia tem nome? – perguntou ironicamente antes de parar na entrada do auditório. –Você sabia que está sendo tachada de corna a torto e direito? Você sabia que ela está totalmente decepcionada com você? Poxa! Ela pensou que essa fase de brigas entre vocês dois fossem melhorar, ainda mais do jeito que vocês estavam se tratando ontem a tarde! Como você pode mudar seu comportamento dessa maneira de uma hora para outra Taylor?

Eram tantas perguntas sem resposta, tantas confusões e dúvidas para mim. Eu sabia que tudo o que havia falado era verdade, mas foi impossível controlar meu impulso ao...

-Quer saber? Não importa! –disse cortando meus pensamentos enquanto começava a se afastar de mim para entrar no auditório. –Apenas fique longe de mim de da . –ela se virou e entrou no auditório irritada com minha inércia.

Demorei alguns segundos processando tudo o que havia me dito antes de entrar no auditório e dar de cara com todo o elenco e toda a equipe do filme que me aguardava para começar a reunião.

-Agora que Taylor se juntou a nós podemos começar. –David disse assumindo a frente do palco de ensaio ou por vezes, gravação.* -Bem, devido ao que aconteceu ontem, -ele começou olhando para e eu fui sentar a seu lado para dar apoio, mas retesando no momento em que ela mudou de poltrona com a minha aproximação. –teremos de gravar amanhã. –a notícia foi recebida com espanto, mas para o bem da sanidade de David, todos se mantiveram quietos. –Sim, ninguém está gostando do fato de ter que trabalhar no sábado, mas já tínhamos planos para gravar durante três dias, e esses três dias não podem ser reduzidos.

-Mas e a festa de lançamento do trailer do filme amanhã, David? Não podemos faltar! –Rachelle tomou partido para saciar a duvida de alguns.

-As gravações vão começar mais cedo, Rachelle. –explicou David. –Depois passarei os horários exatos para vocês. Mas não se preocupem com nada, tudo foi minuciosamente calculado para que vocês tivessem tempo de descansar e se arrumar antes da festa. Por isso peço que deixem de lado suas “curtições” por um dia, -David disse fazendo aspas no ar enquanto me encarava. –e descansem, pois amanhã o dia será puxado.

bufou irritada.

-Mas David, amanhã é meu dia de repor as aulas que eu perco na semana por causa das gravações. Eu não posso faltar mais! –ela disse ansiosa enquanto roia uma unha ansiosamente.

-Eu tomei a liberdade e conversei com os seus professores, . –disse David descendo do palco e vindo em nossa direção. –E eles estão abertos a mudar o dia desta sua reposição. É só mais esse sábado e depois férias para vocês, paciência.

assentiu cansada.

-E você Taylor? Algo a dizer? –David perguntou se aproximando mais ainda enquanto eu recuava mentalmente. –Ouvi dizer que sua vida anda agitada. –ele me desafiou.

-Nada que eu não vá parar a partir de agora. –respondi tomando a decisão de abdicar de minha diversão por algum tempo.

David assentiu e se virou na direção de todos novamente.

-Elenco, no palco, por favor. –ordenou fazendo com que todos os atores se deslocassem de seus lugares até o centro do palco, deixando e eu na frente. –Dublês, estão dispensados. Nos vemos daqui há três meses. Roteiristas, mãos a obra, ainda temos que trabalhar muito para trazer Lua Azul a realidade. Produção de efeitos, retoques finais no trailer e efeitos especiais no que está gravado, já! Fique aqui apenas produção técnica, atores e assistentes. O resto está dispensado.

-E o que nós fazemos, David? –perguntou April Matson, a garota que interpretava a Haven.

-Oh, desculpe April, vocês podem tirar a tarde de folga. Agora só quero a , o Taylor e a Rachelle aqui. Amanhã terminamos de gravar sua cena, ok?

Ela assentiu, se despediu de todos e parou para sussurrar algo no ouvido de antes de ir embora, assim como a maioria do elenco.

-Equipe técnica, prendam Rachelle aos cabos e preparem-se para as quebras. –David ordenou descendo do palco novamente. –Volto em cinco minutos, e quero tudo pronto até lá.

P.O.V.

-, podemos conversar? –aquela voz veio como uma triste canção até mim quando David deixou o auditório.

-Agora não Taylor, vou ler minhas falas mais uma vez antes de David voltar. –falei sem encará-lo enquanto andava o mais rápido possível para as escadas que me dariam acesso a platéia.

-Espere! –disse ele segurando meu braço e me obrigando a virar para encará-lo. Seu toque causou um arrepio em meu corpo que eu fiz questão de esconder.

Seus olhos eram intensos nos meus. E mais uma vez não pude ver suas intenções através deles. Os olhos de Taylor era fundos poços impenetráveis. O que ele queria agora? Já não bastava ter nos exposto só para não abdicar de sua “diversão”?

Ficamos assim por um longo período de tempo, apenas encarando um ao outro. Nossos olhos nada transmitiam além de uma profunda intensidade, ao menos os dele estavam assim, já os meus eu não fazia a mínima ideia de como estavam.

-Podemos começar? –perguntou David tirando-me daquele estranho transe ao falar e fazer-me quebrar aquele contato visual.

Assenti e assumi meu lugar a frente de Rachelle pronta para a ação.

-Cuidado, meu soco pode machucar, e muito. –brinquei tentando me descontrair.

Ela riu.

-Acho que consigo sobreviver. –ela deu de ombros e foi para sua posição a minha frente.

-Ok... –ouvimos a voz de David ecoar pelo espaço com a ampliação do megafone preto e azul que ele usava. –Ação!

Eu empurrei Rachelle com toda força que continha, mas tomando o cuidado para não machuca-la. Eu não entendia porque Rachelle se recusava em usar dublês, então eu apenas a observei voar para o outro lado do palco suspensa pelos cabos de segurança antes de bater em uma parede macia que holograficamente eu sabia que viraria vidro.

Pouco tempo depois ela se levantou e disse:

-Bela cena de crime você está criando. –ela disse fingindo retirar fragmentos dos braços.

-Isso Rachelle, andar felino, silencioso, suave, muito lento. –instruía David ao desenrolar da cena.

-Muito impressionante. Mal posso esperar para ler sobre isso no jornal de amanhã. –ela sorri, e bem assim, ela está em cima de mim de novo, totalmente “restaurada” e com uma expressão determinada. Rachelle realmente havia “encarnado” Drina.

-Você está acima de suas capacidades. –ela sussurra. –E francamente, seu patético show de força está ficando um pouco redundante. Sério, Ever, você é uma péssima anfitriã. Não se admira que você não tenha amigos, é assim que você trata os seus convidados?

A partir daí a cena desenrolou-se sorrateiramente, rastejada, uma verdadeira dança. Tudo fluía naturalmente e finalmente eu me sentia plena depois de tudo o que aconteceu, mas tudo foi para o ar quando Taylor entrou em cena. Eu comecei a ficar nervosa, mas me contive ao máximo para não demonstrar.

-É muito tarde. –ele profere sua fala pegando minha mão, entrelaçando os seus dedos com os meus enquanto um arrepio me percorre o corpo. –É hora de você ir, Poverina.

Rachelle falou o que tinha de falar, mas eu mal ouvi. Meus ouvidos zuniam e minha cabeça girava.

Quando “Rachelle” morreu, David gritou:

-CORTA! Cinco minutos de intervalo, depois continuamos a cena. –nessa hora eu corri feito louca para fora daquele auditório, eu precisava de ar.

-! –Taylor gritou correndo atrás de mim. Eu sabia disso, pois podia ouvir seus passos pesados no linóleo. Então entrei no único lugar em que ele não poderia me seguir; o banheiro feminino.

Quando entrei lá corri para um dos cubículos e coloquei tudo o que tinha e o que não tinha para fora do estômago.

-, você está bem? –perguntou batendo na porta do cubículo.

Peguei um pedaço de papel e limpei bem a boca antes de puxar a descarga e sair do cubículo.

-Acho que sim. –minha voz saiu fraca e rouca. Afinal, o que estava acontecendo comigo?

-Vou buscar sua escova de dente e depois você vai comer algo. Deve ser esse o motivo do mal estar. Você não comeu nada hoje! –ela ralhou comigo enquanto saia do banheiro apressada.

Sentei-me na pia de mármore e coloquei a cabeça entre os joelhos quando o enjôo ameaçou a voltar, e isso pareceu amainar um pouco a desordem de meu estômago.

Quando vi, já estava de volta.

-Taylor está aí fora querendo falar com você. –ela disse largando a bolsinha onde eu carregava meus produtos de higiene bucal a minha frente.

-... –a repreendi, mas me calei para poder tirar aquele terrível gosto de vômito de minha boca.

-Nem vem! –ela exclamou me encarando através do espelho. –Você vai ter que conversar com ele uma hora ou outra. –eu revirei meus olhos para ela expressando minha opinião. –Você vai falar com ele querendo ou não , ou não me chamo Pagani.

Revirei os olhos novamente e assenti soltando um sopro pelos lábios assim que liberei a boca que estava cheia de água.

Terminei de escovar os dentes e molhei um pouco o rosto para “refrescar” minha palidez.

-Madison vai te matar se você borrar a maquiagem. – disse me passando uma toalha de papel para que eu me secasse.

-Que seja. –dei de ombros direcionando-me para a porta e dando de cara com Taylor no exato momento em que eu a abri.

-Está tudo bem ? –ele perguntou passando a mão por meu rosto. Não pude deixar de fechar os olhos a seu toque.

-Sim. –respondi seca assim que voltei a mim. Me afastei para que as conseqüências não fossem tão graves assim. Taylor acompanhou meus passos rápidos em direção ao auditório. Olhei para trás e vi que nos seguia.

-Nós precisamos conversar. –ele declarou apenas quando estávamos na porta do auditório, com todos ouvindo. Eu não poderia recusar na frente de todos.

-Ok, mas depois. –falei adentrando o auditório e correndo para o palco.

-Você está bem ? –perguntou David fazendo-me revirar os olhos. Já era a terceira vez que me perguntavam e seria a terceira vez que eu responderia que já estava melhor, então para poupar palavras eu apenas assenti. –Fizemos um lanche para você. –disse ele apontando para um canto. –Se alimente enquanto gravamos a cena da Rachelle e depois a do Taylor.

Bufei irritada e fui comer. Eu odiava quando faziam isso comigo.

sentou ao meu lado e ligou seu notebook verificando minha agenda da semana seguinte e acessando a alguns sites onde corriam notícias do filme, minhas e entrevistas e por vezes beliscando algo de minha bandeja.

O tempo se arrastou, eu mal conseguia me manter acordada, eu precisava fazer algo, eu precisava de ação.
Quando fui chamada para gravar, quase fiz uma dancinha da vitória ali mesmo. Aquele lanche havia sido revigorante e eu me sentia com toda a força e animação para encarnar a Ever e fazer meu trabalho.

-Onde quer conversar? –Taylor sussurrou para mim ao me ajudar a subir no palco.

-Qualquer lugar. –respondi seca sem me dar ao trabalho de falar baixo.

Ele assentiu e assumiu seu lugar, e eu fiz o mesmo.

A cena foi tranqüila de ser gravada. Era tão bom esquecer de tudo, mesmo que por alguns momentos, e me jogar em algo que eu gostava tanto como atuar.

Pouco tempo depois, ao menos em minha percepção, a cena já estava acabada.

-CORTA! –David gritou no megafone assim que proferi minha última fala. –Amanhã regravamos essa cena e depois continuamos. Por hoje é só, estão todos dispensados.

A equipe técnica começou a desmontar tudo enquanto descíamos para nossos camarins.

-EU. NÃO, ACREDITO. – falou alto e pausadamente fazendo com que todos nós virassemos em direção a ela.


*Gente, eu não sei se realmente é assim, estou apenas inventando modos e locais de gravação, ok?


(Continua...)

 Capítulo 7

P.O.V.

-EU. NÃO. ACREDITO. – falou alto e pausadamente fazendo com que todos nós virássemos em direção a ela.

-O que aconteceu? –perguntei correndo até ela. Já não bastava de coisas ruins acontecendo?

-Rita Skeeter. –ela respondeu raivosa enquanto virava a tela do computador para mim.

-Vemos mais uma vez uma grande jogada de marketing da Summit ao chamar mais uma vez nossa atenção para o casal Taylor e em menos de 48 horas.
O Truque da vez foi colocar Taylor em uma festa, rodeados de mulheres enquanto estava possivelmente fragilizada pelo quase estupro e uma possível briga do casal, o que causou grande briga entre os fãs de Taylor e os de . –eu lia em voz alta impregnando a indignação em minha voz a cada palavra lida. –A questão é: se a Summit quer divulgar o filme que o casal protagoniza, por que simplesmente não montam um evento para isto? Pois é caro leitor, se eu fosse você, não ligaria a mínima para o que a Summit ou seus atores andam produzindo, porque pode ter certeza que todo esse rebuliço que eles estão causando não vai acabar nada bem e provavelmente seremos nós fãs que sairemos prejudicados.
Rita Skeeter. –li seu nome com o nojo. Como ela podia...?

-VOU MATAR A SKEETER! –gritei sentindo minha racionalidade ir embora enquanto eu corria para a saída do auditório, mas fui impedida por Taylor que agarrou minha cintura fortemente e me manteve no lugar enquanto eu me debatia. –ME SOLTA LAUTNER! –foi o que bastou dizer para que ele afrouxasse o aperto por meros segundos, o que me ajudou a me soltar, mas fui capturada novamente em questão de segundos.

-Eu não vou te soltar, . –ele falou próximo o suficiente para eu sentir sua voz retumbando em seu peito e sentir seu hálito quente em minha nuca.

-Solte-a Taylor. –ordenou David vindo ao meu socorro. –Ela não vai fugir.

-Como me garante?

Respirei fundo e olhei nos olhos de . Seus olhos quase me imploravam uma atitude sensata.

-Tem a minha palavra. –falei olhando nos olhos de minha amiga.

Pela minha visão periférica, vi Taylor e David trocarem um breve aceno de cabeça antes que os braços de Taylor soltassem minha cintura deixando um estranho vazio ali.

O silêncio se instaurou ali e eu fiquei sem saber o que fazer, então voltei até onde minha amiga ainda estava parada e sem sua permissão, desliguei seu notebook para tirar dali todos os resquícios da matéria de Skeeter antes de me levantar e começar a sair de fininho quando todos voltavam a seus afazeres.

-Aonde você vai, ? –perguntou David quando eu já estava quase na saída do auditório.

Revirei os olhos antes de virar para ele e responder com uma voz cansada, abusando de meus talentos de atriz.

-Para o camarim, tudo o que eu quero agora é me desmontar, ir para casa e descansar.

-E a nossa conversa? –Taylor perguntou dando um passo em minha direção, e instintivamente recuei.

-Podemos deixar para outra hora? Estou morta. –agora não era só na voz que eu demonstrava cansaço, mas também deixava meu corpo pesado, visivelmente mole.

Ele assentiu e ficou me observando sair do auditório em direção ao meu mais novo plano, eu sabia disto por sentir seu olhar queimando as minhas costas.

Andei até meu camarim de forma decidida, agora que eu havia tomado a decisão, nada a tiraria de minha cabeça.

-Quer que eu a arrume para ir a algum lugar, ? –perguntou Madison assim que entrei no camarim. Ela sempre ajudava eu me arrumar quando eu queria ir para algum lugar após as gravações do dia.

Sorri para ela deixando um pensamento passar por minha cabeça.

-Quero que ajude a destacar meus olhos com a maquiagem, por favor. –respondi sentando-me na cadeira de maquiagem.

-Quer que eu faça algo no cabelo? –perguntou Chloe aparecendo no camarim.

-Apenas o solte. –pedi levantando levemente a cabeça do encosto da cadeira de maquiagem e logo em seguida senti as mãos leves e ágeis de Chloe passando por entre meus cabelos enquanto ela os soltava e os bagunçava para dar movimento a meus fios, como ela sempre dizia.

-Pode ser sombra preta? –Madison perguntou em dúvida após preparar minha pele, eu raramente usava sombras escuras.

-Pode. –respondi surpreendendo-a e surpreendendo a mim mesma. Quem era aquela garota que falava? Eu me perguntava.

Eu soube a resposta assim que Madison terminou minha maquiagem e eu levantei a cabeça do encosto da cadeira para analisar a maquiagem feita. Aquela ali era uma garota marcada pelo medo do que viria a acontecer, uma garota triste por sua confusão de sentimentos, uma garota farta de comentários maldosos sobre sua pessoa, simplesmente uma garota que correria atrás de satisfações.

-Obrigada Madison. –agradeci sorrindo de um modo que agora parecia sombrio diante desta minha aparência, pouco tempo antes de me levantar e me refugiar no banheiro do camarim para colocar a roupa “egocêntrica” com a qual eu havia vindo. Era irônico que aquela roupa combinasse perfeitamente com a maquiagem e meus olhos azuis marcados com um brilho novo para mim.

Saí do banheiro dando de cara com .

-Vai a algum lugar? –ela perguntou desconfiada.

Balancei a cabeça negativamente tentando não demonstrar ao máximo a minha amiga a primeira mentira que eu contava a ela desde o primeiro dos dez anos em que nos conhecíamos.

-Estava pensei que me arrumar iria ser uma terapia para que eu me sentisse melhor, mas vejo que não. –disse pegando minha bolsa e saindo do camarim com no meu encalço.

-Posso dormir na sua casa hoje? –ela perguntou mudando de assunto.

Estaquei por um momento fingindo pensar. Será que arruinaria meus planos?

-Pode. –respondi levemente, mas logo emendando com uma pergunta que seria essencial. –Que horas pretende ir?

olhou-me estranhamente.

-Primeiro vou visitar meu pai no hospital e depois vou passar em casa pegar minhas coisas. –ela disse dando dois passos para trás, que eu não entendi a principio.

Aos poucos o choque foi passando por minha mente. Não era possível que... Ela não faria isso.

Senti meu coração acelerar aos poucos enquanto eu via a expressão de culpa passar pela face de e um sentimento mínimo de traição começava a surgir em meu coração.

-Não acredito que me escondeu isso! –exclamei deixando a indignação corresse solta por todo meu corpo enquanto eu me aproximava dela. –Deveria ter me dito que ele não estava bem!

-Eu...achei melhor que você não soubesse. Melhor que você não soubesse por... –ela tropeçava nas palavras e não era para menos, eu nunca a havia tratado daquele modo.

Respirei profundamente tentando voltar ao controle de minhas emoções. Coloquei os dedos sobre minhas têmporas levemente e as massageei tentando ao máximo não borrar minha maquiagem.

-Tudo bem , eu te entendo. –falei com a voz mansa mais para acalmá-la do que para qualquer outra coisa. –Amanhã você me leva para visita-lo, pode ser? Quero ver como o padrinho está.

Ela assentiu aliviada, mas com os olhos arregalados de espanto.

-Quer carona? –perguntei finalmente trancando a porta do camarim antes de começar a caminhar pelo corredor em direção a saída.

Ela balançou a cabeça negativamente com os olhos ainda arregalados.

-Então tchau. –disse eu dando de ombros e logo em seguida dando um beijo em sua bochecha antes de sair “desfilando” pelo corredor em direção à saída.

Eu estava me sentindo tão mais determinada a cada passo que dava, tão mais livre, que fechei os olhos e comecei a me guiar pelos corredores apenas com meu conhecimento de espaço e senso de direção. Estava tudo indo bem, até eu bater em algo, ou melhor, alguém.

-Ai! –exclamei me afastando e abrindo os olhos.

-Que cabeça dura. –Taylor sussurrou massageando o queixo enquanto me olhava de cima a baixo.

-Quem é cabeça dura? –perguntei encarando-o de cima a baixo também antes de encontrar seus olhos e vê-los se arregalarem de espanto.

-? –ele perguntou surpreso.

Revirei os olhos e respondi:

-Não, a Barbie. –o sarcasmo escorria por meus lábios libertando o que eu segurava.

O avaliei mais uma vez e como sempre, Taylor estava mais do que bonito em sua regata branca com a camisa xadrez por cima.

Ele riu de minha expressão.

-Achei que estava mal e que iria para casa. –ele disse arqueando uma sobrancelha e me pegando de surpresa. Eu havia esquecido a pequena mentira que contei a ele e ao nosso diretor.

Senti o espanto passar por minha face poucos segundos antes de me controlar e voltar ao aparente cansaço no olhar.

-Pensei que me arrumar um pouco me animaria. –falei passando a mão por entre os cabelos enquanto ele observava atentamente. –Mas parece que não funcionou.

-Não foi o que me pareceu. –Taylor provocava com um sorriso desafiador, irritante, petulantemente sexy. –Você estava confiante. –ele se aproximou e sussurrou em meu ouvido.

-Qualquer mulher fica confiante quando é elogiada.

-Talvez você tenha razão. –ele respondeu colocando os óculos Ray Ban. –Até amanhã. –disse antes de continuar seu caminho.

Ri sozinha quando percebi o que havia acabado de acontecer. Mal podia acreditar que Taylor e eu havíamos voltado às alfinetadas de quando nos conhecemos, ainda mais depois dos últimos dois dias.

Continuei meu caminho em direção ao estacionamento, mas agora eu sorria e cumprimentava os funcionários que passavam por mim no corredor. Aquela esfera de confiança estava delatando o que eu pretendia fazer, então resolvi atuar.

-Está muito bonita, . –disse Joe assim que me viu e eu sorri para ele.

-Obrigada Joe. –agradeci entrando no carro. –Para a Faces and Mouths*, por favor.

Joe olhou-me desconfiado, mas nada disse.

Liguei o rádio para me distrair e relaxar ao sentir o tom da música e vento batendo no rosto e refrescando meu corpo naquele dia quente em Los Angeles.

-Chegamos. –Joe avisou parando em frente a um prédio com vidros espelhados.

-Espere aqui Joe. –pedi já abrindo a porta do carro e tentando ao máximo não olhar nos olhos dele. –Volto logo.

-Vou esperar na recepção se a Srt.ª não se incomodar. –disse Joe hesitante quanto a sair e deixar as chaves na mão do manobrista que estava parado ao lado da porta do motorista.

Assenti saindo do carro e voando até o balcão da recepção antes que eu mudasse de ideia.

- ? –perguntou a recepcionista espantada e eu apenas ri amigavelmente.

Mordi a língua para engolir o comentário maldoso que minha mente elaborou.

-Eu gostaria de falar com a Sr.ª Skeeter. –pedi mantendo a postura fria e distante.

A recepcionista ficou me encarando confusa por um bom tempo antes de responder:

-A Srt.ª Skeeter atende apenas com horário marcado.

Olhei para os lados respirando profundamente para demonstrar minha impaciência.

-Olha aqui... –comecei tentando achar o nome dela escrito em um lugar qualquer.

-Hannah. –ela disse demonstrando a mesma impaciência comigo.

-Olha aqui Hannah. –continuei como se não tivesse sido interrompida. –Nunca precisei marcar um horário para dizer apenas um oi.

Ela soltou um risinho sarcástico. Era óbvio que ela não acreditava em minhas palavras, seus olhos castanhos mostravam isso claramente, assim como suas atitudes.

-Prefere do modo mais difícil? –perguntei pegando o celular dentro da bolsa enquanto ele me olhava desafiadora. Posso te tirar daqui com uma ligação. –disse eu digitando um número já conhecido por mim. –Basta uma ligação.

Ela hesitou diante de minhas palavras. Bastava ela dar um deslize para que eu apertasse o botão de chamada e ela desse um adeus a seu emprego.

Ficamos por vários minutos em silencio enquanto Hannah me olhava temerosa e eu devolvia esse olhar de forma desafiadora. Então, para obriga-la a dar uma resposta mais rápida, eu apertei o botão verde e coloquei no viva a voz enquanto eu aguardava atenderem.

-Tudo bem! Pode subir. –disse ela me entregando um crachá enquanto esperávamos atenderem minha ligação.

Desliguei o celular sorrindo para ela.

-Obrigada. –agradeci virando em direção ao elevador.

-Ela é louca! –ouvi Hannah sussurrar com a voz ainda assustada pelo que havia acabado de acontecer. –É por isso que o Taylor não a quis.

Mais uma vez naquele dia, respirei profundamente e entrei no elevador apertando o botão do penúltimo andar, o andar do escritório da Skeeter.

A viagem até o penúltimo andar foi tranquila, não sei se pela atmosfera leve ou se pela música clássica que tocava, ela me deu o tempo que eu precisava para raciocinar.

Quase chegando ao meu destino, conclui que tudo aquilo que eu queria fazer era uma besteira irracional, mas agora que eu estava ali, não iria desistir.

O elevador abriu as portas com um leve estalido quando parou e eu saí de lá andando confiante até a última porta daquela ampla sala sendo seguida com o olhar por muitos funcionários que mexiam com papéis.

-Srt.ª, onde vai? –perguntou um rapaz de estatura mediana e lindos olhos azuis.

-Falar com a Sr.ª Rita Skeeter. –disse eu observando o modo sexy como ele passava a mão pelos cabelos castanhos de forma preocupada.

-Tem hora marcada? –ele perguntou me levando até um sofá que ficava de frente para a porta de Skeeter.

