Capítulo 01
O sinal que anunciava o término da segunda aula soou e o professor disse algo sobre fazer uma tarefa da página 150, mas sua voz foi abafada pela bagunça na sala. Eu somente anotei em meu caderno e o fechei logo em seguida, para acompanhar Susan até os armários.
– Sério , você deveria ir à festa do Rick, sei lá, se socializar mais amiga! Conhecer mais garotos! – dizia enquanto guardava seu material de História e pegava o de Português.
– Suh, você sabe que eu não sou dessas coisas. Prefiro ficar em casa assistindo um filme, por pior que ele seja, a estar no meio de um bando de gente bêbada. – falei enquanto fazia o mesmo que ela.
– Tsc! Você é uma antissocial, isso sim! O que custa ir uma vez, na sua vida pacata, a uma festa?
– Eu não sou antissocial... Só não gosto das pessoas. Então se sinta privilegiada por eu gostar de você. – sorri para ela.
– Há! Quanta modéstia hein, Srt. Jonasson Mars?! – falou sarcástica.
– É um dom, não me culpe por isso, você sabe que... – deixei a frase no ar quando meu celular tocou, olhei no ecrã: CASA.
Atendi no mesmo instante.
– Mãe? –perguntei, ela nunca me ligava na escola, a não ser que fosse realmente importante.
– , criança, se acalme. Você está na escola? – disse uma voz que eu reconheci sendo de Joana, nossa vizinha. E quando ela disse “se acalme” pude sentir que não era notícia boa.
– Sim, sim! O que aconteceu, Jô? Cadê minha mãe, foi alguma coisa com ela? – perguntei rápida e preocupada, Susan me olhava atentamente e segurava minha mão esquerda.
– Sim... Hã... Ela passou muito mal quando eu estava aqui, desmaiou. – senti o sangue do meu rosto sumir e meu corpo ficar gelado.
– Ela está bem? – cortei Joana.
– E-Eu não sei criança, ela já foi para o hospital. E eu só fiquei para avisar você, caso chegasse a casa e não houvesse ninguém.
– Para qual hospital ela foi? – cortei Joana novamente.
– Santa Luiza.¹ – eu desliguei assim que ela falou e saí correndo. Susan veio correndo atrás de mim perguntando o que houve e eu só tive tempo de dizer que minha mãe estava no hospital, antes de perdê-la de vista.
Saí batendo nas pessoas que passavam por mim sem me importar, a única coisa que me vinha na mente era: não posso perder minha mãe, eu não tenho mais ninguém. Saí pelo portão da escola correndo, eu via tudo embaçado devido às lagrimas que já caíam em grande quantidade. Corria como se minha vida dependesse disso, e bom, na verdade dependia. Minha mãe era minha vida. Na hora, nem pensei em táxi; nem me importava se minhas pernas estavam doendo; de quantas vezes eu pisei torto nas calçadas deformadas; ou se meu prendedor de cabelo favorito ficou para trás. Eu só queria chegar naquele hospital e encontrar minha mãe bem, entrar por aquela porta e a ver sorrindo, dizendo que tudo não passou de um susto e que logo estaria voltando para casa, era só o médico aparecer naquele quarto ainda hoje. Por mais que eu corresse parecia que eu nunca saía do lugar, era como se eu estivesse num filme e tudo passasse em câmera lenta.
Quando eu finalmente passei pelas portas da recepção do hospital, achei que aquele peso de perder minha mãe sumiria, mas não... Ele só aumentou, e muito.
– Por favor, eu preciso saber onde está uma paciente que deu entrada há pouco. – disse desesperada e ofegante, só agora o efeito da corrida estava me afetando.
– Qual o nome? – a recepcionista disse na maior calma. Eu era uma pessoa controlada, mas me deu uma vontade enorme de bater naquela mulher.
– Lilian Mars. –falei rapidamente, ela mexeu no computador.
– Quarto 248, no segundo andar. Você precisa... – só ouvi o número do quarto e saí correndo novamente – EI, VOCÊ NÃO PODE ENTRAR SEM AUTORIZAÇÃO, GAROTA! – gritou inutilmente, já que eu já estava longe.
Subi pelas escadas mesmo, já havia me cansado vindo da escola até aqui, o que custava mais esse pequeno esforço? Corri pelo corredor desviando de algumas pessoas, quando achei o quarto 248 de longe corri mais ainda. Abri a porta com tudo e a fechei, joguei minha bolsa em qualquer lugar do chão branco e fiquei junto à cama, segurando a mão esquerda de minha mãe.
– Mãe. – sussurrei com a voz estrangulada devido ao bolo que estava em minha garganta. Ela abriu os olhos devagarzinho e apertou minha mão. – Oh, mãe! Eu fiquei com tanto medo de te perder! – sentei na poltrona ao lado da cama.
– Filha... – sua voz saiu rouca e abafada devido à máscara de oxigênio. – Não se preocupe, já está tudo bem...
– O que aconteceu com você? Eu fiquei tão preocupada! – perguntei.
– Eu tive um mal estar. Não conseguia respirar, então desmaiei. Desculpe se te fiz ficar preocupada, filha! – falou apertando minha mão.
– O médico já te examinou? Sabe o que você tem? – perguntei já mais calma.
– Tá bem, eu vou ficar aqui com você e...
– Não, bonequinha. Escuta! – me cortou, olhei-a com cara confusa. – Você vai para casa.
– O que? Não, mãe. Vou esperar o médico!
– , escuta a mamãe. Você se lembra de por que eu sempre te obriguei a aprender inglês, não é? – disse. Antes eu não entendia o porquê de minha mãe querer tanto que eu aprendesse inglês sendo que eu era brasileira e não pretendia sair do país.
– Sim, porque meu pai é americano. – mas quando eu já tinha idade suficiente para entender, ela contou sua história com meu pai. Foi um amor de inverno, como ela dizia. Mamãe sempre contava que ela havia ido para Forks – uma cidade americana, chuvosa, nublada e fria – fazer um intercâmbio e quando faltavam alguns dias para ela voltar se envolveu com meu pai, John Jonasson, e que ela não contou a ele sobre mim. Na verdade eu nem me importava, nunca tive vontade de conhecê-lo e nunca reclamei esse direito para minha mãe. Eu era feliz com ela e para mim era aquilo que importava.
– Sim. Bom querida, eu acho que já está mais do que na hora de você conhecê-lo, não acha? – falou.
– Não estou te entendendo, mãe. – disse confusa, aonde ela queria chegar com aquilo?
– Você vai para Forks, ! Você vai morar com seu pai em La Push! – falou e eu senti o sangue do meu rosto sumir pela segunda vez no dia. Ela não podia estar falando sério.
– Você não está falando sério, está? – ela soltou um riso fraco, é ela estava brincando. Sorri.
– Não, bonequinha. Eu nunca falei tão sério! – meu sorriso se desfez.
– Não! Mãe! Eu nem conheço ele, nunca o vi na minha vida, ele nem sabe da minha existência, não posso simplesmente chegar lá e dizer: Olá, John. Eu sou sua filha, você se envolveu com minha mãe há 17 anos, lembra? – falei irônica e nervosa.
– Sim, . – falou, ela estava mesmo falando sério. – John sabe da sua existência. – disse firme.
– O que? Ele sabe? Mas você disse que nunca contou a ele! – levantei da poltrona e fiquei andando de um lado para o outro na frente da cama.
– Eu contei faz 1 mês, . – falou e eu parei de andar, encarando-a.
– E você não me disse nada? – perguntei com raiva, decepção, tristeza e indignação. Minha mãe nunca escondeu nada de mim.
