16 de outubro de 2013

A Filha do Chefe por Verônica Gomes

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A Filha do Chefe



Capítulo 1 - O Jantar


No aeroporto.
— Pai! — corria pelo corredor de desembarque.
— Filha, olha pra você. — ele a envolvia num abraço forte — Cadê a minha menininha?
— Ela ainda continua aqui, só que cresceu. — ela disse se afastando um pouco dele.

Eles saíram do aeroporto e foram pra casa. Lá houve uma festa também. Ela só contou aos pais o que eles queriam ouvir, nunca a verdade. Há sete anos longe de tudo que podia controlá-la, decidiu viver sua vida da melhor forma possível, através de festas até altas horas, regadas a noites de muito prazer e bebidas. Imagina se seus pais ficam sabendo dessas ‘festinhas’, principalmente seu pai, ia pirar.
— Vou oferecer um jantar para apresentá-la!
— Pai, é preciso mesmo?
— Só são alguns amigos íntimos, e uma ou duas pessoas da empresa! — adorava se exibir, mas pensava que aquela seria a pior festa de sua vida.
— Tudo bem, como o senhor quiser!


-x-


Naquela noite.
— Filha, você está linda! Como se isso fosse impossível... — sua mãe disse ao entrar no quarto e vê-la. — Todos estão a sua espera. Os convidados já chegaram.
— Eu já vou! — falava sem um pingo de emoção na voz. — Aposto que só tem velho lá embaixo! — reclamava quando sua mãe saiu do quarto e deu uma última olhada no espelho.
Quando ela apareceu no topo da escada, a festa literalmente parou para olhá-la. estava divina em um vestido preto de cetim, curto, que marcava bem suas curvas. Ele continha um decote em “v” profundo nas costas e seus cabelos estavam presos em um perfeito rabo de cavalo.
— Olhem, não é a coisa mais linda que vocês já viram? — seu pai estendia a mão pra ela enquanto ela descia os últimos degraus.
— Os pais sempre são exagerados! — ela falou dando um beijo e um abraço nele. Seus olhos percorreram toda a sala. Seu pai orgulhoso da filha desfilava ao seu lado e a apresentou a todos, até que eles chegaram diante de um jovem.
“Até que enfim!” — foi seu pensamento. Ela o olhou de cima a baixo. Era um moreno alto de olhos castanhos e muito e simpático.
, esse é Taylor Lautner, meu assistente e meu braço direito na empresa.
— Muito prazer, Sr. Lautner!
— O prazer é todo meu, senhorita !
. Me chame apenas de . Não sou chegada a tanta formalidade como meu pai! — ela trocava olhares com o rapaz, olhares esses carregados de segundas intenções.
— O jantar está servido! — anunciou a Srª. .
se sentou em frente ao rapaz, dois lugares depois de seus pais (eles queriam que ela ficasse perto deles, mas ela fez questão de se sentar em frente a Taylor, dando uma desculpa qualquer que seus pais concordaram). A todo o momento ela o provocava através de olhares e em certo momento chegava até a roçar a ponta dos seus dedos em sua perna, por baixo da mesa. Ele parecia que também estava gostando da brincadeira, até que ele fechou as pernas, obrigando a parar.
— Aconteceu alguma coisa, minha filha? — seu pai perguntou.
— Não pai, não foi nada! — ela respondeu com um sorriso nos lábios e um olhar sério pra Taylor. Ele somente sorriu e levantou uma taça pra ela, isso a deixou com mais raiva. Virou pra mãe e disse:
— Mãe, a comida está ótima!

Após o jantar todos haviam passado para a sala. Ela aproveitou que ninguém prestava atenção e chegou bem perto dele e sussurrou em seu ouvido.
— O que foi aquilo? Eu pensei que o senhor estava gostando também. Eu não estou a sua altura, você não me acha bonita...?
— Me desculpe, senhorita . Lamento que eu tenha lhe passado essa impressão! — ela ia responder sua ironia, mas seu pai chegou bem na hora
— É bom ver que vocês estão se dando bem!
Ela olhou pro pai deu um beijo no rosto dele e depois sorriu.
— Claro, pai. Eu e o senhor Lautner vamos nos dar muito bem! — passou os olhos pra ele e perguntou. — Não vamos?
— Claro, por que não? — ele a respondeu com o mesmo sorriso irônico.
Depois disso ela não chegou mais perto dele, nem sequer olhava em sua direção. No final, quando ele se despedia de seus pais, ela fez questão de acompanhá-lo até a porta e ao abrir a porta, cochichou pra ele:
— Eu ainda não desisti!
— Você é louca! Tchau, boa noite. — Taylor soprou baixo as palavras em seu ouvido e então ele entrou no carro. ficou na varanda só observando.
— Senhor Lautner, eu ainda não acabei com o senhor. Querendo ou não, você vai ser meu! — ela falava com um sorrisinho maléfico como de alguém que ia aprontar.

N\A: Oi,meninas!!! Agora eu trago até vocês a fic que eu mais gostei de escrever, depois de Você é Assim, Mas Eu Te Amo. Uma sobre o Taylor, que eu acho que vocês vão curtir. Amei escrevê-la espero que vocês gostem de ler. Espero muitos comentários. Beijinhos e agora se deliciem. Boa leitura, amores!