Balancei a cabeça negativamente para poupar palavras. Ele apenas passou a mão pelos cabelos mais uma vez e foi a sua mesa telefonar, acredito eu, para a Skeeter.

Eu fiquei observando-o, me perdendo nos detalhes de como seus braços ficavam salientes na camisa social e o modo gracioso que se movia.

-Pode entrar. –ele disse para mim com uma expressão séria após encerrar a ligação. –Desculpe minha indelicadeza por não ter perguntado antes, mas você deseja algo? Um café, uma água, um chá ou suco?

-Aceito uma água. –disse eu abrindo meu melhor sorriso para ele.

Ele assentiu para mim e sorrindo pela primeira vez desde que ele havia me parado.

Entrei na sala de Skeeter com a cabeça baixa e com o cabelo caindo ao rosto apenas para ocultar meu pequeno sorriso.

-. –ela disse baixando os óculos para a ponta do nariz.

-Rita. –falei erguendo a cabeça e encarando seus grandes e infantis olhos cinzentos.

-A que devo a honra? –ela perguntou indicando a cadeira a sua frente para que eu sentasse nela, mas não o fiz a deixando com uma centelha de irritação na movimentação das mãos e no olhar.

-Vim falar sobre as matérias que tem escrito a meu respeito. –me movimentei em sua direção até chegar perto de sua mesa. –Por que tantos comentários maldosos?

-Questão de publicidade querida, nada mais que isso.
-Tenho algo a falar sobre isso. –declarei tentando ao máximo segurar as palavras que me viriam, então resolvi mudar o roteiro delas e pedir algo ao invés de causar uma briga.

O sorriso de Skeeter era debochado, os olhos sarcásticos, a movimentação das mãos impaciente e as palavras desafiadoras.

-Então fale.

Assenti rindo livremente. Ela realmente achava que me intimidava.

-Quero que pare de publicá-las. –mandei sem rodeios.

-Me obrigue. –desafiou inclinando seu corpo para frente.

Dei a volta na mesa e parei a seu lado pouco antes de pegar seus cabelos cacheados e empurrar sua cabeça em direção à mesa, parando apenas a alguns centímetros da mesma, quase esfregando seu nariz nos papéis ali em cima.

-Não se assuste. –falei quando ouvi sua respiração ofegante e assustada. –Não vou te machucar, não agora. –e a soltei antes de me afastar em direção a porta. –Não perca seu tempo tentando causar brigas entre os funcionários, atores e fãs da Summit, ou sofrerá uma grave consequência. –alertei.

-Não pense que vou deixar de publicar minhas matérias por uma ameaça ridícula como essa. –Skeeter provocou mais uma vez.

Novamente me peguei respirando profundamente antes de responder.

-Minha avó dizia que aceitar um erro uma vez é perdoável, porque esse erro pode ter sido algo não intencional. –me virei em sua direção novamente e vi seus olhos desvairados de raiva em minha direção. –Agora, não se pode aceitar um segundo erro, pois na segunda vez, você tem certeza de que foi intencional, e você está me marcando, Skeeter.

-Quer saber? –ela falou antes que eu pudesse abrir a porta. –Faço isso porque nunca gostei de você.

-Então é reciproco. –falei ao abrir a porta. –O recado está dado. –e saí porta a fora sem mais uma palavra.

-Foram breves. –o rapaz que havia falado comigo mais cedo comentou ao me avistar saindo da sala de Skeeter.

Assenti e acenei para levemente antes de entrar no elevador me refugiando do que havia acabado de fazer. Eu sabia que havia declarado guerra, mas pouco me importava, pois tudo o que eu queria no momento era um bom banho e cama.

Parei na recepção apenas para devolver o crachá a Hannah e corri até a portaria onde Joe me aguardava pacientemente.

-Para casa, Joe. –pedi quando cheguei até ele.

Poucos minutos depois o manobrista veio com meu carro.

Joe dirigiu rapidamente pelas ruas de Los Angeles e entrando em casa feito um foguete assim que uma BMW prata parada do lado de fora nos esperando.

-Abro o portão para ele? –Joe perguntou indeciso, pois ele havia acabado de ouvir um rosário de xingamentos direcionados a pessoa que me esperava.

Assenti querendo poupar palavras e fui me acomodar no sofá.

-O que foi fazer na Faces and Mouths, ? –a voz grave e profunda ecoou pela sala me assustando. Como ele poderia saber que eu havia ido lá?

“Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo – expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar – caem diante da morte deixando apenas o que é importante. Não há razão para não seguir o seu coração.” – (Steve Jobs).

Taylor P.O.V.

Depois daquele ataque de fragilidade durante as gravações, estava sexy em provocante com aquelas roupas que lhe destacavam seu lindo corpo e aquela escura maquiagem que lhe destacava os olhos azuis.

-? –perguntei surpreso. Eu ainda não conseguia acreditar que aquela era ela.

revirou os olhos e respondi:

-Não, a Barbie. –o sarcasmo escorria por seus lábios de um modo sexy.

Avaliei sua maquiagem e suas roupas mais uma vez. Era incrível o modo com aquela regata preta que ela usava, sobreposta com um colete preto cheio de detalhes metálicos, delineavam sua pele clara e seu corpo esguio.

Eu ri de sua expressão ao ver que ela fazia o mesmo que eu.

-Achei que estava mal e que iria para casa. –eu disse arqueando uma sobrancelha.

Vi o espanto passar por sua face poucos segundos antes de voltar ao aparente cansaço.

-Pensei que me arrumar um pouco me animaria. –falou passando a mão por entre os cabelos enquanto eu observava atentamente. –Mas parece que não funcionou.

-Não foi o que me pareceu. – provoquei com um sorriso desafiador, um sorriso que normalmente derretia qualquer garota. –Você estava confiante. –eu me aproximei e sussurrei em seu ouvido.

-Qualquer mulher fica confiante quando é elogiada. –ela disse se afastando

-Talvez você tenha razão. –respondi colocando os óculos Ray Ban. –Até amanhã. –disse antes de continuar meu caminho na direção contrária a dela.

Continuei meu caminho intrigado com . Com o comportamento dela, ela não agia assim desde...

Ri sozinho com esse pensamento. Era irônico que depois de tudo o que passamos nos últimos dois dias estivéssemos agindo como antes.

Entrei no camarim apenas para pegar o pacote que Hannah havia esquecido em meu apartamento e saí de lá rapidamente em direção ao estacionamento.

Por sorte, eu sabia onde Hannah trabalhava e eu ia até lá devolver e dizer que aquilo que tive com ela foi coisa de apenas uma noite. Não queria que ela ficasse me ligando ou tivesse esperança de que teríamos algo.

Entrei em meu carro e aspirei o ar profundamente. Ele ainda estava impregnado com o cheiro do perfume de e com sua presença também. Era impossível entrar ali e não ouvir a risada leve e solta que ela deu quando contei uma de minhas piadas idiotas.

Dirigi até a Faces and Mouths  divagando com esses pensamentos e me assustei a ver Joe, o motorista de , parado ali na recepção.

-Joe? –perguntei me aproximando e vi a surpresa em seu rosto. –O que faz aqui?

-Cheguei com a Srt.ª aqui agora há pouco. –ele respondeu preocupado, desconfiado. –É melhor fazer o que tem que fazer rápido, Sr. Lautner, a Srt.ª não gostará de vê-lo aqui.

-Tudo bem Joe. –respondi antes de me dirigir com passos pesados até a mesa da recepcionista. –Acho que esqueceu isso em meu apartamento. –falei para Hannah colocando o pacote com suas coisas em sua mesa.

-Taylor. –ela sorriu lindamente. –Que bom vê-lo aqui.

Assenti distraído olhando para o elevador.

-O que está fazendo aqui? –perguntei sabendo que para subir ela precisaria passar por Hannah.

-Ela veio falar com Rita Skeeter. –Hannah respondeu fechando a expressão. –Precisa falar com a Sr.ª Skeeter também? –perguntou tirando um crachá de visitante de uma gaveta que ficava em baixo de sua mesa.

Apenas peguei o crachá de sua mão e andei apressadamente até o elevador.

Eu precisava impedir de fazer o que quer que fosse com Skeeter, pois do modo que ela estava hoje, implicaria em uma grande confusão que prejudicaria a todos. Meu pé batia impacientemente no chão do elevador e quando as portas do mesmo se abriram, saí num rompante em direção a sala de Skeeter, mas fui interrompido por um rapaz pouco mais baixo que eu.

-Precisa de algo? –ele perguntou irritado.

-Preciso tirar daqui. –falei não sabendo e não me importando se ele me entenderia ou não.

-Desculpe Sr., mas terá de voltar outra hora. –ele disse tentando me empurrar em direção ao elevador. –A Srt.ª Skeeter não gosta de ser interrompida em suas conversas.

Assenti duramente, me desvencilhei do rapaz e voltei para o elevador sem uma palavra.

Eu iria falar com ainda hoje, e ela iria me dar satisfações sobre o que fazia ali hoje, custe o que custar.

(Continua...)

*Faces and Mouths: significa Caras e Bocas em inglês.

Capítulo 8

Taylor P.O.V.

-O que foi fazer na Faces and Mouths, ? –falei assim que a vi sentada no grande sofá bege na sala de estar da sua casa.

Ela se virou em minha direção com ar de surpresa e culpa. Não teria como ela mentir para mim.

Seus olhos demonstravam mil emoções. Medo, culpa, surpresa, arrependimento, confusão e mais um brilho que eu não conseguia identificar.

fechou os olhos e apoiou a cabeça no encosto do sofá.

-Eu não estive na Faces and Mouths hoje. –ela mentiu.

Olhei para ela incrédulo. Ela realmente mentiria?

Caminhei e parei a sua frente segurando seus ombros firmemente e de algum modo obrigando-a a abrir os olhos e olhar para mim.

-Vai realmente mentir? –perguntei em tom sério enquanto eu via os olhos da garota a minha frente abalarem e sua respiração desregular.

-Não consigo. –ela sussurrou soltando a respiração. –Não consigo mentir para você.

-Então me conte. –pedi usando todo o poder de persuasão que meus olhos tinham, mas ela apenas balançou a cabeça negativamente. –Eu só quero seu bem, . –falei passando minhas mãos por seus braços e pescoço suavemente antes de segurar seu rosto com delicadeza.

Ela riu ironicamente antes de dizer:

-Eu fui na Faces and Mouths fazer aquilo que eu disse que faria. –falou com a face opaca, sem expressões ou sentimentos estampados ali. Seus olhos azuis destacados pela maquiagem preta estavam desfocados e distantes. –E não me arrependo.

Estreitei os olhos e me afastei um pouco.

-Você não fez isso. –falei levantando e começando a andar de um lado para o outro a sua frente.


-Eu fiz! Eu fiz e faria de novo se pudesse. –disse ela também se levantando e se pondo a minha frente fazendo com que eu parasse de andar. -Enfiar o nariz daquela desclassificada da Skeeter na mesa, não é nada ante ao que ela escreveu sobre aqueles acontecimentos. –ela fez uma pequena pausa respirando pesadamente. –Ela acha que o quê? Que aquilo foi uma brincadeira? Acha que aquilo não doeu? Eu ainda tenho as marcas nos lugares onde eles apertaram e me bateram. –disse erguendo suas roupas em lugares estratégicos mostrando os roxos que tinha espalhados por seu corpo. –Eu lembro como se fosse há uma hora! Eu lembro como as mãos nojentas e desrespeitosas dos agressores passeavam por meu corpo. E como ela descreve isso? – se aproximou de mim fazendo com que ficássemos a meros centímetros de distância. –Ela descreve como se isso fosse mais uma jogada de marketing, uma simples armação! Ela falou de meus sentimentos como se eles fossem apenas uma de minhas performances, uma atuação. –uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha e eu a peguei com o dedão. Ela fez uma pausa. –No momento em que recebi a notícia de que havia passado no teste para fazer a Ever, eu sabia que minha vida seria exposta através de jornalistas, paparazzi. E aceito isso, mas não aceito que tratem um caso assim com tanta leviandade, pois não é um acontecimento qualquer, é a tentativa de um estupro. Algo grave. Não vou deixar que façam isso! –ela gritou a última frase com os olhos queimando nos meus, e como um imã, fui atraído para ela, para seus lábios.

Deixei que guiasse o beijo, o que ocasionou em algo explosivo, raivoso, intenso e com um “quê” de o que eu imaginava ser paixão.

Empurrei-a para o sofá ansiando por um maior contato, ansiando por mais daquele estranho choque e troca de energia que tínhamos toda vez que nossas peles se tocavam.

-Me faça esquecer isso. –ela pediu enquanto eu beijava seu pescoço.

Dei um sorriso sacana.

-Onde é o quarto? –perguntei já levantando e a pegando no colo de um modo que suas pernas ficaram em volta do meu quadril.

-Subindo a escada. Segunda porta a direita. –ela respondeu enquanto mordiscava meu queixo e propositalmente roçava sua bunda em minha ereção já dolorida.

Subi as escadas lentamente a escorando na parede por vezes só para sentir o sabor de seus lábios ou de sua pele.

-Sem enrolações Taylor. –ela sussurrou ao meu ouvido quando parei na escada pela quarta vez.

Nesta hora foi impossível não acelerar meus passos pela escada até o grande corredor do segundo andar.

-Segunda porta a direita. –ela repetiu com uma voz que mais parecia um miado, totalmente sexy.

Andei rapidamente até a porta e escorei contra ela e passei a mão em sua perna esquerda lentamente ouvindo um leve gemido em meu ouvido.

-Entre. –ela pediu. Sua voz era como um feitiço para mim. Ela mandava e eu obedecia totalmente a sua mercê.

Entrei e fechei a porta com o pé antes de tomar seus lábios novamente enquanto andava até a cama que eu havia visto pela minha visão periférica ao adentrar o quarto.

A depositei na cama assim que senti meus joelhos baterem contra a mesma. Os tons se cinza e prata do lençol de seda a delineavam de um modo a destacar sua pele alva, assim como a maquiagem escura destacava seus olhos azuis os deixando mais atrativos do que eram. Seus cabelos dourados estavam espalhados em volta da sua cabeça como um leque. me chamava sedutoramente com o dedo indicador e eu fui ao seu encontro mais uma vez.

Novamente deixei-a determinar o ritmo do beijo que ficavam ora lentos, sedutores e apreciativos e ora vorazes.

enlaçou a perna esquerda em meu quadril aumentando a fricção entre nossos sexos. Mas aquelas roupas nos atrapalhavam completamente.

Subi lentamente minhas mãos por sua perna em direção a barra de sua blusa enquanto passava a língua por seus lábios fazendo-a soltar gemidos languidos, que se assemelhavam ao miado de um gato e me levavam a loucura.

Apressado, puxei sua blusa e ergueu os braços para eu passa-la por sua cabeça. Assim que o fiz, desci meus beijos para seu colo não me demorando muito para abrir seu soutien de renda azul e começar a brincar com seus seios.

Eu apreciava sua pele que era feito veludo. Uma de minhas mãos brincava com seu seio esquerdo enquanto minha boca estava ocupada mordiscando e lambendo o direito e vice-versa.

, afoita, puxou meus cabelos levemente me obrigando a erguer a cabeça. Ela caçou meus lábios me deixando louco ao sentir seus dentes mordiscando minha boca e sua língua passando lentamente por toda minha boca. Eu estava vulnerável a ela.

-Agora eu comando. –disse ela me pegando desprevenido e invertendo nossas posições.

Suas mãos subiram por dentro da minha camisa de botões enquanto eu era provocado por seus lábios que por vezes vinham até mim e por vezes fugiam de meu alcance indo parar em alguma parte que só ela sabia ser um ponto sensível meu. Ela puxou minha camisa com força fazendo com que os botões voassem pelo quarto. De onde ela havia tirado tanta força? Mas os questionamentos foram empurrados para o fundo de minha mente, pois suas unhas que agora arranhavam meu peito e barriga estavam me deixando insano.

A pior(ou melhor) hora, foi quando ela colocou a mão dentro da minha calça e começou a me estimular, mas logo eu tirei sua mão dali e inverti nossas posições novamente a atacando e continuando o caminho que eu havia feito até seus seios e descendo cada vez mais. Descendo até o cós de seu jeans e circundando seu umbigo com a língua e mordiscando sua barriga levemente enquanto eu abria o botão de sua calça.

Puxei a calça com delicadeza por suas pernas trabalhadas, longas e que daria inveja a qualquer mulher. Sim, mulher. Eu não faria comparações entre e garotas hoje, pois neste momento ela era uma mulher. Ou melhor, eu não faria comparações entre e qualquer outra daqui para frente.

Deslizei minhas mãos por suas pernas como se estivesse acariciando pétalas de rosa. Chegando a suas coxas, eu rocei “sem querer” minha mão em seu sexo por cima de sua calcinha molhada.


-Taylor! –ela gemeu com a voz extasiada. –Eu preciso... –ela começou a falar, mas eu comecei a beijar seus pés e fui subindo por suas pernas, o que a desconcentrou completamente.

Dei um pequeno sorriso antes de tirar sua calcinha que fazia par com seu soutien e me deleitar em seu sexo mais do que molhado.

Eu lambia, a penetrava com a língua e me deliciava com seu sabor, que era melhor do que eu imaginava. Minhas mãos, para não ficarem desocupadas, brincavam com seus mamilos rígidos.

Minha ereção apertava minha calça e eu queria insanamente saber como era estar dentro daquela mulher, mas primeiro eu a faria ter um orgasmo só para mim.

-Taylor, por favor... –ela implorou com aquela voz que me levava à loucura antes de “vir” para mim.

Depois disso, ela apertou meus ombros e me puxou para cima. Fui sem resistência alguma.

-Você é muito, muito, muito mal. –ela sussurrou antes de eu calá-la com um beijo.

Suas mãos pequenas e ágeis foram para o botão de minha calça. aproveitava este fato para se “vingar” de mim ao roçar as mãos em meu membro.

-Você me enlouquece. –soltei a verdade nos breves segundos em que nossos lábios se separaram para que eu pudesse tirar a calça e minha boxer de uma só vez.

-É essa a intenção. –ela disse mordendo o lábio inferior enquanto sua mão voltava para meu membro.

-... –eu a censurei contrariando a mim mesmo quando ela trocou as mãos pela boca “retribuindo” o “favor” que fiz a ela.

Mas não me deixou gozar, pelo contrário, pois quando eu estava perto disto, ela diminuía o ritmo e por instinto eu soltava pequenos rosnados, algo bem ao estilo de Jacob, o personagem que um dia eu havia interpretado.

Inverti nossas posições outra vez. Eu estava enlouquecido com o que havia feito comigo, então eu a apertei bem contra mim fazendo nossos sexos roçarem mais uma vez. Ela revirou os olhos com luxúria.

-Precisamos de uma camisinha. –ela falou afoita enquanto tentava se desviar de mim a procura de algo. –Na primeira gaveta. –ela falou quando viu que eu não a soltaria de modo algum.

Peguei e coloquei a camisinha tomando todo o cuidado para não fazê-la estourar ou deixar qualquer coisa fora das instruções. Eu poderia até ser voluptuoso para essas coisas, mas também era cuidadoso.

Me encaixei na entrada de , mas ela colocou a mão em meu peito me parando antes que eu pudesse fazer qualquer movimento.

Ela respirou profundamente.

-Não sei se eu consigo. –ela disse com a face mudando para uma expressão abatida. –Por um momento eu vi a face dos estupradores no lugar da sua. –ela sussurrou a última parte virando o rosto para o lado, mas mesmo assim pude ver uma lágrima escorrendo pelo canto de seu nariz.

Peguei seu queixo com leveza, mas com firmeza o suficiente para fazer com que ela olhasse para mim.

-Eu não sou como eles. –falei sem saber de onde vinham aquelas palavras, mas sabendo que elas eram mais do que verdadeiras para mim. –Eu NUNCA, NUNCA mesmo te machucaria ou faria algo contra sua vontade. Eu nunca te magoaria por uma coisa dessas,. Você é a minha protegida... Ninguém mais vai encostar um dedo em você contra a sua vontade. Eu não vou deixar.

-Por quê? –seu sussurro foi quase inaudível para mim.

-Porque eu te amo. –falei com os olhos queimando nos seus sabendo que aquela era a mais pura verdade que eu havia dito naquele dia. Eu a amava. Eu amava . Não sabia o porquê, quando, como e onde esse amor começou a criar vida, eu só sabia que ele era verdadeiro.

me beijou afoita, como que querendo provar que aquilo era verdade.

-Taylor. –ela pediu quase silenciosamente pelos meros segundos que nossos lábios se separaram.

Eu tomei aquilo como uma deixa e a preenchi lentamente enquanto e beijava com a mesma delicadeza. era pequena, em todos os sentidos, e precisava de cuidados extremos como esse.

Esperei um tempo até que ela assentisse antes de começar a me movimentar dentro dela. Era uma coisa única! Com , eu não sentia apenas o prazer físico, mas o prazer emocional. Estávamos ligados de tal forma que seria quase impossível quebrar essa ligação.

Aos poucos aumentei o ritmo das estocadas. O calor latente fazia parte de nós. Diminui o ritmo e logo em seguida aumentei novamente. Não demorou muito para chegar a seu ápice e eu cheguei ao meu logo em seguida. Mas mesmo assim continuamos, e repetimos o ato mais duas vezes sem nos desconectarmos.

-Sabe de uma coisa? –ela perguntou com os olhos brilhando assim que desabamos lado a lado após eu sair de dentro dela.

Balancei cabeça negativamente enquanto ria. Adorava esse jeitinho delicado dela.

-Eu também te amo. –ela sussurrou se colando a mim e bocejando logo em seguida e eu imitei seu gesto.

-Agora dorme, . O pior já passou. –falei cobrindo-a.

-E da situação com a Skeeter? –ela perguntou com a voz já embargada pelo sono.

-Resolvemos mais tarde. –foi tudo o que consegui dizer antes de adormecer junto com ela.

P.O.V.

Era quase oito horas da noite quando parei o carro no portão da casa de . Fiquei totalmente confusa por não ter ninguém ali. Olhei em volta para ver se avistava alguém, mas nada vi. Estava quase pegando o celular e ligando quando Joe apareceu na janela do meu carro.

-Srt.ª, não sabia que vinha. –ele disse com uma expressão estranha. Será que eu havia chego em má hora?

-Aconteceu alguma coisa, Joe?

Ele balançou a cabeça negativamente e abriu o portão para que eu entrasse. Entrei e estacionei o carro ao lado do de na garagem coberta e quase entortei o pescoço olhando um carro desconhecido estacionado ali também. Será que o pai de finalmente havia comprado o carro novo que queria?

Dei de ombros para o nada, peguei minha bolsa e saí correndo em direção a casa. Estava louca para contar as novidades à . Estava louca para contar a ela sobre a melhora do meu pai e sobre Matt.

Entrei na casa e fui correndo para a cozinha a procura de Marta e de . Estava torcendo para que elas estivessem fazendo uma daquelas sobremesas que só as duas sabiam fazer. Mas só encontrei uma Marta totalmente entretida assistindo uma novela qualquer.

-Marta, onde está a ? –perguntei pregando-lhe um susto sem querer.

Marta colocou a mão sobre o peito e se virou para mim com os olhos arregalados.

-Que susto menina, nunca mais faça isso! –ela disse ainda assustada.

-Desculpa Martinha, você sabe que eu te amo. –desculpei-me abraçando-a.

-Tudo bem, querida. –ela disse se soltando do abraço e sorrindo para mim. – deve estar no quarto.

Assenti já correndo para as escadas ao me lembrar das coisas que eu queria contar para minha amiga.

-E DESÇAM DAQUI A POUCO QUE O JANTAR ESTÁ PRONTO. –Marta gritou arrancando-me uma gargalhada.

Dei três batidas na porta esperando abrir e esperei por um longo minuto. Bati outra vez, agora mais forte e mais insistente. Passados oito minutos ali eu empurrei a porta sabendo que minha amiga quase nunca a trancava.

- sua retardada, por que...? –comecei a perguntar, mas estaquei assim que vi ela e Taylor dormindo abraçados. –Ai meu Deus! –sussurrei agitada enquanto pegava o celular e começava a tirar várias fotos.

Os dois estavam em sono profundo, nem deviam sonhar (trocadilho idiota ¬¬’) que eu estava ali.

-Ok, eu tenho que fazer isso. –sussurrei para mim mesma enquanto ia me aproximando da cama pelo lado de Taylor. –Vamos lá... Vamos lá... –falei pegando a ponta do lençol. –AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!! –gritei vendo a nudez daqueles dois.

P.O.V.

-AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!! –acordei assustada com o grito de... ?

-AAAAHHHH!!! –gritei junto ao perceber a situação. Tratei logo de pegar o lençol de sua mão e cobrir Taylor e eu novamente. Taylor nos olhava assustado.

-O que está fazendo aqui? –ele perguntou assim que paramos de gritar.

-O que aconteceu? –ouvi a voz de Marta através da porta.

-Nada, só a que me deu um susto. –respondi assim que minha voz estava mais controlada.

-Ela fez isso comigo também. –Marta respondeu rindo. –Agora desçam meninas, o jantar já está pronto.

