10 de março de 2014

Choices por BabySuhBR

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Choices - Escolhas









First Chapter


Se me estiver escutando: Sinto a sua falta.
Se me ouvir agora: Eu preciso de você.
Onde você foi? Porque se foi embora?
Todos sabem que alguma coisa está errada.
Os fios foram cortados e eu estou sozinha.
Sei que estamos nos aproximando.
Eu sei que você estará de volta a mim
Nesse momento, dessa vez.



A camioneta de transportes conduzia pela Avenida Principal de Forks, abrandando a velocidade até, por fim, parar. A porta foi aberta e, depois de um pequeno grupo de turistas e habitantes locais, que regressavam à sua cidade natal, saírem, desceu da camioneta com Baby Suh no colo, uma mochila das costas e uma mala na mão disponível.
observou a pequena e chuvosa cidade com esperanças de que ela lhe trouxesse de volta o pai da sua pequena.
Correu com os olhos algum estabelecimento que lhe pudesse indicar como chegar a La Push e avistou uma cafetaria que existia na esquina do fundo da pequena rua principal, do outro lado da praça.


Ajeitou Sophia, que estava adormecida, em seu colo e atravessou a praça, se encaminhando até a cafetaria Bon Appétit.
O movimento do estabelecimento estava moderado. A casa estava cheia, mas não havia a habitual correria para atendimento como nos estabelecimentos das grandes cidades.
caminhou até ao balcão e esperou que alguém a atendesse. Pousou a mala no chão e se sentou no banco giratório com cuidado.


-A menina não prefere se sentar em uma mesa? Acho que é pouco confortável estar sentada ao balcão com uma criança pequena no colo. – Uma empregada mulata, aconselhou.


olhou em volta da cafetaria vendo todas as mesas ocupadas.


-Estou entendendo. Não encontra mesa, certo? Mas isso se resolve em um minuto.


-Eu não quero incomodar.


-Incomoda nada. – Assegurou. – Ei rapazes! Alguém cede uma mesa a essa jovem moça com uma criança de colo? – A empregada falou em um tom mais alto, chamando a atenção dos clientes.


-Aqui, Darlene. Eu estou terminando o meu café da manhã. A moça pode se sentar comigo enquanto eu termino. Saio já, já. – Um policial indicou.


-Obrigado chefe Swan. – Darlene agradeceu. – Vem, eu te ajudo com a mala. – Se ofereceu quando tentou se baixar, a custo, para pegar sua mala.


-Obrigada. – Sorriu agradecendo timidamente. – Muito obrigada. – Agradeceu ao policial quando chegou na mesa em que este se encontrava.


-Não tem de quê, moça. É nova na cidade? – O chefe interrogou.


-Sou sim. – Assentiu retirando com cuidado a mochila de suas costas para não acordar Baby Suh, mas a pequena acabou por despertar com a agitação do local. – Bom dia, little girl. – O chefe cumprimentou carinhosamente a pequena criança. – Qual é seu nome?


-Sophia. – respondeu pela filha, que escondeu o rosto no vão do pescoço da mãe, esfregando os olhos com suas pequenas mãozinhas. – Ela é muito tímida. Eu sou a . – Se apresentou.


-Prazer, . Seja bem-vinda a Forks. Eu sou Charlie Swan, chefe policial da cidade. Se precisar de alguma coisa não hesite em me chamar.


-Vai querer alguma coisa? – Darlene questionou amável.


-Um copo de leite morno, para ela, e um café preto sem açúcar para mim. – Pediu.


-Não vai querer comer nada? – A empregada indagou.


-Não, obrigada. Nós já comemos um lanchinho na camioneta. – Explicou.


-Então ‘tá. – Darlene sorriu se retirado para pegar o pedido.


-Chefe Swan, você saberia me dizer como eu posso chegar a La Push? É muito longe daqui?


-La Push? Tem família lá? – Questionou curioso.


-Família? Não. Eu…hun…só estou…de passagem. Quer dizer…eu…acho que vim para…ficar. Hun, depende de…outras coisas. – contou desconcertada, remexendo inquieta no açucareiro, sem saber o que responder. Mentir não era o seu forte e disfarçar muito menos.


-Calma, moça. Não precisa ficar nervosa. Desculpe o interrogatório. Manias de policial. Eu perguntei se tinha lá família lá porque eu tenho grandes amigos em La Push. Mas respondendo à sua pergunta. Não há transportes para La Push e a Reserva ainda é um pouco longe daqui para se poder ir a pé. – Charlie aclarou. franziu o cenho em preocupação. – Mas eu posso levá-la lá.


-Sério? O senhor me faria esse favor? – Indagou.


-Claro! É o meu dever de chefe da polícia e de cidadão de Forks de ser gentil e hospitaleiro. Além do mais aproveito e faço uma visitinha a um amigo meu. – Elucidou.


-Muito obrigada chefe Swan.


-Não tem de quê? Quando terminar partimos. – Avisou.


assentiu sorridente e agradecida e assim que o seu pedido chegou, deu de beber o copo de leite a Suh e assim que esta terminou, bebeu o seu café, já meio frio, rapidamente e buscou em sua bolsinha tiracolo a carteira para pagar.


-Deixe , eu pago. – Charlie se ofereceu, mas hesitou em aceitar. – Hospitalidade. – O chefe sorriu um sorriso fechado e tímido.


assentiu pegando em sua mochila e em sua mala, se erguendo da mesa desajeitadamente.


-Não. Eu carrego suas malas. Carregue apenas essa florzinha. – Se ofereceu carregando de leve no pequeno, quase inexistente, narizinho da pequena.


sorriu abertamente, agradecida, pois realmente não estava lhe dando grande jeito carregar toda aquela bagagem e sua filha ao mesmo tempo.
O chefe deixou algumas notas sobre a mesa e pegou as malas de , se encaminhando até a saída e abrindo a porta, dando passagem para passar primeiro.


E você alguma vez me quis? Precisou de mim?
Sei que se foi embora antes de se despedir.
E não há problema. Sempre tem um outro dia.
A qualquer hora que me quiser, sempre que me vir.
Acho que você não quis dizer adeus, mas não há problema.
Sempre tem um outro dia.


seguiu Charlie até o carro da polícia, parado do outro lado da rua, bem em frente à cafetaria. Este abriu a porta de trás, jogando a bagagem e em seguida abriu a da frente, do lado do pendura, para sentar. Esta lhe agradeceu novamente e se acomodou no banco. Charlie fechou ambas as portas e contornou o carro, entrando no lugar do condutor. Colocou as chaves na ignição e deu partida com o carro, dirigindo pela Avenida Principal de Forks e entrando em uma outra estrada que os levavam para fora da cidade.


-Tem local para ficar em La Push? – Questionou quebrando um pouco o silêncio que se instaurara no veículo.


-Tenho sim. Vou ficar em casa de Eloise Call. Conhece? – Respondeu prontamente e fez aquela pergunta para saber se o chefe saberia onde a deixar quando chegassem a La Push.


Se ele não conhecesse ou soubesse onde Eloise morava, teria de se virar sozinha, mais uma vez, em um local que não conhecia.


-Conheço sim. Mãe do Embry. Quer dizer. Eu não sou um amigo chegado, mas conheço ela, sim. – Afirmou. – Vai ficar por cá muito tempo?


encarou o chefe Swan pelo canto do olho, encabulada e encruzilhada. Esse era o tipo de perguntas que ela queria evitar responder. Principalmente em uma cidade tão pequena como essa, onde tudo se sabia rapidamente. Charlie notou o incômodo de e se apercebeu do seu erro.


-Me perdoe . É um péssimo hábito meu encher os outros de perguntas. Acho que minha hospitalidade já foi para o espaço. – Sorriu desconcertado.


-Que nada, chefe Swan. O senhor está sendo muito amável. Eu é que sou demasiado tímida. – Se justificou.


-E misteriosa. – Acrescentou antes de se conseguir conter.


o olhou um pouco assustada e Charlie se acomodou mais em seu banco, clareando a garganta. desviou o rosto para a janela do seu lado vendo as árvores passarem como borrões. Olhando atentamente, podia jurar ter visto algo avermelhado se mexer pelo meio das árvores fazendo seu coração disparar de felicidade. Deveria ter se assustado, mas foi exatamente o contrário que aconteceu. Apenas uma incompreensível onda de felicidade.


O resto do caminho até chegarem a La Push, apenas 25 minutos depois, o carro da polícia foi em completo silêncio. fingira ter cochilado para evitar que Charlie lhe questionasse mais alguma coisa que não soubesse disfarçar ou mentir, para encobrir seus verdadeiros motivos por ter vindo para Washington.


Apesar de ter sentido o carro abrandar e por fim parar em algum lugar, só abriu os olhos quando o chefe da polícia a cutucou e a avisou que tinham chegado. desceu do carro olhando atentamente a Reserva, sentindo seu coração disparar em seu peito de forma quase dolorosa. Poderia, a qualquer momento, se deparar comele. E se o visse ela não saberia bem como reagir.
Charlie pousou a bagagem de na porta de uma bela casa de madeira escura, com uma pequena varanda.


-Muito obrigada chefe Swan. Se não fosse pelo senhor nem sei como teria chegado aqui. Muito obrigada mesmo. – Agradeceu abraçando de leve o policial.


-Que…nada. – Charlie respondeu atordoado com o excesso de afetuosidade por parte da garota, coisa a que ele não estava habituado de todo.


Charlie beijou o topo da cabeça de Sophia e caminhou em direção a uma casa avermelhada, mais ao fundo da Reserva. o viu desaparecer e por fim tomou mais atenção à porta em que estava parada. Ajeitou melhor Sophia em seu colo e bateu na porta. Logo uma mulher de cabelos castanhos-claros e olhos verdes a veio atender.


-Eloise Call? – questionou.


A jovem mulher assentiu com uma interrogação no rosto, encarando a moça na sua frente e a criança que ela carregava. sorriu aliviada e se apresentou.


-Sou a . Filha de Mary Anne Storm.


-!? Oh céus. Que surpresa boa! – Eloise a abraçou como pode, por causa de Suh. Assim que a soltou olhou da pequena criança para esperando algum tipo de explicação.


-Essa é Sophia. Minha filha. – esclareceu e Eloise se espantou, arregalando os olhos, não só de surpresa, mas também de pena.



A sua voz surge e agora está desaparecendo.
Eu mal posso acreditar nisso. É tão frustrante.
Porque você parece nunca entender
E me deixa escorregar por entre suas mãos.
Qual é a sensação de estar sozinho?
E se um dia achar o que procura, eu estarei aqui te esperando.
(Another Day – Paramore)



Second Chapter


Eu subo, tropeço, caiu, para alcançar suas mãos.
Mas eu deito aqui sozinha, suando todo o seu sangue.


-Entrem. Eu te ajudo. – Eloise se ofereceu depois de se ter recuperado parcialmente da surpresa.


-Desculpe eu não ter avisado antes que viria. Mas eu viajei até aqui em um impulso. – se explicou assim que entraram dentro de casa e se acomodaram nos sofás da sala.


-Não tem mal algum, querida. Quando você me ligou, meses atrás, pedindo abrigo em minha casa, caso algum dia quisesse se afastar de sua Reserva, eu mesma te falei que poderia vir quando quisesse, sem aviso prévio. – Relembrou.


-Claro, sra Call. Mas acho que é de boa educação avisar com antecedência. Até porque a sra poderia ter que arrumar algum local para eu ficar.


-Me trate por Liz, . E bem, eu tenho sempre um quarto disponível e arrumado esperando que alguns dos meus familiares me venham visitar. Mas eles são demasiado ocupados com as suas próprias vidas para perder tempo visitando alguém que eles alegam os ter abandonado. – Comentou tristemente. – O único imprevisto é que terei de providenciar um berço para Sophia. – Abanou a cabeça afastando os pensamentos tristes e sorrindo para a pequena criança.


-Oh não. Não se incomode com isso. Baby Suh pode dormir comigo.


-Faço questão. Será mais confortável para ambas.


-Obrigada, Liz. – agradeceu sentando Suh do seu lado e buscando em sua mochila por algum tipo de brinquedo, o entregando em seguida a Baby Suh.


-. Desculpe a intromissão, mas eu preciso te falar algo. – Liz comentou inquieta. Olhando de relance, mais uma vez, para a pequena.


-Pode falar. – assentiu.


-Eu sei que não nos vemos faz muitos anos. A última vez você tinha menos de 10 anos e eu estava de visita pela Reserva Crow. Mas eu fui muito amiga de sua mãe, éramos quase como irmãs…e eu quero que você saiba que terá sempre em mim uma amiga, uma confidente. Uma segunda mãe, se assim você o precisar. Tenho certeza que Mary Anne haveria de querer que nós duas tivéssemos alguma cumplicidade, afinal eu sou sua madrinha…mesmo que nunca tenha estado muito presente em sua vida. – Liz esclareceu segurando firmemente as mãos de .


-Eu sei, Liz. Eu sei que era isso que a minha mãe haveria de querer. Por isso que eu te contatei…porque você é a única pessoa que pode me ajudar nesse momento. – fungou, limpando algumas lágrimas que desciam por seu rosto, devido às lembranças de sua falecida mãe.


-Chola? – Baby Suh parou de brincar e olhou a mãe apontando para seu rosto.


limpou definitivamente as lágrimas e sorriu para a filha, a pegando no colo e a apertando contra seu peito. A pequena se colocou de pé no colo da mãe e enlaçou seus pequenos bracinhos em torno do pescoço de . sentiu uma felicidade imensa por saber que sempre teria a sua pequena por perto. Por fim, encarou Liz e determinada, decidiu contar sua história.


-Eu vim para La Push para procurar o pai da minha filha. – Confessou.


-Procurar? Aqui? – Liz se surpreendeu. – Quem é ele? – Interrogou aturdida.


-Eu não sei. Quer dizer, eu não sei seu nome. Apenas sei que ele é dessa tribo. – Respondeu confusa.


-Meu Deus, . Como foi isso acontecer com você? – Liz lamentou, afagando a perna de .


-Liz, eu vou te contar minha história, mas você tem de me prometer que essa conversa nunca vai sair daqui. Você não pode contar isso a ninguém mesmo. Nem mesmo a alguém que você confie muito. – exigiu.


Liz hesitou um pouco em aceitar essas condições, porque se era algo que dizia respeito a alguém da Reserva Quileute, ela teria a obrigação de não manter segredos com ninguém, principalmente com o Conselho.
Mas então ela se lembrou de Mary Anne e percebeu que suas obrigações eram maiores com do que com o Conselho.


-Tudo bem, . Pode confiar em mim. – Liz garantiu. respirou fundo e começou seu relato.


Se eu pudesse descobrir como fazer para que me escute agora.
Porque eu estou desesperada para te ter aqui, com meu amor eterno.
E eu vou…respirar por amor amanhã.


-Dois anos atrás, depois da morte de minha mãe, Sean começou bebendo, e quando ele bebia ele se tornava violento. Eu entendia a dor dele. Ele sempre dependeu muito de nossa mãe, depois da morte de nosso pai. Então uma noite ele começou quebrando tudo lá em casa e me bateu. – Liz arregalou os olhos em preocupação mas resolveu não interromper. – Eu fiquei com muita raiva e fugi de casa. Me meti na floresta e acabei me perdendo.
»» Era de noite e estava tudo muito escuro. Parei de andar quando percebi que estava caminhando em círculos. Então eu escutei um rugido, um rugido muito forte, e quando percebi havia um enorme lince parado bem atrás de mim. Tentei correr mas o lince me alcançou e me jogou no chão. Gritei bem alto, morrendo de medo. Sentia suas patas bem em cima das minhas costas e seu bafo batendo em minha nuca. Eu nunca senti tanto medo em minha vida. Mas de repente eu senti um vento forte passar sobre mim e deixei de sentir o peso do lince em cima de mim. Lentamente eu me virei e percebi que o lince havia sumido. Então eu me ergui do chão e corri o mais rápido que pude sem saber para onde ir nem como sair dali. Acabei por chegar em um rio e suspirei aliviada por que eu conhecia aquele rio. Sabia que se seguisse o curso contrário da água até uma ponte feita de um tronco de árvore, de lá eu saberia voltar para casa.
»» Ia começar subindo o rio quando escutei um gemido que me fez voltar para trás e me deparar com um homem totalmente nu jogado sobre a margem do rio, quase inconsciente. Meu instinto dizia para eu fugir dali, mas meu coração me pedia que o fosse ajudar. Então eu caminhei até aquele estranho e me coloquei de joelhos junto a ele. Assim que o toquei, eu percebi que ele ardia em febre. Ele estava tão quente que era quase impossível ele estar vivo. Não vacilei em rasgar minha blusa e mergulhá-la nas águas geladas do rio, para em seguida espremer a água em seu rosto. Passei o pedaço de tecido pelo resto do seu corpo, mas eu sabia que tinha de o tirar dali. Não o poderia deixar morrer. Então eu afastei os longos cabelos de sua face para o tentar acordar e quando eu olhei em seu rosto…eu me apaixonei perdidamente.
»» Era como se ele fosse a metade do meu coração que eu nem sabia que me faltava. E eu não sabia antes porque eu nunca o tinha conhecido para perceber que precisava tanto de alguém como eu precisei naquele momento.
»» Dei leves tapas em seu rosto o fazendo acordar e pedi que ele fizesse um esforço para me ajudar a tirá-lo dali. O levei para minha casa e durante dias e dias cuidei dele. A febre parecia nunca ceder por mais que eu tentasse. Descia um pouco mas nunca ia embora. Sua temperatura era sempre superior a 45º. Outro humano qualquer não teria resistido aquela temperatura, mas ele parecia tão forte e saudável, apesar da febre…
»» A todas as horas ele murmurava coisas incompreensíveis e chamava sempre por alguém. Uma garota que eu logo percebi ser muito importante para ele. – parou para engolir em seco com essas recordações. – Mas então uma noite ele abriu os olhos e me olhou tão profundamente que me prendeu mais fundo nele, se é que isso ainda era possível. Ele murmurou o nome da outra garota, mas me puxou para seus braços me impedindo de sair deles…como se eu realmente quisesse sair. – Limpou algumas lágrimas. – Nós nos beijamos e ele parecia realmente me querer a mim…mas era o nome dela que ele chamava.
»» Eu estava cegamente apaixonada para me importar com o que quer que fosse. Eu queria ser dele, nem que fosse uma única vez, e então eu me entreguei. – Murmurou a frase final como se quisesse guardá-la apenas para si. ergueu o rosto para encarar Liz e terminar seu relato, limpando as insistentes lágrimas que teimavam em cair de seus olhos. – Quando acordei na manhã seguinte ele não estava mais lá. Fora embora, simplesmente. – Respirou fundo depois de alguns soluços. – Nove meses depois, Sophia nasceu. – Finalizou sua história embargada.


Liz olhava pra sem palavras certas para lhe dizer.


-…eu lamento imenso. Eu nunca imaginei isso. – Liz comentou a custo. – Mas me diga uma coisa. Se sabia de onde ele era e onde ele estava, porque só o veio procurar agora? – Interrogou confusa.


-Na verdade…eu só tive coragem para começar o procurando há alguns meses atrás. Eu não sabia absolutamente nada sobre ele, nem de onde ele era. – Explicou fazendo Liz enrugar a testa confusa.


-Então como sabe que ele é daqui, ou que está aqui?


-Por causa de uma tatuagem. Um tribal. Um símbolo. Eu investiguei o significado desse símbolo e descobri que ele pertencia ao povo Quileute. Foi por isso que liguei para você. Mas acabei perdendo a coragem de vir. Sei lá. Fiquei com medo. Medo de ele não ser mais daqui. Medo de não o achar. Medo de o ver com a tal garota que ele sempre chamava. Medo de ele rejeitar nossa filha. – Contou seus medos lavada em lágrimas.


Liz recordou sua história depois desse relato de e se sentiu compadecida e condescendente.


-Nós vamos achar ele, querida. Eu te garanto. – Liz afirmou.


-Obrigada, Liz. Muito obrigada. – pousou de novo Sophia do seu lado e abraçou sua madrinha como há muito ela precisava de ser abraçada.


Porque não há nenhuma esperança para hoje.
Vou respirar por amor amanhã,
porque talvez haja outra maneira.
(Breathe – Paramore)

Third Chapter


Quando eu deixei todas as coisas para trás, eu pensei em mim.
Eu só quero fazer de tudo para encontrar paz na minha alma.
Eu não sinto culpa, eu sou assim.
Eu só quero viver minha vida hoje.


permanecia deitada fitando o teto sem realmente conseguir dormir. Ajeitou sua pequena na cama, a amparando de amos os lados com duas grandes almofadas, e caminhou em direção a cozinha para beber um pouco de água, mas assim que lá chegou deu de caras com um belo jovem, de tronco nu, sentado em cima do balcão comendo, faminto, uma sanduíche, um pacote de fritas e bebendo leite do pacote. O garoto olhou para inquisitivo e desceu do balcão.


-Quem raios é você? – Questionou pouco satisfeito com a suposta intrusa.


-Embry? É você? – indagou admirada com o físico do jovem rapaz com que ela costumava brincar quando mais nova, sempre que Liz visitava a Reserva Crow.


-A gente se conhece? – Ele interrogou desconfiado.


-Sou a . Storm, da Reserva Crow. – Elucidou fazendo Embry arregalar os olhos.


-? É mesmo você, garota? Que você está fazendo aqui? – A arremessou em um forte abraço a fazendo tirar os pés do chão.


-Er…eu…hun…vim para ficar…uns tempos. – Gaguejou passando a mão pela nuca, assim que Embry a soltou para a olhar.


-Sério? Que legal! E Sean? Ele veio com você? – A bombardeou de questões.


-Não. Ele não veio. Na verdade eu meio que ando fugindo dele. – Sorriu desconcertada. – Ele se tornou um pouco violento depois da morte da nossa mãe. – Explicou.