– Eu ia te contar filha! Eu juro que ia, inclusive seria hoje! – falou em um tom de desculpas. – Você precisa ir querida! Precisa conhecer seu pai. Eu sempre te privei desse sentimento paterno. – disse, eu balancei a cabeça em negativa.
– Não, mãe... Eu não vou deixar você aqui. Não vou deixar você aqui do jeito que está. Eu posso até ir, mas depois que você estiver bem, para você poder ir comigo! – falei chorando novamente, eu realmente era uma Maria mole.
– Isso está fora de cogitação, minha filha! Isso não é uma negociação, não é um pedido. É uma ordem, você vai para La Push morar com seu pai! Eu vou ficar bem, !
– Não, mãe! Não! Eu não vou deixar você aqui.
– Bonequinha, eu vou ficar bem meu amor. Além do que, você vai hoje! – disse e eu, pela terceira vez no dia, senti o sangue do meu rosto sumir.
– O que? – perguntei e ela somente me olhou emocionada. – Hoje? Você quer mesmo se livrar de mim, não é? – perguntei e ela sorriu, ela sabia que eu havia me conformado, pois nada a iria fazer de mudar de ideia. Nisso eu havia puxado para ela.
– Não se preocupe com suas coisas, Joana arrumou suas malas. Você só precisa ir para casa, tomar um banho, se trocar e ir para o aeroporto. – me instruiu.
– Mas eu nem ao menos sei como ele é... – falei deixando mais lágrimas caírem.
– Ele vai estar com uma placa com seu nome!
– E se ele não gostar de mim? Se ele tiver outros filhos e eles me rejeitarem? Uma mulher e ela me maltratar? – eu tinha tanto medo.
– Não se preocupe, bonequinha. Ele só tem um filho e a mulher dele é adorável, eu conversei rapidamente com ela... Sei que... Ela vai te acolher... Como filha. – começou a falar com dificuldade e eu apertei a campainha do quarto, completamente aflita, logo um enfermeiro apareceu colocando algum tipo de remédio no soro.
– Pra que serve isso? – perguntei.
– Isso serve para abrir as vias respiratórias de sua mãe. – disse simplesmente e saiu.
– Ah, mãe! Eu não quero deixar você aqui! – falei abraçando-a.
– Vai ficar tudo bem, meu amor. Joana vai vir cuidar de mim, você pode ligar sempre e eu te ligarei. – nesse momento eu confiei em minha mãe, mas ainda assim tinha medo de algo mais sério lhe acontecer e eu não estar aqui. – Vem aqui. – chamou e eu fui. Ela retirou a máscara e beijou minha bochecha, colocando a máscara em seguida. – Joana vai te levar ao aeroporto. Se cuida, minha bonequinha, meu bem mais precioso. Eu te amo, filha e sempre vou te amar. Vou ser sempre sua mãe, não esquece disso. – falou chorando também, não mais que eu, parecia que ela estava se despedindo.
– Parece que você está se despedindo. – falei
– E eu estou querida, você vai para outro país. – disse.
– Não. Não nesse sentido, se despendido como se fosse... – parei de falar, não queria pensar nessa hipótese.
– Eu não vou, meu amor. Eu só tenho medo de você gostar demais da mulher de seu pai. – falou e eu soltei uma risada fraca.
– Ai, mãe. Eu nunca ia amar outra mulher, você é minha única mãe! – disse. Abracei-a novamente e beijei sua testa. – Eu vou, mas eu volto para ver como você está. Eu te amo, mãe! E eu nunca vou esquecer isso, nem se eu cair, bater a cabeça no meio fio e um caminhão passar por cima dela! – ri e ela também. – Já vou. – e ela concordou com a cabeça. – Eu ligo assim que botar os pés no aeroporto de lá! – falei e ela sorriu concordando novamente. Fechei a porta e segui no automático até a casa, não pensava e não sentia.
¹Hospital Santa Luiza, é um nome meramente fictício, a PP mora em Curitiba, então não sei se existe esse hospital ;)
N/A: Obrigaadinha por lerem e comentem se gostaram ou não rs' Beeijoos :*
Capítulo 02
Cheguei a casa e Joana me esperava sentada no sofá lendo um livro qualquer. Sorri para ela, que devolveu o sorriso. Fui direto para meu quarto, tomei um banho e coloquei uma roupa quente, já que aqui em Curitiba o clima estava frio e quando eu chegasse em Forks iria estar mais frio ainda. Disso eu tinha certeza, pois mamãe sempre dizia que o frio que faz aqui é menor do que lá! Lembrei-me de Susan, tinha que avisá-la. Peguei meu celular e mandei uma mensagem de texto.
Desliguei meu celular, assim era mais fácil. Nada de despedidas, odiava isso. Já basta ter me despedido de minha mãe. Coloquei-o dentro da minha bolsa, junto com meus documentos. Desci as escadas e Joana me esperava.
– Vamos? – perguntou.
Joana era linda. Loira, pele cor marfim, olhos de um castanho dourado bastante incomum, um corpo lindo. Apesar de ter seus 46 anos, parecia que tinha no máximo uns 36. Não tinha filhos, marido, parentes e nem namorado, pelo que eu saiba. Eu invejava seus olhos, eram tão únicos, já os meus... São comuns demais, um tom de castanho sem graça, por isso eu uso lentes verdes. Queria ter puxado isso de minha mãe, mas ela disse que eu puxei meu pai, dizia que era bobagem esconder a cor deles, já que eram lindos. Eu particularmente não achava.
– Claro! – saímos e ela trancou a porta, já que a chave ficaria com ela, entramos em seu carro e seguimos para o aeroporto.
– Nervosa? – perguntou.
– A verdade? – falei e ela assentiu sorrindo. – Eu estou apavorada! Tenho medo de não gostarem de mim, medo de perder minha mãe... Sei lá. – falei remexendo as mãos no meu colo.
– Não se preocupe, eu vou cuidar de sua mãe! E quando você voltar, ela vai estar muito mais diferente do que imagina! – falou.
Eu apenas concordei com a cabeça e ficamos em silêncio até chegar ao aeroporto. Fiz meu check-in e me sentei na sala de espera ao lado de Joana.
– Promete que vai cuidar da minha mãe, Jô? – falei quando chamaram meu voo.
– É claro! – pegou minhas mãos. – Ela é minha melhor amiga, vou cuidar dela pra você! O melhor possível! – sorriu com aquele sorriso encantador que só ela sabe dar e eu sorri de volta.
– Tchau! – abracei-a e caminhei para o portão, dei minha passagem para a moça ver e segui em frente. Olhei mais uma vez para trás, porque eu sentia que minha vida ia mudar, só não sei se para pior, ou melhor.
Entrei no avião, sentei em minha poltrona e me preparei para um voo longo e sem escalas. Tentei dormir, mas o sono não vinha. Quando finalmente consegui dormir, tive um pesadelo. Um lobo enorme vinha em minha direção e um homem de olhos vermelhos estava mais atrás de mim. Acordei assustada, ainda tive mais meia hora de voo. Logo foi anunciado para apertarmos os cintos, pois estávamos pousando no Aeroporto de Seattle. Assim que senti o pequeno impacto do avião pousando, pensei: “É... Agora é uma nova vida! Que Deus me ajude...”
Peguei minhas bagagens e fiz toda a burocracia, saí de lá e fiquei procurando com o olhar alguém com uma plaquinha escrita Jonasson Mars.
E logo achei, mas aquela pessoa não era meu pai. Era muito novo, um garoto com cara de criança, será que ele era filho de John?
– Oi? – falei.
– Oi! – olhou para mim rapidamente e olhou para frente, soltei um pigarro e ele me olhou de novo, apontei para a plaquinha e apontei para mim.