Capítulo 2 - As amigas


Depois daquele encontro, não conseguiu dormir. Estava decidida em conquistar aquele homem e pra isso teria que ir atrás dele (seria a primeira vez, normalmente são os homens que vêm ao seu encontro). No dia seguinte foi até a empresa de sua família. Quando pequena foi até lá uma vez, mas nunca mais voltou. Não era aquilo que chamava sua atenção.
— Aquela não é ? — perguntou uma garota a outra assim que ela saiu do carro.
— Meu Deus, é você? — falou outra chegando mais perto.
— Jessica, Natalia e Fernanda! — disse Natalia apontando pra cada uma. — Você está linda, nem reconheci!
— Ah, lógico que eu me lembro de vocês. Sétima série, as trigêmeas. Como vão?
— Bem, mas você parece melhor!
— Você sumiu?
— Trabalho. Agora sou modelo!
— Eu sabia! Você sempre foi a mais linda de todas nós! — elas eram colegas de escola. sempre estudou nas melhores escolas do mundo e essas três patricinhas são suas colegas.
— O quê você está fazendo aqui? — Jesse perguntou.
— Eu vim na empresa de meu pai! — as três começaram a rir.
— Se eu me lembro, você odiou na primeira vez que veio aqui. — Nanda disse rindo. — O que aconteceu?
— Nada! É meu patrimônio também, tenho que cuidar do que é meu. — as três irmãs olharam com um cara de desconfiança pra ela. — Hey, por que essas caras?
, conte outra! Nós te conhecemos muito bem. E depois, desde quando você se interessa por números, reuniões chatíssimas e intermináveis? Você odeia tudo isso, acha a maior chatice!
— Tá bom, eu não vou mentir pra vocês. Ontem, no jantar...
— Espera aí, você deu uma festa e não nos convidou? — Natalia reclamava por não ter sido convidada.
— Isso foi coisa do meu pai, parece que estava tudo armado, eu só fiz concordar, vocês sabem como é o senhor Nicolas. E depois vocês não iam gostar, só tinha velho. — ela riu ao se lembrar de algo e completou. — Quer dizer, havia alguém bastante interessante! — elas já haviam se dirigido ao café próximo dali.
— Quem? — as três perguntaram em um coro.
— Taylor Lautner, o assistente do meu pai! — ela respondeu escondendo um sorrisinho atrás da xícara de café. As três abriram a boca e ela perguntou: — O que, vocês o conhecem?
— Tá brincando, né! — Nanda pulava da cadeira (não literalmente) e continuou: — Ele é simplesmente o solteiro mais cobiçado do país, quem sabe até do mundo!
— Vocês estão exagerando.
— Se vê que você passou muito tempo longe! — agora Jesse falava. — Esquece, . Ele é inacessível, só pensa no trabalho!
As amigas dela tentaram convencê-la a deixa-lo para lá e esquecê-lo, mas não era esse tipo de garota, gostava de desafios e ele parecia um perfeito desafio. "Inacessível, ninguém é totalmente inacessível nesse mundo.” Ela pensou, terminando seu café.



Capítulo 3 - A visita


Após sair do café, ela se dirigiu a empresa do pai que ficava ali a algumas quadras.
— Senhorita , não sabia que já havia chegado! — disse a recepcionista vindo ao seu encontro assim que ela saiu do elevador ( não lembrava o nome dela, mas era sempre simpática).
— Cheguei ontem. Meu pai está ai?
— Sim, mas ele est... — ela passava voada e ia entrando na sala sem ser anunciada. Ao adentrar a sala como um furacão ela o viu, ele estava lindo num terno azul marinho que contrastava com a cor de sua pele. Seu pai lhe tirou de seu devaneio.
— Algum problema, querida?
Ela passou por ele sem olhá-lo.
— Por que haveria de ter algum problema? Não posso visitar meu pai no local de trabalho dele? — ela falava olhando para Taylor enquanto abraçava o pai. — Nossa, eu quase me perdi no caminho pra cá! — Taylor e seu pai tentavam esconder um sorriso. — Essa cidade mudou muito desde a última vez que andei por aqui! Eu também encontrei as trigêmeas. Lembra, pai? Aquelas patricinhas chatas... Mas confesso serem bem úteis se você quer se manter informada. — ela deu de ombro, dizendo a última frase no ar. estava sentada na mesa do pai de costas pra ele. — Ai desculpa, espero não estar atrapalhando nada.
— Agora não mais! — Taylor a respondeu e sua voz continuava linda. teve que se esforçar pra não pular em cima dele ali na frente do pai.
— Me desculpem, não era mesmo minha intenção, eu vou deixar vocês em paz! — ela disse indo em direção à porta.
— Tudo bem, querida! — seu pai levantou e beijou sua testa. — Nós já havíamos acabado mesmo, não é senhor Lautner?
— Sim senhor! — ela olhou pra ele e deu um sorriso maroto que pra surpresa dela foi retribuído. Então ele saiu da sala e ela ficou conversando com o pai. Horas depois quando ela já ia saindo, passou em frente a sala de Taylor e a porta estava aberta, num convite o qual ela aceitou. Ele estava sentado em sua mesa virado pra janela falando ao telefone com alguém que ela nem se deu o trabalho de saber quem era. Fechou a porta e ele se virou pra ela.
— Eu falo com você mais tarde, senhor Tomas! — e pôs o fone no gancho com certa raiva. — Ele era um cliente importante para seu pai, sabia?
— Eu lamento por isso! — ela caminhou até ele e o cercou na cadeira segurando nos dois lados aproximando seu rosto do dele — Sabia que você fica mais bonito quando está com raiva?
— E você é maluca, sabia? — ele falava sobrando o ar dentro da boca dela devido a aproximação deles. E ela confirmava mordendo seu lábio inferior. Ele a pegou pelos braços e conseguiu afastá-la. — Já pensou se seu pai entra aqui de repente?
— Não se preocupe com meu pai. — ela se sentou na cadeira em que ele estava, fingindo estar lendo algo. — Se ele aparecer, eu livro a sua e a minha cara! — começou a ir em direção a ele. — Eu pensei que você gostava de correr riscos. — ela o abraçou por trás.
— Eu gosto de trabalhar aqui e não, eu não gosto de correr riscos! — ele a puxou pela mão para posicioná-la na frente dele. — Ainda mais com a filha do chefe! — eles se olharam por um minuto.
Ela passou os braços ao redor do pescoço de Taylor se aproximando de sua boca e disse :
— Tá bom, mas pense bem, senhor Lautner. Tecnicamente você trabalha pra mim! — deu um selinho nele e virou pra porta, deixando Taylor com muita raiva e sem fala.
— Oi, querida. Eu pensei que você já havia ido. — ela encontrou o pai ao sair da sala de Taylor.
— Vou agora, estava dando uma palavra com o senhor Lautner! — ela olhou pra ele, que a encarava sério. — Algum recado pra mamãe? — ele a respondeu negativamente, ela se aproximou deu um beijo no pai e saiu.

N/A: Que bom que vocês gostaram, uma fic com o caramelo mais disputado do pedaço kkkkkkkkkk Mas aqui você finge que ele é só seu, ok? Dois capítulos espertos.
Beijos, obrigada pelos comentários e continuem comentando, comentários nunca são de mais.

Capítulo 04 – Apaixonada quem, eu?