-Pois é. Eu soube da morte da Mary Anne. Lamento imenso para vocês dois. E lamento também por você. Não sabia que ele batia em você.


-Não! Quer dizer. Ele não me batia. Só que ele estava sempre bêbado e quebrava tudo…Tornou minha vida num inferno. – Explicou.


Embry ia falar mas foi interrompido por um choro agudo que o alertou para perigo. correu até seu quarto, de onde ela sabia que vinha o choro, com Embry em seu alcanço. Os olhos de Embry se esbugalharam ainda mais em espanto quando viu pegar em uma criança de pouco mais de dois anos em seu colo e a acalmar.


-É…sua? – Ele questionou quando o olhou.


-É minha filha sim. Essa é Sophia. My little sunshine. – sorriu sem jeito para Embry, beijando os cabelos de Baby Suh e enxugando as lágrimas que escorriam de seus olhinhos.


-Isso é…uma enorme surpresa para mim, . Você é tão jovem. – Comentou aturdido.


-Sou apenas dois anos mais nova que você, Embry. Tenho 19. – Rolou os olhos embalando a sua pequena.


-Sim, eu sei. Mas ela já tem dois anos, eu acho. Isso significa que você engravidou com 17 anos. – Fazia contas óbvias, completamente espantado. – Alguma paixão avassaladora? – Inquiriu curioso e preocupado.


-Um amor impossível. – Suspirou deitando novamente Baby Suh, já adormecida, na cama.


-Entendo. Bom, , vou me deitar. Estou estafado. Boa noite. – Ele se despediu se virando para sair.


-Boa noite. – também desejou se virando para lhe sorrir.


Nesse mesmo momento, o mesmo momento em ele se virou para sair e o momento em que ela se virou para lhe sorrir, viu uma tribal tatuada em seu ombro esquerdo. A mesma que o pai de sua pequena tinha. Exatamente igual. Como se estivesse vendo uma réplica.


Eu não me sinto triste, eu sou assim.
Esse é o jeito. E eu quero mudar tudo. Ir ao fim e começar de novo.
Quando eu me encontrar aqui, eu pensarei em você.



-Espere! – falou um pouco mais alto correndo até a porta do seu quarto e agarrando tremulamente o braço tatuado de Embry.


-O que foi? – Ele interrogou mas não conseguiu responder. Estava em total transe analisando aquela tatoo.


-Onde fez essa tatoo? – Ela inquiriu com a voz baixa mas um pouco falha.


Embry enrugou a testa e soltou o braço da mão que o agarrava. Olhou o rosto de tendo um vislumbre estranho de uma miscelânea de sentimentos entre dor e felicidade. Embry clareou a garganta sem saber direito o que lhe responder.


-Er…bem…em uma loja de…tatoos. – Constatou obviamente.


-Alguém mais tem essa tatoo? Exatamente igual a essa? Aqui na Reserva? – Questionava sentindo em seu peito um buraco enorme, que ela estava acostumada a sentir, começar se fechando. Sentia suas buscas quase concluídas. Bastaria uma resposta de Embry.


-Porque quer saber? – Franziu a testa desconfiado. Se perguntava o que sua mãe havia contado a .


-Eu preciso dessa resposta, Embry. É muito importante para mim. – Salientou a última frase em um quase imploro.


Embry engoliu em seco e pensou qual seria o mal de ela saber quantos usavam essa mesma tatoo. De qualquer das formas, se ficasse mesmo por La Push, iria ver essa tatoo em vários jovens da Reserva e isso não significava que ela iria logo perceber o que eles eram.


-Alguns rapazes e minha namorada. – Respondeu relutante.


-Vocês…fazem parte…de algum tipo…de gang? – Perguntou preocupada.


- eu…há coisas que…bom…eu não posso falar sobre isso. Desculpe. Vou me deitar. Boa noite. – Embry beijou o topo da cabeça da garota e se apressou em se trancar no quarto com medo do rumo daquelas questões e da força paranormal que fazia para não respondê-las.


deixou algumas lágrimas caírem de seus olhos e abraçou seu corpo que tremia confuso com os sentimentos que pulsavam em seu peito. Medo, felicidade, dor, esperança.


Deitou em sua cama, do lado de sua little sunshine, e se aconchegou a ela, acariciando seus fios negros. Um uivo forte rompeu o silêncio da noite, como um chamado, e se sentiu reconfortada, protegida. O medo que deveria sentir simplesmente se desvaneceu em seu coração. Apenas a certeza que tudo estava perto do fim.


~~*~~


Amanhecera rápido demais para o sono leve de e tal como o sol nasceu, se ergueu para encarar um novo dia. Fez sua higiene matinal e banhou sua pequena, colocando uma fralda nova e um vestidinho veranil azul com florezinhas amarelas.
Depois de arrumadas, caminhou até a cozinha encontrando Liz e Embry cochichando algo parecido a uma discussão, e uma garota morena, alta e linda, encostada na pia, escutava atentamente a discussão de mãe e filho.
A garota me olhou e logo Embry e Liz pararam de cochichar.


-Bom dia, . Bom dia Baby Suh! – Liz as cumprimentou como se segundos atrás nada tivesse acontecido.


-Bom dia Liz, Embry. – Sorriu para a outra garota desconhecida. Seus olhos baixaram um pouco, em direção ao ombro esquerdo da garota, e notou a mesma tribal de Embry tatuada na sua pele.


-Oi. Eu sou a Leah, namorada de Embry. – A cumprimentou, caminhando até e acariciando o rosto de Sophia. – Oi princesinha. Tudo bom com você? – Brincou amável com a criança.


-Prazer Leah. Eu sou a e essa é a Sophia, minha filha.


-Muito linda sua filha. Seu rosto me faz lembrar alguém. – Olhou sugestiva para Embry, que se contorceu desviando o rosto.


-Nós já vamos indo, mãe. Devemos voltar no fim-de-semana. – Embry se despediu de Eloise com um singelo beijo no rosto.


-Vai viajar? – questionou.


-Mais ao menos. – Leah respondeu entrelaçando sua mão na do namorado.


-Então, boa viagem. – sorriu vendo os dois desaparecerem pela sala e saindo pela porta.


-Liz. Era aquela tatuagem. – contou empolgada e ao mesmo tempo apreensiva, assim que se viu segura para falar sobre o assunto.


-Você tem certeza ? – Liz inquiriu angustiada, torcendo em seu dedo o fio de colar que trazia ao pescoço.


-Nunca tive tanta certeza de alguma coisa em minha vida. Eu estive falando com Embry ontem e ele falou que alguns garotos aqui em La Push têm aquela mesma tatoo. Liz, só pode ser um deles!


Liz permaneceu inquieta, olhando a pequena criança no colo de , sentindo um aperto no peito por poder dizer mais detalhadamente quem eram os garotos que tinham aquela mesma tatoo.
Liz se sentia encurralada. Queria conselhos mas não poderia contatar os Anciãos do Conselho por ter prometido a que não falava de Sophia para ninguém. Mas a condição dos meninos, também era um segredo que não deveria de ser exposto a qualquer um.
Só que não era qualquer uma. era a mãe da filha de um deles e mais do que ninguém merecia saber da verdade acerca do pai de Baby Suh.
Olhando mais atentamente para a pequena criança, Liz conseguia achar um pai diferente para cada pequeno e singelo traço de Sophia. O queixo de Jared, o nariz de Sam, a boca de Paul, os olhos de Embry…esse último pensamento a assustou.


-, não é o Embry, pois não? – Inquiriu receosa.


-O quê? O pai de Suh? Não, não. Claro que não. Eu o reconheceria. – Certificou o que fez Liz respirar mais aliviada.


Mas a dúvida da paternidade ainda persistia em sua mente e ela sentia a necessidade de contar a sobre a verdadeira identidade do bando. Puxou pela mão e a sentou em uma cadeira disponível. a olhou interrogativa.


-Há alguma coisa que você me queira contar, Liz?


-Há sim. Há uma coisa muito importante que eu preciso te falar sobre o pai da Sophia.


-O que é? – se desesperou. – Fala Liz! O que você quer me contar sobre o pai da minha filha! – Exigiu nervosa.


-Você tem que me prometer que vai manter a calma e que, em circustância alguma, você fala sobre isso para ninguém! Tal como eu manterei seu segredo guardado, você tem de manter esse segredo oculto. – Liz pediu.


-Tudo bem. – respirou fundo tentando manter a calma.


-Todos os rapazes dessa tribo que têm essa tribal tatuada no braço são protetores da tribo…isto é…todas as lendas que você escutou sobre que essa tribo descendia de Lobos são verdade, . Embry e o os outros são Transmorfos. – Liz por fim confessou tirando um peso enorme de cima de suas costas.


-Eles são o quê? – interrogou em uma oitava acima do seu tom de voz normal, seus olhos saindo quase das orbes.


E eu só quero me lembrar das coisas que nós temos feito.
Eu não sinto culpa. Eu sou assim.
Só quero viver minha vida. Hoje.
(Change – Paramore)



Fourth Chapter


Estou morrendo para recuperar meu fôlego.
Oh, porque eu nunca aprendo?
Eu perdi toda a minha confiança,
Embora tenha tentado dar a volta por cima.


Depois de ter revelado o segredo da Reserva de La Push a , Liz explicou detalhadamente toda a lenda Quileute a ela. ficou um pouco assustada em relação ao fato de os Frios realmente existirem, mas mais insegura ficou em questão aos imprints. Liz explicara como os imprints funcionava e que efeitos tinham sobre os Lobos e suas parceiras.
Pensar que um dos rapazes-lobo poderia ser o pai de sua filha, a assustava, mas saber que ele poderia já ter marcado alguém a destruía por dentro e a fazia perder as forças para continuar nessa busca.
A conversa das duas foi interrompida por uma batida na porta. Liz se ergueu para abrir a porta e se espantou com as visitas.


-Billy? Sue? – Liz questionou espantada.


-Oi Eloise. Podemos entrar? – Billy pediu a olhando com um sorriso curto.


-Claro, claro. – Liz assentiu um pouco tensa, olhando para . – A que vos devo essa visita? – Perguntou quando fechou a porta.


-Leah passou lá por casa para pegar suas coisas e falou que você tinha hóspedes. Viemos conhecer. – Sue comunicou calma.


-Entendo. Sue, Billy, essa é a Storm, minha afilhada. – Apresentou.


surgiu do canto da sala e veio cumprimentar os visitantes.


-Oi. – cumprimentou timidamente.


-Muito prazer . Eu sou Sue Clearwater, mãe da Leah, que você conheceu mais cedo, e esse é o Billy Black. – A bela mulher de negros e compridos fios e olhos cor de mel, se apresentou, apresentando também o homem de cadeira de rodas, que surgia ao seu lado, com um semblante sorridente exibindo várias rugas, mas ainda com os fios negros, parcialmente ocultados por um chapéu de cowboy castanho-escuro. - Mas que criança mais graciosa. – Sue comentou sorrindo e pegando em Sophia no colo. – Qual é o nome dela?


-Sophia. – respondeu apreensiva pela tensão de Liz.


-Sabedoria. Beleza. Subtileza. Tudo sinónimos de Sophia. – Billy falou. – Posso pegar nela um pouco? – Perguntou.


olhou para Liz aflita, que apenas assentiu levemente. Sue passou a pequena para as mãos de Billy que começou brincando com a pequena e fazendo caretas engraçadas, roubando gargalhadas jocosas e infantis da pequena.


-Parece que gostou de você, Billy. – Sue comentou.


-Ela me faz muito lembrar minhas filhas. Estou com uma saudade danada das gêmeas. Mas aquelas duas são umas desnaturadas que não querem saber do pai. – Billy resmungou continuando a brincar com a pequena.


-E então . Está gostando da Reserva? – Sue questionou.


-Há algum problema de ela ficar aqui? – Liz interveio.


-Oh, problema algum, mas estranhamos não termos sabido da estadia de sua afilhada. – Sue contou.


-A culpa foi minha. Eu apareci sem avisar. – se explicou.


-Não. A culpa não é de ninguém. Eu que pedi que ela viesse quando quisesse. E eu falei com vocês sobre a . é filha da minha amiga Mary Anne Storm.


-Oh claro. Que cabeça a nossa. A Mary Anne. Você falou sim. Nos perdoem, mas já não somos novos. – Billy sorriu acalmando a brincadeira e permanecendo com a criança sentada em seu colo. – Mas nós não viemos para inspecionar. – Sorriu calmamente. – Viemos para vos convidar pessoalmente, às três, para meu aniversário, esse sábado. – Billy convocou.


Você ainda pode ver um coração em mim?
Toda a minha agonia desaparece
Quando você me envolve em seu abraço.
Me dê algo em que eu possa acreditar.
Você abriu a porta agora não a deixe fechar.


-Céus, é esse fim-de-semana! Me esqueci por completo. Eu ainda nem comprei seu presente. – Liz se lamentou.


-Não preciso de presente. Sua presença basta. – Declarou olhando fixamente para Liz que desviou o rosto corando levemente. – Então vocês aceitam o convite? – Inquiriu olhando para . – Adoraria ter essa pequena alegrando minha festa. – Sorriu apertando o pequeno narizinho de Sophia.


-Além de que seria perfeito para apresentar aos garotos. Precisa se enturmar com pessoas da sua idade, querida. – Sue advertiu sorridente.


sentiu seu coração falhar algumas batidas quando escutou Sue falar dos garotos. Estaria ele incluído nesse grupo?


-Claro. Seria um prazer. – prontamente assentiu.


Liz a olhou sugestivamente, parecendo realmente nervosa, mas não entendeu qual era a preocupação de sua madrinha. Franziu de leve o cenho para Eloise, mas logo desviou o rosto abanando a cabeça discretamente.


-Mas que cabeça a minha. Vocês querem tomar alguma coisa? Um café, um suco? – Liz abanou a cabeça igualmente, caminhando em direção à cozinha.


-Não, querida. Eu estou bem. – Sue negou.


-Eu também. Aliás, só passamos por cá mesmo para fazer o convite e conhecer sua afilhada…e essa princesinha. – Billy sorriu passando Sophia para .


-Já vão embora? Isso foi pior que visita de médico. – Liz comentou verdadeiramente desgostosa.


-Teremos mais tempo no final de semana. – Billy lhe sorriu sendo guiado por Sue até a porta.


-Voltem sempre. Serão sempre bem-vindos. Minha casa é vossa casa. – Se despediu.


-O mesmo dizemos nós. Passe por nossa casa mais vezes. – Sue sorriu.


Liz assentiu fechando a porta de casa em seguida. Se encostou na entrada respirando apressadamente como se tivesse acabado de correr uma maratona. Passou a mão pela testa bufando e inspirando fundo.


Queria conseguir deixar isso tudo de lado.
Sei que estou a um passo de dar a volta por cima.
Tentei tantas vezes mas nenhuma foi real.
Faça isso desaparecer.
Não me despedace de novo.
Quero acreditar que dessa vez é real.


-Vocês está bem? – questionou.


Liz colocou a outra mão no peito e caminhou para o lado de se sentando do seu lado.


-Eu quase morri de susto. Você tem noção de quem eles são? – Liz questionou retoricamente.


-Não. – franziu o cenho, confusa.


-Eles são Anciãos do Conselho da Tribo. – Explicou e arregalou os olhos. – Quando eu os vi parados na minha porta pensei que eles já soubessem que eu te iria contar sobre o segredo da tribo…ou que eles até soubessem de seu segredo…sei lá. Meu coração simplesmente pulou pela boca. – Liz respirou fundo mais uma vez esfregando a mão no peito.


-Será que eles desconfiaram de algo? – perguntou preocupada.


-Eu não sei, . Eu não sei. – Respondeu abanando a cabeça freneticamente para depois parar e encarar seriamente . – Você tem consciência de que você pode encontrar o pai de Sophia nessa festa, não tem? – Questionou mordendo o lábio inferior.


-Pior que tenho, Liz. E eu estou tão apavorada. – Suspirou se encostando no sofá. – Mas me diz uma coisa que me deixou realmente curiosa. – se ajeitou encarando Liz.


-Fala. – Liz incentivou.


-A Leah também é uma Loba? Porque ela também tem a tatuagem no ombro. – Constatou.


-É sim. A única do bando. Agora ela se acostumou, mas no começo foi bem difícil para ela. E não foi só por ela ser a única loba.


Liz contou a a história do triângulo amoroso Leah/Sam/Emily, o que deixou uma noção maior e mais forte do quão forte era o imprint e de que consequências ele trazia na vida das pessoas.
Depois dessa história as esperanças de morreram um pouquinho mais, junto de seu coração, e a dúvida de se deveria de continuar com essa busca acresceram ainda mais.
Respirando fundo, se prometeu aguentar até o final de semana, por sua filha.



Me salve de meus medos.
Não arranque de mim tudo o que eu preciso.
Me dê algo em que possa acreditar.
Não arranque o que me resta,
Tudo o que eu preciso.
(All I Need – Within Temptation)

Fifth Chapter


Eu ouço o tiquetaque dos relógios.
Estou deitada na escuridão do quarto.
Me pergunto onde você estará essa noite.
Sem resposta no telefone.
E a noite passa tão lentamente.
Oh, espero que ela não termine entretanto, sozinha.



-Você está pronta? – Liz questionou parando no batente da porta do quarto de .


O tempo passara correndo e o fim-de-semana logo chegou. Embry havia saído nem havia 15 minutos para a festa depois de chegar de manhãzinha da sua viagem.


-Estou. – Sua voz soou falha.


se mirava no espelho como um ritual para se passar coragem e força para seguir em frente e encarar aquele dia. Vestia um vestido branco com duas camadas de tule por baixo e com as bainhas em uma fita de renda amarelas. O estampado era com pequenas florzinhas liláses com o centro em amarelo. Um pedaço de alça apenas envolvendo seu pescoço, junto com um pingente com a foto da sua mãe. Calçava umas rasteirinhas que se entrelaçavam em tiras pelos tornozelos acima e trazia o cabelo preso em um coque alto, com a franja arrumada para o lado esquerdo.
Seus olhos apenas levavam no cílio superior um pouco de máscara e seus lábios estavam brilhando com o gloss que aplicara.


-Você está linda. – Liz constatou.


nada respondeu, apenas a olhou pelo reflexo do espelho mordendo o lábio.


-Vai correr tudo bem, . – Liz assegurou caminhando até a afilhada e colocando uma mão em seu ombro desnudo, beijando seus cabelos.


Uma lágrima escapou de seus olhos sentindo suas forças se desmoronarem.


-Eu não sei se consigo, Eloise. Não por minha filha, mas por mim… eu ainda o amo muito e se…e se ele estiver lá? E se ele estiver lá com…com outra? Com o seu imprint? Eu não sei se vou aguentar. – Suspirou em meio a um soluço iminente.


-Calma, , você não estará sozinha. Eu estarei do seu lado, te dando forças. Vamos, limpe essas lágrimas. Queixo erguido. Inspire fundo e junte forças. Por sua filha. – fez o que Liz instruiu e em seguida pegou sua bolsa, a colocando no ombro, e pegou Baby Suh no colo.


A pequena estava lindamente vestida com um vestidinho verde claro, um agasalho verde musgo e umas sandálias pretas. Seu cabelo estava todo entrançado dos lados deixando apenas a pequena franjinha recolhida atrás da orelha.


e Liz saíram de casa caminhando a pé apenas três pequenas quadras até chegaram na aconchegante casa dos Clearwater, onde se realizaria a festa, por essa ser maior para acomodar os convidados e ter um quintal igualmente grande.
inspirou fundo mais uma vez, quando pararam na porta da casa, e Liz bateu.
A espera de serem recebidas tornava sua ânsia cada vez maior e em consequência sentia seu coração pular pela garganta e o estômago embrulhar e dar voltas, a deixando maldisposta e enjoada.


-Que bom que chegaram. – Uma garota com uma enorme cicatriz no rosto as atendeu. - Já está todo mundo lá dentro. Só estávamos esperando vocês. – Sorriu dando passagem para entrarem. - Olá , eu sou a Emily. – Se apresentou. – Olá Baby Suh. – Emily acariciou o rosto da pequena, carinhosamente. – Nossa, como ela é linda. Igual a mãe. – Emily sorriu abertamente, como a cicatriz lhe permitiu.


-Obrigada. – sorriu forçadamente, sentindo uma onda de náusea a envolver quando escutou gargalhadas espalhafatosas vindas das traseiras.


-Vejo que dispensam apresentações. Fico feliz que tenham chegado. Os rapazes estão coçando de curiosidade de te conhecer, . – Sue apareceu de algum lugar, carregando uma taça de macarronada.


De novo o coração de pulou do peito. Se sentiu ofegar e enjoar um pouco mais, o que a obrigou a ir no banheiro. Passou sua pequena para os braços de Emily.


-Onde é o banheiro? – perguntou um pouco aflita.


-Vocês está se sentindo bem? Está um pouco pálida. – Emily denotou.


-Só um pouco enjoada. – Forçou um sorriso.


-O banheiro é na segunda porta desse corredor. Não tem que enganar. Eu vou procurar algum remédio para você. – Sue indicou.


se retirou um pouco apressada demais e se trancou no banheiro se sentindo suar frio. Ergueu o tampo do vaso e se inclinou um pouco para vomitar.


-. Você está bem? – Liz questionou batendo na porta do banheiro.


vomitou um pouco mais e quando sentiu que nada mais tinha para despejar, deu descarga no vaso e se ergueu abrindo a porta.


-Você não está bem. É melhor irmos embora. – Liz acariciou seu rosto, abrindo a torneira e molhando o rosto dela.


-Eu só estou um pouco nervosa. Já vai passar. – Garantiu passando água na nuca.