– Eu sou Jonasson Mars. – falei e ele sorriu. O sorriso dele era tão bonito e contagiante que eu sorri de volta, mesmo que eu não estivesse com a mínima vontade disso há 5 minutos.
– Sou Seth! – estendeu a mão e eu peguei, cumprimentando-o. Apesar de estar fazendo frio e ele usar somente uma blusa, uma calça e um tênis surrado, sua mão era bem quente.
– Você... É filho de John? – perguntei logo e ele sorriu mais, negando com a cabeça.
– Não. Eu sou um amigo do filho de John. Daniel não pode vir e então ele pediu para mim, que era o desocupado mais próximo. – riu do que disse.
– Hum. – disse – Quantos anos você tem? Quer dizer, você parece ser novinho, sua cara é de menino. Sem ofender nem nada. – ergui as mãos na altura do peito. Ele riu.
– 16, e você?
– 17. – falei somente.
– Sério? Daniel também tem 17... Como é? Sua mãe ou o pai dele pulou a cerca? – perguntou curioso.
– Nenhum, minha mãe se envolveu com ele quando era solteiro... Sei lá, às vezes ele casou depois, ou algo assim... – dei de ombros.
– Ah, sim... – paramos em frente a um carro simples, ele pegou minhas malas e colocou no porta-malas. Abriu a porta pra mim sorrindo, eu agradeci como se tivesse com aqueles vestidos antigos e ele riu. Entrei no banco do passageiro e ele logo estava dirigindo.
– Esse carro é seu? – perguntei tentando quebrar o clima.
– Não, é de um amigo... Ele que reconstruiu, sabe? É o xodó dele. – riu.
– Você tem carteira?
– Sim, tenho. Jake jamais iria me deixar pegar seu Rabbit sem carteira. – falou e eu assenti levemente.
– Você... – comecei a falar, mas parei. – Não, deixa quieto. – sorri.
– Pode falar. – neguei com a cabeça – Ah, fala vai. – insistiu.
– Como que eles são? Digo, John, Daniel e...
– Helena! – falou o nome da mulher do meu pai.
– Helena! Como eles são?
– Fisicamente?
– Ao todo...
– John é um homem bom, ama muito Helena e Daniel. Ele tem uma oficina em Forks, é engraçado, amoroso, enfim, uma ótima pessoa. Helena é uma mãe muito dedicada. Para ela, todos nós, os garotos de La Push são como filhos, uma mulher incrível. E Daniel é um palhaço, você vai adorá-lo, esse último mês ele só ficou falando que tinha uma irmã e que se chegássemos perto de você, ele arrancava nossa cabeça. – falou rindo e eu ri também. Isso já era um ótimo começo.
– Será que eles vão gostar de mim? – falei nervosa.
– Claro que vão. Afinal, é seu pai, irmão e madrasta, não? É sua família. – disse. Eu já adorava Seth, ele só via o lado bom das coisas.
– É... – concordei, encostei a cabeça na janela e logo o sono me tomou.
Capítulo 03
– ?– ouvi alguém me chamando e me cutucando. Abri os olhos e percebi que não estava em casa e não era minha mãe que me acordava, mas sim que ainda estava no carro e Seth me chamava.
– Hum? – perguntei piscando, meus olhos estavam embaçados.
– Estamos chegando. – falou e eu reparei que algumas casas apareceram. Ajeitei-me no banco e esperei. Seth parou em frente a uma casa simples de dois andares e de madeira. Simples, porém parecia ser bem aconchegante. Desci do carro e ajudei a tirar as quatro malas do carro, puxei duas e Seth mais duas. Ele nem bateu, somente abriu e entrou.
– Helena! – chamou e logo uma mulher morena, de olhos pretos e puxados, cabelos negros e estatura mediana, apareceu, secando a mão em um pano de prato.
– Olá, Seth. – olhou para mim e abriu um lindo sorriso. – Então você é a bela ?! – perguntou vindo e me abraçando em um abraço gostoso, um abraço de mãe.
– Sou. – falei quando nos afastamos.
– Você é mais bonita do que John descreveu, deve ter puxado sua mãe. – riu.
– Ah, ela diz que eu puxei algumas coisas de John. – falei sorrindo, ela assentiu e então um garoto/homem veio da cozinha comendo um bolinho, ele olhou para mim e arregalou os olhos.
– Ei! Você é a ! – falou de boca cheia, Helena bateu nele com o pano.
– Garoto! Fecha essa boca e engole, não foi essa a educação que eu te dei. Respeite sua irmã. – falou. Ah, então aquele era Daniel!
– Ah, tudo bem, Helena. Na verdade minha amiga era assim também. – sorri e ela também.
– Me chame de Hele, querida! Está com fome? – perguntou e eu assenti. – Então venha. – me chamou para a cozinha.
– Estou indo mãe, mais tarde eu volto. Tchau, maninha. – Daniel disse e eu dei um tchau com a mão, então ele saiu com Seth.
– Hã, Hele?
– Sim?
– Eu já vou, eu preciso ligar para minha mãe. – falei.
– Tudo bem, vai lá. Vou estar na cozinha. –disse e eu concordei.
Sentei-me no sofá e liguei meu celular, assim que ligou apareceu uma mensagem de Susan. Deixei para ler depois que ligasse para minha mãe. Disquei seu número e esperei, no quarto toque atenderam.
– ! – Joana falou.
– Oi Jô, cadê minha mãe? – perguntei logo.
– Ela foi fazer uns exames, saiu há uns 5 minutos... Ela vai demorar. – disse.
– Oh! Ok então, diga que eu liguei e que ela ligue assim que der, tudo bem?
– Claro meu bem, chegou bem aí?
– Sim, tudo ótimo. Já conheci meu irmão e madrasta, só falta meu pai, eles são ótimos. – falei realmente animada.
– Que ótimo! Viu? Não precisava ficar tão nervosa assim. – disse.
– É... Jô, eu tenho que desligar, ok? Não se esquece de dizer para minha mãe ligar, beijo e tchau!
– Tudo bem, claro que não. Beijo querida, tchau! – desligou. Agora eu ia ler a mensagem de Susan.
Ri de sua mensagem. O bom de Susan era que ela não pressionava, se você quisesse contar ou não, não fazia diferença para ela. Mas como somos melhores amigas, ela deixava meu livre arbítrio um pouco de lado. Deixei para ligar para ela no outro dia, afinal, eu não sabia que horas eram no Brasil, eu teria que ver isso depois. Larguei o celular no criado mudo do lado do sofá e fui para a cozinha. Helena estava fazendo um bolo de chocolate, tinha certeza que meus olhos brilharam quando eu vi pedaços de chocolate em cima da mesa. Roubei um e me sentei de frente para Helena, que riu da minha traquinagem.
– Igual a Daniel. – sorriu balançando a cabeça negativamente. Sorri de volta.
– O que mais a gente tem de parecido? – perguntei realmente interessada.
– O jeito de sorrir, até o jeito de andar é parecido. – riu – Se Daniel não fosse moreno e você loira, diria que eram gêmeos!
– Gêmeos? Meu Deus, Hele, não! Você já viu o tamanho do seu filho? Ele tem o que, 1,85, 1,90? Eu tenho 1,70, se não menos! –ri.
– Ah, mas não tem nada a ver! Você é linda, querida! Até puxou os olhos verdes de sua mãe, não? – falou. Ok, eu não sou tão linda assim, eu sou bonita – modéstia a parte –. Loira, não tão branca, olhos castanhos encobertos pelas lentes verdes, 1,70 de altura, um corpo mediano e adequado.
– Na verdade, são lentes. – disse e ela me olhou confusa.
– Por que você usa lentes verdes?
– Não gosto da cor dos meus olhos, é sem graça. – dei de ombros.