Dias se passaram e não voltou à empresa do pai e toda vez que ela o via, fingia que ele não existia (mas a sua real vontade era de se jogar em cima dele ali mesmo). Seu pai decidiu passar a trabalhar em casa, assim o via a toda hora. Mas ela havia mudado sua tática pra conquistá-lo.
— Esse Sr. Lautner é um gatinho mesmo, você não acha, ?! — estava à beira da piscina com as trigêmeas.
— Você perguntou alguma coisa, Jess? — ela se fez de desentendida.
Jessica tirou os óculos e olhou pra ela com um olhar de espanto.
— Como assim? O cara praticamente mora na sua casa e você nem liga!
— Ai gente, eu acho ele bonito, mas e daí?
E daí?! — as três falaram juntas. Nanda olhava para ela balançando a cabeça de um lado ao outro, dizendo:
— Definitivamente você não está bem, . Qualquer garota dessa cidade dava um braço, senão o corpo inteiro, pra ficar assim tão perto dele e você diz e daí! Acabei de confirmar, você não é a mesma!
se sentou, tirou seus óculos, olhou pra Nanda e respondeu:
— Eu continuo a mesma, só que cansei dele. — ela dava de ombros e recolocava os óculos e se deitou de novo, de repente levantou meio corpo e completou. — Vocês mesmas disseram que ele era 'inacessível’. Eu não costumo correr atrás de caras assim e depois o cara é muito arrogante, prepotente, ele se acha! — as três abriram a boca em um perfeito "ó", não acreditando no que ela falava.
— Pra mim ele pode ser tudo o que ele quiser, que mesmo assim continua sendo 'um deus grego!' — revirou os olhos com a declaração da amiga e se deitou de novo.
— Será que podemos falar de outra coisa? — ela falou num tom irritado, as amigas ainda riam do que Nat tinha dito quando Nanda virou pra ela e 'soltou a bomba':
— Hi, acho que tem alguém aqui apaixonadinha! — e as três começaram a rir.
— Vocês estão falando de quem? — as três apontaram pra ela , que se levantou com raiva e disse — Vocês estão é ficando loucas, nem em sonho eu ia me apaixonar por... um cara feito ele, isso nunca aconteceu e não vai ser agora, ainda mais com ele! — tirou os óculos e completou, preparando para dar um mergulho. — Acho melhor saírem do sol, não está fazendo bem a vocês!
As amigas caíam na gargalhada.


Capítulo 05 – Tragédia


Aquela conversa a beira da piscina tinha mexido com ela, não queria em hipótese alguma cogitar a ideia de estar começando a sentir alguma coisa por ele, mas havia alguma coisa.
Era domingo e como sempre estava acontecendo outra reunião. Lautner e o Sr. estavam reunidos no escritório a portas fechadas fazia horas.
— Mãe, você sabe por que dessa reunião? Papai não disse que ia dar um tempo? — sentou na bancada da cozinha de frente pra mãe mordendo uma maçã.
— Não sei , seu pai anda muito estranho ultimamente! — senhora preparava uma bandeja pra levar para os dois no escritório.
se ofereceu em levar.
— Toc toc! — ela simulou as batidas na porta. — Espero não estar atrapalhando nada dessa vez! — os dois pararam de falar na mesma hora.
— Não querida, pode entrar! — disse seu pai.
— Eu pensei ter ouvido o senhor dizer que ia dar um tempo nessas reuniões. — ela perguntou ao pai botando a bandeja na mesa. Seu pai lhe explicou que era um reunião de emergência. Seu pai a olhou de cima abaixo.
— Filha, que roupas são essas?
— O quê? — estava só de biquíni com um camisetão tipo saída de praia transparente por cima. — Ah é... — ela virou pro Taylor e perguntou — O senhor se importa? — ele fez que não com a cabeça dando de ombros, mudando o assunto.
— O que foi, a senhorita está cansada de mim? — Taylor ironizou.
— Não é isso, senhor Lautner. É que eu me preocupo com meu pai e ultimamente tenho notado que o senhor não está bem, até a mamãe já percebeu isso, se eu puder ajudar!?
O pai dela levantou e deu um beijo na testa dela.
— Obrigado por se preocupar, querida!
— Você entende alguma coisa de números? — se revirou de raiva por dentro com a pergunta, mas respondeu com um sorriso.
— Talvez eu não seja uma 'expert em números' como o senhor, mas eu estudei nas melhores escolas do mundo, conheci muitas pessoas importantes, então acho que sim, sou capaz de entender um pouquinho! — ele simplesmente fez um biquinho e balançou a cabeça e ela pegou a bandeja que estava sobre a mesa, se colocando a disposição do pai. já ia saindo quando se lembrou de algo. — Ah senhor Lautner, minha mãe mandou perguntar se o Sr. irá ficar para o almoço?
Ele continuou olhando pros papeis em sua mão, mas respondeu.
— Diga a senhora que eu agradeço o convite, mas eu não vou poder ficar, tenho um compromisso inadiável!
— Tudo bem, eu direi a ela. Com licença!
Horas mais tarde ela o viu saindo na companhia de seu pai e correu até eles.
— Pai, pode deixar, eu levo o senhor Lautner até seu carro! — os dois foram em silêncio até o portão. — Então, compromisso inadiável? — ela segurou na porta do carro dele.
— Isso não é da sua conta! — ele entrou no carro e puxou a porta.
Ela se abaixou na altura da janela.
— Foi só uma pergunta, não precisa ser grosso! — ele olhou pra ela e deu um sorrisinho de canto de boca e arrancou com o carro.
À noite em seu quarto começou a pensar nele. Será que as garotas estavam certas?, ela pensou enquanto se preparava pra dormir. NÃO! Não aquele grosso, estúpido e... De repente ela ouviu sua mãe gritar e correu até o quarto dos pais, ao chegar lá viu sua mãe aos prantos ao lado do corpo de seu pai estendido no chão do banheiro. Ela entrou em pânico e a única pessoa que ela pensou em ligar foi para Taylor.
Quando ele chegou já havia ambulância e policia em frente à casa.
— Desculpa por ter te chamado assim, você foi a única pessoa que eu consegui lembrar... na hora. — chorava de soluçar e ele a abraçou.
— Tudo bem, você fez bem. Agora, onde está sua mãe? — ela apontou pra dentro da casa e os dois entraram. E na hora que eles estavam entrando passaram pelo corpo que estava numa maca sendo carregado por dois enfermeiros, ele estava coberto por um lenço branco, ela virou o rosto.
Ele tomou todas as providências daquela noite, inclusive passou a noite na casa.



Capítulo 06 - Enterro


— Eu queria te agradecer por tudo que você está fazendo pela gente... — ele me interrompeu dizendo:
— Não precisa, . Eu gostava do seu pai, gosto da sua mãe e... gosto de você também! — dei um sorriso de leve. Talvez se ele me dissesse isso em outra circunstância poderia encarar isso como uma cantada, mas não ali, não naquela hora no meio do cemitério.
— Deixa eu terminar... — pedi. — Você largou a sua vida só pra cuidar da gente, se não fosse por sua ajuda... — olhei pra minha mãe que mais parecia um zumbi e tornei olhar novamente pra ele. Meus olhos estavam repletos de lágrimas e meu rosto todo molhado. — Eu não sei há quanto tempo você está ao lado da nossa família, mas agradeço por todo esse tempo! — ele então me abraçou forte e eu a ele.
— Só pra você saber, seu pai se orgulhava muito de você! — quando ele disse isso enterrei mais o rosto em seu peito e comecei a chorar ainda mais, então disse em meios aos soluços um "obrigada".
Alguém nos chamou, era hora do adeus final. Apesar daquela situação triste, me sentia bastante confortável ao lado dele, arrisquei até a segurar a sua mão. Olhava pra minha mãe que estava aos prantos e sendo amparada por minha tia e chorava também. Taylor apertou ainda mais a minha mão e sussurrava no meu ouvido "força". Eu olhava pra ele e sacudia a cabeça e arriscava um sorriso que quase sempre não saía.


