8 de agosto de 2012

Vampire Grin by Nina

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Vampire Grin by Nina















Vampire Grin by Ninna




Prólogo



Eu nunca dependi de ninguém para fazer o que eu quisesse, nem dos meus próprios pais. Mas agora com ele em minha vida tudo ficava complicado, confuso. Eu já estava viciada nele. E não sabia como parar.







Capítulo 1




– Então, ? Preparada para a apresentação mês que vem? – minha professora me perguntou.

– Estou sim, mas quero me preparar mais ainda. Ouvi dizer que as outras patinadoras são muito boas. – falei pegando minha mochila no chão.

– Ah sim, elas são. Mas acho que terão uma mais nova competidora. – ela respondeu sorrindo.

Bethany é minha professora de patinação no gelo, e de outras meninas, claro. Ela é gentil e legal, mas sabe ser rígida quando quer. Poucas garotas de Seattle, cidade onde moro, praticam esse esporte. A maioria faz por pura diversão, menos eu. Em International Falls, cidade onde nasci e fiquei até os treze anos, eu ia até um lago perto da minha casa que no inverno ficava congelado, e simplesmente patinava lá. Até que a minha mãe teve a brilhante ideia de se mudar para Seattle. No início eu não quis ir, mas acabei concordando quando ela disse que tinha uma pista de patinação. E desde então eu patino pra valer, mas a minha primeira competição será mês que vem.

– Bom, vou embora. Ainda tenho que parar para abastecer o carro. – fiz uma careta.

– Ainda com o carro do seu irmão? – ela me perguntou sorrindo.

– Pois é... Espero que no final do ano meu pai me dê um carro. – falei e dei um aceno, indo para o estacionamento.

Desliguei o alarme do carro, e joguei minha mochila no banco do passageiro, sentando no banco do motorista logo depois. Liguei o carro e fui até o posto de gasolina mais perto, e infelizmente o mais deserto. Sinal ruim, já que já eram sete da noite, e eu estava completamente sozinha. Antes de sair do carro olhei para os lados e vi que não tinha ninguém suspeito pelas ruas iluminadas e desertas. Saí do carro e fui colocar gasolina, quando ouço umas vozes se aproximando. Larguei a mangueira de gasolina e virei para trás.

– E ai, gatinha. Tá sozinha por quê? – um cara provavelmente bêbado falou.

– Tava nos esperando, docinho? – falou outro cara mais bêbado que o primeiro.

– Era só o que me faltava... – sussurrei.

– Nós já estamos aqui, você não vai mais precisar ficar sozinha. – o primeiro se aproximou de mim, alternando o olhar entre meu rosto e meus seios.

– Aham Cláudia, senta lá. – falei dando passos para o outro lado do carro, e abrindo a porta de trás, onde estava o taco de beisebol do meu irmão. Peguei e fechei a porta. Fui para perto do primeiro cara, que quando viu que eu estava com o taco na mão riu.

– O que pensa que vai fazer com isso, hein? – ele me perguntou com uma cara debochada, ainda alternando os olhares.

– Eu não penso, eu vou. – estiquei os dois braços e bati em sua cabeça com força, o fazendo gritar de dor e cair no chão.

– O que você fez sua vagabunda? – o outro disse se correndo até onde eu estava cambaleante.

– A mesma coisa que vou fazer com você, se você não der o fora. – falei sentindo a raiva tomar conta de mim.

– Olha aqui sua vagabunda, acho melhor você correr se não eu te pego e te mato. – ele cuspia enquanto falava.

– Ah tá... – rolei os olhos.

– Atrevida. – nisso ele esticou as duas mãos, no intuito de puxar meus cabelos, mas fui rápida, e bati com o taco em sua mandíbula, conseguindo ouvir o barulho dela se quebrando.

O primeiro cara ainda estava no chão se contorcendo de dor, e havia sangue espalhado pelo chão. O segundo não conseguia nem gritar, já que a mandíbula estava solta. Olhei aterrorizada a cena, e percebi que um carro tinha parado bruscamente do nada. Fui olhar o carro e vi um garoto de mais ou menos da minha idade saindo deste. Ele parecia preocupado, e me encarou, como se quisesse constatar que não tinha nada de errado fisicamente comigo. Depois ele olhou o taco que ainda estava na minha mão e olhou para os dois caras no chão. Quando o fez, contraiu a mandíbula e franziu o cenho.

– Um belo estrago, parabéns. – ele falou rápido.

– Quem é você? – perguntei.

– Sou da mesma escola que você. Forks High School. Edward Cullen. – ele falou rapidamente outra vez, me olhando.

– E como eu nunca te vi lá? – perguntei erguendo a sobrancelha.

– Me mudei faz três dias. Eu, meus quatro irmãos e meus pais. Meus pais já moravam aqui, menos eu e meus irmãos. Nós morávamos com amigos no Alaska. – ele falou. – Meu pai é médico do hospital de Forks, e minha mãe é decoradora.

– Qual o nome do teu pai? – perguntei.

– Carlisle Cullen. – falou.

– Eu o conheço, mas como posso confiar em você? – perguntei.

– Não podendo. Não tenho provas. – disse relaxando os ombros.

– E o que você estava fazendo aqui? – continuei o interrogatório.

– Eu estava em uma livraria comprando um livro para meu irmão Jasper, já que ele não pode vir por estar ocupado com o seu carro, que resolveu quebrar. Quer saber o número da minha carteira de identidade também?

– Nossa! Você é um bom contador de histórias. – falei cinicamente.

– Eu falei a verdade. Agora se quiser acreditar ou não, é com você. Eu parei aqui porque a vi parada, e você parecia assustada. E de fato estava. – ele falou voltando a olhar os homens, já desmaiados.

– Se você quiser ir embora agora, vá. Eu juro que não irei correr até você quando der as costas. – ele falou seriamente.

– E quem disse que eu vou dar as costas? – falei dando três passos para trás com o taco na mão. Senti o carro atrás de mim, e abri a porta calmamente com uma mão, entrando nele devagar, e trancando as portas assim que entrei. Arranquei o carro e o vi ainda parado no lugar onde estava, me olhando.

Cheguei a casa ofegante e pensando como eu era sortuda. Ou não. Depende do ponto de vista. Eu escapei de um quase estupro, e ainda arrebentei os dois caras, e quase fui estuprada de novo, mas consegui escapar. Eu acho que foi um pouco de sorte sim. Abri a porta de casa e vi meu pai sentado no sofá dormindo. Ri comigo mesma e fui até lá, colocando a minha mochila na outra parte do sofá. Cutuquei-o e ele acordou.

– Pai sai daí. Vai pro quarto, ou então você vai dormir aqui no sofá e vai arrebentar a sua coluna quando acordar. Escolha. – falei carinhosamente.

– Já estou indo. Peguei no sono na hora do noticiário. – ele falou se levantando e subindo as escadas. – Boa noite filha.

– Boa noite pai. – falei me afundando no sofá.

Peguei meu celular na bolsa e liguei para o Keith, meu namorado. Caixa postal. É incrível como ele não me liga, não tá nem aí para mim. E quando eu mais preciso dele ele está por ai, de palhaçada. Mas amanhã ele vai ouvir, ah se vai! Levantei do sofá e fui para a cozinha, procurar algo para comer. Abri a geladeira e vi que tinha hambúrguer, e como eu só como fast food, eu coloquei no micro-ondas. Tudo bem, nem como tanta fast food, mas quando a preguiça fala mais alto é outra coisa. Comi e depois lavei o que eu tinha usado, e subi. Nem fiz questão de abrir o quarto dos meus pais, já que eles devem estar dormindo.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e coloquei o pijama. Teria que dormir cedo, já que amanhã tem aula, e seria um dia cheio. Eu teria que brigar com o Keith, descobrir se o tal de Edward Cullen realmente estuda lá na escola e brigar com o Keith de novo, já que ele merece. Depois da breve lista que todo mundo faz antes de dormir, tipo o fazer amanhã, o que dizer, blá blá blá, eu dormi.



(EDWARD’S POV ON)




Estava em Seattle comprando um livro para o Jasper, já que ele estava consertando o carro da Alice. O livro era de fato interessante, falava sobre guerras. Decidi ir embora, já que não tinha mais nada para fazer. Quando estava quase saindo de Seattle, senti cheiro de sangue, e quando olhei para frente, vi dois homens no chão sangrando, e uma garota com um taco de beisebol na mão. Parei o carro e saí do mesmo, e olhei mais atentamente para a garota, e vi que ela era do meu colégio. Mais precisamente, era a única garota que eu não conseguia ler os pensamentos. Percebi que os homens não tinham feito nada com ela e me preocupei em olhá-los. Travei a mandíbula e franzi o cenho.

– Um belo estrago, parabéns. – falei rápido devido ao cheiro do sangue.

– Quem é você? – ela perguntou me analisando.

– Sou da mesma escola que você. Forks High School. Edward Cullen. – falei devolvendo o olhar.

– E como eu nunca te vi lá? – perguntou.

– Me mudei faz três dias. Eu, meus quatro irmãos e meus pais. Meus pais já moravam aqui, menos eu e meus irmãos. Nós morávamos com amigos no Alaska. – respondi. – Meu pai é médico do hospital de Forks, e minha mãe é decoradora.

– Qual o nome do teu pai?

– Carlisle Cullen. – falei me lembrando dele.

– Eu o conheço, mas como posso confiar em você? – perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Não podendo. Não tenho provas. – falei relaxando os ombros.

– E o que você estava fazendo aqui?

– Eu estava em uma livraria comprando um livro para meu irmão Jasper, já que ele não pode vir por estar ocupado com o seu carro, que resolveu quebrar. Quer saber o número da minha carteira de identidade também? – perguntei sorrindo.

– Nossa! Você é um bom contador de histórias. Sobre o número da identidade, acho que ainda não será preciso. – respondeu.

– Eu falei a verdade. Agora se quiser acreditar ou não, é com você. Eu parei aqui porque a vi parada, e você parecia assustada. E de fato estava. – falei voltando a olhar os homens, já desmaiados.

– Se você quiser ir embora agora, vá. Eu juro que não irei correr até você quando der as costas. – falei com uma expressão séria no rosto.

– E quem disse que eu vou dar as costas? – ela disse dando três passos para trás com o taco na mão. Abriu a porta calmamente com uma mão, entrando nele devagar. Saiu depressa com o carro enquanto eu a olhava.

Liguei para Carlisle e expliquei o ocorrido. Cinco minutos depois ele estava no posto com o kit de socorros. Ele limpou o sangue que vinha da cabeça à testa de um homem com cuidado, e depois foi olhar o outro homem, o que estava com a mandíbula fora do lugar.

– Ela fez um belo estrago nestes homens, mas principalmente neste aqui. – ele disse analisando o rosto desfigurado do tal homem.

– Eu tive que me segurar para não atacá-los Carlisle. E me segurar para não atacá-la. O sangue dela estava me chamando, junto com o sangue desses homens. – falei.

– Não pense mais nisso meu filho. Eu terei que levar esses homens para o hospital. Não posso deixá-los aqui assim. Tenho que cuidar dos ferimentos deles. – ele falou calmamente.

– Hospital? Carlisle, eles não merecem ser tratados com bondade. – falei com raiva.

– Edward, essa é a minha profissão. Eu não posso deixá-los aqui. Chame a ambulância. Não posso colocar a mandíbula desse rapaz aqui.

– Claro que pode. Ele quase matou a , pai. Ele merece sofrer, aliás, os dois merecem sofrer. – falei contrariado.

– Pode ter certeza que eles já sofreram. E quanto a esse rapaz, deve ter doído muito na hora da pancada, mas acredite, vai doer muito mais para colocar no lugar. Agora chame a ambulância Edward.

Liguei para a ambulância e junto vieram os policiais. Depois de uma hora e meia dando depoimentos, sem envolver a , claro, eles me liberaram. Carlisle teve que ficar para acompanhar os homens ao hospital.



Entrei no carro e fui para a casa da . Consegui o endereço dela através da senhora da secretaria, que foi muito simpática ao me achar um belo rapaz por pensamentos. Vi que não tinha nenhuma luz acesa e não ouvi nenhuma movimentação, o que indicava que todos estavam dormindo. Escalei a lateral da casa até chegar a uma janela aberta, e a vi dormindo tranquilamente. Entrei no quarto e fiquei a observando dormir, pensando no que eu faria se algum daqueles homens a tivesse feito mal. Ela se mexeu e abriu os olhos vagarosamente, e quando me viu se espantou. Mas antes que ela pudesse fazer algo eu saí pela janela rapidamente, tendo a certeza de que ela não pode ver isso. Quando ela acordar ela vai achar que foi tudo um sonho.

Fui para casa, sendo recebido por uma Alice saltitante e por uma Esme preocupada. Emmett via um canal de esportes acompanhado por Jasper e Carlisle. Rose estava alheia a tudo, pensando no que eu tinha aprontado dessa vez.

– Edward, eu sabia que depois disso você iria vê-la. Sabia! Eu tive uma visão de vocês juntos, mas ainda estava um pouco embaçada. Não consegui decifrar o lugar que vocês estavam, mas ela estava radiante, assim como você! – Alice disse sorrindo.

– Ah, não. Por favor Alice, não me venha com essas histórias agora. – falei e logo depois vi a visão de Alice se passando na minha mente. Ela estava sentada no meu colo, mexendo no meu cabelo e me olhando feliz. Nós estávamos em um lugar parecido com uma floresta, mas não exatamente uma. Voltei a olhá-la e vi um ‘Eu te amo’ saindo de sua boca. E antes de eu conseguir responder algo, a visão acabou. Olhei para todos ao meu redor e eles estavam me olhando.

Que isso hein Edward? Arrasando corações...” Emmett pensou rindo.

Ignorei o pensamento do meu irmão e fui falar com Esme, que ainda estava preocupada.

– Eu estou bem, Esme. Não se preocupe. – falei tentando acalmá-la.

– Sim, eu sei. Agora eu sei. Eu fiquei preocupada, não sabia se você iria fazer alguma coisa. Ainda bem que voltou. – ela me abraçou, querendo chorar.

– Está tudo bem, mãe. Não aconteceu nada. – sorri.

– Edward, e o meu livro? – Jasper perguntou.

– Ah, é. Está dentro do carro. – falei sentando no sofá.

– Carlisle ligou dizendo que os homens estavam sendo procurados pela polícia. Ela está a salvo, filho. Ela e qualquer outra garota. – Esme disse se sentando ao meu lado.

– Por que você se preocupa com ela Edward? Ela só é uma mortal... Nada mais. – Rosalie disse se virando para mim.

– Rose, por favor. Agora não, tudo bem? – perguntei com uma voz cansada, mesmo sendo impossível.

– Se não for agora vai ser quando? Hein? Quando você estiver mais envolvido com ela? Você não pode se envolver com ela! Você sabe disso. – ela respondeu com raiva.

– Rosalie, o Edward não pode evitar. Ela foi feita para ele. Não tem volta. – Alice disse entrando na conversa, ou discussão.

