29 de setembro de 2013

My Destiny por Vick Albuquerque

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Prólogo

Sempre sonhei com ele e nunca entendi por que, agora eu sei, ele está no meu destino... E eu sou o destino dele.


Capítulo Um

Abri meus olhos sentindo os mesmos querendo fechar e só não o fiz porque me assustei com o que vi. Levantei rapidamente, sentindo-me tonta pelo movimento brusco, mas não liguei, olhei ao redor procurando algo que pudesse me dizer onde estava, mas não havia nada, estava escuro e enquanto eu andava, escutava meus passos ecoarem pelo local. Estava descalça e o frio começava a tomar o meu corpo, meu cabelo parecia desgrenhado e alguns fios teimavam em ficar na frente da minha visão. Continuei andando naquele lugar que parecia não ter mais fim, olhei novamente ao redor e então o vi.
Ele passou as mãos no cabelo e sorriu para mim, e foi como se um raio de sol entrasse naquele local frio e escuro. Procurei por seus olhos e não consegui não sorrir quando os achei. Seus olhos eram do verde mais lindo que eu já vi e neles eu encontrava segurança e paz, mas também encontrava amor e carinho. Ele começou a se aproximar, mas então tudo mudou, eu não estava mais naquele lugar escuro e frio, estava numa floresta desconhecida por mim, olhei ao redor encontrando árvores com muitos metros de altura e um pouco mais acima no céu a lua, uma linda lua cheia estava ali presenciando aquele meu momento de pura confusão.
Algo se movimentou atrás de mim, o que fez com que eu me assustasse e tentasse correr. O que se deu a seguir foi a minha queda, após enganchar meu pé numa raiz de árvore. Ouvi um uivado que mais parecia uma risada e isso me fez olhar para trás, um enorme lobo castanho avermelhado me observava a mais ou menos dois metros de onde eu estava caída. Meu rosto se contorceu em pânico e eu quis me levantar e correr, mas parecia que meu corpo não obedecia mais os comandos do meu cérebro e a mensagem que gritava nele: “PERIGO” em letras grandes e vermelhas.
O enorme lobo tentou se aproximar e eu me encolhi, não conseguia correr, mas isso não significava que eu não estava com medo, por que sim, eu estava e muito. O lobo murmurou algo que eu não entendi, mas que parecia um apelo para que eu não tivesse medo e eu tive certeza disso quando olhei em seus olhos, os olhos humanos demais para serem ignorados e expressivos demais para serem esquecidos, no seu olhar estava todos os sentimentos e um pouco mais: havia raiva, receio, desejo, amor, paixão, mas, principalmente, havia dor, uma dor que eu não consegui entender o porquê, mas que me fez meu coração bater mais fraco, fazendo um sentimento de perda crescer no meu ser, fazendo-me gemer de dor. O olhei uma última vez, antes de me levantar e andar até ele, eu precisava tocá-lo para tentar entender o porquê de sentir aquilo, mas além de tudo eu queria tocá-lo. Era algo que meu corpo ansiava, fazendo com que eu praticamente corresse até ele. Quando cheguei perto o suficiente olhei em seus olhos novamente e então tudo ficou escuro... E eu acordei.
Levantei num pulo, sentindo meu corpo doer, parecia que eu havia corrido uma maratona, quando, na verdade, eu sabia que não havia saído da minha cama. O suor frio escorria pelas minhas costas e o sentimento de perda não havia me deixado... Era sempre assim desde meus sete anos de idade. Era quase sempre o mesmo sonho, um homem lindo em um galpão que me passava segurança, amor, carinho, paz e esperança pelos seus olhos verdes e então tudo mudava e eu me encontrava em uma floresta com um enorme lobo que deveria me passar medo, mas que no final só me fazia sentir mal e trazia um sentimento de perda para meu coração. Logo depois, tudo ficava escuro e eu acordava, sempre foi assim e eu nunca consegui entender o porquê de ter esses sonhos.
Quando eu era pequena eu sonhava com um castelo e pessoas de vermelho, mas, então, no meu aniversário de quatorze anos eu comecei a ter esse sonho e desde então ele nunca mais me deixou. Agora com dezessete anos eu continuo tendo os mesmo sonhos, eu diria até que já estou acostumada. Agora, se tem uma coisa que eu não consigo me acostumar é com esse sentimento de perda que me abate sempre que tenho esse sonho, é como se em algum lugar algo ou alguém esperava ansiosamente para que eu chegasse. Mas, ao mesmo tempo, me queria tão longe quanto queria um inimigo.
Levantei da cama tentando fazer o menor barulho possível, afinal, Melanie estava dormindo e ela não merecia ser acordada porque a maluca da amiga dela teve mais um sonho estranho. A Mel e eu somos colegas de quarto no orfanato em que vivemos, ela é a única amiga que tenho aqui desde... Sempre, ninguém aqui parece gostar de mim a não ser a Mel e sinceramente não estou fazendo nenhum esforço para que gostem.
Entrei no pequeno banheiro do nosso minúsculo quarto e fui até a pia. Olhei-me no espelho e constatei um fato: Estou um caco. Olheiras profundas e escuras pelas noites mal dormidas manchavam minha pele branca, meu cabelo pintado de vermelho sangue estava sem vida e quebradiço. Olhei-me uma última vez antes de colocar meu cabelo em um coque frouxo e molhar meu rosto, enxuguei-o com uma toalha e sai do banheiro, encontrando uma Mel sonolenta e preocupada na cama ao lado da minha.
— Pesadelos de novo ? – Perguntou-me ela, sonolenta, enquanto sentava-se em sua cama.
— Não são pesadelos, Mel. –Repreendi, eu me recusava a pensar que o que eu tinha eram pesadelos. Para mim eram só sonhos...estranhos.
— Para mim são pesadelos sim! – falou teimosa – “sonhos estranhos” – Disse fazendo aspas no ar e eu revirei os olhos. – eu tenho quando sonho que a irmã Mary está cantando rock em cima da mesa do refeitório. – Disse com cara de assustada. Eu revirei os olhos, mas não deixei de rir da sua graça. Por isso eu amo a Mel, ela sempre tenta espantar a tensão que fica quando tenho esses sonhos.
— Mas é sério, , você não acha melhor procurar um médico? – Perguntou preocupada, ela já havia dado essa idéia há muito tempo, mas, sinceramente, eu não acho que um médico irá me ajudar com esse problema. No mínimo ele vai achar que sou louca e, no máximo, serei internada em um hospício. Ou pior.
— Não, Mel, você sabe o que vão dizer se eu contar que sonho toda noite com um homem e um lobo que tem olhos de humano? – Perguntei e ela assentiu. — Então, pronto! Por favor, não insista, vamos dormir. Estou cansada e daqui a pouco iremos levantar. Falei e deitei-me na cama, logo após me cobrindo com o edredom. A ouvi suspirar cansada e logo após o silêncio. Sei que não conseguiria dormir, mas eu tinha que pelo menos tentar. Ou eu só estava querendo me enganar em não perceber que, no fundo, eu só gostaria de olhar nos olhos deles de novo.