-Tome. Aqui tem um comprimido para os enjoos. – Sue lhe passou um copo de água e um remédio. – Você está com uma cara péssima. – Declarou.


-Onde está minha filha? – Perguntou quando viu Emily parada no batente da porta sem Baby Suh no colo.


-Está no colo de Billy. Ele parece que se apaixonou por ela. E os rapazes também. Estão todos babados. Até o meu Sam. – Sorriu.


Até agora eu sempre me virei bem por conta própria.
Eu nunca me importei, até encontrar você.
E agora me gelam os ossos.
Como eu fico sozinha?


passou outra vez mal quando Emily falou do seu companheiro. E se fosse ele? E se esse tal de Sam fosse o pai da sua filha? correu de novo até o vaso e vomitou um pouco mais.


-Nossa, você está mesmo mal. Melhor descansar. Vem para meu quarto. – Sue a puxou pela mão quando se recompôs e se limpou.


se deitou na cama de Sue e Liz pediu em silêncio para que as deixassem sozinhas. Quando Emily e Sue saíram, Liz fechou a porta e caminhou até se sentando na ponta da cama, do lado dela. se recompôs e se colocou sentada na cama, amparada pelas almofadas, encarando Liz com os olhos marejados.


-Porque é que eu sou tão fraca, Liz? – Interrogou com a voz embargada.


-Você não é fraca, . É apenas frágil. Não há mal nenhum em ficar nervosa por estar tão perto de rever o amor da sua vida, pai de sua filha. Eu sei também que você está apavorada com essa questão do imprint. – Liz constatou acariciando o rosto de e lhe enxugando as lágrimas.


-Minha filha…ela pode estar nesse momento frente a frente a seu pai. E eu aqui. – Se culpou querendo se erguer.


-Calma. Descanse um pouco. A festa ainda agora começou. Teremos muito tempo. – Liz garantiu. – Você tem muito tempo para ganhar um pouco mais de coragem. Eu vou ficar aqui com você.


-Não. Vá para a festa. Billy com certeza deve estar sentindo sua falta. – sorriu malandra e Liz arregalou os olhos, um pouco corada.


-Você notou? – Se espantou.


-Como não havia de notar vossa troca de olhares? E a maneira como ele falou: “Não preciso de presente. Sua presença basta.” – engrossou um pouco a voz tentando imitar a voz de Billy, fazendo Liz rir alto e por consequência rir junto.


-Você é muito danadinha. Então vá. Descanse e se recupere. Quando estiver pronta, apareça lá nas traseiras. – Se despediu beijando sua testa.


-Tudo bem. – assentiu vendo Liz se retirar do quarto e encostar a porta do quarto.


encostou a cabeça na cabeceira da cama, fitando o teto e deixando mais algumas lágrimas escaparem, se recordando com precisão da noite em que ela se fez dele e ele foi seu. Secou as lágrimas inspirando fundo se dizendo mentalmente que adiar não iria amenizar o seu mal-estar ou os seus medos.
Se ergueu da cama e saiu do quarto caminhado até a sala. Mas então seu celular tocou. Estranhou estar recebendo uma ligação e se espantou ao ver o nome do irmão piscando no visor.


-Alô? – Atendeu.


-Vem ter comigo agora, ! – Exigiu com uma voz arrastada e pesada.


-Sean? Eu não estou mais na Reserva Crow. – Elucidou um pouco irritada.


-Eu sei onde você está. Estou parado aqui na porta da casa da Eloise. Venha ter comigo agora! – Avisou elevando mais seu tom de voz.


se alertou e desligou a chamada saindo apressada da casa dos Clearwater. Correu em direção a casa de Eloise e avistou seu irmão escondido atrás de umas árvores. Ele a chamou com a mão e foi até ele, relutante.


-O que você está fazendo aqui? Como me achou? – Ela brigou.


Sean nada respondeu e apenas a pegou forte por um braço a arrastando mata adentro.


-Me solta! Está me machucando. – Gritou furiosa.


-Cala a boca! – A apertou mais forte e a arrastou pela mata adentro sem qualquer destino aparente.


-Onde você está me levando. Pare Sean. Vamos nos perder. – choramingava.


-Já falei para ficar calada! – Se exaltou a jogando no chão.


Haviam caminhado bastante e estavam bem longe da Reserva.


-Sean…o que você quer. – Ela perguntou baixinho, com medo da reação do irmão.


Olhando melhor para o rosto dele, podia ver pequenos cortes, covas negras e profundas em baixo dos olhos, que estavam completamente raiados. Os nódulos de seus dedos estavam em ferida, denotando que havia se metido em confusões. Sean fungava e olhava em volta freneticamente, apertando os braços em torno do corpo.


-Você está drogado? – se surpreendeu e suspirou tristemente.


-Calada. Temos de ficar aqui escondidos. Ou eles vão nos achar. – Ele sussurrou e em seguida gargalhou alto.


Não sabe o quanto eu tenho esperado
Para tocar seus lábios e te abraçar forte.
Como eu fico sozinha?
(Alone – Glee)



Sixth Chapter


Eu não consigo lutar contra esse sentimento.
E no entanto, tenho medo de o deixar fluir.
Eu não consigo lutar contra esse sentimento.
Me esqueci pelo que comecei a lutar.


(POV Jacob)


Se eu contasse minha história diriam que eu era um lunático com sérios problemas psicóticos. Minha vida era uma verdadeira porcaria, para não dizer um palavrão pior.
Perdi minha mãe muito cedo num acidente de viação que custou as pernas de meu pai. Minhas irmãs saíram de casa antes que eu crescesse o suficiente para me virar sozinho. Com onze anos tive de começar cuidando de meu pai.
Apesar de ele ser muito auto-suficiente, havia coisas em que ele ainda era totalmente dependente. Como para tomar banho. Como ele se iria colocar sozinho dentro de uma banheira?
Então desde cedo aprendi a mexer com carpintaria e desfiz o banheiro dele montando um novo, onde ele apenas precisaria de se transferir de uma cadeira para outra, para se banhar.
Depois disso tudo se tornou um pouco melhor, mas eu sentia uma falta desgraçada da minha mãe e das minhas irmãs. Tive de crescer rápido demais para não me perder em um mundo obscuro.


Poderia dizer que meus anos de paz foram desde os meus 15 até meus 16 anos. Depois reencontrei com Bella e minha vida virou do avesso. Ficou um verdadeiro caos.
Ela começou namorando com um cara que toda a minha Reserva odiava e só mais tarde percebi porquê. Então ele sumiu, abandonou minha melhor amiga e fui eu que estive presente do lado dela, tornando seus dias melhores e mais alegres. Me apaixonei completamente por ela.


E depois eu me tornei um Lobo. Isso foi o pior de tudo de mal que me poderia acontecer. Me transformar em uma aberração gigante e peluda.
Quando eu descobri o que Edward e sua família representavam, eu odiei tanto Bella por saber da condição deles, mas o amor falou mais forte.
Enfrentei batalhas, quase morri, implorei, rastejei, sofri, mas nada demoveu Bella a desistir de casar com Edward. E o que mais me magoava não era saber que ela preferia a ele, apesar de ambos sabermos que ela nutria fortes sentimentos por mim. O que mais me destruía por dentro era saber que ela desistiria da sua vida por ele.
Bella era egoísta. Apenas pensava nela e em seu amor. Estava disposta a se sacrificar, sacrificar sua vida, sacrificar seus amigos e sua família a acreditar que ela estava morta, depois que a transformassem…E eu que lhe podia dar uma vida cheia de amor, alegria e filhos. Eu lhe podia dar uma VIDA. E não lhe tirar a vida, como aquele sanguessuga desgraçado ia fazer.


E quando ela se casou, foi como se um pedaço do meu coração fosse arrancado. Eu parti sem destino, sem vontade de continuar vivendo. Eu parti para morrer. Morrer junto dela, da vida dela.


Então eu fiquei doente. E eu acreditei que estava tão perto de morrer. Eu tinha todos os dias um anjo tomando conta de mim. Um anjo que eu não conseguia recordar do rosto.
Então eu senti um forte chamado. Algo que fez meu coração pular. Corri de volta a casa e soube da gravidez de Bella.
Era algo completamente impossível, inumano. Aquela criança era inconcebível. Um erro da natureza. Um grave erro da natureza que tirava lenta e dolorosamente a vida da minha Bella.
Eu permaneci um pouco mais do lado dela, lutando por ela e pela vida dela. Implorando que ela tirasse aquele monstro de dentro dela, mas Bella não me escutou. Mais uma vez ela não me escutou. Ela nunca escutava. Era egoísta. Sempre foi e sempre seria. Mais uma vez ela entregava sua vida em uma bandeja como se fosse um artigo barato a se vender em um leilão. E o ódio só acrescia em meu peito cada dia mais.


Então aquela coisa nasceu e Bella deu seu último suspiro, sua última batida. Ela morreu. Morreu para a vida e renasceu para a eternidade. Ela se tornara em uma Fria. Ela se tornara na minha pior inimiga. E eu continuava a amando tanto.
Meu único objetivo a partir do momento em que Bella morreu, foi matar o mostro que lhe roubara a vida. Mas quando aquele ser pequeno me olhou nos olhos, quando aquele ser me olhou com aqueles olhos de chocolate, que nem os de Bella, eu me perdi. Todas as forças que me prendia ao centro da Terra, se partiram e novas cordas; fortes e grossas cordas feitas de aço, me ligaram aquela coisinha pequena. E tudo para o que eu vivia antes - o ar, a vida, o raciocino - passou tudo a ser dela. Minha alma, meu coração e meu corpo estava todos comandados por aquele pequenino ser.


E a partir daquele dia minha vida dependeu de Renesmee. Todo o amor que eu tinha por Bella se desvaneceu como fumaça. Se desvaneceu como se nunca realmente tivesse existido, como se tivesse sido uma ilusão da minha cabeça, uma peça que não se encaixava na minha mente.


Minha vida tem sido um vendaval desde que te vi.
Tenho corrido em círculos dentro da minha cabeça.
E sempre parece que estou te seguindo.
Pois você me leva a lugares que sozinho nunca encontraria.


Agora, dois anos depois do seu nascimento, a minha vida continua um mistério. Não sei mais para o que vivo nem como vivo. Sou um pequeno robô comandando pela força de um imprint.


-Jacob! – Minha Nessie gritou correndo em meu encontro se atirando em meu colo.


Apesar de ter dois anos e aparentar ter seis, sempre que eu via Nessie ou a tocava, meu corpo todo reagia com pequenas explosões de felicidade, carinho, amor e adoração. Meu coração batia mais forte e um sorriso se rasgava em meu rosto.


-Minha princesa! Que saudades suas! – A apertei forte em meu abraço. Seu cheiro era delicioso.


-Modere seus pensamentos, Jacob. – Edward rosnou.


-Meu Deus. Vocês não desgrudam um segundo. Larga ela, Jake. Vai amarrotar o vestido importado dela! – A fadinha brigou.


-Solta ele, Nessie. Você vai ficar cheirando a cachorro! – A loira azeda comentou exasperada torcendo o nariz.


-Sabem o que é um ponto amarelo no céu no meio da noite? – Comecei com minhas piadas apenas para acicatar Rose. Ela me dardejou com seus olhos dourados e eu sorri cinicamente. – É uma loira em cima de um poste achando que é uma lâmpada! – Gargalhei alto me divertindo do rosto de Rose, que quase explodia de ódio.


Nessie ria junto comigo e Alice prendia os lábios entre seus dentes evitando rir. Edward sorria, mas logo se recompôs me olhando sugestivo.


-Eu acho melhor você ir logo embora porque hoje a Rose está muito mal disposta. – Edward advertiu.


-O que foi, loira? Acordou do lado errado da cama? Tá de TPM? – Provoquei um pouco mais. – Oh, espera. Você nem dorme nem tem aquelas coisas de mulher! – Gargalhei um pouco mais e ela rosnou.


-Corre Jake! – Nessie gritou me puxando pela mão e me arrastando para fora de casa.


Eu só estava fugindo para entrar na brincadeira de Ness, não é que eu tivesse medo da loira. A verdade é que eu provocava Rose com o propósito de ter uma briguinha com ela, como eu às vezes tinha com Emmett.


-Espere Nessie! Você esqueceu de colocar a flor no cabelo! Os acessórios são sempre importantes! Nessie, volte aqui! – A fadinha correu atrás de nós e Nessie parou cruzando os braços.


-Caramba tia, eu estava me divertindo. – Nessie comentou montando um biquinho encantador.


-É só um segundinho. – Alice declarou, prendendo uma flor de plástico rosa na lateral da cabeça de Ness, prendendo seus fios arruivados. – Prontinho. Ain, ficou tão linda!! – Alice quicou dando pulinhos e batendo palminhas, como só ela fazia.


-Uma verdadeira princesa. – Comentei embevecido admirando minha Nessie.


Ela vestia um lindo vestido rosa clarinho, com um enorme laço branco nas costas e uns sapatinhos de festa brancos, com umas meias brancas.


-Filha, leve um agasalho. – Bella lhe entregou um casaquinho de lã branco. – Jacob, não volte muito tarde. Cuidado com a estrada. Não a deixe comer muitos doces. Não a deixe se sujar, se não a Alice te castra e castra todo os outros Lobos. – Bella advertiu como uma mãe extremosa costumava fazer.


-Ah mãe! Eu não sou mais um bebê! E eu quero brincar! – Nessie brigou emburrada.


Eu me baixei em sua direção e segredei em seu ouvido, mesmo sabendo que todos os outros iriam escutar.


-Eu tenho lá em casa uma roupa para você poder trocar para brincar. – Comentei e ela se alegrou batendo palmas à lá fadinha.


-JACOB BLACK! Nem ouse encostar em um dedo sequer no meu vestido importado de Marrocos! – Alice vociferou danada.


-Baixinha. Você escolhe. Ou eu troco a roupa da Nessie, ou você vai ter de se segurar quando ela aparecer com o vestido Made in Marrocos todo coberto de lama, suco e doces. – Cruzei os braços e Alice me encarou de olhos arregalados.


-Ain que ódio! Se eu conseguisse enxergar o vosso futuro eu poderia prever esse tipo de desastres! Droga, mil vezes droga! Não se mexam que eu já volto! – Exigiu sumindo que nem um foguetão (literalmente) para dentro de casa.


-Vê se não se perde no País das Maravilhas Importadas, Alice. A festa do meu pai está quase começando! – Falei um pouco mais alto sabendo que ela me escutaria.


Mal terminei de falar ela surgiu de nova na minha frente carregando uma mochilinha cor-de-rosa com desenhos da Barbie com um cachorro. Ri do desenho e rolei os olhos.


-Tome, aqui está uma muda de roupa para ela. – Me entregou a mochila.


-Eu falei que tinha lá uma muda. Não preciso dessa.


-E você lá entende de roupas e de mudas? Com certeza suas mudas não são fashions como as minhas! Leva isso e não se discute mais. – Alvitrou firme.


-Tudo bem, baixinha. Vamos Nessie? – Dei a mão a minha pequena princesa.


-Vamos! – Ela saltitou me abraçando. – Eu te adoro Jake.


-Eu também te adoro muito, minha pequena. – Declarei afagando seu rosto.


Porque eu não consigo lutar contra esse sentimento?
Me esqueci pelo que comecei a lutar.
E se eu tiver de rastejar. Chegarei derrubando sua porta.
(I Can´t Fight This Feeling – Glee)


Eighth Chapter
Vá em frente, faça nossos sonhos se realizarem.
Não desista da luta, você ficará bem.
Porque não há ninguém como você no universo.
Não tenha medo do que a sua mente esconde.
Você deveria resistir pelo que você acredita.

(POV Embry)
-Bom dia filho! – Minha mãe me desejou quando eu surgi na cozinha.
-Precisamos falar. – Anunciei.
-Claro. Está acontecendo alguma coisa? – Perguntou e antes que eu pudesse responder bateram na porta.
-Deve ser Leah. – Expliquei e ela assentiu indo abrir a porta.
Minha namorada cumprimentou a sogra e atravessou a sala vindo em meu encontro beijando meus lábios apaixonadamente.
-Eu vou vos deixar sozinhos. – Minha mãe indicou.
-Não. Nós ainda não falamos. E não há qualquer mal da Leah escutar. – Afirmei e minha mãe me olhou preocupada.
-Está se passando alguma coisa? – Perguntou desassossegada.
-O que você contou a sobre nós? – Perguntei.
-Contar? Sobre nós? Nós quem? – Inquiriu confusa.
-Sobre nós. – Apontei para mim e para Leah e em seguida para a tattoo.
Leah me olhou inquisitiva com uma interrogação em forma de ruga na testa.
-Eu…eu…eu não contei nada. – Minha mãe engoliu em seco, sinônimo de que ela estava mentindo.
-Mãe. O que você está escondendo? – Insisti.
-Já falei que não estou escondendo nada, Embry! Você tá duvidando da palavra da sua mãe? – Bravejou.
-Alguma coisa você está escondendo sobre a . – Segredei.
-O que diz respeito a , eu não posso falar. – Me virou costas.
-Eu sou seu filho, caramba. E se o que você está escondendo tem a ver com o bando, eu tenho todo o direito de saber! – Continuei discutindo em cochichos.
Mas parei quando percebi que não estávamos mais sós.
-Bom dia, . Bom dia Baby Suh! – Minha mãe as cumprimentou e eu olhei Leah de relance, percebendo seus olhos fixos na criança.
-Bom dia Liz, Embry. – nos cumprimentou e eu vi Leah caminhando até .
-Oi. Eu sou a Leah, namorada de Embry. Oi princesinha. Tudo bom com você? – Leah se apresentou, babando na pequena.
Pronto, meu inferno estava completo. Agora Leah só iria ficar mais certa em querer adotar uma criança.
-Prazer Leah. Eu sou a e essa é a Sophia, minha filha. – se apresentou de volta.
-Muito linda sua filha. Seu rosto me faz lembrar alguém. – Me olhou sugestiva e eu rolei os olhos, suspirando baixinho.
-Nós já vamos indo, mãe. Devemos voltar no fim-de-semana. – Anunciei arrastando Leah para ir embora.
-Vai viajar? – questionou.
-Mais ao menos. – Leah deu de ombros analisando curiosamente a expressão de .
-Então, boa viagem. – sorriu e nós saímos de casa.
Quando estávamos longe o suficiente, Leah me olhou com os olhos estreitos.
-O que foi? – Indaguei.
-Aquela menina não te faz lembrar ninguém? – Me questionou insinuante.
-Não. Porquê? Te faz lembrar alguém? – Perguntei confuso.
-Faz sim…só que eu não estou conseguindo associar a ninguém. – Suspirou parando na porta de casa dela. – Vou pegar minhas coisas lá dentro. – Me deu um selinho e entrou em casa.
Ajeitei minha mochila no ombro e vi Paul e Jared saindo de casa e caminhando em minha direção.
-Então. Prontos para uma viagem? – Perguntei animado.
-Pronto para servir de vela, isso sim! – Paul rolou os olhos, inconformado.
-E eu serei o castiçal! – Jared pegou rindo descontroladamente.
-Vamos? – Leah se juntou a nós me abraçando.
-Bora. – Respondi animado.
~~*~~
E essa noite nós poderemos verdadeiramente dizer,
Que juntos, somos invencíveis.
E durante a batalha, eles irão nos rebaixar.
Mas por favor, por favor,
Vamos usar essa chance para reverter as coisas.

-Então, o que vocês descobriram? – Jacob nos perguntou quando nos juntamos de volta ao nosso bando, na sexta-feira. Cinco dias depois de termos partido para o Canadá.
-Não há respostas plausíveis. Os testes de sangue estão normais, a temperatura desceu para a temperatura habitual dos humanos, eles demoram a sarar e bom, não se transformam mais. – Enumerei.
-Será que isso pode ser algum poder de algum vampiro interferindo com a transformação dos lobos?
-Eu não acho. – Quil se pronunciou. - Eu estive investigando junto com meu avô e estivemos revendo as Lendas, mas nenhuma especificava nada em relação a uma regressão das transformações.
-Ou seja, as Lendas não nos podem ajudar. – Leah respondeu frustrada.
-Espere, eu tenho uma teoria. – Quil se ajeitou no sofá da casa dos Black.
-E qual é? – Perguntei curioso.
-Já que as Lendas não nos souberam dizer nada, eu investiguei nos repositórios da biblioteca da escola, procurando pelos arquivos das populações ao longo dos anos. Vocês sabem que são sempre feitas fichas de todos os habitantes de La Push. Bom, alguns são confidenciais e estão com o meu avô, mas há aqueles que são abertos ao público, que são os que estão na biblioteca… - Quil divagou.
-Quil, fala logo o que você descobriu! – Leah se irritou o fazendo rolar os olhos.
-Então, eu descobri que em 1837 um pequeno grupo de jovens foi recrutado por uma Organização Mundial para prolongar os estudos fora do país. A maior parte deles, quando terminou os estudos, nunca mais voltou. Agora adivinhem para onde eles foram? – Nos perguntou.
-Canadá. – Presumi.
-Exatamente. Então a minha teoria é a seguinte. Como eles se afastaram da nossa tribo e deixaram de ter contato com os nossos genes, se misturando com os genes dos humanos habituais, eles acabara por perder os códigos que os permitiam a uma transformação imediata, assim que vampiros estivessem por perto. Esses códigos foram se perdendo com o passar dos anos, mas não desapareceram por completo, por isso eles conseguiram efetuar uma transformação. – Quil explicou.
-Mas como eles se tornaram Lobos? – Seth questionou.
-Ao que parece, um grupo de vampiros se instalou na cidade em que eles estavam, o que forçou os genes de Lobo a tomarem conta do organismo deles, os fazendo se Transformarem. Eles destruíram os vampiros e antes que os genes dos Lobos pudesse rescindir de novo, nós os chamamos para se juntarem a nós na batalha contra os Volturi.
-Mas eles já não deviam ter deixado de se tranformar há mais de um ano? – Jake perguntou.
-Bom, segundo a minha teoria não. Porque eles continuaram se transformando habitualmente. Só que as transformações começaram a se tornar mais escassas, porque eles não tinham mais contato connosco, ou com vampiros e por isso não havia a necessidade de eles se transformarem. Daí eles terem regredido na Tranformação. – Terminou a explicação da sua teoria.
-Pode ser apenas uma teoria, mas pelo menos faz todo o sentido. – Jake comentou.
-E responde a todas as nossas perguntas. – Acrescentei.
-O que o Sam achou disso? – Jake questionou.
-Eu ainda não tive oportunidade de falar com ele, mas amanhã, depois do aniversário do seu velho eu falo com ele. – Quil avisou.
-Verdade. O velho Billy faz anos amanhã. – Lembrei e meu amigo sorriu fraco.
-Estão todos dispensados. Até amanhã. – Jake indicou suspirando pesadamente.

