6 de janeiro de 2014

Meu Conto De Fadas by Mila

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Meu Conto de Fadas







Capítulo Um
Moro em Londres, nunca tive muitos amigos, não sou popular, e procuro selecionar as pessoas com quem eu ando. De todos os anos que estudei numa única escola - desde a escolinha até o colegial - mantive apenas um amigo. Já passamos muitas coisas juntas. Desde a morte do peixinho dele até a o segundo casamento do meu pai.


Atualmente moro com a minha mãe em uma casa simples e um pouco afastada da movimentada Londres. Meu vizinho é meu amigo. Sim aquele que eu estudei desde pequena.


Eu morava no centro de Londres com os meus pais antes deles se separarem. Mas quando o casamento começou a desmoronar, meu pai foi viver com outra mulher e minha mãe não queria mais morar naquela imensa casa. Clare e Richard Pattinson, que sempre estavam nos ajudando, avisou minha mãe que os vizinhos deles estavam se mudando. Foi então que nos mudamos pra lá.


Com Robert como meu vizinho, agora estávamos mais para irmãos do que amigos. Aonde eu ia chamava ele, e aonde ele ia, me chamava também.


Amanhã vamos acampar em York, uma cidade no norte da Inglaterra. Pra mim um dos lugares mais lindos que já fui. Eram 4 horas de viagem de Londres até York. Iria demorar um pouco, mas íamos revezando na direção.






*8a.m. do dia seguinte*




Coloquei minha mala e minha bolsa no meu carro e fui para a casa dos Pattinson's.


– Bom dia, Clare! - A mãe de Robert abriu a porta poucos segundos depois de eu tocar a campainha.


– Bom dia, querida! - Ela me deu um abraço. - Robert está terminando de guardar umas coisas na mala.


Passei pela porta da cozinha, Richard estava tomando café e lendo um jornal.


– Bom dia, Tio Richard!


– Bom dia, pequena.


Passei pela sala, Lizzy e Vic estavam vendo o noticiário da manhã.


– Nossa! Que garotas cultas... - Brinquei passando por trás do sofá.


– Bom dia, ! - Elas falaram juntas. - O Rob está lá em cima, ainda.


– Já fui avisada. Vou subindo... - Segui até o final do corredor e subi as escadas para os cômodos.


Já estava familiarizada com o local. Estava quase todos os dias lá e ele também vivia na minha.


Entrei no quarto dele e Robert estava no meio do quarto colocando uma camiseta junto com umas blusas de frio. Lá fora fazia 34°F (Mais ou menos 4°C).


– De pontualidade Inglesa você não tem nada. Eu já devia ter me acostumado com isso.


– O que eu posso fazer se você ficou comigo no telefone até as 3p.m.


– Era só falar pra desligar - Mostrei a língua pra ele. - e você sabe que eu estou ansiosa sobre hoje. Acho que as coisas vão ser muito boas em York.


– Eu também espero. Lá é um lugar muito lindo e agradável. Vamos!


Robert pegou sua mala e me puxou pela mão. Descemos as escadas correndo e quase caindo nos últimos degraus. Vi que minha mãe estava na cozinha com Clare, provavelmente colocando os assuntos em dia. Despedimos-nos de todos. Como sempre as mesmas coisas, "Cuidado", "Juízo", "Prestem atenção na estrada".


Saímos de Londres às 8:30 da manha e chegamos em York às 12:30(meio dia e meio). Estacionamos o carro e ficamos andando pela cidade. La pelas 2:30 da tarde. Resolvemos almoçar em um restaurante.


– Aqui é maravilhoso!


– A comida também é muito boa! - Robert colocava um pedaço de bata na boca.


– As pessoas também são lindas! - Prestei atenção no homem atrás do Robert, não devia passar dos 30 anos. Ele era realmente lindo. Olhos azuis, barba por fazer, moreno e traços bem definidos.


– Pra quem você está olhando? - Robert vagarosamente e disfarçadamente se virou para ver o que eu tanto olhava.


– Ah... - Robert colocou outro pedaço de batata na boca.


– Seu guloso, você tem que ser que nem aquele cara, um duque, come devagar e com classe.


– Bom, eu não sou um duque e muito menos tenho classe, então eu como assim. Não fique olhando muito esse cara, você olhando-o desse jeito está me incomodando.


- Incomodando?


- Sim, não em sentido de ciúmes, mas parece que você nem está nesse mundo.


Apenas ri e voltei comer meu almoço.


- Robert, sabe do que eu lembrei?