Mais tarde amigos e familiares se reuniram na nossa casa para uns comprimentos de pêsames, foi quando eu reparei em três senhores de terno. Eu já via visto aqueles homens, mas não os reconhecia, eles discutiam com Taylor desde o cemitério.
— Com licença! — me levantei e minha mãe, que estava segurando a minha mão, a apertou me segurando no lugar. Olhei pra ela e disse: — Eu só vou ali falar com o senhor Taylor, ok. Volto já! — eu sorri pra ela e acenei pra minha tia assumir o meu lugar ao lado dela, então fui em direção deles e perguntei. — Desculpa, aconteceu alguma coisa?
! — Taylor me puxou pro meio da roda e me apresentou ao grupo. — Senhores, essa é a senhorita ! — os homens esticaram as mãos para me cumprimentar e eu fiz o mesmo. — Esse são os sócios de seu pai, você já deve ter visto algum deles aqui ou na empresa?!
— Sim, eu já os vi! Eu posso ajudar? Algum problema? — eu olhava de Taylor para os homens.
— Queremos saber como vai ficar a situação da empresa, agora que seu pai não está mais entre nós. — disse um dos sócios.
— Eu disse pra eles que aqui não é hora nem lugar pra isso, podemos resolver isso mais tarde! —Taylor sussurrou no meu ouvido.
— Mas senhor Lautner, precisamos de uma resposta o mais rápido possível. — disse um outro homem, o mais novo dos três. Olhei pra eles confusa e disse.
— Eu não sei que resposta vocês querem, mas, por favor, respeitem a minha mãe. Aqui não é lugar pra isso! — os três se desculparam e então eu concluí. — Queiram me acompanhar até o escritório? — virei de costa e todos me seguiram, ao passar por minha mãe eu lhe joguei um beijo e soltei um "eu te amo" bem baixinho.
Ao chegarmos no escritório:
— Sentem-se, por favor! — apontei as cadeiras aos três homens e me dirigi até a cadeira do meu pai. Quando pequena ficava observando-o sentado aqui nessa cadeira tão imponente, mas nunca imaginei que um dia me sentaria aqui, não desse jeito. Falava com uma voz firme, igual ao do meu pai ao lidar com os negócios. — Agora me digam o que está acontecendo, que resposta é essa que os senhores tanto querem?
Eles me explicaram tudo, colocando várias pastas na minha frente. Me mantinha calada e nas vezes que eu não entendia, eu olhava pra Taylor e ele me explicava ou até mesmo ele respondia por mim. Eu os interrompi e perguntei:
— Vocês estão me dizendo que as empresas estão entrando em falência e pra gente não entrar em ruína total teremos que vendê-las e vocês estão pedindo minha autorização?
— Isso mesmo! — disse um dos homens.
— Todas? — eles acenaram com a cabeça. — NUNCA! Não essa! — eu apontei pra pasta onde dizia "matriz". — Eu não me importo com o que vocês farão com as outras, mas essa eu não vou vender!
— A senhorita estava indo tão bem nessa pose de executiva, mas eu já vi que nem toda ajuda do mundo a senhorita seria uma. Por que não volta pro seu mundinho fashion?! — zombou um dos sócios. Imediatamente fechei a cara, minha vontade era de voar em cima dele, mas preferi usar a sabedoria de meu pai que dizia "Nessas ocasiões sempre se mantenha fria!" e muito calmamente me levantei fui em direção a porta, a abrindo dizendo.
— Senhores, o senhor Taylor me irá me por a par de tudo e nos veremos em breve! — com certeza meu humor, antes não tão bom, agora não era um dos melhores para dar continuidade a uma reunião tão importante assim.
Quando saímos do escritório, todos na sala já haviam ido embora. Minha tia ia levar minha mãe pra casa dela.
— Querida, tem certeza que vai ficar bem?
— Tenho sim, vai com a tia. A senhora precisa, eu ainda tenho umas coisas pra resolver aqui!
— Você vai ficar aqui sozinha?
Taylor saía do escritório, me dando um tremendo susto.
— Se quiser eu posso lhe fazer companhia!
— Ah, por que você não me fez essa proposta antes? — eu cheguei mais perto dele. — Desculpa, eu me esqueci totalmente de você. Eu adoraria sua companhia mais que tudo, mas hoje não... Eu quero ficar sozinha.
Ele insistiu, mas eu sinalizei com a cabeça e abri a porta pra eles dizendo.
— Eu preciso pensar um pouco! Até amanhã, senhor Taylor! — dei um beijo em seu rosto, me despedi da minha mãe e da minha tia e entrei me jogando com força no sofá e depois de tanto chorar acabei adormecendo ali mesmo.

N\A: Terminando de escrever o capítulo foi que eu notei uma coisa: A fic estava sendo toda escrita na 3º pessoa sendo que ela é interativa, ou seja pra gente se senti no lugar da pp então eu decidi corrigi passando ela pra primeira pessoa, talvez eu ate esteja errada ou só eu que prefira assim, mas afim de proporcionar uma melhor leitura a todas, eu resolvi mudar. Pra mim faz muita diferença e vocês, o que acharam?
Beijos e não deixe de comentar porque a diversão está por vir. As coisas vão esquentar bastante!