E essa noite nós poderemos verdadeiramente dizer
Que juntos, somos invencíveis.
Faça isso por si mesmo. Não faz diferença para mim.
O que você deixa para trás, o que você escolhe ser.
E qualquer coisa que disserem, sua alma é inquebrável.
(Invincible – Muse)

Ninth Chapter
Eu estava errada em pensar que
Eu poderia sempre confiar em você.
Aqui eu estou, aqui eu fico.
(POV Embry)
Fui embora com Leah e Seth e passei o resto da tarde em casa da minha sogra acabando por jantar lá e ajudando a preparar as coisas para a festa no dia seguinte. Quando demos conta já estava tarde da noite e eu acabei dormindo lá por insistência de Leah. Só voltei para casa na manhã seguinte me arranjando rapidamente para a festa e saindo antes de minha mãe e .
Assim que cheguei na festa todos já estavam lá, até mesmo Jacob e Nessie, que se deliciava brincando com Claire, da mesma idade dela, física. Porque a Nessie tinha dois anos de idade.
Estavam todos no quintal conversando, namorando e comendo.
-Oi pessoal! – Cumprimentei de alto.
-Oi Embry! – Me cumprimentaram todos em coro.
-Parabéns, Billy! Muitos anos de vida e saúde de ferro! – Desejei lhe entregando uma pequena recordação.
-Obrigado, Embry. – Me agradeceu olhando em vota. – Cadê a sua mãe, a e a Baby Suh? – Perguntou estranhando eu ter vindo sozinho.
-Baby Suh? Quem é Baby Suh? É outra gata? – Paul questionou levando um tapa de Rachel. – Ai amor, só estava perguntando. Não é que eu vá ter olhos para outra garota que não você, né! – Falou como se fosse realmente óbvio.
-Baby Suh é a coisa mais linda que eu já vi na vida. É filha da . – Leah comentou com os olhos brilhando.
-Filha? Mas a garota parecia ser bem nova. Que idade que a tem? – Quil questionou se recordando da breve imagem que eu havia mostrado sem querer no outro dia.
-É mais nova que nós. Tem 19 anos. E Sophia tem dois. – Contei.
-Nossa. Foi mãe bem jovem. – Emily se espantou.
-Cadê o Seth? – Perguntei não o vendo por ali.
-Foi na casa dos Cullens. A Alice tinha comprado um presente para Billy mas ainda não tinha chegado. Ela ligou há pouco dizendo que estava chegando e que era para Seth o ir pegar. – Leah explicou rolando os olhos. – Eles acham que o Seth é o cachorro de estimação deles. – Bufou.
-Leah, não seja tão venenosa! – Sue brigou e no mesmo instante a campainha soou. – Deve ser a Eloise.
-Eu vou abrir. – Emily indicou correndo para dentro de casa.
Vi Paul e Jared pregarem uma partida a Collin e Brady lhes colocando cubos de gelo nas calças, o que roubou várias gargalhadas de todos nós, por vê-los aos saltos.
Poucos minutos depois Emily surgiu com Sophia no colo, que pulava animada pela festa.

-Baby Suh! – Billy exclamou. Ele gostava mesmo da garota.

-Olha, Claire. Uma criança! – Nessie gritou correndo até Emily e fazendo carinho na menina.
-Nossa, que menina mais linda! – Kim comentou.
-Linda, mesmo, não é? – Leah questionou apertando as bochechas da pequena.
-Muito mesmo. – Rachel se espantou. – E me faz lembrar alguém.
-Eu não falei. A mim também me faz lembrar alguém, mas não sei quem. – Leah continuou brincando com a pequena.
-Onde está Liz e ? – Billy questionou estranhando elas não terem aparecido.
-A passou mal. Eu vou ver se elas precisam de alguma coisa. – Emily avisou, passando a pequena para as mão se Leah.
-Me traz ela aqui, Leah. Eu quero pegar nela. – Billy pediu.
-Nossa, papai, eu nunca te vi tão animado com uma criança, nem mesmo com Nessie. – Jacob se espantou.
-Eu não sei explicar, mas eu sinto que com essa pequena é diferente. – Ele sorriu acariciando o rosto da menina, que se ergueu e deu um beijo no rosto de Billy.
-Querem ver que o meu sogrão teve um imprint pela pequena! – Paul pegou nos fazendo gargalhar alto.
Reparando melhor nela, eu poderia concordar com Leah e Rachel. Baby Suh me fazia sim lembrar de alguém. Mas eu não conseguia me lembrar quem.
-Desculpe a demora, Billy, mas a não se sentiu muito bem. Ela ficou descansando no quarto de Sue. – Minha mãe surgiu entre a multidão que se aglomerava aos pés da cadeira de Billy, admirando e brincando com a pequena.
-Não tem mal. Espero que ela fique bem. – Desejou.
Eu estava errada em pensar que
Eu poderia sempre amar você,
Eu estava errada em pensar que
Você deveria me amar também.
(POV Seth)
-Seth, você tem que levar com muito cuidado esse presente. Ele foi importado do Hawaii e é muito frágil! – Alice me mandou sermão mais uma vez.
Eu apenas abanei meu focinho sentindo minha pata traseira sendo apertada pela corda que prendia o presente de Billy.
-Alice, deixa o Seth ir embora de uma vez, senão quando ele chegar lá a festa já terminou e ele nem aproveitou. – Esme me defendeu e eu abri minha fileira de dentes em um sorriso lupino.
-Tudo bem, vai lá. – Alice me dispensou e me virei para entrar na floresta. – CUIDADO! – Ela gritou mais uma vez e eu bufei alto rolando os olhos.
Corri para dentro da floresta ignorando os protestos de Alice para que eu fosse mais devagar. Tomei todo o cuidado com minha pata traseira, tendo atenção para não tropeçar nem bater com o embrulho em nada.
Quando olhei para a frente derrapei. Tinha chegado à fronteira e teria que saltar para o outro lado. OK, o salto não era muito grande para mim, o faria sem esforço algum, mas tinha de ter cuidados redobrados com o presente da Alice, se eu não queria ser no futuro um Lobo castrado.
Caminhei um pouco para trás, para dar lance e depois corri de volta para a frente saltando para o outro lado e tomando cuidado para não cair sobre as patas traseiras. Acabou que eu fui de focinho ao chão ficando com as patas traseiras para cima.
Ao menos o embrulho está a salvo.” Me queixei doloridamente, me recompondo para tornar a correr.
-Pare! – Escutei um grito não muito longe de onde estava e logo em seguida escutei algo ser jogado contra uma árvore. Quando senti o cheiro de sangue, percebi que não tinha sido algo, e sim alguém.
Corri mais rápido em direção ao cheiro de sangue e percebi uma garota inconsciente, jogada no chão e do seu lado um cara com um casaco com o capuz na cabeça, agachado, se embalando para a frente e para trás, olhando a garota desacordada.
Os dois eram humanos e eu não podia simplesmente atacar o cara. Aliás, eu não sabia o que haveria de fazer nesse momento. Então uivei alto. Uivei até sentir alguém se conetar comigo.
O que está acontecendo, Seth?” Minha irmã perguntou desesperada.
Preciso de ajuda aqui.” E mostrei a imagem.
MELANIE!” Embry exclamou correndo mais rápido.
Não saia de onde está, Seth.” Leah pediu.
Só vieram vocês dois?” Perguntei.
Sim. O Sam e o Jake disseram que se precisássemos de reforços, para uivarmos de novo.” Leah avisou.
Logo vi eles se aproximando mais de onde eu estava escondido, se juntando a mim.
Eu vou me transformar de novo. Eu conheço o cara.” Embry avisou.
Eu vou junto.” Leah avisou.
Eu ia com vocês, mas não tenho aqui minha roupa.” Avisei triste.
Logo eles se desconetaram e os vi se aproximarem do tal cara.
 
(POV Embry)
Estávamos todos na festa, celebrando e fazendo brincadeiras anormais, típicas de garotos, quando escutamos o uivo do Seth.
-Leah, Embry, vão ver o que aconteceu com Seth. – Jake nos recrutou.
-Vai ver que ele quebrou o presente da Alice. – Jared deu de ombros.
-Se precisarem de reforços uivem. – Sam nos avisou e eu assenti.
Corremos em direção à floresta e logo nos conetamos com Seth. Quando ele nos mostrou o que estava ocorrendo eu me desesperei. Eu sabia que havia mentido em relação a Sean. Não só porque eu a conhecia bem demais, como também o conhecia a ele, mas porque ela tinha algumas cicatrizes nos braços e rosto que ela nunca teve.
Me transformei de volta e me aproximei dele lentamente.
-Sean. – O chamei controlando ao máximo uma raiva anormal que estava sentindo.
Ele se ergueu e me olhou, tirando o capuz da cabeça.
-Embry!? – Se espantou.
-Eu mesmo, cara. O que aconteceu aqui? – Perguntei olhando para e trincando o maxilar.
Leah já estava ao pé dela, checando se estava tudo bem.
-Ela está inconsciente. – Leah murmurou só para que eu escutasse.
-Eu…eu…ela não parava de gritar…e eles iriam escutar… - Ele falou totalmente alucinado.
-Nós precisamos tirar ela daqui o mais rápido possível, Embry. – Leah insistiu me mostrando a mão cheia de sangue e apontando para a cabeça de .
-Sean. Foi você que fez isso com ela? – Perguntei tentando não demonstrar minha irritação e controlando meus tremores.
-Ela não se calava. – Ele se irritou tentando me atacar, mas eu consegui desviar rapidamente, prendendo seus braços atrás das costas.
-Leah, leve para minha casa. Seth, vá chamar Carlisle. Rápido! – Exigi para os dois. – Eu trato de Sean. – Falei mais para mim, dando um murro em seu rosto, o suficientemente forte para o fazer desmaiar.
O coloquei em meu ombro e segui Leah para minha casa.
Então onde diabos está você?
Então onde está você quando eu também preciso de alguém?
(Where? – Nickelback)



Tenth Chapter


Tudo o que eu preciso é você.
Venha, por favor, estou chamando...
Eu estou gritando por você
Apresse-se, estou caindo... estou caindo.


(POV Embry)


-Pouse ela em minha cama. – Pedi a Leah ao mesmo tempo que colocava Sean, ainda desacordado, sentado em uma poltrona encostada a um canto do meu quarto.

-Precisa de ajuda? – Ela perguntou quando me viu pegando em umas cordas e prendendo Sean à poltrona. Sabia que ele iria reagir mal quando acordasse.

-Não. Volte a sua casa e avise Sam e Jake o que aconteceu e que eu chamei Carlisle para vir ver . – Pedi terminando de dar um nó nas cordas.

Ela assentiu e saiu apressada. Escutei gemer baixinho e se remexer na minha cama. Uma pequena nódoa de sangue já manchava minha almofada, mas eu pouco estava me importando. O que eu temia era as possíveis lesões que ela pudesse ter. Caminhei até e acariciei seu rosto, retirando uma mecha de cabelo, ensanguentada, de sua testa. Seu rosto estava mais pálido que o habitual e isso me preocupava…me apavorava de morte.

-Se aguente . Se aguente.

(End POV Embry)

Seth correu o mais rápido possível, de volta a casa dos Cullen. Escutava o tilintar do embrulho preso em sua pata e logo deduziu que havia quebrado o presente importado de Alice. Em outra altura iria se preocupar com sua integridade física, mas nesse momento era indiferente.
Quando chegou mais próximo da casa dos Cullen, uivou baixo, indicando que estava por perto e logo Alice, Edward, Bella e Esme surgiram na porta.

-MEU PRESENTE! – Alice gritou chocada e pronta a fervilhar.

-Preciso que Carlisle venha comigo para a Reserva. Aconteceu um acidente. – Edward traduzia os pensamentos de Seth.

-Acidente!? – Bella se alertou.

-Não tem a ver com a nossa menina. Se acalme. – Edward pediu. – Mas parece ser grave, Carlisle. – Edward falou e de trás dele, saindo da casa, surgiu Carlisle trazendo uma maleta médica.

-Vamos logo, Seth. – Carlisle indicou entrando em sua Mercedez Preta e conduzindo para La Push, enquanto Seth voltava para a Reserva em sua forma Lupina.

Antes de entrar na floresta, o pequeno lobo cor de areia olhou pra trás e em um choramingo animal passou uma recado para Alice através de Edward.

-Ele está pedindo desculpas pelo presente.

-Está desculpado…mas só dessas vez! – Ela lembrou cruzando os braços em amuo, o que fez Seth sorrir divertido, que então partiu.

~~*~~

Leah adentrou em sua casa correndo, aparecendo no seu quintal com uma expressão desassossegada.

-O que aconteceu? – Sam questionou.

-Você está sangrando! – Sue se alertou.

-O sangue não é meu. – Leah despreocupou a mãe, mas esta arregalou os olhos pensando em Seth. – Nem de Seth, nem de Embry! Estamos todos bem…ou quase todos. – Leah se enrolou um pouco e parou de falar, olhando para Baby Suh apreensiva.

-Vocês viram ? Ela sumiu do quarto. – Eloise surgiu de dentro de casa e logo todos entenderam o que se passava.

-Foi algum vampiro? – Jake se preocupou.

-Não, não. Foi o irmão dela.

-Sean!? – Eloise logo se apercebeu do que acontecia. – Oh Meu Deus, o que ele fez com ela? – Eloise parou na frente de Leah com uma mão no peito, que logo subiu para a boca, para abafar um grito, quando viu sangue nas mãos e na roupa de Leah. – Oh Meu Deus! – Se alertou passando mal.

-Seth já foi buscar Carlisle. – Leah olhou Sam tentando perceber se havia algum mal nisso.

-Sem problemas. Ele pode entrar. – Sam assentiu.

-Mamã? – Baby Suh se alertou se colocando de pé no colo de Billy.

-Como ela é perceptiva. – Emily se espantou.

-Não é bom levar agora a menina para casa. – Leah avisou limpando o sangue das mãos na sua roupa.

A pequena criança tremeu os lábios, aguando seus olhos, para logo em seguida iniciar um choro desenfreado e assustado.
Billy abraçou a menina, mas ela o afastava violentamente. Emily tentou pegar nela, mas ela gritava mais e mais. Todas as mulheres da casa tentavam acalmar a pequena, sem qualquer sucesso. Nenhum dos rapazes se atreveu a chegar perto da menina, com medo de quebrar aquele pequeno ser, tão frágil. Apenas Quil se atreveu, pegando nela e a embalando.

-Ela não está lutando mais. – Quil avisou e todos o olhavam espantado. – Tive muitas noites dessas com Claire. – Olhou sua pequena com um sorriso que não parecia ser aborrecido ou pesaroso.

Mostre-me como é ser o último a ficar de pé.
E ensine-me a diferença entre o certo e o errado,
E eu te mostrarei o que posso ser.
Diga isso para mim, diga isso por mim.
E eu deixarei essa vida para trás.

Mas de novo a pequena começou se afastando de Quil e o empurrando para a largar. Quil passou a menina para os braços de Jake para este passar de novo a pequena para o colo do pai, mas assim que Baby Suh se viu nos braços de Jake, se calou, abraçando Jake e suspirando com a cabeça pousada em seu pescoço, com seus olhos piscando, até se fecharem.

-OK, você fez mágica! – Paul constatou rindo um pouco alto.

-Shhiiiiii! – Rachel o silenciou, dando um cascudo em sua cabeça.

-Acho que é a magia dos Black! – Emily sorriu.

-Fui passado para trás por um garoto bem mais jovem. – Billy fingiu embicar fazendo todos rirem.

-Shiiii. – As meninas brigaram, mas não contiveram um risinho baixo.

-Eu acho que vou para casa. – Eloise falou ainda preocupada.

-Fique Liz. Você está nervosa demais e pode atrapalhar o médico. – Sue pediu e Eloise hesitou.

-Por favor. – Billy insistiu a olhando intensamente, o que logo desarmou a mulher, que aceitou ficar.

Jake ainda carregava a pequena Suh, a embalando, perplexo com o seu “poder”. Sentiu uma estranha afeição por aquela pequena e ficou tempos infinitos concentrado na respiração calma da criança, no seu leve ressono, quase tão melódico como o de um passarinho, e no seu cheiro forte, mas ao mesmo tempo delicado. Sua pele se arrepiava por onde a pele da pequena o tocava, com seus bracinhos em volta do pescoço dele. Essa era uma estranha reação, mas Jake não se sentia incomodado, de todo, apenas uma estranha sensação de conforto, carinho, reconhecimento e amor paternal…sentimentos deveras estranhos para ele.

-Você fica muito fofo com ela no colo, Jake. – Nessie comentou. – Parece até que ela é sua. – Comentou e Jake arregalou os olhos assustado.

-Sou muito novo para ser pai…além de que não achei a mãe ideal para ser mãe de meus filhos. Ou melhor…ela ainda não está preparada para tal. – Ele sussurrava, para evitar acordar a pequena em seus braços.

-Sei. – Nessie comentou desconfiada e logo foi puxada por Claire para brincar.

A um canto não muito afastado de onde Jake se encontrava, Billy escutara atentamente as insinuações despropositadas de Nessie e de certa forma ligara isso às interrogações das garotas sobre o fato de acharem a menina parecida com alguém. Aquelas questões e dúvidas ficaram martelando em sua cabeça insistentemente e depois de algumas contas, os olhos de Billy se arregalaram com a constatação das afirmações que sua mente formara.
Com ambas as mãos empurrou as rodas de sua cadeira a guiando pelo quintal em direção ao assento onde Eloise estava.

-Está tudo bem? – Ela questionou quando percebeu a aproximação do amigo.

-Essa era uma pergunta a ser feita por mim. Seria mais óbvio. – Ele sorriu fazendo Eloise prender a respiração discretamente. – Podemos falar…em outro lugar. – Indicou olhando em volta, indicando que queria privacidade.

-Podemos dar um passeio? Estou precisando andar para me acalmar. – Ela indicou.

-Isso seria perfeito. – Ele aceitou.

Eloise se encaminhou para trás da cadeira a guiando em contorno à casa dos Clearwater. Antes que pudesse deixar de avistar, Billy deitou uma última olhadela ao filho e a Baby Suh e suas certezas se vincaram com mais força em sua mente.
Liz guiou Billy por toda a praça, parando em um banco de jardim, o colocando de frente para si.

-O que me queria falar? – Eloise sentiu seu rosto queimar levemente e desviou o rosto evitando que Billy percebesse seu pequeno rubor.

Billy sorriu percebendo o constrangimento de Liz e sentiu uma alegria no peito por seu sentimento ser recíproco. Mas, por mais que quisesse, agora esse não era momento para romances. Havia um motivo muito mais forte para ser discutido.

-Liz. – Ele a chamou e quando ela o olhou nos olhos ele perdeu um pouco o fio à meada, para logo em seguida se recompor. – A Sophia é filha do Jake, não é? – Questionou e os olhos de Eloise saltaram fora de órbita em surpresa.

-O Jake? OMG, o Jake! – Ela primeiro se interrogou para depois soltar uma exclamação de constatação.

-Você não sabia? – Billy franziu a testa.

-Não. Quer dizer. Ai Meu Deus. Eu prometi a que não falava do segredo dela para ninguém, mas… - Eloise divagou olhando em volta para, no final, parar nos olhos de Billy. – Espero que você não fique bravo comigo. – Ela torceu o rosto em receio e ele lhe sorriu demonstrando que estava tudo bem. – Acho que devo explicações, né? – Perguntou apreensiva.

~~*~~

-Embry! – Seth chamou adentrando pela casa dos Call.

-Aqui no meu quarto! – Embry chamou.

Seth deu passagem para Carlisle e ambos seguiram em direção ao quarto de Embry. Assim que lá chegaram, Seth ficou do lado de Embry e Carlise caminhou até a cabeceira da cama, abrindo sua maleta e retirando alguns materiais para examinar .
Após uns poucos minutos em um exame minucioso, Carlisle guardou sua maleta e encarou Embry.

-Foi um corte superficial. Já limpei, desinfetei e cosi, mas não posso dizer concretamente se houveram danos internos. Acho melhor levarmos ela para o hospital. – Carlisle aconselhou.

-Tudo o que for necessário doutor. – Embry assentiu e Carlisle pegou em no colo e a encaminhou pela casa em direção ao seu carro.

-Nos encontramos lá. – Carlisle indicou e Embry assentiu.

~~*~~

-Você tem de me prometer que não fala nada, ainda, para Jacob. – Liz pediu, pegando nas mãos de Billy. – Não até eu falar com e ver o que ela decide sobre isso.

-Tudo bem, Liz, mas assim que ela recuperar, eu quero falar com ela. – Billy exigiu. – Eu não posso perder minha neta.