– E qual é a cor deles? – perguntou enquanto despejava a massa na forma.
– Castanhos. – ela olhou para mim com uma expressão divertida.
– Aposto que eles são lindos, você que ainda não percebeu! – sorri.
– Não conta pra ninguém não, tá?
– Claro, vai ser nosso segredo. – fez um movimento como se estivesse fechando um zíper na boca e piscou, eu ri e roubei mais um pedacinho de chocolate.
– Hele! – alguém chamou da sala.
– Seu pai chegou. – disse para mim. – Aqui na cozinha, querido! – falou mais alto. Então logo um homem de uns 1,80, moreno, cabelos negros e olhos castanhos, um porte físico atlético, alguns fiozinhos brancos perdidos, se fez visível. Ele parou entre o balcão e a parede, já que o balcão servia como divisória da sala para e cozinha, e me encarou admirado. Eu fiquei de pé, de frente para ele e o encarei também.
– ? – perguntou com a voz falha e os olhos enchendo de lágrimas, assim como eu. Eu assenti e ele abriu os braços, olhei por alguns segundos para seus braços e corri até ele, pulando em seu colo. Ele me apertou e senti pingos em meus ombros que estavam descobertos devido à regata que usava. – Você se parece tanto com ela. – falou.
– Todos dizem isso. – sussurrei. Por mais emocionante que seja o reencontro, eu não conseguia chorar, apesar de ser uma manteiga derretida, como mamãe dizia. É só que para mim ele ainda era um estranho. Um estranho que era meu pai, um estranho que era meu irmão, uma estranha que era minha madrasta e uma cidade estranha. E por mais que isso soe mais estranho ainda, eu me sentia em casa, me sentia bem aqui. Sabe aquela sensação quando você chega a casa depois de dias fora? Uma sensação de conforto de poder deitar na sua cama e tomar banho em seu banheiro. Era assim que eu me sentia.
John me soltou, passou as mãos pelos meus cabelos, em minhas bochechas, braços e pegou minhas mãos. Olhando-me ainda admirado.
– Parece uma boneca. – riu de suas palavras e eu sorri, olhou para Helena e esticou a mão chamando-a, ela pegou sua mão e o beijou. Abaixei a cabeça, pois eles eram um casal que dava vergonha de olhar se beijando, pois havia tanto amor ali, que você podia pegá-lo com a mão. Então nos abraçou. – Minhas mulheres. – rimos.
Ele disse que ia tomar banho e eu continuei na cozinha, até ajudei Hele a preparar o recheio e cobertura do bolo, que era para um aniversário, segundo ela. Hele trabalhava com pequenas encomendas de doces, eu me ofereci para ajudá-la e ela aceitou de bom grado, dizendo que já que Daniel era homem e tinha suas obrigações como homem não podia ajudá-la, então eu seria de boa ajuda.
Capítulo 04
Enquanto ajudava Helena, fiquei pensando. Como John aceitou tudo tão facilmente? Quer dizer, ele teve um mês para pensar e repensar. Poderia até ter cogitado a idéia de eu não ser filha dele, será que ele aceitou tudo tão numa boa assim? E Helena e Daniel? Será que aceitaram também numa boa? Afinal, eu era uma estranha para eles. Nunca duvidei de minha mãe quando dizia que eu era filha de John, ela havia me dito que eu fui gerada na primeira vez deles, e sempre me sentia feliz quando ela dizia que John deu-lhe o melhor presente de toda sua vida – que no caso, sou eu. Eu teria de perguntar isso a ela quando ligasse.
– Mãe! Cheguei! – Daniel entrou gritando. Apareceu na cozinha, pegou uma maçã e deu um beijo na bochecha de Helena, rodeou a mesa e me beijou na bochecha também. Olhei surpresa para ele que só riu, acompanhado de Helena.
– Pronto! Terminamos. – falou quando colocou o último morango – morango era minha fruta predileta – sobre o bolo e sorriu satisfeita com nosso trabalho. – Pode ir para a sala se quiser. – Anunciou e eu concordei indo para sala e me sentando no sofá, Daniel assistia um jogo de futebol americano enquanto mordia lentamente sua maçã.
– Hey! – disse quando me viu e eu sorri. – Vem cá!? Eu vou precisar ser aqueles irmãos chatos? – perguntou divertido e riu quando eu fiz uma careta.
– Não... Hã... Que tal assim? Seremos irmãos amorosos. – falei, eu nunca tive irmãos, mas as pessoas que eu conhecia e tinha irmãos, algumas eram de se invejar a relação, pois eram amigos e irmãos, já outros viviam quase na base da pancada. Então eu sempre quis ter um irmão legal.
– Ok então, irmãzinha! – me puxou e deu um abraço de urso.
– Ar! Daniel! – falei batendo em seu braço.
– Me chame de Dan, somos irmãos, e irmãos não são formais uns com os outros! – falou.
– Tudo bem, me chame de então. – estendi minha mão e ele pegou, apertando e balançando para cima e para baixo.
– Ok, então. – ri – Quer conhecer La Push? – perguntou.
– Quero! – falei animada. Ok, essa cidade é estranha realmente. Ok, não é uma cidade. Cidade é Forks, La Push é uma reserva, preciso anotar isso.
– Tudo bem, então vamos. – falou se levantando e estendendo sua mão para eu pegar, foi o que eu fiz, e notei que ele também era quente, como Seth. E reparei também que ele só usava uma camiseta de mangas, um short e um tênis.
– Não vai trocar de roupa? – Perguntei e ele fez uma cara confusa. – Está frio lá fora, você vai assim? – apontei.
– Ah... Sim... E-eu já me acostumei com o frio daqui, na verdade não é quase nada para mim. – disse todo estranho.
– Ok...
– Vamos?! – perguntou de novo abrindo a porta, peguei meu casaco de novo e o acompanhei.
– Aonde vamos? – perguntei curiosa.
– À praia. – disse normalmente. Caminhamos alguns minutos conversando e rindo, logo chegamos a uma linda praia, o mar era cinza ornando com o céu, ao longe algumas pequenas ilhas, mais a direita tinha um penhasco e perto de nós alguns troncos caídos, alguns em forma de roda e outros espalhados aleatoriamente.
– HEY, DAN! – alguém gritou. Me virei e vi um menino, ou melhor, um homem, vindo em nossa direção, e meu Deus! Que abdômen era aquele? E por Deus, como ele estava sem camisa nesse frio?
– E aí, Embry. – Dan disse enquanto o cumprimentava. Ele me olhou e olhou para Dan novamente.
– Namorada nova? – falou malicioso.
– Sim, é minha namorada. Se chegar perto eu te mato. – fechou a cara e abraçou meus ombros.
– Dan. – sussurrei o repreendendo. Como assim ele iria falar uma coisa dessas para um lindo como ele?
– Ah, ok! Ela é minha irmã, mas o “se chegar perto, eu te mato”, continua valendo. – estreitou os olhos e eu belisquei sua barriga. – Ai! – e me olhou surpreso.
– Sua irmã? Ah, sim! , não é? – perguntou para mim e eu assenti sorrindo. – Sou Embry Call. – estendeu a mão e assim como Dan e Seth, ele era quente. Qual é a desse povo de La Push? São todos febris assim? Pegou minha mão e beijou, eu só ri.
– Embry... – Dan chamou perturbando.
– Nossa, cara. Como você é chato, só estou cumprimentando sua irmã, meu Deus. – falou. – Tenho que ir. Ah, vai ter fogueira hoje, vem ?! – chamou e eu olhei para Daniel e ele sorriu.
– Claro! – falei simpática.
– Ok então. E Daniel, Sam disse para você ir a casa dele agora. – falou sério e ele assentiu. Embry saiu correndo, eu e Dan continuamos a caminhar só que indo em direção a casa desse tal de Sam.