Capítulo 07 - Verdades


Depois desse dia, Taylor passou a ser um pouco mais agradável comigo e eu com ele. Ele me ligava todos os dias ou vinha até aqui só pra gente conversar, era só mesmo isso que a gente fazia, no máximo ele me emprestava o ombro pra que eu pudesse chorar. A minha mãe estava passando uns dias na casa de alguma de suas irmãs. Ainda não tinha coragem de ir até a empresa, quem estava na frente de tudo era Taylor, mas eu pedi a ele que me explicasse todos termos e os números dos negócios. Um dia antes da reunião que decidia a venda das empresas, estávamos reunidos na minha casa em cima de uma "pilha" de papeis.
— Acho que nunca vou entender isso! — eu olhava pros cálculos colocando a mão entre os cabelos. — Podemos parar um pouquinho?!
— Você não quer assumir os negócios do seu pai?
Eu estava prestes a responder quando o telefone dele tocou mais uma vez naquela tarde.
— Atende, vou pegar alguma coisa pra beber, quer? — ele acenou com a cabeça e eu saí e logo ele atendeu. Não era costume meu ouvir a conversa dos outros, mas estava curiosa pra saber quem ligava tanto pra ele e ele se derretia todo ao falar. Eu fiquei ali escutando por um tempo. Beatriz era o nome da mulher com quem ele falava, uma namorada ou até a mulher dele, eu pensei. Ele era muito discreto sobre sua vida pessoal.
— Aqui está, suco de laranja, seu preferido. Estou certa? — imediatamente ele desligou o celular, mandando um beijo de despedida. Me encostei sentando na mesa a sua frente lhe passando o copo de suco e comecei assim como quem não quer nada a falar. — Sabe Taylor, eu percebi uma coisa: Eu não sei nada sobre você, você trabalha há tanto tempo pro meu pai, praticamente vive na nossa casa e não sabemos nada sobre você. — ele apertou os olhos, me olhando com desconfiança.
— E o que você quer saber exatamente?
Ah o básico, onde você mora? Com quem você mora? — me virei, coloquei o copo em cima da mesa e olhei pra ele lhe perguntando o que realmente eu queria saber. — Quem é Beatriz? — ele riu e eu continuei. — Não que seja da minha conta, mas é que ela liga tanto. Por acaso é alguma namorada?
— Ah, é isso que você quer saber! — ele pôs o copo ao lado do meu, se ajeitou mais na cadeira e concluiu sério e categórico. —... Não, ela não é minha namorada, eu não tenho namorada, só tem uma mulher na minha vida!
— Quem? — perguntei já enciumada. — Então você é casado?
— Não... — respondeu rindo. — Beatriz é minha filha! — disse todo orgulhoso.
— Você tem uma filha? — falei totalmente surpresa. —... Isso sim é uma surpresa! — passei pra cadeira ao lado dele, Taylor pegou a carteira no bolso pra mostrar uma foto da menina. — Ela é linda, se parece com você. Quantos anos ela tem? — disse lhe entregando a foto.
— Seis! — ele respondeu mais orgulhoso ainda enquanto guardava sua carteira e me contava toda a sua vida de antes de conhecer meu pai. Ficava o observando encantada com o modo que ele falava da filha. Taylor me tirou de meu devaneio particular. — Agora é sua vez!
— De?
— Eu também sei muito pouco sobre você. Me conta, por que você é assim?
— Assim como?
Ele dizia que eu não era igual às outras meninas que ele estava acostumado a lidar, era mais do tipo "louquinha" como ele mesmo costumava dizer.
— Por que você fala e faz essas coisas? É pra chamar a atenção ou o que? — na hora gelei com a pergunta, não queria que ele soubesse da verdade, mas depois endireitei mais meu corpo na cadeira, limpei a garganta e comecei:
— A história é longa... — eu tentava sorrir, mas não conseguia. — Mas eu vou tentar resumi-la toda pra você. — respirei fundo e recomecei. — Você sabe que eu não sou filha legítima da Sarah e do Nicolas — ele fez um gesto negativo totalmente surpreso e eu sorri de novo. — Pois é, eu não sou filha deles. Eu fui abandonada pela minha mãe quando tinha apenas um ano de vida, eu não conheci meu pai e no primeiro orfanato em que fui morar no começo eu era tratada muito bem. Depois quando eu completei dez anos, tudo mudou. Já não tinha tantas regalias assim e um dia junto com outras consegui fugir, mas a polícia conseguiu nos achar e eu fui parar em outro orfanato bem pior que o primeiro. — parei, abaixei a cabeça olhando para minhas mãos em meu colo. Taylor me incentivou a continuar e foi o que eu fiz. — Uma noite, um funcionário entrou no dormitório das meninas... — os meus olhos se encheram de vergonha, então eu levantei e caminhei pra longe dele.
— E vocês não contaram pra ninguém? — eu dei uma risada irônica e me virei pra ele.
— Até que tentamos, mas em quem você acha que eles iam acreditar? Num bando de meninas órfãs ou num funcionário patrão pai de família?!
— E depois o que aconteceu?
— O óbvio. Eu fugi mais uma vez, desta vez sozinha, foi quando eu encontrei a Sarah e o Nicolas. Estava com fome e resolvi assaltá-los. Em vez de me levarem pra uma delegacia, a S.rª me levou pra casa, cuidou de mim e eu pude sentir o que é ter uma família. É isso, essa sou eu, agora cheg... — eu virei pra ele e quase o beijei de tão perto que ele estava de mim. Nos encaramos por um minuto e estava prestes a beijá-lo quando o seu celular tocou novamente. Nós dois demos um passo pra trás.
— Desculpa! — ele disse todo envergonhado.
— Deve ser sua filha! — eu disse indo pra trás da mesa fingindo organizar alguns papeis. — Diga a ela que eu estou lhe mandando um beijo! — Taylor acenou e atendeu o telefone.
Depois de alguns minutos, ele desligou.
— Hoje é dia de ir ao cinema e ela já está impaciente. Ela também lhe mandou um beijo! — sorri ainda um pouco tímida e me lembrei dos compromissos inadiáveis de domingo.
— Domingo! Pode ir, filhos zangados às vezes são piores que namoradas zangadas! — eu disse num tom de brincadeira. — Ainda tenho que terminar de entender isso para manhã!
— Desculpa, você entende, né? Filhos, sabe como é. Mas se você quiser, eu... — acompanhou Taylor até a porta.
— Nem pense nisso, tem uma garotinha à sua espera e depois eu não quero ser acusada de nada! — disse brincando e nós dois rimos.
Mas antes de sair, ele perguntou.
, eu só não entendi uma coisa. Qual é o "lance" com a matriz? Por que você se opôs a vendê-la e já com as outras...? — respondi num tom calmo e baixo de mais.
— Foi com ela que tudo começou, o império . Meu pai dizia que aquela empresa era "a menina dos olhos dele"!
— Agora vai, senão ela te mata e de sobra a mim também, por te segurar aqui. Até amanhã, Taylor!
Fiquei observando ele sair com o carro e quando ele saiu da propriedade, disse olhando seu carro indo longe:
— O que está acontecendo com você, ?