-Já descemos. – e eu respondemos ao mesmo tempo.

Nós três ficamos encarando a porta até ouvirmos os passos de Marta pela escada.

-Vocês me devem uma boa explicação. –disse com um tom exigente de voz.


_x_

-Nós começamos a nos beijar, e o resto eu acho que você pode imaginar. –disse eu sentindo o sangue subir ao meu rosto.

Estávamos sentados à mesa esperando meus pais chegarem para que pudéssemos jantar. Taylor beijou meu pescoço causando-me arrepios pelo corpo todo.

-Eu ainda não consigo acreditar nisso. – falou nos olhando embasbacada.

-No quê? –Taylor e eu perguntamos ao mesmo tempo e rimos logo em seguida.

-Em tudo! –ela exclamou. –Vocês estarem juntos, no Matt, na recuperação de meu pai, no que você fez com a Skeeter... –ri do nojo que ela expressou ao falar o nome da Skeeter.

-Nós estamos juntos? –Taylor me perguntou arqueando uma sobrancelha de um modo sexy.

Olhei para ele e suspirei. Nós estávamos juntos ou não?

-Acho que teremos que conversar sobre esse assunto depois, porque agora a vai me contar essa história sobre esse tal de Matt. –falei encarando minha amiga.

Ela ficou vermelha e demorou um tempo para responder.

-Um cara que conheci. –ela falou desviando o olhar.

Roubei um rápido beijo de Taylor antes de encostar a cabeça em seu ombro.

-, você me deve uma boa explicação. –repeti as palavras de minha amiga enquanto ria.

, você NOS deve uma boa explicação. –Taylor me corrigiu.

-Que explicação deve? –minha mãe perguntou adentrando a sala de jantar junto com meu pai.

-! –ele exclamou aliviado ao me ver.

-Pai! –eu corri até ele e o abracei com saudade.

-Fiquei preocupado. Está tudo bem? –ele perguntou.

Assenti e fui abraçar minha mãe para matar as saudades. Eu havia sentido muito a falta de seus conselhos no dia de hoje.

-Seja bem-vindo a nossa casa Taylor. Oi . –minha mãe os cumprimentou.

cumprimentou meus pais cheia de abraços e brincadeiras para com eles.

-Obrigado por salvar minha filha Taylor. –meu pai agradeceu assim que nos sentamos para jantar. Ele estava reservado para com Taylor, mas dava para perceber o agradecimento nos olhos dele.

-Não fiz mais do que minha obrigação Sr. . –Taylor respondeu com os olhos queimando nos meus.

Meu pai ficou nos encarando com olhos desconfiados até o fim do jantar.

_x_

-Por que vocês não contaram para o seu pai? – perguntou indignada. Assim como eu, ela odiava esconder algo de meus pais, assim como eu odiava esconder algo dos dela.

Olhei meu quarto escolhendo bem minhas palavras. O que eu poderia dizer de meu pai em uma situação dessas? Como eu poderia explicar minha omissão?

-Papai não aceitaria assim. Não tão rápido. –respondi fechando os olhos enquanto Taylor fazia movimentos circulatórios em minha coluna.

Meu quarto agora me trazia um clima aconchegante, leve, tranquilo. E ter e Taylor ali só melhorava tudo. Me acalmava.

-Acho que seu pai não gosta de mim. –ele disse beijando topo de minha cabeça.

balançou a cabeça negativamente.

-Não quero ter que ficar segurando vela. –ela declarou com uma cara indignada.

-Pára de reclamar ! –exclamei jogando um de meus travesseiros em sua cara.

-Idiota. –ela rosnou jogando o travesseiro em minha direção, mas eu peguei no ar antes que o mesmo acertasse minha cara.

Taylor soltou uma gargalhada e se levantou.

-Hey, volta aqui! –chamei esticando o braço como que para alcançá-lo. –Ainda não jogamos o travesseiro em você. –bem nessa hora, pegou o travesseiro de cima da cama e o jogou em Taylor errando a mira novamente.

-Só vou ao banheiro. –ele disse rindo e erguendo os braços em sinal de rendição.

-Só não erra a mira que nem a . –gritei para ele ganhando uma “travesseirada” na cara.

Ficamos brincando até ouvimos um sinal de sms vindo do celular de Taylor que ele havia deixado em meu criado mudo.

Nos jogamos em direção ao celular para ver quem chegava a ele primeiro, mas tirou vantagem por estar mais perto.

-Ha! –ela exclamou com o aparelho na mão com uma cara de felicidade.

-Mostra logo. –implorei encarando a porta do banheiro com medo de que Taylor visse nossa “ação”.

Quando me virei para , ela estava pasma olhando para a tela do aparelho e eu o tomei de sua mão só para ver minha desgraça.

“Amor, que horas você vem para a minha casa?
Beijos, Hannah.”

(Continua...)

N/a: Eu tinha feito um tutorial para o make da PP, mas a diva da minha chará, Camila Coelho, postou um tutorial de make preto para loiras e a fofa da Déh me indicou, então...

Clique aqui para ver o vídeo.

Capítulo 9

P.O.V.

Arfei com a dor que me atingiu no peito assim que terminei de ler aquela maldita mensagem.

Será que ele fez tudo aquilo apenas para me levar para cama? Será que suas palavras doces e a declaração de amor foram mais uma de suas encenações? –eram essas as perguntas que me rondavam a cabeça. Afinal, quais eram as reais intenções de Taylor para comigo?

Inspirei profundamente várias vezes tentando controlar as lágrimas que saíam sem permissão de meus olhos.

-Eu tenho certeza de que ele tem uma explicação para isso. – falou tentando inutilmente enxugar minhas lágrimas.

Sua face estava turva, mas dava para ver a ruga de preocupação marcando suas sobrancelhas.

-Como pude ser tão idiota? –sussurrei balançando a cabeça negativamente.

-Ele tem que ter uma explicação. – reafirmou indignada. Pelo o que eu conhecia da minha amiga, eu tinha certeza de que ela não queria acreditar no que estava acontecendo.

-Algum problema? –ouvi a voz preocupada de Taylor chegar até mim.

-Por quê? –perguntei me virando para ele e permitindo que minhas lágrimas fossem expostas ao causador delas.

-O que aconteceu ? –ele perguntou. A preocupação acentuou-se em sua voz, e ele acabou parando de joelhos em minha frente.

Em um impulso, levei minha mão para trás e a desci com toda força em sua face. O som do tapa ecoou enquanto ele e me olhavam abismados.

-Saia da minha casa. –ordenei fechando os olhos para não ver sua expressão. –Agora. –completei quando senti sua presença pairar a minha volta.

Só esperei a porta bater para deixar meu corpo cair sobre a cama e começar a chorar fortemente.

-... – implorou tentando me fazer parar.

-Por que ele me enganou, ? –perguntei deixando que minha amiga me abraçasse.

Ela nada respondeu. Apenas me abraçou mais forte com um dos braços e pegou o celular que ainda estava jogado em cima da cama.

-Acho melhor guardar isso aqui. –ela disse me soltando e pegando o celular logo em seguida.

-NÃO! –gritei tomando o celular de sua mão antes de sair correndo pela casa até a porta. –TAYLOR! –gritei seu nome quando vi que já saía com o carro.

Foi como mágica, não precisei chamar uma segunda vez para que ele parasse.

->? –ele perguntou confuso assim que cheguei ao lado da janela do motorista.

Abri a porta com brusquidão e o beijei como se estivesse me despedindo daquele momento mágico que tivemos. Minhas lágrimas salgadas se misturavam ao beijo que naturalmente era doce e intenso, e isso só aumentava o gosto da despedida.

Minhas mãos passeavam por seu peitoral definido, as costas firmes e suaves, assim como suas mãos passeavam por minha cintura, costas, barriga e peito. Cada um de nós gravava o corpo do outro com o toque.

Empurrei-o com minhas lágrimas se intensificando quando ele tentou descer seus beijos por meu pescoço.

-Vai. –falei empurrando o empurrando e jogando seu celular no banco do carona. –Bom encontro. –e saí correndo de volta para minha casa antes que ele pudesse dizer algo.

-O que você fez? –perguntou saindo da sacada do meu quarto assim que eu entrei no mesmo.

-Apenas me despedi. –respondi me encolhendo em posição fetal em cima da cama.

-Ele ainda está lá fora. – disse encarando a porta que levava a sacada. –Está encostado ao portão.

Dei de ombros e tentei controlar minha respiração.

-Uma hora ele vai ter que ir. –falei parando de chorar e deixando o cansaço do dia me abater fazendo com que meu corpo amolecesse e desse lugar ao torpor do mundo dos sonhos.

_x_

Acordei com a claridade batendo em meu rosto. A seda macia dos lençóis acariciando minha pele agora seca pelo choro, mais parecia pele de lagarto do que qualquer outra coisa.

A respiração de vinha lenta, leve e ritmada a meu lado. Sua perna em cima de minha barriga me causava pequenas dores. Olhei para o relógio e me assustei ao ver que ele já marcava nove horas.

-! ! –eu a sacudia do melhor jeito que podia, mas de nada adiantava, ela dormia como uma pedra! – ROBSON! –gritei seu nome inteiro sabendo que ela não gostava.

-O quê? O quê? O que foi? –ela perguntou levantando-se em um pulo e me jogando ao chão com isso.

Me desembolei dos lençóis e a fitei raivosa através da cortina de meus cabelos que agora estavam em cima dos meus olhos.

-Já são nove horas. –esbravejei tentando levantar, mas tropeçando nos lençóis. –Merda! –exclamei quando fui ao chão novamente.

já estava no meu banheiro e eu ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado. Ótimo, agora ela tinha roubado minha vez no banho!

Levantei cuidadosamente, peguei roupas íntimas, um shorts, uma camiseta e uma bota cano longo qualquer em meu closet e corri para o quarto de hóspedes e me trancando no banheiro de lá.

Em questão de segundos eu já havia tirado a camisola que tinha aparecido “magicamente” em meu corpo, e entrado em um rápido banho.

Quinze minutos depois eu já estava de banho tomado e de roupa trocada. Meus cabelos estavam molhados, e eram assim que iriam ficar, pois não dava mais tempo de fazer muita coisa antes de sair. Depois Chloe daria um jeito nele.

-Pronta? –perguntei a ela depois que ela finalmente saiu do meu banheiro.

-Só falta fazer a maquiagem. –ela respondeu tentando passar correndo por mim e direção a meu closet, mas segurei seu braço impedindo-a de entrar lá.

-Te empresto a Madison. –falei pegando minha bolsa e correndo escada abaixo com em meu encalço.

-É sério sobre me emprestar a Madison? –ela perguntou parando na cozinha para pegar algumas barrinhas de cereal que Marta sempre deixava em cima do balcão para que eu pudesse comer quando estava atrasada para o trabalho ou colégio. –Raramente você empresta ela para fazer maquiagem nos outros.

-Em caso de atraso eu faço de tudo. –falei olhando para e quase batendo em meu pai que vinha na direção contrária. –O que foi pai? –perguntei quando ele me segurou evitando que eu caísse mais uma vez naquele estranho dia que havia acabado de começar.

-, eu já ia te chamar. –disse ele com a voz controlada enquanto colocava as mãos em meus ombros e me conduzia para fora de casa. –Tem algo que vocês precisam ver.

veio para meu lado e apertou minha mão enquanto eu contava até 10 em voz baixa. Para meu pai usar aquele tom de voz, boa coisa que não poderia ser.

->, pode me dizer por que Taylor dormiu no portão de sua casa hoje? –perguntou uma repórter colocando um microfone em minha cara assim que me aproximei do portão.

Olhei-a assustada. O que ela havia dito mesmo?

-Vamos >. –disse Billy, meu segurança, levando-nos para longe do tumulto, em direção a garagem coberta e parando em frente a um homem acabado que dormia desconfortavelmente encostado a parede ao lado de um dos carros. –Só o vi hoje de manhã, quando o tumulto começou. O carro dele ainda está lá fora, não deu tempo de tirá-lo de lá.

Assenti olhando Taylor desolada. O que realmente havia acontecido? Me abaixei em sua frente e comecei a cutuca-lo.

-Taylor... Taylor... –eu o chamava baixinho.

Suas pálpebras tremularam antes de se abrirem e encarar meus olhos com profundidade.

-! –ele disse assustado e tomando meu rosto entre suas mãos.

Fechei os olhos me entregando ao toque familiar, mas ele logo me soltou e colocou a mão nas costas soltando um gemido de dor.

-Estamos encrencados. –sussurrei para ele pensando no que isso poderia nos acarretar.

Taylor P.O.V.

-As gravações estão encerradas! –anunciou David a todo grupo das gravações. –Parabéns a todos, vocês fizeram um ótimo trabalho. –ele foi ovacionado por todos nós. –Estão dispensados! –me virei em direção a porta com o intuito de descansar um pouco antes do evento desta noite. –Menos você Taylor. –as pessoas se viraram para mim por breve segundos antes de continuar seu caminho. –E você >.

-Droga! –ouvi ela praguejar baixinho. Em um dia normal eu teria rido, mas hoje estava bem longe de ser normal. –Sim David? –ela indagou em voz alta.

-Sentem-se. –ele disse indicando o sofá grande que fazia parte do cenário e ficando com a poltrona que ficava de frente para o mesmo, ou seja, de frente para nós. –Estou muito decepcionado com vocês. –ele começou direto no ponto. Por minha visão periférica, vi > baixar a cabeça, mas eu sustentei seu olhar.

-Não vejo motivos. –desafiei cansado de ficar na inércia ou agir impulsivamente para me livrar dela. Já era hora de eu colocar a cabeça no lugar e falar o que geralmente ficava entalado em minha garganta.

-Não vê motivos? Não vê motivos? –David esbravejou. –Você tem ideia do que está falando Lautner? Vocês dois colocaram a Summit em um rio negro. A imprensa caiu matando em cima de nós em menos de três dias. Nesse ritmo vocês afundam toda a produção do filme em questão de dias. –sua voz estava altiva e feroz. –Se vocês querem namorar, tudo bem! Fico feliz por vocês, mas, por favor, evitem esses escândalos.

Eu ia abrir a boca para protestar, mas > foi mais rápida que eu.

-Tudo bem David, vamos nos controlar. –ela disse indignando-me. Como assim iriamos nos controlar? Eu não fiz nada de mais. –E só para que saiba, Taylor e eu não estamos namorando. –a cara que ela fazia era séria e centrada de mais. Cerrei os punhos para conter a vontade que tinha de contrariá-la.

-É uma pena. –ele disse ecoando meus pensamentos enquanto eu me mantive quieto. –Agora vão para suas casas descansar antes de começarem a se arrumar para o evento de hoje.

> assentiu minimamente e se levantou quase correndo em direção a saída.

-Sabe Taylor, quando eu tinha a sua idade eu não era tão idiota quanto você. –disse David chamando minha atenção. Olhei-o confuso enquanto sentia meu cenho franzir e a mandíbula relaxar um pouco. –Nunca vi um casal que se tivesse tanta química na frente e atrás das câmeras.

Soltei um riso cheio de escárnio. Ele não imaginava o tamanho de nossa química.

-Vai atrás dela cara. É isso que ela quer. –ele disse batendo de leve no meu ombro.

-Você não sabe o que ela quer. –respondi levantando e seguindo meu caminho para fora dali.

Eu andava lentamente pelo corredor que me levaria ao estacionamento. O meu arrastar de pés me irritava, mas o peso de minhas pernas era maior do que qualquer outra coisa naquele momento. O tapa que havia me dado ainda ardia em meu rosto, em minha alma. Assim como o cansaço por dormir na calçada de sua casa e a confusão pelo acontecido. Ela havia lido aquela mensagem idiota da Hannah. Era esse o motivo da hostilidade de ?

Estava tão distraído que quase bati de cara na porta.

-Você deveria tomar mais cuidado Taylor. –disse indiferente. Ela estava parada ao lado da porta olhando para o estacionamento interno do bloco em que gravávamos.

-Só estou cansado.

Fechei os olhos e me encostei a porta sem delicadeza alguma. 

-Você deveria dormir. –a voz de > chegou até mim com a mesma suavidade que suas mãos que passeavam por minhas possíveis olheiras.

-Eu só preciso chegar em casa inteiro. –respondi quase não encontrando minha voz ao abrir meus olhos e dar de cara com sua face extremamente preocupada.

Ela deu uma breve olhadela para antes de pegar uma de minhas mãos e me arrastar para meu carro.

-As chaves. –ordenou estendendo a mão para mim.

-Você não vai me levar para casa! –protestei um pouco mais desperto.

> deu de ombros e fingiu virar-se para outra direção antes de se virar para mim novamente e começar a atacar meus bolsos em busca da maldita chave que estava no bolso da frente de minha calça.

-Agora entra. –ela ordenou novamente. – e Joe vão me seguir no outro carro. –apontou com a cabeça para seu carro que agora estava em frente a porta em que estávamos a pouco tempo atrás.

Assenti e entrei no carro contrariado. Não queria que ela fizesse isso por mim, mas também não podia correr o risco de dirigir e dormir ao volante.

Saímos do stúdio em pouco tempo e entramos na rodovia principal parando logo em seguida por a mesma estar lotada.

-Por que está fazendo isso por mim? –perguntei querendo puxar assunto. A resposta já não me importava, pois ela ainda estava chateada comigo por algum motivo, e era só isso que eu queria saber. Mas quebrar o gelo sempre era boa escolha.

-Porque apesar de tudo... –> começou a falar, mas deu uma pequena pausa antes de prosseguir. –Porque apesar de tudo o que me magoou, eu não quero que você morra. –ela deu ênfase no magoou. –Ou sofra um acidente grave por dormir ao volante. –acrescentou a última parte baixinho, mas pude ouvir mesmo assim.

Me mantive em silêncio pelo resto do caminho, pois neste momento, as coisas não ditas poderiam causar um grande estrago se fossem proferidas.

P.O.V

-Como estou? –perguntei para saindo de meu closet e entrando no quarto.

-Vermelho é a sua cor. –ela disse sentando com cuidado na cama para colocar sua sandália de cetim que fazia um belo par com seu vestido roxo.

-Obrigada. –agradeci voltando para o closet para pegar minha bolsa carteira. –Madison já foi embora e a Chloe também... Vamos? Tenho que estar chegar cedo ao evento.

assentiu e levantou-se prontamente antes de correr pela casa balançando seus cabelos longos e lisos.

Gargalhei antes de seguir minha amiga escada abaixo até a porta de saída onde Joe já nos esperava com o carro ligado.

-Estão lindas senhoritas. –disse Joe curvando-se brevemente e beijando nossas mãos. Uma de cada vez.

-Galante. –brinquei antes de entrar no carro e dar início a uma conversa agradável com minha amiga e meu motorista até o Palace Hotel.

-Chegamos. –anunciou Joe por cima dos gritos dos fãs quando parou em frente ao local.

Assenti encarando a orla de repórteres que me esperavam ansiosamente.

-Se quiser pode ir para a sua casa, Joe. Quando quisermos ir embora eu te ligo. –falei apertando a mão de antes da porta do carro ser aberta por fora.

-Como quiser . –disse Joe carinhosamente enquanto eu saía do carro apoiada pela mão de um de meus seguranças.

-, você e o Taylor terminaram?

- o que aconteceu para o Taylor dormir na calçada de sua casa?

-O boato sobre a traição de Taylor é verdadeiro?

-Você foi mesmo estuprada?

Eram as perguntas que me rondavam enquanto eu passava pela escadaria que levava até a entrada do local.

Parei apenas na porta para que pudessem tirar uma foto minha antes de entrar e deixar para trás aquela confusão.

-Vou dar uma volta. –disse animada olhando para uns atores que estavam no bar.

Balancei a cabeça e voltei a encarar o ambiente bem decorado e com música suave.

- . –saudou-me o garoto que me antendeu na Faces and Mouths.

-Ainda não me disse seu nome. –falei feliz por ver uma figura que me tratara bem em um momento impulsivo.

-Matthew. Matthew Klosh, mas pode me chamar de Matt. –disse pegando minha mão levemente e beijando-a do mesmo jeito que Joe havia feito mais cedo. –Devo dizer que essa cor lhe caiu muito bem.

-Obrigada... Matt.

-Skeeter queria que eu fizesse uma entrevista com você. –ele disse colocando um braço em volta de minha cintura e me conduzindo para um stand com sofás.

Ri sarcasticamente antes de responder.

-E você sabe que não vou responder nada. Não para Faces and Mouths. –encarei profundamente seus olhos de um azul escuro e profundo.

Não sei por quanto tempo ficamos assim, só sei que fomos interrompidos por David.

-. Achei que não viesse. –ele falou quebrando meu contato visual com Matt. –Você demorou.

-Desculpe David, eu estava aqui conversando com Matt. –falei me levantando para ficar ao lado de David que nos encarava confuso.

-Venha, quero te apresentar umas pessoas. –ele disse colocando a mão em meu ombro e me direcionando para longe dali.

Taylor P.O.V

-Não sei o que fazer cara, o que você acha? –ouvi uma voz perguntar algo, mas meu cérebro não conseguiu processar nada. –Taylor... Taylor... Taylor! –desta vez a voz dele foi mais forte.

Pisquei várias vezes tentando “acordar” daquele sonho que estava diante de meus olhos.

-O que foi Robert? –perguntei sem desviar os olhos dela.

-O que você acha? Eu devo ou não devo aceitar o papel para este filme? –ele perguntou irritado.

Desviei os olhos dela por breves segundos para responder.

-Aceita, o filme é bom e a publicidade dele também. –respondi sem interesse algum.

Robert era uma ótima pessoa e um ótimo amigo, mas depois de que terminamos Twilight ele raramente aceitava um papel secundário, e este era um desses casos.

Ele bufou irritado antes de começar a rir debochadamente.

-Agora eu sei por que você se meteu nessa confusão toda por causa daquela garota. –ele disse olhando para onde estava anteriormente.

-Aquela garota tem nome, e é . –respondi irritado quando ele deu aquele sorriso que geralmente fazia as garotas caírem matando.

-Com ciúmes?

-Ciúmes de quê? –David perguntou se aproximando pelas minhas costas e eu virei para encará-lo dando de cara com .

Ela estava incrível naquele vestido curto vermelho que fazia um belo destaque com a sua pele e moldava seu corpo de uma forma sexy.

-Taylor está com ciúmes de . –disse Robert me constrangendo.

aderiu a cor de seu vestido enquanto David e Robert riam as nossas custas.

-, este é Robert, esta é a . –David os apresentou após seu ataque de risos ter cessado.

-É um prazer conhecer tão bela dama. –disse Robert pegando sua mão e beijando-a a lá Edward Cullen.

riu me fazendo cerrar os punhos.

-O prazer é todo meu, senhor. –disse ela fazendo uma breve mensura assim que ele soltou sua mão. E os dois riram.

-Bem, agora que já foram apresentados eu vou receber os outros convidados. –disse David olhando em volta e localizando os postos em que os recém-chegados estavam parados. –E , convença o Robert a aceitar o papel de Jude. –disse antes de virar as costas e sair dali em uma velocidade inimaginável.

Ela olhou para Robert curiosamente.

-Você foi convidado para fazer o papel de Jude? –ela perguntou apertando os olhos para encará-lo.

Ele riu daquele modo irritante novamente.

-Alysson pediu.

Os dois começaram a rir do nada.

-Ela estava mesmo falando sério quando disse que queria os atores do elenco de Twilight em Os Imortais. – falou entre risos.

-É. –concordei seco fazendo com que os dois finalmente reparassem em mim.

olhou em volta constrangida e ficou um bom tempo encarando o mesmo local.

-Preciso ir. –ela falou tentando sair dali, mas segurei seu braço impedindo-a de ir.

-, precisamos conversar. –falei encarando seus angustiados olhos azuis.

-Eu realmente preciso ir Taylor. –ela falou tentando se desviar de meu aperto.

-Deixe-a ir. –disse Robert sério. Ele raramente ficava assim.

Eu ia me virar para ele para falar que a conversa era entre e eu, mas a luz do ambiente baixou deixando apenas três luzes focados no ambiente, e uma dessas faixas de luz estava em cima de mim e de .

-Os casais que estão iluminados queiram, por favor, se direcionar a pista de dança, onde daremos início as danças da noite. –disse o DJ da festa pelo microfone.

Tango Roxanne (ouçam)

Uma música de tango ecoou pelo ambiente e me senti envolvido por seu ritmo intenso e misterioso. Levei até a pista de dança, apossei-me de sua cintura e entrelacei minhas pernas nas suas.

Ela fez um movimento de cruzada de pernas, o que aumentou nosso contato corporal brevemente e a eletricidade percorreu meu corpo com o contato de nossas peles.

afastou-se fazendo movimentos marcados, sensuais, arrebatadores...

Tirei meu terno ficando apenas com a camisa e a gravata. Segui pelo salão até conseguir enlaçar sua cintura e suspendê-la dando a impressão de vôo.

Pousei-a com delicadeza no chão antes dela desvencilhar-se de mim novamente e eu correr atrás. Quando ela virou em minha direção, fui eu que fugi, mas ela foi mais rápida e me abraçou por trás.