– Você vai conhecer o resto do pessoal. – falou feliz e eu sorri de volta. Isso era uma coisa que eu estava fazendo muito hoje. Sorrir. Aqui tinha um ar tão familiar e aconchegante, eu realmente me sentia em casa e feliz.
Caminhamos mais um pouco e logo chegamos a uma casa simples, porém com um ar aconchegante, como tudo aqui em La Push.
– Não encare Emily, Sam não gosta. – falou baixinho enquanto abraçava meus ombros novamente. Encarei-o confusa.
– Por que eu ficaria encarando ela? – perguntei e ele só deu de ombros.
– Só não faça. – disse antes de entrar me carregando com ele.
Fomos recebidos com uns “E aí, Dan”, “Fala, Dan”, “Quem é essa linda?”, “Apresenta a amiga, cara”. Eu fiquei uma pimenta de tão vermelha que eu tenho certeza que fiquei.
– E aí, bando de desocupados. – falou fazendo um comprimento com um homem, e que homem. Meu Deus, acho que vou adorar morar aqui. Ok, eu não era disso, na verdade nem ligava para isso no Brasil, mas aqui... Era tanto homem bonito junto e seminu. – Essa aqui é a , minha irmã, e vou reforçar o aviso que eu tinha dado e que já falei para o Embry. Se chegar perto e ficar de gracinha com ela, eu mato! – falou sério, tentando passar medo. Mas o que todos fizeram foi rir. – Eu estou falando sério. Se vocês ficarem de gracinha com ela, eu torturo vocês. – falou emburrado, me puxando para sentar a mesa.
– Você está me saindo um irmão muito chato. – falei o cutucando. – E não se esqueça que eu mando em você, sou mais velha. – falei convencida e todos ficaram zoando ele, que só disse um “Valeu, irmãzinha”. Então uma mulher apareceu, seu rosto tinha três longas cicatrizes que iam até abaixo de seu pescoço, agora entendi porque Dan disse aquilo. Mas ela era, ou melhor, é linda! Sua beleza esconde aquelas marcas, até posso dizer que as faz ficar mais bonita.
-Então essa é a famosa ?! – Emily disse enquanto vinha em minha direção. Eu levantei, cumprimentei-a com dois beijinhos no rosto e sentei novamente.
– Eu mesma. – falei envergonhada. Seth não exagerou quando disse que Daniel havia falado de mim para todos.
– Tem certeza que é irmã do Dan? É tão bonita. – falou e todos caíram na risada novamente.
– Até você, Emily? – Dan disse indignado. – Agora só falta o Sam dizer isso. – falou cruzando os braços.
– Concordo com Emily. – um homem apareceu atrás dela e deu três beijos em suas cicatrizes, desviei os olhos. Ok! Essas pessoas de La Push realmente têm algo estranho. Quentes demais, amorosos demais... Bom para eles, pelo menos não iam morrer de frio e nem encalhados.
– Ah, não! – Dan falou mais indignado ainda, e mais uma vez riram dele.
Capitulo 05:
-Ei Dan, será que podemos conversar? - Sam perguntou a ele.
-Claro! Já volto - Falou para mim, que concordei.
-Então, !- Falou, Paul? É, Paul, Dan havia me dito seus nomes- Tem namorado? - Perguntou logo de cara, e eu corei – para variar...
-Não.
-Mas já beijou, não é?- Perguntou de novo, eu sentia meu rosto esquentando cada vez mais.
-Já... Mas, que pergunta... – Falei e ele riu.
-Ah, querida, não deixe Paul te perturbar, ele é chato e inconveniente assim mesmo- Emily falou enquanto colocava mais uma fornada de bolinhos em cima da mesa, e estes foram devorados em menos de 5 minutos.
-!- Alguém me chamou e eu olhei para trás.
-Oi Seth!
-Conhecendo o bando?- Falou e todos olharam para ele que deu de ombros.
-Sim, mas bando não - Falei e eles me olharam - Tá mais pra alcatéia, por que eles comem como uns lobos famintos - Falei rindo e todos me acompanharam com risadas estranhas. Então resolvi ficar quieta, ser engraçada não era lá muito o meu forte. Um tempo depois Daniel e Sam aparecem.
- - Daniel me chamou- Vamos?
-Sim!- Falei me levantando e indo em direção a ele.
-Ah, mas já? - Emily falou - Queria conversar mais com ela - Me abraçou de lado... Emily, em pouquíssimo tempo me conquistou e, se posso dizer, virou minha amiga.
-Mais tarde vocês fofocam mais - Falou me puxando.
-Você vai à fogueira ?- Perguntou e eu respondi um sim, antes de sair pela porta.
-Mais que coisa!- Falei enquanto Daniel continuava me puxando- Pra que tanta pressa?
-Não quero aquele bando de homens olhando para minha irmã- Falou carrancudo, olhei-o indignada.
-Pois eu sim!- Ele me olhou surpreso e com a boca levemente aberta- O que? Eu tenho 17 anos, tenho minhas necessidades- Falei emburrada. Ele riu, me puxando novamente- Queria ver se fosse você, com um bando de mulheres bonitas e seminuas te olhando- Ele arregalou os olhos.
-Hum... Eu ia gostar... E muito!- Disse fazendo uma cara de safado.
-Tá vendo?! Então não implica comigo- Bati em seu braço e ele riu. Chegamos em casa e me toquei que ainda não havia arrumado minhas coisas- Cadê minhas malas?- Perguntei confusa, já que elas estavam num canto da sala.
-Seu pai as levou para seu quarto- Helena apareceu explicando.
-Ah, sim! Então Dan, que horas vamos?- Perguntei
-Lá pelas 19hrs - Falou e eu assenti.
-Então vou arrumar minhas coisas, quando estiver faltando uns 40min me avisa- Falei subindo as escadas e ele disse um tudo bem. Escutei Helena dizendo: “Estão se dando bem, que bom querido”.
Eu acho que fiquei umas 3hrs arrumando minhas roupas no armário branco. Meu quarto era simples, uma cama encostada na parede, um criado mudo ao lado com um abajur e uma foto minha da minha mãe e Susan que eu tinha colocado a pouco, uma cômoda ao lado da porta, uma escrivaninha ao lado, aos pés da cama a janela e na frente desta o armário, tudo bem colocado. Sorri satisfeita quando terminei meu serviço. Dan bateu na porta e abriu.
-Terminou?- Perguntou sorrindo e eu assenti- Se arrume, daqui a pouco estou indo- Deu uma piscadela e saiu fechando a porta.
Corri para o banheiro, tomando um banho quente e relaxando, 5 minutos depois sai, correndo novamente até o quarto. Coloquei minhas roupas íntimas, uma calça cinza, uma blusa com manga que ia até meus cotovelos, um casaco, cachecol, coloquei um All Star e passei um rímel. Deixei meu cabelo solto e sai descendo as escadas tranquilamente. John e Helena estavam sentados assistindo um filme.
-Vai sair?- John perguntou olhando para trás.
-Vou! Com Dan, nós vamos à fogueira!- Falei- Aliás, cadê ele?
-Aqui, maninha!- Apareceu vindo da cozinha, ele vestia uma calça, blusa preta, tênis e um casaco- Então, vamos?
-Vamos!- Peguei em sua mão e ele saiu me puxando pela porta.
-Tchau mãe, pai!
-Tchau Hele e... John- Falei sem jeito.
-Tchau- Eles responderam.
-Não voltem muito tarde- Helena disse.
-Pode deixar mãe!- Dan respondeu entediado.
-E cuide de sua irmã!- John reclamou.