– E quem disse que ela foi feita para mim, Alice? – perguntei me virando para Alice.

– Eu vi. Você também viu. – ela respondeu calma.

– O que eu vi foi nós dois juntos, e nada mais. – respondi irritado.

– Ela está certa Edward. Vocês dois combinam mais do que imaginam, ou mais do que possam querer. – Esme falou sorrindo. – Eu a vi hoje. Na pista de patinação. Você não imagina o quanto ela é linda. O quanto ela é delicada, filho. Ela tem uma expressão calma no rosto, sabe? Como se ela não se importasse com nada mais.

– Você também Esme? Eu não gosto dela. Eu apenas fiquei preocupado quando a vi assustada. Vocês também teriam ficado. – dei de ombros.

– Não se pode lutar contra essas coisas Edward. – Alice disse dando um pequeno sorriso.

– Vocês estão malucas? Ele irá expor a nossa identidade. Ou melhor, ELA irá expor a nossa identidade. Como vocês podem confiar em uma humana? – Rosalie gritou.

– Rose, se acalme. – Esme falava.

– Me acalmar? Não quero! Se você se envolver com ela Edward, você estará sendo egoísta, pensando apenas em você, e se esquecerá que nós também somos a mesma coisa que você é. – ela disse se desesperando.

– Não Rosalie! Você é que está sendo egoísta. Você tem o Emmett, mas e o Edward? Quem ele tem para passar o resto da eternidade? Para amar, e quando eu digo amar eu quero dizer de homem para mulher. – Alice disse.

– Ou vampiro para humana... Ou se você a transformar, Edward, seria de vampiro para vampira. – Emmett disse.

– Eu não vou transformar ninguém! Vocês estão decidindo por mim! Eu nem sei o que fazer, quem escutar! - gritei. Após minha fala houve um silêncio na casa.

– Certo, me desculpe. Você tem que decidir por si só. – Alice disse emburrada.

– Faça o que quiser, mas depois não diga que eu não avisei. – Rosalie saiu da sala irritada.

– Filho, não deixe a tristeza do passado que aconteceu com você ou a incerteza do futuro de vocês dois roubar a felicidade do presente. Edward, eu posso ver nos seus olhos pela primeira vez. Eles estão diferentes, estão com um brilho. E eu sei que esse brilho tem nome. Mas deixarei você constatar isso por si só. – Esme disse indo para a cozinha.

Fui para o meu quarto e fiquei pensando no que a Esme disse. Talvez ela esteja certa. Eu fiquei preocupado quando a vi com dois homens, mesmo que esses estavam inconscientes. E o bloqueio de sua mente também me deixa um pouco curioso.

Quando percebi já era manhã, e eu precisava ir para a escola.



(EDWARD’S POV OFF)


Acordei com os raios de Sol no meu rosto e com o som do despertador. Esperei que o mesmo terminasse de tocar para que eu levantasse. Fui para o banheiro fazer a higiene matinal e quando saí vi que estava atrasada. Coloquei uma roupa confortável (Link da roupa), passei um gloss, e coloquei umas pulseiras. Calcei minhas inseparáveis botas, e peguei minha mochila, descendo logo em seguida.

Vi meu irmão, minha mãe e meu pai na cozinha tomando café, e os cumprimentei.

– Filha, você está atrasada. – minha mãe falou me dando uma tigela com cereal e leite.

– Eu sei, mãe. Por isso estou correndo. – falei tentando comer o cereal rapidamente.

– Hoje o seu irmão vai ter levar para o colégio. Seu pai não vai trabalhar hoje. – ela falou tirando os pratos da mesa.

– Bom , estou te esperando. Quando quiser. – meu irmão disse.

– To indo, to indo. Pode tirar o carro da garagem. – falei largando a tigela e subindo para o banheiro escovar os dentes.

Desci correndo as escadas e peguei minha mochila na cozinha, dando tchau para meus pais. Sentei no banco do carona e meu irmão deu a partida. Ficamos em silêncio até sair de Seattle e pegar a estrada para Forks. Olhei a minha mão e vi o anel que o Keith tinha me dado quando me pediu em namoro, e o mais estranho era que eu não senti nada quando me lembrei dele. Nem um pingo de saudade, ou qualquer sentimento ligado ao amor. Nem amor eu sentia mais por ele.

Esse era um dos meus problemas, ou pelo menos um dos problemas que a Pillar, minha amiga, dizia que eu tinha. Eu me apaixonava muito rápido, e me desapaixonava também, se é que essa palavra existe. Mas eu não via isso como um problema, eu via como uma coisa boa. Se eu me apaixonasse por um cara super legal, mas se mesmo assim, ele fizesse algo que me machucasse física ou emocionalmente eu me desapegava dele, não no mesmo instante, claro. Mas uma semana ou até menos, eu parava de gostar dele.

Vi que nós já estávamos perto do colégio, e coloquei minha mochila atrás das costas. Olhei o relógio do meu celular, que a Pillar dizia que era mais um computador, e vi que faltavam cinco minutos para o sinal tocar. Meu irmão parou o carro na rua e me despedi dele, saindo do carro logo em seguida.

Procurei Pillar pelos alunos, e quando achei fui até ela, que estava encostada em seu carro, mas não um carro qualquer como ela diria, um Chevy Impala 67 preto, muito bem cuidado.

– Oi! Chegou bem na hora, hein? – ela me perguntou enquanto me abraçava de lado.

– Eu moro em Seattle, beleza? Você mora aqui mesmo, então não reclama. – falei me estressando um pouco.

– Calma estressadinha. Eu não estou falando disso. Estou falando que você chegou bem na hora de ver os novatos chegarem. Estamos esperando eles virem para a escola há dois dias. – ela falou olhando para o estacionamento e sorrindo.

– Como? Que novatos? – perguntei virando minha cabeça para a direção que Pillar olhava.

Esses novatos. – ela falou sorrindo de lado.

Vi dois carros caríssimos entrarem no estacionamento, e percebi que todos os estudantes olhavam para os carros, tentando descobrir quem os dirigia. Voltei minha atenção para os carros, e quando eles pararam, vi um casal saindo de um carro, e logo depois três pessoas – um casal e outro garoto – saindo do outro carro. Eles se viraram ao mesmo tempo e fiquei chocada com a beleza do casal, e quando fui olhar os outros três, meu olhar curioso se cruzou com o olhar misterioso dele. Então era verdade.




Capítulo 2 – The truth hurts, a lie’s worse.

(A verdade dói, e mentiras são piores)




Aposto que eu estava parecendo aquele esquilo dramático – destruindo a cidade -, que faz a cara assustada, sabem? Quem nunca viu aquele vídeo? Pois é, a maioria das pessoas já... Voltando ao colégio, fiquei encarando ele, até que eu percebi que era um pouco desconfortável encará-lo, já que eu disse que ele era um mentiroso ontem, um belo contador de histórias, entendam como quiser!

Desviei meu olhar para o outro lado do estacionamento em sinal de constrangimento e avistei o Keith saindo do seu carro nada caro, e vindo para cá. Desviei o olhar outra vez e olhei para os meus pés, tentando pensar no que dizer para ele, sem que a minha raiva ficasse fora de controle e eu gritasse para todos do colégio ouvir.

– Oi Pillar, oi amor. – ele disse chegando perto de mim e tentando me dar um selinho. Quando viu que eu não quis, ele se afastou um pouco e perguntou: – Aconteceu algo?

– Ah, droga. Eu não consigo pensar sob pressão! Por que você não espera um pouco e eu te conto no intervalo? – perguntei dando um sorriso amarelo.

– Hã? , me conte. O que está acontecendo? – ele perguntou com uma expressão séria no rosto. – Por acaso tem alguma coisa a ver com esses novatos? Porque se tiver...

– Pelo amor de Deus, Keith! Mas quer saber de uma coisa? Tem sim! – falei alterando meu tom de voz e chamando a atenção, mesmo involuntária, de algumas pessoas que estavam ao nosso redor, e claro, incluindo os novatos.

Na hora que ele ia falar alguma coisa o sinal bateu, e eu relaxei.

– No intervalo a gente conversa. – falei ainda com raiva, e entrei no prédio o mais rápido possível.

Quem ele pensa que é, hein? Ele não tem o direito de ficar com ciúmes! Não quando ele devia ter feito o que o Edward fez! Mas se ele pensa que vai ficar tudo bem, que eu vou perdoá-lo por uma cesta de chocolate ou um buquê de flores, ele está muito enganado.

Fui até a sala de matemática e sentei no fundão, não estava com cabeça para fazer contas. Vi um dos novatos entrar na sala, mais especificamente o grandão. O que me fez ter medo, mas ao mesmo tempo ter uma certa simpatia por ele, já que o seu rosto tinha uma expressão calma e divertida. Ele se sentou do meu lado, deixou as coisas na cadeira e quando o professor entrou, ele entregou o bendito papel que todo professor tem que assinar. Puro saco! Depois da pequena tarefa ele voltou para o seu lugar, e me olhou rapidamente, e como eu não sou boba, olhei de volta. Ele deu um sorriso sem mostrar os dentes, o que eu interpretaria como um sorriso tímido e eu retribuí.

– Prazer, meu nome é Emmett Cullen. – ele disse. Confesso que me assustei com a sua voz, mas não porque era feia e grossa, ou talvez fina. Mas era porque a voz dele era simplesmente linda. Era parecida com ele, era uma voz que podia te deixar com medo se quisesse, mas ela te fazia ficar confortável com um cara enorme ao seu lado.

– Olá, eu sou a , mas pode me chamar de . – falei sorrindo, mais relaxada.

– Olá, . Você se importa em fazer o exercício comigo? – ele falou e eu boiei.

– Exercício? O professor já passou algum exercício? – perguntei para mim mesma, olhando o quadro.

– Sim, ele disse para nós sentarmos em dupla e resolvermos os exercícios das páginas 25 e 26. Todos. – ele disse divertido.

– Ah, me desculpe Emmett. Eu estava voando. Mas sim, aceito. Eu não sou uma nerd, que nem a Rebecca, mas eu sei me virar em matemática. – falei juntando a minha cadeira com a dele (n/a: Aqui, as cadeiras não são em dupla que nem no filme, são separadas, sabem como é né? Rs.) .

– Quem é Rebecca? – ele perguntou confuso.

– É a garota com um casaco verde musgo, em frente à mesa do professor. – falei discretamente.

– Claro, eu a vi quando entrei na sala, e sim, ela tem cara de nerd. Mas não se preocupe, eu também sei me virar em matemática. – rimos.

Eu diria que o Emmett só tem tamanho, porque ele é uma graça. Ele me contou que namora a Rosalie, a loira que saiu do carro junto dele e o Edward, e me contou que o outro casal também são namorados, apenas o Edward é solteiro.

O sinal bateu bem na hora que nós terminamos os exercícios, juntamos nossas coisas, e entregamos ao professor, que sorriu, e depois saímos da sala.

– E aí, qual é a sua próxima aula? – ele perguntou animado.

– Como você pode estar animado, Emmett? – perguntei incrédula. – Eu estou quase morrendo antecipadamente de tédio por ter aula de Artes agora e você está animado porque vai ter aula de Física? – perguntei.

– Química. E eu estou animado porque hoje vai ser um dia e tanto. Não por causa da aula, odeio aulas. – ele disse normalmente, mas ainda assim um pouco animado.

– E por que hoje será um dia e tanto? – perguntei desconfiada.

– Oras, porque hoje eu vou conhecer pessoas novas. Certo? – ele disse meio incerto.

– Certo... – engoli a resposta mal dada dele. – Nos vemos por aí, beijos. – disse me afastando dele e indo para a sala de Artes, que ficava no final do corredor.

Devo dizer que foram cinqüenta minutos perdidos, nos quais eu poderia ter dormido, se a professora não tivesse passado um exercício para nós. Na minha humilde opinião, eu acho que ela e o professor de matemática estão mancomunados. Depois que o sinal bateu fui para a sala de História, onde Pillar tinha acabado de ter aula.

– É incrível como você tem cabeça para guardar os meus horários e os seus! – ela disse aparecendo do nada do meu lado.

– Bem, eu já disse que tenho uma teoria quanto a isso. – falei com um ar de superioridade.

– Ah não. Não venha com essa história de que você é uma evolução dos seres humanos. Até porque nem que você quisesse você seria. – ela disse.

– Claro que seria. Você tem inveja do meu cérebro ser maior que o seu e absorve mais coisa, e por isso fica procurando defeitos para pôr na minha teoria quase comprovada. – disse entrando no refeitório/cantina/chamem do que vocês quiserem.

– Então me diga senhorita-eu-sou-mais-evoluída-do-que-todos-vocês, como você pretende comprovar isso?! – ela perguntou pegando uma maçã e colocando na bandeja. Impressionante como ela conseguia comer só aquilo.

– Não sei ainda, mas vou descobrir. E quando isso acontecer, vocês irão cair aos meus pés. E meus pais vão ficar orgulhosos de terem tido uma filha evoluída. – disse colocando um pedaço de pizza na minha bandeja e um refrigerante. Que foi? Já disse que eu só como besteira. Mas ainda bem eu faço exercícios físicos.

– Aham, senta lá. – ela disse indo para a mesa que o Keith e seus amigos estavam.

– Não, não, não. Lá não. Vamos nos sentar sozinhas, não quero me sentar com ele. Nem hoje nem nunca mais! – disse indo para outra mesa.

– E por qual motivo? – ela perguntou confusa.

– Pelo motivo de que ele não me dá atenção. Ele não liga para mim, e porque quando eu mais preciso dele, ele está ausente. Totalmente ausente. Como se ele nem existisse. – disse me sentando na cadeira, bem longe dele. – Ou como se eu nem existisse. – completei.

– E o que aconteceu para você estar assim? Não me diga que você já se ‘desapaixonou’ dele? Isso também é uma característica da senhorita-eu-sou-mais-evoluída? – ela perguntou se sentando na minha frente.

– Talvez, não sei. Mas ontem, eu quase fui estuprada. A minha sorte era que o taco de beisebol do meu irmão estava no carro, se não eu estava fulminada. Fulminada não, fufu mesmo. – disse com certo nojo.

– E você diz isso normal? Meu Deus, ! Você está bem? Ele te fez alguma coisa, quem quer que esse homem seja? – ela perguntou com os olhos arregalados.

– Não, não aconteceu nada. Quer dizer, não comigo. Porque eu dei uma surra neles. De verdade, nunca senti tanta raiva na minha vida. – falei rindo.

– E você ri? Era para eu já ter me acostumado com esse jeito seu, mas eu não consigo. E é totalmente impossível você ficar com mais raiva do que você já fica todo dia. É como se você fosse virar uma Hulk fêmea se isso acontecesse. – ela disse rindo.

– Há, muito engraçado. Você deveria virar comediante, daria certo nesse ramo. – disse mordendo a minha pizza.

– Mas me diga, o que aconteceu depois? – ela perguntou.

– Bom, depois dos dois caras estarem no chão...