Peguei seus braços e a girei fazendo com que voltássemos a posição inicial.
Ela envolveu minha coxa direita com sua perna direita, e eu desci seu tronco em um ângulo que deixou deu colo exposto e eu não resisti ao impulso de beijá-lo. Minhas mãos desceram para o nó que estava na saia em seu vestido e soltei-o criando uma calda em seus vestido para delinear suas pernas.

Libertei seu colo de meus beijos, mas entrelaçou nossas pernas mais algumas vezes antes de voltarmos a verdadeira dança.

Repetimos passos que fizemos, reinventamos os antigos e fizemos novos. Aquela era nossa dança, nosso tango. E ele era tão intimo e intenso quanto um toque apaixonado. Era tão intimo e intenso quanto nossos toques quando fizemos amor.

A música chegava a seus acordes finais, então fiz girar e ter impulso para colocar suas pernas dobradas em cima de uma de minhas coxas, que estava a frente da linha de meu quadril.

Finalizamos a dança de forma intensa e com a respiração ofegante. Face a face, sentíamos o hálito um do outro batendo no rosto. Vi o brilho de excitação nos olhos de , mas o que realmente me chamou atenção foi sua boca levemente avermelhada.

Tomei seus lábios para mim não me importando em que situação estávamos, quem veria, ou no que isso nos implicaria.

(Continua...)

MÚSICA TEMA DO CASAL:


Capítulo 10

P.O.V.

Eu sentia plenamente o corpo de Taylor contra meu. Seus bíceps e tríceps que sustentavam meu troco ereto, seu peito colado musculoso colado ao meu, suas coxas bem trabalhadas me segurando de modo tangível ainda na pose final da dança.

Mas o que realmente me enlouquecia no momento, eram seus lábios contra os meus... Foi impossível não corresponder aquele beijo urgente e cheio de sentimentos.

Um filme de todos nossos momentos começou a passar em minha cabeça durante o beijo. Esse filme usava a música que estava tocando como trilha sonora. Reconheci o toque de um concerto que meu pai havia me levado quando criança. A música era Sleep Away do Bob Acri, um jazz suave e que se encaixava perfeitamente em “nosso filme” que ainda se passava em minha mente. Porém, aos poucos fui recobrando a consciência e me lembrando de nossos últimos dias juntos. As brincadeiras, os carinhos, as ofensas, as mágoas, a decepção, quando nos entregamos um ao outro, a declaração, a mensagem de Hannah e suas atitudes.

Afastei-o irritada. Como podia um homem causar sentimentos tão divergentes em mim? Desci de sua perna e saí em direção ao banheiro me controlando ao máximo para não explodir ali em frente a muitos.

Percebi que as pessoas me encaravam, assim como encaravam Taylor, mas não me importei com isso, afinal, nada poderia ficar pior do que já estava.

Marchei em direção ao banheiro com uma raiva contida e abri a porta do mesmo com violência. Não me importei com os olhares assustados que recebi das três mulheres que fofocavam perto da pia.

-Algum problema? –perguntei irritada quando percebi que as mulheres não tiravam os olhos de mim enquanto eu tentava a todo custo baixar minha alta temperatura corporal com pequenas doses de água que eu respingava em meu corpo.

Nenhuma delas respondeu diretamente, mas dava para perceber pelo modo que elas davam pequenas olhadelas para mim que estavam incomodadas com minha presença marcante e explosiva ali.

Soltei meus cabelos que estavam semi – presos deixando que caíssem em um ondulado marcante por minhas costas.

Joguei a cabeça para trás deixando que a confusão tomasse conta de minha mente.

O que realmente Taylor quer comigo? –era a pergunta que não deixava minha mente.

-O que ele quer? –sussurrei para minha imagem no espelho que refletia uma beleza que eu não via neste momento.

Respirei profundamente várias vezes enquanto ajeitava meu vestido antes de sair daquele banheiro com tudo em ordem, tanto os pensamentos quanto a aparencia.

-Ela é louca. –ouvi uma das mulheres dizer assim que fechei a porta do banheiro atrás de mim.

Sorri e voltei para o salão indo direto para a mesa onde uma curiosa me esperava. Travei quando vi Taylor, Robert, David e o empresário de Taylor indo naquela mesma direção. Eu havia esquecido que compartilharíamos a mesa com as figuras supostamente mais importantes para o filme esta noite.

-Que dança e que beijo foram aqueles? –ela perguntou saltitando em sua cadeira enquanto eu me sentava cuidadosamente evitando olhar para a direção de onde eles vinham.

-Não sei. –respondi passando casualmente as mãos por meus cabelos enquanto os ajeitava para esconder meu decote.

-Como assim não sabe? –ela perguntou indignada chamando a atenção daqueles homens que chegavam a mesa.

Dei de ombros de forma natural e aceitei o cardápio que o garçom me estendia.

-O que você não sabe ? –perguntou David curioso enquanto se sentava ao lado de e Taylor se sentava a minha frente deixando o lugar a meu lado vago.

-Ela não sabe que... – começou a falar, mas eu a chutei por baixo da mesa a calando na hora. Ela fez uma cara de dor tão engraçada que fez com que explodíssemos em uma onda de risadas.

-Amiga você é hilária. –falei assim que paramos de rir na esperança de que eles esquecessem o que David havia perguntado.

-O que você não sabe ? –David tornou a perguntar quando os risos cessaram.

Seus olhos castanhos expressavam uma curiosidade anormal para meu diretor sempre tão reservado. Olhei para Taylor e para Robert e o empresário de Taylor sem saber o que responder, foi aí que eu vi que eles tinham a mesma curiosidade estampada em suas faces.

Bêbados.

Foi a palavra que me veio a mente. Assim, resolvi aproveitar o momento e inventar uma desculpa qualquer.

-Eu não sei o que vou fazer agora que as gravações encerraram.  –falei forçando um sorriso para disfarçar a dor que o chute que me deu por baixo da mesa me causou. –O que foi? –sussurrei a pergunta para que só ela ouvisse.

-Mentirosa. –ela retrucou na mesma tom que eu.

Abri minha boca para retrucar em voz alta para ver se algum daqueles babacas bêbados sentados a nossa mesa me ajudariam quando fui interrompida.

-Olá garotas. –disse Alysson sentando-se na cadeira vaga a meu lado. –E garotos. –ela acrescentou olhando duvidosa para aqueles quatro que conversavam de modo mais animado que o normal.

-Olá Alysson. –falei dando um enorme abraço em minha ídolo. –Já estava com saudades.

Ela retribuiu o abraço com carinho. Era incrível o modo caloroso com que ela nos tratava. Absorvi o máximo da energia positiva que ela me passava com sua presença plena e calma.

-Eu também querida. –ela falou me apertando mais em seus braços. –Está tudo bem com você?

Olhei para os lados meio em dúvida quanto minha resposta. Digo, fisicamente estava tudo bem comigo, mas meu emocional estava um enorme caos desde aquela gravação naquela gruta, desde a última vez que eu vi Alysson.

Continuei a olhar em volta em busca de uma resposta e encontrando os olhos suplicantes de Taylor no caminho. Aqueles olhos me transmitiram todo o tipo de emoção possível, desde confusão e amor a ódio e certeza. Eu não sabia muito bem o que aquilo significava, mas com toda a certeza eu sabia que devia uma conversa para Taylor assim que seus olhos capturaram os meus fazendo com que eu mergulhasse na profundidade deles.

-Está tudo bem. –respondi a Alysson sem desviar os olhos dos de Taylor.

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O evento transcorreu normalmente. O jantar foi leve, saboroso e animado, nada poderia ser melhor do que jantar em meio a piadas, brincadeiras e conversas amenas.

Conheci uma infinidade de pessoas novas enquanto estava sentada a mesa junto com Alysson e David. Entre essas pessoas que conheci, estavam alguns membros que um dia formaram o elenco de Twilight como Ashley Greene e Kellan Lutz, duas pessoas extremamente educadas e animadas, assim como o acanhado Jhony Deep, a bela Anjelina Jolie e o sedutor Paul Weasley.

(N/a: Eu bem que queria colocar o Ian, mas, como todas já sabem ele infelizmente pertence a diva Nina Dobrev, o que eu não contexto, por isso eu escolhi o Paul. Vocês já vão entender o por quê)

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-Então , você pretende seguir a vida de atriz quando terminar de gravar Os Imortais? –Paul perguntou de modo galanteador enquanto se sentava na cadeira recentemente vaga por Alysson.

Sorri para ele de um modo que sempre considerei ser sedutor.

-Paul, eu realmente não sei responder a sua pergunta. –falei me inclinando sobre ele. Eu já sentia o álcool do champagne que eu havia tomado me subir a cabeça.

-É claro que ela vai continuar atuando. –disse Taylor rispidamente chamando minha atenção pela primeira vez em horas. Eu mal lembrava que ele estava ali. –Não vou deixar que um talento como o de seja desperdiçado.

Olhei para Taylor indignada. Quem ele pensava que era para responder por mim daquele jeito?

-A decisão de continuar ou não atuando é uma decisão que só cabe a mim. –retruquei no mesmo tom que ele. –E somente a mim. –reforcei como uma criança teimosa. –Agora, se me der licença... –falei levando caminhando para longe dali.

Andei sem prestar atenção em nada até chegar ao bar desesperada por mais álcool no sangue.

-Uma dose de Vodcka Absolut com limão, por favor. –pedi ao garçom de um modo másculo demais para mim.

-Identidade, por favor. –ele pediu sem olhar para mim enquanto secava um copo.

-Precisa mesmo de identidade? –perguntei mudando meu tom de voz para algo mais delicado, miado e sexy.

Esse era um tom de voz que raramente eu usava, mas que no momento me ajudaria muito. E ajudou, pois o garçom olhou para mim e ficou me encarando embasbacado por um longo tempo.

-Precisa mesmo de identidade? –tornei a perguntar me debruçando no balcão e expondo meu decote um pouco mais que o necessário.

-Não... Não precisa. –ele disse servindo uma dose de Vodcka com limão para mim. –Quer algo mais? –ele perguntou com um sorriso sacana e nojento que fiz questão de ignorar.

Não respondi a sua pergunta. Eu apenas peguei minha bebida e saí dali o mais rápido possível em busca de um lugar isolado e confortável.

Fui até o stand com sofás onde eu havia sentado com Matt mais cedo.

-Procurando um lugar tranquilo? –perguntou me assustando e quase fazendo com que eu derrubasse minha bebida em meu vestido.

Senti meus olhos se arregalarem enquanto eu olhava para o lado e dava de cara com aqueles olhos lindamente azuis.

-Você me assustou. –falei colocando a mão no peito para ver se meu coração não tinha escapado pela boca enquanto ele ria da minha cara.

-Percebe-se.

Tomei um gole de minha bebida para ver se ela me acalmava um pouco. Fiquei feliz quando senti a Vodcka descer queimando por minha garganta, pois era uma sensação reconfortante para um coração confuso.

-Cansou de encantar? –ele perguntou dando um sorriso torto, mas seus olhos nunca desgrudavam de um ponto a sua frente que eu não conseguia identificar.

Revirei os olhos enquanto virava o resto da bebida e pegava duas taças de champagne da bandeja do garçom que passava por ali.

Matt me olhou assustado, mas eu pouco me importei enquanto deixava o líquido gasoso descer por minha garganta.

-Digamos que eu cansei de ser o centro das atenções. –respondi esvaziando a primeira taça. –Só isso.

Deixei que o silencio reinasse entre nós fazendo com que cada um ficasse perdido em seus mais profundos pensamentos naquela estranho momento de solidão compartilhada.

-Matt... –o chamei enquanto me virava para ver seus olhos azuis. –Posso te fazer uma pergunta?

Ele riu antes de responder.

-Outra? –ele rebateu fazendo com que eu o olhasse confusa. –Outra pergunta, você quis dizer, porque você acabou de fazer uma.

Fiz uma careta para ele de forma espontânea e ri logo em seguida devido ao fato de que eu raramente era assim.

-Ok, outra pergunta. –falei rindo pouco antes de esvaziar a segunda taça para me preparar psicologicamente para fazer a pergunta. –Por que você me ajudou ontem? E por que veio aqui hoje? Por que me trata tão bem? É alguma coisa que a Skeeter te pediu?

Ele riu fechando os olhos, gesto que me impediu de ver sua reação, talvez bem disfarçada, passar em seus olhos antes do mesmo responder ou fazer qualquer outro gesto.

-Era para ser só uma pergunta. –ele respondeu divertido quando sua risada cessou. –E não um questionário inteiro.

Senti minha face esquentar enquanto eu ria por puro constrangimento pela minha impulsividade ao falar.

-Não podia simplesmente responder? –perguntei ainda constrangida.

Matt ria comigo enquanto tentava colocar meu cabelo atrás de minha orelha, mas eu o jogava para frente de novo para esconder minha face.

-Hey, eu te ajudei porque você merecia. –ele disse colocando a mão em meu queixo e fazendo com que eu erguesse o rosto para ele e encarasse aqueles lindos olhos azuis que mostravam a profundidade de um oceano.

-Eu merecia? –repeti aturdida enquanto ele deslizava a mão até minha nuca.

-E ainda merece. –ele disse começando a se aproximar de mim.

-Mereço? –perguntei não sabendo se me afastava dele ou se deixava acontecer.

-É por isso que estou aqui hoje, porque você merece que eu esteja aqui cuidando para que nada escape desta festa... –seu hálito batendo em meu rosto me deixava tonta, inata a fazer qualquer movimento. –Acho um absurdo o que Skeeter anda fazendo com você, então me ofereci para cobrir o evento...

Eu não sabia se queria que Matt me beijasse ou não, mas não me afastei enquanto ele se aproximava.

-E o que você ganha com isso? –sussurrei a pergunta quando nossos lábios estavam quase colados.

Seus olhos profundamente azuis revelavam uma alma bondosa e gentil, não tinha como não se encantar por aqueles olhos, aquelas palavras, aquele homem...

Ele se aproximou mais deixando que seus lábios deslizassem para perto de meu ouvido.

-Você. –ele sussurrou em resposta fazendo com que um arrepio passasse por meu corpo em resposta.

-Vamos dançar meu povo! –disse aparecendo do nada e me assustando de um modo que fez com que eu batesse minha cabeça na de Matt antes de nos afastarmos assustados.

Coloquei a mão na cabeça quando a tontura devido a batida me atingiu.

-Que cabeça dura... –sussurrei para mim mesma enquanto fechava os olhos na intenção de parar aquele infindável looping que minha cabeça dava.

Abri os olhos e vi um Matt olhando confuso para uma extremamente animada. A primeira vista, parecia que minha amiga estava totalmente bêbada, mas como eu já conhecia ela há um bom tempo, eu sabia diferenciar quando ela estava realmente bêbada e quando estava fingindo, o que era o caso.

-Dançaaar. –ela cantarolou me puxando com uma mão e Matt com a outra antes de nos arrastar até a pista de dança e nos largar lá antes de sair correndo pelo local.

-O que ela tem na cabeça? –Matt perguntou confuso.

-Sabe que eu me faço essa mesma pergunta há dez anos? –brinquei tentando descontrair meu nervosismo que se instaurou quando percebi o que eu estava prestes a fazer antes de chegar.

Ele riu tão alto que atraiu a atenção de algumas pessoas a nossa volta.

Me virei para sair dali, mas ele me segurou pelo braço e me puxou para si me prendendo em um abraço de aço.

-Dança comigo. –ele pediu com a voz doce como mel, mas eu não queria, não podia...

-Algum problema? –uma voz forte e cortante perguntou fazendo com que eu me virasse em sua direção da melhor maneira que podia.

-Nada. –respondi a Paul aproveitando a deixa para me desvencilhar de Matt.

-Dançar? – perguntou pegando a mão de Matt e o puxando mais para o meio da pista de dança.

Paul me ofereceu a mão e eu a peguei deixando que ele me conduzisse para o meio da pista de dança.

Deixei que a música que tocava acabasse antes de começar a movimentar meu corpo com Paul na música que começava.

Braços, pernas, quadril, ombros, mãos, pés, cabeça e tronco. Um conjunto que voava no tempo e ganhava vida quando era contagiado pelo ritmo de uma música.

Sem me tocar, Paul conduzia meus movimentos fazendo com que eu completasse os dele. Por vezes trocávamos de casal, ou seja, eu dançava com Matt e com Paul. Eu me sentia incomodada na frente de Matt por nosso quase beijo. O pior de tudo é que ele indiretamente insistia naquilo.

-Chega? –perguntei aos três quando senti que minhas pernas estavam bambas de tanto dançar e minha cabeça leve demais pelas bebidas que consumimos enquanto dançávamos.

-Acho que eu mereço mais uma dança. –aquela voz rouca e sexy sussurrou em meu ouvido levando-me a loucura e a confusão.

Virei num ímpeto para respondê-lo, mas acabei me desequilibrando e quase indo ao chão, mas ele me segurou impedindo que isso acontecesse.

-Pois eu acho que não. –Matt respondeu por mim de modo ríspido.

Balancei a cabeça negativamente e encarei diretamente.

-Encontro vocês no bar? –perguntei para os três enquanto implorava com os olhos para que tirasse Matt e Paul dali para que eu pudesse conversar a sós com o Taylor.

-No bar então. –ela falou arrastando os dois consigo enquanto eu direcionava meu olhar para Taylor.

Uma música romântica pairava no ar fazendo com que a tensão se instaurasse entre nós.

-O que você quer? –perguntei em um suspiro cansado. O que eu menos queria agora era conversar com Taylor, ainda mais estando confusa em relação ao quase beijo com Matt.

Ele enlaçou minha cintura e começou a nos movimentar no ritmo da música.

-Dançar com você. –ele disse baixando a cabeça e a enterrando na curva de meu ombro. –E sentir seu cheiro.

As mãos de Taylor me seguravam com firmeza e possessão inigualáveis, sua barba por fazer arranhava minha pele causando arrepios prazerosos e seu corpo colado ao meu causava-me um calor interno reconfortante, era quase como se estivesse perto de uma lareira em um dia muito frio.

-Taylor, não. –falei querendo ser repreensiva quando ele começou a beijar meu pescoço, mas meu corpo me traiu fazendo com que eu jogasse a cabeça para trás e fechasse os olhos em um modo de entrega.  –Estamos em público.

-Eu não me importo. –ele disse soltando um riso rouco contra meu pescoço.

Com muito esforço, voltei minha cabeça a sua posição original e encarei seus olhos em busca de respostas para as perguntas que surgiram em minha vida desde o dia em que nos conhecemos.

Perdida em seus olhos, foi impossível não imaginar uma vida totalmente diferente para nós. Uma vida tranquila, sem paparazzi, fama ou até mesmo gravações. Duas pessoas comuns, trabalhando em uma empresa qualquer e guardando dinheiro para uma possível viagem nas férias em busca de uma praia, uma casa de campo ou até mesmo uma cidade movimentada como Londres.

Taylor fez com que eu soltasse de seu ombro e meu girou suavemente.

-Em que tanto pensa? –ele perguntou me puxando para si novamente.

Eu apenas escondi o rosto em seu peito e aspirei seu perfume forte e presente. Resolvi não responder sua pergunta, por hora.

-Não vai responder? –ele apoiou o queixo no topo de minha cabeça.

Neguei com a cabeça lentamente enquanto me entregava ao calor e aconchego de seus braços.

Ele me empurrou com delicadeza e ficou me olhando de modo confuso em uma careta muito engraçada.

-O que foi? –perguntei caindo na gargalhada.

Enquanto ele me encarava cada vez mais confuso.

Taylor me soltou, virou as costas, fingiu que iria sair dali dando breves passos naquela direção, mas logo em seguida, ele virou em minha direção novamente e se aproximou, o que fez com que eu risse mais ainda.

Ele levantou um dedo para mim como se fosse apontar algo, mas abaixou a mão e abriu e fechou a boca várias vezes antes de finalmente falar:

-Você nunca se recusou a falar o que pensa para mim. –ele afirmou lentamente, articulando cada palavra perfeitamente, chamando uma grande atenção para seus lábios carnudos e convidativos... –É um milagre!

Explodi em gargalhadas chamando uma enorme atenção para nós novamente e ele me acompanhou, mas eu não entendia o motivo dele também estar rindo.

-Eu nunca recusei falar o que pensava para você porque geralmente eram xingamentos. –falei tentando manter a pose séria depois que parei de rir, mas ele não conseguiu segurar a gargalhada e a soltou dando inicio a uma nova onde de risos.

Continuamos nessa crise de risos por várias músicas. As pessoas a volta já começavam a nos olhar assustadas, mas eu nem ligava, pois estava me divertindo a beça.

-Preciso beber. –disse a ele rouca de tanto rir.

Taylor assentiu enlaçando minha cintura e me arrastando pela multidão até o bar que estava estranhamente vazio.

Varri o local com os olhos em busca de , mas as únicas pessoas que encontrei foi Robert conversando com uma morena de cabelos cacheados que estava de costas para nós. O estranho era que a mulher me parecia muito familiar.

-Uma água sem gás. –pedi ao garçom enquanto Taylor já bebia seu whisk.

Ele ergueu uma sobrancelha para mim em sinal de questionamento depois que o garçom me serviu e eu comecei a bebericar a água.

-Para equilibrar o ácool no sangue. –disse eu dando de ombros para ele.

Ficamos em silencio enquanto cada um bebia o conteúdo de seu copo com tranquilidade.

Mas Taylor esvaziou seu copo bem antes de eu tomar metade da garrafa de água, da qual eu despejava lentamente na taça.

Ele pegou minha mão que estava livre e começou a brincar com meus dedos, o que fez com que eu começasse a rir por cima do copo. Ele passou suas mãos para minha barriga e começou a fazer cócegas e eu me encolhi e sem querer derrubei água em nós.

-Olha o que você fez! –exclamei colocando a taça no balcão do bar dando um tapa em sua mão logo em seguida, mas ele não a afastou como eu queria. –Mas o quê...?

Comecei a rir escandalosamente quando ele circundou minha cintura e começou a me girar ali mesmo.

Eu sentia o vento pelo giro bagunçar meus cabelos embolando-os no brinco, mas não me importei, assim como não me importei com a tontura que se abatia sobre mim ou o borrão de cores que era o ambiente com o giro.

Taylor só parou quando o mesmo estava tonto, e nós dois cambaleamos a beira do bar em busca de equilíbrio.

-Se acertaram? –perguntou Robert se aproximando e me dando apoio ao colocar um braço em meu ombro quando eu quase caí.

Balancei a cabeça negativamente enquanto ele me ajudava a sentar em uma cadeira ali perto.

-Essa gata é difícil de domar. –Taylor falou casualmente enquanto se aproximava de nós lentamente.

-Mas eu não sou difícil de domar. –disse a mulher que acompanhava Robert.

Eu tinha a impressão de que já conhecia essa voz, mas só tive certeza quando minha visão voltou ao normal e meus olhos conseguiram focalizar uma Hannah quase debruçada em Taylor.

Respirei profundamente várias vezes para manter a calma e não pular no pescoço daquela vadia. O que ela fazia ali?

-Oi amor. –ela disse se aproximando de Taylor e abraçando-o. –Por que não foi lá em casa ontem?

Bufei indignada com aquela cena. Será que ele havia me enganado o tempo todo? Será que dormir em frente a minha casa era apenas uma encenação para que eu não desconfiasse de seu relacionamento com Hannah para que ele pudesse me usar e me levar para a cama novamente?

-Mas o quê...? –ele sussurrou afastando Hannah lenta e delicadamente.

Mas a vadia apenas sorriu para nós e começou a tirar algo parecido com um documento de dentro da bolsa antes de se virar para mim e dizer:

-Primeiramente , eu queria que soubesse que estou aqui apenas para trabalho, acompanhando Matt, não tenho a intenção de confrontá-la. –ela disse com aquela voz enjoada para mim. –E segundo... –ela voltou para Taylor novamente. –Eu vim aqui para dizer que estou grávida, amor. –completou pegando a mão de Taylor e colocando-a em sua barriga lisa.

-Não é possível... –sussurrei sentindo meus olhos se encherem de lágrimas antes que minhas pernas ganharem força e me levassem para longe dali.

(Continua...)

Capítulo 11

Taylor P.O.V.

Eu girava aquele peso leve que era com uma estranha facilidade, felicidade e liberdade.

Sim! Estávamos libertos por causa da bebida, de nossas danças, palavras, sentimentos e por nosso amor que nasceu com a nossa conflituosa convivência.

Só parei de girar e a soltei quando me senti tonto e desiquilibrado, quase fomos ao chão quando cambaleamos um para cada lado ao nos separarmos, mas Robert segurou e eu consegui me apoiar no balcão do bar.

-Se acertaram? –perguntou Robert segurando .

Balancei a cabeça negativamente enquanto ele a ajudava se sentar em uma cadeira ali perto.

-Essa gata é difícil de domar. –falei casualmente, enquanto me aproximava lentamente deles. Eu ainda estava meio tonto pelo giro e pela bebida.

-Mas eu não sou difícil de domar. –disse a mulher que acompanhava Robert, uma mulher que me parecia familiar, mas eu não conseguia saber quem era por minha visão turva. Eu só sabia que ela estava próxima a mim.