Flash back on


Sexta 11 horas da noite depois do ultimo dia de aula antes das férias de verão, minha campainha tocou, fiquei morrendo de medo, afinal quem toca a campainha essas horas? Desci as escadas morrendo de medo, não sabia o que ia encontrar lá. Olha pelo vidro que tinha na lateral da porta e vi uma pessoa com um moletom e capuz preto.


Fiquei congelada olhando pra fora e aquele ser, ele se aproximou do vidro para ver do lado de dentro de casa, achei que fosse desmaiar, até perceber que era o Robert.


- Sua peste. Que susto você me deu! – Abri a porta e o puxei para dentro.


- Oi pra você também.


- Oi. O que você quer a essa hora?


- Eu estava com a Mary no telefone.


Mary é a menina que Robert é apaixonado, ela é um ano mais velha que ele, logo, ela está no 3° ano e fazem teatro juntos.


- Como assim? Que parte eu perdi? Nem sabia que você tinha o telefone dela!


- Eu peguei hoje no intervalo. E nós vamos sair amanhã.


- Puxa vida, Rob! – Dei um abraço nele – Que maravilha!


- Mas... Eu estou com medo. Nunca fui a um encontro.


- E o que você quer que eu faça?


- Quero que você vá comigo.


- O QUE?!


- Amanhã às 7 da noite. Até amanhã. – Robert saiu de casa e eu fiquei com cara de taxo.


No dia seguinte não me arrumei e também não fui. Robert chegou a minha casa e viu-me de pijamas.


- Você não vai?


- Não.


- Ok. Vou usar seu telefone. “Oi Mary, me desculpe. Surgiu um imprevisto, não poderei ir.”




Flash back off.


- Eu não estava tão afim dela!


- Estava sim! Você falava dela o dia todo, e quando a via, você não prestava atenção em mais nada!
- Lógico que não, . Pare de falar besteira!


- Robert, não se faça de desentendido. Você foi um cagão em não ter ido com a Mary!


Ficamos discutindo e lembrando a nossa adolescência durante todo o almoço, tentei não prestar atenção naquele deslumbre atrás de Robert, porem meu olhar foi atraído quando vi o moreno se levantar, ele era alto demais, provavelmente seus 1,80m. Robert não estava longe disso, mas o moreno era alto e forte. Ele caminhou até o balcão e falou com um dos garçons que fez uma rápida reverencia. O moreno pareceu não ter gostado disso. Ele entregou um papel para o garçom e lhe disse algumas palavras. O moreno se dirigiu ao caixa para provavelmente pagar sua conta e depois foi á chapelaria pegar um casaco que estava mais para um sobretudo preto.


– Com licença senhorita, o Duq... O Senhor Brandon pediu para lhe entregar.


O garçom me entregou um guardanapo amaçado com uma caligrafia perfeita.


"'A vida é a arte do encontro' Encontre-me amanhã frente à Galeria de Arte de York às 3 da tarde.


P.S.: Desculpe-me o papel amassado, mas era o melhor que tinha.