Diga se vale a pena me salvar...
Os portões do paraíso não se abrirão para mim.
Com essas asas quebradas estou caindo.
E tudo que eu vejo é você...
(Savin’ Me – Nickelback)


Eleventh Chapter

Segure-se! Não tenha medo.
Você nunca mudará o que aconteceu e passou
Talvez seu sorriso brilhe.
Seu destino pode mantê-lo aquecido

(POV Embry)

-Nos encontramos lá. – Carlisle me indicou depois que colocou no banco de trás do seu carro e fechou a porta.

Eu assenti e fiquei alguns segundos vendo o carro desaparecer na estrada de terra até sair da Reserva e seguir a estrada em direção a Forks.

-Ela vai ficar bem. – Seth me garantiu, aparecendo atrás de mim e colocando a mão em meu ombro.

-Espero bem que sim. – Sussurrei sentindo um aperto no peito, que me fez instantaneamente lembrar de Sean.

Me virei sem aviso prévio, sobressaltando um pouco meu cunhado, e seus olhos se semicerraram em expetativa quando me viu vincando os maxilares e olhando fixamente para dentro de casa.

-Se acalme, Embry, ele está drogado. Não teve consciência do que fez. – Seth tentava me falar, mas de pouco adiantou, porque nem metade me entrou nos ouvidos.

Ignorei seus protestos verbais e me encaminhei para dentro de casa em direção ao meu quarto, onde o maldito que quase matara sua irmã, estava acorrentado.
Assim que o avistei de olhos abertos, esgazeados e raiados, meu sangue subiu à cabeça e eu corri em sua direção, elevando o meu punho na altura do seu rosto. Escutei Seth, que me seguira de perto até meu quarto, gritar um sonoro NÃO quando minha mão voou em uma espécie de alavanca na direção de Sean. Eu não controlei o soco, apenas desviei um pouco sua trajetória, esmurrando a parede de madeira atrás dele, fazendo um buraco na mesma.

-Embry! – Escutei Leah me chamar.

Nem me apercebera quando ela chegara, nem quando entrara, nem se já havia me chamado antes.
Eu permaneci na mesma posição, inclinado sobre Sean, que mantinha os olhos completamente arregalados e assustados me olhando, com a mão ainda enfiada no buraco que causara na parede.

-Embry. – Leah tornou a me chamar, agora mais calmamente, tocando de leve em meu ombro.

Sentir seu hálito chicotear minha nuca foi uma espécie de calmante instantâneo que me fez recuperar o fôlego e regularizar a respiração, que até agora estava descompassada, rebentando como um trovão em meu peito.
Lentamente, como que ainda temendo minhas próprias ações, retirei o punho de dentro do buraco, sentindo uma dor dilacerante irromper na área em questão.
Leah levou uma de suas mãos ao meu cotovelo e a outra segurou com cuidado meu pulso o erguendo na altura de seu rosto. De leve ela soprou a ferida, que continha lascas pequenas de madeira, cravadas entre a carne de meus nódulos e em meus dedos. A mão gotejava em pequenas quantidades de sangue, que formavam fios e mais fios se juntando todas em uma pequena poça que escorriam por meu braço e pingava no chão.

-Vamos cuidar disso. – Ela me olhou sem qualquer tipo de repreensão nos olhos, apenas preocupação.

Forcei um sorriso para ela e me deixei encaminhar até o banheiro, onde ela pegou a caixa de primeiros socorros e uma pinça. Com a pinça ela retirou cuidadosamente todas as farpas de madeira cravadas em minha pele. Apesar da ardência, a dor era quase imperceptível. Coisas de Lobo. Depois de ter retirado tudo, Leah desinfetou minhas feridas, que já mostravam sinais de cicatrização e no final de ter guardado tudo de novo no sítio, ela me encarou.

-Você está bem? – Perguntou em um quase sussurro.

Comprimi meus lábios e assenti com a cabeça. Mesmo que por dentro eu não tivesse tantas certezas assim.
Ela sabia que eu não estava sendo totalmente verdadeiro, mas nada acrescentou ou contestou ao meu consentimento silencioso. Apenas me abraçou e beijou meu rosto.

-Preciso ver como ela está. – Por fim falei, me desencostando da parede e caminhando de volta para o quarto.

Olhei Sean de relance. Faíscas de ódio consumiram meus olhos como labaredas, mas a delicada mão de Leah entrelaçando a minha me despertou de outro acesso de raiva e me fez comprimir os olhos. Só Leah tinha esse efeito em mim. Apertei sua mão e olhei para Seth.

-Fique aqui vigiando ele até eu voltar. Não deixe ele se soltar, nem deixe ninguém o soltar. Ninguém mesmo, Seth. – Exigi autoritário e Seth assentiu.

Porque todas as estrelas
Estão desaparecendo
Apenas tente não se preocupar
Você as verá algum dia

Saímos de minha casa encontrando com minha mãe e com Billy a meio do caminho.

-Como ela está? – Minha mãe questionou.

-No hospital. – Minha voz saiu mais embargada do que eu previa.

-Oh céus! É assim tão grave? – Minha mãe se abalou agarrando firmemente na mão de Billy.

-O Dr. Carlisle a levou para o hospital para saber se houveram danos internos. – Leah respondeu por mim.

-E Sean?

Apertei mais forte a mão de Leah tentando controlar os tremores que assolavam o meu corpo.

-Está lá dentro amarrado. – De novo Leah respondeu por mim.

-Amarrado? – Billy questionou olhando diretamente para mim.

-Ele está violento e descontrolado. Não quero que ele fuja e saia por aí machucando mais ninguém. Ficará assim até eu voltar e decidir o que farei com ele. – Declarei imparcial e decidido.

-Tudo bem. – Billy assentiu sem me questionar.

-Cadê Baby Suh? – Perguntei preocupado.

-Dormindo tranquila no colo de Jake. Aquela menina é muito perceptiva. Assim que falamos no nome da mãe, a menina se inquietou e abriu um berreiro desenfreado e nem mesmo no colo de Billy ela se acalmou. Mas assim que Jake pegou nela, foi instantâneo, ela adormeceu. – Minha mãe comentou.

-Melhor assim. – Comentei mais aliviado.

-Vamos. – Leah me puxou pela mão.

-Dê notícias, filho. – Billy pediu e eu assenti.

Caminhamos até o carro que eu e Leah havíamos comprado em conjunto mês passado e dirigi em alta velocidade em direção ao hospital de Forks.
Minutos depois, estacionei no parque e meio apressado entrei no hospital em busca de Carlisle. Não foi preciso perguntar a ninguém onde ele estava. Bastava seguir o seu cheiro enjoativamente adocicado e ácido.
Nem me preocupei com as enfermeiras que tentavam me barrar, apenas segui em frente, afastando a cortina que camuflava o vampiro que estava cuidando de …de minha querida .
Antes mesmo de me deparar com Carlisle, avistei ela deitada sobre a maca, com algumas agulhas espetadas em sua pele a ligando ao soro. Um tubo bem fino atravessava seu rosto, posto nas narinas. Ela continuava desacordada e isso aumentou minhas preocupações.

-Ela está bem. Sem nenhuns danos internos. Ela já acordou e perguntou pela filha, mas tive de a sedar porque as dores eram fortes. – Carlisle se pronunciou.

-Posso ficar com ela…a sós? – Perguntei sem tirar os olhos do rosto delicado de .

-Claro. – Carlisle assentiu se retirando.

-Espero você lá fora. – Leah avisou um pouco seca, mas eu ignorei.

Puxei uma cadeira e apoiei meus braços sobre o colchão da maca, pousando meu queixo sobre eles. Uma de minhas mãos buscou a dela e quando a alcançou, a segurou firmemente.
Deixei que as lágrimas escorressem de meus olhos inundando meu rosto, junto com as lembranças do passado que inundavam minha cabeça.

“-Shuuu. Faça pouco barulho ou nossas mães vão acordar. – Pedia, puxando por sua pequena mãozinha.

-Onde você tá me levando, Em? – me questionou esfregando seus olhinhos cansados.

-Você já vai ver. – Continuei segredando e a puxando para fora de casa e atravessando a praça da Reserva Crow até chegar na floresta.

-Em, a gente não devia se meter na floresta a essas horas. Está tarde. Não quero me perder. – Ela continuava reclamando e eu só conseguia rir dela. – Porque você tá rindo de mim? – Ela perguntou aborrecida.

Eu parei de andar e ela veio contra mim pois caminhava com os olhos meios fechados do sono. Então ela abriu seus lindos olhos e me olhou.

-Já falaram para você que você é a coisa mais linda desse mundo? – Afirmei em jeito de pergunta.

arregalou seus olhos para mim e corou violentamente. Peguei a mão do ursinho que ela trazia consigo fazendo uma roda entre nós dois e o peluche. Olhei para o céu e a noite estava totalmente estrelada com uma lua gorda e brilhante nos contemplando.

-Eu vou gostar de você para todo o sempre. Irei sempre proteger você. – Falei olhando para o céu.

-Porque você está falando isso? – Ela perguntou curiosa.

-Não sei. – Dei de ombros a olhando. – Mas eu sinto que devo fazer uma coisa para nos unir para sempre. – Soltei sua mão e procurei no bolso da calça do meu pijama a agulha que tinha colocado lá antes de ir chamar em seu quarto.

-O que você vai fazer? – Ela se assustou dando um passo para trás.

Eu não lhe respondi e espetei a agulha em meu dedo indicador, fazendo uma bolha de sangue. Estendi a mão para ela e lhe mostrei a bolha. Meio relutante ela estendeu sua mão também e comprimiu os olhos quando eu pousei a agulha em seu dedo, choramingando de dor quando perfurei sua pele.

-Não importa a distância ou quem esteja no meio de nós. Um sempre será mais importante para o outro na sua vida que todas as outras pessoas. Seremos como a Lua e a Noite e todas as Estrelas. – Ela riu da minha frase final mas eu não me importei de parecer lamechas. era tudo o que mais importava para mim.”

Pegue o que você precisa
E siga seu caminho
E faça seu coração parar de chorar.

(Stop Crying Your Heart – Oasis)

Twelfth Chapter


Quando você esteve aqui antes,
Nem pude te olhar nos olhos.
Você é como um anjo.
Sua pele me faz chorar.
Você flutua como pluma num mundo perfeito

(POV Jacob)

Continuava com Baby Suh adormecida em meu colo. Tentara diversas vezes passar ela para o colo de outra pessoa, mas sempre que começava a afasta-la de mim ela começava protestando. Acabei cedendo em continuar com ela em meu colo quando olhei seus olhinhos aguados e seu lábio inferior tremendo violentamente. Aquela imagem simplesmente me partiu o coração.
Nunca que eu tinha ficado daquele jeito por criança nenhuma. Nem mesmo por Nessie. OK, Nessie nunca pareceu uma criança normal. Nunca fez essa carinha, nem esses olhinhos, nem aquele biquinho. Nunca chorou nem precisou de tanta atenção e carinho como essa criança precisava.

Nessie se queixava de sono também depois de uma tarde inteira de brincadeira com Claire e um aniversário estragado. Estava agora deitada sobre minha cama dormindo tranquila. E ela só ainda estava cá porque depois de eu ter ligado para Edward avisando e explicando os motivos de não ter levado ainda Nessie a casa umas trocentas vezes, meu pai, Sue e o próprio Charlie ligaram em seguida confirmando toda a minha história. E só depois de muita chateação e recomendação e frescura por parte de Edward e Alice, eles por fim me deixaram em paz. Bella havia dito que Nessie podia dormir aqui logo no primeiro telefonema, mas Edward não. Esse sanguessuga de cabeção enferrujado tinha de encher o meu saco. E o pior é que eu não podia me agitar muito pois continuava com Baby Suh pendurada no meu pescoço. Pior que filhote de marsupial ou de canguru.

Charlie e Billy estavam na sala assistindo alguma partida de futebol americano gravado nessa tarde. Charlie havia tido plantão e por isso não viera à festa, mas prometera passar por cá depois do jantar.
Antes de se acomodar no sofá da sala, checara uma trocentas vezes sua adorada netinha. Esse daí também era pior que Edward. Acho que trocaram Bella e Edward na maternidade. Bella é filha de Carlisle e Edward é filho de Charlie. Ups! Meio impossível isso. Edward tava mais para bisavô de Charlie, isso sim. Prontoparei.

-Ela não larga de você mesmo. – Liz comentou me olhando atentamente com olhos meio…inquisitivos?

-É…fazer o quê se sou irresistível e mulher nenhuma larga do meu pé, nem mesmo as de meio palmo. – Zombei acariciando as costas da menina e dando tapinhas em sua fralda enquanto me embalava junto com ela.

Liz tentou controlar uma gargalhada. Logo seu sorriso se desfez formando um vinco na testa, entre os sobrolhos, quando olhou seu relógio de pulso.

-Porque Embry está demorando tanto a voltar? – Se questionou preocupada.

-Já tentou ligar para ele? – Perguntei.

-Já e ele não atende. Liguei para Leah e ela falou que ele ainda não saiu do lado de e que quer ficar a sós com ela. Estou preocupada com ele. – Comentou.

-Como está? – Perguntei tentando me lembrar do rosto dela, mas me saindo falho.

Na altura que Embry pensou nela eu mal prestei atenção pois estava mais concentrando em não surtar de ciúmes daquele híbrido de uma figa que vive arrastando um asão para minha Nessie. Lembrava muito vagamente de seus traços indígenas, mas nada muito concreto. Talvez fosse parecida com Baby Suh.

-Jake? – Liz me chamou à Terra.

-Oi?

-Você pareceu que viajou. – Ela comentou.

-Desculpe. Nem escutei que você respondeu. – Me lamentei.

-Respondi que ela está se recuperando. Talvez amanhã ela receba alta. – Tornou a repetir.

-Leah acabou de ligar. – Sue avisou aparecendo no canto da sala em que estávamos. – Ela falou que está vindo para casa e que Embry vai passar a noite no hospital.

- piorou? – Liz se desesperou e eu não consegui deixar de me contagiar por seu desespero.

-Não, não. Está tudo bem. Mas Embry preferiu ficar do lado dela. – Sue a acalmou e eu, consequentemente, respirei de alívio. – Ela ainda não te largou? – Sue sorriu para mim.

-Jake falou que é seu charme que a fez se agarrar a ele. – Liz comentou sorrindo mais descontraída.

Sue sorriu também e espreitou o rostinho da pequena e depois olhou para mim. Repetiu esse gesto umas três vezes seguidas e depois olhou para Liz.

-Você não acha eles parecidos não? – Sue comentou e um arrepio perpassou minha espinha fazendo meus músculo se tensionarem.

Eu queria ser especial.
Você é tão especial.
Mas eu sou uma aberração, um esquisito.
Que diabos é que eu estou fazendo aqui?
Esse não é meu lugar.

Liz se engasgou um pouco e depois me olhou com os olhos excessivamente arregalados.

-Parecidos? – Gaguejou mordendo violentamente o lábio.

-Quem é parecido com quem? – Meu pai perguntou guiando sua cadeira até nós sendo seguido por Charlie.

-Querido, você não acha a Baby Suh parecida com o Jake não? – Sue perguntou a Charlie.

Notei Liz olhar apreensiva para meu pai e este dando de ombros para ela e abanando a cabeça, tudo o mais discretamente possível.

-Criança é tudo igual. Não dá para saber se é mais parecida com o pai ou com a mãe. Quer dizer…não é que você seja o pai…o que eu quero dizer é que…bom… - Charlie se embolou todo, bem do jeito que Bella fazia.

-Eu entendi. Eu sei que ela não é minha filha. Era meio impossível ela ser minha filha porque dois anos atrás eu estava… - E parei a frase a meio tentando me lembrar onde estava há dois anos atrás.

As recordações do casamento de Bella vieram em minha mente trazendo consigo toda a dor que eu senti. Durante todo o tempo que estive fora, vivI em como Lobo sem nunca me transformar de volta.

-…eu estava vagando entre o Canadá e o Brasil…em minha forma lupina…sempre. – Falei sem me fazer parecer muito convito.

Tudo porque havia uma parte dessas minhas “férias” que eu não conseguia me recordar. Como se tivesse passado uma borracha em certa altura. Bem que eu queria ter passado uma borracha em todos os momentos que sofri por Bella. inutilmente.


~~*~~

Depois de um tempo de conversa, Sue e Charlie voltaram para suas casas e Eloise fez o mesmo quando percebeu que Baby Suh não me largaria tão cedo.
Teria um grande problema no dia seguinte se não recebesse logo alta.
Deitei no sofá com Sophia deitada sobre meu peito e acabei pegando no sono.

Fui acordado pelo maravilhoso cheiro florar de lavandas e rosas de minha Nessie, junto com o cheiro do café acabadinho de fazer.
Me ergui do sofá me espreguiçando, esticando meus braços e pernas e abrindo os olhos. Nessie sorria para mim sentada no chão estendendo uma caneca de café para mim.

-Bom dia minha flor! – A cumprimentei sentindo uma considerável falta de algo.

-Bom dia Jake. Passou bem a noite? – Perguntou sorridente.

-Meio torto. – Olhei para o sofá continuando com a sensação de que me faltava algo.

Ao mesmo tempo puxei pela cabeça tentando me recordar porque raios eu havia adormecido no sofá. Acabei lembrando que Nessie tinha dormido no meu quarto. Mas porque raios ela havia ficado para dormir aqui?
A estranha sensação da falta de algo não passou e eu olhei em volta.
Escutei Nessie rindo baixinho e a olhei franzindo inquisitivo o cenho.

-Do que você está rindo? – Perguntei estreitando os olhos.

-Você não está sentindo falta de nada pendurado no seu pescoço? – Ela perguntou e eu passei a mão no pescoço e logo me recordei do que faltava.

Me ergui de supetão e comecei procurando Baby Suh por toda a sala. Nessie continuava rindo com a mão na boca olhando para mim me vendo procurar a pequena criança até debaixo do sofá.

-Xake. – Escutei sua vozinha me chamando.

-Baby Suh? – Perguntei parando de procurar e olhando em volta.

-Xake. – Sua voz era baixinha e animada e bastante infantil. Mas um infantil muito fofo.

Olhei para Nessie e vi uma cabecinha negra espreitando atrás dela e logo abri um largo sorriso, mas decidi continuar a brincadeira.

-Onde está você, Suh? – Me abaixei no chão ficando de joelhos e gatinhando atrás do sofá ficando de frente para Nessie.

-Pocula mim. – Ela pedia soltando risinhos amorosos.

-Eu vou te achar, Suh. E quando achar você vou fazer muitas cosquinhas. – Ameacei e ela se ergueu de supetão de trás de Nessie começando a correr em volta de toda a sala.

Nessie correu atrás dela tentando esconde-la e continuei engatinhando atrás delas.

Não me importa se vai doer.
Eu quero ter o controle (da situação).
Quero um corpo perfeito, uma alma perfeita.
Quero que você perceba,
Quando eu não estou por perto.

-Foge, Suh, foge do lobo mau! – Nessie gritava pegando na mão de Suh e a puxando pela sala.

Baby Suh ria alto bastante divertida e eu estava quase as alcançando. Então Nessie a parou e segredou algo em seu ouvido, que eu escutei muito bem. Resumindo. Eu estava f***du! As duas correram em minha direção e me derrubaram no chão caindo por cima de mim.
Logo em seguida Nessie me puxou e me mandou ficar de gatas de novo montando em cima de mim. Depois puxou Suh a ajudando a subir e a agarrou firmemente. A gola da minha camisa fazia de rédeas e Nessie gritava. “Yhá! Eita cavalinho! Upa, Upa!”, batendo com seus pés nos meus quadris me fazendo “cavalgar” por toda a casa.

-Mas que algazarra é essa? – Billy questionou fingindo aborrecimento, mas um sorriso enorme brotava em seus lábios.

-Pai, me salva. Eu sou uma aberração da natureza. De um lobo do mal, agora virei cavalo! – Fingi pedir misericórdia.

-Eu não te posso ajudar filho. – Billy riu na minha cara.

-Na verdade, pai, você pode sim. – Assenti erguendo uma sobrancelha para ele.

-Oh, sim! E como?

-Sendo o carro mais veloz de toda a La Push. – Falei e ele arregalou os olhos assustado.

Nessie entendeu minha idéia e saltou de cima de mim correndo para o colo de Billy. Baby Suh seguiu Nessie e eu a ajudei a subir no colo de Billy.

-Você sabe que depois vai ter de mudar as rodas da minha cadeira, não sabe? – Billy perguntou me olhando pelo canto do olho.

-Ao menos você pode mudar as rodas. Eu não posso mudar meus joelhos. – Me queixei e ele gargalhou alto.

O resto da manhã foi feito entre rali todo o terreno e depois castelos de areia na praia.
Apenas paramos quando Bella apareceu para pegar Nessie. Nessie bicou forte e feio e fez birra.
Estava convivendo demais com crianças.
Nessie queria porque queria que Baby Suh fosse com ela para casa e depois de quase duas horas tentando dissuadi-la, Bella acabou por desistir e ir pedir a Eloise que Baby Suh voltasse com eles para casa de Nessie.
Eloise ficou bastante tensa e sem saber o que responder, mas depois que eu garanti que Baby Suh ficaria em segurança e que logo a traria de volta, Liz cedeu meio que apreensiva.

Assim que chegamos na casa dos Cullen todos me fitaram com olhos arregalados por carregar uma criança para o meio de vampiros. Bella explicou detalhadamente o que sucedera e Emmett acusou Alice, entre gargalhadas estrondosas, de influenciar Nessie nessas birras.
Rose babou na pequena, mas falou que ela fedia a cachorro, mais especificamente a mim e eu falei que era porque ela não me largava um segundo sequer.
Carlisle logo teve de sair para trabalhar, Emmett e Rose foram para o quarto e Edward e Bella voltaram para a casa da pradaria depois de tentarem convencer Nessie a ir com eles, sem qualquer sucesso. Apenas ficamos eu, Nessie, Baby Suh, a pintora de rodapés e o soldadinho de chumbo e Esme que preparou um banquete para nós três.