– Dois?! Dois? Como você escapou? Nossa, só de pensar que ontem você estava correndo perigo eu morro de raiva de mim mesma por não estar com você. – ela disse quase chorando.

– Calma! Sim, eram dois. Mas eles estavam bêbados, o que ajudou um pouco. Continuando. Depois que eles estavam desmaiados, adivinha quem aparece? Do nada?—perguntei.

– O Super-Homem? – ela perguntou com dúvida.

– Isso aí! Depois ele me pegou no colo e voou comigo até a Lua. E lá nós fizemos sexo selvagem. – disse com sarcasmo. – Claro que não, criatura. Foi o... – olhei para os lados só para constar que ninguém estava nos ouvindo. – Foi o Edward, o novato. – falei baixinho.

– COMO? – ela perguntou, digo, gritou. Olhei para os lados e vi que todos olhavam para nós. Depois de uns segundos, eles voltaram a fazer o que estavam fazendo, menos o Keith, que se levantou e estava vindo até nós.

– Isso aí. Enfim, encurtando a história porque o Keith está vindo e eu tenho que terminar isso antes que ele chegue aqui. Eu estou brava com ele, porque quando eu cheguei a casa, eu tentei ligar para ele umas cinco vezes, mas como sempre o celular dele não atendia. O que me fez perceber que, perceber não, o que me fez abrir os olhos para isso: Ele não liga para mim, e eu vou acabar com ele hoje. – disse em um fôlego só, antes que o Keith chegasse.

– Não acredito! – ela disse na hora que ele chegou.

– Em que você não acredita? – ele perguntou despreocupadamente. Olhei significativamente para ela, o que significava que não era para ela falar coisa alguma, mas como sempre, ela nunca me ouve.

– Na sua falta de atenção com a sua namorada! – ela disse em alto e bom tom, se levantando e ficando na frente dele.

– Desculpe, mas eu acho que você não tem nada a ver com isso, Pillar. E eu dou atenção a minha namorada sim. – ele disse confuso, um confuso falso.

– Ah, me morda, Keith! Fala sério. E eu tenho tudo a ver com isso, porque ela é minha melhor amiga! Já ouviu falar a frase: Garotos se vão, mas melhores amigos não...? Pois é, te apresentei agora, e é isso que vai acontecer com você. – ela disse aumentando o tom de voz.

– Olha aqui, garota. Eu não quero saber se você é a melhor amiga dela ou não. O fato é que eu sou o namorado dela, não você. Você não tem o direito de intervir nessa relação. – ele disse aumentando o tom de voz, assim como Pillar.

– E quem você... – ela disse, ou pelo menos tentou, antes de ser interrompida por mim.

– Chega! Pillar, eu agradeço por você tentar me proteger, mas... – disse.

– Isso aí, . Diz que ela não é ninguém para falar isso de mim. – Keith me interrompeu.

– Cale a boca, Keith. E não era isso que eu ia falar. Eu ia falar que esse não é o lugar ideal para brigar. E muito menos a hora ideal. Portanto, fiquem quietos, antes que o diretor os chame. – falei interrompendo os dois.

– Mas ... Você vai defender essa amiga maluca? – ele perguntou.

– Olha como você fala dela, Keith! E outra, ela está totalmente certa. Você não liga para mim, só futebol, futebol e futebol, e eu aposto que você está se envolvendo com uma Maria Chuteira da vida. Não é verdade? Hein, fala para mim! – disse perdendo o controle.

– Você está louca, garota? Quer saber, meus amigos estavam certos, você é doida. Mesmo sendo bonitinha, continua sendo doida. Não sei como pude namorar com você, eu devia estar doido mesmo. Só assim para eu te aturar. Melhor, aturar você e o seu comportamento instável. – ele disse. Nessa hora o refeitório todo estava em silêncio.

– O que?! Repete o que você disse, Keith! Repete se for homem! – disse quase gritando de raiva por dentro.

– Isso que você ouviu. Você deve ser bipolar, garota. Vai se tratar. – ele disse dando um riso cínico.

– Você que vai ter que se tratar depois da surra que eu te der, seu babaca! – disse dando um soco na cara dele.

– Sua vagabunda! – ele disse levantando o rosto, e passando a manga do casaco na boca, a sujando de sangue. Ele ergueu a mão, mas antes dela conseguir me atingir, uma pessoa a parou. Olhei para ela supresa, e vi que era o Edward. Mas como ele surgiu do nada? Ele estava sentado longe de nós. Não era possível.

– Não faça isso, Keith. Você vai querer bater em uma garota dentro de um colégio? Logo depois de você ter chamado a mesma de vagabunda? Coisa que você não deveria ter feito. – ele disse soltando a mão do meu ex namorado.

– Não se meta nisso, Cullen. Aliás, quem você pensa que é, hein? Nós não te chamamos na conversa. – ele disse abrindo e fechando a mão rapidamente.

– Eu não sou covarde que nem você. E não deixaria você bater nela por nada nesse mundo. – ele disse ficando ao meu lado, e eu sem entender nada ainda.

– Faça-me um favor, Cullen. Saia daqui antes que eu quebre sua cara por dar em cima da minha namorada. – ele disse ameaçando dar um passo a frente.

– Agora eu sou sua namorada, hã? Antes eu não era uma vagabunda? Faça-me um favor você, Keith. Veja se eu to lá na esquina, e reze para que eu não esteja, porque se eu estiver, considere-se um cara morto. – disse sendo puxada por Pillar.

, deixe que eu resolvo isso. Não se preocupe. – Edward disse se virando para mim, e por dois segundos eu me perdi em seus olhos.

– Não Edward, você já fez muito. Mas isso é entre eu e o Keith, agradeço a sua preocupação. De verdade. E obrigada por ontem. – disse sinceramente.

– Por ontem? Como assim por ontem? – Keith perguntou.

– Ontem, eu quase morri nas mãos de dois homens. E sabe quem me ajudou? Por incrível que pareça, não foi meu namorado, sabe, estudantes que não tem mais nada para fazer e ficam tomando conta da vida alheia? – olhei para todos os estudantes que nos olhavam no refeitório. – Foi o Edward. Ele me ajudou. Tudo bem que eu também fiquei com medo dele, mas não interessa. Ele se mostrou preocupado com uma completa estranha, porque nós ainda não nos conhecíamos, quando o MEU NAMORADO devia estar fazendo isso. – falei olhando de vez em quando para o Keith e para a “platéia”.

– E por que você não me ligou? Estava gostando da ajuda do Cullen? – ele disse.

– Eu te liguei umas cinco vezes, seu imbecil! Você que não atendia a merda do celular! E você não tem o direito de falar alguma coisa, você que está errado. – disse tentando avançar nele, mas Pillar me segurava.

– Ah, agora eu sou obrigado a atender o celular toda vez que você liga? Tipo dez vezes por dia? – Keith disse sarcasticamente.

– Você vai ver onde eu vou colocar esse celular, idiota! – disse me soltando da Pillar, mas sendo agarrada pelo Edward.

– Nossa, que medo! Vamos Cullen, largue ela, vamos ver o melhor que ela pode fazer. – ele disse rindo.

– Seria muito interessante vê-la acabar com o seu rosto, que nem ela fez com os dois homens bêbados, mas eu acho que se eu a soltasse, ela faria coisa muito pior. – ele disse tentando manter a calma.

– Me solta Edward! Ele vai ver com quem ele mexeu. Eu não tenho que ficar ouvindo ele falar essas coisas absurdas, não mesmo! – disse tentando me desvencilhar do Edward.

– CHEGA! , Winter, Cullen e Saunders. Diretoria agora! – a secretária do diretor disse.

– Olha, Pillar e o Edward não têm nada a ver com isso. A briga era entre o Keith e eu, apenas. – disse me desvencilhando do Edward.

– Sim, claro. E eu tenho três anos de idade. – disse com sarcasmo.

– Considerando o fato que você não sabe o que é amarelo e o que é verde limão... – disse olhando para a mulher na minha frente que vestia uma saia verde limão com uma blusa amarela.

– O que, senhorita? – ela perguntou.

– Não disse nada. – eu disse.

– Os quatro, para a diretoria. – ela disse.

Nós fomos até a diretoria, e quando chegamos lá, o diretor nos chamou. Ele pediu que nós explicássemos o acontecido.

– O negócio diretor, é que o Keith não liga para a . Ontem ela quase morreu e o Keith nem ao menos... – Pillar dizia.

– Essa garota do nada veio falando que eu não ligava para a minha namorada, ela não sabe de nada. Nada. Eu também não tinha que aturar ela falando essas coisas de mim... – Keith falava ao mesmo tempo em que eu e Pillar falávamos.

– Ele veio dizendo coisas absurdas sobre mim. E o senhor sabe que eu não tenho sangue de barata, e não consigo ouvir essas coisas calada... – disse. Apenas o Edward estava quieto.

– Quietos! Cada um uma vez. – ele disse. Paramos de falar, e ele falou que era para o Edward começar a falar.

– Eu não sei qual foi o motivo da briga começar, mas eu sei que o Keith estava nervoso e ameaçou bater na , eu intervim e ele ficou mais nervoso quando isso aconteceu. – ele disse calmamente.

– O senhor ameaçou bater em uma garota? O senhor perdeu a noção das coisas? – o diretor disse se alterando.

– Eu... – Keith disse.

– O senhor vai ficar dois meses na detenção. E espero que aprenda que não se deve fazer isso nem dentro nem fora de uma instituição. – dito isso ele pegou um papel, assinou e deu ao Keith, que parecia enraivecido.

O diretor nos liberou e ao sair da sala, Keith disse:

– Isso não vai ficar assim. Não mesmo. Você vai se arrepender por isso. – logo depois ele saiu de perto.

– O que? Como assim? Ele se ferrou e quer se ferrar ainda mais? – Pillar perguntou confusa.

– Deixa ele fazer o que quiser. Ele é um perdedor. Não tenho medo dele. – disse convicta.

– Não é bem assim, . Ele pode estar tramando alguma coisa grande. E essa coisa pode te machucar. Afinal, você o deixou de detenção por dois meses. – Pillar continuou.

– Eu vou falar com ele. – Edward disse saindo de perto e seguindo o Keith.

– Edward! Não! Esquece isso! – tentei dizer, mas ele já estava longe.

– E agora? Se eles brigarem outra vez vai piorar tudo. – disse aflita. – Vou atrás deles. – falei correndo pelo corredor, e ouvi a voz da Pillar de longe.

! Espera, você vai fazer besteira! – ela disse e saiu correndo para tentar me alcançar.

Fui para o estacionamento e vi o Keith entrando em seu carro, mas antes dele bater a porta, Edward a segurou. Parei para ver o que aconteceria, e a Pillar parou do meu lado, arfando.

– O que você está fazendo parada? – ela me perguntou olhando para os dois, que agora estavam encarando um ao outro, já que Keith tinha saído do carro.

– Vendo o que vai acontecer. – disse.

– Ah é? Pois então eu vou dizer o que vai acontecer, o Keith vai dar um soco no Edward, porque ele está nervoso, aí o Edward vai dar um soco no Keith, que vai ficar mais nervoso ainda, e depois de vários pontapés, socos e tapas, eles vão ficar o resto do ano na detenção. – ela disse me olhando.

– Isso quer dizer que eu tenho que ir lá? – perguntei.

– Não. Você vai piorar as coisas. Eu vou. – ela disse.

– Ah, tá. Você se lembra do que aconteceu no refeitório? – perguntei sarcástica.

– Ele me tirou do sério. O que acontece quando as pessoas me tiram do sério? Eu grito no ouvido delas, berro, fico descabelada e finalizo dando um tapa na cara delas. – ela disse.

– Você não deu um tapa, eu que dei, mas tudo bem. – disse me lembrando.

– Aquilo passou longe de um tapa, . Foi mais um Kame Hame Ha. – ela disse rindo.

– Poderia ter sido um Raduquem também... – disse me divertindo.

– É mais legal dar Raduquem na água. – ela disse.

– É verdade. É mais engraçado. Principalmente com cachorros. – disse rindo com ela. Do nada me lembrei dos dois e olhei para eles, e vi que o Keith tinha ido embora e o Edward estava entrando no carro prata, que devia ser dele. Deixei a Pillar e corri até o carro, antes que ele fosse embora. Parei no lado do carona, e bati no vidro. Ele abaixou o vidro completamente e eu me apoiei.

– O que você foi falar com ele? – perguntei.

– Quis ter certeza que ele não faria nada de ruim com você. – ele disse travando a mandíbula várias vezes.

– Você está bem? – perguntei preocupada.

– Não se preocupe, ele não irá fazer nada com você. – ele disse.

– O que ele pretendia?

– Ele não me disse nada. A não ser que ele não vai te agredir fisicamente. Disso eu sabia. O que me preocupa é a agressão psicológica. – franziu o cenho.

– Edward, eu sei me cuidar. Mas mesmo assim, obrigada. Não só por hoje, mas por ontem. Eu acho que eu teria deixado muito mais que um olho roxo na cara dele. – falei.

– Não precisa agradecer. Eu não deixaria ninguém fazer nada com você. – ele disse apertando o volante.

– Isso que eu não entendo, Edward. Nós mal nos conhecemos, e você me protege. Por quê?

– Bom , eu tenho que ir. Depois nos falamos. – ele mudou de assunto e pediu para que eu me afastasse do carro. Fiz o que ele pediu e ele partiu.

– Ótimo. Vamos de ônibus, . – disse para mim mesma, lembrando que meu irmão devia estar treinando a essa hora.

Peguei minha carteira dentro da mochila, vi que tinha dinheiro para o ônibus e fui andando para o ponto, que ficava não muito longe da escola. Parei no ponto e percebi que o anel ainda estava no meu dedo. Teria que ver o que faria com ele.

Depois que se passaram uns cinco minutos, ou mais, um ônibus apareceu. Dei sinal e paguei ao cobrador. Pelo menos o ônibus não estava cheio. Fui para uma cadeira perto do início do ônibus e me sentei lá. Não percebi quando o ônibus tinha parado e um garoto moreno com cabelos pretos e longos se sentou ao meu lado. Olhei para ele, que olhou de volta e sorriu.

– Por que você não se sentou em outro lugar? – perguntei.

– Como? – respondeu com outra pergunta.

– O ônibus não está cheio. Logo, você tem outras opções de lugares para se sentar. Por que escolheu o lugar ao meu lado? – refiz a pergunta, intrigada.

– Eu... Não sei. Mas se você está se sentindo incomodada eu posso trocar de lugar. – ele falou se levantando e pegando a mochila que estava em suas mãos, e indo para a cadeira do outro lado do ônibus, mas mesmo assim, ao meu lado (n/a: Entenderam? Tipo, ele foi para o outro lado do ônibus, só que ficou na mesma direção que estava antes. Ao lado dela, mas distante.).

– Melhor assim? – perguntou me olhando instigado.

– Ah! Eu acho que nós dois sabemos a resposta. – falei olhando para ele e fazendo uma cara convencida.

– Bom, eu sou o Jacob. E você? – perguntou tentando puxar assunto. Preferi não responder, e fiquei calada, olhando as ruas pela janela.