-Ah, eu já sou bem grandinha para me cuidar sozinha, por favor!- Reclamei também e eles riram. Saímos e fomos caminhando.
-Por que você não disse “tchau pai”?- Dan perguntou, respirei fundo, dando de ombros.
-Não estou acostumada a chamar alguém de pai, na verdade, nunca chamei alguém de pai... É meio estranho ainda- Falei, ele balançou a cabeça negativamente- O que foi?
-Nada... – Falou simplesmente e eu deixei quieto. Quando estávamos quase chegando à praia pude ver uma fogueira e várias pessoas em volta e algumas conversando um pouco afastadas.
-E ai Dan, oi - Seth veio nos cumprimentar, logo foi Emily e os outros.
-É sua irmãzinha, Quil?- Perguntei para ele que estava sentado em um tronco com uma menininha de mais ou menos quatro anos no colo. Ele a olhava com tanto carinho.
-Não, essa é Claire, sobrinha da Emily, mas é como se fosse minha irmãzinha mesmo- Falou fazendo cócegas nela, tinha uma risada tão gostosa. Eu adorava crianças, acho que quando fosse mãe – o que era um sonho – iria mimar muito meu filho(a). E sempre dizia que se fosse para escolher uma profissão, eu seria pediatra.
-HEY, QUIL, VEM JOGAR COM A GENTE!- Embry gritou, chamando-o para jogar futebol.
-Ah, não cara e a Claire?- Perguntou e eu vi em seus olhos que ele realmente queria jogar.
-DEIXE-A COM !- Respondeu dando as costas, Quil me olhou e perguntou.
-Você pode?
-Claro! Eu adoro crianças!
-Claire, eu vou jogar com o Tio Embry e os outros, você fica com a ?- Conversou baixinho com ela, que olhou para mim e assentiu sorrindo. Quil me passou ela e saiu correndo, sentei com ela no colo.
-Oi Claire!- Falei
-Oi- Disse tímida.
-Tudo bem?
-Sim e voxê?- Disse errando o c. Tão fofa.
-Eu estou ótima!- Disse e escutei o estomago dela reclamar- Está com fome?- Perguntei e ela assentiu afobada, ri de sua reação.
-Então o que você quer comer?- Perguntei colocando-a no chão, peguei sua mãozinha e fomos em direção à mesa de comida.
-Batata fita e refigelante!- Disse e eu fiz uma careta, tão pequena e com a alimentação tão ruim. Olhei o que tinha para ver se tinha algo mais saudável, avistei alguns palitos de cenoura, uns cubinhos de beterraba, e salada de folhas quase intocada.
-Que tal algo mais saudável?- Perguntei enquanto colocava a cenoura e a beterraba em um copinho para ela.
-Eca Tia, eu não quelo isso- Fez careta e eu fiz outra- É ruim.
-Você já comeu?- Perguntei e ela negou- Então como sabe que é ruim? É bom sabia? Deixa-te forte, assim você não fica doente! Prova pelo menos, você vai gostar- Falei abaixando até ficar em sua altura e lhe entregar o copinho. Puxei-a para sentar no mesmo lugar de antes, ainda hesitante ela mordeu um palitinho de cenoura, primeiramente fez uma careta de desgosto, mas logo uma de surpresa e de que havia gostado.
-Gostou?- Perguntei.
-Sim! É gostoso!
-Viu? Eu disse!- Ficamos sentadas um pouquinho, assim que ela terminou fomos andar um pouquinho, corremos e brincamos, mas ela disse que estava com sono. Peguei-a no colo, parecia mais uma peninha de tão leve, fiquei andando pela praia com ela.
-Claire?- Perguntei baixinho, mas ela não respondeu, estava com a cabeça em meu ombro e sua respiração era lenta e ritmada- Dormiu- Falei sozinha, andei de volta para a fogueira e estavam começando a contar histórias, lendas, na verdade. Sobre espíritos guerreiros, lobos, frio, terceira esposa, imprinting e mais um monte de coisas.
-Quer me dar ela?- Quil perguntou e eu neguei.
-Ela vai acordar se você pegá-la, posso ficar com ela até a hora de ir embora- Respondi e ele assentiu.
Capitulo 06:
Sentei com Claire no colo e olhei para frente, para um homem que olhava para baixo e tinha uma expressão triste e cansada. Perguntei-me o porquê, pois todos ali estavam alegres. Logo os mais velhos começaram a contar as lendas, observei tudo atentamente, às vezes olhando para aquele homem, que continuava de cabeça baixa. Quando tudo acabou cada um foi para um canto, alguns ainda ficaram sentados conversando, eu fui atrás de Quil.
-Quil!- Chamei-o.
-Sim?
-Onde eu vou deixá-la?- Perguntei.
-Quer me dar ela?- Perguntou e eu neguei.
-Só me diz! Não me importo de ficar com ela.
-Estou começando a achar que você quer Claire só pra você- Falou emburrado.
-Larga de ser bobo, eu gostei muito dela, mas eu só não a dou para você, por que ela pode acordar, e ela esta dormindo tão gostoso- Expliquei.
-Na casa da Emily.
-Então vamos!- Falei começando a andar, mas logo parando e olhando para ele que continuava no mesmo lugar.
-Ah, eu não vou poder! Tenho que resolver uns negócios com Sam- Falou estranho, dei de ombros.
-Tá, então cadê o Dan? Assim de lá nós vamos para casa- Falei olhando em volta e não o achando em lugar algum.
-Ele saiu.
-Como assim saiu? Ele ia embora comigo!- Falei desconfiada.
-Ele foi falar com Sam também... – Ai que legal! Todos foram falar com Sam, o que será de tão importante assim?!
-Certo, então eu vou sozinha- Falei recomeçando a andar.
-Não! Espera- Quil disse de repente- Vou arrumar alguém para ir com vocês, esperai ai!- Disse e saiu, observei ele ir até o homem que eu observei quase a noite inteira, falou algo, apontou para mim, o homem olhou e deu de ombros, então os dois vieram em nossa direção.
-, esse é o Jacob, Jacob, essa é - Apresentou, Jacob acenou com a cabeça e deu um pequeno sorriso, que eu devolvi.
-A famosa - Falou, enquanto começávamos a ir embora.
-Todo mundo diz isso quando me conhece- Disse divertida.
-É porque Daniel espalhou aos quatro ventos sobre você- Sua voz era tão bonita, assim como o pronunciador, causava pequenos arrepios em mim.
-Ele é um linguarudo de primeira, não é?- Perguntei baixinho.
-Profissional- Respondeu no mesmo tom. Ficamos em silêncio até chegar à casa da Emily, Jacob bateu na porta e a mesma abriu.
-Jacob?- Olhou para trás e me avistou- Oh, ! Você trouxa a Claire, mas cadê o Quil?-Perguntou abrindo espaço para eu passar com Claire.
-Não pôde vir, disse que tinha que falar com Sam, você acredita que até Daniel me abandonou? Isso porque ele disse a John que voltaríamos nós dois- Reclamei enquanto colocava Claire na cama, devia estar em um sono pesado, pois nem se mexeu. Emily riu.
-Se acostume- Falou simplesmente- Obrigado por trazê-la, não quer ficar?
-De nada. Ficar? Ah, não, não. Já está tarde e não quero ficar incomodando. Tchau Emily, amanhã eu venho aqui, tá bom?- Me despedi, dando um beijo em sua bochecha.
-Tudo bem, querida- Me acompanhou até a porta, fechando-a logo em seguida. Comecei a caminhar de volta para casa.
-Ei- Escutei alguém chamar e me arrepiei de medo, olhei para trás e vi Jacob, relaxei meus músculos.
-Tá aqui ainda? Pensei que tivesse ido embora- Falei e ele deu de ombros.