Capítulo 08 - Reunião


- Senhorita , que surpresa ver a senhorita aqui! - disse a secretária.
- Bom dia! - a cumprimentei e já ia passando direto por ela quando resolvi voltar e perguntar o nome dela.
- É Eliane! -a senhora respondeu com um sorriso.
- Dona Eliane, você a partir de agora vai me ver muito por aqui! - segui pra sala de reunião onde estavam todos sócios, os compradores e Taylor, que agora era o representante legal da família .
- Bom dia, senhores! - eu entrei na sala com toda atitude e uma pose séria. - Não, não precisam se levantar! - disse isso porque ninguém se levantou, pelo contrário, ficaram se olhando, só Taylor que deu um meio sorriso pra mim. - Podem continuar, por favor! - me sentei ao lado de Taylor.
- Eu pensei que você não vinha! - ele cochichou pra mim.
- Desculpa, o relógio não despertou! - sussurrei de volta.
- Então você precisa de um novo a partir de agora! - sussurrou em meio ao que parecia um sorriso leve.
A reunião seguiu tranquila, sem mais interrupções, até que chegou o momento de passar as empresas pra mão de outros, então me levantei e os interrompi.
- Eu sei que os grupos estão passando por dificuldades e é por isso que estamos aqui hoje e sei também que a parte a parte maior que cabe a minha família... - resolvi deixar bem claro isso. -... Está sendo bem representada aqui, inclusive legalmente pelo Sr. Lautner, e eu, como meu pai fazia, confio totalmente nele... -Taylor agradeceu baixinho. Eu era firme nas palavras. Eu olhei pras pastas a minha frente e disse: Eu tinha dito isso na ocasião do enterro do meu pai, mas ao que parece não foi respeitada... - eu olhei pros sócios que estavam naquele dia e eles abaixaram a cabeça e continuei apontando pra pasta. - Essa eu não vendo! - todos na sala me olharam estranho.
- Mas é justamente essa que está nos dando tanto trabalho! - o contador da empresa disse.
- Não me importo, eu não vendo!
- Se vê logo de cara que a senhorita não pertence ao mundo dos negócios! - disse um dos compradores rindo e completou com muita ironia. - Quem irá assinar os papéis será o senhor Taylor. Lamento, ele é o representante legal da empresa, estou certo? Portanto é ele quem tem que decidir isso! – Taylor o interrompeu.
- E se eu não quiser assinar? - ele se levantou, eu olhei pra ele. Só se ouvia o burburinho quando ele disse isso. - Eu acho a senhorita muito capacitada pra ficar no lugar do pai... - agradeci em silêncio e ele completou. -... Aliás, eu só estou aqui hoje à frente de tudo por se tratar de um pedido especial dela e de seu pai se estivesse aqui!
Eu ainda tinha dúvida se ele ia ficar ao meu lado ou não, mas Taylor estava seguro do que dizia e me passava essa segurança também.
- Senhor Lautner... - um dos advogados da empresa ia começar a falar, mas o interrompi repetindo o que um dos compradores disse.
- Quem irá assinar é o senhor Taylor. Lamento, mas e ele é o representante legal, portanto ele decide! - completei. - Ainda não estou totalmente inteirada de tudo o que se passa aqui. Tive pouco tempo pra isso, mas prometo que nada irá mudar, pelo contrário, eu e meu vice...- olhei pra ele e pus as mãos no ombro de Taylor - Vamos reerguer a empresa!
- É isso que você deseja? - ele disse olhando pra mim.
- Você merece mais que qualquer um aqui e aposto que meu pai iria ficar muito satisfeito com minha decisão! - olhava nos olhos dele e por um momento até esquecemos dos outros na sala, até ouvir alguém pigarrear.
- Podemos saber como a senhorita e o senhor irão fazer isso?
- Ainda não sei, mas daremos um jeito. - respondi olhando os rostos na sala.
- Pelo visto ela fez a cabeça do senhor direitinho! - começou o senhor Silva, um dos empresários que iria comprar parte da empresa que eu não quis vender.
- Eu não sei o que o Sr. está insinuando, senhor Silva! - Taylor se levantou exaltado. Estava pronto pra ir na direção dele, também fiquei com ódio daquele senhor, mas uma briga agora não ia ajudar em nada, então segurei seu braço e fiz uma negativa com a cabeça. Me virei pra sala e disse.
- Em breve todos que trabalham aqui receberão um memorando com as novas mudanças. Senhores, a reunião está encerrada! – eu disse ainda segurando o braço de Taylor, os homens saíram sob protestos.
- IDIOTA! - ele ainda estava muito exaltado.
- Concordo inteiramente com você. Um belo de um idiota! - estávamos sozinhos na sala e sentei de novo. - Mudando de assunto... Taylor, você não acha que isso merece uma comemoração? - ele sentou do meu lado.
- O que sugere?
- Ah não sei, talvez... - eu escolhia as palavras pra falar. - Talvez mais tarde você possa passar na minha casa, aí a gente podia sair pra jantar, ver um filme... Sei lá!
Taylor concordou com um belo sorriso no rosto, então combinamos um horário.