– Ei! Você me ouviu? – ele perguntou confuso.

– Sim, ouvi. Ainda não estou surda como a minha avó. Ela acha que a surdez não é porque ela está envelhecendo. Ah, coitada. – respondi.

– Hã? De qualquer jeito, vamos recomeçar. Eu sou o Jacob, e você é? – perguntou novamente.

– Eu não vou responder por dois motivos. Primeiro: Não é porque você diz o seu nome e pergunta o meu, eu tenho que te responder.

– Outch! Essa doeu... – antes de ele terminar de falar, o interrompi.

– Eu ainda não acabei. – falei, olhando-o. Ele engoliu em seco e ficou quieto.

– Se eu tivesse um chocolate aqui te daria um, só por ter agido corretamente. Segundo motivo: Minha mãe disse para eu não falar com um estranho. Você é um estranho. Eu não deveria falar com você. Por isso eu não vou falar mais. – acabei de falar e olhei para a janela.

– Tá bom, esquisitona. – ele disse virando a cabeça para frente.

– Esquisitona? Me desculpe, mas você não tem o direito de me chamar de esquisitona, ô cabelo! – falei me virando para ele.

– Eu acho que tenho sim. Você quis me “presentear” com um chocolate só porque eu fiz algo certo, o que passa a ideia de que eu sou um cachorro. E agora você acabou de me chamar de cabelo. – ele falou.

– Provas? Alguma prova de que eu te chamei de cabelo? Mas quanto a parada do cachorro, sim, é verdade. – respondi rindo. – Eu estava pensando que quando você fizesse algo errado, eu te daria um choque. Como agora, por exemplo. Mas aí eu lembrei que não tenho nada que faça dar choques aqui... – disse triste.

– Você é muito estranha. Muito mesmo. – ele disse indo para a cadeira que estava ao seu lado.

– Bom, tchau cabelo. Te vejo por aí... Ou tomara que não. – disse pegando a minha mochila e descendo do ônibus, que parou no ponto perto da minha casa.

Fui andando até a minha casa, e vi um caminhão de mudanças parado perto dela. Corri até a frente dela, e vi meu irmão saindo segurando duas caixas de papelão e entregando a uns caras de uniforme.

– Drew! – o gritei e ele veio até mim, afobado.

... Eu... – ele falou, ou ao menos tentou.

– O que está acontecendo, Drew? Por que esse caminhão? A gente tá se mudando pra onde? – perguntei desesperada.

, a nossa mãe tá no hospital. – ele disse com uma expressão de dor no rosto.

– O que? Como assim no hospital? Me diz, Drew! O que está acontecendo? – falei. Senti as minhas pernas amolecerem, minha visão ficou turva e tudo ficou girando, até o momento em que tudo ficou preto.



Comecei a sentir um pouco de dor de cabeça, abri os olhos e me vi em um quarto branco. Olhei ao redor e vi umas flores rosa em cima de uma mesinha do lado de um sofá, também branco. Vi uma pessoa deitada nesse sofá, e percebi que era o meu irmão. Tentei levantar, mas fiquei tonta. Ouvi a porta se abrindo e vi o Edward entrando. Fiquei confusa em relação a isso, mas depois que vi o seu rosto com uma expressão preocupada, também fiquei preocupada.

– Edward, está tudo bem? – perguntei aflita. Ele colocou um dedo em sua boca e me pediu para fazer silêncio.

– Não fique assim. Quero saber de você se está tudo bem. Meu pai disse que sua pressão baixou, e que por isso você desmaiou. – ele disse se aproximando mais da cama.

– Ah, é, eu desmaiei. O Drew tinha dito que a nossa mãe estava no hospital, e eu fiquei assustada. Minha mãe sempre teve uma saúde de ferro. E se por algum motivo ela estava no hospital, era porque algo ruim tinha acontecido. – falei sentindo lágrimas caírem pelo meu rosto.

– Calma, . Vai ficar tudo bem. – ele disse chegando mais perto de mim e afagando meus cabelos.

– Edward, por que você está fazendo tudo isso por mim? Por favor, me diga. Eu quero saber o porquê. – falei olhando em seus olhos dourados.

– Não se preocupe com isso agora, . Apenas melhore, e saia daqui. Daí quem sabe nós poderemos conversar melhor. – me deu um beijo na testa, e senti que a minha testa tinha ficado fria logo após o breve beijo.

– Mais tarde eu passo aqui. Fique bem. – ele disse se afastando de mim, e saindo do quarto.

? – Drew perguntou se espreguiçando.

– Drew, o que houve com a mamãe? – perguntei decidida.

, você acabou de acordar, acho melhor não...

– Eu quero saber, Drew! – me alterei.

– Xiiu! Não se estresse. – ele disse vindo até mim.

– Eu quero e tenho o direito de saber. – falei me acalmando.

– Tudo bem, eu só não acho que essa seja a hora apropriada. – ele disse. Antes que eu falasse algo, ouvimos duas batidas na porta. Drew disse que a pessoa poderia entrar, e assim ela o fez. Vi um homem extremamente branco, assim como o Edward, entrar. Ele tinha cabelos loiros, olhos dourados, e vestia um jaleco. Era o Dr. Carlisle Cullen, o pai do Edward. Eu já o conhecia, ele foi o meu médico quando tive uma intoxicação alimentar, o que é uma coisa da qual eu não me orgulho muito.

, meu filho disse que você já tinha acordado, e vim ver se estava bem. – ele disse amigavelmente.

– Ah, claro. Eu estou bem, Dr. Carlisle. E o senhor? – perguntei de brincadeira.

– Estou bem, obrigado. – riu. – Bom, . Você desmaiou porque teve uma hipotensão. Ou seja, a sua pressão arterial ficou muito baixa. Mas isso acontece com todo mundo, não se preocupe. Não foi nada demais, não com você. – ele disse.

– Hm... Dr., a minha mãe está nesse hospital? – perguntei a ele, e vi o meu irmão olhá-lo.

– Sim, . Ela está aqui. – ele disse cautelosamente.

– Então o senhor deve saber de algo, certo? Me diga, o que aconteceu com ela? – perguntei apreensiva.

, mesmo você estando bem, eu acho melhor nós conversarmos sobre isso depois. – ele disse.

– Não. Não. Não! Eu quero saber agora o que aconteceu com a minha mãe! POR QUE VOCÊS NÃO ME FALAM, HEIN?! POR QUÊ?! – arranquei a agulha que estava junta com o soro do meu pulso esquerdo, e me levantei. O Edward entrou correndo no quarto, e me segurou. Senti a mesma coisa que aconteceu com a minha testa, acontecer com os meus braços.

– Edward! Por que eles não querem falar sobre a minha mãe?! Por quê?! – continuei perguntando.

, se acalme. Por favor, não se estresse. – ele disse no meu ouvido. Parei de tentar me livrar dele, e relaxei. Senti mais lágrimas invadirem meu rosto. Sim, minha família era o único motivo que me fazia chorar. O único.

– Acho melhor contarmos a ela logo. – o pai do Edward disse. Edward pediu para que eu me sentasse na cama. Depois que tinha me sentado, o Dr. Carlisle começou a falar.

, a sua mãe está com câncer de mama. – ele disse.

– C... Como assim? Ela não! Não! Não pode ser! – falei baixo.

– E infelizmente, a situação dela não é boa. O tumor já está muito avançado, e não há nenhuma quimioterapia que poderia ajudar. – ele disse deixando transparecer um tom de pesar na voz.

– Você está querendo dizer que a minha mãe vai morrer, é isso? – perguntei. Ele não me respondeu, apenas me olhou com pena.

– Eu quero vê-la. – falei.

, ela está sedada. – Dr. Carlisle disse.

– Tudo bem. Eu só quero vê-la. Eu só quero ver como ela está. Apenas isso. – disse.

– Eu vou ver o que posso fazer. – ele disse e saiu do quarto, ficando apenas eu, Drew e o Edward.

... – Drew falou.

– Você sabia que ela estava doente, Drew? – perguntei.

– Eu...

– Não abaixe a cabeça. Me olhe nos olhos, e me diga se eu era a única que não sabia disso. – falei.

– Eu e papai sabíamos. Mas não contamos a você porque a mamãe pediu. – respondeu me olhando nos olhos.

– Por que ela faria uma coisa dessas?

– Ela disse que não queria que você soubesse, porque você iria ficar preocupada com ela. Você iria ficar sobrecarregada. – respondeu.

– Vocês tinham que ter me contado! Ela é minha mãe! Eu tinha que saber! – me desesperei.

– Eu sei e me desculpe . Eu só queria que a mamãe ficasse bem com isso. Porque se eu contasse a você, ela iria ficar desapontada comigo. E eu não conseguiria suportar isso, . Entenda o meu lado. – ele disse chorando.

– E o meu lado? Será que passou pela sua cabeça que todos vocês estavam fingindo estarem felizes quando na verdade não estavam, e eu não sabia disso? Será que passou pela sua cabeça que eu pensava que tudo e todos estavam bem, quando não estavam? Quando a minha mãe estava doente, e eu não pude fazer nada para ajudá-la. – falei me desesperando mais ainda.

– Eu vou deixar você sozinha. Para pensar em tudo que disse. Com licença. – Drew falou saindo do quarto.

Me sentei na cama, e coloquei as mãos sobre a cabeça. Senti as mãos geladas do Edward sobre as minhas. Ele as tirou gentilmente da minha cabeça, e as segurou. Olhei para ele, e seu olhar continha um semblante preocupado.

– O que foi? – perguntei.

– Você está bem? , você não pode se estressar. Hoje você teve um dia duro. – ele disse entrelaçando as nossas mãos.

– Edward, eu tenho algumas dúvidas. – falei.

– Sim?

– Hoje no refeitório, antes da briga, e antes do Keith tentar me bater, eu vi que você estava longe de mim. Você estava com seus irmãos. Sentados em uma mesa longe da gente. Nem se você tentasse correr, você conseguiria parar o Keith. Enfim, a minha pergunta é: Quem é você? – perguntei.

– Como assim quem sou eu, ? – ele se fez de desentendido. – E não, eu não estava longe de você hoje. Eu estava do seu lado. Como você não me viu lá? – perguntou assustado.

– Eu ainda não comecei a imaginar coisas, Edward. E não é só isso. A sua pele é pálida demais, e sem contar o fato de que parece que você passou um zilhão de anos congelado. – falei.

, eu acho que você deveria descansar um pouco. Você já está começando a delirar. – ele disse indo para a porta.

– Eu quero respostas, Edward. Respostas. – disse antes de me deitar.

– E um dia eu as darei. Prometo. Mas não agora. Descanse. – ele disse voltando a se aproximar de mim.

– Eu não quero ir dormir. – fiz bico.

– Você precisa. – ele disse beijando a minha testa quando eu já estava deitada.

– Então fica comigo. Eu não quero ficar sozinha, porque eu sei que eu vou pensar em tudo que aconteceu hoje, e eu não quero isso. – falei triste.

– Sim, eu fico. – ele disse puxando uma cadeira e colocando de frente para a cama.

Olhei para o seu rosto, e agora ele estava tranqüilo.

, sobre o seu irmão, ele não fez por mal, acredite. Era um desejo da sua mãe. – ele disse entrelaçando a minha mão direita com a sua esquerda.

– Eu não quero falar sobre isso agora, Edward. Por favor. – falei.

– Tudo bem. – concordou.

Fechei os olhos e o rosto do Edward apareceu em minha mente. Não sei o que ele fez para que eu me apaixonasse por ele tão rápido mesmo isso não sendo novidade. Mas o que mais me intriga, foi a rapidez com que eu comecei a confiar nele.

Antes que eu pegasse no sono, o ouvi começar a cantar uma música baixinho.



Hey, little girl

(Ei, menininha)

You might not know this song

(Você provavelmente não conhece essa canção)

This is not kind of song that you can sing along, to me

(Este não é o tipo de canção que você pode cantar junto, para mim)

Hey, little girl

(Ei, menininha)

Maybe someday

(Talvez um dia)

At least that’s what all the good people will say

(Pelo menos é o que todas as pessoas boas dirão)

Hey, little girl

(Ei, menininha)

Look what you’ve done

(Olhe o que você fez)

You’ve gonna stole my heart and made it your own

(Você roubou meu coração e fez dele seu)

Stole my heart and made it your own

(Roubou meu coração e fez dele seu)

Hey, little girl

(Ei, menininha)

Black and white and right and wrong

(Preto e branco e certo e errado)

Only live inside a song, I will sing to you

(Apenas vivem dentro de uma música, que eu cantarei para você)

You don’t ever have to feel lonely

(Você nunca tem que se sentir sozinha)

You will never lose any tears

(Você nunca vai perder nenhuma lágrima)

You don’t have to feel any sadness,

(Você não precisa sentir tristeza alguma)

When you look back only is

(Quando olhar para trás)

How can I look you in the eyes?

(Como posso olhar em teus olhos)

And tell you such big lies

(E te contar tantas mentiras?)

The best I can do is try to show you how to love with no fear

(O melhor que eu posso fazer é tentar te mostrar como amar sem medo)

My little girl, you’ve gonna stole my heart and made it your own

(Minha menininha, você roubou meu coração e fez dele seu)

Stole my heart and made it your own.

(Roubou meu coração e fez dele seu.)





n/a: Ei, menininhas *-* Haha, entenderam?! A música, agora... Bom, vou parar com a brincadeira e vou direto ao ponto u_u Obrigada pelos comentários, de verdade. Bom, beijos e até a próxima!

Outras fics minhas:

Falling Slowly – Livros - Interativas - Em Andamento





Capítulo 3 – Death is inevitable. Life? It’s just a way to die painfully.

(A morte é inevitável. A vida? É só uma forma de morrer dolorosamente.)


Senti umas mãos em meus cabelos antes de acordar. Abri os olhos, e vi meu pai sentado na cadeira onde Edward esteve horas atrás. Ele viu que eu tinha acordado e sorriu. Seu rosto tinha uma aparência cansada.

– A bela adormecida acordou. – ele falou ainda sorrindo.

– Oi pai. Como está? – perguntei pegando a mão dele.

– Estou bem, filha. Mas como você está? – me perguntou apertando a minha mão de leve.

– Está tudo bem. E a mamãe? O Dr. Carlisle não me chamou ainda para vê-la. – comentei.

– Ele disse que mais tarde vai buscar você para ir vê-la. – ele falou.

– Como que eu nunca suspeitei pai? Será que foi por falta de atenção? Será que foi porque eu não estava prestando atenção nela, e só em mim mesma? – perguntei.

– Filha, não se culpe. A sua mãe pediu. Foi o que ela pediu. Você não reparou porque você tem a sua vida para cuidar. Escola, namorado, patinação. Várias coisas. Você não tem culpa. – ele falou.

– O que vai acontecer com ela pai? Eu não quero que a mamãe vá embora. Não é justo com a gente. Não é justo comigo. – falei voltando a chorar.

– Eu sei filha. Eu sei. Mas infelizmente não tem nada que possamos fazer. – ele disse chorando também.