Orfanato St. Mary, dois dias depois.

Andava apressada pelos corredores do orfanato, estava de noite e muito escuro, meus pés descalços batiam no chão frio me fazendo ter calafrios e eu não sabia o porquê de está ali àquela hora e daquele jeito. Parei um momento quando ouvi uma risada, mas não parecia ser uma risada qualquer, era cruel e aparentemente sem humor, olhei para os lados procurando o dono da risada medonha, mas só me deparei com paredes e uma luz muito fraca vinda de algum lugar desconhecido. Andei até lá em passos lentos, com medo da escolha que havia feito, até que ouvi um grito, de dor e desespero.
Corri até o local sem me importar com o perigo que estava correndo, cheguei ao local de onde saia a luz e então eu mergulhei em uma escuridão total, estava tudo escuro e o único som que se ouvia era minha respiração que no momento estava rápida e alta, eu me sentia suja e não sabia o porque, parecia que algo estava entranhado em mim e não queria sair. Comecei a andar pela total escuridão segurando em algo que pareciam ser paredes para não cair. Uma grande iluminação se fez no local e eu fechei os olhos de incomodo, logo após os abrindo, fazendo com que se acostumasse com a iluminação repentina. Com a visão um pouco embaçada olhei para os lados a procura de algo, mas só achei um espelho, andei até ele e à medida que me aproximava sentia um aperto no peito como se estivesse esmagando algo dentro de mim, a sensação era terrível, mas não se comparou ao que eu senti quando me olhei no espelho.
Meu cabelo estava arrumado em algo que parecia uma trança, a trança e parte do meu cabelo estavam sujos de terra e algo mais que eu não sabia o que era... Nem queria saber. Meu rosto aparentava cansaço e apesar do meu corpo implorar por um descanso, eu não sabia o que tinha feito para estar cansada. Olhei para minha roupa e me assustei com o que vi. Eu usava algo que um dia pareceu ser um vestido, mas que agora só parecia um trapo que poderia ser muito bem confundido com um pano de chão, mas não foi isso que me assustou. O vestido havia sido rasgado com algo que pareciam garras e sangue se espalhava por todo ele, eu não sabia se era meu sangue, mas esperava que não, na verdade eu esperava que não fosse de ninguém que fosse simplesmente tinta e que eu estava ficando muito paranóica, mas não tinha cheiro de tinta e esse não era nem meu
maior problema. Olhei novamente para o espelho e então tudo começou a sumir, me sentir ser puxada para baixo e uma voz começou a gritar no meu ouvido “, ” e então, tudo ficou escuro.
- Acorda , estamos atrasadas! – Mel falou enquanto jogava roupas em cima de mim, eu não estava entendendo nada e a julgar pelo meu cérebro lento pelo sono, mesmo que ela me explicasse não entenderia.
- O que...? – Perguntei confusa, vendo a Mel parar e me olhar como se eu fosse uma retardada.
- Você esqueceu? Eu te falei ontem! – Ela rolou os olhos e continuou – Hoje nós temos o piquenique beneficente do orfanato. – Disse e eu finalmente lembrei, todo ano o orfanato faz um piquenique para arrecadar dinheiro para o próprio orfanato e ONGs que cuidam de crianças com câncer.
- Desculpa, eu ando um pouco desligada do mundo esses dias. – Falei enquanto me levantava para começar a me arrumar.
- Isso eu percebi, - Ela falou enquanto colocava um suéter verde em frente ao corpo e olhava no espelho – você continua tendo esses pesadelos? – Me perguntou e eu pensei pela primeira vez em minha vida, se deveria contar a ela do sonho que eu tive, sei que Mel é minha melhor amiga e que eu só posso confiar nela, mas não sei se quero envolvê-la mais nessas coisas, afinal, são só sonhos de uma adolescente frustrada com a vida, não é?
- ! Eu estou falando com você. – Disse, virando- se para mim.
- Eu sei... Desculpe, como eu disse, ando muito desligada... Só isso. – Falei enquanto entrava no banheiro.
- Nada de pesadelos? – Perguntou me olhando preocupada.
- Nada de sonhos estranhos. – Frisei os últimos dois nomes para que ela entendesse que o que eu tinha não eram pesadelos.
- Tanto faz. – Falou rolando os olhos.
[...]
- Desçam devagar, crianças! Cuidado para não se machucarem. – Irmã Clarisse gritava, enquanto nós descíamos do ônibus. O piquenique aconteceria em uma floresta de Seattle esse ano, já que os jardins do orfanato estão empestados de alguma praga que está comendo as plantas, por isso nós nos enfiamos no meio dessa floresta medonha. Eu não tenho
medo de florestas, é que essa em especial, me assusta, como se algo tivesse nos observando ou pior.
- Venham por aqui, cuidado para não se machucarem... – Os ônibus não pararam dentro do local que aconteceria o piquenique porque não chegavam até lá, ou seja, teremos que andar.