-Não ia deixar uma mulher andar sozinha a essa hora da noite- Falou.
-Ah, obrigada?- Falei divertida e ele riu.
-Então, quantos anos você tem?- Perguntou e eu reparei ele fazer uma careta.
-17 e você?
-Também... – Silêncio- é um nome bonito- Falou do nada e fez outra careta.
-Obrigada... Eu acho... Bom, Jacob também é bonito!
-Jake!- Falou e eu olhei confusa para ele- Me chame de Jake, é como todos chamam- Deu de ombros.
-Ah, sim! Me chame de - Sorri para ele, então lembrei o que Seth disse quanto me trouxe- Você que reconstruiu o carro que Seth foi me buscar?- Ele me olhou surpreso.
-Sim! Deu um pouco de trabalho, mas valeu a pena- Sorriu. Seu sorriso era tão lindo, parecia o nascer do Sol.
-Ele disse que era seu xodó- Falei baixinho, cruzando os braços quando um vento frio passou, o percebi chegando mais perto.
-Ele disse a verdade!- Chegamos à porta de casa- Está entregue- Sorriu novamente.
-Obrigada, Jake!- Sorri, ficamos nos encarando, meus olhos se prenderam nos seus e senti meu coração acelerar um pouco- Boa noite- Disse, ele pareceu despertar e assentiu.
-Boa noite- Fiquei parada em frente à porta até ele ficar mais longe, abri e entrei, estava tudo escuro. Subi para meu quarto, acendi a luz e olhei o despertador: uma e meia da manhã. “nossa, o tempo passou rápido”, Pensei. Peguei meu pijama, uma toalha e fui tomar banho. Vesti-me e cai na cama, minha mente vagou, parando em uma pessoa. Sim, essa pessoa era Jacob. Ok, só podia estar louca, mal conheci o cara e já estou pensando nele antes de dormir? Acorda ! Um cara lindo daqueles não pode estar solteiro.
Bufei e virei para o lado da parede. Tantos homens bonitos e você pensa justo no que mal conhece.
(...)
Acordei – incrivelmente - de bom humor. Definitivamente, essa cidade era mágica! Fiz minha higiene e desci de pijama mesmo.
-Bom dia!- Falei, me sentando ao lado de Daniel, que me olhou de cima a baixo e começou a rir- Que foi? Qual a graça?- Perguntei, sem entender nada.
-Pantufas de garrinhas?- Falou e começou a rir mais ainda, sendo acompanhado por John e Helena. Fiz cara de ofendida.
-Qual é? Eu gosto, é confortável!- Fiz bico e peguei uma caneca colocando leite e café- E esquenta- Conclui, tomando um gole do meu café com leite.
-Ah, claro!- Daniel comentou irônico, engolindo um pedaço de bolo, fiquei encarando ele- O que?
-E você, hein? Me deixou plantada lá, sozinha! Que eu saiba, voltaríamos juntos para casa! Sabia disso, John? Eu voltei sozinha para casa!
-Como é Daniel?- John olhou para ele pedindo explicações, ele encolheu os ombros.
-Tive que falar com Sam- Respondeu, dando um olhar cheio de significados.
-Ah, sim- Disse simplesmente, sério? Ele não ia nem dar uma bronca nele por me deixar sozinha? Que droga hein John!- Você voltou sozinha, ?- Perguntou e eu olhei para ele, terminei de mastigar o pedaço de bolo e respondi.
-Na verdade não... Fui deixar Claire na casa da Emily, e como Quil TAMBÉM tinha que falar com Sam, pediu para Jacob me acompanhar, então ele me acompanhou até aqui depois- Dei de ombros.
-Jacob, é?- Daniel falou fazendo cara de bravo.
-O que é que tem? Ele foi gentil, me trouxe até em casa, o que era SEU trabalho... Então não venha querer dar uma de irmão ciumento, por que comigo- Falei enquanto terminava de tomar meu café com leite e saia da cadeira- Isso não cola- Dei um beijo em sua bochecha e subi para trocar de roupa.
Capitulo 07:
Quando desci, John e Daniel já haviam saído. John para a oficina e Daniel, não sei.
-, você gostaria de ir comigo a Forks? Preciso levar as encomendas- Hele perguntou.
-Claro. Você está indo agora?
-Sim!- Disse enquanto colocava a tampa em cima do bolo.
-Certo, só vou pegar um casaco!- Subi correndo, peguei um casaco que também era uma capa de chuva, pois o tempo já estava começando a dar indícios de que iria chover. Quando desci, Helena estava na sala.
-Pegue esse daqui- Apontou para um bolo branco, enquanto ela carregava o que nós havíamos feito ontem. Ela pegou a chave do carro e seguimos em direção a Forks.
-Conheceu muita gente ontem?- Perguntou calma.
-Sim, foi legal... Adorei Claire, é tão fofa- Falei sorrindo.
-Sim, ela é realmente um encanto! Conheceu algum menino...? – Perguntou sorrindo.
-Helena!- Falei envergonhada, Deus ela parece minha mãe! Pensei. Então eu lembrei que ela não havia ligado ainda, e também eu não havia ligado para Susan. Eu iria fazer isso assim que chegasse em casa. Em casa... É eu realmente havia me enraizado aqui, já tinha uma verdadeira relação de irmãos com Daniel, adquiri amigos – o que é algo extremamente ótimo -, já que eu sou como Susan disse antes de eu vim para cá, uma antissocial, e para mim, arranjar amigos era um feito extraordinário. Não que eu fosse antissocial realmente, mas é que as pessoas que eu conhecia eram muito chatas.
-O que? ! Você é jovem, bonita, engraçada e de boa família. Aqui em La Push e Forks tem ótimos garotos. Embry, por exemplo, ele é meio desajuizado, mas tem uma ótima mãe- Falou e eu neguei com a cabeça, sorrindo.
-Hele, relaxa! Quando eu arranjar um namorado, eu o levo em casa. OK?- Perguntei e ela riu.
-OK! Afinal, tem que passar pelo radar do John- Riu mais uma vez e eu acompanhei. Logo chegamos em frente a uma casa, nem tão grande e nem tão pequena, ficava ao lado da uma loja de equipamentos esportivos, nem reparei no nome. Hele tocou a campainha e uma mulher loira, branca e de olhos azuis abriu.
-Olá, Sr.ª Newton- Hele sorriu simpática.
-Olá Helena, eu já disse para me chamar somente de Karen- Repreendeu simpática.
-Oh claro, desculpe, força do hábito! Essa daqui é minha enteada, - Me apresentou.
-Olá, Sr.ª Newton- Falei e ela sorriu.
-Oi, , apenas Karen, não pegue essa mania de Helena, por favor- Disse.
-Tudo bem!
-Aqui está seu bolo Karen- Helena entregou o bolo que nós duas fizemos- Se estiver alguma coisa ruim, devo dizer que me ajudou a fazer este.
-Ei! Eu só fiz o que você me mandou fazer- Falei indignada e elas riram.
-40 Dólares, não são?
-Sim!- Hele respondeu, pegou o dinheiro e se despediu da Sr.ª Newton, quando estávamos voltando ela foi falar com uma garota que jogava o lixo da loja fora.
-Oi, Bella- Cumprimentou com um pequeno abraço- Como esta Charlie?
-Está bem, obrigada por perguntar- Não sei por que, mas eu não gostei dela. Ela olhou para mim questionadora, seus olhos conseguiam ser mais sem graça do que os meus, pensei maldosa. Ok? O que está acontecendo? Nunca fui de odiar de graça as pessoas.
-Esta é , minha enteada- Helena me apresentou novamente.
-Oi, sou Bella- Estendeu a mão, olhei para ela e segurei-a.