Era estranho ver meu pai chorar. Ele sempre fora um homem forte, assim como a minha mãe. Era incrível como em um dia, a sua vida podia virar de cabeça para baixo.

– Não tem nada que você possa fazer, pai. Mas tem algo que eu posso. – falei saindo da cama e indo para o banheiro.

! O que você vai fazer? – ele perguntou indo atrás de mim.

– Eu vou procurar um amigo. – falei fechando a porta do banheiro.

(EDWARD’S POV ON)

Saí do quarto onde a estava após ela dormir. Infelizmente eu não conseguia ler seu pensamento, mas eu conseguia ler as suas expressões. Eu sabia que, por uma única vez, ela não estava tentando ser forte. Ela estava frágil. E talvez seja por essa fragilidade, ela é tão forte. Passei na sala do Carlisle antes de ir para casa, e vi o pai da conversando com ele.

– Doutor, por favor. Diga-me a verdade. A minha mulher tem quanto tempo de vida? – ele perguntou ao meu pai, que ficou calado por uns instantes.

– Vou ser sincero. Três meses é o máximo. Mais que isso é impossível, não no estado dela. – ele disse com um pesar na voz. O pai da começou a chorar.

– Eu... Eu não sei o que vai acontecer depois disso. A e o Drew, eles... – ele dizia.

– Eu sei como é. Mas o senhor precisa ser forte. Seus filhos vão precisar do senhor.

Me afastei da porta, e saí do hospital. Era horrível ver um ente que você tanto ama morrer. Eu sei como é isso.

(EDWARD’S POV OFF)


Saí do banheiro após tomar um banho e para o meu alívio não tinha ninguém no quarto. Saí do quarto, e fui procurar o doutor Carlisle, que talvez pudesse me ajudar. Encontrei-o em sua sala, e bati na porta.

– Entre. – respondeu.

– Oi... – falei, entrando timidamente em sua sala.

? Você deveria estar repousando, o que faz aqui? – me perguntou surpreso.

– Eu preciso falar com o seu filho. O Edward. É urgente. – respondi.

– Eu não sei onde ele está, mas posso ligar para ele se quiser. – falou.

– Ótimo. Eu vou onde ele estiver. Ele não precisa vir aqui. – falei, olhando a cor dos olhos do Dr. Carlisle, que agora pareciam mais claras. Mais do que já eram.

– Vou ligar, só um minuto. – respondeu, pegando seu celular e discando alguns números. Alguns segundos depois Edward atendeu, e os dois começaram a falar.

– Edward, onde você está? – Carlisle perguntou.

– Sim, sim. Eu queria que você passasse aqui depois, pode ser?... Ótimo, até mais tarde. – depois disso ele desligou o telefone.

– Ele está em casa, . Você quer ir até lá? – me perguntou, interessado.

– Sim. Você pode me dar o endereço? – respondi decididamente.



Estava começando a achar que estava perdida, já que nunca andei sozinha por Forks. Avistei uma estrada de terra, e dobrei nela, começando a ver a casa que Carlisle descreveu. Estacionei o carro do meu irmão, que agora parecia um simples carro perto de um carro prata, e saí de lá. Quando comecei a subir as escadas para a porta, a mesma se abriu, revelando um Emmett totalmente surpreso.

... O que você está fazendo aqui? – perguntou gentilmente.

– Eu vim falar com o Edward, ele está? – respondi, tentando olhar para dentro da casa, mas c0m dificuldade, pois Emmett ainda estava na porta.

– Está, vou chamá-lo. – ele saiu da porta, e atrás dele estava uma mulher linda e nem tão jovem, mas nem tão velha.

– Olá! Você é a ? – me perguntou, dando um sorriso afetivo.

– Sim... – me perguntei mentalmente como ela sabia do meu nome. Ah é, o Emmett acabou de pronunciá-lo.

– Prazer, eu sou a Esme. Mãe do Edward. – falou, me convidando para entrar.

– Ah, obrigada, mas eu prefiro esperar o Edward aqui fora. – falei, reparando nos olhos dela. Os olhos de todos tinham a mesma cor, dourados. O que era impossível, já que Esme e Carlisle não têm o mesmo sangue.

– Se prefere assim. Prazer, . – ela disse, não deixando de sorrir nenhum minuto. Edward apareceu atrás dela, parecendo estar curioso e frustrado ao mesmo tempo, se é que isso fosse possível.

– Eu quero conversar com você Edward. Mas não aqui. – falei, seriamente para ele, que agora tinha fechado a porta da casa e estava mais perto de mim.

– Sobre? – perguntou.

– Eu não quero falar sobre isso aqui. – respondi, cruzando os braços.

– Algum lugar em mente?

– Sim.

– Ótimo. Vamos. – ele disse acionando o alarme do seu carro.

– Negativo. Eu no meu carro, quer dizer, do meu irmão, e você no seu carro. Me siga. – falei abrindo o carro do meu irmão e o ligando.

Peguei a avenida principal de Forks, deixando bem claro que sairíamos de lá. Eu estava pensando em ir para a minha casa, mas me lembrei que a minha casa não era mais em Seattle e sim em Forks.

Parei o carro na estrada, recebendo uma buzinada de Edward. Logo, ele parou o carro atrás do meu e saiu de lá, me encarando. Eu estava com o braço esquerdo apoiado na janela.

– O que aconteceu, o carro pifou? – brincou, mas depois que percebeu que eu não estava para brincadeiras parou.

– Eu não tenho casa. – falei.

– Hã? – perguntou confuso.

– Quer dizer, eu não sei aonde é a minha casa. Tinha me esquecido que não moro mais em Seattle. – continuei, sem me importar se Edward estava entendendo ou não.

, você está com febre? Não tá falando nada com nada.

– Eu não sei aonde podemos ir Edward. No início eu tinha pensado em minha casa, mas agora me recordei que me mudei para Forks. – expliquei impacientemente. – Já sei, vamos conversar aqui mesmo. – respondi, saindo do carro e me apoiando nele.

– Tudo bem... Sobre o que é a conversa?

– Você. Na verdade é sobre o que você é. – respondi.

– Como? – perguntou confuso.

– Você não é normal Edward. Seus olhos... Quando te conheci eles estavam um pouco mais escuros, agora eles estão mais claros. Tem algo errado nisso. Eu também não sei mais o que falar, só que quando eu te vejo, algo estranho surge em mim. Como se eu não pudesse ficar perto de você. Seus olhos me transmitem mistério e medo. Eu quero saber o que você é Edward. Não só você, a sua família toda. – despejei tudo o que estava sentindo.

– Eu... Eu não posso. – ele falou, constrangido.

– Edward, eu não me importo com o que você é. Eu juro que não. Eu só quero que você ajude a minha mãe. – implorei.

– Não ! Você está doida. Eu sou normal, completamente normal. – falou, extravasando um pouco.

– Não minta para si mesmo, muito menos para mim Edward. Você está mentindo. Eu quero saber a verdade! – exclamei, furiosa.

– Você quer saber a verdade? Então eu vou te dizer a verdade. – ele me pegou pelo braço, e me arrastou até a floresta que tinha ao lado da estrada. Comecei a gritar, tentar me soltar, mas ele era inexplicavelmente muito mais forte do que eu poderia imaginar. Quando paramos estávamos rodeados apenas de árvores, e eu teria ficado tonta se não estivesse querendo saber da verdade.

– É errado, . Eu não posso salvar a sua mãe. Eu não posso salvar ninguém, nem a mim mesmo.

– Por que não? – perguntei.

– Porque eu não fui feito para salvar, eu fui feito para matar. Matar pessoas. Sugar o sangue delas. – na hora que ele falou isso, dei um passo para trás instintivamente.

– Pode correr, eu não sou a sua melhor opção. – falou, dando um sorriso sarcástico.

– Não! Como... Vampiros não existem! Isso... Isso é irreal! – falei mais para mim do que para ele.

– Eu e minha família somos a prova de que existe sim. – falou.

– Isso é loucura. – falei.

– Você está com medo? – ele perguntou, se aproximando de mim.

– Eu deveria? – perguntei, olhando diretamente em seus olhos.

– Sim. – respondeu, chegando perto de mim, e cheirando meu pescoço. Estremeci ao perceber que seu corpo estava tão próximo do meu.

– Pois eu não estou. Eu não ligo para o que você é. – falei, tocando seu rosto de leve, e obrigatoriamente, ele me olhou.

– Eu não deveria ter te contado isso. Você corre perigo agora. Foi um erro. – ele falou, se afastando de mim.

– O que?! Edward, por favor. Olhe para mim. – supliquei, quase chorando.

– Isso é um segredo, . Meu e da minha família. Eu quebrei a promessa.

– Agora você que não está falando nada com nada! Por que eu corro perigo? Que promessa? – perguntei, confusa.

– Eu prometi que não contaria a nenhum mortal sobre a nossa existência, e se alguém descobrir que você sabe disso, nós vamos morrer. Eu, você e a minha família. – explicou.

– Ninguém vai descobrir que eu sei disso, Edward. A única coisa que eu te peço é que você salve a minha mãe. Eu te imploro. – senti meus olhos levemente úmidos, e depois já estava chorando.

– Eu não posso. Eu vou matar a sua mãe, . – suspirou pesadamente. – Você não entende. Sua mãe vai ficar condenada a viver para toda a eternidade. Ela não vai ter mais alma. E isso é uma decisão dela, não sua. Aliás, você já pensou no seu pai e no seu irmão? Eles vão pensar que ela está morta, enquanto, na verdade, ela está caçando para sobreviver. – Edward me deu um sermão, e cada vez mais lágrimas caíam dos meus olhos.

Encostei-me em uma árvore, e escorreguei até atingir o solo. Abracei meus joelhos e comecei a balançar minha cabeça em negação. Aquilo não podia estar acontecendo. Minha mãe. Vampiros. Era muita informação para se receber em uma floresta. Era muita informação para mim.

Minha cabeça começou a ficar pesada, e a encostei na árvore. Edward se agachou perto de mim e passou a mão pelo meu rosto molhado, o secando. Olhei em seus olhos, e eles me olhavam profundamente, como se quisessem me desvendar, e eu gostava daquilo.

– Você... Você é a única pessoa. – sussurrou.

– Que? – perguntei, agarrando a mão dele, enquanto ele se sentava na minha frente.

– Eu não consigo ler seus pensamentos, . E você não tem noção de quanto isso me frustra. – continuou me olhando, intensamente.

– Você está me dizendo que lê pensamentos? É muita informação, to ficando tonta. – falei, brincando com seus dedos frios.

– Eu leio o pensamento de todo mundo, exceto o seu. Desde o primeiro dia que eu te vi, você me intrigou. Não só por eu não ter conseguido ler teu pensamento, mas porque você não precisou da minha ajuda. Eu ouvia seu coração bater muito rápido, mas você não demonstrou medo algum. Isso me atraiu. Para ser sincero, isso ainda me atrai. – ele disse, se aproximando de mim.

– E é só isso que te atrai? – perguntei sem pensar. Ele deu uma leve risada e respondeu:

– Não. Não é só isso. O seu jeito me atrai, a sua beleza me atrai, e o pior, seu cheiro me atrai.

– Qual é meu cheiro? – fiquei observando ele se aproximar cada vez mais de mim.

– É um cheiro viciante. Me dá vontade de te possuir, de te ter, mas não posso. É contra meus princípios. E se eu fizesse isso, eu nunca mais te veria. Eu nunca mais sentiria esse cheiro. Então eu fico feliz só em te ver. – ele se aproximou mais de mim, e pôs sua cabeça entre meu ombro e meu pescoço, cheirando o último. Depois de dois minutos ele levantou sua cabeça e me olhou nos olhos.

– Eu estou viciado em você. Não consigo mais negar para ninguém, muito menos para você. – ele disse, tocando meus lábios de leve, enquanto eu estava paralisada, apenas sentindo o toque de seus lábios nos meus. Tentei apressar o beijo, mas ele me parou.

– Não faça nada. Eu não quero te machucar. – ele falou, ainda com seus lábios no meu. Devagar ele passou sua língua pela minha boca, segurou meu rosto com delicadeza, e continuou me beijando, lentamente.

– Edward... – falei entre o beijo, recebendo um ‘hum’, como resposta.

– Eu não... – sussurrei, antes de minha visão ficar preta.



Acordei novamente em um quarto do hospital, provavelmente o mesmo que estava antes. Vi meu irmão dormindo, sentado em uma cadeira aparentemente confortável.

Olhei para o outro lado do quarto, e quase gritei por ter visto o Edward me olhando, encostado na parede.

– Edward! Quase me matou de susto! O que faz aqui? – perguntei baixo, sem saber como agiria depois do nosso beijo.

– Eu estava te observando. Mesmo com tudo isso você ainda dorme como um anjo. – ele falou, se aproximando de mim sorrindo.

– E quando além de hoje, você me viu dormindo? – perguntei, interessada.

– Desde o dia que te conheci eu te vejo dormindo. – pegou uma cadeira e se sentou, ficando ao meu lado. – Se importa?

– Não. É até bom saber que você fica lá, assim eu me sinto protegida. – falei com vergonha, dando um pequeno sorriso. Ele sorriu em resposta.

– Eu tenho medo de escuro. Desde pequena. – ri baixo, com vergonha do meu próprio medo.

– Não precisa mais ficar com medo. Eu sempre vou estar com você, para tudo. – ele falou, pegando minha mão e a beijando.

– O que aconteceu depois que eu desmaiei? – perguntei, me lembrando do beijo.

– Eu te trouxe para cá, no meu carro. Mas não se preocupe. Emmett pegou o carro do seu irmão e ele está aqui no estacionamento. Também tive que inventar uma história para seu pai e o Drew, disse que você estava na minha casa, quando desmaiou.

– Certo. Obrigada. Mas e sobre aquele assunto, Edward? Quero dizer, eu... Não quero perder a minha mãe. – falei, apertando a mão dele, que começou a acariciar meu rosto.

– Ninguém quer, mas acho que não será possível. Eu conversei com Carlisle, e ele disse que seria muito arriscado. Seu pai vai querer enterrá-la, mas ela não estará morta. Entende? – abaixei a cabeça, em sinal de tristeza.

, eu quero que você saiba que você vai poder contar comigo. Para sempre. – ele me beijou na testa, antes de se levantar da cadeira e a colocar no lugar.

– O que você tá fazendo? – perguntei, levantando a cabeça e o seguindo com o olhar.

– Seu irmão vai acordar daqui a pouco, acho melhor deixá-los a sós.

– Não. Fica aqui. Ele não vai se importar. – falei, esticando o meu braço, para que ele voltasse.

Após cinco minutos, o Drew acordou, estranhando a presença do Edward, mas não disse nada.

– Como você está, ? – perguntou.

– Entediada. Eu quero ir para casa. Quero dizer, a nova casa. – falei.

– Meu pai disse que quando esse soro acabar você está liberada. – Edward falou. Olhei para o soro, na esperança de que cada gota caísse mais rápido.

– Ainda tá na metade. – reclamei.