Estávamos caminhando por mais ou menos cinco minutos e eu já não agüentava mais a Mel reclamando de cansaço, fala sério!
- Chega Mel! Nós só estamos andando por cinco minutos, que drama. – Falei, parando e a olhando com indignação.
- Diz isso porque não é você que está carregando essa mochila super pesada. – Falou irritada num tom manhoso.
- Me dá essa droga e para de reclamar! – Falei sem paciência a vendo tirar a mochila das costas e me entregar um pouco manhosa.
- Agora vamos que... – Olhei para frente e vi um vulto passando muito rápido, olhei assustada para Mel que me olhava confusa.
- O que foi? – Perguntou em tom preocupado.
- Você não viu? – Perguntei de volta e ela me olhou, mas confusa ainda.
- O que eu não vi? – Perguntou novamente em tom de desespero.
- Não foi... Nada, eu devo estar ficando louca. – Disse ao perceber que isso poderia ser um truque da minha mente para me assustar, e nesse momento considerei o fato de procurar um médico.
- Ok... Se você diz. – Mel deu de ombros e voltou a andar. Por causa da nossa pequena discussão, nos separamos do resto do pessoal, mas não estávamos perdidas, eu vi a direção que eles foram. Voltamos a andar um pouco mais atentas dessa vez, querendo ou não aquele vulto tinha nos assustado, mesmo que a Mel não tenha visto e eu não tenha contado, eu ouvia sua respiração um pouco mais rápida e os batimentos do seu coração um pouco acelerados. Claro que isso poderia ser por causa da caminhada, mas eu duvidava muito, mas isso não é o mais estranho, o estranho é o fato de eu poder escutar sua respiração e seu coração, levando em consideração que ela está a cinco passos na minha frente.
Ouvi um grito e olhei para frente a tempo de ver Mel ser arremessada para dentro da floresta. Olhei assustada para todos os lados, mas não achei nada, nem ninguém, comecei a correr para dentro da floresta a procura de Mel, e a vi jogada em baixo de uma árvore, desacordada, provavelmente por causa do impacto. Corri até ela, mas antes que chegasse ao meu destino fui arremessada em direção a outra árvore.
Meus ossos bateram com uma força impressionante na árvore e eu tenho quase certeza de que quebrei alguma coisa. Gemi de dor e comecei a me levantar, procurando o ar que havia se perdido dos meus pulmões com o impacto. Olhei para os lados já de pé, e vi dois vultos passarem rapidamente perto de mim, pensei em correr, mas, então, me lembrei de Mel, que estava caída a poucos metros dali. Corri até ela e dessa vez consegui chegar, olhei sua pulsação que apesar de fraca ainda existia, senti algo passar atrás de nós e então me levantei, vendo duas pessoas pararem na nossa frente, com sorrisos cruéis e medonhos.
- Acho que tiramos a sorte grande Tom... – Falou a primeira, uma mulher de cabelos pretos curtos, com a pele extremamente branca, e grandes olhos... Vermelhos, me assustei com isso, mas então relaxei um pouco ao imaginar que isso poderia ser lente de contato e então entrei em pânico novamente ao vê-los se aproximar.
- Tem razão Ashley, ela, - Olhou para mim e inspirou o ar com força – tem um cheiro maravilhoso. – Falou com um sorriso medonho, vindo a passos lentos na minha direção, o que fez com que eu andasse para trás, ficando encurralada entre uma árvore e o cara que queria fazer algo ruim comigo. E então aconteceu, ele mostrou as presas e eu percebi, ele era um vampiro, que nem aqueles dos livros que a Mel gostava de ler, só que diferente desses, ele era real, e parecia querer sugar meu sangue até a última gota.
- Eu prometo que não vai doer... Tanto. – Falou pegando no meu pescoço me tirando do chão, eu me desesperei começando a me debater tentando sair do seu aperto, sentia o ar acabando e me desesperava ainda mais, olhava para a vampira, que só observava a cena rindo, olhei nos olhos do vampiro e vi desejo passar por eles, ele desejava meu sangue, e isso não era nada bom.
Ele aproximou suas presas do meu pescoço e então me mordeu, senti seus dentes cravando meu pescoço, enquanto ele sugava meu sangue com desejo, se saciando, doía muito e eu já começava a me sentir fraca, mas então o vampiro caiu no chão começando a se debater, eu olhei desesperada para ele sem entender o que estava acontecendo, olhei para a vampira e ela gritava alguma coisa que eu não consegui ouvir, eu não escutava nada, só via o vampiro se debatendo ali na minha frente e então a vampira veio na minha direção, minha visão começou a embaçar, e as coisas ficaram turvas, senti minhas pernas fraquejarem e cai no chão, a vampira chegou à minha frente pronta para atacar, mas um vulto saltou nela a impedindo e então... Tudo ficou escuro.