-Prazer- Dei um sorriso amarelo. Sua mão era fria, tão diferente das pessoas de La Push.
-Bom, eu tenho que ir, mande lembranças ao Charlie- Falou e ela acenou com a cabeça. Entramos no carro e Hele deu partida- Parece que não gostou muito da Bella, não é?- Olhou para mim e eu dei de ombros.
-Nem a conheço, como não vou gostar?- Menti, eu não havia gostado dela mesmo. Hele também deu de ombros, entregamos o último bolo e fomos ao mercado. Enquanto Hele colocava as coisas no carrinho eu empurrava.
-Buh!- Alguém falou em meu ouvido e eu dei um pulo de susto, me virei e vi Embry. Dei um tapinha em seu ombro.
-Quer me matar de susto, garoto?- Perguntei com a mão na base da minha garganta.
-Oi Hele- Me ignorou.
-Oi Embry- Falou sorrindo- Veio ajudar Emily?- Perguntou e ele assentiu.
-Ela está do outro lado, escutei vocês conversando e vim dizer um “oi”- Explicou, então eu escutei passinhos apressados e me virei.
-Tia !- Gritou e pulou em mim, que a peguei rapidamente.
-Oi Claire Lindinha- Dei um beijinho em sua bochecha.
-Oi, Tia- Falou para Hele.
-Oi, amor- Deu um beijo em sua outra bochecha e afagou seus cabelos castanhos.
-Vamo na plaia hoje?- Perguntou mexendo na pulseira que Susan me deu. Segundo ela, aquela era nossa pulseira da amizade.
-Claro, pequena. Quil também vai?- Perguntei, afinal, ele disse que eu queria Claire só para mim, então ele devia vir junto.
-Não- balançou a cabeça- Ele tem que tabalha- Falou sorrindo- Quando eu clece, a gente vai casa- Falou inocente, eu sorri com o que a pequena disse.
-Claro, claro!- Falei e ela sorriu.
-Voxê falou que nem o Tio Jake- Falou rindo e eu sorri. Que coisa, pensei.
-É? Então eu vou falar que nem Voxê agola- Deitei-a nos braços e fiz cócegas nela.
-HAHAHA pa-para t-tia- Falou entre as gargalhadas. Dei outro beijinho em sua bochecha e coloquei-a no chão.
-Oi Hele!- Emily apareceu.
-Oi Em- Cumprimentou-a com dois beijinhos no rosto.
-Oi - Me cumprimentou do mesmo modo.
-Oi Emily.
-Embry, eu já terminei, vamos?- Perguntou e ele acenou com a cabeça e se despediu de nós.
-Tia, eu posso ficar com a Tia Hele e a Tia ?- Claire perguntou
-Claro, se não for incomodar.
-Claro que não, é sempre uma alegria ter criança em casa- Hele disse.
-Certo, se comporte Claire- Emily decretou e Claire assentiu. Terminamos de fazer as compras, colocamos tudo no porta malas e voltamos para La Push. Eu fui atrás com Claire.
-Que bonita sua pulsela Tia- Claire disse mexendo nos pingentes.
-Foi minha melhor amiga que me deu- Falei fazendo carinho em seu cabelo.
-Eu vou ganha uma dessa um dia?- Perguntou me olhando.
-Claro que vai, pequena!- Sorri para ela, que devolveu. Logo chegamos em casa, deixei Claire na sala assistindo desenho e ajudei Hele a retirar e guardar as compras. Quando terminei, sentei ao lado de Claire no sofá.
-Então, o que vamos fazer?- Perguntei.
-Vamos a plaia!- Gritou ficando em pé e estendendo a mão pra mim, eu só ri dela, pegando sua mãozinha.
Omg, primeiro capítulo e já estou tensa. Minha nossa, minha mamis está morrendo?! E quer que eu vou morar com meu pai que eu nunca vi na vida? Ain, aí tem coisa, tomara que ela não morra, tadinha da PP. :(
ResponderExcluirAgora é enfrentar outro país, outra língua e um pai que nunca viu e só soube da sua existência há um mês.
Adorandoooo e vou acompanhar com certeza, bjsssss!!!
Oi é a Mari!Adorei a fic continue!!!!
ResponderExcluirOi, eu amei o primeiro cap cheio de espectativa, a PP ir para La Push com a mãe doente(é muito chato), e o encontro com o pai que nunca viu teeenso; Quero ver a chegada dela em La Push. Parabéns vou tá acompanhando *-*
ResponderExcluirBjus.
Cara, está muito bom, de verdade. Com toda certeza estarei acompanhando!!
ResponderExcluirPoste mais logo, por favoooor!!
Mariana F. Santos
ResponderExcluirAdorei a Fic mas quero saber quem é meu par!!!!Espero por mais!
Que bom que aceitaram ela bem em La Push, mas quem da reserva não aceitaria. Não é à toa que ela se sente em casa. A reserva transmite isso em cada canto, em cada morador, não seria diferente com ela.
ResponderExcluirAdorandooooo demais e louquinha pelo próximo!!!
Bjkssss
Adorando ter um maninho ciumento..A pp ta completamente certa,é muito homem lindo e cm pouca roupa juntos...Quero mais !
ResponderExcluirposta mais...não para não..ta otima to adorando..
ResponderExcluirLeitora nova...
ResponderExcluirSua história é muito perfeita...
Tem uma escrita incrível, louca pra saber o que vem por ai...
Parabéns... Espero que o próximo post seja logo...
Ahhh que fic muito massa!!!!
ResponderExcluirPor favor , não demore em postar... quero mais.
Sempre sonhei em ter um irmão tão legal assim.
MENINA POR QUE A FIC FICOU TANTO TEMPO PARADA ELE E ÓTIMA,VE SE NÃO SOME DE NOVO.
ResponderExcluirsimplesmente perfeito, amo essa att por favor posta mais.
ResponderExcluirComecei a ler hoje e já me apaixonei,a PP terá seus momentos de tristeza pelo que eu pude notar,espero que a mãe dela fique bem,a perda da mãe será um golpe e tanto para a PP!!!Ansiosa pelo próximo capítulo,por favor posta mais!!!
ResponderExcluirAi que lindo, o que sera que vai acontecer entre ela e o jacob... hummm super curiosa, posta mais
ResponderExcluirposta mais logo, nao demore por favor...
ResponderExcluirADOREIIIIIII! QUERO MAIIIIS!
ResponderExcluirÓtima ótima está perfeita continua
ResponderExcluiradoreeeeeeeeeiiiiiiiii!!!!!!!! to amando essa fic! por favor faça suas leitoras felizes e escreva capitulos grandoes!!!xDDD
ResponderExcluirCapítulo 5
ResponderExcluirAffs, irmão protetor demais é um saco, ainda bem que a PP sabe tirar o Dan direitinho. rsrsrsrs
E ela ainda tem dificuldade em chamar o própio pai de pai, mas isso passará com o tempo... ela apenas não o sente como tal. :\
A PP aos poucos está se enturmando com o bando, já conquistou a Emily e até a Claire. ^_^ Mesmo dando a ela a cenoura, ao invés de batata frita. rsrsrsrsrs
Capítulo 6
Ai, ai... a companhia de Jacob foi realmente bem melhor do que a do Dan, sem sombra de duvida. u.u rsrsrsrs Ela teria que agradecer ao Sam por convocar todos menos o Jake. ^_^
Hum, John não deu nenhuma chamada em Dan pelo que ele fez... agora sim que a PP vai ficar mais brava ainda com ele, afinal ela ainda não sabe sobre as reuniões do bando e acha que Dan a deixou por nada. John deveria ter ao menos fingido, né?! :\
Amandooooo demais, demais!!
Bjinhosss!!!