Capítulo 09 - Comemoração


Taylor já ia tocar a companhia da minha casa quando a porta se abriu.
- Ah, você deve ser o senhor Lautner? tá lá em cima se arrumando, entre! - a minha tia ia saindo. - O senhor me desculpe, eu não vou poder ficar mais, eu preciso ir, mas fique à vontade. Minha sobrinha irá descer logo!
Ele entrou e depois de quase meia hora de espera, Taylor resolveu subir e ao chegar no topo da escada, ouviu vozes vindas do meu quarto - eu adorava cantar junto com o rádio, ainda mais se estava feliz - ele riu.
Ele bateu na porta, mas eu não escutei, aí ele entrou e ficou me observando bailar pelo quarto.
- Taylor! - ao me virar, levei um baita susto ao vê-lo parado na porta. - Você tá aí há muito tempo?
- Acabei de chegar... - ele mentiu - Sua tia abriu a porta pra mim, aliás, ela me fez sentir um velho com todos aquele “Senhor”. Você tem uma voz bonita! - ele disse me deixando envergonhada, mas eu não devia ficar.
- Obrigada e lamento pelos “senhores” da minha tia. Ela só veio pegar algumas coisas pra minha mãe, ela vai ficar mais um tempo com ela, por isso que me atrasei! - foi aí que me dei conta do que vestia. Trajava só calcinha e um blusão com estampa de um time de futebol, que era do meu pai e me servia como vestido, corri para o closet.
- Me desculpa, eu que cheguei cedo! - ele ainda estava na porta me observando, até que ele me chamou e eu saí pra escutá-lo. - , eu cheguei mais cedo pra gente conversar... - fomos interrompidos pelo celular dele, mas ele tirou do bolso e colocou sobre a cômoda.
- Não vai atender? Pode ser importante! - ele se aproximava de mim e meu coração começou a disparar.
- Aposto que não é nada demais. - ele se aproximou mais de mim, encarando fundo meus olhos e eu os dele.
- Taylor, eu... - ia me desviar do cerco dele quando ele segurou meu braço, me arrepiando toda com o seu toque. Caramba, estava totalmente apaixonada e não sabia o que fazer.
Ele me puxou pela cintura pra colar seu corpo ao meu, que claro fui sem reclamar, nossos rostos estavam tão próximos que ambos podíamos sentir a respiração um do outro, a minha mais acelerada que a dele. Seus olhos estavam fixos no meu e desciam até a minha boca, que por sua vez salivava ansiosa até que surgiu um beijo que no começo era calmo, até demais, mas foi se transformando, o ritmo se tornando intenso. Nossas línguas travavam um batalha feroz sem vencedores, eu tirei o paletó dele e ele minha blusa e foi me arrastando até uma espécie de mesinha que ficava ao lado da minha cama. Ele me ergueu ficando entre as minhas pernas. Taylor agarrou o meu cabelo da nuca forçando minha cabeça pra trás. Ele beijava meu pescoço descendo até meu colo, sugando um dos meus mamilos. Impulsionei meu corpo pra frente gemendo, desci as mãos até a fivela de seu cinto e desabotoei suas calças, a deixando escorregarem por suas pernas e revelando uma linda boxer preta, mordi os lábios ao ver. Retornamos a nos beijar e sem quebrar o beijo, Taylor me pegou no colo e me deitou sobre a cama.
O movimento de nossos corpos refletiam mais do que simplesmente desejo carnal, em poucos dias nós dois tivemos que passar da antipatia que sentimos um pelo outro a momentos delicados e íntimos juntos. Eu perdendo o pai e ele um grande amigo que considerava também como um pai.
- Eu te amo, Taylor! - eu disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu também te amo! - ele disse beijando cada lágrima que escorria em meu rosto até alcançar minha boca e recomeçarmos a nos amar novamente.
Estávamos totalmente ofegantes, tentando encontrar o ar. Trocamos olhares e sorrisos cúmplices várias vezes, mas permanecemos em silêncio abraçados até que horas mais tarde Taylor perguntou:
- E agora? - me afastei dele olhando em seus olhos.
- Esse será o nosso segredinho! - selei esse momento com um beijo.


[...]


Escondemos de todo mundo o nosso relacionamento. Por várias vezes quase fomos pegos, mas no final nos saímos bem.

Capítulo 10 - Segredo


— Nem acredito que hoje faz um ano que estamos juntos! — estávamos num motel fora da cidade, o único lugar seguro onde poderíamos nos encontrar. Me encontrava sobre o peito nu de Taylor alisando-o, quando me sentei de repente o questionando mais uma vez. — Só não consigo entender por que não podemos contar pra ninguém. Eu confesso, no começo a ideia foi minha, mas as coisas mudaram, agora estamos juntos há algum tempo! — ele se sentou ficando de frente pra mim olhou em meus olhos e disse.
— Pela milésima vez, eu já te disse, é melhor assim! – aquela frase não me convencia mais e apesar de saber a resposta segui perguntando.
— Por quê?! Até quando vamos manter essa farsa? Taylor, eu tô cansada de esconder o que eu sinto por você. Você pensa que as pessoas não são capazes de perceber?!
— Se percebem ou não eu não sei, mas tomara que não!.
Dei um salto da cama enrolada aos lençóis furiosa e perguntei com a voz já trêmula.
— Você não me ama mais, é isso? — ele saltou da cama num pulo me abraçando forte por trás sussurrando ao meu ouvido.
— É claro que eu amo, eu te amo, sua boba! — ele beijou o meu pescoço. Senti um arrepio pelo corpo inteiro.
— Então por que você disse aquilo? — disse fazendo um beicinho, ele me virou roçando seu nariz no meu e disse.
— Sabia que eu adoro quando você faz essa carinha? — ele ia me dar outro beijo quando me desviei e me livrei do abraço dele, me afastando e fingindo estar brava.
— Não muda de assunto, Tay, encontro às escondidas num hotelzinho de quinta depois do expediente como se a gente fosse amante, você acha certo? Nem a minha mãe sabe da gente, quer dizer, eu acho que não!
— E você acha que eu gosto? Prefiro mil vezes o conforto das nossas camas... — ele se aproximou mais de mim. — Mas trabalhamos juntos!
— E daí?
— E daí?! Lembra meses depois que começamos a sair que alguém suspeitou apenas que estávamos juntos? — afirmei com a cabeça. — Aquele boato quase tirou você da presidência... — ele agarrou meu rosto e disse olhando nos meus olhos. — Amor, pensa se você sair, você acha que eles vão querer manter a empresa aberta?! — ele me abraçou novamente completando o raciocínio. — É claro que não! E qual seria a primeira coisa que eles iriam fazer?
— Vendê-la! — respondi suspirando pesado.
— Isso, vendê-la! E depois de tudo o que você fez, seu pai, pense nele!- então eu concordei com ele.
— Eu já sabia, mas você acha mesmo que eles fariam isso se soubessem?! - eu perguntei me afastando um pouco dele.
— Acho não, tenho certeza. Alguns não gostaram da ideia de você ficar no lugar de seu pai e impedir a venda... - ele estava em pé na minha frente com a mão na cintura sem nada cobrindo o seu corpo. Eu olhei pra ele e com um sorrisinho "travesso" mordi o lábios inferior e Taylor perguntou rindo também.
— O que foi? - me aproximei mais dele e disse baixinho.
— Você tem toda razão. Não sei o que faria sem você! — mordi a ponta da orelha dele e o ouvi gemer baixinho e com uma das mãos apoiadas em seu peito e outra segurando o lençol fui empurrando ele em direção à cama.
— Por hora, vamos nos concentrar em outra coisa! — empurrei-o com toda força contra a cama soltando o lençol que cobria meu corpo.
— Você é quem manda! -Taylor disse com um sorriso safado, se ajeitando mais na cama.

Saímos às cinco da manhã do motel pra dar tempo de ambos irmos até em casa trocar de roupa antes de voltar à empresa.
, é você?! - minha mãe desceu as escadas ao ouvir o barulho da porta.
— DROGA! - falei baixinho. — Ah, mãe, sou eu sim! - estava me odiando e cheia de vergonha por ter sido pega logo pela minha mãe como uma adolescente entrando em casa. — Eu pensei que você ia ficar mais tempo na casa da tia Rose! - eu passei por ela lhe dando um beijo na testa enquanto subia pro quarto e minha mãe me seguiu.
— Sua tia até insistiu pra que eu ficasse mais tempo, mas não queria te deixar mais tempo sozinha. É a sua vida também, estava sendo muito egoísta em pensar só em mim, ele era o seu pai também!
— Não se preocupe comigo, mãe, eu a entendo. Papai era muito importante pra você, mas eu tô bem! A empresa me toma quase meu tempo todo e Srª precisa de companhia! - já estava com a mão na maçaneta da porta quando ela veio com a pergunta.
— E quem lhe faz companhia? Onde você estava até a essa hora? Namorado novo? - encostei a cabeça na porta "e agora pense rápido!" e depois de um minuto respondi.
— Mãe, podemos conversar sobre isso depois? Tô atrasada pro trabalho! - fechei a porta sem deixar que ela tivesse chance para retrucar.
— Desculpa, mãe, Taylor tem razão. É melhor ninguém saber por enquanto, nem você! - disse baixinho encostada a porta.