– Como você a agüenta? Ela reclama de tudo. – Drew falou para o Edward, que apenas riu.

– Drew! Para com isso. – reclamei novamente.

– Não disse?!

– Eu não acho que ela reclama de tudo. Ela reclama de quase tudo. Mas tudo é exagerar. – concordou com o Drew.

– Você também? – perguntei incrédula.

– Brincadeira. – Edward olhou para a porta rapidamente, e se levantou, como se alguém estivesse prestes a entrar pela porta e fazer algo terrível.

Fiquei olhando para a porta para ver se alguém realmente entraria, e não levou um segundo, até que alguém batesse na porta. A pessoa deu dois toques e entrou. A raiva e a incompreensão dominaram meu coração em um piscar de olhos, e no segundo seguinte estava quase pulando da cama para agarrar o pescoço do desgraçado. Sim, era o Keith. Edward não estava muito diferente de mim, ele estava praticamente matando o Keith pelos olhos.

, eu... – Keith começou a falar, mas quando viu o Edward no quarto, levantou uma sobrancelha. – O que ele está fazendo aqui? – se virou para mim.

– A pergunta certa é o que você está fazendo aqui? – perguntei.

– Sai daqui, Keith. – Edward falou entre dentes.

– Olha , eu só vim aqui me desculpar e te fazer companhia. Mas parece que você já está acompanhada. – falou, dando um sorriso sarcástico.

– Eu não sou idiota, Keith. Sabe onde você coloca essas flores que você trouxe?! – perguntei, fechando minhas mãos.

– Em qual vaso? – ele perguntou, rindo.

– Ah! Coloca no teu...

– Keith, eu não quero saber por que vocês estão assim. Mas a minha irmã não está bem, e se você não sair daqui por bem, vai sair por mal. – Drew falou, se aproximando do meu ex namorado, que morria de medo dele.

– Eu só quero conversar com a ... – Keith disse, levantando os braços em sinal de nenhuma culpa.

– Eu te dou três segundos pra sair daqui. Caso você ainda não tenha saído, em vez de você voltar para casa vai para um quarto de um hospital, e receio que nenhuma cirurgia vai te ajudar. – Edward vociferou.

– Edward, se acalme. – tentei ajudar, mas pareceu não adiantar.

– Você é muito intrometido, sabia? A namorada é minha, não sua. Portanto, eu devo conversar com ela, não você. – no mesmo segundo Edward jogou Keith em uma parede, e foi até onde ele estava.

– Você não serve para ela. Você não vai conseguir o que sempre quis dela. Então pare de importuná-la, senão eu te mato. Eu juro que te mato, Keith! Eu juro por ela! – Edward se alterou, pegando-o pela gola da camisa, abrindo a porta e o jogando para fora.

– Ah, e só para constar: Essas não são as flores favoritas dela. – nisso fechou a porta, encostando a cabeça na mesma, e bufando em seguida.

– O clima tá tenso aqui, vou dar uma volta. – Drew falou, e o agradeci mentalmente por isso.

– Edward – o chamei. – Vem cá.

– Ele me tirou do sério, . Me desculpe. – ele disse, se sentando na mesma cadeira onde estava há minutos atrás.

– Não tem que se desculpar. Ele que está errado. Não você. – falei, passeando minhas mãos pelos seus cabelos cor de cobre.

– Eu te protegerei dele, não se preocupe. Aliás, não só dele. De todo mundo. Não vou deixar ninguém te machucar, prometo. – disse.

Pegou minha mão e a beijou suavemente. Ele se levantou e começou a se aproximar de mim. Comecei a sentir as borboletas se movimentando em meu estômago, como se estivesse prestes a saírem de mim, de tanta felicidade. Meu coração começou a bater mais rápido, minhas mãos começaram a suar e... Droga! Eu só tinha visto essas coisas em filmes, mas nunca soubera que aconteciam na vida real. E pelo visto eu estava totalmente apaixonada pelo Edward, de um modo que eu nunca me apaixonei antes. E estava com um pressentimento que dessa vez não pararia de gostar dele tão fácil.

Quando percebi, já estávamos nos beijando.



n/a: Garotas, muito obrigada pelos comentários! Fico feliz por saber que vocês estão gostando. Qualquer sugestão e crítica construtiva, me falem! Xx






Capítulo 4



Tinha acabado de sair do hospital e estava a caminho da minha nova casa, com o Drew e o Edward no carro do último, que disse que não tinha problema em nos levar.

Desde a confusão no hospital com o Keith, o Edward não me deixa sozinha, e eu estou começando a me preocupar comigo mesma. Antes, eu costumava reclamar dos garotos que ficavam no meu pé, até mesmo dos que eu gostava, mas agora é diferente. Eu não consigo ficar um minuto sem o Edward, que eu me sinto vulnerável, frágil. Eu estou ficando viciada nele. E isso é uma droga. Quero dizer, eu não sei como as coisas serão daqui para frente. Elas estão saindo do meu controle, e eu não sei lidar com isso.

Ouvi o Drew dizer que estávamos perto de nossa futura casa, e voltei para a realidade, deixando meus pensamentos de lado e me focando no caminho. Estranhei quando percebi que estávamos perto da casa do Edward, na verdade estávamos entrando na rua da casa dele.

– Er... O que a gente tá fazendo aqui? – perguntei, olhando para os dois, que estavam na frente.

– Indo para casa, . – Drew respondeu, em um tom óbvio. Ouvi Edward rindo.

– O que foi? – perguntei para ele.

– Por incrível que pareça vocês vão morar perto da minha casa. Ou do lado, como preferirem. – falou, estacionando o carro em frente a uma casa de dois andares branca.

– Cara, que sorte! Agora eu não vou precisar te levar para escola nem te buscar, . O Edward vai fazer isso por mim! – Drew falou rindo e saiu do carro.

– Drew! – o repreendi. Olhei para o Edward pedindo desculpas.

– Eu faria isso com o maior prazer do mundo, . – sorriu.

– Mas é chato eu ir todo dia com você. – falei. Na mesma hora ele levantou uma sobrancelha.

– Não! Eu quis dizer que eu não quero ficar abusando de você, o que sua família vai pensar de mim? Que eu sou uma aproveitadora? Não, acho melhor eu não abusar da sorte. – falei, sorrindo para ele, e pulando para o banco da frente.

– Eu já tive sorte em te conhecer e em morar do seu lado, se melhorar estraga. – passei as mãos pelo seu cabelo.

– A minha família vai pensar que eu vou dar carona todo dia para a minha namorada. – quando ele disse isso, eu gelei. Não que eu não queira ser a namorada dele. Eu quero, e muito. Mas eu ainda preciso resolver minha situação com o Keith. E só quando eu resolver isso eu vou me sentir melhor.

– Sua namorada?

– Sim. Eu sei que você namora o Keith... – coloquei o dedo em sua boca.

– Não. Eu não namoro o Keith. Não mais. É que... Eu quero fazê-lo sofrer Edward. Eu quero que ele se sinta humilhado, e enquanto eu não fizer isso eu não vou me sentir bem. Eu gosto de você, mas agora não é a hora apropriada para isso. – expliquei, me sentindo mal por fazê-lo se sentir mal.

– Você só gosta de mim, nada mais? – perguntou, com dor em seus olhos.

– Eu... Eu acho que eu sinto algo a mais do que só ‘gostar’ de você. – dei uma pausa para pensar. – Na verdade eu te amo Edward. Droga! É isso! Eu te amo! – falei, sem saber o que fazer em seguida. Ele sorriu, pegando a minha mão.

– Eu também te amo, muito. Eu não sei mais viver sem você. – ele disse, me abraçando.

– Você só me espera resolver as coisas com o Keith? – perguntei entre o nosso abraço.

– Eu esperei por você 109 anos, acho que posso esperar por mais alguns meses. – falou.

– O que?! 109 anos?! – perguntei incrédula.

– Sim. 109 anos. – respondeu rindo.

– Mas fisicamente você...

– Fisicamente eu tenho 17 anos. – falou.

– Nossa! Eu estou sem palavras. Ah, mas como você acha que sua família vai reagir? – perguntei com medo.

– Bom, a Esme, a Alice, o Emmett e o Carlisle gostam de você, mas poderemos ter um problema com o Jasper e a Rosalie, principalmente a Rosalie. – explicou. Fiz uma careta e ele riu.

– Mas eles não foram com a minha cara? – perguntei, chateada.

– Se com isso você quis dizer se eles não gostaram de você, bem, não é isso. É que o Jasper está receoso quanto a isso, ele gosta de saber que eu gosto de você, e você gosta de mim, mas a Rosalie... Ela acha que você pode colocar nosso segredo em risco. – ele disse, finalmente.

– Em risco? Como assim? – fiquei confusa. – Eu não sairia dizendo para todos o que vocês são. Até porque é mais fácil eles me matarem do que matarem vocês, ué.

– Sim, meu amor, eu sei. Mas é um pouco mais complicado que isso. Mas isso é assunto de outro dia, não hoje. – ele falou, e logo após saiu do carro, abrindo a porta do carro para mim.

Parei em frente a minha mais nova casa. Ela era bonita. Era branca
e tinha dois andares. Era menor que a minha antiga casa, mas parecia ser confortável.

Entramos e damos de cara com a sala principal. Não era muito grande, mas muito bem decorada. As paredes eram pintadas de bege, havia uma única janela, que era enorme. Continha apenas um sofá branco e uma lareira. Observei mais atentamente cada detalhe que tinha na sala e percebi que tinha uma escada para baixo na sala. Olhei para baixo, perto da escada e encontrei a cozinha. Pelo visto era bem bonita e moderna, mas não me preocupei com isso e sim em achar o meu quarto. Fui passeando pela casa, até encontrar uma porta de madeira polida. Abri a porta e, acho que finalmente tinha encontrado meu quarto. Entrei no quarto, com Edward atrás de mim e olhei maravilhada para cada detalhe dele, que por acaso era a minha cara. Fui até a cama e me sentei nela, vendo o quão confortável era. Vi um criado mudo ao lado dela, e me apaixonei pelo vaso de copo-de-leite vermelho que tinha ali. Levantei-me e fui até uma janela, olhando para fora e vendo apenas árvores. Olhei para minha esquerda e vi outra porta, que devia ser o banheiro. Ele era espaçoso, e assim como no criado mudo, ele também tinha um vaso com copo-de-leite, só que agora era rosa.

– Eu acho que foi mamãe que decorou. – falei, olhando ao meu redor.

– Sim, foi. Mas a minha mãe a ajudou. – ele disse, me abraçando de lado.

– Como assim? – o olhei.

– Sua mãe contratou a minha mãe para decorar a casa. E o seu quarto também. Sua mãe apenas disse de que você gostava e minha mãe o decorou. Por isso eu sei qual é sua flor favorita. Copo-de-leite. – explicou, sorrindo para mim.

– Nossa. Eu nem acredito. Eu tenho que agradecer a sua mãe! Eu amei o meu quarto. – sorri, que nem uma criança que via um brinquedo.

– Fico feliz que tenha gostado. É importante para minha mãe.

– Eu sei, e é importante para mim também. – falei, o abraçando de verdade. Ele beijou minha bochecha, e me tirou do chão, me fazendo rir.

– E agora? – perguntou.

– Não sei. Eu queria ver minha mãe. – falei, me sentando na cama, e o puxando para se sentar ao meu lado.

– Você vai. Espere seu pai te ligar, não deve demorar. – falou.

– E por que, enquanto ele não te liga, nós não vamos lá para casa? Eu imagino que o Drew deva ficar por aqui mesmo, estou ouvindo um barulho de um jogo vindo do quarto dele. – Edward disse, me puxando para me levantar.

– Tudo bem. Mas será que eu vou numa hora boa? – perguntei, querendo me referir ao jeito que eles se alimentam.

– Sim, nós caçamos ontem, então está tudo bem. – abriu a porta.

– E vocês caçam o que? – perguntei com vergonha.

– Animais, . Fique despreocupada. – ele falou se sentindo meio incomodado ao tocar nesse assunto.

– Ah, sim. – encerrei o assunto, batendo na porta do quarto do Drew.

– Oi. – abriu a porta. – , você não tem noção! Eu sabia que o Xbox era massa, mas o Wii é muito mais! – ele disse, jogando, a meu ver, uma partida de tênis.

– Me falaram isso também. Drew, eu vou para a casa do Edward, qualquer coisa me liga. – falei.

– Mas sua casa não é aqui do lado? – ele perguntou ao Edward, mas eu respondi.

– Eu sei que você vai ficar com preguiça de ir lá me chamar e vai me ligar, Drew. Eu te conheço. Beijos. – falei, fechando a porta e indo para a sala, saindo de casa em seguida.

Edward pegou em minha mão, e em menos de um minuto, ele estava abrindo a porta de sua casa. Encolhi-me atrás dele, com vergonha, e fiquei olhando apenas por cima de seu ombro. Ele parou de andar, e eu parei com ele.

– Olha quem está aqui! ! – Emmett disse me dando um abraço um pouco mais apertado que o normal, mas mesmo assim um abraço.

– Err... Eu mesma. – falei, ainda com vergonha.

, minha querida. Que bom que você entrou dessa vez. – Esme disse, aparecendo do nada e também me dando um abraço.

– Edward me falou que você ajudou a minha mãe a decorar meu quarto, obrigada Esme. Eu amei, ele ficou a minha cara. – sorri.

– Não precisa agradecer, eu que amei fazer isso. – ela disse.

– Olá, eu sou a Alice. – uma garota baixinha e com cabelo curto disse, me dando um abraço apertado e parecendo super empolgada.

– Oi...

– Esse é o Jasper. – ele apenas balançou a cabeça, educadamente.

– Não se preocupe, daqui a pouco ele vai estar a vontade com você. – ela disse, pegando em sua mão, e o fazendo sorrir.

– Eu sou a Rosalie. Não que você se importe em saber. – ela disse, sem se importar.

– Na verdade eu me importo sim. Quero dizer, eu quero conhecer a família do Edward, isso é importante para mim. – disse sem graça.
– Ah, é, tinha me esquecido. É importante você nos conhecer, para depois nos matar! – ela disse, em um tom alto.

– Como? Eu não pretendo falar para ninguém o segredo de vocês, eu sei o quão importante isso é! Eu gosto do seu irmão e eu não conseguiria fazer nada para machucar a ele e a vocês. – falei, não acreditando no que a Rosalie tinha acabado de falar.

– Então você já sabe o que nós somos? – ela perguntou, com uma sobrancelha levantada. Abaixei a cabeça, e consenti.

– Eu disse a ela, Rosalie. Eu a amo, e ela tinha que saber o que nós somos, ela não poderia ficar comigo sem saber o que eu sou. Foi escolha dela. – Edward se intrometeu na conversa.

– Fique sabendo que você escolheu muito mal então! – ela disse, se referindo a mim.

– Não, eu não escolhi mal. Tenho certeza que não. – falei com certeza.

– Que assim seja. Espero que os Volturi não venham para cá se souberem dela. – ela disse, saindo da sala e deixando um silêncio desconfortável.