18 comentários:

  1. BOM VOU SER A PRIMEIRA A COMENTAR, ENTÃO VAMOS-LA PELO JEITO A FIC PROMETI MUITO ROMANCE E MUITAS AVENTURAS, QUE VAMOS AGUARDA NOS PRÓXIMOS CAPITULOS.

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  2. Amei sua forma de escrita, é muito diva. Estou animada com a fic e acho que ela vai ser otima!! Posta mais, beijos...

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  3. Vou ser repetitiva,pelo jeito a sua fic promete,amei o primeiro capítulo flor!!Beijinhos e até o próximo!!

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  4. Own obrigada, vou postar o próximo logo logo prometo que não vai demorar lindas Bjs!

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  5. Adorei o primeiro capitulo promete hein

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  6. A Fic está maravilhosa. Não sou fã de Crepusculo mas essa vou fazer questão de ler. Te amo vick Xx

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  7. adoreiiii! com certeza vou acompanhar.
    ate o próximo capítulo, bjim, bjim. xau xau.. hehehe .

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  8. Muitooooooo boa!! Continue please

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  9. uou...0.0 ja me deixou vidrada na fic rs

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  10. *o* ansiosa pelo próximo capítulo!!

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  11. NÃO FALEI QUE A FIC IA SER BOA,QUANTO MISTÉRIO NOS AGUARDA NESSA NOVA AVENTURA VC GANHOU UMA FÃ,BEIJOS ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO,

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  12. Ótima! Aguandando proximo capítulos....

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