Capítulo 11 - Ciúmes


- Bom dia, o sr. Taylor já chegou? - passei por Elaine.
- Bom dia, srta, ele chegou sim. Está na sala dele... - eu nem deixei que ela terminasse a frase e entrei logo em sua sala.
- Taylor, eu... - quando abri a porta, vi-0 conversando todo risonho com uma morena. – Ah, srta. ! – ele se levantou na mesma hora e eu o olhei de forma inquisitiva, mas ele nem ligou. - Srta Aline, essa é a nossa presidente, Srta !
- Prazer, Srta. !
- Prazer. E é Srta. !
Aline era morena, alta, nem magra nem gorda, e de olhos azuis. Não gostei nada dela ali, olhei de cima a baixo a moça, mas mantive a pose.
- Mas o que a srta. deseja?
- Ela veio por causa da vaga de secretária no lugar da senhora Elaine! -Taylor disse antes de Aline.
- Mas isso não é pra D. Elaine fazer? - olhei novamente pra ela. – Desculpa, estamos num ciclo de reuniões, você entende, né?
- Claro!
- Ótimo. Eu vou chamar a sra. Elaine pra continuar com a entrevista! - eu segui em direção a porta e antes de sair me virei pra eles. – Taylor, espero o sr. na sala de reuniões. Ah, srta. Aline, boa sorte e espero vê-la novamente aqui!
- Obrigada, srta. ! - sorri pra ela gentilmente e assim que fechei a porta, saí correndo até a recepção.
- Dona Elaine, preciso de um favor da sra, mas que só vai poder ficar entre a gente... -depois que ela concordou continuei. - Tem uma moça com o sr. Taylor, ela veio pra preencher a sua vaga, mas preciso que a dispense!
- E por que eu faria isso? - D. Elaine Portman já era uma senhora de seus 60 anos e trabalhava há muito com o meu pai e iria se aposentar.
- Porque eu não gostei dela! - falei às pressas sem pensar no que estava falando.
- , eu saio daqui há alguns dias e como irei fazer isso?
- Sei lá... eu lhe pago por esses dias, mas por favor, inventa qualquer coisa, fala... Ah sei lá, inventa qualquer coisa, mas dispense-a, vai! - eu a puxei e a empurrei em direção a sala dele.
Algumas horas mais tarde na minha sala Taylor entrou.
- Ciclo de reuniões? Não temos isso aqui.
- Eu sei, você sabe, mas ela não! - eu não levantei a cabeça pra falar com ele.
- Que feio. Ciúmes de uma funcionariazinha! - ele se aproximou da mesa e sentou na minha frente.
- E quem disse que estou com ciúmes?!
- Sei. Então por que você mandou a D. Elaine até lá? Você sabia muito bem que eu podia terminar a entrevista, já fiz muitas vezes isso!
- Eu só mandei ela fazer o trabalho dela! - ele me girou na cadeira. - Admita que você tá morrendo de ciúmes! - ele encostou bem o rosto no meu.
- E se eu estiver?! - o empurrei fingindo indiferença. - Agora volte ao trabalho! - ele se afastou e saiu, assim que ele saiu eu ri discretamente.

24 comentários:

  1. MENINA QUE FIC E ESSA,PARECE QUE VAI SER MUITO BOA E HOT.

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  2. Nossa q pp insistente em, amei quero ler mais em breve.

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  3. Omg!! Essa PP sabe das coisas... Chegou já virando o mundo do Taylor de cabeça para baixo. rsrsrsrs
    Essa vai dar problema, com certeza e problemas dos bons.
    Amandooooo demais, demais!!!
    Bjinhossss!!!

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  4. Nossa muito legal a fic, pena q os caps são pequenos :(, dá vontade de ler e não parar... até a próxima. XOXO

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  5. A PP APAIXONADA,QUE MARAVILHA MAIS UM MOTIVO PARA PP QUERER CONQUISTA -LO.COMO ELES DIZEM O PIOR CEGO E AQUELE QUE NÃO QUER VER.POR FAVOR CONTINUE.

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  6. Wow, onde foi parar a garota cheia de atitudes? Desistiu, é?! Duvido! Suas amigas estão certas, acho que ela é quem foi a fisgada da vez. u.u
    Adorando, bjinhossss!!!!

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  7. Muuuuuito bom, aguardando o proximo capitulo

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  8. COITADA DA PP,O QUE VAI SER DELA DAQUI PRA FRENTE,SERA QUE O Sr Lautner VAI CONSOLAR A PP,

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  9. OMG tadinha da PP,pelo menos ela tem o Tay ao seu lado,só espero que ele a console daqui pra frente!!!

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  10. QUE RESPONSABILIDADE A PP VAI TER QUE ASSUMIR,MAIS CLARO COM A AJUDA DO NOSSO TAYLOR.

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  11. Séra que app vai ser a nova chefe xto amando.

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  12. QUE CAPITULO FOI ESSE,NOSSA A HISTÓRIA DA PP FOI SEM DUVIDAS COMO VENTE.E O NOSSO TAYLOR PAI, A FIC ESTA MUITO MARAVILHOSA CONTINUA POR FAVOR.

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  13. Own, Meu Tay já é pai de uma menina de seis anos... *o* Deve ser tão linda e a cara dele. ^_^
    E senhor... A PP passou por maus bocados... :\ Tadinha, que ódio de seres como aquele homem. ¬¬ E o maldito ainda ficou sem punição, argh!
    Adorandoooo demais, bjinhossss!!!

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  14. Ai que saudades dessa fic,você voltou com tudo e por favor não some de novo.

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  15. ★☆Maravilhosa☆★.. meu coração esta a mil.. por favor mas cap...
    Bjs
    ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

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  16. AMEI MAIS UM CAPÍTULO,MARCANTE,CURTO MAIS MUITO BOM.

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    1. Joice Silva obrigado os capítulos são todos marcantes mas td o auge ainda está por vim só não me abandone kkkkkkkkkkkkkkk

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  17. Adorei a fic, continuaaaa!

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