Respirei profundamente várias vezes tentando identificar aquele horrível perfume já conhecido pela minha mente.

-Oi amor. –ela disse se aproximando e me abraçando enquanto eu ficava sem reação. –Por que não foi lá em casa ontem?

-Mas o quê...? –sussurrei a afastando lenta e delicadamente, enquanto minha visão se normalizava e eu consegui identificar Hannah.

Mas ela apenas sorriu para nós e começou a tirar algo parecido com um documento de dentro da bolsa antes de se virar para e dizer:

-Primeiramente , eu queria que soubesse que estou aqui apenas para trabalho, acompanhando Matt, não tenho a intenção de confrontá-la. –ela disse com voz anasalada. –E segundo... –ela se voltou para mim novamente. –Eu vim aqui para dizer que estou grávida, amor. –completou pegando minha mão e a colocando em sua barriga lisa.

-Não é possível... –ouvi sussurrar antes de eu olhar em sua direção e a ver sair correndo dali.

-! –gritei me desviando dos braços de Hannah e começando a correr atrás dela.

-E o nosso filho? –Hannah perguntou indignada quando eu já estava a uns bons passos dela.

A ignorei e continuei a correr atrás de , que por sinal corria extremamente rápido. Mas ela deu o azar de tropeçar no tapete do corredor dos banheiros e cair de joelhos.

Ela ficou ali, parada, chorando de um modo que me machucava o coração enquanto as pessoas que estavam sentadas nos sofás ali localizados a olhavam assustadas.

-... –chamei me abaixando a seu lado e tentando abraça-la. 

-Não. Toque. Em. Mim. –ela rosnou antes de se levantar com agilidade e entrar no banheiro feminino sem me dar a chance de falar algo.

Encostei-me a porta do banheiro sob os olhares curiosos daqueles ali presentes. Esperei que saísse dali por incontáveis minutos, já não aguentava mais. Eu precisava vê-la! Eu precisava confortá-la...

O tempo passava lentamente, e nada de sair daquele maldito banheiro. Eu já estava perdendo as esperanças quando ela sai de lá a passos fortes e decididos, passando reto por mim. Era como se eu não estivesse ali, era como se eu fosse invisível aos olhos dela.

A segui curioso, mas cauteloso. Preferi não dizer palavra alguma enquanto a seguia por aquele imenso salão onde acontecia a festa.

-! Onde você estava? –ela disse surpresa parando em frente a mesa em que jantamos.

se sentou ao lado da amiga que estava com o olhar desolado e pegou as mãos dela entre as suas.

-O que foi? –ela perguntou à após algum tempo de conforto entre amigas.

balançou a cabeça negativamente e olhou para a pista de dança confusa. Seus olhos focados em apenas uma coisa, uma pessoa...

Era o talzinho que estava dançando com mais cedo. Ele estava agarrado a Hannah de todas as formas obscenas possíveis. Era mais fácil e viável que os dois fossem para um motel.

abraçou e começou a chorar baixinho junto com a amiga, enquanto falava algo que por mais que eu me esforçasse, não consegui ouvir.

Me aproximei sorrateiramente das duas enquanto tentava ensaiar uma fala qualquer em minha mente.

-... ... –chamei quando já estava suficientemente próximo para que as duas me notassem. –O que houve?

retesou os ombros e soltou-se do abraço da amiga, enxugou as lágrimas que ainda lhe escorriam pelas bochechas e olhou para mim com um ódio que nunca imaginei ver em seus olhos.

-Saia daqui. –ela sibilou como uma cobra. Eu quase podia ver um veneno mortal escorrer pelos cantos de sua boca e de seus olhos azuis que agora se assemelhavam a um tsunami, de tão turbulentos que estavam.

nos olhava assustada. Talvez ela não soubesse o que havia acontecido, talvez ela não soubesse de Hannah e do... meu filho.

Meu filho! Uma coisa tão estranha de se pensar. Não era natural como uma vez eu imaginei que seria, pois eu sentia a palavra sendo forçada em minha mente.

-, não importa o que as pessoas digam, não importa o que elas façam. –falei pegando sua delicada face entre minhas mãos. –Não importa o passado, ou as consequências que ele me acarretou. –falei pensando nessa criança que estava por vir. –Essa criança que Hannah espera não significa nada para mim. A única coisa que importa é que eu te amo. Agora e sempre.

Percebi que a respiração de ficava cada vez mais tensa e forçada enquanto eu falava, mas eu não me preparei para a grande explosão que veio de sua parte.

-VOCÊ É UM MENTIROSO E APROVEITADOR TAYLOR DANIEL LAUTNER. –ela gritou a plenos pulmões. Sua voz se sobrepunha a alta música que rodeava o ambiente. –ME MAGOOU, SE APROVEITOU DE MIM, QUEBROU MEU CORAÇÃO VÁRIAS VEZES EM MENOS DE UMA SEMANA E AINDA POR CIMA VAI TER UM FILHO COM OUTRA... –suas palavras me atravessavam como navalhas congeladas. –Um filho com outra... –ela repetiu em um sussurro.

se levantou de supetão e me empurrou com demasiada força para seu tamanho, antes de se embrenhar na pista de dança e ser seguida por uma extremamente confusa.

Deixei meu peso cair em uma das cadeiras a minha frente. Minha mente e coração estavam desolados com a rejeição de . Fiquei ali... Sem saber para onde ir, com quem falar, ou o que fazer.

Agora eu estava a mercê do tempo, e só ele diria para onde meu coração iria me levar.

-Pensando em nosso filho amor? –a voz de Hannah chegou a mim quase apagada por meus pensamentos e pelas palavras de que ainda rondavam minha mente.

Olhei para mulher a minha frente, aturdido. Era por culpa dela e dessa criança dizia esperar que eu tinha perdido a única chance de me explicar e reconciliar com a mulher de lindos olhos azuis e brilhantes cabelos, que eu amava de um modo surreal.

-Prove que está grávida e prove que esse filho é meu. –a desafiei com a raiva transbordando em minha voz.

Sim, eu tinha raiva. Raiva de Hannah, da criança, dos estupradores, daquele tal Matthew, de Skeeter, das minhas burradas, de minha impulsividade e de tudo mais que se punha em meu caminho neste momento.

Eu sentia a paisagem a minha volta girar e meu mundo ir para o ralo sujo e impudico. Nada mais importava no dia de hoje, ou no resto de meus dias, pois tudo o que eu queria era me recolher para poder pensar em uma maneira de consertar meus erros.

Hannah me olhou assustada, raivosa, indignada... Eu mal conseguia acreditar em sua falsidade. Eu mal conseguia acreditar que isso estava acontecendo comigo.

-Prove. –repeti impregnando a raiva em cada sílaba que eu pronunciava.

Expressando sua indignação ao extremo, ela tirou alguns papéis da mesa jogou-os em cima da mesa.

-Marque o exame de DNA e depois me avise. –ela disse raivosa antes de sair batendo os saltos pelo grande salão.

A voz do gemedor do Pattinson, que no momento ecoava pelo local, deu a trilha sonora perfeita para a tristeza e a solidão que se abatiam sobre mim.

Extremamente raivoso, peguei os papéis e comecei a lê-los em busca do local onde havia o resultado.

POSITIVO

Era o que estava escrito em negrito na última página daquele maldito exame e, incrivelmente, aquela simples palavra fez com que o resto da muralha que se transformara meu coração, se erguesse de vez.

Um filho! Era surreal pensar que Hannah estava grávida, ainda mais de um filho que era supostamente meu. E isso tudo em um momento em que e eu estávamos para nos acertar! Era como se o destino não quisesse que ficássemos juntos.

-Algum problema? –perguntou Robert sentando a mesa após seu breve show ter acabado.

Olhei para as folhas que continham o resultado do exame virar uma bolota de papel em minhas mãos antes de fechar os olhos e falar:

-Hannah está grávida.

Admitir aquilo em voz alta causava a mesma dor que um tiro causaria. A partir do momento em que isso viesse a tona, minha vida estaria perdida.

-Eu sei, eu estava lá quando ela falou. –ele confirmou franzindo o cenho. –Pensei que gostaria dessa notícia. Você já me admitiu que sempre quis ser pai!

Suspirei, lembrando todas as vezes em que eu brinquei, cuidei ou apenas estive juntos de crianças e do sentimento fraternal que me abatia quando eu as via e imaginava alguma delas como sendo um filho meu.

Soltei um riso seco e sarcástico. Era irônico que isso estivesse se realizando para mim com a mulher errada, justamente quando eu havia encontrado a mulher que eu queria que fosse a mãe de meus filhos. 

-Não com ela. –falei pegando sua bebida e virando-a em um só gole enquanto Robert me olhava indignado. –Não com ela...

_x_

A festa passou a ser entediante a partir daquele momento. Nada fiz além de beber, conversar com os amigos e observar de longe.

Ela sorria, ria e brincava com quem conversava com ela, mas nos breves momentos em que ela ficava sozinha, eu percebia seus ombros se curvarem e sua cabeça tombar em direção ao chão enquanto seu peito subia e descia em uma respiração longa e profunda.

E quando tocava uma música lenta, eu via dançar sozinha embalada pelo ritmo e a liberdade de expressão de seu corpo. Sua atuação na dança demonstrava tal expressividade, que seu corpo parecia voar dando a impressão de que uma deusa descia a terra e declamava ali todo seu esplendor.

-Um minuto de atenção, por favor. –David pediu interrompendo a música.

parou de dançar e se endireitou em uma postura rígida e ereta que quebrou todo o encanto e leveza que seu corpo tinha minutos antes.

Voltei meu olhar para David, mas meu olhar se focou no telão atrás dele, que tinha uma imagem do filme onde e eu estávamos abraçados de uma maneira intima.

Em seguida, a filmagem de um campo de tulipas tomou conta da tela, sendo acompanhada por uma música. As filmagens do acidente, “eu” dando o suco da imortalidade* para “” e mais filmagens dela.

O trailer foi curto, mas foi intenso o suficiente para me deixar com os batimentos acelerados ao lembrar de todas as filmagens.

Isso era algo que sempre acontecia quando eu via qualquer coisa que eu tenha gravado. Era surreal... Mas a sensação de falta de privacidade me atingia sem motivo nesses momentos.

Aplausos, assovios e parabéns vindo de todos os lados era isso que eu ouvia, só ouvia, pois minha visão estava focada em uma certa moça de cabelos loiros e olhos azuis que chorava a poucos metros de mim. Estar ali, era quase como estar em um show, você pode ouvir tudo a sua volta, mas você só tem olhos para o artista que está no palco. E, no meu caso, esse artista era a .

David subiu ao púlpito que havia perto da tela que agora exibia imagens ao vivo pelo salão todo.

-Obrigado, obrigado. –ele agradeceu quando a ovação começou a se acalmar. –É uma grande honra ter vocês aqui esta noite. –mais aplausos. Meus olhos continuavam em , que por sua vez, continuava a chorar silenciosamente. –Os Imortais é uma série que promete... É uma série que contém muitas emoções, aventuras, mistérios, passados sombrios, alquimia, metafísica e, é claro, romance... –risos ecoaram pelo salão.

Olhei para o púlpito por um mero segundo e vi um David feliz como nunca. Soltei um riso que soou mais como um bufo e resolvi olhar para o resto do salão.

Ver todos aqueles rostos sorrindo para mim, para David, para Alysson, que agora subia ao púlpito, para o resto do elenco, para ... Enfim, ver todos aqueles rostos sorrindo preenchia meu ser em uma felicidade quase plena. Era meu trabalho, minha vida... Mas o elemento que faltava para completar minha felicidade, agora me ignorava por um erro meu e, também sofria por isso.

-Agora, quero meus meninos pródigos aqui comigo. –a voz de Alysson veio de algum lugar distante. –Taylor, , venham aqui comigo.

Me senti franzindo o cenho na direção de Alysson. Meu corpo não tinha reação alguma, a única coisa que eu conseguia fazer era observar andando em direção ao púlpito com os braços estendidos para Alysson e para David.

-Vai lá, babaca. –disse Robert me empurrando. Como ele havia chegado ali mesmo? –Vai lá! –ele me empurrou mais uma vez antes que eu levantasse e fosse na mesma direção que sob os aplausos do público.

Abracei Alysson carinhosamente e fiz o mesmo com David logo em seguida, porém, este último ato sendo de modo mais masculino.

-Eu queria agradecer a todo o elenco por ter tornado meu livro, meu mundo em algo real. –Alysson assumiu o microfone novamente. –Mas queria agradecer principalmente a estes dois garotos, que trouxeram a vida as personagens que me guiaram pelos 15 anos** que demorei para escrever meu primeiro livro, Para Sempre.

Em um gesto natural, passei meu braço pelos ombros de . Senti a mesma retesar e de contorcer desconfortável logo em seguida, mas ela não retirou meu braço de seus ombros.

-, minha Ever. –Alysson a chamou fazendo com que a linda garota loira a meu lado voltasse seus lindos olhos azuis para a autora a nosso lado. –Eu sempre sonhei com o dia em que eu realmente veria a Ever cantar Call Me When You’re Sober*** para mim.

riu e balançou a cabeça negativamente.

Voltei meu olhar para o público, que nos olhava excitados e ansiosos por uma resposta.

-Não, melhor não. Não sei cantar... –disse pegando o microfone das mãos de Alysson.

Tirei meu braço de seus ombros e a olhei questionador, enquanto ela me devolvia o olhar da mesma forma. Eu já havia ouvido cantar e, ela com toda a certeza sabia cantar.

-Can-ta... Can-ta... Can-ta... –puxei um coro, enquanto o DJ colocava uma música de suspense no ar.

-Por favor... –Alysson sussurrou para que só nós ouvíssemos.

suspirou e concordou com a cabeça antes de virar as costas e ir para mais perto do telão, ou seja, no meio daquele pequeno palco em que ficava o púlpito sob mais aplausos.

Ironicamente, percebi que aquilo ali mais parecia uma festa de homenagens do que uma festa de lançamento do primeiro trailer oficial do filme.

Ri antes de me afastar do pequeno palco e deixar sob todos os holofotes.

P.O.V.

Com o microfone a mão, coração a mil e a espontaneidade que o álcool me causou, andei confiante até o meio do pequeno palco.

Respirei profundamente diversas vezes antes de encarar todo meu público que aguardava a canção em silêncio.

Olhei para o DJ e assenti minimamente, dando o sinal de que ele precisava para que o instrumental da música começasse a tocar e eu a tocar.

Não chore por mim
Se você me amasse
Você estaria aqui comigo
Você me quer,                             
Venha me encontrar
Faça sua escolha

Ironicamente, aquela música combinava perfeitamente com o momento que eu vivia. Então, fechei os olhos e me entreguei a música deixando que ela ressoasse pelo espaço, ecoando meus sentimentos juntamente com minha voz.

Eu deveria deixar você cair, e perder isso tudo?
Então, talvez você pudesse lembrar de si mesmo
Não posso continuar acreditando, estamos apenas nos enganando
E eu estou cansada das mentiras
E você está muito atrasado

Deixei que minha voz se fortalecesse junto com o tom da melodia, deixei a que música falasse por mim enquanto eu cantava de olhos fechados e mantinha meu corpo imóvel.

Não chore por mim
Se você me amasse
Você estaria aqui comigo
Você me quer
Venha ao meu encontro
Faça sua escolha

Depois deste segundo refrão eu abri os olhos e encarei Taylor diretamente nos olhos. Sua expressão denunciava que ele já havia percebido o quanto eu já estava me envolvendo com a música e que a letra da mesma se encaixava perfeitamente para descrever essa noite. Ele realmente me queria? Então que viesse atrás!

Não conseguiu se livrar da culpa, cheio de vergonha
Deve ser cansativo perder seu próprio jogo
Por si mesmo odiado, não é de se espantar que você esteja esgotado
Você já não pode mais bancar a vítima dessa vez
E você está muito atrasado

Se Taylor estava realmente apaixonado por mim como ele disse, então ele havia caído em sua própria teia, ele teria experimentado do próprio veneno, pois ele havia virado o conquistado e não o conquistador. Desta vez ele ia perder seu jogo.

Seus olhos pareciam mostrar arrependimento, mas eu não acreditava e deixei isso claro enquanto andava pelo palco sem tirar meus olhos raivosos e cheios de lágrimas de cima dele.

Então, não chore por mim
Se você me amasse
Você estaria aqui comigo
Você me quer
Venha ao meu encontro
Faça sua escolha

Não disfarcei sentimento algum, não me importei com quem olhava, tudo o que eu queria era aliviar meus sentimentos e mostra-los para Taylor de alguma forma, então andei em sua direção e cantei o refrão estando quase em cima dele.

Você nunca me chama quando você está sóbrio
Você só quer isso porque está tudo acabado, tudo acabado
Como eu pude queimar o paraíso?
Como eu pude? Você nunca foi meu

Por quê? Por que meus sentimentos por Taylor começaram a aflorar em um momento meu de fragilização e desespero? Por que ele não pôde esperar até que eu melhorasse? Por que ele não esperou até que eu estivesse sóbria?

Novamente eu andava em círculos pelo pequeno palco. Meus passos eram forte e marcados no mesmo ritmo da música.

Acho que foi isso que estragou tudo... A confusão de sentimentos e a fragilidade daquele momento. Eu não era mais eu, pois me sentia psicologicamente cansada e extremamente confusa, totalmente diferente do que eu era normalmente.

Então, não chore por mim
Se você me amasse
Você estaria aqui comigo
Não minta para mim
Apenas pegue suas coisas
Eu fiz sua escolha

Sim, eu havia feito essa escolha por Taylor. Ele deveria cuidar de seu filho e seguir com sua vida e, eu deveria fazer a mesma coisa. Era aqui que nossos caminhos se separavam.

E mais uma vez aplausos cortaram a noite. Seria esta noite regida apenas por aplausos? Alysson me abraçou com lágrimas nos olhos antes de tomar o microfone de minhas mãos.

-Minha menina de ouro. –Alysson disse ao microfone, enquanto me abraçava. –Sabe que assim consegui imaginar aquela cena melhor ainda? -ri baixinho, sentindo minha face esquentar. –Quero mais aplausos para a e para o Taylor, meus meninos de ouro!

O tom de Alysson deixava claro que ela estava nos dispensando, então descemos do palco, ovacionados. Mas, assim que todos já voltavam a prestar atenção no que Alysson dizia, eu dei um jeito de me desviar de Taylor, que insistentemente me seguia, e fui procurar por .

-Aí está você! –falei assim que a encontrei no saguão de entrada após algum tempo de procura.

A tristeza e a mágoa pelo que Matt fez a ela ainda estavam estampadas em seus olhos e, o que me causou um enorme aperto no peito, pois eu entendia o que minha amiga sentia.

-... –chamei baixinho enquanto me sentava a seu lado no grande sofá de veludo ali disposto. –Vamos para casa?

-Acho que é o melhor que se tem a fazer. –disse ela com a voz rouca antes de pegar o celular da bolsa e ligar para Joe.

-Vamos para a casa, , pois amanhã será outro dia. –falei antes de ceder as lágrimas causadas por Taylor pela última vez.

(Continua...)

*Suco da imortalidade é o líquido que os personagens da série Os Imortais bebem para conseguir a imortalidade.

**A autora declarou em uma sessão de autógrafos que realmente demorou 15 anos para escrever esse primeiro de sua carreira e, consequentemente de sua primeira série.

**Em uma tradução livre é: Me Chame Quando Você Estiver Sóbrio. A música é cantada pela Ever, personagem principal do livro Para Sempre.


Capítulo 12

P.O.V.

Uma semana, três dias e sete horas sem ver Taylor. Eu não conseguia definir se isso era algo bom ou ruim. Eu sentia muita falta dele, mas era melhor não precisar vê-lo, pois se o fizesse, eu imagino que uma tristeza me abateria. Era por isso que eu tentava conter todo tipo de pensamento com relação a ele.

Sem minha permissão, flashs de nós nos amando, de nossas cenas como Ever e Damen, nossas danças e as palavras doces, me vieram à mente, tornando aquele momento em algo nostálgico, justamente como eu temia.

Joguei meu corpo contra minha cama e fiquei olhando para o teto com a esperança de que aqueles pensamentos fossem embora, mas para a minha decepção, eles não foram.

-Eu te odeio Taylor Lautner. –murmurei mal humorada.

Bufei irritada e, virei de barriga para baixo, para poder enfiar o rosto em meus travesseiros. Fiquei ali, parada, tentando não pensar em nada, antes de me entregar a um sono profundo.

-. ... ! –chamou minha mãe me chacoalhando.

Em resposta, resmunguei sem tirar a cabeça do travesseiro, o que fez com que meu resmungo saísse mais abafado do que o normal.

-O que foi? –perguntei quando não obtive nenhuma resposta.

Minha mãe suspirou, fingindo não ter percebido minha grosseria, e respondeu:

-Madison e Chloe estão aqui para te arrumar, filha. –ela disse, me fazendo olha-la, questionadora. –Para a entrevista coletiva.

Senti meus olhos se arregalarem e meu coração disparar, antes de jogar minhas pernas para fora da cama e correr a toda velocidade para o banheiro.

Não me importei com o horário ou com quem teria de me esperar. Eu estava agoniada com meus pensamentos e, achava que um bom e longo banho me faria bem.

Graças a Skeeter, todos já sabiam o que havia acontecido entre Taylor e eu. E a partir do dia em que essa notícia saiu, meus atrasos se tornaram constantes.

Sem saber o porquê, olhei ao redor de meu banheiro impecavelmente branco antes de colocar uma quantidade generosa de meu shampoo de damasco nas mãos.

Deixei o aroma do shampoo tomar conta de mim, enquanto os pensamentos indesejados(leia-se Taylor) eram levados para longe de minha mente. Aquele delicioso cheiro da shampoo tomou conta de mim de tal forma que, quando percebi, já estava cantando uma música incrivelmente alegre. Eu não sabia ao certo que música era, mas eu pouco me importava com isso, pois tudo o que eu queria era aproveitar o momento.

A sensação do shampoo em meus cabelos, a água escorrendo por meu corpo, o vapor que saía do chuveiro... Tudo aquilo me libertava, dava uma sensação de paz e me levava para um mundo completamente meu, onde tudo era possível e a felicidade reinava.

Era estranho naquele momento que eu vivia, pois meu coração nada mais sentia, além do momento propriamente dito. Meu coração estava liberto de qualquer sentimento profundo ou confuso, ele apenas aproveitava o momento... Em um ato impensado, abri meus braços, deixando a água quente escorrer por meu corpo, ao mesmo tempo em que atingia as notas mais agudas daquela música que me fazia “viajar” sem sair do lugar.

-, Madison e Chloe estão esperando! –minha mãe gritou de algum lugar do meu quarto, quando eu já passava o condicionador.

-Mais cinco minutos! –cantarolei e depois ri, parecendo uma louca.

Eu disse cinco minutos? Creio que demorei mais dez, vinte minutos... Tudo o que eu queria e fazia, era aproveitar cada segundo da melhor forma.

Tomar banho, sempre parecia me acalmar. Não sei ao certo o motivo, mas a água dava a impressão de levar minhas angustias consigo, juntamente com a sujeira de meu corpo.

Saí do banheiro, ainda cantarolando, enquanto era seguida por minha mãe ao entrar em meu closet. Selecionei uma lingerie qualquer, larguei a tolha e me vesti, colocando um quimono por cima da roupa intima.

-Filha, você vai se atrasar. –disse minha mãe, passando uma das mãos em minha face.

Sorri para minha mãe, que aparentava estar cansada. Ela havia trabalhado muito durante essa semana, coisa que não era necessária, devido a nossa excelente situação financeira, mas ainda assim, ela insistia em fazê-lo.

Fitei seus olhos azuis, iguais aos meus, e levemente, passei um dedo debaixo de suas olheiras mais do que arroxeadas.

-Mamãe. –chamei baixinho.

Os olhos de minha mãe brilharam. Ela adorava quando eu a chamava de mamãe, ela dizia ser bem mais carinhoso do que chama-la apenas de mãe.

-Fala filha.

Fiquei em silencio por alguns minutos, apenas para deixar a voz melodiosa de minha mãe, ressoar pelo espaço.

-Vamos viajar? –perguntei, fazendo com que os olhos de minha mãe brilhassem. –Só você, o papai, o Anthony e eu. Como não fazemos há...

Anthony, meu queridíssimo irmão. Eu morria de saudades de meu irmão mais velho, mas quase não o via, pelo fato dele viver para estudar. Aquele nerd... Anthony raramente deixava Harvard, sua vida era estudar.

-Como não fazemos desde que você começou a realizar seu sonho. –minha  mãe completou.

Aquelas palavras me machucaram um pouco, mas eu não podia culpa-la por dizer a verdade.

-Fala com o papai, busca o Anthony, escolhe o destino, mãe. Vou para onde você quiser. –falei, antes de sair do quarto atrás de minha cabeleireira e minha maquiadora.

Enquanto Madison e Chloe me arrumavam, percebi que as coisas que me aconteceram eram apenas consequências daquilo que um diz eu quis ser, daquilo que eu era.