Brandon"
Capitulo Dois
Fiquei muito surpresa com o bilhete que eu havia recebido. Robert me olhava curioso.
– E ai? Você vai, ? – Robert interrompeu meu devaneio.
– Eu não sei!
– Você estava toda toda pra ele, vai ué...
– Mas eu não o conheço... E se ele tiver más intenções comigo? - Eu nunca o vi na vida, é um homem muito bonito, mas e se ele fosse um homem que usa da sua beleza para abusar de moças ingênuas? (N/a: To vendo muito Datena, né?)
– Com licença... – O garçom nos interrompeu, eu não tinha percebido, mas ele ainda estava parado em nossa mesa. – Não querendo me intrometer, posso lhe assegurar que o Sr. Brandon não tem más intenções com a senhorita.
– Ele frequenta muito esse restaurante? – Perguntei para o garçom, afinal ele sabia até o nome dele.
– Bom, vamos dizer que sim... Desculpe-me, tenho que servir os outros clientes.
O garçom fez uma leve reverencia e foi servir outras mesas.
– Ele é estranho. – Robert me falou.
– Muito estranho.
– Mas você vai? – Ele me olhou.
– Já disse, não sei.
Terminamos nosso almoço e fomos para o local que íamos acampar. Era um lugar lindo, afastado de tudo e todos. Era o que eu e Robert estávamos querendo. Tranquilidade.
– É aqui mesmo que vamos ficar! – Robert desligou o carro e desceu, espreguiçou-se quando escutei alguns estalos das suas costas, depois foi ver a natureza mais de perto.
– Aqui é lindo, Rob! – Eu olhei para o céu entre as árvores, o céu estava laranja, e leves filetes de luz invadiam a clareira, deixando o ambiente místico e o ar bem gelado. Não queria ver nem sentir como ia ser durante a noite.
Eu e Rob fomos pegar nossas coisas no carro e começamos a montar a barraca. Logo ela estava armada. Colocamos nossos colchonetes com os sacos de dormir lá dentro, e a noite já começava a cair.
– Vou pegar lenha. Você fica aqui tomando conta, ? – Robert me perguntou e testando uma lanterna.
– Apesar de eu estar com medo e frio, eu fico. Tome cuidado.
– Pode deixar, se um monstro me atacar eu grito.
Robert deu uma risada, foi procurar as lanternas dentro do carro, deu uma para mim e depois foi floresta adentro. Admito, fiquei em pânico quando ele saiu, tudo era silencioso demais, e os bichos ficavam fazendo barulho. Rob parecia ter saído faz horas e qualquer barulho que o vento fazia, me dava sustos. O frio estava começando apertar, eu me abracei para tentar se proteger daquele ar gelado e fiquei tentando em distrair com a fumaça que saía da minha boca e nariz.
– Robert?! – Escutei o ruído de madeira sendo quebrada. E depois passos. – É você?
Ninguém respondeu.
– Robert... Não me assuste. – Tudo ficou em silêncio. Depois o barulho e folhas secas serem pisadas e estraçalhadas.
Minhas mãos começaram a suar e a tremer. Levantei-me e peguei a outra lanterna que havia ficado comigo.
O barulho de folhas sendo pisadas foi ficando mais altos. Minha respiração foi ficando ofegante. Senti algo pegar em meu braço e uma mão gelada tapar minha boca. O medo invadiu o meu corpo de forma arrebatadora, fui puxada em direção á mata e então percebi que ali seria meu fim, meu coração batia tão alto que martelava em meus ouvidos, o suor frio já descia por minha testa e eu não sabia o que fazer. O agressor não falava, e com a boca tampada eu tampouco podia fazer. Minha única esperança era que Robert voltasse logo e sentisse a minha falta, era isso ou eu definitivamente estava morta. Minhas mãos começaram a ficar dormentes e tudo começou a girar, de repente tudo ficou preto.
, acorda... – Uma voz me chamava ao longe. Será que era meu falecido avô? – , pelo amor de Deus, acorde!
Algo começou a balançar, era meu corpo, consegui localizar de onde vinha a voz, ela estava próxima de mim. Abri meus olhos e achei que estava no céu, olhos azuis me olhavam com preocupação.
– GRAÇAS A DEUS VOCÊ ACORDOU!!! – O dono dos olhos azuis era Rob.
– Seu.... Seu! IDIOTA! – Eu dava socos que pareciam não causar dores em Robert. – VOCÊ QUASE ME MATOU DE SUSTO!
– Essa era intenção!
– Seu besta! – Ele não parava de rir de mim.
– Vem cá! – Ele me abraçou, e eu tentava me soltar dele. – Sua boba. Não tem nada aqui.
Ele me soltou apenas quando eu já estava mais calma. Ele juntou a madeira que encontrou e acendemos a fogueira. Era bom ter algo nos aquecendo. A noite estava cada vez mais escura e fria.
Resolvemos ir deitar. Enfrentar a noite gelada dentro daquela barraca fria.
Robert esperou eu me trocar e depois entrou, ele trocou a sua roupa, ele não me deixou ir lá fora para ele se trocar lá dentro. Como ele disse "Não me importo de você me ver de cueca." Ele se trocou e deitamos.
Ficamos conversando até conseguir dormir. Mas o sono estava longe, e por baixo das minhas meias eu sentia meus pés gelados, o meu corpo e queixo tremer.
, você está com frio?