O resto da manhã Nessie, Alice e Baby Suh ficaram trancadas no quarto de Nessie brincando de bonecas, onde as bonecas eram a Nessie e a Baby Suh e a criança era a Alice.
Jasper me desafiou para um queda de braço e eu fiquei admirado com sua proposta. Quem costumava me desafiar era Emmett, mas ele agora estava demasiado ocupado com outras batalhas.
Logo a casa voltou a ficar toda cheia para ver a queda de braço. Rose e Bella se juntaram a Esme na cozinha e Edward e Emmett faziam apostas. Todas contra mim. Claro.
Por fim Seth chegou e torceu no meu time. Mesmo que em minoria, a torcida de Seth era a mais entusiasmada. Ele depositava um tipo de devoção em mim que era meio estranho, mas que era gostoso.
Logo escutamos o carro de Carlisle se aproximando e Edward parou de torcer para falar.

-Ele vem com a mãe de Sophia. – Comentou e meu corpo perdeu toda a concentração cedendo na queda de braços e esperando pacientemente pela entrada deles pela porta.

Porra, você é tão especial.
Eu queria ser especial.
Mas eu sou uma aberração, um esquisito.
Este não é meu lugar.
(Creep – Radiohead)

Thirteenth Chapter

Feche os olhos, me dê sua mão, querido.
Você sente meu coração batendo?
Você entende? Você sente o mesmo?
Ou estarei apenas sonhando?

Leah chegou em casa derrotada. Sem perceber como, travara uma batalha acirrada consigo mesma, contra seus pensamentos. Sua mente gritava de ciúmes mas seu coração não aguentava mais sofrer.
Se deitou em sua cama e chorou a noite toda com raiva de si mesma por duvidar do amor de Embry. Mas a maneira como ele reagiu desde a vinda dessa tal o havia mudado drasticamente. Se perguntava se o estaria perdendo para ela. Se martirizava por se fazer esse tipo de pergunta. Estava em um conflito interno doloroso e agora tudo o que ela precisava era dos braços fortes e quentes de Embry. Precisava de seus lábios contra sua pele garantindo em silêncio que ela era única e que sempre seria a única na vida dele. Precisava de suas mãos afagando seus cabelos e seu corpo a mantendo presa em seus braços em uma prisão da qual ela queria ser mantida para sempre. Se possível, jogando as chaves em um abismo sem fundo.

Com o rosto enterrado na sua almofada, ela inalou o perfume que ele deixara na noite anterior e mais uma bolada de lágrimas rompeu de seus olhos junto com soluços.

-Me perdoa. – Ela escutou.

Pensou ser alucinação, mas quando sentiu as mãos dele a tocando, ela não precisou ter mais certezas de nada. Se ergueu de supetão, se sentando na cama virada para Embry, o arremessando em um abraço. Tentou controlar as lágrimas que caiam e a respiração desenfreada e sufocada, mas o medo de que ele tivesse vindo para terminar tudo com ela a dominava como que a puxando para dentro de um tornado.

-Por favor não me deixa, Embry. Eu não vou suportar. – Ela suplicou roucamente, com a voz falha.

-Shuuuu. Ei, ei. Quem falou em deixar quem? Eu não vou deixar você, Leah. Nunca. Você é tudo o que eu mais amo na vida. – Ele garantiu afagando suas costas e seus cabelos.

Leah soluçou ao mesmo tempo que saía do abrigo dos braços de Embry para o olhar. Limpou suas lágrimas sem o olhar. Sentia vergonha por fazer uma ceninha de criança birrenta, mas a dúvida em relação aos sentimentos dele por ainda era palpável.
Ergueu seus olhos vermelhos do choro em direção ao belo rosto de seu amado e respirou fundo entrando em um novo conflito para questionar sobre os sentimentos dele, ou para se manter calada.

Percebendo o conflito de sua namorada, Embry levou sua mão ao rosto de Leah e a acariciou se aproximando de seus lábios lentamente.
O contato dos lábios gerou pequenas faíscas que percorreram seus corpos chegando em seus corações os fazendo bombear a uma velocidade inimaginável. Sem demoras Embry cruzou sua língua na boca de Leah buscando pela sua língua e a acarinhando. O beijo começou calmo e cedo foi se tornando explosivo e exigente.

Os corpos, já quentes, entraram em labaredas ansiando por serem extintas.
Os supérfluos tecidos foram jogados a um canto do quarto ao mesmo tempo que ambas as mãos de Embry trabalhavam ardilosamente no corpo de Leah.
Esta não deixou suas mãos quietas por muito mais tempo. Seus dedos coçavam por trilhar caminhos errantes pelas linhas demarcadas do corpo do seu amante.
Os lábios e línguas travavam uma batalha conjunta e sensual para explorar e saborear a boca um do outro, bem como a pele de todo os seus corpos.
A luxúria deixara de ser luxúria e passara a ser paixão. A paixão se consumia a cada batida do coração, a cada toque e se extinguiu em amor. E o amor foi derrubando barreiras quando Embry mergulhou seu corpo no de Leah criando uma extensão perfeita um do outro. Como se fossem a metade um do outro. E depois do amor, veio o prazer para por fim deixar as portas abertas à devoção e à adoração.

-Leah. Eu te amo. – Ele sussurrou a olhando uma última vez.

Embry fechou os olhos de cansaço mas Leah não conseguiu fazer o mesmo.
Tinha ainda uma réstia de medo de adormecer e de quando acordasse tudo não passasse de um sonho. De um lindo mas falacioso sonho. Penteou os cabelos de Embry vezes sem conta, se deliciando com a sensação de seus fios caramelizados deslizando por entre seus dedos. Contemplava-o dormindo tranquilo e aos poucos todas as duvidas criadas e crescidas dentro de si foram se dissipando, se perdendo no mesmo abismo em que ela queria ter jogado a chave da prisão dos braços de Embry.
Vagarosamente seus olhos foram pesando, por fim cedendo aos mantos de Morfeu.

Assim que os primeiros raios de sol despontaram no céu, Embry abriu os olhos deparando-se com a cena mais bela que vira e toda a sua vida. O rosto de Leah. Este estava descontraído e os lábios se rasgavam inconscientemente em um sorriso. Estaria ela sonhando consigo? Se perguntou ao mesmo tempo que pousou sua mão sobre o rosto dela e desferiu movimentos circulares com o seu dedão na bochecha dela.
Aos poucos os olhos dela tremeram para por fim se abrirem e ganharem um excessivo brilho ao olhar para ele.

-Bom dia. – Ele desejou sorrindo para ela.

-Você não foi embora. – Ela falou em resposta.

Embry nada falou e apenas a puxou para seus braços sentindo o rosto dela encostado em seu peito enquanto seu rosto mergulhava no cheiro dos cabelos dela.

-Acho que precisamos falar, Embry. – Ela indicou e Embry apenas respirou fundo o cheiro dela sabendo ao que ela se referia.

Aos poucos eles se separaram e se sentaram na cama de frente um para o outro esperando que o outro tomasse a iniciativa de falar.

Isso está queimando numa chama eterna.
Eu acredito que isso esteja para acontecer, querido.
Eu te observo quando você está dormindo.
Você pertence comigo. Você sente o mesmo?
Estarei apenas sonhando?

-Você…você ama a ? – Leah perguntou olhando para um ponto fixo no colchão.

-Leah… - Ele a repreendeu.

-Apenas me responde. – Ela pediu forçando a voz a não tremer.

-Amo. Amo sim. – Ele confirmou e Leah fez uma careta de dor sentindo uma lágrima cair de seu olho. – Ei, ei! – Ele se inclinou em direção a ela a tocando e erguendo o seu queixo. – Eu a amo mas não do jeito que eu amo você, Leah. Eu te amo demais e meu coração é só seu. Só que…a é muito, muito importante para mim. Eu nem sei explicar direito…mas é como se ela fosse a irmã que eu nunca tive. Ela sempre foi minha melhor amiga e é como se minha vida estivesse ligada à dela de alguma maneira sobrenatural. – Comentou e Leah arregalou os olhos. – Não. Eu não sofri nenhum imprint com ela. – Embry dissipou as dúvidas da namorada. – Mas eu fiz uma coisa que não devia quando era mais novo. – Torceu o rosto em repreensão de si mesmo e de seus pensamentos e lembranças.

-O que você fez? – Ela perguntou em um tom de voz calmo.

-Eu fiz um pacto…de sangue. – Confessou um pouco envergonhado e Leah arregalou os olhos. – Mas eu não sabia na altura que consequências aquilo poderia trazer. – Afirmou. – Eu tinha 9 anos. – Acrescentou.

-Espere. Se acalme. Porque nem todos os pactos de sangue são feitos corretamente e se não são feitos corretamente perdem todo o efeito… - Ela tentava o acalmar e explicar.

-Eu fiz tudo conforme a Lenda. Lua Cheia, depois da meia-noite, agulha virgem, uma roda de três pontas, sangue de duas pessoas e o cântico. – Enumerou se recordando daquela noite. – Minha vida está ligada a para sempre. Eu jurei a ela, em nome da Noite, da Lua e das Estrelas, que ela sempre seria mais importante para mim do que todas as outras pessoas. Eu fiz merda, Leah. – Se culpou e Leah permaneceu em silêncio digerindo toda aquela informação.

-Temos de falar com o Conselho. Eles saberão o que fazer. – Ela por fim se pronunciou se colocando de pé e catando sua roupa.

Apressados eles saíram do quarto deparando-se com Sue na cozinha preparando o café da manhã para os dois. Seth já estava sentado na mesa devorando uma pilha de panquecas, pãezinhos com compotas e bolos caseiros.

-Bom dia crianças. – Sue os cumprimentou.

-Mãe. Nós precisamos uma reunião urgente com o Conselho. – Leah falou apressada e apreensiva.

-Porquê? Aconteceu alguma coisa? – Seth perguntou de boca cheia parando de comer e os olhando.

-Não é da sua conta piralho. É um assunto pessoal…do Embry. Sobre pactos. – Leah brigou para em seguida explicar para a mãe a gravidade da situação.

-Tudo bem. Mas sentem-se primeiro e tomem o café da manhã. Vou na casa do Velho Quil para marcar uma reunião e já volto. – Falou beijando a testa de Leah e largando seus afazeres.

Leah tentou comer algo mas seu estômago embrulhava em preocupação e depois de uma longa espera, que lhe pareceu durar a eternidade, Sue retornou.

-Eles nos esperam, vamos. – Sue indicou e Leah se ergueu antes mesmo de ela começar a falar.

Embry as seguiu e caminhou em silêncio, com as mãos nos bolsos. Minutos depois chegaram na casa do velho Quil. Este os esperava em sua sala, sentado em sua imponente e antiga poltrona, fumando seu habitual cachimbo. Sua pele envelhecida e desgastada não perdia o ar respeitável e seus cabelos brancos como as nuvens envolviam seu rosto como um manto de conhecimento e sapiência.
Billy também estava na sala sentado do lado direito do Velho Quil. Exibia um ar extremamente cansado mas ao mesmo tempo divertido, como se o que quer que ele tenha feito que o desgastou também lhe deu um certo brilho a mais de alegria.
Sue se sentou à esquerda do Velho Quil entrelaçando os tornozelos e adotando uma pose formal. Seus cabelos negros e entrançados pendiam-lhe sobre os ombros demonstrando a jovialidade e vivacidade que ainda tinha.

Billy indicou que o casal se sentasse na frente deles em dois banquinhos baixos de madeira com uma camada almofadada no assento e em seguida indicou que eles começassem.
Leah pegou a mão de Embry e com um olhar lhe passou força para que ele contasse.
Embry respirou fundo, mais uma vez naquela manhã, e relatou detalhadamente tudo o que tinha feito quando mais jovem.
Durante todo o seu relato nenhum dos três Anciãos o interrompeu ou expressou qualquer reação em suas faces. Permaneceram imparciais e inabaláveis até ao momento em que puderam, por fim, analisar toda a informação que receberam e dar o seu veredito.
O Velho Quil olhou debilmente para Billy e em seguida para Sue para no final olhar Embry. Para ele era como se Leah nem estivesse ali. Seu principal foco era Embry.

-O que quer que eu lhe diga filho? – Ateara questionou com a voz trêmula, típico da idade.

-Que há maneira de reverter o pacto? – Falou em jeito de questão. Ele próprio estava com dúvidas.

O Velho Quil soltou uma risada fraca olhando para cima e depois tornou a olhar seus companheiros.

-Não há maneira de reverter o pacto, filho. – Billy falou pelo Velho Quil.

-Como não? – Leah questionou um pouco agitada.

-Que consequências terei por manter o pacto? – Embry sobrepôs sua questão.

-O pacto que você fez é quase tão forte quanto um imprint. Sua vida se regerá em torno da segurança e felicidade de e as palavras dela para você serão como uma ordem. Mas diferente de um imprint, você pode ter outra parceira e amar outra pessoa tanto ou mais que você ama . Mas se o reivindicar para si…você abandonará quem for preciso. Ela sempre estará acima de qualquer pessoa para você. Sempre será mais importante. Foi exatamente isso que você pediu, Embry. – Ateara relatou lastimável pelo erro de Embry.

-É por isso que crianças não se devem meter nessas coisas! – Sue brigou como uma mãe zelosa.

Embry olhou para Leah detetando uma sombra de preocupação e apreensão em relação a essas consequências.

-Não fique preocupada, é uma boa pessoa.

-Mas ela sempre estará primeiro que eu! – Se irritou se erguendo do banquinho e saindo apressada de casa do Velho Quil.

Mas isso está queimando numa chama eterna.
Diga meu nome, a luz atravessando a escuridão.
Nossa vida é tão solitária, então venha e acalme minha dor.
Eu não quero perder esse sentimento.
(Eternal Flame – Bangles)

Fourteenth Chapter


Toda hora eu penso em você.
Eu sempre perco meu fôlego.
Eu ainda estou esperando aqui.
E eu imagino por que você me deixou.
E há uma tempestade que está anelando através
Do meu coração congelado, esta noite.


abrira os olhos lentamente vislumbrando um anjo em sua frente. Sua pele era branca como o cal, mas ao mesmo tempo era brilhante e aparentava ser macia. Os fios dourados e angelicais se colocavam muito bem arrumados na cabeça, ao natural. O sorriso devastador do mesmo parecia uma miragem. Teria ela morrido? O pânico a assolou com um furacão. Sua menina. Não, ela não podia deixar sua menina.


-Acordou bem, ? – O anjo questionou pousando uma mão em seu ombro.


Se ela não tivesse visto a mão cair sobre seu ombro, poderia jurar que ele tinha jogado uma pedra. Dura e gelada. Muito gelada.


-Eu não posso morrer. Por favor. Eu tenho uma filha. – Ela falava em um tom baixo demais para ela própria se escutar.


O anjo sorriu mais abertamente e direcionou uma luzinha para seus olhos, que quase a cegou.


-Ela está quase recuperada. Impressionante. Os pontos estão praticamente cicatrizados. Será que ela é como Leah? – O anjo murmurou para si mesmo quase inaudivelmente, se colocando atrás de e examinando a cabeça dela, mas sem perceber como, havia escutado. – Logo você terá alta. – O anjo falou em um tom de voz normal sorrindo para .


-Alta? Eu…eu não estou…


-Você está em um hospital. E eu sou o Dr. Carlisle Cullen. – O anjo falou.


se acomodou em sua cama sentindo uma pressão incomoda na cabeça, mas não mais dolorosa, e percebeu que estava mesmo em um hospital.


-Há quanto tempo eu estou aqui? – Ela perguntou analisando cuidadosamente o médico.


Seus olhos eram de um dourado líquido escuro, mas não menos refulgente.


-Vinte e quatro horas. Mais coisa menos coisa. – O médico falou olhando seu relógio de pulso.


-Minha filha! – Ela se alertou.


-Calma. Se acalme . Ela está bem. Baby Suh está em boas mãos. – Carlisle a acalmou e franziu o cenho um pouco confusa e admirada. – Eu conheci sua pequena. Ela é deveras muito linda.


-Eu preciso vê-la!


-Calma, logo a verá. A propósito, ela está em minha casa.


-Em sua casa!? – exclamou assarapantada.


-Minha filha mais nova se apaixonou por sua filha e agora não a quer largar um segundo. Sophia também adorou minha Nessie e igualmente não a quer largar.


-Quando eu posso ir para casa? – Perguntou.


-Eu estava apenas esperando que acordasse para lhe dar alta. Pode ir para casa se recuperar e…tome esses remédios. – O médico-anjo rasgou uma folha de um receituário com os nomes dos remédios que deveria comprar. – , se quiser eu a levo até sua filha e depois lhe dou carona para casa. – Carlisle se ofereceu.


-Não é necessário. Quer dizer. Eu quero pegar minha filha e…não sei onde o senhor mora.


-Pegue suas coisas e eu estarei esperando por você lá fora. – Falou o mais amável possível que não teve como recusar.


~~*~~


Não levara mais de 10 minutos para vestir uma roupa sua, que lhe haviam trazido, e para sair do hospital.
No parque de estacionamento se sentiu meio perdida ao não encontrar o médico-anjo, mas quando uma Mercedez Preta parou na sua frente, descendo o vidro, hesitou em ir com o médico. E se ele fosse um psicopata? Abanou a cabeça para essa possível idéia e entrou no lugar do passageiro do lado do motorista, se encolhendo de encontro ao banco e se mantendo em seu canto, controlando a ansiedade.


-Minha esposa vai adorar conhecer você. Meus filhos também. – Carlisle comentou sorridente.


-Quantos filhos tem?


-Seis.


-Nossa. Tantos. – Se espantou.


-Nenhum deles é biológico. Esme não pode ter filhos. Meus cinco mais velhos são da sua idade, só Nessie é a mais jovem. Seis aninhos. – Explicou.


-Lamento muito por sua mulher.


-Não lamente. Ter adotado todos eles foi a melhor coisa que nos aconteceu na vida. Não sentimos falta de filhos biológicos. – Comentou descontraído.


via as árvores se adensarem e passarem por si como borrões e mais borrões verdes. Tinha a estranha sensação de estar alcançando algo que ela desejava. Como quando estava chegando a Forks e depois a La Push…
Em poucos minutos estava saíndo da estrada de alcatrão e entrando em uma mais pequena e estreita para o meio da floresta. Isso a assustou um pouco mas o sorriso do anjo a fez dissipar o medo.


-Minha mulher adora a natureza. – Explicou e logo estava avistando uma gigante e imponente mansão envidraçada. Um verdadeiro Palácio de Cristal da Era Moderna.


O portão de uma enorme garagem se ergueu exibindo uma coleção exímia de carros top de ponta. Sem perceber, o queixo de havia despencado, tamanha ostentação que presenciava.


-Meus filhos são meio extravagantes. – Carlisle comentou antes de sair do carro.


saiu logo em seguida, ainda admirando os carros. Carlisle tocou suas costas com uma mão e indicou que o acompanhasse, silenciosamente.
subiu uma escadaria de pedra e atravessou por uma detalhada porta de vidro. Receosamente ela seguiu Carlisle para uma sala, mas antes que ela pudesse ver quem quer que fosse, uma voz extremamente conhecida a chamou.


-Mamãe! – se virou na direção da voz, vendo uma menina com rosto de fada carregando sua pequena.


Sophia quicava no colo da garota estendendo seus bracinhos em direção a ela. A garota terminou de descer as escadas e pousou Baby Suh no chão. Esta correu desajeitadamente até sua mãe, caindo a poucos centímetros dela. a pegou no colo logo em seguida a abraçando fortemente.


-Oh minha pequena. Minha luz. Mamãe estava com tantas saudades de você. – Beijou o rosto de Baby Suh inúmeras vezes.


A pequena se afastou um pouco da mãe a encarando seriamente. Com um dedinho apontou para o rosto da mãe.


-Dodói? – Perguntou fazendo os presentes soltarem exclamações de espanto tamanha a perceptividade da menina.


-Já passou, meu raio de sol. Já passou. - A abraçou mais forte acariciando seus fios lisos e negros. – Obrigada por cuidarem dela. – Agradeceu olhando Carlisle e a outra garota.


-Agradeça a Jacob. Baby Suh só conseguiu se acalmar no colo dele. – Uma menina ruivinha, que presumiu ser Nessie, se pronunciou.


Aos poucos se virou para olhar cada um naquela sala, mas seu olhar parou apenas em um deles. Nos profundo e radiante mar negro de seus olhos.


-, essa é minha mulher Esme. E meus filhos são esses. A Nessie, essa é Alice, esse é Jasper, essa é Rosalie, esse é Emmett, esse é Edward e essa e sua esposa Bella. E aquele é Jacob e atrás dele, está Seth. – Carlisle apresentara mas não escutava mais nada.


Seus olhos apenas se concentravam nos dele.
É ele. Só pode ser ele. O pai da minha menina. Jacob.” Pensava para consigo sentindo seu peito explodir de felicidade e seu rosto inundar de lágrimas.
Ao mesmo tempo que o pensamento surgiu em sua mente, um rosnado ressoou pela sala.


Eu ouço seu nome em círculos fixos
E isso sempre me faz sorrir.
Eu desperdiço meu tempo
Apenas pensando em você.
E isso está quase me colocando louca.


-? Você está se sentindo bem? – Carlisle perguntava ao mesmo tempo que olhava para Edward.


Bella e Emmett estavam do lado de Edward, o segurando. Este olhava assassinamente para Jacob, que retribuiu um olhar confuso. Tanto para Edward como para .
Eu conheço essa garota de algum lugar. Porque eu não consigo me recordar?” Jacob se questionava.


-Edward. O que está acontecendo? – Bella perguntava tão baixo que só eles poderiam escutar.