Mas apesar disso, eu estava feliz, pois havia realizado meu sonho e havia encontrado a forma perfeita de meu expressar, de mostrar meus sentimentos ao mundo. Na minha vida, não havia nada melhor do que atuar. Virar outra pessoa, fugir de minha realidade, mostrar ao mundo todas as minhas facetas e especificar como eu agia quando cada uma delas tomava conta de mim quando necessário. Só que para isso, eu precisava fazer sacrifícios.

-No que pensa tanto, caixinhos dourados? –perguntou Chloe soltando uma mecha do meu cabelo, que caiu em um encaracolado perfeito no meu ombro direito.

-Em tudo o que aconteceu desde que me tornei atriz. –respondi em um suspiro.

-Algo que queira compartilhar? –ela perguntou acariciando meus cabelos, mas eu apenas balancei a cabeça negativamente, apreciando a sensação que aquele carinho me causava.

Chloe continuou a cachear meus cabelos em silêncio, o que foi bom, me permitiu pensar em paz.

Logo depois de Chloe, foi Madison que assumiu o trabalho de me embonecar para a entrevista coletiva. Ao contrário de Chloe, que era reservada, Madison era uma exímia faladora, e me arrancou muitas risadas enquanto relatava algumas de suas histórias de vida.

Fui para a entrevista cantando, enquanto dirigia pela grande cidade de L.A. Só não pedi para Joe me levar, por conta das férias que eu havia dado a ele.

Com tudo isso eu sei agora
Tudo dentro da minha cabeça
Tudo isso vai mostrar como
Nada que eu conheço me faz mudar

De novo eu espero isso para mudar em vez de
Rasgar o mundo em reboques
Outra noite com ela
Mas estou sempre querendo você

Use me Holly venha cá e use me
Nós sabemos onde vamos
Use me Holly venha cá e use me
Nós vamos onde sabemos

(All of This – Blink 182)

Minha cantoria foi interrompida pelo toque estridente de meu celular. Aproveitei a deixa do sinal vermelho, e conectei o fone no celular antes de atendê-lo.

-Alô?

Ri do modo cantado, com que minha voz saiu.

-, onde você está? Sua louca, você tem ideia de que horas são? – gritou do outro lado do telefone.

Me encolhi com o eco que seus gritos fizeram em meus ouvidos. Será que a não tinha um mínimo de noção, não? Digo, eu tenho certeza de que ela não gostaria que eu gritasse ao telefone enquanto falava com ela.

-E você tem ideia de como está o trânsito? –rebati com outra pergunta, de forma “educada”.

Apertei minhas mãos no volante, para conter minha raiva.

Olhei de relance para o relógio do painel do carro, só para constar que tinha razão. Eu estava oito minutos atrasada para a entrevista, o que era um mau negócio, contando que essa era a primeira grande entrevista depois do final das gravações do filme.

Enterrei a mão na buzina do carro, só para assustar o lerdo que dirigia a minha frente. Ele estava trancando o transito ao deixar seu carro entre duas pistas, não tinha como eu ultrapassar, o que significava que eu tinha que esperar. E, sinceramente? Eu não tenho muita paciência no trânsito.

O motorista do carro a frente fez um gesto obsceno, e eu fiz questão de responder com mais uma buzina. Aquele motorista se debruçou sobre a janela aberta de seu carro e me olhou irritado, seus olhos brilhavam em decepção, impaciência e ódio. Surpreendi-me ao ver que o motorista era Taylor, mas o ódio me consumiu e acabou com minha surpresa segundos depois. Já não bastava ele ter virado toda minha vida de cabeça para baixo? Ele tinha mesmo que andar quase parando, em meio a uma avenida movimentada?

Recebi várias buzinadas, enquanto eu fuzilava Taylor com os olhos. Parei o carro no meio da avenida e andei até o carro que Taylor, que havia parado pouco depois de eu ter o feito.

-Não dá para andar mais devagar, Lautner? Você está indo muito rápido! –falei ironicamente, ao parar ao lado da janela do motorista.

Ele olhou para mim novamente e novamente, percebi que a raiva consumia seu ser. Olhos em brasa como fogo e turvos como furacões, que visavam destruir tudo o que viam a sua frente.

-O pneu furou. –ele respondeu educadamente. Sua voz era calma e fluida, ao contrário de seus olhos e de sua expressão fechada. –Estava tentando encostá-lo no meio-fio quando você me parou.

A máscara de raiva tirava toda a beleza da pele morena de Taylor, os olhos... Os olhos negros, por hora turvos, continuavam a ter a mesma profundidade de um poço sem fundo, mas agora esse poço era frio.

Coloquei meus óculos na cabeça, estiquei a mão e peguei a chave do carro de Taylor da ignição. Um erro, pois meu braço roçou no seu, trazendo um arrepio por minha pele, juntamente de uma corrente elétrica.

A máscara de Taylor desmoronou quando nossos braços se tocaram, o líquido endurecido de seus olhos derreteu, tornando aquele olhar novamente em algo aconchegante. Taylor segurou meu braço com força e me obrigou a encará-lo, ao colocar a mão em meu queixo, assim que desviei de seu olhar.

-...

Gritos interromperam o Taylor ia falar. Uma horda de fãs corria desenfreada até nós. Eles viam correndo em alta velocidade, enlouquecidos... Arfei de medo e corri para meu carro, mas meu salto quebrou no meio do caminho, me levando ao chão.

-Droga! –exclamei, me levantando de qualquer jeito, antes de continuar mancando até o carro, onde eu entrei e tranquei as portas. Me dei conta de que ainda estava com a chave de Taylor nas mãos. –TAYLOR! –gritei abrindo a porta de meu carro. –VAI ENTRAR OU VAI FICAR AÍ? –perguntei sinalizando para o banco do carona, de meu carro, antes de fechar a janela e dar partida.

Não precisei chamar de novo para que Taylor corresse para meu carro, entrando no mesmo com uma velocidade espantosa. Ele pegou o celular e digitou alguns números que não consegui ver, pois tudo o que em que eu prestava atenção no momento, era naquela avenida movimentada, que agora estava cheia de fãs/pedestres, enlouquecidos. Eu tentava achar uma brecha entre eles para poder sair dali, mas eu não conseguia achar nada!

O ar começou a ficar mais pesado, conforme o desespero e a vontade de sair dali iam tomando conta de mim. Gritei quando o ar se tornou pesado demais, para que entrasse em meus pulmões. As laterais do carro pareciam estar se fechando sobre mim.

-Eu já chamei os seguranças! –disse Taylor, colocando uma das mãos em minhas costas, o tom desespero e preocupação estavam acentuados em sua voz.

Encostei minha testa no volante, enquanto esperava os seguranças. O fato de Taylor estar ali ao meu lado de nada me incomodou, pelo contrário, o fato dele estar ali ajudou para que eu mantivesse minha sanidade, enquanto aquela orla de fãs nos cercava.

Levantei a cabeça da volante, a fim de ver o que acontecia. Erro grande. Ao ver os fãs se aproximando cada vez mais, o nervosismo se abateu sobre mim, causando-me um forte ataque de asma.

Minha respiração suspendeu, enquanto meu peito começava a chiar. Pontos pretos escureceram minha visão, a voz desesperada de Taylor chegava aos meus ouvidos como um eco, eu não compreendia o que ele falava.

Tentei apontar o porta-luvas do carro, onde se encontrava uma das minhas bombinhas de asma, mas meu corpo estava dormente, então não senti o que meu corpo fez, além de produzir sons de sufoco.

Tudo se apagou.

_x_

Em poucos minutos, minha visão começou a clarear, assim que algo impulsionou ar para meus pulmões. Aos poucos, recuperei meus sentidos e consegui visualizar o ambiente em que eu estava.

Eu ainda estava em meu carro, só que agora no banco de trás, juntamente com o Taylor – e, por uma incrível ironia do destino, eu estava mais uma vez com a cabeça apoiada em seu colo. – Quem dirigia era um dos seguranças que viera em nosso auxilio.

Agora, a pergunta era: como havíamos parado ali?

-Tudo bem? –perguntou Taylor, passando a mão por meus cabelos, antes que eu levantasse a cabeça de seu colo e me sentasse.

Assenti meio atordoada, uma pequena tontura tomou conta de mim, devido a rapidez com que levantei, mas ela logo passou.

-O que... –comecei a perguntar, mas quando senti que minha voz saiu rouca, pigarreei antes de continuar. –O que aconteceu?

Foi com os olhos sofridos que Taylor me encarou, seus olhos pareciam querer perfurar os meus e captar tudo o que se passava dentro de mim.

Apesar de minha crise de asma já ter passado, respirei com dificuldade, devida a tamanha e incomoda intensidade com a qual aquele homem a minha frente, me encarava.

Meu coração se apertou com a demora de sua resposta, então me virei e encostei a cabeça no vidro do carro, admirando a paisagem que passava por nós, uma paisagem matosa.

-Onde estamos indo? –perguntei assustada, sem nunca tirar os olhos da janela. Encarar Taylor agora seria um grande sacrifício.

Aquele não parecia nem um pouco com o caminho que levava ao hotel onde daríamos a entrevista.

A falta de conhecimento, quanto ao local em que estávamos, deu-me uma sensação de desconforto. Eu me senti como se eles estivessem me sequestrando.

-Depois que você começou a ter o ataque de asma, você desmaiou. –ele disse se aproximando por trás. –Tive que fazer respiração boca a boca em você, até que os seguranças chegassem e nos tirassem dali, você melhorou logo depois. –ele disse com um tom de riso na voz.

-Respiração boca a boca? –ofeguei com o susto. Os seguranças riram minimamente.

Senti a cor fugir de meu rosto, só se pensar em Taylor com os lábios nos meus... Os conflitos começaram a nascer em minha mente. O que eu sentia? Saudades? Ódio?

Taylor riu juntamente com os seguranças, o que fez com que eu me virasse para ele novamente.

-Alguns fãs nos seguiram, então liguei para o meu agente e ele disponibilizou sua casa de campo para fazermos a entrevista. –ele prosseguiu, ignorando minha pergunta. –Creio que todos já estão lá, já que passamos nos hospital para o médico fazer um exame rápido em você.

Arregalei os olhos. Hospital?

-Eu estava tão mal assim? –perguntei temerosa. Esses ataques de asma geralmente não eram tão fortes a ponto de eu ter que ir para o hospital.

-Medidas de precaução, senhorita. –disse o segurança que não estava dirigindo. –Ordens do seu pai.

Fiquei estupefata com as palavras do segurança. Como assim “ordens de meu pai”? De onde vinha tanto zelo da parte de Taylor e de meu pai?

Taylor olhou para mim e soltou um risinho irritante e disse:

-Liguei para seu pai assim que você recuperou os sentidos.

Respirei fundo, assenti e voltei a observar a paisagem que passava por mim. As árvores passavam rapidamente, mas eu tinha a impressão de que o tempo passava lentamente. Eu não via a hora de chegar a tal casa de campo, para poder descer daquele carro e me afastar minimamente de Taylor.

Me senti nostálgica, ao me pegar novamente, pensando em todos meus momentos com Taylor. Em meio aquela nostalgia, dei olhadela rápida para trás e encontrei Taylor me encarando. Agora, com ele a poucos centímetros de mim, eu achava quase impossível eliminar meus sentimentos por ele, mas eu ainda tinha a esperança de que iria conseguir fazer isso, bastava eu me manter forte em minha decisão.

Taylor P.O.V.

Observei mais uma vez o modo com seus lindos cabelos dourados brilhavam contra a luz do sol. E minhas mãos coçaram de vontade de acaricia-los, sentir a textura daqueles leves fios em minhas mãos.

era a mulher mais linda que eu já havia visto em minha vida, assim como também era a mulher mais inalcançável. Ela virou seu olhar minimamente, de encontro ao meu, mas desviou rapidamente, o que me fez pensar que a melancolia estampada em seus olhos azuis fosse só coisa de minha mente.

Eu fiquei extremamente preocupado quando a vi desmaiar, pois só uma vez na vida eu vira essa garota forte e turrona desprotegida assim, e nesta vez, uma coisa ruim havia acontecido.

Ignorei esses pensamentos e voltei a ler a mensagem em meu celular, coisa que eu fazia antes de acordar.

Boa ideia essa de levá-la para esse SPA, para descansar. Mas fique sabendo que não vou te ajudar de novo, seu idiota!

Kisses, ;D

Ri discretamente da mensagem de . Aquela garota era uma verdadeira comédia quando queria. Mas, eu sabia que ela não havia dito aquilo à toa, ela era fiel à amiga e, qualquer escorregão que eu desse com , eu teria que acertar contas com ela.

Ao contrário do que pensava, não estávamos indo para a casa de campo de meu empresário, mas sim, para o SPA que minha mãe havia comprado para administrar, nos arredores de L.A. A entrevista havia sido remarcada para dali a dois dias.

Olhei mais uma vez para . Eu sabia que ela iria me odiar ao saber que passaríamos dois dias juntos no SPA de minha mãe, mas isso seria bom para ela, e para mim também.

-O que foi? –perguntou em tom rude, virando em minha direção novamente.

Nada fiz além de continuar a olhando e tentando desvendar o que se passava por aquela fascinante cabeça.

-O que foi? –ela repetiu a pergunta, aumentando o tom de voz.

Ah! Como ela ficava sexy, quando estava irritada... A vontade que eu tinha de beijá-la, cuidá-la e possuí-la ali mesmo era imensa, mas eu sabia que o poder que aquela mulher tinha sobre mim era muito mais do que físico. Eu não poderia “ataca-la” e ferir seus sentimentos mais uma vez.

O sol que entrava pela janela do carro me aquecia, mas um único olhar daquela mulher, me aquecia mil vezes mais.

-Observando. –respondi tentando segurar minha máscara de indiferença, que fiz questão de colocar, quando ela olhou para mim.

olhou-me indignada e se voltou para a janela novamente. Quase ri. Quase, pois se risse, eu acabaria com toda a cena.

O resto do caminho foi percorrido em silêncio, exceto pelo bip de meu celular, que recebia mensagens importunas de Hannah e de outras pessoas, a cada segundo.

Quando o carro começou desacelerar e entrar no SPA, virou-se para mim com olhos questionadores. Foi aí que eu soube que estava ferrado.

_x_

-COMO ASSIM VOCÊ ME TRAZ PARA UM SPA? – gritou em meu ouvido, assim que entramos em nosso quarto. –E AINDA POR CIMA UM SPA QUE POR ACASO É O DA SUA MÃE!

Ela se jogou na cama e logo em seguida tirou as sandálias, jogando-as em minha direção, mas errando por centímetros.

Sem saber ao certo o que fazer, dei alguns passos para me aproximar, mas parei nomomento em que me fuzilou com os olhos.

-Você está estressada. –afirmei, mesmo sabendo que essa afirmação seria inútil.

-Jura? –ela disse em tom irônico. –Nossa, eu tinha a certeza de que eu estava pulando de felicidade!

Uma mecha de cabelos dourados caiu em frente a seus olhos. Em um impulso, avancei mais alguns passos para livrar seus rosto do cabelo, mas quando cheguei a ela, fui surpreendido com um belo chute na virilha.

-Meus futuros filhos... –gemi, caindo no chão.

começou a rir incansavelmente. Parecia que aquilo não passava de uma bela piada para ela.

Me encolhi ainda mais devido a dor.

-Não se preocupe, Hannah ainda está grávida. Sem filhos você não fica. – disse antes de sair do quarto batendo os pés.

-... –chamei mesmo sabendo que ela não ouviria. –Eu só fiz isso porque te amo. –mas ela não voltou.

P.O.V.

Como pude ser tão burra a ponto de acreditar que estávamos mesmo indo para um lugar mais tranquilo para fazer a porcaria da entrevista?

É claro que não iam mudar o local, o máximo que eles fariam era cancelar e entrevista e remarcar.

Andei a passos pesados até a recepção, onde a Sr.ª Lautner conversava com a funcionária da recepção. Eu não ficaria no mesmo quarto que Taylor nem morta. Aliás, por qual motivo nos colocaram no mesmo quarto?

Eu só fiz isso porque te amo. –aquelas malditas palavras ecoaram e minha mente. Quem dera aquilo fosse verdade, pois se Taylor me amasse, tudo seria mais fácil.

Senti meus olhos se inundarem de lágrimas, mas eu as segurei. Havia prometido a mim mesma que nunca mais choraria por aquele homem que tinha o forte poder de bagunçar meus pensamentos.

Respirei fundo e me aproximei do balcão da recepção.

-Sr.ª Lautner. –chamei.

A mulher morena e de longos cabelos castanhos parou de conversar com a recepcionista de cabelos roxos e se virou para mim com um grande sorriso no rosto.

-Posso ajudar querida?

Sorri minimamente diante da gentileza e atenção que ela exalava. Seus olhos inspiravam confiança e seu sorriso, tranquilidade.

-A Sr.ª....

-Me chame de você, querida. –ela pediu, me cortando.

Seu grande sorriso me encorajou a seguir em frente. Sinceramente? Eu nunca me senti a vontade para pedir coisas em hotéis e coisas do tipo, mas este era um caso inevitável.

-A senh.... Você poderia me trocar de quarto?

Ela me analisou atentamente, questionando meu pedido com os olhos. Aqueles mesmos olhos que variavam entre o preto profundo e um castanho mel.

-Algum problema com aquele quarto? –ela perguntou, saindo de trás do balcão e parando ao meu lado.

Assenti, não querendo responder. Como eu diria a ela que queria trocar de quarto por causa do gos... impertinente do filho dela?

-Kate, veja para mim se temos mais algum quarto disponível. –ela pediu para a recepcionista que provavelmente estava entretida com algum jogo no computador, a julgar pelo barulho que saía das caixinhas de som.

-Claro Deborah. –disse Kate com a voz mole, o que me fez ter a leve impressão de que ela não estava com a mínima vontade de trabalhar.

-Algum problema com aquele quarto? –Sr.ª Lautner repetiu a pergunta.

Remexi na ponta de meu colete jeans preto, por um bom tempo antes de responder.

-Me sinto incomodada com...

-Mãe! –a voz dele chegou até meus ouvidos, interrompendo minha resposta.

Minha respiração perdeu no tempo, eu não sabia se ficava agradecida por ele ter chegado e me salvado de responder àquela perguntou ou se ficava irritada por ele estar ali.
O piso de madeira esquentou sob meus pés, quando o avistei, as árvores se tingiram de vermelho e o céu azul ficou escuro. Aos poucos, a raiva tomava conta de meu ser, e tudo o que eu queria era destruir tudo a minha volta.

Os olhos da Sr.ª Lautner brilharam de felicidade, antes da mesma se virar de costas para mim e abrir os braços para o filho.

-Meu pequeno campeão! –exclamou ela, enquanto Taylor se aproximava cada vez mais. –Se esqueceu de sua velha mãe? –o abraçou com um carinho imensurável. –Nunca mais veio me visitar.

Taylor abraçou a mãe com força, a ergueu e a girou delicadamente no ar. Mesmo depois que Taylor colocou a mãe no chão, eles continuaram abraçados por um bom tempo e eu... Eu fiquei apenas observando o enorme carinho que um tinha pelo outro.

Sr.ª Lautner começou a afagar a cabeça de Taylor, que por sua vez, estava completamente curvado para poder apoiar a cabeça no ombro da mãe. Ele era três vezes maior que ela.

Aquela cena de carinho me desarmou, fazendo com que tudo voltasse a sua forma natural, a meus olhos. Minha visão não estava mais tingida de vermelho e o céu agora, voltara a ser claro.

-Vou tentar vir te ver mais vezes, mãe. –Taylor disse, afastando-se minimamente da mãe.

Não consegui ver a expressão da Sr.ª Lautner, mas pelos poucos minutos que a observei, seus olhos deviam estar inundados de uma reverência profunda ao filho.

Desviei os olhos, incomodada com aquela cena. Eu não entendia como aquele Taylor que agora conversava suavemente com a mãe, poderia ser o mesmo Taylor que havia partido meu coração.

-Deborah, pode vir aqui um momento? –perguntou a recepcionista, Kate, acabando com o momento mãe e filho entre Taylor e a mãe.

A Sr.ª Lautner suspirou, parecendo exausta e sussurrou algo como:

-Como pode não saber fazer nada sem mim?

Taylor se aproximou de mim, assim que a mãe foi para o balcão da recepção, se juntar a uma Kate, que estranhamente me olhava raivosa.

Fingi que minha pele não se arrepiou com a presença daquele homem, fingi que meu coração não se acelerou e que uma corrente elétrica não passou por meu corpo.

-Por que veio incomodar minha mãe? –ele se abaixou e sussurrou a pergunta.

Cerrei os punhos e os dentes, na tentativa de conter meus sentimentos, pois se eu me deixasse levar por algum deles, ou eu o beijaria ou bateria novamente.

-Por que veio incomodar minha mãe? –ele repetiu.

Fechei os olhos e comecei a cantar mentalmente, um mantra que a louca da havia me ensinado.

O silencio reinou entre nós, eu me recusava a responder, assim como ele se recusava a falar outra coisa, além daquela pergunta que ele havia feito.

-. –chamou a Sr.ª Lautner. Abri meus olhos e me deparei sua face séria, irritada e quase explosiva, reações que ficavam estranhas no rosto daquela doce mulher.

-Sim, Sr.ª Lautner? –me aproximei do balcão, temerosa.

Depois que percebi o tom infantil que empreguei em minha voz ao pronunciar aquelas palavras, quase ri, mas me contive, por conta da expressão completamente séria da Sr.ª Lautner.

-Me chame pelo primeiro nome, por favor, nada de formalidade, não é, Taylor? –ela disse, encarando o filho com aquela face séria, por cima de meu ombro.

Sem vontade, me virei minimamente para encarar Taylor, que também se aproximou do balcão.

-Claro mãe. –ele respondeu confuso, com a expressão e o tom de voz da mãe.

Senti meu cenho se enrugar, enquanto meus olhos, iam de Taylor para a Sr.ª Lautner e vice-versa.

-Algum problema com meu pedido? –perguntei, quando me senti tonta de tanto olhar de um para o outro.

Mais uma vez o silencio tomou conta do ambiente. Meu corpo começou a ficar tenso e meu estômago ganhou vida, fazendo com que todo meu café-da-manhã ameaçasse sair.

-O quarto que ficaria desocupado até semana que vem, acaba de ser reservado. –respondeu Kate, quando percebeu que sua chefe não pronunciaria nenhuma palavra.

Arregalei os olhos. Será que eu teria que ficar no mesmo quarto e mesma cama que Taylor por dois longos dias?

_x_

Abri a porta de meu quarto levemente. Já era tarde da noite e Taylor já deveria estar dormindo, eu não queria acordá-lo.

Meus olhos ainda estavam inundados com as imagens que havia visto. O bom de estar num SPA, é que ele geralmente é isolado da cidade, o que significava mais natureza, nenhuma interferência luminosa e isso permitia uma melhor visão do céu estrelado a noite.

Entrei, fechei a porta do quarto, respirei fundo e me encostei a mesma, ainda maravilhada com as constelações que havia visto.

Estava tão perdida em meus pensamentos, que quase não vi Taylor saindo do banheiro, apenas com uma toalha enrolada no quadril.

Ofeguei com a visão das gotículas de água descendo de seu abdome, escorrendo por seu tronco e se perdendo naquela pequena toalha branca.

-Eu não sabia que você estava acordado. –falei num só fôlego, enquanto colocava a mão sobre o coração, na tentativa de acalmar os batimentos cardíacos.

Taylor riu molemente e andou em direção ao pequeno armário contido no canto do quarto.

-Estava com minha família. Meu pai acabou de voltar de uma viagem e minha irmã veio passar o final de semana aqui. –ele disse com a voz extremamente sonolenta.

Ele virou de costas para mim, fazendo com que meus olhos se focassem naquelas redondas, firmes e gostosas nádegas. Minhas mãos coçaram de vontade de bater e apertar naqueles interessantes músculos de Taylor.

-O que foi? –ele perguntou, se virando para mim novamente.

Balancei a cabeça levemente antes de responder.

-Só pensando em quem deveria dormir na cama auxiliar. –menti, apontando para a pequena cama auxiliar instalada ali a meu pedido. Eu me recusava a dormir na mesma cama que Taylor, pois dormir no mesmo quarto já seria suficientemente ruim.

Andei lentamente até o divã no meio do quarto e me joguei nele com tudo, mas sem nunca desviar os olhos de Taylor, que havia erguido o braço e estava coçando a nuca de forma sexy.

-Eu posso dormir nela, se você quiser. –disse ele, mas aí eu analisei sua altura e o tamanho da cama.

Balancei a cabeça negativamente.

-Eu durmo. –afirmei.

Ele assentiu e se virou para o armário novamente, tirando a toalha logo em seguida.

Gritei, enterrando a cabeça nas mãos.

-Nada que você não tenha visto. –Taylor disse em tom de escarnio.

Fiquei indignada com suas palavras. Só porque eu havia visto tudo aquilo uma vez, não significava que eu queria ver novamente.

-Isso não quer dizer nada. –retruquei, com a voz abafada pelas mãos e pelos cabelos, que caíram em cima de meu rosto.

Segundos depois, ouvi o barulho do armário sendo fechado.