– Quem são os Volturi? – perguntei, me sentindo culpada.

– Eles são vampiros também. E você não precisa se sentir culpada, você não fez nada de errado. – depois do que o Edward disse, eu comecei a me sentir mais a vontade. Nós fomos para o sofá, e eu me sentei ao lado do Emmett, e do meu outro lado o Edward.

– Os Volturi são um clã da Itália... – eles foram explicando quem esses Volturi eram, e cada vez mais eu ficava com medo.

– E eles podem fazer algo contra vocês? – perguntei, depois de eles terem explicado tudo.

– Sim. Eles podem alegar que nós quebramos a promessa, contando o nosso segredo a uma mortal. – Alice falou.

– Mas o Edward te ama, e nós já te amamos, então faríamos qualquer coisa para proteger a ele e a você. – Esme disse, lançando um sorriso em sua face pálida.

– Nossa, é muita coisa para assimilar. – falei, me encostando no sofá.

– Pois é, se acostuma. – Emmett disse, me dando uma cotovelada de leve.

– Vou tentar, prometo. – falei, dando um sorriso para todos.



Dois dias haviam se passado desde o dia que eu fui à casa do Edward pela primeira vez. Eu não tinha ido à escola desde aquele dia, e hoje seria o dia que eu voltaria para lá. Meu pai ainda estava no hospital com minha mãe, só vinha para casa para tomar banho, nem descansar aqui ele descansava.

Desci as escadas, e comecei a comer um cereal. Drew ainda estava dormindo, só ia para o treino mais tarde, ou seja, eu ia com o Edward, Alice e Jasper. Minha barriga começava a dar reviravoltas e minhas mãos começavam a suar só de pensar nisso.

Saí de casa e me assustei quando o carro do Edward estava parado me esperando com ele e seus irmãos dentro. Entrei no banco do passageiro e dei bom dia a todos, recebendo um sorriso de Alice, um aceno de cabeça do Jasper e um sorriso estonteante de Edward. Fomos conversando o caminho todo, falando sobre os professores de lá, e até dos alunos.
Quando chegamos e Edward estacionou o carro, eu sentia que ia vomitar, de tanta ansiedade. Eu sabia o que todos iam falar, principalmente Pillar, que já estava me esperando, mas o que ela não esperava era que eu chegasse com o Edward. Seus irmãos saíram do carro e ele saiu indo abrir a porta para mim.

Comecei a sentir vários olhares sobre nós, enquanto caminhávamos de mãos dadas até Pillar, que parecia que tinha visto um fantasma.

– Que foi? Viu um fantasma? – brinquei com ela.

– Quem me dera. Posso saber o que está acontecendo aqui? Porque eu estou super desatualizada das novidades. – respondeu.

– Na verdade todos estão. Eu terminei com o Keith. Quer dizer, na teoria sim, na prática vou terminar hoje. – falei normalmente.

– Ainda bem! Ele me ligou perguntou se eu sabia onde você estava cinco vezes ontem. Cinco vezes! Você tem noção do que é isso? Eu quase meti uma bala na cabeça dele. – ela falou, fazendo gestos com as mãos.

– E o que você falou? – perguntei, rindo com a situação.
– Eu falei que eu não sabia, e não sabia mesmo. E se soubesse eu daria um endereço qualquer, só para o ver quebrar a cara. Eu hein... – cruzou os braços.

– Mas eu fiquei quieta também, eu percebi que todos os seus irmãos vieram menos você – apontou para o Edward – e você também não veio nem ontem nem antes de ontem, acha que eu sou boba? Eu sabia que tinha alguma coisa acontecendo, só não sabia o que. Agora não só eu, mas todo mundo sabe o que está acontecendo. – ela disse.

– Não me importo. São um bando de invejosos. – falei, abraçando de lado o Edward. – Ah, eu me mudei. Estou morando ao lado da casa do Edward, acredita? Mas não foi só isso não... – comecei a explicar tudo que tinha acontecido, tirando a parte de quem o Edward era, e quando terminei, o sinal bateu.

! Eu nem acredito que você não me ligou nem me disse nada! Eu sou sua amiga, poxa! Você devia ter me contado!

– Eu sei, eu sei! Mas eu não conseguia pensar em mais nada! Na verdade eu ainda não consigo pensar em mais nada! – falei.

– Está perdoada, mas só dessa vez. Tente esconder mais alguma coisa de mim, e nós cortamos a amizade! – ela disse, fazendo birra, e eu dei um sorriso amarelo, olhando para o Edward no mesmo tempo, que parecia normal, como se nada estivesse acontecendo.









Capítulo 5

Parte I




Quando batesse o sinal, eu poderia ficar livre. Mesmo que livre por vinte minutos, até que o intervalo acabasse. Mas depois me lembrei de que tinha que conversar com o Keith, aí o sentimento de liberdade se esvaziou. Fiquei contando, literalmente, os minutos até que ouvisse aquele barulho chato soar por todo o colégio. Nem me incomodei em esperar por Pillar, fui direto para a mesa onde meu futuro ex-namorado ficava. Cutuquei as suas costas, recebendo um olhar de desprezo em volta. A feição continuou a mesma quando viu que era eu.

– Olha, não é a garota que dizia ser minha namorada, mas chegou com outro cara na escola, de mãos dadas? – ele disse, com desprezo. Coitado, nem sabia que o desprezo que ele sentia, estava prestes a ser enfiado em suas partes por mim mesma.

– Olha, não é o babaca que diz ser homem, mas é covarde o bastante pra tentar bater em uma garota e ainda é mentiroso? – retruquei.

– Você está me chamando de mentiroso? Mentiroso? Todo mundo viu que você chegou com os novatos, de patas dadas com aquele Cullen. – vociferou.

– Além de covarde e mentiroso, é burro. Eu não estava me referindo a esse acontecimento, mas já que você mencionou...

– Você me traiu! Na minha frente, ainda por cima. E eu que sou o burro? – ele perguntou.

– Pelo menos eu não fiz por trás das suas costas, como você fazia comigo! Você acha que eu não sei das suas escapadas? Quando você mentia pra mim, dizendo que ia treinar com seus amigos. Na verdade, você ia se encontrar com aquelas putas que estudam aqui. – aumentei meu tom de voz. Pude sentir o perfume do Edward se aproximando.

, acho que vocês já passaram dos limites. Não seria bom receber outra atenção do diretor. – ele falou por trás, colocando uma de suas mãos em minha cintura.

– Você está ouvindo o que ele está dizendo? Ele está se transformando na vítima, é ridículo! – falei, suplicante.

– O que aconteceu? O bichinha do Cullen está com medo, é? De que? De me enfrentar? – Keith se pronunciou outra vez, me dando vontade de bater nele.

– Você fica quieto, seu nojento! – avancei nele, o pegando pela gola de sua camisa com as minhas duas mãos.

– Você acha que eu tenho medo de você? Querida, você é patética! Olha, eu cansei. Está tudo acabado. Você é patética, seu namoradinho é patético, seus amigos... E você nunca prestou como namorada, se entende o que eu quero dizer...

– Ah, é? Eu fico feliz por nunca ter prestado como sua namorada, porque você é desprezível! Eu espero que você engravide uma dessas idiotas com que você fica. E espero também que você seja infeliz pelo resto da sua miserável e insignificante vida! Que nem aqueles pais adolescentes, que são burros o suficiente para não terem usado camisinha! – soltei tudo o que tinha que falar, e depois fui sendo arrastada pela secretária do diretor.

– Ótimo, tudo que eu precisava. – bufei.

– Não queria falar, mas... Eu te disse. – Edward falou, andando ao meu lado, sorrindo.

– O que você está fazendo aqui? Você não teve nada a ver com isso! – falei.

– Eu não quero te deixar sozinha na mesma sala que ele. – respondeu, apontando para o Keith.

– Já falei que não tenho medo dele. – dei de ombros.

– O diretor os aguarda. – a mulher falou, nos empurrando para a sala do diretor.

– Espero que essas visitas não se tornem frequentes. – ele disse.

– Diretor, eu já estou ferrado. Será que não dá pra aliviar não? – Keith perguntou, tentando se dar bem.

– Mais um mês de detenção pra você. – falou, se referindo ao Keith. – E quanto a vocês, mais uma confusão e será detenção de quatro meses!

Concordei com a minha cabeça e me levantei, mandando um olhar de desprezo para o Keith. Edward estava logo atrás de mim, com a cara fechada.

– O que houve? – perguntei.

– É difícil ficar tranquilo com os pensamentos do Keith na minha cabeça. Ele está com raiva de você, . Muita. – ele respondeu, olhando em meus olhos.

– E eu já disse que não tenho medo dele. Se ele tentar fazer alguma coisa, vai se ferrar. Porque não vai dar certo. Além do mais, você vai cuidar de mim. Não é?

– Claro! Mas mesmo assim, é melhor você ter cuidado. Não vou estar com você todas as horas. – falou, me abraçando.

– Não se preocupe. Vai ficar tudo bem. – falei.

– Eu não deveria falar isso, mas... Que tal sairmos daqui? – ele perguntou.

– Da escola? Tipo, irmos para outro lugar? – sorri marota.

– É, mas não acho que seja apropriado. Deixa isso pra lá. – ele pegou na minha mão.

– Por que você não perguntou isso antes? Vamos logo! – falei, o puxando em direção da saída da escola.

– E se o diretor nos pegar saindo da escola?

– Edward, você está parecendo uma menininha. Esse seria o meu papel, tecnicamente. Por que você não usa seus poderes de vampiro e vê se alguém está olhando ou não? – perguntei.

– Entra no carro logo, antes que eu me arrependa. – ele disse, me fazendo rir.

Entramos no carro dele e saímos da escola.

– Você está muito abusada. Como que você fala daquele jeito comigo? – perguntou, de um jeito sexy. Muito sexy, devo acrescentar.

– Bom, essa sou eu. Ame-me ou me deixe, simples. – dei de ombros.

– Olha no que eu fui entrar... – disse, acariciando minha bochecha.

– Para onde vamos? – perguntei.

– Surpresa. – respondeu.

– Como assim surpresa? Eu odeio surpresas! Me fala! – supliquei, agarrando seu braço.

, eu estou dirigindo. – ele disse.

– Então me responde!

– Dá pra esperar só um pouco? Confie em mim.

Grunhi em resposta. Ele apenas riu. Cinco minutos depois Edward estacionou o carro perto de uma floresta.

– Aonde estamos? – perguntei.

– Eu quero te mostrar uma coisa. – respondeu. Em seguida saiu do carro e abriu a porta para mim.

– Suba nas minhas costas.

– O que? Pra que?

– Desse jeito vamos chegar mais rápido no lugar, aí você vai poder ver o que eu quero te mostrar. – ele falou, agachando para que eu pudesse subir nele.

– Se você cair, eu te mato. – falei, ao pé de sua orelha.

– Eu não vou deixar você cair. Mas por via de dúvidas, me abrace forte. – disse.

No segundo seguinte, me agarrei mais ainda a seu pescoço, fechando minhas pernas ao redor de suas costas. Ele segurou minhas pernas e falou, antes de partir:

– Espero que goste de correr.

Nisso ele saiu correndo muito rápido, entrando na floresta. A paisagem ao meu redor havia se transformado em um borrão. O vento, que batia em meu cabelo, o fazia voar e deixava meu rosto gelado. No início fiquei com medo, então abracei um pouco mais o Edward, se possível. Porém depois me acostumei com a intensidade do vento em minha face, da paisagem correndo na direção oposta a minha e, principalmente, de ficar abraçada com o Edward, tão perto dele assim.

Não muito depois ele diminuiu a velocidade e me tirou de suas costas. Precisei me apoiar nele, minhas pernas estavam tremendo.

– Está tudo bem? – perguntou.

– Digamos que eu nunca fiquei na garupa de uma pessoa a mais de 80 km/h, então é normal eu não estar normal. – brinquei.

Olhei ao meu redor e fiquei perdida. Se eu tivesse que sair dali sozinha, bom... Eu simplesmente não sairia! Olhei para frente e vi um campo aberto, sem árvores como no resto da floresta. No lugar delas tinham várias flores que não pude e não sabia identificar. O sol, que apesar de fraco, aquecia, estava presente no lugar, dando um ar muito bonito à paisagem.

– Eu... Eu não sei o que falar! Esse lugar é lindo! Como você o descobriu? – me virei para Edward e ele se aproximou de mim.

– Você não sai pra caçar, então não estou surpreso por você não conhecer esse lugar. É uma clareira. – respondeu.

– Edward, você está brilhando. – falei, tocando sua pele.

– Uma das vantagens de ser vampiro. – pegou minha mão e a beijou.

Depois ele saiu andando, com nossas mãos enlaçadas, até estarmos no meio das flores. Decidi deitar ali. Ele deitou ao me lado.

– Obrigada por me mostrar esse lugar. É quase mágico. – falei, chegando mais perto dele.

– Obrigado por me deixar te mostrar esse lugar. – ele falou.

Em seguida inclinou sua cabeça para me beijar. Seus lábios frios tocaram os meus quentes, a mistura nunca havia sido tão boa. Sua língua gelada entrou em contato com a minha, de um jeito devagar, com precaução. Ele apoiou sua mão direita na grama e a esquerda foi para minha cintura, fazendo leves carinhos. Minhas duas mãos foram para seus cabelos, os enrolando em meus dedos. Ao final do beijo, ele mordeu de leve minha boca, me fazendo sorrir. Senti que estava muito cedo para separar seus lábios dos meus, então fiquei dando selinhos nele, que não reclamou.

Dessa vez eu me inclinei, fazendo com que eu ficasse um pouco em cima dele. Apoiei minha cabeça em seu peito e ele beijou o topo dela. Fechei os olhos e suspirei.