Num canto da sala Seth se encontrava paralisando olhando na direção de . Sentia dentro de si os cordões da vida que o ligavam ao centro da Terra, se desprenderem e se ligarem apenas a ela. Ela seria agora o seu centro de gravidade, seu motivo para respirar, para viver, para amar. Apenas ela.


Então tudo aconteceu rápido demais para alguém perceber. largou sua pequena de novo no colo de Alice. Edward correu atrás de . Jacob olhou para Seth com uma interrogação no rosto quando este apertou seu ombro com demasiada força e logo se apercebeu do que se tratava.


-Você teve um imprinting, cara. – Jake se pronunciou em meio aos seus pensamentos.


De um jeito que ele não entendia porquê, ele teve vontade de correr atrás dessa tal de e perceber o que a atormentava. Bella se segurava para não correr atrás do marido. Jasper tentava acalmar os ânimos e Alice se sentia frustrada por não saber o porquê de tudo aquilo. Mas mais frustrada se sentia por não conseguir ver qualquer futuro em . Apenas uma grande névoa cinzenta fugindo para o negro. E isso de certa forma a assustava.


-Mas o que é que está acontecendo? Porque Edward foi atrás de ? – Alice questionou curiosa apurando seus ouvidos para tentar escutar a conversa de Edward e , mas tudo o que ela escutava eram soluços.


~~*~~


Edward corria a passos humanos, tentando alcançar . Não seria muito difícil, apesar de correr como humano, ele ainda era mais rápido que ela.
Logo a alcançou e a travou, a puxando para seus braços e a consolando. chorava sofregamente e desamparada. Sua cabeça turbilhava de pensamentos.


Porque eu fugi? Porque eu não tive coragem para ficar e dizer que era mãe de sua filha? Porque eu vim para La Push? Porque eu ainda o amo tanto? Porque ele não se recorda de mim?”


-Shhiii, calma. Está tudo bem. – Edward cantarolava a embalando.


-Edward, o que está acontecendo aqui? – Bella perguntou encarando interrogativa o marido abraçado a humana.


-Depois eu te explico. – Lançou um olhar significativo à mulher.


-Me tire daqui, por favor. – pediu chorando.


-Mamãe. – Baby Suh a chamou aparecendo ao pé de Bella, sendo seguida de perto por Seth.


a pegou no colo e enxugou suas lágrimas.


-Me tire daqui. – Tornou a pedir.


-Seth, leve e Sophia para casa. – Edward pediu atirando as chaves do seu carro para o Lobo.


Seth não contestou, sequer assentiu. Apenas dirigiu silencioso para La Push.


Mas isso é meu coração
Que está pedindo essa longa distância.
Você não sabe quão desesperada eu me tornei.
Eu não consigo atravessar essa distância.
Querido pare esse coração.
(Missing You – Taylor Swift ft Tyler Hilton)
Fifteenth Chapter


Algo mudou dentro de mim, algo não é o mesmo.
Estou jogando pelas regras do jogo de outra pessoa
Tarde demais para repensar.
Tarde demais para voltar a dormir.
É hora de confiar nos meus instintos
Fechar meus olhos e saltar.


-Edward! O que está acontecendo? – Bella insistiu vendo o marido morder a mandíbula ao mesmo tempo que olhava para dentro de casa.


-Venha. Logo perceberá. – Ele passou por ela feito um furacão, caminhando a passos decididos para dentro da mansão.


-O que deu na moça? – Esme perguntou diretamente para Edward sabendo que ele sabia o que lhe passara pela cabeça.


-Esme, se não se importar, gostaria que levasse Nessie para passear. Assim que voltar relatarei de novo para você o que se passou. – Edward pediu o mais polidamente possível, evitando olhar para Jacob.


Jasper percebeu a raiva e tensão que seu irmão estava e lhe enviou uma onda de calma. Edward agradeceu-lhe com um olhar, mas relembrar as frases daquela pobre garota o deixava irritado.


-Ah não, papai. Eu quero ficar. Não quero passear não. – Nessie embirrou cruzando os braços e montando biquinho.


-Não me conteste, Renesmee. Vá com sua avó! – Falou um pouco alterado, o que espantou seus familiares e sua mulher.


-Vá com a vovó. Por favor. – Bella pediu se abaixando na altura da filha e beijando seu rosto.


-Eu posso ir com Nessie. – Jacob se ofereceu se erguendo prontamente.


-Não! – Edward quase rosnou. – O assunto é do seu interesse. – Controlou a voz.


Jacob tornou a sentar, franzindo o cenho e tentando perceber o que a “fuga” de tinha a ver com ele e o porquê dessa reação alterada de Edward perante esse assunto. A curiosidade o fez ansiar que Nessie saísse logo de casa, mas controlou esse pensamento.
Esme voltou da cozinha com uma lancheira e pegou na mão de Nessie a puxando dali para fora. Nessie deu um último olhar a Jake. Era um olhar preocupado, mas ao mesmo tempo encorajador. Jake sorriu, lhe passando tranquilidade.


-Qual é o assunto, Edward? – Carlisle perguntou assim que o carro de sua mulher partiu.


Edward socou seus punhos apertados nos bolsos e mordeu mais uma vez a mandíbula antes de olhar para Jacob.


- veio para Washington com um único propósito. – Começou absorvendo toda a calma que seu irmão lhe enviava. – O de encontrar o pai de sua filha. – Relatou baixando o olhar e controlando sua voz. – E você é o pai, Jacob. – Anunciou em um quase sussurro fitando Jacob com tamanha frieza que chegaria a ser capaz de perfurar a mais dura pedra.


A reação de todos foi a mesma. Estupefação. Suspiros e palavras sussurradas. Ah’s e Oh’s incrédulos. Perguntas retóricas e exclamações internas.
O quê? Como é que é? Como isso aconteceu? Isso não pode ser possível! Uma filha? Cachorro traidor!”
Apenas Jacob não questionava ou exclamava nada. Quer verbal quer mentalmente. Sua boca estava escancarada. Suas mãos apertando fortemente, capaz de quebrar, os apoios da cadeira. Seus olhos sem foco ou vida. Seu coração batendo. Falhando. Batendo mais forte. Falhando mais tempo. Um filete de suor escorrendo de sua testa, escorregando por seu rosto e deslizando por seu pescoço, se perdendo dentro de sua camiseta. Sua mente borbulhando de recordações que ele sequer fazia idéia ter vivido.


Imagens. Imagens dele em sofrimento por Bella. Imagens dele vagueando pelas florestas sem nem mais saber onde estava ou quem era. Doença. Febre, muita febre. Alucinações. Gritos de socorro. Luta com um Lince. Perda de consciência. Mais alucinações. Um anjo sempre por perto, com um lindo sorriso e um cheiro viciante. A textura macia da sua pele. O sabor indescritível da sua boca. Ecos dos seus gemidos. Alucinações. Imagens dele fazendo amor com Bella. Vislumbres do anjo. Fuga. Perda de consciência. Retorno a La Push.


Agora com todas essas imagens retornadas, Jacob conseguia identificar o anjo que sempre esteve por perto e que cuidou de si quando esteve preso entre o limbo e a inconsciência. E esse anjo era . A mãe de Baby Suh. A mãe da sua filha. Baby Suh. Sua filha. Sua filha.
Jacob escovou os curtos fios de seu cabelo tão lentamente quanto ele levantou da cadeira onde estava sentado, com os olhos fixos em ponto algum.
Se dirigiu para a porta de saída sob os olhares de Edward, Carlisle e Rosalie. Bella era acalmada por Alice com a ajuda de Jasper e Emmett segurava Rosalie que rosnava na direção de Jacob. Edward apenas ficava do lado de Carlisle analisando a situação com pesar.


-Onde você vai? – Bella perguntou desviando sua atenção para o amigo.


-Eu…eu preciso…ir. – Jacob gaguejava incerto de suas próximas ações.


-Você vai atrás dela? – Edward questionou enrugando a testa.


Jacob olhou da porta para Edward e depois para Bella, correndo os olhos pelos outros vampiros detetando a mesma linha de hesitação em seus rostos.
Uns hesitavam por Nessie, a maior parte. Outros hesitavam por ele, uma ínfima parte. E apenas um hesitava por , o mesmo que o questionara.


-Eu não sei. - Comprimiu os olhos por breves segundos aspirando o ar com dificuldade, como se tivesse farpas no peito que o impedissem de respirar mais profundamente.


Lançando um último olhar a Bella, Jacob saiu daquela casa caminhando em direção à floresta, mas se transformar era a última coisa que ele queria nesse momento. Partilhar seus pensamentos estavam fora de questão e agora ele precisava pensar calmamente.


~~*~~
É hora de tentar desafiar a gravidade.
E você não me deixará para baixo!
Estou aceitando limites.
Porque alguém diz que eles são assim.
Algumas coisas eu não posso mudar.
Mas até eu tentar, nunca vou saber.


tentava ao máximo enxugar as lágrimas que teimosamente rolavam por seu rosto, mas as recordações insistentes do reencontro com Jacob e as lembranças do pequeno – e pessoal – passado que teve com ele, despoletavam aquelas lágrimas sem que ela as conseguisse controlar.
Quando deu por si, estava parada na porta da sua mais nova casa com Baby Suh abraçada ao seu pescoço bastante quieta. Seth se colocou do lado dela a olhando pelo canto do olho um pouco preocupado. Sua atenção chegava a ser excessiva, apesar de discreta. O Lobo bateu na porta da casa dos Call e aguardou em silêncio que viessem abrir a porta, apenas com o som dos fungos de e dos gemidos contidos na garganta. Logo Liz atendeu olhando um pouco assustada para . A preocupação também era evidente nos seus olhos. passou a filha para os braços de Seth e se abraçou a Liz, chorando convulsivamente e soluçando alto.
Liz nada falou até estarem dentro de casa e de ter sentado no sofá.


-O que aconteceu? – Liz perguntou limpando o rosto de , que se manteve em silêncio olhando de soslaio para Seth. – Seth, você poderia ir dar uma volta com Sophia? A leve para casa do Billy, se preferir. – Eloise pediu e Seth assentiu em silêncio dando uma última olhada para Liz.


Assim que ele se retirou, se ergueu e puxou Eloise para seu quarto, se jogando na cama e abraçando as almofadas.


-Eu o encontrei. – Ela finalmente falou, em meio aos soluços e lágrimas.


-Encontrou? – Liz questionou um pouco confusa, franzindo a testa em interrogação, mas logo uma luz ressurgiu na sua mente a fazendo entender de quem falava. – Onde? Quando?


-Na casa do Dr. Carlisle Cullen. Quando fui buscar minha filha. Ele é o Jacob Black. – Contou, mas ao olhar o rosto de sua madrinha não encontrou qualquer resquício de surpresa em seu rosto. – Espere, você sabia? Você sabia quem ele era e não me falou nada!? – se exasperou se colocando sentada na cama.


-Não é bem assim, . Eu só soube ontem, depois que você foi internada. Na verdade foi Billy quem deduziu isso e veio até mim confirmar suas suspeitas. Mas acabou que ele na verdade me revelou quem era o mais potencial pai de sua filha. Você só confirmou definitivamente. – Liz se defendeu.


-O que é que eu faço agora? Assim que eu bati meus olhos nele eu…eu fiquei em pânico. Todos os meus medos vieram à tona. E eu tive de fugir. Eu não consegui encarar nem enfrentar o pai da minha filha. Eu não sei mais o que fazer! – Se desesperou chorando obstinadamente.


-Billy quer falar com você a respeito de Sophia. Agora que ele sabe da existência dela, ele não se quer separar da neta.


-Ele não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar! – quase gritou.


-Ele vai contar a Jacob sobre ela. E quando Jake descobrir que Sophia é vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for. – Liz alertou.


-Droga! Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra! – se xingava passarinhando de um lado para o outro no quarto.


-Não adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar com Billy. – Eloise aconselhou.


tentou contestar mas ela própria sabia que isso seria o melhor a ser feito.


(POV Embry)


Depois da reunião com o Conselho e do surto de ciúmes de Leah, eu fui dar uma volta. Não quis me transformar porque a última coisa que eu queria no momento era partilhar meus pensamentos com o resto do bando. Precisava ficar sozinho.


Retornei a casa para ir buscar Sean. O Conselho tinha me indicado para levar Sean para uma clínica de reabilitação. Não existia nenhuma em La Push ou Forks, apenas em Seattle, o que ficava muito à desamão. A outra opção que me deram foi de colocar Sean temporariamente em uma cadeia. Minha mãe tratou logo de ligar a Charlie, que prontamente levou Sean para a sua delegacia, o colocando em uma cela à parte.
Depois disso precisei caminhar. Caminhei por horas, andando de uma ponta à outra da praia, atravessando First Beach inteira e entrando na praia seguinte. Só quando enxerguei o sol bem alto percebi que já eram princípios da tarde e que a manhã tinha passado excessivamente rápida.


Se eu havia pensado? Demasiado. Tanto que eu julguei que fosse ter um curto-circuito.
Se eu tinha chegado a alguma conclusão? Infelizmente não. Nenhuma. Estava sem qualquer noção do que iria fazer a partir de agora?
Leah estava furiosa comigo e não era uma opção para mim.
Quando dei por mim estava chegando a minha casa, vendo Seth saindo dela com Baby Suh no colo.


-Cara, estava mesmo precisando falar com você. – Seth falou quase que desesperado.


Antes de responder senti dois cheiros distintos. Um de vampiro, que logo reconheci como sendo de Edward, e outro de .


-A já chegou? – Perguntei antes de questionar sobre o cheiro de vampiro.


-Já sim. E antes que você pergunte, foi o Edward que me emprestou o carro para trazer e Baby Suh. – Sua voz derreteu ao falar delas.


Estreitei os olhos em direção a ele e depois olhei para a pequena.


-Não me diga que…


-É. Eu tive um imprinting com ela. – Sorriu largamente como se isso fosse realmente uma coisa boa.


-Até você? Porque será que essa lobada anda preferindo ter imprintings com crianças? Primeiro Quil. Depois Jacob. E agora…você! – Exclamei exasperado.


-Não é que seja uma coisa que eu tenha escolhido. – Seth deu de ombros olhando sorridente demais para seu mais novo imprinting.


-Se você está aceitando bem o imprinting não estou entendendo qual a urgência em falar comigo. – Soquei as mãos nos bolsos.


-É que…eu preciso de ajuda para contar a o que aconteceu. – Ele sussurrou preocupado.


-Hun. Tudo bem. Eu falo com ela. – Assenti me dirigindo para a porta de minha casa.


-Espere. Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim que a entrou em casa dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.


Tanto tempo estive com medo de perder o amor
Que achei que tinha perdido.
Bem, se isso é amor
Ele vem por um preço muito alto!
(Defying Gravity – Glee)


Sixteenth Chapter

Me diga como eu deveria respirar sem ar.
Se eu morrer antes de eu acordar,
Isso vai ser porque você levou minha respiração embora.
Estar perdendo você é como estar vivendo em um mundo sem ar.

(POV Embry)

-Espere. Não vá agora lá para dentro. Não sei o que aconteceu, mas assim que a entrou em casa dos Cullen ela saiu de lá aos prantos e veio o caminho todo até aqui chorando. E bem, a sua mãe pediu para eu levar Baby Suh a passear, o que indica que elas querem ficar sozinhas.

Eu sequer escutei a sua advertência, apenas me limitei a ignorá-lo e adentrar a minha casa para ver o estado de . Escutar Seth falar que ela estava chorando…pensar que ela estava sofrendo…me doeu no peito de maneira estranha. Era o efeito do maldito pacto. Agora eu sabia bem como Jacob se sentia em relação ao imprint de Nessie. Ele sempre me falava, como em desabafo secreto, que apesar de todo o carinho e amor que ele pudesse sentir por ela, era como se ele fosse obrigado e compelido a ter esses sentimentos…OK, no meu caso é um pouco diferente. Eu nunca quis matar ou sequer a odiei. sempre foi a irmã que eu nunca tive, a minha melhor amiga. Sempre tive uma ligação muito forte com ela, mas nada que justificasse a minha estupidez de ligar a minha vida à dela irremediável e irreversivelmente. Agora eu seria como um fantoche nas mãos dela, como Jake era de Nessie. Não que fosse fazer de mim realmente um, mas em relação aos sentimentos e às prioridades…UGH! Como o imprint pode ser algo tão desprezível?
Estava tão absorto em meus pensamentos que nem percebi que já estava na frente da porta entreaberta do quarto de . Voltando à realidade, dei um passo em frente para entrar, mas uma frase me parou.

-Ele não pode me obrigar a ficar aqui. Eu não vou aguentar! – se desesperou, o que me deixou verdadeiramente curioso.

Mais uma vez eu tentei dar um passo em frente para perguntar o que tinha acontecido com ela, mas de novo estagnei com o que minha mãe falou.

-Ele vai contar a Jacob sobre ela. E Quando Jake descobrir que Sophia é vossa filha, ele irá atrás de vocês, se preciso for.

Eu perdi completamente o fôlego ao escutar aquilo. Como?…
Eu simplesmente não conseguia processar aquela informação.

-Droga! Porque eu vim procurar por ele? Porquê? Idiota! Como eu fui burra! – gritava consigo mesma completamente exasperada.

-Não adianta ficar se culpando ou pensando como seria diferente se você não tivesse vindo. O melhor que você tem de fazer agora é ir falar com Billy. – Minha mãe falou.

-Você tem razão. E o melhor é eu ir agora. – indicou me fazendo sair do transe e correr, em passos inaudíveis, para o meu quarto.

Fiquei encostado na porta do meu quarto, escutando caminhar pela casa e bater a porta, indo em direção a casa dos Black.
Apurei meus ouvidos, camuflando-os apenas para o que eu queria escutar, e escutei atentamente seus passos hesitantes pelo terreno fazerem parceria com os batimentos incertos de seu coração. Ela ofegava, quase deixava de respirar. Então escutei seus passos em outro tipo de piso. Madeira. Ela havia chegada na casa de Jake.
Uma batida na porta. Hesitação. Seu coração disparando como um raio. Quatro batidas mais insistentes e ritmadas na porta. Podia até adivinhar seu pensamento: “É agora ou nunca!”. Uma respiração profunda e prolongada. Uma porta se abrindo e um convite de Billy para entrar.
Bati com minha cabeça na porta quando escutei a porta se fechando. Lágrimas brotavam em meus olhos. Era demais para eu digerir. Eu precisava demais de Leah do meu lado, sem questões para me fazer, apenas me abraçando e me amando. Sem obrigações. Leah…

Eu estou aqui sozinho, não quero partir.
Meu coração não se moverá, está incompleto.
Desejo que haja um jeito para que eu possa fazer você entender.
Mas como você espera que eu viva sozinho apenas comigo mesmo?
Porque meu mundo gira ao seu redor e é tão difícil para eu respirar.

(End POV Embry)

caminhou inquieta para casa de Billy. Preparava um discurso mental do que deveria falar, como deveria falar, mas sequer tinha certezas se iria conseguir falar. Subiu o pequeno lance de escadas da varanda em vermelho velho e parou na porta batendo de leve nela. Em um momento de hesitação pensou em ir embora, mas afastou essa possibilidade batendo com mais força na madeira e inspirando fundo para encarar esse novo desafio. A porta foi aberta desvendando por detrás dela um homem com expressões tão carregadas que lhe chegava a dar um ar bem mais velho do que ao que tinha.

-Entre. – Ele pediu arrastando sua cadeira para trás e para o lado, dando passagem a ela.

entrou na casa inspirando fundo, mas assim que o fez, sentiu o seu cheiro. Era inesquecível. Era o cheiro dele. Involuntariamente uma leva de lágrimas caíram de seus olhos, mas logo ela as enxugou antes que Billy tivesse tempo de as perceber.

-Eu quero que me conte sua história, . – Billy exigiu parando atrás dela.

se virou e Billy indicou com a mão para que ela se senta-se no sofá e ela assim o fez, tomando fôlego para começar seu relato.

-Eu tinha apenas 17 anos. Minha vida em casa era um inferno depois da morte de minha mãe. Um dia em que as coisas ficaram piores…eu fugi de casa. Era de noite e apesar de conhecer muito bem aquela região e até mesmo as florestas, eu acabei me perdendo. – Decidiu saltar as partes menos importantes e relatar apenas aquilo que estava concernente ao pai da sua filha. - Quando cheguei nas margens de um rio eu me deparei com um homem, nu, ardendo em febre…eu sei que deveria ter medo, eu sei que deveria ter fugido, mas eu não consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele. Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella, esse era o nome que ele dizia, mas apesar de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o momento em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente apaixonada, eu estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele via outra garota e chamava pelo nome dela. Na manhã seguinte ele havia sumido, mas havia deixado em mim um pedaço de si. – Finalizou contendo a emoção das recordações.

Me diga como eu deveria respirar sem ar
Não posso viver, não posso respirar sem ar
É assim como eu me sinto quando você não está aqui.
Sem ar, sem ar.
Tenho vontade de me afogar, tão fundo.
Me diga, como você vai ficar sem mim?
Se você não está aqui, eu apenas não posso respirar.
Estou sem ar, sem ar...

Billy sentiu a oscilação da voz dela e percebeu o quanto ela ainda sofria, o quanto ela ainda amava seu filho.

-Você não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é sua filha. – Billy estava a ponto de implorar se preciso fosse.

-Eu cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou conseguir…não enquanto eu ainda o amar. – soluçava escondendo de Billy as lágrimas que derramava.