-Pode olhar agora. –a voz de Taylor chegou suavemente a meus ouvidos, mas um suave tão suave, que desconfiei. Porém, minha curiosidade foi mais forte, então olhei mesmo assim.

Fiquei estática. Taylor estava completamente nu, na minha frente. Algumas gotículas de água ainda escorriam por seu corpo, dando ainda mais beleza para aquele Adônis* à minha frente.

Encarei Taylor de cima a baixo. Meus olhos pararam de passear por seu corpo apenas quando encontraram... aquilo. Ofeguei, ao mesmo tempo em que perguntei como aquilo havia entrado em mim.

Quando percebi o que estava pensando, corei instantaneamente, arrancando uma gargalhada de Taylor.

-Vai ter troco. –sibilei, pegando minha nécessaire, que milagrosamente eu havia deixado em cima da cama e correndo para o banheiro antes que algo mais acontecesse.

Escovei meus dentes, tomei um bom banho e me preparei para dormir o mais lentamente possível, quem sabe assim Taylor não tomava vergonha na cara e se vestia antes de eu voltar para o quarto.

Quando voltei para o quarto, Taylor dormia profundamente na cama de casal, ainda nu.

Balancei a cabeça negativamente, antes de pegar o lençol que ele havia deixado de lado, para cobri-lo.

-Boa noite, Taylor. –sussurrei, indo trocar de roupa, para seguir seu exemplo e mergulhar no mundo dos sonhos.

(Continua...)

*Adônis: Adônis, nas mitologias fenícia e grega, era um jovem de grande beleza que nasceu das relações incestuosas que o rei Cíniras de Chipre manteve com a sua filha Mirra.
Adônis passou a despertar o amor de Perséfone e Afrodite. Mais tarde as duas deusas passaram a disputar a companhia do menino, e tiveram que submeter-se à sentença de Zeus. Este estipulou que ele passaria um terço do ano com cada uma delas, mas Adônis, que preferia Afrodite, permanecia com ela também o terço restante. Nasce desse mito a ideia do ciclo anual da vegetação, com a semente que permanece sob a terra por quatro meses.











74 comentários:

  1. nossa... que medico bocudo... ele nao tinha nada que ter aberto a boca
    e agora em??
    e esse beijo dos dois em?? as coisas tao começando a se encaixar...
    agora vamos ver ate onde vai esse momento de paz deles....
    curtindo demais a fic...

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  2. Para variaaaaarrrrr, eu perdi outro comentário, mas eu juro que POSTEI! Definitivamente! Mas tá legal ué, eu comento de novo tá, seu blogger chato! :P
    Entonces, eu devo dizer que amei o lance desta fic. Olha este momento dos Taylor cuidadoso foi divino, me trazendo café na cama? Ai Jesusu! E agora o bafafa q vai ter com a coisa da fofoca? Vixe! Eu vou denunciar aquele babaca fdp do Médico q me atendeu para o conselho de ética de medicina! Q MISERÁVEL! Mass a parte boa ninsto tudo é q eles vão pra facul JUNTOS! Já pensou dois famosões na Universidade e NAMORANDO? hummmm... e agora eu queria saber o motivo do Taylor odiar a PP, ele ia falar e ela interrompeu! Ahhhhhhh... pq? pq? pq? kkkkkk
    Adorei flor, continuaaa!!!

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  3. Eu já tinha lido o capitulo lá no Nyah, mas confesso que aqui é sempre melhor...

    Uma coisa séria: Gruen é um FDP dos grandes... mas eu tenho certeza que o dele tá guardado...

    Ahhh um comentário que eu tenho que fazer... Tay tá esbanajando os conhecimentos em nutrição hein?... Tenho que dizer que se ele quiser umas aulas particulares eu estou aqui à disposição... eu sabia que fazer o curso de Nutrição era a melhor escolha...

    *okmomentopiroulegaloff*

    Ufa... uma fic que eu não chorei...kkkkk... acho que meu estoque de lágrimas já acabaram mesmo...

    ADOREI o capitulo.... bjokas!

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  4. Como assim só 3 comentarios? O.o cade os outros? e os que eu postei? alguem me explica produção? enfim...
    fofinho esse capitulo (: cheguei ate a reler o ultimo cap na ultima parte pra embalar no msm sentimento q eu tinha terminado sentindo rsrs aconselho (:
    Enfim, voltando... quero bater nesse medico idiota u.u
    TayTay ta ficando doidinho hahahahaha
    Mas cara, me explica o que um cara, ATOR, vai fazer psicologia na faculdade? O.o ao inves de fazer algo relacionado a area né... Juro q nao entendi essa...
    Enfim, esperando por mais, beijos

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  5. Adorei a fic!Continua!E rápido please,e sim os capitulos foram bem tensos e romanticos!
    Depressa eu quero mais!

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  6. O QUE SERAAAA???????????????????? hahaha...
    To adorando. Continua logo... Ta bem legal!!!

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  7. Qual foi do " Rita Skeeter" ???
    viro HP agora?

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  8. Qual foi do " Rita Skeeter" ???
    viro HP agora?

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  9. Qual foi do " Rita Skeeter" ???
    viro HP agora?

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  10. Qual foi do " Rita Skeeter" ???
    viro HP agora?

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  11. muito fofo o capitulo...
    adorei esse momento dos dois...
    restaurante, parque, sorvete e piscina...
    e aquele cara?! sera que trará mais problema?
    fiquei com medo aqui...
    mais como falam.. o que é bom dura pouco... e to vendo que essa paz ira acabar logo...
    como será o dia seguinte?? curiosa aqui..kkk
    esperando pelo proximo..kk
    a fic esta muito boa

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  12. Que capitulo mais leve e lindo!
    Apesar de ter um poco sde tensão com o cara no restaurante, quero só o que ele irá fazer! Capitulo otimo flor!

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  13. Entonces, vamos ao coment...tá certo q eu não sei ser tãooo profunda cm você e enxergar coisas de física, o máximo é psicologia... ou quimica, principalmente anatomia, do nado na piscina eu jurava q vc ia descrever o Tatay de sungaaaa... mas tah certo, era uma coisa mais leve e pura (minha mente tá perva e eu tenho q voltar a me purificar, to pensando em um mosteiro chinês, afinal chineses não são atraentes e me desanimam aquela paciencia... Ô, liga pro q eu escrevi aki nãooooo)
    Voltando a fic: MOmento romantico, fofo com muita coisa lindia de namorados em Valentines Day's! OOOhhh... O q o instinto protetor de um homem não faz, não é?
    Ele tava muito fofo, mas eu fiquei cafusa com essa coisa de indisposição da PP e do motivo do Taylor ter raiva dela antes... tem q ter algo plausível... ele era galinha e a PP sabia? Parece, mas nem tanto... e a coisa da facul juntos? Ohhhhhh!!! Isto pode dar muita história...
    Encafifei com aquele abusado do estrupador de uma figa se achar no direito de ficar evoltado com o Tatay e com a PP e vim jurar vingança... quem ele pensa que é? O Poderoso Chefão da Máfia italiana?
    Qual é, ainda fez ela tremer de medo, que desgraçado, ele tinha que ser preso!
    Mas já penso se ele pega o Tatay num pego escuro com uma gangue pra se vingar? Fiquei com medo...nãoooooooooo... este cara aí não apareceu a toa eu tenho CERTEZA, fiquei com receio dele. Idiota!
    Aaaaaa... casal tão bonitinho... fofis o cap. flor! Esperando maisssssssss!!!!

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  14. Adorei esse capítulo,foi bem light.
    Fiquei com medinho das ameaças daquele bandidinho. O que será que ele vai aprontar para a PP e pro Taylor?
    E como assim ele sente que é a última vez que eles estão se vendo? Acho que não vou gostar muito do que está por vir...

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  15. Owwwn, meu herói!!
    Pq será que ele odiava a PP? Tbm to com medinho das ameaças do bandido! E afinal, ele não foi preso pq mesmo?
    Muuitas perguntas pra alimentar minha curiosidade até a proxima att!
    =**

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  16. Nao gostei dessa historia de "ultima vez" u.u
    Confesso que fiquei com medo da ameaça do estrupador :S
    E adorei esse cap, foi bem fofo msm... Mas tbm nao gostei q essa fofura vai acabar D: PQQQQQQQ? D:
    posta mais logo por favor

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  17. Olha eu akiiiiii!!!!! hehehe!Eu li no dia q vc postou flor, mas os demais afazeres em amontoaram e só consegui comentar agora...hihihi... bom mas vamos lá... primeiro: adorei minha Mami!! Mas devo dizer q ela me mima DEMAIS.. aksaksasa... até roupa ela separa pra mim? Ounnnn.. tratamento de estrela até em casa! Agora a coisa do Taylor me deixou com raiva! Oxe, com necessidades "físicas" meu bem? Alivia as tensões na cama com outra? Ahhhhh.. francamente, eu amo ele, masssssss ele foi um canalha, ah ele foi! Ele tem é que levar um belo gelo da PP, ela tem que dar uma lição nele, isto sim! Adorei a minha miguxa dando um bom sermão no Tay, ele mereceu levar uma bronca dela! Rhum!
    Mas agora, cá entre nós, esta coisa de exposição de artistas é muito tensa, não sei se fosse eu mesma, teria paciência pra isto, viver sufocada, tendo suas atitudes vigiadas e pior, mal interpretadas!
    Mas voltando a fic, lá vem o tal do agressor de novo... sei não hein... e a PP fragilizada assim, ela tá meio que quase banbeando, to sentindo isto.
    Agora estou curiosa... O q o Taylor vai me dizer na hora q for falar comigo hein? Hummmm... esta conversa tem grandes chances de ser exploxiva... em todos os sentidos...kkkkkkkkkkkk...
    esperando mais floreeeee... continua sim okays? Bjo!

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  18. Por que será que nós mulheres somos tão duronas quando tratamos com uma traição? O Taydelicius não podia esperar para conversar com a PP no dia seguinte como ela havia pedido ao invés de cair na gandaia com a primeira periguete que apareceu? Agora ele vai ter que rebolar para conquistar a confiança da PP de novo.

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  19. Ok que capitulos foram esses adorei!
    Que mãe mais fofa é essa meu Deus sou tartada como uma princesa! Ah que Taylor idiota vou quebrar a cara dele, como depois de um dia como aquele com PP ele cai na farra com uma vadiazinha qualquer! Idiota!
    Amei a minha amiga, ótimo sermão ela deu no Taylor! E PP dê um gelo no Taylor, mas aquele mesmo pra ele aprender! Só quero ver o que vai dar essa conversa! E o que foi esse final, o que a minha amiga descobriu que ficou surpresa assim? Menina continua to doida pra saber ! ^^

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  20. que capitulo 5 foi aquele...
    eu odeio os paparazzi... sempre inventando historias para vender as materias...
    o Taylor é esquentadinho em..kkk
    mais fazer o que ele fez...
    precisava ir dançar e beber para estravassar a raiva..
    e ainda por cima levou uma garota pra casa...
    ele esqueceu da tarde que passo com a PP?!
    gostei da amiga da PP e ela ainda é prima do Taylor...kkk
    quero só ver o que vem por ai...
    principalmente depois do que a PP viu...
    ela tem que dar um gelo do Taylor isso sim..kkk
    adorei o capitulo

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  21. Capitulo 6.. otimo tambem...
    Taylor todo preocupado com a PP... sem saber que ela só o ignorou por causa do que ele fez
    E o sermão da amiga da PP... maravilhoso... ele merecia tudo o que ela falou.
    Adorei mais ainda do que o diretor disse...
    Mais também gostei de decisão do Taylor.. ele tem que pensar mais nós outros...
    Gosto de ler os momentos de gravação... é tão legal...
    E esse final... o que a amiga da PP descobriu?
    Curiosíssima..kk

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  22. O que comentar do capitulo 7...
    Ele foi maravilhoso..
    Adorei o que a PP fez...
    Aquela mulher.. o que ela pensa que é?
    Com certeza ela não sabe com quem esta mexendo...
    Mostra para ela com você não se intimida fácil, PP..kkkk
    Sabia que o Taylor ia descobrir...
    E parece que ele não gostou nada...
    Mais o interessante, é que ele pode fazer uma coisa sem pensar... e quando a PP faz.. ele fica desse jeito...
    É parece que as coisas vão esquentar...
    Louca para o próximo capitulo..kkk

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  23. O nome dessa jornalista me lembrou o nome da que fez o livro falando do passado tenebroso do Dumbledore... Vc se inspirou naquela vaca?
    Enfim, muito puta com essa cachorra mal amada que fala mal dos outros... Odeio esse tipo de Jornalista u.u
    E que historia é essa de hiatus, de greve? pode parando com isso right now! u.u Nao admito!
    Quero posts aqui RAPIDO HEIN! u.u

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  24. Ela é louca de enfrentar a Rita assim! Foi corajosa mas, ainda assim, louca! To com medo do que a jornalista fará pra se vingar! E o Taylor, tem que se colocar numa posição ou está ao meu lado ou não!
    Ansiosíssima pela proxima att!
    beijinhos

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  25. A Pp ficou doida ir assim falar com a Rita e ameaçá-la desse jeito! Mas adorei o capitulo mesmo muito bom. E essa reviravolta dela, se maquiar fica linda, poderosa UAU! Ihhhhhhhh o que vai acontecer entre o taylor e a PP essa conversa vai pegar fogoooooooooo!

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  26. Ulálá, essa jornalista mereceu o esfrega que a PP deu nela, mas acho que essa impulsividade da PP vai dar pano pra manga. E essa Hannah é uma tremenda pu... ô piriguete de uma figa, essa é outra que merecia um belo safanão para tirar aquele sorrisinho cínico da cara.
    Sabia que o Taylor iria descobrir sobre esse encontro, nada amistoso, entre a PP a Rita, agora é esperar pra ver no que esse encontro vai dar, acho que as coisas esquentarão pro lado deles. rsrsrsrrs
    Amandoooooo e pelo amor de deus, nada de colocar essa fic, também, em hiatus heim?!
    Bjsssss!!!!

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  27. EU SOU UMA ANTA MESMO! Tava crente que já tinha comentado, mas, pelo visto, só sonhei com isto! Afê!
    Mas vamos comentar entãooooo....
    Uma jornalista futriqueira? Ódio mortal dela!
    A PP estava mesmo desanimadinha, mas eis que esta reporterzinha cutuca ela e pronto! Acordo a fera!
    Se vestiu para matar! A maquiagem que ela usou não faz muito meu estilo, assim, eu AMO, olho pretão, mas com a boca "apagada" sabe? Hummm... de qualquer forma, deu pra entender que ela estava de tirar o folego, até o Tay começou a filosofar qndo viu ela...kkkkk... Não pensei que ela fosse dar um cutucão na Sketer do jeito que ela deu! Uhhlll foi tenso!
    E CA-RAM-BA! Eu tinha esquecido que o nome da piranha q o Tay se refastelo era Hannah (é assim q escreve?) !! Bom, por isto que a azinha ficou despeitada! Vagaba, vc NÃO TEM CHANCE! HRUN!
    AHHHHHHHHHHH.... e o gatinho secretário da Skeeter? Gente, eu pensei por um momento que a PP fosse se vingaR do Tatay pegando ele... será que tem triângulo amoroso por aí?????
    KKKKKKKKKKK... acho que não!
    Anfam, ELA DECLAROU GUERRA PRA REPORTER MOCRÉIA! Vixeeee... vai dar rolo! Mas a PP é esperta, ela sabera cm usar a "perseguição" da Skeeter a seu favor... é não é?
    Entonces, quero ver o q o Tay vai falar com a PP logoooo!!!
    Continua Camy! Não pára, não pára.. não pára não (até o chão kkkkk #abafaestaidiotice#)
    bjooooooo
    e desculpa a demora eu sou uma ANTA de vez em qndo... mas não sempre... só as vezes... estou sendo agora...kkkkkk

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  28. Camy, Camy, assim vou pegar uma baita pneumonia. rsrsrrss
    Jesus, Maria e José, que calor!!!!
    Ameeeei o capítulo e as músicas também foram divas, fizeram as cenas se tornarem mais sensuais ainda, aja fôlego meu Deus, só de imaginar o Tatay nessa cena, fui ao céu. Ai, ai!!!
    Um dia vocês ainda me darão uma síncope. rsrsrsrsrs
    Mas e essa mensagem da piriguete de quinta heim?! Sei não, mas isso me cheira a encrenca, e das bravas, e logo agora que eles se declararam?! Ain, tudo que é bom realmente dura muito, muito pouco.
    E please, não me dê mais sustos como esse de deixar a fic em hiatus, heim?! rsrsrsrs
    Amandoooooooo, bjsssss!!!!

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  29. que capitulo em
    bem quente.. por assim dizer..kkk
    amei esse momento deles...
    bem HOT
    quero mais disso..kkk
    as musicas deram um toque especial
    cheguei a ficar com calor aqui
    o Taylor todo carinhoso e ainda dizendo que a amava... tem coisa mais linda
    eles se amam... e estou vendo que vão sofrer pra ficarem juntos
    ainda mais com esse final
    to odiando a Hanna... bitch
    e agora o que o Taylor vai dizer sobre isso?
    to prevendo briga por ai..kkk
    ansiosa para o proximo cap.
    e a fic ta ficando cada vez melhor

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  30. Esse capítulo me deixou com um baita calor... quase tive que chamar os bombeiros!
    Adorei a cumplicidade desses dois na cama, foi hot, sensual e apaixonante.
    Quase cai pra trás quando o Taylor disse que a amava e a PP acabou se entregando ao sentimento também.
    Mas nem só de rosas vivem as fics... apareceu a Bitch da Hanna... Já tô com ódio mortal da garota...
    Vamos ver como a PP reage a essa paulada na felicidade, no próximo capítulo.

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  31. AH MEU DEUS! QUE CAPITULO FOI ESSE!
    Ai que lindo o momento dos dois, ai ai que capitulo mais quente foi esse!
    ADOREI! Morri de rir com a amiga da PP pegando os dois juntos! Taylor disse que A AMA! ELE AMA A PP! Morri com isso!
    Que droga quando enfim tudo parce ficar bem acontece algo, essa droga de mensagem ihhhhhhhhh a confusão vai ser grande to doidinha pra saber o que vai acontecer por conta dessa mensagem! Adorei o capitulo posta logoo! ;) Bjops flor!

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  32. Tava tudo muito bom, tava tudo muito ótimo e daí.... melo tudoooo!!!
    Gente, este capítulo foi tudibom! O seu melhor até agora.. hehe.... E não é por causa da cena hot não, pq eu nem sou fissurada nisto sabe? (falsidadeon na frase anterior)
    kkkkk
    Mas enfim, vc está se aprofundando mais na escrita! éhhhh... continue assim, explorando cada detalhe de um jeito envolvente.. da próxima vez explore os detalhes dos glúteos do Tatay ou dos bíceps tbm... ou os detalhes das coxas.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.... Brinks*-* (mas não seria máh idéia!)
    Gentem, cm diz minha vovó italiana "Quem não pensa primo suspira dopo" (primo: primeiro, dopo: depois)
    Ou seja, ela não pensou primeiro e agoraaaa recebe a bomba da piriguete Hannah... vai dar rolo! Cm eu disse, tavaaaa tudo muito bom e daí... melou...
    Não me venha defender o Taylor, pq ele perder a moral com a mulher que ele ama é só uma consequência da galinhagem dele! Rum! Vai ter de pular miudinho agoraaa gostosãoooo!!!
    Tá, mas eu imagino a PP dando uma lavada nesta tal de Hannan, não em bater nela, não, mas de humilhação moral mesmo...
    Ahhhhh... vc sabia que tem uma frase importante do seu capítulo q é o título de um cap. de TPB??? Éh, só que lá eu pus esta frase em inglês uiaaa... vamo vê se tu descobre!
    então é isto por hora...
    nãooooooooooooooooooo
    eu esqueci de dizer uma coisa mega importante:
    E
    U

    Q
    U
    E
    R
    O

    MAIS UM CAPÍTULOOOOO....KKKK
    Agora pra fechar:
    "Eu quero Taylor só pra mim!"
    hahahaha...
    bjo

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  33. Mesmo eu ja tendo lido e comentado..kkk
    voltei aqui só pra poder participar do sorteio...kkkk
    Mas irei dizer algumas coisas novamente..kk.. capitulo perfeito e divino
    como eu ja disse... o momento deles foi bem HOT
    e quero muitos momentos assim
    e para fechar esse novo comentario..kk
    "EU QUERO TAYLOR LAUTNER SÓ PARA MIM"
    Camy... to adorando a sua fic...
    essa e a chama negra

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  34. Oi amada, dei uma sumida daqi eu sei, mas eu estava com TANTAS fics pra ler e tão pouco tempo.... mas agora parei tudo (lê-se parei de estudar para a prova de Citologia de amanhã) pra ler e comentar... E quantos capitulos tenho que comentar... vamos lá, será que eu lembro de tudo????

    Primeiro achei super fofo o momento ternurinha dos dois, até o Taylor enfiar o pé na jaca e sair pra balada pegando geral... (a proposito, Hannah pra mim é uma vaca!) ai vem a cadela da Rita Skeeter (é assim msm que escreve?) e faz aquela materia fdp... ai que ódio! Tive todo o direito de ficar puta da vida com o Taylor, onde já se viu me fazer passar por corna! Affff.... Adorei também o que fiz com a Rita... Uhhhh gatinho aquele que me atendeu na Faces and Mouths hein? massss eu sou do Tay.... Ta mais do que provado depois daquele hot... O.M.G... aquele hot foi uhhhh tudo de bom!!! Ri demais da minha friend.... só pelo amor de Deus não deixa aquele celular dela cair em mãos erradas... Ohhhh God já pensou se a Rita consegue aquelas fotos????? Agora flor me conta aqui que porra aquela vaca da Hannah tinha que mandar mensagem pro Tay na hora que as coisas estavam boas!!!!!! Agora eu vou ter que brigar com ele de novo! Ohh Gosh....

    Não vou mais demorar pra comentar flor... prometo! Agora antes que eu me esqueça... "QUERO UM TAYLOR LAUTNER SÓ PRA MIM!!!!! Please!

    Sua fic ta divina... Já falei que amo a Série Os Imortais??? Bjos!

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  35. Já havia comentado, mas não vou perder essa chance de estar em uma fic sua, né?! Além de quê... "quero Taylor Lautner só pra mim".
    Bjssss!!!

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  36. Eu ja tinha comentado então vim pra participar do sorteio! É claro que EU QUERO TAYLOR LAUTNER SÓ PARA MIM! ;D Bjos flor!

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  37. Flor desculpa a demora para comentar.Mas estou aqui para me redimir e falar que sua fic está o máximo.To amando dar uns pegas no Taylicia.AHHH enão demoraa.

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  38. Morri com essa att!! O que foi essa declaração do Taylor?!?! Lindo demais!
    Mas, como sempre, tem que ter algo pra estragar minha felicidade... Espero que ele tenha uma boa esplicação pra essa msg da Hanna... ¬¬
    Ahhhhhh EU QUERO UM TAYLOR LAUTNER SÓ PRA MIM!!

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  39. AHHHH QUE DEMAIS.Idéia maravilhosa flor.E como sei que é o sonho de várias meninas dizer isso eu tmb ñ sou diferente.QUERO O TAYLOR LAUTNER SÓ PRA MIM.

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  40. Camy... capitulo PERFEITO
    sem palavras...
    que dança foi essa...
    só o seu capitulo mesmo pra me animar depois de um final de semana pessimo
    a descrição da dança, fez minha imaginação voar longe
    e você nem imagina o que pensei e visualizei na hora que o Taylor tirou o terno... a visão foi excelente..kkk
    quero só ver como irá ser agora
    e o beijo final?!?!
    que grande final...kkk
    nada que um tango para esquentar as coisas
    amando a fic.. quero mais

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  41. Ok, acabei de descobrir que meia garrafa de vinho e um tango com Jake NÃO combina... faz o fogo triplicar... kkkkkkk

    Capitulo divinissimo... aiaiaiaiaiai.

    Primeiro eu sabia que o Matt da minha best era o carinha da F&M... e sabe o que eu acho que vai acontecer? Ele vai ter um trelêlê com minha best só pra se aproximar de mim a pedido da Rita Vaca, ai ele vai acabar encontrando o celular da minha best e vendo as fotos lá... ohhhh God vai dar merda as fotos minhas e do Jake como viemos ao mundo...

    Ownt... mas o Tay dormiu no meu portão??? Eu imaginei algo assim quando minha best falou que ele ainda estava lá.... Lindo.... ele tipo provou que não queria nada com a Hannah (outra vaca).

    E o Rob... jogando charme mesmo??? kkkkkk o Tay ficou bravo....

    FLOR Eu to mega ultra hiper super feliz em ter ganhado o concurso.... vou aguardar meu presente de páscoa.... kkkkkk.... bjos....

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  42. Matt + Best = fotos comprometedoras e segredos devastadores.
    Isso não é bom sinal.
    Agora que tango foi esse... meu Deus, tô hiperventilando agora...
    O Jake é tão intenso e quente, quanto um bom tango argentino, e depois desse beijo na frente de todo mundo como será que a PP vai reagir. Será que ela vai continuar negando que está louca para pular em cima dele e assumir de vez esse relacionamento, ou será que ela vai dar-lhe outro tapão e fingir que está ofendida?
    Será que o Robert vai ser um elemento extra na relação tumultuada desses dois?
    Nossa esse capítulo me deixou muito curiosa e ansiosa pelo próximo.