– Es-esto-to-tou... – Quando falei, percebi realmente o frio que eu estava, meu queixo não parava de tremer.
– Vem cá. – Ele abriu o saco de dormir dele e mandou-me sair do meu. – Entra aqui comigo.
Fui para dentro do seu saco de dormir e me encaixei numa conchinha com ele, depois Robert pegou o meu saco de dormir e jogou por cima da gente.
– Péssima ideia em vir acampar nesse frio. – Ele sussurrou em meu ouvido, esfregando meus braços pra tentar me aquecer.
– Você é quentinho. – Brinquei.
– Eu sou quente, querida. – Ele riu.
Dormi com o calor do corpo dele junto ao meu e do seu peito indo e vindo em minhas costas. Acordei com a luz do sol iluminando a barraca e cegando meus olhos. Levantamos, desarmamos a barraca e fomos tomar café na cidade. Decidimos que íamos pagar uma pensão para dormir essa noite e não passar frio.
Escolhemos algo bom e barato, ficamos apenas com um quarto, era aconchegante e tinha aquecedor no quarto, de noite eu ia agradecer demais por isso.
Fomos às lojas que tinham em York, compramos algumas coisas que achamos lindas e algumas coisas que íamos levar para a família. Mais tarde eu ia me encontrar com o tal do Charles, eu estava morrendo de medo e vergonha.
– Santo Deus, que fome! – Robert me pegou pela mão e me puxou para um restaurante.
– Você nem me perguntou se EU estou com fome! – Reclamei com Robert quando entramos e ele foi escolhendo uma mesa.
– Se eu estou com fome, você também tem que estar com fome. – Ele riu.
– Seu ogro.
Admito que com o cheiro maravilhoso que o restaurante tinha comecei a ficar com fome, pedimos peixe e batata frita com refrigerante.
– Nossa, comi demais. – Lamentei e me estiquei na cadeira.
– Você comeu pouco, ...
– Não comi... Você que come demais. – Falei isso enquanto observava Rob devorar um ultimo filé de peixe e logo em seguida enfiar 4 batatas fritas que sobraram em seu prato na boca.
– Acho que acabei – Rob tomou o ultimo gole de refrigerante.
– Meu Deus, imagina quando isso tudo sair. Ainda bem que estarei fora.
Pagamos o almoço e depois fomos para a pensão, chegando lá me arrumei para ir me encontrar com o homem do restaurante.
– Robert, minha roupa está boa? – Ele me olhou de cima a baixo.
– Você está linda .
– Obrigada... Você me leva até o museu?
– Vamos... – Ele pegou a chave do carro. – Você está linda e cheirosa.
Mesmo sendo amigos, senti meu rosto corar com esses elogios. Eu nunca havia sentido isso antes. Estranho.
Robert me levou, ele ia ficar em um bar nas redondezas e eu ligaria pra ele se qualquer coisa acontecesse. Ele me deixou na frente do museu, e logo vi Brandon parado lá, encostado em um carro, me esperando. Ele estava com um sobretudo preto e um jeans escuro. Senti minhas pernas fraquejarem. Aquele homem era muito bonito. E era tão imponente. As pessoas passavam por ele e o ficavam olhando.
– Robert, estou com medo.
– Se você quiser não precisa ir...
– Eu já estou aqui Rob... – Dei um beijo em seu rosto e desci do carro.
– Boa sorte... – Robert me deu um sorrisinho amarelo.
– Obrigada...
– Qualquer coisa me ligue, por favor. – Ele me implorou e foi embora com o carro.
Caminhei tentando demonstrar tranquilidade, quando estava me aproximando ele me olhou de cima a abaixo e encontrou meus olhos com seus olhos incrivelmente azuis. Meu coração martelava nos meus ouvidos.
– Boa tarde. – Sua voz grossa e forte como seus traços, invadiu os meus ouvidos assim que fiquei a sua frente. Ele deu um sorriso torto, pegou minha mão e a lhe deu um beijo.
– Boa... Boa tarde. – Senti meu rosto corar ao perceber que eu havia gaguejado e ele aumentado seu sorriso.

12 comentários:

  1. Que duque é esse? kkkkkkkkk Mila, não demora pra postar não. Vc sempre me deixa curiosa.

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  2. Hummmm.. Duque.. hahaha, tô brincando o melhor é o Rob.. Ansiosa pro próx. cap.

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  3. Ai q perfeito continuua logoo!!
    :)))))

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  4. Adoreeeeeeei a fic interativa, estou curiosa, posta mais, beeeijos

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  5. Quando tem o próximo capítulo?? To amando! Beijos :*
    Parabéns á autora. :)

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  6. ESTOU AMANDO O COMEÇO DA SUA FIC,NOSSO QUERIDO ROBERT,NOSSO AMIGUINHO E ESSE DUQUE HUM HUM PARECE MARAVILHOSA.POR FAVOR CONTINUE.

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  7. Muito legal.. Continuaa

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  8. Continuaaaaaaaaaa ta MUITO. PERFEITO!

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  9. Continua pelo amor de Deus, história perfeita essa 💗💕

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