(POV Jacob)

A confusão estava explícita em meu semblante. Era ainda muito difícil de acreditar que eu tinha uma filha. De que Sophia era minha filha. Eu mal conseguia respirar. O que eu fiz? O que eu vou fazer? E Nessie? E ? E Sophia? E…eu? Me sentei sobre uma pedra no meio da floresta e chorei. De desespero? Talvez. Nem sabia mais porque razão eu chorava. Como eu iria contar para Renesmee sobre e Sophia? Como ela iria reagir? Como eu iria lidar com tudo isso?
Sentia que minha cabeça ia explodir a qualquer momento com tantas dúvidas corroendo meu peito, tão dolorosamente maltratado.
Retornei a casa. Precisava pedir ajuda a meu velho. Só ele saberia me dizer o que eu deveria fazer.

Foi uma caminhada e tanto, mas pelo menos me ajudou a espantar meus pensamentos, a mantê-los trancafiados por tempo indeterminado. Pelo menos até eu saber o que fazer.
Minutos depois, não sei quantos e realmente pouco me importava, eu cheguei à Reserva caminhando desnorteado em direção a minha casa. Subi meio que apressado o lance de escadas da minha varanda e coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta, mas uma voz doce e melodiosa me travou.

-Eu sei que devia ter medo, eu sei que devia ter fugido, mas eu não consegui. Apenas senti uma enorme necessidade de cuidar daquele homem. E eu o cuidei. O levei para minha casa e por dias cuidei dele. Ele delirava e chamava sempre o nome de uma garota: Bella - Me recordei momentaneamente desses momentos de delírio. -, mas apesar de tudo…eu não me importava. Me apaixonara por ele desde o momento em que olhei para seu rosto e, como toda a adolescente apaixonada, eu estava cega…me entreguei a ele mesmo sabendo que ele via outra garota e chamava pelo nome dela. - Percebi a dor explícita em sua voz. Por mais que ela tentasse camuflar, ela ainda sofria. E isso me doeu. - Na manhã seguinte ele havia sumido mas havia deixado em mim um pedaço de si. – Um pedaço de mim. Sophia.

-Você não pode ir embora. Não agora. Jacob precisa saber que Sophia é sua filha. – Ir embora? Levar minha filha daqui? Não!

-Eu cometi um erro. Eu não devia ter vindo. Eu levei dois anos a tomar uma decisão, a decisão de procurar pelo pai de minha filha, mas eu vim ainda incerta de minhas decisões. Eu não consigo…eu não vou conseguir…não enquanto eu ainda o amar. – Escutar isso foi como sentir meu coração sendo apunhalado variadas vezes.

Ela não podia ir embora e levar minha filha. Como eu iria viver se ela partisse…se Baby Suh partisse…ou se partisse? Oh céus, o que está acontecendo comigo? Como eu posso sentir dor por ? Eu mal a conheço. Não, eu nem a conheço! Mas eu não podia deixá-la partir com a minha filha.

-Eu lhe imploro, . Não vá. Se eu pudesse eu me colocava de joelhos. – Meu pai estava implorando? Ele estava tão ou mais desesperado que eu. Ele não podia perder sua neta. E eu não podia perder minha filha.

Mecanicamente girei a maçaneta e empurrei a porta para trás, adentrando em casa e me encaminhando para a sala.

-Não vá. Por favor. – Pedi com a voz embargada e quando percebi eu estava chorando.

se virou e foi como se eu estivesse revendo o meu anjo. Aquele anjo que cuidou de mim e que me falou tantas vezes que me amava.
Agora eu conseguia me recordar de tudo perfeitamente. Conseguia recordar de todas as suas expressões.
De como seus olhos brilhavam quando eu a olhava.
De como suas bochechas coravam quando eu a tocava.
De como ela engolia em seco forçando um sorriso quando eu a chamava de Bella…
Eu me recordei da noite em que a fiz minha.
A culpa explodiu em meu peito como uma bomba relógio ao me recordar de gemer o nome de Bella enquanto ela estava entregue em meus braços, em meus lábios e em meu corpo. E ela realmente não se importara. Ela me amava…como eu nunca fui amado. E doía demais pensar que eu nunca poderia corresponder a ela da mesma forma.

Eu caminho, eu fujo, eu pulo, eu voo.
Fico longe do chão, flutuando até você.
Não há gravidade para me segurar para baixo, de verdade.
Mas de alguma maneira eu ainda estou vivo por dentro.

Seus olhos brilharam. Brilharam de felicidade de me rever e de dor por não me poder ter. Como eu a compreendia. Ela se jogou no sofá, escondendo o rosto nas mãos e apoiando a testa nos joelhos e soluçando tão alto e tão desesperadamente que tudo o que eu mais quis foi correr até ela e a pegar em meus braços e arrancar toda a sua dor, mas não o fiz. Não o fiz porque outro alguém o fez. Embry.
Nem notara ele entrando em minha casa, mas notara que ele também chorava.
O que estava acontecendo?

-Vamos embora . Eu vou cuidar de você. – Ele sussurrava.

-. Você não pode levar minha filha embora…por favor…você não pode ir embora. – Me vi implorando mais uma vez e apelando covardemente ao seu amor por mim.

O que eu estava fazendo? Eu não podia ser egoísta a esse ponto? Ou podia?
Diabos! Eu não sabia mais o que pensar. Apenas sabia que não a podia perder. Nem a ela nem a minha filha.

(POV Embry)

Cansara de escutar aquilo tudo do meu canto. Cansara de escutar o choro dela. Cansara de escutar a pressão que eles exerciam sobre ela.
Será que eles não percebiam que ela estava sofrendo com aquilo tudo? Será que eles não compreendiam que também não era fácil para ela? Será que eles não viam que aquilo tudo custava mais a ela do que a eles?
Mas eu simplesmente não conseguia ficar parado escutando a dor dela. Não podia.

Você levou minha respiração, mas eu sobrevivi.
Eu não sei como, mas eu nem me importo.
Sem ar.
(No Air - Jordin Sparks ft Chris Brown)


Seventeenth Chapter

Eu estou perdida sem justa causa, depois de dar tudo de mim
Tempestades de Inverno vieram e escureceram meu Sol.
Depois de tudo que eu passei, para quem me poderei voltar?

-Me tire daqui. – sussurrou quase sem som algum na voz. Apenas um leve sopro saído de seus lábios. Mais baixo que as batidas de seu coração, que ameaçavam parar a qualquer momento.

Embry enlaçou seus braços nas costas e pernas de e a carregou dali para fora. abraçou firmemente o pescoço de Embry e escondeu o rosto na curvatura, apertando os olhos em conformidade à dor que sentia. Olhar Jacob lhe doía demais.
Jacob ameaçou ir atrás dos dois, mas Billy o impediu segurando seu braço. Os olhos de seu pai estavam marejados, mas sua expressão era dura e forte.

Embry atravessara o curto caminho desde a casa do seu melhor amigo e sua casa, em silêncio. Seu semblante era carregado, enraivecido. Seu coração apertava ao som dos soluços de . Como se ele fosse uma extensão da dor dela e tudo o que ela sentia, ele sentisse igual. Mesmo que ele não quisesse sentir, ele sempre seria um espelho dos sentimentos dela. Tudo por causa daquele maldito pacto.
Antes mesmo de conseguir chegar em casa, Embry foi abordado por sua namorada.

-Embry! – Ela exclamou, ofendida e magoada com o que via.

-Agora não, Leah! – Ele respondeu rispidamente adentrando em sua casa e fechando a porta com brutalidade.

Leah sentiu um nó se formar em sua garganta e sua vista ficar embaçada. Não aguentou aquela humilhação e correu de volta para casa.

(POV Embry)

Eu olho para você, eu olho para você.
Depois que toda a minha força se foi, em você eu posso ser forte.
Eu olho para você, eu olho para você.
E quando as melodias se forem, em você eu ouço uma música.

Me custava quase inumanamente tratar assim Leah, mas agora minha prioridade era . Precisava falar com ela sobre tudo. Desde o meu pacto, passando pelo imprint de Seth, até o fato de eu ter descobrido que Jacob, o meu melhor amigo, era o pai da filha dela. Ia ser uma conversa dura e longa, mas teria de ser feita agora.

Pousei em sua cama o mais delicadamente possível. Seu choro havia acabado e agora apenas seus soluços eram audíveis. Me acomodei na ponta da cama, do lado dela, e a olhei carinhosamente.
enxugou seu rosto com as costas das mãos e foi recuperando o controle aos poucos. Nos mantivemos em silêncio pelo tempo necessário para ambos.

-. – Peguei sua mão, fazendo carinho. – Eu já sei de tudo… - Fiz uma pausa para examinar sua expressão. Nesse momento ela estava…indiferente. Não, ela estava apática, sem saber como reagir. Resolvi acabar logo de uma vez com esse suspense. – Sei sobre Jacob…que Sophia é filha dele. E sei que você também já sabe o que nós somos. Mas há muitas outras coisas que você precisa saber. Coisas que podem influenciar o seu futuro e o da sua filha…e que não têm propriamente a ver com Jake… - estremeceu ao escutar o nome dele, mas decidi continuar. – Coisas que têm a ver com aquilo que nós somos…e comigo. – Engoli em seco, me lembrando de minha sina.

pareceu ter adquirido interesse e seu rosto expressava curiosidade e ansiedade.

-, minha mãe já alguma vez te falou sobre o imprint? – Perguntei e susteve a respiração me olhando de olhos arregalados.

-Embry! Você não…comigo? Eu não sei… - Ela se atrapalhou tentando formar uma frase coerente, sem qualquer sucesso.

-Calma, calma, . Deixe eu terminar de falar. – A tranquilizei, continuando a acariciar sua mão. – Pelos vistos minha mãe já falou a você sobre o imprint. – Suspirei aliviado por ter menos uma explicação complicada a dar. – Você entende as dimensões de um imprint? – Resolvi começar pelo mais difícil. A minha burrada.

assentiu com a cabeça engolindo em seco. Suas mãos começaram a suar frio e sua respiração se tornava descompassada, por mais que ela tentasse controlá-la. Seu coração estava descompassado, quebrado.
Eu suspirei profundamente me erguendo da cama e largando suas mãos. Seria mais fácil se eu não tivesse qualquer contato com ela.

-Lembra de quando a gente era pequeno e das vezes que eu te fazia acordar a meio da noite para a gente ir tomar banho de rio, nas noites quentes de verão?

-Sim. – Ela sorriu, se recordando.

-Lembra duma noite em específico, a minha última noite na Reserva Crow, em que eu te levei para o meio da floresta…e a gente fez um pacto de sangue? – Enquanto eu falava aquilo, eu me mantinha de costas para ela, comprimindo os olhos e massageando as têmporas.

-Lembro! – Ela exclamou um pouco aturdida, temendo o significado desse pacto.

-O que eu fiz ligou a gente de uma forma tão forte quanto um imprint, . Me perdoe. – A frase me saiu quase como um sussurro e o pedido de perdão já saia banhado em lágrimas.

Depois de perder o meu fôlego não há mais pelo que lutar.
Pensando em desistir de subir, procurando por aquela porta aberta.
E cada estrada que eu escolhi, me conduziu ao meu arrependimento.

O silêncio se abateu sobre o quarto e eu não me atrevi a abrir os olhos para espiar a reação de . Eu não tinha coragem para olhar na cara da pessoa que eu estava desgraçando a vida. Não tinha coragem de olhar para a garota que eu tinha prendido a mim para sempre.
Meu corpo se tensionou quando eu senti a mão suave de tocar meu ombro com delicadeza. Eu permaneci parado, mais duro que uma estátua, enquanto ela rodeava a minha cintura com seus braços e encostava seu rosto em minhas costas.

-Você não teve culpa. – Ela apenas sussurrou me fazendo sentir um lixo.

Preferia que ela tivesse gritado comigo, me agredido, me chamado de canalha, cafageste, manipulador…preferia que ela estivesse brava comigo, me batesse e dissesse que nunca mais na vida iria querer olhar na minha cara, falar comigo, ficar perto de mim… Mas não fora isso que acontecera.
Como sempre foi compreensiva e carinhosa, me demonstrando que tudo estava bem quando o mundo lá fora desabava. Ela sempre seria a minha …a menina delicada e quebrável que Jacob e Sean fizeram questão de destruir…e no entanto, por mais frágil que ela parecesse, ela estava sendo forte. Por mim, por Sophia, por Sean...e onde estava ela no meio disso tudo? Onde estavam escondidos os cacos que Jacob havia feito dela?

Abracei fortemente, tentando a manter segura e protegida no calor de meus braços. Querendo dissipar toda a sua dor e tristeza. Mostrando a ela que tudo estava bem, mesmo que o mundo lá fora estivesse se desmoronando.
De repente o corpo de começou tremendo e eu pensei que ela estivesse chorando de novo, soluçando, desabando em meus braços, mas essa minha idéia se dissipou quando a escutei gargalhando.
Me desprendi do abraço olhando o rosto contorcido de , gargalhando como se nada do que eu havia dito e do que ela passou tivesse alguma vez acontecido.

-Do que você está rindo? – Perguntei enxugando as minhas lágrimas e a olhando com o cenho enrugado de preocupação. Será que ela tinha surtado?

-Embry! Você é muito idiota! Como você foi fazer uma coisa tão estúpida, menino! – Ela continuou rindo, mesmo estando me repreendendo.

-, você é doida. – Constatei sorrindo e a abraçando. – Esse pacto não irá mudar nada entre a gente, . Apenas irá reforçar os nossos sentimentos. Você sempre será a minha irmãzinha querida e eu sempre irei amar Leah. Agora que tudo foi dito, está tudo mais claro em minha mente. O que eu sinto por você não se compara àquilo que sinto por Leah…e o que eu sinto por Leah, não é nada perto do que eu sinto por você. São amores diferentes. – Constatei, mais para mim do que para .

E eu não sei o que vou fazer. Nada a não ser levantar minha cabeça
E olhar para você. Eu olho para você.
O meu amor foi todo destruído, meus muros caíram sobre mim.

-Fico mais aliviada, Em, ia ser muito difícil te dar sempre pra trás! – Ela zoou e eu fingi montar carranca, o que só a fez gargalhar mais.

-Não sabe como te ver desse jeito me deixa feliz. Pena que eu vá ter de quebrar sua felicidade cedo demais. Temos outro assunto para conversar. – Brinquei.

-Eu vi logo que isso estava bom demais para ser verdade! – Ela cruzou os braços, tentando camuflar a preocupação que a minha frase lhe havia passado.

-Sabe do Seth?

-Quem?

-O lobinho júnior que te trouxe…da casa dos Cullens. – Engoli em seco a fazendo recordar do episódio de mais cedo.

-O que tem? – Sua voz saiu mais baixo que um murmúrio, seu rosto perdendo a cor.

-Bem…como eu vou falar isso para você de uma forma simples. – Conversei comigo. – Ele teve um imprint por Baby Suh. – Despejei de uma vez.

-ELE O QUÊ? – gritou de olhos arregalados, seu rosto ganhando cor de novo, mas para uma tonalidade tomate. – Isso é possível? Ela ainda é uma criança…ele…é velho demais para ela. – fez uma careta e eu não tive como não rir. – E você ainda ri, Call! Você acha isso hilário, é? Mas eu não estou vendo graça nenhuma nisso.

-Nossa, . Nunca que te vi tão nervosa desse jeito. Está com medo de ser vovó cedo, é? – Zooei, recebendo um tapa no braço.

-Não brinca! Você fala isso porque a filha não é tua! – Ela cruzou os braços, montando biquinho.

-Relaxa, . Não é que Baby Suh tenha de começar namorando com Seth agora. Ele será o que ela precisar que ele seja para ela! Um irmão mais velho super protetor, um amigo confidente e cúmplice, e, mais tarde, se Sophia quiser, um namorado, marido, pai de seus filhos…

-Não apresse as coisas! Deixa eu só me ficar pelo irmão mais velho. E não tem essa de confidente e cúmplice. Eu quem serei a amiga confidente e cúmplice da minha filha! Afinal, ela não vai ficar falando de garotos com um garoto, né! – Ela supôs. – Ai, Deus do céu. A minha menina é tão pequena…dá até medo de pensar que ela vai crescer…e é bom mesmo que esse Seth tenha juízo, porque se não, ele vai ser um lobo castrado! – exasperou, me fazendo gargalhar alto.

-Você é mesmo uma mãe coruja, né?

-É, sou mesmo. Mas continua rindo. Continua rindo que quando chegar a sua vez, quem vai rir sou eu! – Ela declarou imponente e eu desfiz o meu sorriso.

-A Leah não pode ter filhos. – Declarei triste, sabendo que esse era o maior sonho dela.

-Lamento muito. Desculpe, eu não sabia… - ganhou uma expressão culpada.

-Não, tudo bem. Já passou. Até porque…eu nem sei mais se a gente ainda está juntos…ela não gostou nada desse história do pacto ser tão forte quanto um imprint… Falou que você sempre estará primeiro que ela… - Suspirei no final da frase.

-Me deixa falar com ela. Eu resolvo esse assunto.

-Não , você tem outros problemas com que se preocupar…nomeadamente Jacob.

-Ele é um problema que terá de esperar. – Ela suspirou resignada. – Ainda hoje eu passarei por casa de Leah. Pode ficar descansado. – Me sorriu e eu tornei a abraçá-la.

Como sempre, os outros estavam primeiro que ela. era incorrigível.
Mas eu sabia que ela não desistiria até conseguir o que queria. Apesar de tudo, ela era persistente e uma garota que só estava bem vendo a felicidade dos outros.
Era a minha .

(End POV Embry)

Caindo sobre mim (a chuva está caindo). A derrota está chamando.
Preciso de você para me libertar, me leve para longe da batalha.
(I Look To You – Whitney )

28 comentários:

  1. Ta incrivel,serio. Continua,anjinho
    JennyMalik'

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  2. ESSA FIC E PERFEITA EU JÁ LI ELA NO BLOG DA Baby,MAIS NÃO QUER DIZER QUE EU TAMBÉM NÃO VÁ ADORA LER ELA DE NOVO AQUI.BEIJOS E ATÉ OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS.

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  3. Aaah pft!
    Legal xonei <3
    xX: Isah Malik

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  4. Amei.... por favor posta mais....
    Bjos

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  5. Muito boa, louca pelo próximo capitulo

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  6. Otimaaaa!!! Estou super ansiosa pra ler o proximo capitulo, quero só ver o encontro deles....
    Bjosssss

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  7. MDS amei essa fic pfvr continue <3
    Srta Baby Suh vc acaba de ganhar uma grande fã <3
    xx
    Dandara Costa

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  8. Eu não aguento...estou curiosíssima para saber o que vai acontecer. Vou enlouquecer, por favor continue o mais rápido que puder. ADOREI !!!!!

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  9. Por favor continua, nao demore pra postar mais estou super curiosa.... o que vai acontecer agora???
    Bjinhos ★★★★★

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  10. eu amo, eu respiro essa fic e baby suh eu adoraria encontrar palavras certas ou então adequadas pra te dizer, mas olha só eu não tenho/não consigo . tudo que eu consigo sibilar agora é : pqp que fic perfeita e bem escrita! e te peço pelo amor de loki não demora a atualizar.
    beijos, Dandy M. xx

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  11. veronica gomes
    eu adoro essa fic

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  12. Babyyyy! (Nem sei se posso de chamar assim, mas já estou me sentindo intima! Hahahaha)
    Eu lembro de ter começado a ler essa fic no seu blog e ter amado, nem acreditei quando vi aqui no site, surtei total!
    Essa sua ideia é MUITO BOA, só pra constar. Estou amando cada segundo dessa fic!
    Posta mais logo, por favoooor!

    Xoxo,
    De uma nova, porém antiga, leitora das suas fics maravilhosas!

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  13. Ain, obrigada a todas as meninas que têm comentado. Agradeço imenso todo o carinho e apoio de vcs.
    Pode me chamar de Baby sim, Vivi. UEHEUHEUHEUH
    Fiquei emocionada com o seu comentário, Dandara.
    Bjs pra todas :*

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  14. Q perfeito! Estou amando, muito linda a relação do Embry com a PP.
    Estou louca pra saber o que vai acontecer quando Jacob descobrir que Sophia é filha dele

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  15. Meeu Deus que lindo!
    Quero mais... que venham mais inspiração
    Bjus Ruu Freipen

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  16. POBRE LEAH.... SE FERROU!!!!!!!!!!!!!!

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  17. ownt , XAKE !! Que fofura, estou ansiosa por próximos capítulos ,

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  18. OMG! Preciso saber o resto? O que será que o Jacob vai fazer?
    Super ansiosa!!!

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  19. to com pena da pp esta num beco sem saída com jacob,os cullens e seth,alias o q jake vai fazer qnd souber?
    Ótima fic.
    Quero mais logo,

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  20. Ounnnn ADOREEI..

    Tadinha da PP, que confusão eim. Ainnn a Baby Suh é uma fofaaa to apaixonada por ela, e o "Upa upa cavalinho" foi DEMAIS" kkkk

    Jake pelo amor eim, seja racional é sua filha então seja um exemplo, apesar que os momentos dele com a baby tbm foram super fofos, PP força ok? Vai lá mostrar para o lobão na enrascada que ele se meteu.

    Otima a fic, não para pooor favor.. Não vejo a hora de ver logo o encontro final da PP com o lobão.

    Super ansiosa pela continuação. Posta logoo pleaseeeeee!

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  21. Ainnnn...meu deus essa fanfic é maravilhosa e linda a pp é muito forte e o Embry é um amor
    O Seth e a Baby Suh juntos.lindos

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  22. Ameeeeeeeei Sophia! Estou imensamente apaixonada pelas suas fics. Amo seu jeito de escrever, os enredos que você cria, o mistério, o drama. Aliás, o drama é o melhor, você com certeza sabe escrever cenas de roer as unhas kkkkkkkkkk Att depressa ok? Bjs:**

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  23. Sério continua ta perfeito amo demais essa fic

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  24. Meu Deus, quando sai o próximo capítulo? Preciso saber o que vai acontecer <3 Amo seu modo de escrever, continue a fanfic, por favor <3

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