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  43. Uau, não sei nem como ainda estou viva depois deste TANGO. Fato!!! Meu coração foi a mil. A PP é bipolar só pode, primeiro dá uma bela bofetada no Taylor, nossa, doeu em mim aquele tapa, e depois sai em disparada e lhe dá um daqueles beijos de tirar o fôlego?! "abana"
    Tatay dormiu no meu portão?! Isso sim foi uma declaração e tanta, mostrou que ele está mais do que envolvido comigo e que aquela piriguete da Hannah não tem chance nenhuma,(aquele tapa deveria ter sido nela) já é carta fora do baralho.
    Robert e seu jeito galanteador já deixou meu Tatay todo enciumado. Adooorei!!! Só de pensar que vou pegar o Robert na sua one, ai,ai, gzuis apaga a luz, estou pulando até agora. Imagina se eu tivesse ganhado o Taylor, nossa, acho que tinha chegado ao Céu. rsrsrsrsrs
    Voltando a fic... Que tango, foi esse? Meu deus, morri e fui pro céu só pode. E o beijo no fim? Ai, ai, sinto que o próximo capítulo será quente, vou preparar o extintor. Acho que vou começar a deixá-lo no quarto, bem perto de mim ao começar a ler essas fics. srsrsrs
    Concordo com a Nannah e a Clau; Matt + amiga da PP + fotos comprometedoras, sinal de problemas à vista.
    Amandoooooooo, bjsssss!!!!!

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  44. Que loucura tapa na cara, depois amasso depois desprezo, depois indo deixar ele em casa Uau que capitulo intenso!
    Menina que dó do Tay dormindo no portão como você fez isso com ele!
    Matt, hum isso me lembra do carinha que a minha amiga falou ih se engraçando do lado dela só pra conseguir informação! CACHORRO!
    Taylor com ciumes da PP por causa do Robert, tão fofo!

    ADOREI O TANGO nossa perfeito foi incrivel, que sedução, quanta intensidade UAU! E esse beijo no final ihhhhhhhhhh vai dar confusão quero só ver! To louca pelo proximo capitulo posta logo Camyyyyyyyy! :)

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  45. Ahhhhh será q agora eles se resolvem?? Quero mais Florrrr!!!
    Bjks

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  46. Tirando a demora da indivídua aqui comentar eu devo dizer deste capítulo: UAU!!!
    Digo, começou já com uma cena que me revirou o estômago de choque: O TAPA NO FISICUSUDO! Gente, a PP estava certa, até o ponto que ela sabia não é mesmo? E tbm pq o Tay apronta muito com estas vagabas por aí oxe!
    Mas o tapa foi uma supresa pra mim, pois eu esperava que ela fosse gritar e espenar ou coisa parecida, mas NÃO! Meus amigos, ela se calou e meteu um tapa na cara (perfeita) dele!
    E dpois, pra ACABAR COMIGO, veio o beijo brusco e inexplicado de despedida! Gente o Tay deve ter ficado confuso, mas eu dorei o teor daquele beijo! Foi intenso e dramático! ullll...
    Ai o Tay me amoleceu o coração quando ele dormiu no meu portão! Gente, q fofo! Mas a PP tava durona ainda! É, tbm ela foi muito massacrada pra ir ficando mole por qualquer coisa não é mesmo?
    E devo destacar, neste conclusão laudatória, o tango.
    O que é o tango?
    Bom, quando nós tocamos tango, meu regente (é que eu já toquei tango na orquestra q eu faço parte) é como os altos e baixos de um casal explosivo. Isto é o q o meu regente (um loro de olhos verdes que meu namo morreee de ciumes) diz!
    E ele tem razão. O tango tem aquela tensão sempre iminente de uma tentativa de sedução em meio a uma briga ardente... (divaguei agora, releva isto).
    As vezes os movimentos são agressivos, mas nunca deixam de ser sensuais.
    Então sim, eu acho q o tango caracteriza muito bem o nosso casal protagonista aqui!
    Bom, por hora é isto... Alguma duvida de q eu gostei?
    EU GOSTEI MUTIO!
    Posta mais logo entonces!
    bjokas!

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  47. Preciso dizer que este capítulo foi o mais MARAFANTÁSTICO de todos! Pq será? Talvez pelos altos níveis de seres seduzentes (leia-se Paul, Matt e OH GOD! o rapaz da voz rouca e sexy: TAYLOR!!)
    Gente o que foi tudo isto?????????????????
    Fiquei cafusa do começo ao fim, com ela rejeitando ele dpois da dança, depois dando uma bola e tanto pro Paul (meu vampiro muitooo seduzente! ahhhhh) e o quase beijo com o Matt???
    Meu, aliás, o que aquele Matt quer???? Fiquei com uma pulga atrás da orelha: aliás, ele é ou não confiável?
    Em se tratando que ele é empregado daquela lá... sei não hein?
    E daí eu aki, eu a Déh mesmo, nada a ver com a PP daí, euuuu tava fula da vida com as marmeladas do seu Taylor Camy! Sérião! Eu tava achando que ele merecia umas borduadas na bunda pra aprender a ter atitudes mais maduras... eu tava tendo comigo mesma que eu seria bem fria com ele e que se a PP desse mole eu ia ficar brava com ela... mas daííí... vc me descreve ele vindo chegando, vindo pra mim e... SUSSURRANDO NO OUVIDO? VOZ ROUCA E SEXY? Oh G-zuis eu imaginei isto e eu senti na peleeeeee!!!
    Amoleci e pensava OH ME POSSUAAAA (ta, não era pra tanto)... mas eu já tava aki torcendo pra eles ficarem juntos com aquela dancinha tão... tão ount *--* Os risos espontâneos ahhh... que lindoooo!
    Mas vc me diz q eu sou má? Mas malvada é vc! SUA RUIM! Aquela desgrenhada bruxenha da Hannah estragou TU-DO! Q merda pe esta de gravidez?
    To rodando a baiana aki minha felhaaaa!!! kkkkkk
    Anfam eu adorei e PRECISOOOOO DIZER QUE VC ESTÁ ESCREVENDO CADA VEZ MELHOR, nos envolvendo cada vez mais! É isto aí, vai se embrenhando nas palavras e se descobrindo você mesma na escrita! Posta mais logo! Bjus*-*

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  48. Ahhhhhh!!!!
    Cuma assim, a vadia da Hannah grávida do meu Tatay? Ahh, eu vou matar essa piriguete de uma figa. Tá vendo as consequências de ser um tremendo galinha, é nisso que dá.
    Ah, mas isso está me cheirando muito mal, essa piriguete está aprontando, tenho certeza.
    Menina, quase morri com aquele beijo, nossa, fui ao céu. Pena que acabou rápido. Afinal a PP ainda está muito magoada com o Taylor. Se bem que a bebida fez o favor de deixá-la mais leve com esse pedaço de mal caminho, né?
    Agora, que garota de sorte, no meio de tantos galãs. Ain, quem me derá...Sonha!!!
    A amiga da PP chegou num momento tão inapropriado... ô desmancha prazeres, viu?! O Matt estava tão perto, faltava tão pouco. Ai, ai!!
    E pra finalizar, você me solta uma bomba dessas Camy?
    Ain, que raiva dessa lambisgóia, chamada Hannah.
    Amandoooooooo e louca pelo próximo!!!

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  49. O Tay e a PP ficam tão lindos juntos!!! A química, o compasso e o encaixe dos dois é perfeita!!!
    Adorei o tanto de gente famosa que a PP compartilhou preciosos momentos nessa festa. Até eu me animei com a balada...
    Mas como alegria de pobre dura pouco, quando a PP estava se entendendo com o Taylor novamente, apareceu a Piranha da Hannah e anuncia que está grávida do meu Caramelinho.
    É sempre assim, quando estamos super felizes, aparece uma Bitch dando o velho golpe da barriga par nos tirar o motivo da nossa felicidade.
    Vamos ver como o Taylor vai sair dessa e o que sua linda cabecinha de autora nos reserva, daqui pra frente.

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  50. capitulo maravilhoso
    sabia que o beijo em publico ia mexer com a PP, é foi pra pior..kkk
    e aquele quase beijo com o Matt?!?! To vendo que a PP esta mexida...
    adorei os famosos que a PP conheceu
    pricipalmente o Paul.. adoro ele, muito lindo
    e a amiga da PP, ela não querendo que o beijo rolasse...
    o Tay e a PP, vai entender eles?! mas adoro ver eles assim, agindo sem pensar, só curtindo o momento
    o clima fica mais leve
    e o que é esse final??? A HANNAH GRAVIDA?? como?? *eu sei como*..kkk
    ela tinha que atrapalhar... já tem o nome de bitch..#brinks
    tadinha da PP... o vida cruel..kkk
    quero só ver o que ela fará a partir de agora?!
    curiosa pelo proximo...

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  51. Mas não é possível!!!! Quando eu penso que tudo ficará bem entre nós vem essa safada e acaba com tudo!!! Droga... Será que ela está realmente grávida do Taylor??? Aiiiii Caraca, toh louca para asabe o que vai acontecer!!!!

    Adoro a Fic. Parabéns!!!

    Bjks

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  52. A PP e o Taylor juntos são como uma bomba prestes a explodir!
    Em um momento a PP esta com raiva dele, mas depois isso some. (Mas pra falar a verdade quem ira conseguir ficar com raiva desse fisicudo me diz?!)
    E esse quase beijo com o Matt, eu não sei não esse cara me cheira a problemas a muitos problemas, não gosto dele nem um pouco!
    E ESSA CADELA, VAGABUNDA DA HANNAH VEM ME APARECER GRÁVIDA! Como é que pode logo que as coisas tavam melhorando! humpf!
    Fique com dó da PP e agora mais essa como vai ser!
    POSTA LOGO CAMYYYYYYYYYY!

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  53. Tirem as crianças da frente do pc... o vocabulário que vem a seguir não é recomendado para menores....

    Hannah filha da puta, desgramenta, cadela, vadia, safada, cachorra... como ela me aparece com essa bomba quando as coisas estavam, não resolvidas, mas no caminho pra isso....

    Afff....

    Mas o Tay hein... tinha que sair pegando qualquer penosa que via pelo caminho! Mas será o benedito... será que ele nunca ouviu falar em golpe da barriga??? Fiquei com vontade de dar umas bifas nele agora, pra ele deixar de ser bocó... depois eu dava uns beijinhos, claro.... liga não flor, a pessoa aqui é doida....

    E o Matt??? Eu ainda acho que ele ta a serviço da Skeeter... sério... acho que ele quer se aproximar da pp por causa de algum plano sórdido da Rita...

    Eu beeeem que queria o Ian ali, me conduzindo na dança... massss como vc disse, ele é da Nina *invejadela*, sendo assim adorei o Paul....

    Uhuhhh até o Kellan eu conheci???? adooooro....

    Eu amei esse capitulo, apesar de ter sentido vontade de matar a Hannah e bater muito no Taylor no final....

    Estou esperando mais flor.... Bjos...

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  54. Grávida??? Como assim?!
    Mas juro que qnd ela falou isso só imaginei aquelas músicas de suspense de novela mexicana! kkkkkkkkkkkkkk

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  55. Vc disse q nao botou o Ian pq ele é da Nina, mas o Paul é casado o q é um tikinho pior kkkkk mas tudo bem
    E essa bitch da Hannah nao me engana... Ela nao ta com ele tanto tempo assim... E só é possivel descobrir uma gravidez dps de 2 meses... É mentira isso ai! =P
    Quero mais logo, bjs

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  56. Hj tô bem doentinha e estou de cama, mas para ler C&B eu levantei... Amei o capítulo, a PP se mostrou forte, pois com tantos sentimentos à flor da pele, ela conseguiu se segurar e ainda cantou em público... ela é muito forte.
    O Taylor ainda vai sofrer um pouco para pagar o que ele já aprontou, mas sinceramente eu espero que o filho não seja dele e que ele e a PP se acertem.
    Desculpe o comentário superficial, mas vou melhorar e escrever algo mais profundo na próxima postagem de um novo capítulo. Beijos...

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  57. Olá, eu sempre lia a tua fic, mas nunca comentei, (ou se comentei não me lembro), mas o fato é que eu cansei de ser anonima e resolvi falar sobre essa fic diva que você escreve, que capitulo foi esse, eu quase morri de raiva capitulo passado quendo a Hannah disse que tava gravida, logo agora que o Taylor e a pp tavam se acertando cai essa bomba???
    Não é justo, gostei de ver ela se abrir e mostrar para el e todo o estrago que eçe tinha feito, sabe sou da opinião de que ele agora vai ter que penar para conseguir algi com ela, vai ter que mostrar de verdade que a ama.
    Parabens pela fic, ela é maravilhosa, bjos

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  58. Que capitulo Camy!!!
    Lindo, emocionante e maravilhoso!!!
    Todo o sentimento envolvido no Tay... seus pensamentos a respeito da noticia que teria um filho... tudo muito emocionante.
    Essa Hannah, só esta acabando com a vida dele... queria muito que essa noticia não passasse de um mentira!!!
    A PP tentando se fazer de forte, tentando mostrar que esta bem.. isso pode ser bom, mas aos mesmo tempo ruim!!!
    Quando tudo estava no caminho pra dar certo, vem alguma coisa e desvia!!!!
    A canção foi lindo, falou muito dos dois!!!
    Como será agora em???
    Capitulo lindo e perfeito

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  59. Taylor aprontou tanto que agora só está colhendo os frutos. Vai ter que rebolar para reconquistar a PP, pois essa garota tem uma personalidade e tanto. Não vai ser nada fácil, mas ele a ama e tenho certeza que não desistirá fácil.
    Hannah conseguiu afastar os dois. Agora quero só ver ela provar que o filho é de Taylor? Nossa, como é piriguete, a filha da mãe já estava agarrada com outro e pelo visto ou é o Paul, ou o Matt. Tenho pra mim, que é o Matt, eu ainda estou com o pé atrás com esse indivíduo.
    A PP é uma garota muito forte, porque aguentar todo esse baque e ainda cantar, certamente não é para qualquer um. A música foi perfeita para os dois, realmente ela foi feita para aquele momento.
    Amandoooooo, Camy!! Simplesmente perfeito!!!
    Estou super curiosa com a one que agora virou short, aguardando ansiosamente. Espero ainda ter unhas até lá.
    Bjssss!!!

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  60. Este comentário foi removido pelo autor.

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  61. Nossa que capitulo menina! Quanta emoção e sofrimento da PP!
    O taylor agora esta pagando pelos erros que cometeu!
    E eu não sei não to muito desconfiada dessa gravidez da Hannah, principalmente depois desse agarramento com o Matt, eu nunca fui com a cara dele mesmo!
    Espero que esse problea todo se resolva, eq que eles se acertem, mas o Tay vai ter que ralar muito pra conseguir a PP de volta! E a música é linda, e passa realmente o que eles estão sentindo!@ Bjos Camy linda!

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  62. Ahhh, fala sério né!!! Isso´que dá Sr. Taylor... Não consegue ficar com esse negócio guardado!!! Rum
    Mas que tem armação nisso, está mais que claro... Mas o que será que o Taylor fará agora???
    Ahhhh curiosíssima para saber o que vai acontecer...
    Bjks

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  63. Ownt...Camy, você quer me deixar de castigo? Um mês e meio sem suas fics?! Snif, snif... assim o core num guenta. Vou ter que começar a praticar ioga, para diminuir a ansiedade. hehehehe
    Mas, tudo bem, eu aguento, tudo para continuar lendo essas fics divas. Mas, se você postar antes, você não sabe a alegria que me fará. rrsrsrsrs
    Agora vamos ao coment, né?!
    A PP está mesmo precisando passar um tempo com a família, deu para perceber o quanto estar perto de seus pais e de seu irmão lhe faz falta.
    Omg, Taylor fez respiração boca a boca na PP e ela nem se quer aproveitou? Isso que é falta de sorte, aff. Mas acho que isso irá mudar logo, logo... o spa faz milagres. hehehehe
    Taylor já começou sua batalha para reconquistar a PP, sair do banho enrolado na toalha com aqueles pingos d'água escorrendo por seu corpo, nossa...foi golpe baixo. E para piorar o nosso Adônis decide ficar completamente nú?! Fui pro céu...
    Essa PP é louca de não ter aproveitado essa maravilha, ahh, se fosse comigo...
    A idéia de levar a PP para o SPA foi genial, tenho certeza que, ou ele amansa a fera, ou a deixa louca de vez. hehehehehe
    A tal de Kate pareceu não gostar muito da PP, oxê, essa daí deve ser mais uma louca pelo Tay.
    A família de Taylor estará no SPA esses dois dias? Hum, a PP então terá a chance de conhecer o verdadeiro Tay. O encontro dele com a mãe foi lindo, ameeei!!!
    Aliás, amandoooooo!!!
    Bjsssss e até o próximo capítulo!!! Ain, torcendo para que passe rápido.

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  64. Primeiramente....
    FILHO DA PUTA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK que safado esse Taylor cara hahahahahaha
    E a PP ainda é retardada de cair né hahahahahahhaha enfim
    Eu nao sei se ela vai conseguir se segurar e nao cair em tentação... É muita gostosura cara... *O* hahahahahha ainda estou encafifada com essa historia da gravidez, quero mais q essa Hannah MORRA! u.u Morre diabu! rs
    Adorei o capitulo... e o momento mae e filho foi lindinho *-* hahahahha porfavor nao bota em hiatus nao... por favor porfavor! bjs e quero mais

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  65. Ola Camy.
    Como você deixa a gente assim tanto tempo sem a sua fic???
    Tava sentindo tanta falta...
    Safado esse Taylor, enganou a pp direitinho, mas tambem so elka par anão pensar que ele armaria algo.
    Fui para o ceu e voltei imaginando ele saindo do banho com gotas de agua por seu peito, abdomem...
    Ele já começou a se mecher para ter a pp de volta quero so ver até o fim do temp ono SPA, ou esses dois se acertam ou não se veem mais.
    So quero ver o que ela vai fazer pq ela disse que ele ter ficado nu teria troco.
    E a Hanna e a Lilly, essas duas ainda vao fazer algo, principalmente a Hanna será que esse filho é mesmo do caramelinho.
    Anciosa para ver o que vai acontecer, por favor Camy não demora não.
    Desculpa se o comentario foi curto ou sem emoção, eu não to nun bom momento, mas não podia deixar de comentar.
    Beijos

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  66. Demoro, mais chegou!! Sei que demorei para ler, mas a minha vida ta meio corrida!! Sei que você entende!!
    Adorei o capitulo!!!
    a PP realmente estava estressada e uns dias nos SPA será muito bom para ela!! E vai que eles se entendam!!
    a PP tem que começar a se acostumar com os fãs... se toda a vez que ela ver uma multidão, passar mal, não será uma coisa boa!!
    O Taylor preocupado com ela é muito bom.. Fofo demais!!
    a Reação da PP, por causa do boca-a-boca, foi boa.. ate parece que ela não gostou!!
    Realmente a PP parace bipolar!! Cada hora sente uma coisa!! kkk
    o que será que a mãe do Taylor viu, para ficar daquela jeito!! Ela mudou de uma hora para a outra!!
    Quero só ver esses dois no mesmo quarto!!! o Taylor já começou provocando!! A cena devia ter sido maravilhosa!!kkk
    Para mim será melhor se vocÊ entrar em hiatus.. pq a minha vida tambem esta bem movimentada e vir ler esta dificil!! kk
    E eu acho que as meninas aguentam um mês e meio!! Eu pelo menos aguento, sabendo que depois desse tempo terá mais capitulos!!
    MAs vai por você, estarei sempre acompanhando as fics!!
    Desculpa a demora, não esqueci da sua fic não!!!
    Estou adorando mais e mais!!!

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  67. Desculpa a demora mas aqui estou pra comentar este capitulo incrível!
    O capitulo já começa com confusão de sentimentos da PP, sem saber se odeia ou ama o Taylor, ou se sente os dois!
    Eita a PP estressada no trânsito e ainda tem que enfrentar, Taylor, e fãs loucas só podia acontecer alguma coisa!
    Morri de rir quando o Tay disse que fez respiração boca-a-boca, vai PP eu sei que tu gostou!
    Ela tava precisando mesmo de um SPA, e a miga dela ta virando cúmplice do Taylor em tudo ein?!
    Eita Taylor que irrita a PP, ainda coloca ela no mesmo quarto que ele, mas eu amei a ideia!
    Como o Tay e a mãe são fofos, amei a sogrinhaaaa!
    O que a aconteceu pra mãe do Tay ficar tão possessa? Hum to curiosa!

    Esse dois juntos não dá certo, mal estão juntos o Tay já provoca a PP desse jeito menina quero só ver!
    Amei o capitulo amei tudo incrível!
    Camy possa ser que demore a comentar um pouquinho, mas eu apareço ta bom?! Nunca que eu iria deixar de ler essa fic! Milhares de beijos com SADIA! (para uma vida mais gostosa! ;)

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  68. Olá Camy... que capítulo foi esse menina?
    A PP surtou e o Taylor foi muito fofo de socorrê-la e protegê-la!
    Mas, não sei até que ponto ficar com Taylor no mesmo quarto e com provocações visuais maravilhosas, vai fazer bem para a saúde mental da PP... eu acho que surtaria se tivesse tido aquela visão do paraíso na minha frente.
    Será que a PP e o Taylor vão aguentar uma noite inteira sem se tocar? Sem nem ao menos um roçar de corpo e lábios? Passar uma noite inteira e no mesmo quarto com o fogo e o desejo que esses dois tem um pelo o outro vai dar muita história ainda...
    Espero que você não faça um hiatus tão longo, porque eu sentiria muita falta de sua fic. Bjs

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  69. ah Camy, eu sei q vc é uma garota toda bonitinha e delicadinha e muito bem educada mas eu preciso dizer um alto de sonoro: PUTA QUE PARIU!!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkk... Tava lá, na melhor parte (vulgo Taylor Lautner nu pra mim) e me acaba os capítulos em atraso?????
    Ahhhhhhhhhhhhhhhh... que isto, faz isto não menina, faz isto não!
    Diz que vai deixar eu me perder naquele Adonis no proximo capítulo vai?????
    Eu sei, eu seiiiiiii... q vc não colocou os dois no mesmo quarto a toa... vai, dê as suas leitoras amadas uma noite farta daquele corpitio nu!!!
    E agora tenho de falar daquela estraga romance suina da Hanna! Manda ela lá pra onde os ratos fazem o seu esgoto! Oxi! E me diz, POR FAVOR, q esta gravidez é uma trapassa da lambisgóia!
    Gente, as vezes acho que me apaixono mais pelo Taylor por causa das fics sabia? kkkkkkkkkkk
    e é a primeira fic q eu leio q aparece a mãe dele! As outras autoras desavisadas q encontrei por aí se esquecem q o nosso caramelinho parece ser muitoooo apegado a família! Boa tacada a sua!
    kkkk

    Agora é serio, fiquei ansiosa aqui para o próximo capítulo, com Taylor tãooooo disponível do meu lado! ohhhhhhh
    Deixa ela me pegare de um jeito bem pervo, Camy deixaaaaaaaa.... ok, deixa a perva aqui se acalmar!

    Mas ja pensou a PP tbm engravidar? Ok, divaguei agora! kkkk
    Mas enfim, estou esperando mais viu??
    haha
    bjs da Déh!

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  70. HEYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY, o que sera que vai acontecer nesse fim de semana???????????????????? Só Deus, e a escritora, sabem. Ta muito bom!!!!! D everdade, continua logooooooooooooooooooooooooooooooo

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  71. Ai meu bom Jesus!! O que é isso minha gente!!! Camy querida!!! Eu não sei se já li ou estou lendo alguma outra fic sua mas essa aqui... gosh... esta tudo de bom!!!
    Concordo quando você diz que a pp é bipolar quem é que em sã consciência iria negar um romance do bom com Taylor Lautner? Fo**- se que ele é um cachorro... pelo menos ele a ama caceta e planeta!!!!!!! Esse filho da Hannah se é que ele existe não pode ser do Tay né O.O Please faz com que não seja!!! Esse fim de semana no SPA!!!!! G_Zuiz! Um fim de semana num SPA de gratis com ele!! É pra incendiar minha pessoinha né? Q maldade é essa de colocar o Tay nuzin na minha frente e eu nao fazer por*** nenhuma!!?? Eu tenho alguno probleminha? BJOS E ATÉ A PROXIMA!!

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  72. Oh meu Deus, isso vai ter continuação neh Camy,não faça isso comigooooo!!!
    Não vamos terminar essa fic dormindo no Spa da sogra, pmdds!!!!
    Eu amei tuuuudo e preciso de mais!!
    Bjos Camy, parabéns!!!!

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  73. Oi,gostaria de saber se terá continuação essa fic? TO ADORANDOOO

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  74. Oi então será que você poderia me explicar como colocar no texto as respostas da caixa de dialogo?gracias.....

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