N/A: E aí, fofas? Estão gostando? Quero comentários, por favor! *-* hahaha A brigas com o Keith só estão começando, podem ter certeza! Não só com ele, mas vou ficar quieta.. Beijos e até a próxima. E ah, não esqueçam de ler Falling Slowly, que também é minha, só que com o Jake :D



Capítulo 5
Parte II
O fim de semana estava se aproximando e eu não estava nada animada. Primeiro porque Edward me chamou para ir assistir um jogo de baseball que vai ter com a família dele. Eu até poderia jogar se quisesse, já que meu irmão joga e ele me ensinou, mas acho que seria injustiça jogar contra vampiros. Segundo porque o campeonato estadual de patinação no gelo estava chegando. É daqui a duas semanas e meia e eu ainda não treinei para a minha apresentação individual e nem achei um parceiro para patinar comigo.
Se eu já estava impaciente e nervosa, quando o final de semana chegou, aí que eu explodi. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Eu tinha, com urgência, que achar um cara para patinar no gelo comigo. Mas é claro que é muito difícil achar um, se não eu já teria um par!
De manhã, umas 9 horas quando acordei, decidi ir para Seattle falar com a minha treinadora. Ela devia conhecer alguém que também precisa de alguém para fazer par. Peguei o carro do meu irmão emprestado e parti. Não podia demorar muito por lá, porque eu tinha marcado com o Edward antes do almoço lá na casa dele.
Se ele ia ficar me olhando enquanto almoço não sei, mas eu tinha marcado com ele e nem o avisei que ia sair. A viagem foi rápida, felizmente: não tinha ninguém na estrada. Estacionei o carro em uma vaga do estacionamento da pista e saí.
Bethany, a minha professora, sorriu ao me ver.
, quanto tempo! Eu tenho estado preocupada com você! Há mais de uma semana que você não vem aos treinos. – falou depois de me abraçar.
– Eu sei, Bethany. Mas aconteceram alguns problemas familiares e... eu acabei esquecendo de tudo! – torci a boca – Mas eu estou aqui para te pedir um favor!
– Pode falar. – sorriu.
– Você sabe que a apresentação está muito perto e, deve saber também, que eu não tenho nenhum par.
– Já sei! – exclamou. Fiz cara de confusa.
– Já sabe o que? – perguntei.
, você sabe que essa academia de patinação é a oficial do estado de Washington, né? – assenti – Existem muitas academias por aí que não tem o certificado de autorização do governo, então elas não podem participar do campeonato. Sendo assim elas nos contatam, para que seus alunos venham para cá treinar e se forem bons o bastante, conseguem entrar no campeonato.
– E?
– E que vários alunos de outras cidades foram transferidos para cá. E dentre eles, têm vários garotos! – falou.
Meu coração disparou, eu finalmente poderia conseguir arranjar alguém!
– Mas tem um em especial... Eu vi um vídeo dele na Internet, o garoto tem talento, assim como você. E que eu saiba, ele não tem ninguém para fazer parceria. Ainda. – sorriu.
– Isso é ótimo, Bethany! E quando ele chega?
– Se eu não me engano, hoje mesmo ele deve estar chegando. Parece que vai ficar na casa de uns tios aqui. – comentou.
– E ele vem aqui hoje?
– Ah, sim. Quanto mais rápido ele vier entregar os documentos, mais rápido ele pode começar a treinar. Parece que, da cidade dele, todos vão vir juntos em um ônibus que está programado para chegar às 15 horas.
– Então eu volto aqui mais tarde, umas 15 e meia. Muito obrigada, Bethany. Você me salvou! – a abracei e fui para casa.

Eu já estava na casa do Edward, todos estavam se preparando para o jogo. Eu estava sozinha na sala, pensando na minha mãe. Eu não ia visita-la faz um tempo e fiquei com saudades. Quando soube que minha mãe estava com câncer de mama e que ele já estava na fase da metástase, quase morri. A minha mãe ia morrer, eu nunca mais iria vê-la.
Uma angústia subiu pelo meu peito e tenho quase certeza de que meus olhos ficaram vermelhos por causa das lágrimas que queriam sair. Edward sentou do meu lado rapidamente e me olhou preocupado. Tenho certeza de que Jasper havia percebido o que eu estava sentindo e disse para ele.
– O que aconteceu? – passou as mãos pelo meu cabelo e rosto.
– Minha mãe. Eu quero ir vê-la. – falei.
– Então vamos. – falou.
– Não, depois do jogo nós vamos. – beijei sua bochecha e ele riu de lado.
– Depois do jogo nós vamos à pista de patinação, lembra? – disse.
Lembrei que eu tinha comentado com ele disso.
– Ah, é. – falei cabisbaixa.
– Mas nós podemos ir depois disso, que tal? Aí você aproveita e conta pra sua mãe que você conseguiu um par para dançar. – sorri.
– O que eu faria sem você? – perguntei dramaticamente. Ele fez uma careta e respondeu:
– Nada. – rimos.

O jogo já havia terminado e estava separado por: Alice, Carlisle, Esme e Emmett em um e Jasper, Edward e Rosalie em outro. O time de Edward havia ganhado. Emmett estava pê da vida por causa disso, inclusive.
– Não vale. Eles roubaram. – Emmett atentava os outros.

Depois do jogo, Edward e eu partimos em seu carro para Seattle, conhecer os novos patinadores.
– Espero que tenham garotos bons. – comentei.
– Eu já espero que tenham garotos ruins. – respondeu.
Olhei para ele.
– Você está com ciúmes. – falei rindo um pouco.
– Óbvio que eu estou com ciúmes! Por que você acha que eu vim com você? – olhei feio para ele – Além de querer participar da sua vida, eu também quero saber quem vai ser esse garoto. – completou.
– Não precisa ter ciúmes. Eu gosto um pouquinho de você. – falei. Ele que me olhou feio agora. Ri.
– Um pouquinho?! – perguntou.
– É, um pouquinho. – olhei divertida para ele.
, , tome cuidado. – falou, balançando a cabeça enquanto dirigia.
Ri em resposta.
Edward estacionou o carro em uma vaga e descemos do carro. Ele fez questão de irmos de mãos dadas. Entramos na pista e vi que estava com algumas pessoas novas, as quais eu nunca tinha visto na vida. A maioria eram garotas. Apertei a mão de Edward, porque eu sabia o que viria a seguir.
Fomos andando até Bethany, que estava depois de todas aquelas pessoas. E como eu havia suspeitado, todas as garotas olharam para ele. Olhei para ele, para ver se ele estava olhando para elas, mas vi que ele estava olhando para mim com uma cara divertida.
– Vai se divertindo, palhaço. – falei.
Ele beijou o topo da minha cabeça.
– Se você soubesse o que elas estão pensando... – parei de andar na hora.
– Desembucha! – dei um quase gritinho. Ele deu uma gargalhada.
– Elas estão com inveja de você. – deu de ombros. Mas de repente ele ficou sério. – E se você soubesse o que eles estão pensando.
Olhei para onde ele indicava com os olhos e vi os garotos novos olhando para cá, juntos das garotas. Em resposta, falei:
– Eles estão com inveja de você. – ele deu um risinho e eu cheguei perto dele.
Ele me abraçou e me deu um selinho. As borboletas dentro do meu estômago fizeram festa.
– Vamos acabar com isso. – comentou, antes de voltarmos a andar.
Bethany estava vendo os papéis de todos os novos patinadores, que estavam em fila. Quando ela me viu, sorriu.
– Bethany, esse é o Edward, meu namorad0. – apresentei os dois. Edward me olhou na hora e sorriu.
– Prazer em conhecê-la, Bethany.
– Igualmente, Edward. , eu estou terminando de ver algumas coisas deles, então porque enquanto isso, você não coloca seus patins e espera? – ela falou.
– Ótima ideia. Ele nunca me viu patinar. – sorri.
Fui para o vestiário, que tinham os armários e pedi para Edward me esperar enquanto colocava uma roupa apropriada para patinar. Ainda bem que sempre guardava uma roupa extra dentro do meu armário.
Coloquei um body preto de mangas compridas, por cima vesti uma legging preta e branca e coloquei um blusão de tricô de mangas compridas (link: http://www.polyvore.com/patina%C3%A7%C3%A3o/set?id=68289125#stream_box). Peguei os meus patins e fui andando até a pista com eles nas mãos.
Avistei Edward na pequena arquibancada que tinha à minha direita. Vi também a assistente de Bethany, Milla, ir para o vestiário ajudar as novas meninas. Edward veio ao meu encontro.
– Então quer dizer que sou seu namorado? – perguntou maroto.
Não tinha entendido o que ele quis dizer com aquilo, mas depois me lembrei. Eu decidi que seria melhor se não nos chamássemos de namorados por enquanto, devido ao meu recente término com o Keith. Mas depois que o apresentei como meu namorado a Bethany, não tinha mais volta.
– Mas não é isso que somos? – fiz uma falsa cara de confusa. Ele riu daquilo e me beijou.
Tirei minha sapatilha e me apoiei em Edward para colocar os patins. Ele segurou minhas sapatilhas e voltou para a arquibancada. Entrei na pista e comecei a pegar velocidade, aproveitando enquanto ela estava vazia.
Depois ter pegado velocidade, parei de correr e fiquei parada, sendo levada pela velocidade. Não tem quando você pedala bastante na bicicleta, depois para e vê que as rodas continuam se movendo? Então, é a mesma coisa aqui. Nisso dei um tchauzinho pro Edward, que sorriu.
Ainda aproveitando a pista vazia, voltei a pegar velocidade, mas dessa vez de costas. Parei de movimentar meus pés e quando vi que podia saltar, fui levantando minha perna direita para trás e com isso, meu corpo foi abaixando. Dei um pulo para a esquerda, rodando apenas uma vez no ar. Apoiei a minha perna direita no chão, enquanto a minha esquerda estava erguida no ar, ainda de costas. Tinha acabado de rear um Single Lutz Jump e ouvi uns aplausos de Edward. Dei a língua para ele e continuei.
Depois de ter reado vários pulos e ter forçado a memória para me lembrar da técnica de cada um, Bethany me chamou. Fui até ela, que estava fora da pista, mas eu estava dentro da pista e agarrei uma barra de ferro quando parei na sua frente. Ela estava com um garoto ao seu lado. Na verdade, garoto era um eufemismo perto dele.
Ele era, na verdade, um deus ou algo assim. Seus olhos verdes eram acentuados pelas suas sobrancelhas grossas e loiras. Seu cabelo loiro, que parecia recém cortado, combinava perfeitamente com a sua pele branca e com algumas sardas que tinham em seu rosto. Engoli em seco. Tinha que agradecer muito a Deus por Edward não conseguir ler a minha mente, ou então eu estava ferrada.
, esse é Finn Abbot. Finn, essa é a , de quem eu te falei.
Cumprimentei-o com um aperto de mão e um meio sorriso.
– Prazer em conhecê-la, . – ele sorriu.
– Igualmente. Vamos conversar um pouco? – perguntei, vendo Bethany sair de perto da gente.
Não me preocupei com Edward, sabia que ele estava ouvindo tudo. Inclusive os pensamentos dele. Merda.
– Então, Finn, você é da onde?
– Bellevue. É bem perto daqui, na verdade. E você é daqui mesmo? – deu de ombros.
– Não, nasci em International Falls, Minnesota. – ele arregalou os olhos e eu ri. – Eu me mudei pra cá na época em que eu achava que era adolescente, mas na verdade era uma ‘aborrecente’.
– Normal. Eu já me achava adolescente com 10 anos de idade. – rimos.
– E quantos anos você tem agora?
– 17. – respondeu.
– Você não devia estar estudando, ou algo assim?
– Eu já terminei o ensino médio. Sou adiantado nesse quesito. E você tem quantos anos? – fez uma cara de metido.
– Só pra quem pode né? Tenho 17 também. Mas diferente de você, eu não sou uma nerd ou algo do tipo, então eu estou cursando o terceiro ano do ensino médio.
– Quem disse que eu sou nerd? Eu não falei nada disso... Eu estou longe de ser nerd. – estremeci quando ele olhou nos meus olhos.
– Aquele ali é seu namorado? – apontou com a cabeça para trás de mim e eu não precisei nem olhar para saber quem era. Assenti com a cabeça.
– Ele não para de olhar para cá. – pude perceber que ele fitou Edward de volta.
– E você não para de olhar para ele. Sinto dizer, mas ele é meu namorado e não está no mercado. – fiz cara de triste. Ele riu.
– Eu não sou gay. – respondeu. Pensei um ‘ainda bem’, já que se eu falasse algo Edward iria ouvir e eu ia ferrar com tudo.
– Tanto faz. – tentei demonstrar indiferença. Ele me olhou, como se estivesse procurando indícios do contrário, de que o ‘tanto faz’ na realidade significava o ‘ainda bem’ que eu pensei. – E ele está com ciúmes, mas sem razão, claro. – procurei falar essa frase em alto e bom som, para que Edward ouvisse com clareza.
Finn disse que ia trocar de roupa para que nós pudéssemos praticar no gelo e depois completou:
– Bom, se nós formos realmente parceiros, ele vai ter ciúmes com razão. – piscou para mim e saiu andando.
Ferrou, pensei comigo mesma. Obviamente Edward tinha ouvido aquilo e aposto que não gostou nada do tal Finn Abbot.

n/a: Olá, amores! O que acharam do Finn? Eu tenho que falar que ele vai ser um personagem muito sexy, que vai te deixar com muuuitas dúvidas! E se vocês quiserem ter uma ideia do quão sexy ele é, procurem no Google: Colton Haynes. Foi esse ator e modelo que eu imaginei no papel do Finn. E se quiserem vê-lo na televisão, só fazerem o download de ‘Teen Wolf’, é uma série que tem vários homens bonitos para serem apreciados hahahaha. Beijos e até a próxima e comentem muito, pf! *-*

15 comentários:

  1. Amando *-*
    Continua please ;D

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  2. Ulálá!!! A fic está maravilhosa, não sou muito fã de Edward Cullen, mas a estória está bem interessante. E tenho que dizer, adooooorei as tacadas de beiseball naqueles cretinos, a PP foi demaaaais!! Deu pra ver que com ela não se brinca. hehehehe
    Adorandoooooooooo, bjssss!!!

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  3. adorando a fic....pode postar uns zilhoes de caps que eu nao vou nem ligar...lerei todos hahaha

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  4. awwwn, que perfeita gente *-*

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  5. Nuss!! Que briga!! Que belo soco o Keith levou, se bem que ele merecia mais. Humpft!!!
    E agora um choque desses, a mãe da PP está com câncer, coitada não vai ser nada fácil.
    Ahhh, meu caramelinho apareceu, adoooooro!!!
    Bjsssss!!!

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  6. é muito ótima!
    quero mais!
    posta logo!

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  7. Para manter a mãe viva, a PP é capaz de tudo. E graças a sua super curiosidade e atenção, ela já descobriu o que Edward e sua família escondem.
    E já está rendida ao vampiro. hehehhehe
    Omg!! Ameeei ver o Edward colocar para fora aquele safado e sem vergonha do Keith, foi hilário. rsrsrsrs
    Adorandoooooo, bjssss!!!

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  8. SUA LINDAAA! CONTINUA, POR FAVOR! Sério, tô amando. Não demora!

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  9. Ehh, parece que a pp foi bem aceita pelos Cullens, mas como sempre Rosalie é contra. ô vampirinha desmancha prazeres, viu?!
    O que será que a PP está tramando para o "adorado" ex? Vamos ver no que isso vai dar.
    Adorandooooo, bjsss!!!

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  10. Simplesmente sensacional, não há palavras para descrever melhor essa fic, cada vez mais dar vontade de ler para saber o que aconteceu, mais só tem pequeno problema, o cap a capa na melhor parte. Mas isso é bom, nos de curiosas.
    Bem continua ok. Bjim

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  11. Ai que fic linda <3 Tô adorando, continua logo. Beijos xx :)

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  12. Aiai Edward vai ter concorrência... rsrsrs.
    Tô adorando a fic... espero o próx. cap logo logo..
    bjs

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  13. Eii gatonaaa eei amaaaandoooooo POSTAR MAIS eu PRESCISO !!! PFPFPFFPFPF esperando anciosa aquii# !!

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  14. Cara q PERFECT continuuua!

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